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Aula-13--Artropodosdosolo

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Artrópodos do solo
Misturam partículas orgânicas 
e minerais; redistribuem a 
matéria orgânica e 
microrganismos;
Promovem a humificação;
Produzem pelotas fecais
Regulam populações de 
fungos e microfauna;
Estimulam a atividade 
microbiana
Macrofauna
(2mm-20mm)
Produzem pelotas fecais;
Criam bioporos;
Promovem humificação
Regulam populações de 
fungos e microfauna;
Alteram a ciclagem;
Fragmentam detritos 
vegetais 
Mesofauna
(100 µm a 2 mm)
Podem afetar – interações 
com a microflora
Regulam populações
Alteram a ciclagem
Microfauna
(4µm–100 µm)
Estrutura do soloCiclagem de nutrientesCategoria
Tabela 1. Atividades da fauna do solo no processo de decomposição e na 
estruturação do solo.
Tabela 2. Classificação da fauna do solo, com base na 
sua ocorrência no ambiente do solo (Hole, 1981)
Muitos insetosEstágios inativos (ovos, 
pupas) no solo e ativos não
•Transientes
Larvas que vivem na copa 
das árvores.
O animal cai ou é carregado 
pela chuva
•Acidentais
Alguns afídeos e vespas1 ou + gerações no solo, 
outros acima do solo
•Alternantes
Formas ativas de muitos 
insetos
Movimenta-se: fora e dentro•Periódicos
Larvas de muitos insetos1 no solo, outro não•Temporário
Oligochaeta, CollembolaTodos estágios no solo• Permanente
RepresentantesCaracterísticasCategoria
• 1. Ordem aranae
2. Ordem pseudoscorpiones – (Arachnida)
São predadores: Collembola e Acari
3. Ordem opiliones – (Arachnida) 
Predadores: artrópodos e moluscos
Aranhas – (Arachnida)
> Parte dos habitantes do solo são 
predadoras
4. Subclasse Acari
• + 1/2 da 10.000 espécies conhecidas: são 
habitantes do solo.
Posição sistemática:
Classe Arachinida
Subclasse: Acari
Ordens:
Parasitiformes (Gamasina)
Acariformes (Oribatídeos) (70%)
Opliocariformes
5. Ordem Isopoda (Crustacea)
– ↑decompositores primários, dispondo a matéria 
orgânica ao ataque dos microrganismos;
6. Ordem Chilopoda (Myriapoda)
Um par de olhos simples, antena, mandíbulas e 
maxilas.
Corpo cilíndrico, 25 a 100 segmentos
↑ predadores, que localizam suas presas com os 
órgãos de sentido localizados nas antenas.
7. Ordem Diplopoda (Myriapoda)
• Alimentam-se de plantas mortas e roem as substâncias 
vegetais com seu aparelho bucal, decompondo 
diferentes partes do material vegetal da camada 
orgânica do solo.
8. Subclasse Pauropoda (Myriapoda)
O adulto tem 11 ou 12 (raros) segmentos no corpo e 9, 
10 ou 11 pares de pernas. Possui uma antena única. São 
raros no solo. 
Quando jovem lembra as Collembolas!
9. Subclasse Symphyla
– Alimentam-se em grande parte de restos mortos de 
plantas da camada orgânica do solo. Podem se 
alimentar de pequenas raízes de plantas novas, 
tornando-se pragas na agricultura e em jardins.
– O tronco possui 15-22 segmentos portadores de 
pernas (10-12 pares);
10. Ordem Diplura (Insecta)
> maioria são predadores, podendo 
alguns serem saprofitófagos ou 
microfitófagos.
11. Ordem Protura (Insecta)
– microfitófagos contribuindo como catalizadores da 
atividade microbiana no solo.
- caracterizados pela falta dos olhos e das antenas (possuem 
apenas restos de antena vestigial); 
- corpo alongado e cilíndrico, os imaturos têm nove 
segmentos abdominais, e a cada muda, um outro segmento 
será adicionado perto da extremidade do abdômen até que 
estejam crescidos inteiramente (e se amadureça 
sexualmente) com 12 segmentos abdominais.
12. Ordem Collembola (Insecta)
• Insetos apterygotas primários, cosmopolitas. Podem 
atingir de 2 a 9 mm de comprimento. > 6.000 sp no 
mundo.
