Buscar

DOC-20221121-WA0272

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Grupo Rhema Educação
R Macucos N° 200, Arapongas – PR, Centro
Tel (43) - 3152-6464 
CUIDADOS DE ENFERMAGEM A PACIENTES PORTADORES DA DOENÇA DE ALZHEIMER
Rosemari Costa dos Santos Emilio ¹
July Anne Rossi Michelin ²
RESUMO: Este trabalho tem como interesse de pesquisa a busca em considerando a intervenção do enfermeiro no cuidado ao portador de Alzheimer, assim como apresentar sobre as perspectivas da doença de Alzheimer nos dias atuais, abordando o contexto familiar com relação ao portador da doença. Tem como objetivo descrever sobre as causas da doença de Alzheimer e explicar o papel da assistência do profissional na promoção da saúde de pacientes com Doença de Alzheimer. A metodologia do trabalho abordado se refere a uma revisão bibliográfica, com fontes de dados científicos (Portal da Capes, Scielo, Biblioteca virtual em saúde (BVS), Gloogle Acadêmico) e dados de acesso público. Sendo assim, o profissional enfermeiro precisa atualizar o conhecimento sobre o cuidado ao desenvolvimento da doença de Alzheimer, ajudando tantos os familiares como os portadores da doença, garantindo uma maior qualidade de vida e assistência técnica ao paciente.
Palavras-chave: Alzheimer. Enfermeiro. Sintomas. Tratamento. Cuidados.
SUMMARY: This work has as research interest the search for considering the nurse's intervention in the care of Alzheimer's patients, as well as presenting on the perspectives of Alzheimer's disease today, addressing the family context in relation to the patient. It aims to describe the causes of Alzheimer's disease and explain the role of professional assistance in promoting the health of patients with Alzheimer's disease. The methodology of the work addressed refers to a bibliographic review, with sources of scientific data (Portal da Capes, Scielo, Virtual Health Library (BVS), Academic Gloogle) and publicly accessible data. Therefore, the professional nurse needs to update knowledge about care for the development of Alzheimer's disease, helping both family members and patients with the disease, ensuring a better quality of life and technical assistance to the patient.
Keywords: Alzheimer´s. Nurse. Symptoms. Treatment. Care.
¹ Acadêmico do Curso de pós graduação em Enfermagem da UNESPAR–FECEA-Universidade Estadual do Paraná – Campus Fecea. 
² Doutoranda em Saúde Coletiva pela Universidade Estadual de Londrina/UEL. Professora Orientadora. Docente na Pós-Graduação Lato Sensu pelo Grupo Rhema de Educação.
1 INTRODUÇÃO
	
O envelhecimento faz parte da realidade da maioria das sociedades, principalmente as desenvolvidas, pois claramente a pirâmide etária está sofrendo uma mudança gradativa. Dessa forma, verifica-se que o número de idosos só aumenta. No qual, ocasiona inúmeras alterações ao modo de vida do indivíduo, que podem estar relacionados ao surgimento ou não de doenças crônicas degenerativas, que podem acarretar em transtornos mentais, como demências, transtornos psicóticos, depressão e ansiedade (MOREIRA, 2018).
	Em relação à demência, a causa mais comum é a doença de Alzheimer, os cuidados de enfermagem são necessários ao longo do curso da doença, o que acaba por levar à importância de se conhecer mais sobre a dependência total desses pacientes. Sendo assim, a doença de Alzheimer é uma demência crônica, degenerativa, progressiva e irreversível que pode causar uma variedade de sintomas e alterações de comportamento, sendo de extrema relevância ter informações e conhecimento sobre esta temática (BURLA, 2012).
	O profissional de enfermagem deve se atualizar e acompanhar a evolução de novas discussões. A partir do conhecimento técnico e científico a enfermagem se torna capaz de encontrar a resolutividade para alguns diagnósticos de enfermagem levantados e assim, prescrever ao paciente e à família orientações importantes que poderão intervir na melhora do prognóstico, da qualidade de vida e evitar complicações através de medidas simples de promoção da saúde.
