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Orientação e localização no espaço geográfico Desde o início de sua história, os seres humanos criam mecanismos de orientação no espaço geográfico para se deslocarem de um local para outro. Quando queremos nos orientar em relação às pessoas e aos objetos, é comum que no dia a dia usemos termos como “à frente”, “atrás”, “à direita”, “à esquerda”, “para cima”, “para baixo”, entre outros. Também empregamos elementos das paisagens como pontos de referência: “atrás da igreja”, “na frente do supermercado”, “vire à direita depois da ponte”, “à esquerda depois da praça”. Mas como nos orientar em espaços maiores, como em alto-mar ou em um deserto, ou numa floresta densa, quando não existem pontos de referência? Há muito tempo, observando os astros, os seres humanos perceberam que é possível se orientar em espaços onde não existem pontos de referência conhecidos. Atualmente, além da observação dos astros pelos navegadores, as grandes embarcações contam com equipamentos tecnológicos de orientação, como GPS. A utilização dos astros (Sol, Lua e as constelações) como meio de orientação predominou ATÉ O SÉCULO XIII. Um dos primeiros referenciais de orientação utilizados pelo homem. Foi com base no SOL que o ser humano determinou os PONTOS CARDEAIS. A ORIENTAÇÃO PELO SOL Observando o Sol, o ser humano percebeu que esse astro surge (ao amanhecer) e desaparece (ao anoitecer) aproximadamente nas mesmas direções todos os dias. Com base nessa observação, foi determinado um conjunto de pontos de orientação, chamados pontos cardeais: leste, oeste, norte e sul. A direção do Sol ao nascer ficou determinada como leste (L) ou oriente (que significa nascente). O lado oposto, em que o Sol desaparece, ficou determinado como oeste (O) ou ocidente (que significa poente). Foram também estabelecidos o norte (N), ou setentrional ou boreal, e o sul (S), ou meridional ou austral. Estendendo o braço direito para a direção onde o Sol nasce, encontramos o leste (L). O braço esquerdo indicará o oeste (O). À frente teremos o norte (N) e atrás, o sul (S). Representação para fins didáticos, sem escala. A rosa dos ventos Com base nos pontos cardeais, foram determinadas direções intermediárias, conhecidas como pontos colaterais: nordeste (NE), noroeste (NO), sudeste (SE) e sudoeste (SO). Existem ainda os pontos subcolaterais, localizados entre os cardeais e os colaterais: norte-nordeste (NNE), norte- -noroeste (NNO), su-sudeste (SSE), su-sudoeste (SSO), leste-nordeste (LNE), leste-sudeste (LSE), oeste- - noroeste (ONO) e oeste-sudoeste (OSO). Os pontos de orientação (cardeais, colaterais e subcolaterais) compõem uma figura denominada rosa dos ventos. GEOGRAFIA ⚫ Pontos Cardeais: Norte, Sul, Leste e Oeste. ⚫ Pontos colaterais: localizados entre dois pontos cardeais- Nordeste (NE), Sudeste (SE), Sudoeste (SO) e Noroeste (NO). ⚫ Pontos Subcolaterais: localizados entre um ponto cardeal e um ponto colateral. A orientação pelo Sol. As estrelas e constelações O Cr zeiro do S l, no hemisfério s l A orientação pelo Cr zeiro do S l Estrela Polar No Hemisfério Norte Os Meios de Orientação, ao longo da História OS MEIOS ARTIFICIAIS DE ORIENTAÇÃO - Instrumento inventado pelos chineses, por volta do século XII. - Durante as “Grandes Navegações” ganhou maior importância. - Agulha imantada que aponta no sentido da orientação magnética da Terra (norte). A ORIENTAÇÃO PELA BÚSSOLA A bússola é um instrumento de orientação que se parece com um relógio. Inventada pelos chineses há muito tempo, ela possui uma agulha imantada, que gira sobre um eixo, e um mostrador, no qual está desenhada a rosa dos ventos. A agulha imantada aponta sempre para