• > espécie: Holacanthela spinosa, 10 mm, N. Zelândia
Corpo: Cilíndrico ou globoso,dividido em cabeça, tórax e 
abdômen (seis segmentos), com a fúrcula no quarto 
segmento.
• Tórax: 3 pares de perna, 1 em cada segmento;
• Pode ser revestida em: pelos ou escamas;
• Coloração variável: esbranquiçada; cinzentos; 
esverdeados, pardos e amarelos.
12. Ordem Collembola (Insecta)
Fúrcula
12. Ordem Collembola (Insecta)
• Fúrcula: Salto
• Voltada para frente por baixo do abdômem;
• Composta de três partes:
• Manúbrio basal
• Dentes um par de ramos apicais
• Mucro: garra dos ramos apicais
SubOrdens: 
Arthropleona – corpo comprido e cilíndrico;
Symphypleona – corpo arredondado
• No 3º segmento está o retináculo ou tentáculo que serve 
para prender a fúrcula quando está em repouso.
Isotoma trispinata
Collembola
• Bautchemb (1983).
– 1m2 de campo natural – transformam 1,12g de matéria 
vegetal seca ao dia;
- Poucas são carnívoras: Friesea spp; Isotoma spp
Alimentam-se de: rotíferos, tardígrafos e ovos de 
alguns nematóides (Butcher et al., 1971).
Pólen: Entomobrya socia (Waldorf, 1981). 
Collembola
• De acordo com Dunger (1956)
– Decompositores primários e secundários da matéria 
orgânica.
Contribuem para a formação do solo
Alimentando-se de material orgânico grosseiro, que 
será desdobrado dentro do seu intestino.
Produção de fezes, que serão aproveitadas por 
outros organismos;
Hale (1971). 10.000 ind/m2, produz 183 cm3 de 
excremento/ano; equivale a um extrato de 0,2 mm de 
espessura.
13. Ordem Archaeognata (Insecta)
14. Ordem: Zygentoma (insecta)
São polifágos, que se alimentam de várias substâncias 
orgânicas
15. Dermaptera (Insecta)
São polífagos, podendo se alimentar de material 
vegetal fresco, hifas de fungos e outros animais.
16. Ordem Blattodea (Insecta) - Baratas
– 17. Ordem Ensifera (Insecta) -Grilos
– 18. Ordem Hemiptera (Insecta) – Percevejos
– 19. Ordem Planipennia (Insecta) – Formiga leão.
– 20. Ordem Coleoptera (Insecta) – Besouro
– 21. Ordem Hymenoptera (Insecta) – Formigas
22. Ordem Trichoptera (Insecta) –
23. Ordem Lepidoptera (Insecta) – Borboletas e 
mariposas (larvas) 
24. Ordem Mecoptera (Insecta) -
25. Ordem Diptera (Insecta) – moscas (larvas).
26. Ordem Plesiopora, Enchytraeidae (Classe Oligochaeta)
São anelídeos de tamanho reduzido: 1 a 35 mm; alguns 
50 mm
Corpo filiforme, com cerdas, de cor em geral branca;
Solo temperado: milhares/m-2 e biomassa 100 kg/ha
Alimentação: restos vegetais, células parenquimatosas e 
deixam as nervuras
Taxa de atividade, até 10 x > minhocas; toleram mais a 
acidez; 
Enchytraeidae (Classe Oligochaeta)
Oribatídeos
• Mittmann (1983), podem se divididos em:
– Macrofitófagos: Decompositores primários, reciclam o 
equivalente a 20% do seu peso corporal diariamente, 
propiciando a continuidade da desagregação por 
outros organismos.
– Microfitófagos: atuam no controle de hifas fúngicas e 
através da propagação de esporos fúngicos; atuam 
como catalizadores da atividade microbiana (Mitchell e 
Parkinson, 1976; Mittmann, 1980).
Oribatei
• De acordo com Luxton (1972)
– A habilidade em digerir material de vegetais 
superiores tem sido atribuída à presença de 
várias enzimas líticas no seu intestino, que 
estão associadas à presença de 
microrganismos. 
Tabela 3. Abundância (ind./m-2) de grupos da fauna 
edáfica em sistemas agrícolas, comparados com campo e 
floresta de coníferas, Suécia (Lagerlof, 1983)
684.400111.90045.800Acari
60.000108.10051.400Collembola
FlorestaCampoAgriculturaGrupos
Tabela 4. Número médio de Collembola e Acari por 100 mL 
de solo numa parcela de cenoura em Wagening (Holanda), 
outono 1966 (Bund, 1970). 