O objetivo deste estudo surgiu da visualização da necessidade de uma atuação do enfermeiro frente a esta temática, assim como abordar sobre o conceito da doença de Alzheimer, questionando-se qual a visão da enfermagem no cuidado ao paciente portador da Doença de Alzheimer, assim como os principais fatores que desencadeiam a doença, quais os tratamentos e prevenções disponíveis, os principais diagnósticos de enfermagem e os fatores que influenciam na qualidade de vida dos pacientes com Alzheimer.
Do ponto de vista metodológico, foi desenvolvido estratégias de análise através de uma pesquisa bibliográfica, em revistas, livros, sites e plataformas de pesquisas, de caráter exploratório e descritivo, em que serão selecionados trabalhos acadêmicos que visam abordar sobre os cuidados de enfermagem a pacientes portadores da doença de Alzheimer, buscando a finalidade de atingir os objetivos e desenvolvimentos propostos do trabalho.	
	Portanto, o interesse em pesquisa busca considerar uma boa intervenção do enfermeiro no cuidado ao portador de Alzheimer para que se possa diminuir os impactos causados com a evolução da doença, tanto para o paciente, como também, para o núcleo familiar e cuidador (BURLA, 2012).
2 DESENVOLVIMENTO
A doença de Alzheimer é uma doença crônico-degenerativa, e a combinação de demência e envelhecimento se tornará uma realidade nos próximos anos. No Brasil, devido às mudanças na estrutura demográfica, a população idosa tem aumentado, o que exige do governo mudanças para garantir a vida dos idosos (TEXEIRA, 2015).
Estudos têm mostrado e comprovado que a expressão epidemiológica da doença de Alzheimer em mulheres é mais elevada, em contrapartida, nos homens são menores visto que morrem habitualmente devido a outros fatores, como por exemplo, em razões de problemas cardiovasculares. Em contraste, as mulheres têm menos probabilidade de sofrer desta patologia e são com maior probabilidade de se tornarem reféns de demências, a principal característica da doença de Alzheimer (TEXEIRA, 2015).
Na doença de Alzheimer, a evolução é dividida em três fases: leve, moderada e grave. No caso de demência leve, os idosos ainda mantêm independência nas tarefas básicas, mas apresentam dificuldades de linguagem, e a evolução da memória começa a perder; no caso moderado, é caracterizada pela perda de memória mais efetiva; na fase grave, Pessoas com doença de Alzheimer apresentam dependência total (WAJMAN, 2014).
Como já foi observado, a característica comum da doença de Alzheimer é a demência, que está relacionada ao envelhecimento. Os resultados são mudanças na cognição e no comportamento. É de suma importância que o tratamento da doença de Alzheimer é paliativo, no qual, tal doença, não pode ser encontrado no início do exame. Outro fator importante é que a memória dos fatos que tem do passado é mais fixa e, geralmente, os pacientes têm perda inicial das memórias mais recentes, ou seja, em memórias de curto prazo. A doença de Alzheimer afeta cerca de 36 milhões de pessoas em todo o mundo. É geralmente considerada uma doença neurodegenerativa relacionada à idade e é quase a única doença dos idosos (FAGUNDES, 2019).
2.1 Sintomas
Um dos principais sintomas com base no que já foi observado, é a demência no qual é o resultado de uma série de estressores genéticos e ambientais, que mudam com o tempo, a idade e cada indivíduo afetado. Há uma série de eventos fisiopatológicos que atuam diretamente no nível molecular, levando à falta de neurotransmissores e, portanto, levando à patologia da demência (ARAÚJO, 2010).
A maior parte do curso clínico da demência neurodegenerativa começa de forma invisível e piora gradualmente, prejudicando a memória fixa. No curso da doença, as atividades funcionais e o progresso da vida diária deterioram-se gradativamente. Com o tempo, a doença se desenvolve gradativamente e se torna irreversível, podendo surgir sinais e sintomas do sistema nervoso, deterioração física e outras condições patológicas relacionadas (ARAÚJO, 2010).
