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SP 1.5 - Ossos e vértebras (típicasatípicas)

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Ana Beatriz Figuerêdo Almeida - Medicina 2023.1 
Página | 1 
 
SP 1.5 - Morfofuncional 
VISÃO GERAL DOS OSSOS E VÉRTEBRAS 
CÉLULAS ÓSSEAS E CALCIFICAÇÃO 
O osso é continuamente remodelado ao longo de 
nossas vidas, mesmo quando não temos ossos 
quebrados. Três tipos de células ósseas (osteoblastos, 
osteócitos e osteoclastos) são responsáveis pela 
reabsorção do tecido ósseo antigo e pela ossificação do 
tecido ósseo novo. 
 
Osteoblastos produzem e secretam proteínas de 
matriz óssea. Os osteoblastos podem amadurecer em 
osteocitos. 
Os osteócitos são osteoblastos maduros. Eles atuam 
como um centro de controle para manter a matriz 
óssea ao detectar e comunicar qualquer tensão no osso 
aos osteoblastos e osteoclastos. 
Os osteoclastos decompõem o tecido ósseo. Este 
processo é chamado de reabsorção. 
 
Há três tipos de cartilagem encontrados dentro do 
corpo que desempenham cada um uma função 
diferente. 
Cartilagem hialina: Em locais como as orelhas, nariz, 
sistema respiratório e onde as costelas se fixam ao 
esterno, a cartilagem hialina dá a estas estruturas 
alguma forma, ao mesmo tempo em que permite 
alguma flexibilidade. Nas superfícies articulares dos 
ossos, a cartilagem hialina funciona como um 
amortecedor de choque e reduz o atrito entre os ossos. 
Fibrocartilagem: Localizada na sínfise púbica e nos 
discos intervertebrais, a fibrocartilagem proporciona 
rigidez e suporte estrutural para resistir às forças de 
cisalhamento e compressão. 
Cartilagem elástica: Localizada apenas dentro da 
orelha e epiglote, a cartilagem elástica mantém a forma 
destas estruturas, ao mesmo tempo em que permite 
uma grande flexibilidade. 
 
OSSO COMPACTO (COTICAL) 
Osso compacto, também chamado de osso cortical, 
constitui cerca de 80% da massa óssea total de uma 
pessoa. Ele forma a camada densa e externa de um 
osso. 
O osso compacto proporciona força, proteção e 
movimento ao corpo. Além disso, o osso compacto 
desempenha um papel no armazenamento e na 
liberação de cálcio na corrente sanguínea. 
Lamelas circunferenciais 
Forma circular; ao redor do canal 
central 
Lamelas intersticiais Entre lamelas circunferenciais 
Lamelas concêntricas Lamelas mais externas 
Ósteon/Sistema de 
Havers 
Consiste de uma lamela 
circunferencial e seu canal de Havers 
Lacunas 
Pequenos espaços onde residem os 
osteócitos 
Osteócitos 
Localizado dentro da lacuna; mantém 
a matriz óssea 
Canalículo 
Projeções em forma de teia de aranha 
entre lamelas; permitir que os 
osteócitos se comuniquem 
Vaso sanguíneo 
Haversiano 
Recipiente de sangue dentro do canal 
de Havers 
Canal de Havers 
(central) 
Buraco no meio de um ósteon 
Canal de Volkmann 
(penetrante/perfurante) 
Pequenos canais no osso que 
conectam os ossos adjacentes, e 
através dos quais os vasos sanguíneos 
correm do periósteo para os canais 
termais 
Periósteo 
Tecido conjuntivo resistente que 
envolve a superfície externa de um 
osso 
Endósteo 
Tecido conjuntivo ao redor da 
superfície interna do osso 
 
Ana Beatriz Figuerêdo Almeida - Medicina 2023.1 
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O tecido ósseo consiste em uma camada externa de 
osso duro compacto e uma camada interna de osso 
esponjoso. O osso compacto é formado por muitas 
unidades cilíndricas chamadas ósteons. 
Ósteons, por sua vez, são compostos de camadas 
sequenciais de matriz óssea calcificada chamada de 
lamelas. Entre as lamelas encontram-se pequenos 
espaços cheios de líquido chamados de lacunas, que 
abrigam os osteócitos. Os osteócitos se comunicam 
com o canal central de Havers, e uns com os outros, 
através de processos citoplasmáticos que atravessam 
os canalículos. Como resultado da remodelação óssea, 
os restos de ossos antigos ainda existem entre os ossos 
atuais - essas camadas antigas são chamadas de 
lamelas intersticiais. 
 
