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0 INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO SUL DE MINAS GERAIS CAMPUS POUSO ALEGRE CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL RELATÓRIO 3 ENSAIO DE CISALHAMENTO DIRETO Disciplina: Mecânica dos Solos Il Professor(a): Josimara Alunos: Ana Luiza Barros Gomes, 20201650014 Sabrina Amaro, 20201650021 POUSO ALEGRE– MG 2022 0 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ...................................................................................... 1 2. OBJETIVO ............................................................................................ 1 3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ................................................................. 2 4. MATERIAIS DE APOIO ........................................................................ 3 5. CORPO DE PROVA ............................................................................. 5 6. CONDICIONAMENTO.......................................................................... 5 7. METODOLOGIA ................................................................................... 6 8. RESULTADOS E ANÁLISES ............................................................. 13 9. CONCLUSÃO ..................................................................................... 15 10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................. 16 1 1. INTRODUÇÃO Na mecânica dos solos, a tensão de cisalhamento, é muito importante, uma vez que, ela é capaz de romper encostas, vales e taludes. Por isso, o engenheiro civil precisa conhecer a resistência máxima ao cisalhamento do solo com o qual ele trabalha, evitando assim que problemas ocorram e prejudiquem o andamento de uma obra. O ensaio de cisalhamento direto (Direct Shear Test) consiste na determinação da resistência ao corte (cisalhamento) de uma amostra de solo drenado. O equipamento para a realização do ensaio de cisalhamento direto tem como propósito determinar os parâmetros de coesão do solo e ângulo de atrito interno. Os parâmetros obtidos pelo equipamento permitem determinar a resistência ao cisalhamento do solo que é de fundamental importância para projetos de engenharia que visão o desenvolvimento de projetos de contenções, fundações, e taludes. 2. OBJETIVO O objetivo deste ensaio é determinar a resistência de cisalhamento do solo. Consiste em submeter a amostra de solo a uma tensão normal fixa e logo após aplicar uma tensão cisalhante crescente, através de uma superfície pré-determinada, até que a ruptura por cisalhamento do solo aconteça. Conhecendo as coordenadas dos pontos da envoltória de resistência de Mohr-Coulomb, e, consequentemente, as tensões máximas de cisalhamento que o solo suporta para cada tensão normal, em determinada angulação, por meio do Ensaio de Cisalhamento Direto. 2 3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 3.1. Ensaio de Cisalhamento Direto Para a execução do ensaio é colocada uma amostra de solo em uma caixa de cisalhamento bipartida horizontalmente, conforme figura. Aplica- se, inicialmente, uma força vertical N. Uma força horizontal T é aplicada na metade inferior da caixa, provocando seu deslocamento. Uma célula de carga instalada na metade superior da caixa vai agir no sentido de impedir o movimento, medindo a força suportada pelo solo. Figura 1 - Esquema da caixa de cisalhamento direto Fonte: (PINTO, 2000) Para cada esforço normal (N), se determina o esforço tangencial necessário para romper a amostra ao longo do plano horizontal (Tmáx). No geral, temos: O ensaio de cisalhamento direto é realizado para diversos valores de tensão normal, para assim se obter a envoltória de resistência do solo (Figura 2). Figura 2 – Envoltória de resistência do solo. Fonte: (Nunes, 2017) 3 4. MATERIAIS DE APOIO Figura 3 - Prensa de cisalhamento direto do solo automática Fonte: Autoria própria Figura 