o norte, atraída pelo polo magnético da Terra, que atua como um grande ímã. Esse polo magnético, porém, não corresponde exatamente ao polo norte geográfico, apresentando uma diferença de cerca de 1 400 quilômetros em relação a ele. Para não se desviar da direção norte geográfica, aviões e embarcações que empregam a bússola como instrumento de orientação usam também mapas especiais, chamados cartas de navegação. Essas cartas corrigem a diferença entre os polos magnético e geográfico, permitindo que os deslocamentos a longas distâncias ocorram de maneira mais precisa, com erros mínimos. GPS ⚫ Norte Magnético • Determinado pelo campo magnético da Terra. • Direção apontada pela bússola. ⚫ Norte Geográfico • Norte Verdadeiro (9OºN). • Eixo de Rotação da Terra. • Local onde todos os meridianos se cruzam. Hoje é cada vez mais comum a utilização de instrumentos, como radares, rádios e o sistema GPS, para uma orientação mais precisa no espaço geográfico. A sigla GPS vem da expressão em inglês Global Positioning System (Sistema de Posicionamento Global). Esse sistema permite a localização de pontos sobre a superfície da Terra. Os receptores GPS recebem os sinais dos satélites artificiais na órbita da Terra e calculam a própria posição. O uso do GPS, como representado na fotografia a seguir, tem sido cada vez mais comum em celulares e automóveis, para auxiliar pedestres e motoristas em seus deslocamentos, e é muito frequente nas navegações marítima e aérea. LOCALIZAÇÃO NO ESPAÇO GEOGRÁFICO ⚫ Determina o local exato onde determinado ponto se encontra a partir do cruzamento de informações. ⚫ Obtida a partir das Coordenadas Geográficas (latitude e longitude) Os pontos de orientação são muito importantes para indicar as direções e localizações a partir de um ponto de referência. Mas será que eles são suficientes para determinar com precisão qualquer local na superfície terrestre? Quando queremos indicar a alguém onde é a nossa casa, podemos usar um ponto de referência, como uma avenida. Porém, se queremos localizar na superfície do nosso planeta uma cidade ou um navio em alto-mar, precisamos de orientações mais precisas. Para localizar lugares ou objetos com exatidão na superfície terrestre, usa-se um conjunto de linhas imaginárias traçadas sobre os mapas e globos. Essas linhas são denominadas paralelos e meridianos. Os paralelos são linhas imaginárias horizontais que circundam o planeta. O principal é a linha do Equador, que divide a Terra em duas partes iguais chamadas hemisférios: o Hemisfério Norte e o Hemisfério Sul. Os paralelos são indicados por graus e determinados a partir da linha do Equador (0º), podendo atingir o valor máximo de 90º a norte ou a sul. Os principais paralelos recebem denominações específicas: Círculo Polar Ártico e Trópico de Câncer, no Hemisfério Norte; Círculo Polar Antártico e Trópico de Capricórnio, no Hemisfério Sul. Os meridianos são linhas imaginárias verticais traçadas do Polo Norte ao Polo Sul e também são medidos em graus. Têm o valor máximo de 180º nos hemisférios Leste e Oeste. Todos os meridianos são medidos a partir do meridiano de Greenwich, que corresponde a 0º e divide a Terra em dois hemisférios: o Hemisfério Leste e o Hemisfério Oeste. A latitude e a longitude Quando observamos os paralelos e os meridianos em um mapa ou globo, temos a impressão de que a Terra está envolta em uma rede. Essa rede permite localizar com precisão qualquer lugar ou objeto na superfície terrestre e pode nos indicar a latitude e a longitude desse lugar. A latitude é a distância em graus de qualquer ponto na superfície terrestre em relação à linha do Equador. Todos os pontos que estão sobre o mesmo paralelo têm a mesma