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Ariane Vasconcellos de Albernaz
Estudo de caso:
Alberto, empresário, foi casado com Aurélia, engenheira civil, pelo período aproximado de 30 anos, cujo casamento foi celebrado e registrado em Uruguaiana, RS. Possuem dois filhos maiores de idade, Luís com 26 anos e Luísa com 27 anos de idade, os quais já são casados e possuem família. O casal adquiriu por conta da união conjugal três apartamentos localizados em Porto Alegre, RS, devidamente registrados no Ofício Imobiliário da referida cidade. Além dos imóveis, o casal possui dois veículos, uma camioneta Amarok 2020, placa ZZZ0000 e um Corola, placa VVV0000, devidamente registrados em nome de Alberto no Detran/RS. O casal já conversou sobre o divórcio e pretendem resolver de forma pacífica.
Diante da situação-problema, responda, de forma fundamentada:
1). É possível a realização de procedimento extrajudicial, neste caso? De que forma? Fundamente.
Sim! Neste caso há consenso entre as partes, o que possibilita o divórcio extrajudicial. Divórcio amigável extrajudicial é aquele que pode ser realizado no cartório, desde que obedeça aos requisitos previstos em lei. A lei 11.441/2007, que facilitou os divórcios consensuais criando essa possibilidade de realizar a escritura de divórcio perante um tabelião. Além disso, o casal não possui filhos menores ou incapazes e a mulher não está grávida. 
Funciona da seguinte forme: o casal, acompanhado por advogado, vai ao cartório com os documentos necessários e dá entrada no divórcio. Se estiverem atendidos todos os requisitos, todo andamento é feito no cartório mesmo e, após o processo, é lavrado a Escritura Pública de Divórcio. É necessário que as partes manifestem de forma clara sua vontade e não esteja sendo pressionados ou coagidos. Casa haja uma divergência que não se resolva nem mesmo com uma mediação, o processo deverá ser feito via judicial.
2). Qual o foro competente para a realização do divórcio do casal? Apresente a fundamentação legal. 
A ação de divórcio consensual deve ser ajuizada, de regra, no foro de domicílio da mulher, conforme artigo 100, I, Código de Processo Civil. Pode, contudo, o casal optar pelo foro de domicílio do homem.
3). Quais os requisitos e documentos indispensáveis para a propositura do procedimento extrajudicial?
· Certidão de casamento (atualizada – prazo máximo de 90 dias);
· Documento de identidade oficial, CPF e informação sobre profissão e endereço dos cônjuges;
· Escritura de pacto antenupcial (se houver);
· Documento de identidade oficial, CPF e informação sobre profissão e endereço dos filhos maiores (se houver) e certidão de casamento (se casados).
Documentos necessários à comprovação da titularidade dos bens (se houver):
· Imóveis urbanos: via original da certidão negativa de ônus atualizada (30 dias) expedida pelo cartório de registro de imóveis, carnê de IPTU, certidão de tributos municipais incidentes sobre imóveis, declaração de quitação de débitos condominiais.
· Imóveis rurais: via original da certidão negativa de ônus atualizada (30 dias) expedida pelo cartório de registro de imóveis, declaração de ITR dos últimos cinco anos ou Certidão Negativa de Débitos de Imóvel Rural emitida pela Secretaria da Receita Federal, Certificado de Cadastro de Imóvel Rural (CCIR) expedido pelo INCRA.
· Bens móveis: documentos de veículos, extratos de ações, contratos sociais de empresas, notas fiscais de bens e joias, etc.
· Descrição da partilha dos bens.
· Definição sobre a retomada do nome de solteiro ou manutenção do nome de casado.
· Definição sobre o pagamento ou não de pensão alimentícia.
· Carteira da OAB, informação sobre estado civil e endereço do advogado.
4) Em que local deverá ser registrado o divórcio do casal? Apresente a fundamentação legal.
A possibilidade do divórcio extrajudicial é autorizada pelo art.733 do CPC, ou seja, é permitido que o divórcio seja realizado por escritura pública. Para que seja possível a realização do divórcio é indispensável que o casal não tenha filhos menores, ou incapazes, e qiue não haja nascitura. Então havendo consenso entre o casal tanto com o divórcio como na partilha poderá ser registrado no cartório, é um processo menos burocrático, menos oneroso e mais célebre.

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