O osso cortical é composto de muitas unidades 
funcionais chamados sistema Haversiano, ou ósteons. 
Os osteócitos ficam em lacunas dentro dos ósteons e se 
comunicam com os nervos e vasos do canal de Havers, 
e uns com os outros, através de minúsculos canais 
chamados canalículo. 
→ O canalículo permite que os osteócitos se 
comuniquem entre si e com o canal de Havers através 
de processos citoplasmáticos. 
→ A lacuna hospeda um osteócito em um espaço 
pequeno e cheio de líquido. 
→ O canal de Havers fornece um caminho para nervos, 
linfáticos e vasos sanguíneos. 
→ O ósteon resiste ao estresse mecânico e fortalece os 
ossos. 
→ O osteócito responde a estímulos mecânicos, 
comunica-se com osteoblastos e osteoclastos e regula 
a matriz óssea. 
Os canais de Havers contendo nervos e vasos são 
cercados por camadas concêntricas de matriz óssea 
calcificada chamadas lamelas. Esta estrutura em forma 
de anel dá origem aos ósteons (sistemas Haversianos). 
Ósteons cilíndricos são orientados segundo linhas de 
tensão mecânica, e assim fortalecem o osso. Ao 
fraturar, os ossos podem parar ou "desviar" uma fenda 
(a fenda seguirá as bordas dos ossos) e, portanto, 
minimizar os danos. 
As lamelas sequenciais são formadas a partir de 
matriz calcificada, com cada lamela apresentando uma 
orientação fibrilosa de colágeno diferente da de sua 
vizinha. Esta variedade permite que o osso resista a 
forças de "torção" e, portanto, seja menos provável que 
se quebre sob tensão. 
Funções dos ósteons: 
• fornecer canais para nervos e vasos; 
• resistir às forças de torção; 
• reforçar as linhas de tensão mecânica; 
• parar ou “desviar” fissuras quando os ossos se 
fraturam. 
HISTOLOGIA – OSSO COMPACTO 
 
 
 
Periósteo → Composto de tecido conjuntivo denso, a 
principal função do periósteo é fornecer suprimento 
neurovascular ao osso e permitir uma fixação firme dos 
músculos ao osso. 
Ana Beatriz Figuerêdo Almeida - Medicina 2023.1 
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Endósteo → Como uma fina camada de osteoblastos e 
osteoclastos inativos, o endósteo é a fonte de novos 
osteoblastos e osteoclastos. 
 
Lamela concêntrica → As lamelas geralmente 
circundam um canal de Havers (central). Esta 
organização permite um ótimo suporte de peso. 
Lamelas intersticiais → Camadas de osso que 
preenchem as lacunas entre os ossos. 
Canal de Havers (central) → Canal central que conduz 
os nervos e vasos através do comprimento de um 
ósteon. 
Ósteon → Consiste de um canal de Havers (central) e 
da lamela concêntrica que o envolve. 
 
Osteócitos em uma lacuna → Os osteócitos residem 
em lacunas (pequenas aberturas) no osso onde eles 
monitoram e mantêm a matriz óssea. 
Canalículo → Estas são passagens estreitas que 
permitem aos osteócitos estender os processos a 
outros osteócitos próximos para comunicação. É difícil 
ver os pequenos canais nesta imagem, mas eles são 
cobertos com mais detalhes nas imagens estilizadas 
mais abaixo na página. 
 
 
 
 
 
 
OSSO ESPONJOSO (CANCELOSO) 
 
 
Trabéculas Projeções do osso lamelar. 
Osteoblasto Células cubóides com um citoplasma de 
coloração pálida; localizadas perto do osso 
recém-formado. 
Osteoclasto Células grandes com núcleos múltiplos. 
Osteócito Células redondas com núcleos centrais. 
Componentes osso longo 
O osso esponjoso é encontrado nas epífises de ossos 
longos, onde é coberto por uma camada de osso 
compacto denso. O osso esponjoso também pode ser 
encontrado dentro de ossos curtos, irregulares e 
laminares, onde é ensanduichado entre camadas de 
osso compacto. Os espaços entre trabéculas são 
preenchidos com medula óssea vermelha (esta é em 
grande parte convertida em medula óssea amarela nos 
ossos longos dos adultos). 
 