latitude. As latitudes variam entre 0º, na linha do Equador, e 90º, ao norte ou ao sul desse paralelo. A longitude é a distância em graus de qualquer ponto na superfície terrestre em relação ao meridiano de Greenwich. Todos os pontos situados sobre o mesmo meridiano têm a mesma longitude. As longitudes variam entre 0º, no meridiano de Greenwich, e 180º, para leste ou oeste dele. As coordenadas geográficas Quando estamos em uma cidade,podemos localizar alguns lugares tendo como referência, por exemplo, o cruzamento de duas ruas ou avenidas. Cada uma dessas vias seria um eixo, e o ponto em que ambas se cruzam seria a coordenada. Podemos fazer o mesmo com os paralelos (latitudes) e os meridianos (longitudes). O cruzamento ou encontro dessas linhas determina uma coordenada geográfica que nos permite localizar com exatidão um ponto na superfície terrestre. Tomando como exemplo a coordenada marcada com a letra A no mapa a seguir, concluímos que ela está a 60º de latitude norte e a 30º de longitude leste. ESCALA Para representarmos o espaço geográfico de forma proporcional à realidade, é preciso usar uma relação matemática chamada escala. A escala é a relação entre a medida de um objeto representado no mapa e a medida desse mesmo objeto em seu tamanho real. A escala expressa o número de vezes que a realidade foi reduzida para caber no papel. Ela pode ser expressa nas formas: Escala Gráfica No exemplo acima, a medida real do terreno é cem vezes maior que a medida representada no mapa, isto é, cada 1 cm do mapa equivale a 10 km do terreno representado. A escala gráfica é representada na forma de uma linha graduada, na qual são apresentadas as proporções de redução do terreno em relação ao mapa. É muito comum o uso de uma versão simplificada da escala gráfica, na qual se indica somente a que medida corresponde 1 cm do mapa. numérica: 1:100 A escala numérica é expressa por uma proporção que relaciona a medida no mapa (1 centímetro) com a medida no terreno na mesma unidade (100 centímetros). Quanto maior for a escala de um mapa, menor será a área representada, porém haverá mais detalhes. E quanto menor for a escala de um mapa, maior será sua área de abrangência, sem, contudo, apresentar detalhes de maneira bastante visível. Observe as duas fotografias desta página. Os dois trens são em tamanhos reduzidos, mas o trem da fotografia 1 leva pessoas, enquanto o da fotografia 2 carrega morangos. Portanto, se comparados a um trem em escala real, o trem que leva pessoas apresenta uma escala maior do que o que leva morangos. ⚫ Isotermas: temperatura ⚫ Isóbaras: pressão ⚫ Isoietas: pluviosidade ⚫ Isoípsas: altitudes ⚫ Isóbatas: profundidade ⚫ Curvas de Nível:formadas pelas isoípsas, representam a topografia do relevo. DICA : Quanto mais próximas, mais inclinado será o terreno ou mais intensas serão as mudanças de parâmetro. ASSISTA AOS VIDEOS!!! https://youtu.be/GdsGVgULosE https://youtu.be/ccDzYVbkveQ https://youtu.be/cwi4gGV20Zk Atividades!!!!! 1) Qual ponto cardeal é determinado pelo nascer do Sol? Descreva como podemos identificar os pontos cardeais com base na observação do Sol. 2) Observe o mapa abaixo e responda. a) Coloque as coordenadas geográficas dos pontos. Ponto A Ponto B Ponto C Ponto D b) Marque a localização no mapa do hemisfério Norte, com lápis vermelho e o Sul com caneta azul. c) Marque no mapa o paralelo do equador e o meridiano de Greenwich. d) Por que os paralelos e os meridianos são chamados de linhas imaginárias? Como é feita a distribuição dessas linhas pelo globo? e) Por que o meridiano de Greenwich é considerado uma referência geográfica? https://youtu.be/GdsGVgULosE https://youtu.be/ccDzYVbkveQ https://youtu.be/cwi4gGV20Zk