Por meio de observação e análise, os sintomas mais comuns que causam graves restriçõesno cotidiano dos pacientes e seus cuidadores são: distúrbios cognitivos e emocionais, como alterações de humor, assim como perda de memória recente, dificuldade para encontrar palavras, desorientação no tempo e no espaço, dificuldade para tomar decisões, perda de iniciativa e de motivação, sinais de depressão, agressividade, redução do interesse por atividades e passatempos, além de delírios, alucinações, apatia, irritabilidade, transtornos de ansiedade, reações catastróficas, comportamentos estereotipados, caminhada ininterrupta, insônia, mudanças no apetite e comportamento sexual (CARAMELLI, 2002).
Os primeiros sintomas da Doença de Alzheimer aparecem usualmente após os 65 anos de idade. Nos estágios iniciais o paciente demonstra dificuldade em pensar com clareza, tende a cometer lapsos e se confundir facilmente, observa-se tendência ao esquecimento de fatos recentes e dificuldade para registrar novas informações. À medida que a doença progride o paciente passa a ter dificuldades para desempenhar tarefas mais simples, como se vestir, cuidar da sua própria higiene, e alimentar-se. Na doença mais avançada, o paciente acaba de perder a capacidade de viver de modo independente, e o quadro se agrava quando o paciente desenvolve sintomas psicóticos ou alterações comportamentais (FORLENZA, 2005).
2. 2 Tratamento
Como não há cura definitiva para a doença de Alzheimer, a descoberta de que ela é caracterizada por deficiência colinérgica levou ao desenvolvimento de tratamentos medicamentosos que podem aliviar os sintomas. Portanto, em alguns países extremamente relevantes para esse problema, o medicamento retarda a metástase da doença. Os inibidores da acetilcolinesterase, no qual, é responsável por determinadas funções neurais, são o principal tratamento para a doença de Alzheimer. O tratamento de curto prazo com esses medicamentos mostra melhora da cognição e de outros sintomas em pacientes com doença de Alzheimer leve a moderada (BRASIL, 2010).
Um dos principais objetivos do tratamento da doença é estimular e manter as capacidades mentais do paciente, assim como fortalecer as relações sociais e proporcionar mais segurança e aumentar a autonomia do paciente, estimulando, portanto, a identidade e autoestima do indivíduo, outro ponto importante a se verificar é minimizar o estresse e evitar reações psicológicas anormais, e melhorar a consciência de desempenho e melhorar a saúde e qualidade de vida do paciente (LUCAS, 2013).
O tratamento da doença de Alzheimer é realizado por meio de intervenções educativas farmacológicas, sócio psicológico, multidisciplinar e interdisciplinar destinado aos pacientes, familiares e cuidadores, amenizando assim os problemas na vida dessas pessoas. O processo de intervenção tem como alguns pontos principais em algumas técnicas, como: grupos de educação social e psicoterapia para familiares e cuidadores, técnicas para melhor estruturar e organizar o ambiente; nutrição, fisioterapia e orientação dentária; programas de exercício físico; reabilitação neuropsicológica (MATOS, 2013).
É imprescindível que todos se conscientizem que se sensibilizem de que o paciente ou seu responsável legal deve ser informado sobre os potenciais riscos, benefícios e efeitos adversos associados ao uso dos medicamentos recomendados. Na prescrição de medicamentos do componente especial de assistência ao paciente por meio de medicamentos, assim como deve ser observado as cláusulas de esclarecimento e responsabilidade obrigatórias. É necessário o fornecimento de laudo médico que descreva a duração da doença e o acompanhamento do tratamento, como verificação periódica das doses prescritas e do uso completo dos medicamentos, bem como a dispensação dos medicamentos (BRASIL, 2010).