A medula óssea vermelha tem função de produzir 
novas células sanguíneas. A hematopoese ocorre na 
medula vermelha e envolve células progenitoras 
indiferenciadas (células-tronco hematopoéticas) 
amadurecendo em diferentes tipos de células 
sanguíneas. 
A medula óssea amarela tem função de 
armazenamento de gordura, cálcio, fosfato e outros 
minerais. A cor da medulaamarela se deve em grande 
parte à presença de células adiposas. É importante para 
a produção de gordura, cartilagem e osso. 
Ana Beatriz Figuerêdo Almeida - Medicina 2023.1 
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→ Osteoblastos são encontrados na superfície do osso 
(no periósteo e no endósteo). Eles são originários da 
medula óssea vermelha e produzem proteínas de 
matriz óssea. 
→ Os osteócitos são encontrados nos pequenos 
espaços da matriz óssea chamados de lacunas. Eles 
representam osteoblastos maduros que foram 
aprisionados pela matriz que produziram. Eles regulam 
a matriz óssea ao detectar e comunicar qualquer 
tensão no osso aos osteoblastos e osteoclastos. 
→ Os osteoclastos são encontrados em cavidades rasas 
na superfície óssea, chamadas baias de reabsorção. 
Eles quebram o tecido ósseo (um processo 
chamado reabsorção). 
O osso poroso pesa menos devido aos espaços vazios 
entre trabéculas, o que significa que o osso é mais fácil 
de se mover. As trabéculas também estão dispostas de 
acordo com linhas de tensão mecânica, o que fortalece 
o osso. 
Os espaços vazios entre trabéculas acomodam a 
medula óssea vermelha, que é o local da 
hematopoiese. 
O osso cortical protege o osso esponjoso e apresenta 
canais de Havers que permitem a passagem 
de nervos e vasos. 
Vantagens do osso esponjoso devido sua porosidade: 
• resistência ao estresse mecânico; 
• armazenamento da medula óssea; 
• menor peso. 
HISTOLOGIA – OSSO ESPONJOSO 
 
 
 
Trabéculas ósseas → Trabéculas são vigas ou varas de 
osso que fornecem suporte e ancoram a estrutura do 
osso. Os espaços em osso esponjoso são normalmente 
preenchidos com medula óssea. 
 
Osteoclasto → Estas células são derivadas de 
macrófagos (glóbulos brancos). Sua principal função é 
reabsorver o tecido ósseo. 
Osteócitos em uma lacuna → Os osteócitos residem 
em lacunas (pequenas aberturas) no osso onde eles 
monitoram e mantêm a matriz óssea. 
VERTEBRAS TÍPICAS E ATÍPICAS 
Uma vértebra típica possui duas partes, uma parte 
anterior chamada de corpo vertebral e uma parte 
posterior chamada de arco vertebral. 
Limitado anteriormente pelo corpo, lateralmente e 
posteriormente pelo arco nós temos o forame 
vertebral. Quando as vértebras são posicionadas umas 
sobre as outras, constituindo a coluna vertebral, essa 
sobreposição de forames forma o canal vertebral - que 
contem a medula espinal, meninges e vasos 
sanguíneos. 
Lembrando que a medula espinal termina no nível da 
segunda vértebra lombar, na estrutura conhecida como 
cone medular. 
A região do arco apresenta acidentes ósseos 
específicos: 
→ A cada lado do arco nós temos os pedículos 
(esquerdo e direito), os pedículos fazem essa conexão 
do arco com o corpo da vértebra; 
→ Na região do arco nós temos processos – o processo 
espinhoso (se projeta no sentido postero-inferior), os 
processos transversos (cada vértebra típica possui 
Ana Beatriz Figuerêdo Almeida - Medicina 2023.1 
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dois, que são projetados postero-lateralmente) e os 
processos articulares (quatro ao total, dois que 
permitem a articulação com as vértebras de cima e dois 
que permitem a articulação com as vértebras de baixo). 
Os processos articulares superiores de uma vértebra 
se articulam com os processos articulares inferiores de 
outra vértebra, e os processos articulares inferiores se 
articulam com os processos articulares superiores de 
outra vértebra. 
→ Uma vértebra típica ainda apresenta duas lâminas. 
As lâminas são regiões do arco vertebral que fazem 
conexão entre os processos transversos e o processo 
espinhoso – como se fossem duas “pontes” ósseas. 
→ E por fim, nas regiões dos pedículos de uma vértebra 
típica, a cada lado, irão se apresentar duas incisuras 
vertebrais – uma incisura vertebral superior e uma 
incisura vertebral inferior. Quando as vértebras estão 
sobrepostas as incisuras vertebrais ficam adjacentes, 
formando os forames intervertebrais, por onde partem 
os nervos espinais. 
 