4,430,5Acari
18,574Collembola
Sem adiçãoCom esterco 
estável
Grupo
Tabela 5. Número médio (m-2. 10-3) de microartropodoes
coletados em sistemas agrícolas, com aveia, em Skafto
(Suécia), agosto de 1979 (Steen, 1983).
93,9112,2Acari
147,6225,6Collembola
Adição NPKCom estercoGrupo
Tabela 6. Abundância (ind./m-2) da fauna do solo cultivado 
com milho, como resultado da aplicação de atrazina, na 
Romênia (Popovici et al., 1977).
6.0013.81317.065II
3.0054.48213.747IAcari
1.0982.2065.349II
1682953.352ICollembola
8 kg/ha5 kg/ha
AtrazinaControleTempo*Grupo
I – um mês após o tratamentoII – quatro meses após o tratamento.
Outros
Isoptera
Formicidae
Oligochaeta
0 20 40 60 80 100
%
Natural
Convencional
Plantio Direto A
Plantio Direto B
Plantio Direto C
Figura 2. Proporção entre os grupos da macrofauna do solo 0-10cm de 
profundidade em diferentes agroecossistemas (safra de verão 99/00). Sistema 
convencional com sucessão/aveia-soja; plantio direto A, B e C, respecitvamente: 
trigo/soja/nabo, aveia/soja/trigo e nabo/milho/aveia (Aquino et al., 2000). 
409Milho
1.93626Capoeira
1.40521Maracujá1999
73320Cana
2.60024Capoeira
1.28420Mandioca1998
1.37521Maracujá
1.39022Milho
1.69020Maracujá1997
1.78220Cana
1.22317Milho
2.35022Maracujá1996
2.36621Cana
Densidade (No/m-2)Grupos (No)CulturaAnos
Tabela. Fauna do solo em diversos sistemas agrícolas Tabela 7. Fauna do solo em diversos sistemas agrícolas. 
Adaptado de Correia e Pinheiro, 1999).
Tabela 8. Densidade (indivíduos/m2 e erro padrão), em uma camada de 
solo de 0-30 cm, afetada pelo uso de cobertura morta (modificado a 
partir de Tian et al., 1993). 
8 ± 5 a582 ± 110 a689 ± 184 b112 ± 18 abArroz (palha)
8 ± 5 a540 ± 90 a900 ± 304 c107 ± 11 abMilho (sabugo)
8 ± 5 a692 ± 93 ab629 ± 191 b144 ± 46 bLeucena (poda)
8 ± 5 a786 ± 217 b528 ± 203 b113 ± 35 abGliricidia (poda)
(Mourões)
12 ± 8 a566 ±155 a1.082 ±255 c100 ±12 aAcioa (poda)
Castanha-de-cutia
8 ± 5 a555 ± 122 a360 ± 243 a79 ± 17 aSem cobertura
DiplópodesFormigasTérmitasMinhocasResíduos
0 20 40 60 80 100 120
Controle
48 kg N ha-1
96 kg N ha-1
144 kg N ha-1
192 kg N ha-1
Esterco(36 t ha-1)
Esterco(36 t ha-1) 
+ 96 kg ha-1
Figura 3. Densidade de minhocas, indivíduos/m2, em parcelas com adição de 
diferentes doses de N mineral e esterco. (Modificado a partir de Edwards e Lofty, 
1982b).
Tabela 9. Densidade (número de indivíduos/m-2) e porcentagem do 
total de indivíduos, de três grupos funcionais de macroartrópodos em 
plantio de cana-de-açúcar com queima e sem queima por ocasião da 
colheita. (modificado a partir de Pinheiro et al., 1996). 
3.04212.139Total
7200182.174Insetos sociais
10307293.554Macroartrópodos
832.534536.411Fitófagos/Alados
Plantio com queima
Densidade % do total
Plantio sem queima
Densidade % do total
Grupos 
funcionais
Aumento da diversidade de espécies e densidade 
populacional
Práticas agrícolas
Diminuição da diversidade de espécies; 
espécies remanescentes, população aumenta 
fertilizantes policulturas
Cultura agrícola agrotóxicos
cultivo rotação monocultura
Figura. Efeito das práticas agrícolas nos microrartrópodos do solo (Crossley
Junior et al., 1992).

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