2.3 O cuidador e os impactos advindos do Alzheimer no contexto familiar
Primeiramente, considera-se que em relação às percepções de familiares e cuidadores de pacientes com doença de Alzheimer, quando percebem mudanças no comportamento e na memória e as relatam aos profissionais de saúde, os profissionais reconhecem a importância desses indivíduos no processo de diagnóstico. É de suma importância que demonstrem no estudo que os profissionais de saúde têm visões semelhantes sobre o envolvimento da família no estabelecimento do diagnóstico da doença de Alzheimer, enfatizando que a história clínica adequada e a confirmação de familiares fazem parte desse processo (POLTRONIERE, 2011).
Outro fator existente é abordar as necessidades dos cuidadores que assistem pacientes com Alzheimer ao considerar os efeitos negativos da doença e seu impacto na saúde dos cuidadores responsáveis ​​pelos pacientes com Alzheimer. (POLTRONIERE, 2011).
O impacto da evolução do processo demencial nos cuidadores de pacientes com DA e a necessidade de cuidados também foram confirmados em outros estudos. Esses cuidadores geralmente são representados por familiares e carregam altas cargas físicas e emocionais e, devido à complexidade da enfermagem, à dificuldade de cuidar do paciente e à preocupação com o fracasso, podem sofrer grande dor, sofrimento, sentimentos de desamparo e desamparo físico. A sobrecarga mental e excessiva pode levar ao agravamento do estado do paciente e ao isolamento social do cuidado (VIZZACHI, 2015). 
Além das pessoas afetadas pela doença, também impactamos a família e seus cuidadores, conforme a o estado da doença aumenta, os cuidados que à família fornecem podem levar a um aumento no estresse emocional, e até mesmo a depressão da pessoa, assim como problemas de saúde, assim como em parte devido ao tempo para auxiliar nos cuidados, pode levar a uma perda de estabilidade profissional, assim como despesas médicas familiares. Cerca de 30% a 40% dos familiares que cuidam de pacientes com demência sofrem de depressão (VIZZACHI, 2015).
Portanto, no que se refere aos cuidadores e familiares pode se caracterizar por uma intervenção de conscientização e esclarecimento sobre o que é e quais são os possíveis desdobramentos da doença de seu familiar, para que estejam melhor informados e preparados para lidar com os sintomas aconselhamento e intervenção psicoterapêutica para auxiliar os familiares e cuidadores a lidar com questões pré-existentes em relação ao doente que podem estar afetando sua interação e cuidado com o mesmo, preconizando o melhoramento do funcionamento e das relações familiares (VIZZACHI, 2015).
2.3 Assistência de enfermagem a doença de Alzheimer
No que se refere às formas de cuidar dos pacientes com doença de Alzheimer durante a formação dos profissionais, é de suma importância o conhecimento proporcionado durante a graduação e a educação permanente no cotidiano dos profissionais de enfermagem. O conhecimento sobre o cuidado ao paciente com demência adquirido no nível acadêmico é de relevância para a assistência aos cuidados da doença de Alzheimer (XAVIER, 2011).
Desta forma, a literatura mostra que profissionais com habilidades e visão biopsicossocial no cuidado ao idoso devem possuir capacidades interdisciplinares, bem como estruturas de apoio e atendimento integral ao idoso, além de redes de assistência funcionais. O conhecimento para lidar com esses pacientes depende não só dos profissionais, mas também de áreas superiores que promovam a educação permanente (XAVIER, 2011).
De acordo com a Portaria Geral nº 648, de 28 de março de 2006, a política nacional de atenção básica à saúde se caracteriza por formular um conjunto de ações de saúde em nível individual e coletivo, incluindo promoção e proteção da saúde, prevenção de agravos à saúde, diagnóstico, tratamento, reabilitação e manutenção da saúde (BRASIL, 2006).
A Assistência de enfermagem tem o dever de dar atenção primária ao idoso, devendo realizar buscas ativas e determinar a situação do idoso por meio de visitas domiciliares, para saber a saúde do paciente como esta, incluindo processos diagnósticos multidimensionais. Vale lembrar que o diagnóstico deve se valer de diversos fatores, como ambiente de moradia do idoso, a atenção e cuidados dos profissionais de saúde,buscando saber as relações familiares com pessoal com a doença de Alzheimer, além de abranger a história clínica do paciente, seus aspectos psicológicos, funcionais e sociais e exame físico (BRASIL, 2006).