→ O corpo de uma vértebra cervical típica é menor do 
que o corpo de uma vértebra lombar típica. 
 
→ O processo espinhoso bífido é característico da 
vértebra cervical típica. 
→ As vértebras atípicas não possuem as mesmas 
estruturas que as demais devido à sua capacidade de 
rotação. Entre elas estão a Atlas (C1) e a Áxis (C2). 
 
→ O circuito de Willis é encontrado no forame 
transverso da vertebra cervical atípica Atlas (C1). 
→ A faceta articular superior da vértebra cervical 
atípica Atlas (C1) articula com a base do crânio (osso 
occipital). 
 
→ O dente do Áxis (C2) permite o movimento de 
rotação. 
 
 
 
 
Ana Beatriz Figuerêdo Almeida - Medicina 2023.1 
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PLEXOS VENOSOS VERTEBRAIS 
Temos veias que seguem ao longo da coluna vertebral 
externamente posicionadas em relação ao forame 
vertebral, tanto na parte posterior do arco, quando na 
parte anterior do corpo vertebral. Essas veias externas 
que percorrem a coluna e são externas ao forame 
vertebral são chamadas de Plexo Venoso Vertebral 
Externo (posterior e anterior). 
Da mesma forma, temos veias que transitam 
internamente (no forame/canal vertebral) pela coluna 
vertebral – na parte anterior do forame/canal e na 
parte posterior do forame/canal. Essas veias 
constituem o Plexo Venoso Vertebral Interno (ou Plexo 
de Batson). 
O Plexo de Batson se comunicam com veias da 
cavidade abdome-pélvica, veias da cavidade torácica e 
veias da cavidade craniana. O plexo de Baston se 
comunica superiormente com o Plexo Basilar (cavidade 
craniana), que por sua vez se comunica com os seios da 
dura-máter. Esse Plexo Venoso Vertebral Interno se 
comunica com veias da parede da cavidade torácica e 
com veias da parede da cavidade abdome-pélvica. 
Durante o processo da ventilação 
(inspiração/expiração) a pressão da cavidade torácica e 
da cavidade abdome-pélvica se alterna o tempo inteiro. 
Essa alternância de pressão faz com que o sangue flua 
da cavidade para o plexo venoso vertebral interno e do 
plexo venoso vertebral para a cavidade o tempo todo. 
Porque essas veias que comunicam as cavidades com o 
Plexo de Batson não possuem válvulas, o que permite 
o fluxo nos dois sentidos – o que facilita a metástase 
óssea frequente em determinadas neoplasias. 
METÁSTASES ÓSSEAS 
As neoplasias de mama, próstata, pulmão, rim e 
tireoide estão altamente relacionadas às metástases 
ósseas. 
Existem dois tipos de lesões ósseas que podem 
ocorrer por metástases, são elas (1) lesões 
osteoblásticas – que aumentam a densidade óssea; e 
(2) lesões osteolíticas – que promovem a destruição do 
osso trabecular, possibilitando maiores chances de 
fraturas patológicas (sem história de trauma). 
Os exames raio x, tomografia computadorizada, 
ressonância magnética e PETSCAN são úteis na 
identificação e seguimento das metástases ósseas. 
O uso do meio de contraste (iodo e gadolínio) 
aumenta a sensibilidade e especificidade dos exames 
para caracterização de lesões metastáticas. 
Nos exames de imagem as lesões osteolíticas 
aparecem com aspecto hiper transparente, sugerindo 
porosidade óssea, enquanto as lesões osteoblásticas 
aparecem com aspecto radiopaco, sugerindo 
hiperplasia óssea.]

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