Os profissionais de saúde, principalmente os enfermeiros, estão cada vez mais preocupados em melhorar a qualidade da assistência prestada aos seus pacientes. Portanto, a aprendizagem tem o papel de desenvolver os profissionais, capacitando-os a desenvolver atividades em um ambiente coletivo e familiar com maior segurança, vitalidade e individualidade (CASTRO, 2008).
A avaliação funcional do idoso é parte imprescindível dos serviços de enfermagem, com foco no pessoal e no sistema de apoio com que ele pode contar para atender às suas necessidades. Os enfermeiros planejam, executam e avaliam cuidadosamente os cuidados prestados aos idosos como suporte para que os familiares possam realizar de forma eficaz e ideal os cuidados em casa. Os cuidadores também devem estar cientes das funções dos idosos com a Doença de Alzheimer. Dessa forma, a equipe pode atuar sobre a deficiência mais evidente demonstrada pelo indivíduo, proporcionando uma forma de melhor atender as necessidades de cada estágio da doença (FARFAN, 2017).
3 RESULTADOS
Deve ser de suma importância a assistência de enfermagem para que haja a conscientização, orientação e treinamento da família, assim como deve se valer do incentivo as escolas e a educação de cuidadores são fundamentais para que a sociedade envelheça com dignidade, respeito e saúde. Destaca-se que a educação e a relação do profissional da área da saúde, geralmente, um enfermeiro, a família, o idoso deve ser a mais harmônica possível, para que as dificuldades não se tornem problemas de difícil resolução (BRASIL, 2006).
Entendemos que a atuação da enfermagem está justamente voltada ao apoio dos cuidadores e familiares, os quais passam maior parte do seu tempo com esses doentes, é onde destacamos que a enfermagem da atenção básica deve ser mais presente, para que as possíveis complicações sejam tardadas (VIZZACHI, 2015).
Sendo assim, o paciente com Doença de Alzheimer tem suas limitações por diminuição da sua cognição, na grande maioria, os familiares cuidam do enfermo, e desenvolvem uma rotina estressante e repetitiva, muitos se dedicam e comprometem sua renda, a rotina diária estimula o surgimento de doenças crônicas, aumento do estresse, comprometendo o físico e mental dos cuidadores familiares, que em sua grande maioria são mulheres. Considerando o crescimento populacional, as demências tornam-se uma questão importante em saúde pública, produzindo gastos, indiretos e diretos. Medidas públicas de saúde e conscientização tornam-se urgentes para o cuidado e atendimento dessa massa da sociedade em ascensão demográfica em relação a outras faixas etárias (TEXEIRA, 2015).
4 CONCLUSÃO
Nos dias atuais, está presente a necessidade de aprimoramento e atenção ao idoso, visto que as doenças crônicas degenerativas seguem uma tendência de aumento da população. Torna-se fundamental que o enfermeiro, juntamente com a equipe de saúde da família e os apoios multidisciplinares para que se mantenha atualizado, facilitando a condução ao conhecimento, sobre a demência de Alzheimer. Tanto o paciente quanto o familiar e cuidador demandam um cuidado direcionado, com o intuito de minimizar os impactos diversos que a doença de Alzheimer causa no núcleo social envolvido. 
Os tratamentos apesar de não serem eficazes por não promover a cura, ainda é a principal opção de tratamento para retardar a evolução da doença e minimizar os sintomas, além de farmacológicos, as terapias ocupacionais com uma equipe multidisciplinar, atividades físicas, musicoterapias devem ser inseridas como forma de tratamento para promover uma melhor qualidade de vida.
Por fim, conclui-se que os profissionais da enfermagem, com a devida formação e conhecimentos são imprescindíveis para as orientações quanto ao desenvolvimento de habilidades para a execução e cumprimento das normas e legislações vigentes que garantam na prática, a dignidade e respeito a todos os idosos com Doença de Alzheimer.
REFERÊNCIAS
ARAÚJO, Claudia L. Uma revisão bibliográfica das principais demências que acometem a população brasileira. Revista Kairós Gerontologia, São Paulo, vol.13, ed.1, 2010.Disponível em:<http://revistas.pucsp.br/index.php/kairos/article/view/4872>. Acesso em 26 Out 2022.
BRASIL, Ministério da Saúde. Cadernos de Atenção Básica. 19. ed. Brasília, 2006.
BRASIL. Ministério da saúde. Portaria nº 491, 2010. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/sas/2010/prt0491_23_09_2010.html. Acesso em 26 Out 2022.
BURLÁ, Claudia. Panorama prospectivo das demências no Brasil: um enfoque demográfico. Revista Ciência e Saúde Coletiva, vol. 18, Ed. 10, p. 2949-2956, 2012.
CARAMELLI, Paulo. Como diagnosticar as quatros causas mais frequentes de demência? Revista Brasileira psiquiatria clínica. vol.24, São Paulo - SP, 2002.
CASTRO LC. Percepção dos enfermeiros sobre a avaliação da aprendizagem nos treinamentos desenvolvidos em um hospital de São Paulo. Rev. Esc. Enfermagem USP, Vol.42, ed.2, 2008.
FAGUNDES, A. Políticas públicas para os idosos portadores do mal de Alzheimer. Revista FunCareOnline, vol. 11, 2019.
FARFAN, A. E. Cuidados de enfermagem a pessoas com demência de Alzheimer. Revista Cuidarte Enfermagem, vol. 11, ed. 1, 2017.
FORLENZA, Vicente O. Diagnóstico diferencial das demências. Revista Brasileira psiquiatria clínica. vol. 32, ed. 3, São Paulo, 2005.
LUCAS, Catarina O. A doença de Alzheimer: características, sintomas e intervenções. Psicologia. PT O Portal dos psicólogos. 2013. Disponível em: <https://www.psicologia.pt/artigos/textos/A0662.pdf>. Acesso em 26 Out 2022.
MATOS, V. T. A importância da assistência de enfermagem ao idoso portador da Doença de Alzheimer (DA). Revista de Enfermagem, 2013, Brasília, DF. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/RevEnvelhecer/article/view/17921. Acesso em 26 Out 2022.
MOREIRA, S. V. Intervenção musical pode melhorar a memória em pacientes com doença de Alzheimer? Uma Revisão Sistemática. Revista Dementia & Neuropsychologia, vol. 12, ed. 2, p. 133-142, 2018.
POLTRONIERE, S. Doença de Alzheimer e demandas de cuidados: o que os enfermeiros sabem? Revista Gaúcha de Enfermagem, Porto Alegre, vol.32, Ed.2, 2011. Disponível em: <https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S198314472011000200009&script=sci_abstract&tlng=pt>. Acesso em 26 Out 2022.
TEIXEIRA, Jane B. Doença de Alzheimer: estudo da mortalidade no Brasil, 2000-2009. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, vol.31, 2015.
VIZZACHI, B.A. A dinâmica familiar diante da doença de Alzheimer em um de seus membros. Revista da Escola de Enfermagem da USP, vol. 49, ediçao. 6, p.931-936, 2015. Disponível emhttps://www.scielo.br/pdf/reeusp/v49n6/pt_0080-6234-reeusp-49-06-0933.pdf. Acesso em 26 Out 2022.
WAJMAN, José R. Correlação e adaptação entre instrumentos funcionais e cognitivos para estadiamento e monitoramento da doença de Alzheimer em estágios avançados. Revista de Psiquiatria Clínica, Vol.41, São Paulo- SP, 2014.
XAVIER, A.S. Educação superior no Brasil e a formação dos profissionais de saúde com ênfase no envelhecimento. Revista Interface-Comunicação, Saúde, Educação, vol. 15, ed.39, 2011. Disponível em: <https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S1414-32832011005000019&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em 26 Out 2022.

Outros materiais