4 - Corpo de prova no molde metálico Fonte: Autoria própria 4 Figura 5 - Caixa de cisalhamento: por placa ranhurada, papel filtro e pedra porosa Fonte: Biopdi composta - Equipamentos para Ensaio de Materiais Figura 6 - Caixa de cisalhamento devidamente montada Fonte: Autoria própria Figura 7 - Becker utilizado para adicionar água Fonte: Autoria própria https://www.youtube.com/channel/UCJFquEvlUdHMBn8d9bUi74A 5 5. CORPO DE PROVA 5.1. AMOSTRAGEM Obteve-se o corpo de prova, primeiramente foram determinar as medidas do molde, medindo a altura e a lateral do molde. O próximo passo, é a moldagem com o amostrador no bloco de amostra natural, onde foi feito as talhagem em volta do amostrador para desconfiar o solo e ajudar na entrada do solo no molde, deixando uma folga em relação ao molde, para que na hora de retirar a amostra do solo, não ocorra problemas. Em seguida, retiramos o amostrado, talhando o excesso e o excluindo. 5.2. PEDRAS POROSAS As pedras porosas são pré-fabricadas para tal ensaio. Uma delas vai na base e outra no topo. As mesmas devem ser saturadas antes de serem colocadas em contato com a amostra de solo, desta forma, é necessário colocar água e depois retirar o excesso com um pano. 6. CONDICIONAMENTO O ensaio foi realizado na atmosfera-padrão de ensaios definida na ABNT NBR ISO 554 - Atmosferas padrão para condicionamento e/ou teste; Especificações, à uma temperatura de 20ºc e umidade relativa do ar de (65 ± 2) %, até que a mudança de massa entre duas medidas sucessivas feitas a intervalos não inferiores a duas horas não exceda 0,25 % da massa do corpo de prova. 6 7. METODOLOGIA 7.1. MONTAGEM Primeiramente, foi feita a moldagem do corpo de prova a partir da compactação do material, no próprio molde metálico, onde em seguida foi pesado, e logo após começou a montagem da caixa de cisalhamento. A caixa de cisalhamento é dividida em parte superior e inferior. Na parte inferior, foi colocado um fundo móvel com canaletas, pedra porosa e papel filtro. Por último foi colocado a placa com ranhuras, deixando-as transversais à força aplicada no corpo de prova. Feito isso, o corpo de prova foi transferido para a caixa e dispostas as mesmas camadas de placa com ranhuras, papel filtro, pedra porosa e placa de distribuição de cargas, na parte superior do corpo de prova. Ao finalizar a montagem da caixa de cisalhamento, a mesma foi então conectada à prensa. A prensa de cisalhamento direto, foi inicialmente travada, não contendo aplicação de forças. Dos quatro parafusos que fazem parte da caixa de cisalhamento, dois foram retirados e os outros dois utilizados para a calibragem foram afrouxados, reduzindo assim o contato e o atrito entre a parte superior e inferior da caixa de cisalhamento. Em seguida, colocou a esfera de aço sobre a placa de aplicação de cargas, que se localiza acima da caixa de cisalhamento. Colocou também o pendural e os pesos necessários, para a aplicação da tensão vertical. Depois ajustou-se o extensômetro vertical para dar início à fase de adensamento do ensaio drenado, no qual adicionou-se água no local de encaixe da caixa cisalhante. 7 7.2. DADOS OBTIDOS NOS ENSAIOS Tabela 1 - Dados do ensaio 1 ENSAIO CDS - 1 Peso do molde (g) 49,92 Lado do molde (cm) 6,00 Altura do molde (cm) 2,00 Área do cp (cm²) 36,00 Volume do cp (cm³) 72,00 Peso molde + solo (g) 165,02 Peso solo (g) 115,1 Fonte: Autoria Própria Tabela 2 - Teor de umidade inicial da amostra 1 TEOR DE UMIDADE INICIAL DO SOLO - 19/10/2022 CÁPSULA 12 3 Tara (g) 5,37 5,60 6,01 Tara + solo úmido (g) 18,18 20,52 20,83 Tara + solo seco (g) 15,72 17,69 18,06 Peso da água (g) 2,46 2,83 2,77 Peso do solo (g) 10,35 12,09 12,05 Umidade (%) 23,77% 23,41% 22,99% Umidade média 23,39% Fonte: Autoria Própria 8 Tabela 3 - Teor de umidade final da amostra 1 TEOR DE UMIDADE FINAL DO SOLO - 21/10/2022 CÁPSULA 1 2 3 Tara (g) 5,35 5,61 6,01 Tara + solo úmido (g) 23,93 22,37 22,78 Tara + solo seco (g) 19,71 18,56 18,97 Peso da água (g) 4,22 3,81 3,81 Peso do solo (g) 14,36 12,95 12,96 Umidade (%) 29,39% 29,42% 29,40% Umidade média 20,40% Fonte: Autoria Própria Tabela 4 - Dados do ensaio 2 ENSAIO CDS - 2 Peso do molde (g) 49,92 Lado do molde (cm) 6,00 Altura do molde (cm) 2,00 Área do cp (cm²) 36,00 Volume do cp (cm³) 72,00 Peso molde + solo (g) 163,15 Peso solo (g) 113,23 Fonte: Autoria Própria 9 Tabela 5 - Teor de umidade inicial da amostra 2 TEOR DE UMIDADE FINAL DO SOLO - 19/10/2022 CÁPSULA 1 2 3 Tara (g) 9,57 9,53 9,84 Tara + solo úmido (g) 22,85 24,31 24,76 Tara + solo seco (g) 20,20 21,39 21,68 Peso da água (g) 2,65 2,92 3,08 Peso do solo (g) 10,63 11,86 11,84 Umidade (%) 24,93% 24,62% 26,01% Umidade média 25,19% Fonte: Autoria Própria Tabela 6 - Teor de umidade final da amostra 2 TEOR DE UMIDADE FINAL DO SOLO - 21/10/2022 CÁPSULA 1 2 3 Tara (g) 9,06 10,71 10,95 Tara + solo úmido (g) 27,75 30,31 32,26 Tara + solo seco (g) 22,79 24,82 26,13 Peso da água (g) 4,96 5,49 6,13 Peso do solo (g) 13,73 14,11 15,18 Umidade (%) 36,12% 38,91% 40,38% Umidade média 38,47% Fonte: Autoria Própria 10 Tabela 7 - Dados do ensaio 3 ENSAIO CDS - 3 Peso do molde (g) 49,92 Lado do molde (cm) 6,00 Altura do molde (cm) 2,00 Área do cp (cm²) 36,00 Volume do cp (cm³) 72,00 Peso molde + solo (g) 162,52 Peso solo (g) 112,60 Fonte: Autoria Própria Tabela 8 - Teor de umidade inicial da amostra 3 TEOR DE UMIDADE FINAL DO SOLO - 19/10/2022 CÁPSULA 1 2 3 Tara (g) 5,82 6,00 6,00 Tara + solo úmido (g) 22,07 20,39 22,82 Tara + solo seco (g) 18,72 17,42 19,35 Peso da água (g) 3,35 2,97 3,47 Peso do solo (g) 12,90 11,42 13,35 Umidade (%) 25,97% 26,00% 25,99% Umidade média 25,99% Fonte: Autoria Própria 11 Tabela 9 - Teor de umidade final da amostra 3 TEOR DE UMIDADE FINAL DO SOLO - 21/10/2022 CÁPSULA 1 2 3 Tara (g) 5,34 5,59 6,00 Tara + solo úmido (g) 21,38 22,07 23,77 Tara + solo seco (g) 17,32 17,91 19,30 Peso da água (g) 4,06 4,16 4,47 Peso do solo (g) 11,98 12,32 13,30 Umidade (%) 33,89% 33,77% 33,61% Umidade média 33,76% Fonte: Autoria Própria Tabela 10 - Dados do ensaio 4 ENSAIO CDS - 4 Peso do molde (g) 49,92 Lado do molde (cm) 6,00 Altura do molde (cm) 2,00 Área do cp (cm²) 36,00 Volume do cp (cm³) 72,00 Peso molde + solo (g) 175,65 Peso solo (g) 125,73 Fonte: Autoria Própria 12 Tabela 11 - Teor de umidade inicial da amostra 4 TEOR DE UMIDADE FINAL DO SOLO - 26/10/2022 CÁPSULA 1 2 3 Tara (g) 5,29 5,60 6,01 Tara + solo úmido (g) 20,35 22,68 21,42 Tara + solo seco (g) 16,76 18,58 17,70 Peso da água (g) 3,59 4,10 3,72 Peso do solo (g) 11,47 12,98 11,69 Umidade (%) 31,30% 31,59% 31,82% Umidade média 31,57% Fonte: Autoria Própria Tabela 12 - Teor de umidade final da amostra 4 TEOR DE UMIDADE FINAL DO SOLO - 27/10/2022 CÁPSULA 1 2 3 Tara (g) 6,26 5,67 5,99 Tara + solo úmido (g) 16,64 24,39 16,96 Tara + solo seco (g) 13,68 19,40 13,95 Peso da água (g) 2,96 4,99 3,01 Peso do solo (g) 7,42 13,73 7,96 Umidade (%) 39,89% 36,34% 37,81% Umidade média 38,01% Fonte: Autoria Própria 13 Tabela 13 - Dados do ensaio Fonte: Laboratório técnico de mecânica dos solos - IFSULDEMINAS 8. RESULTADOS E ANÁLISES Com o auxílio das tabelas fornecidas pelo aparelho de cisalhamento direto dos três ensaios, foi possível traçar o gráfico 1. Utilizando a Tensão cisalhante no eixo “Y” e a deformação horizontal no eixo “X”. Gráfico 1 – Curvas de tensão cisalhante (Ƭ) por deformação horizontal (∆L) Fonte: Autoria Própria 14 Utilizando os dados da tabela 13, foi possível traçar o gráfico 2, da tensão cisalhante crítica no eixo “Y” pela tensão normal no eixo “X”: Gráfico 2 – Tensão cisalhante (Ƭ) pela tensão normal (ϭ) Fonte: Autoria Própria No gráfico 2, obtido através da tensão cisalhante x tensão normal, a inclinação dessa reta vai corresponder ao ângulo de atrito do solo (uma parcela de resistência devido ao atrito). Onde o prolongamento dessa curva corta no eixo vertical será o c’ (intercepto coesivo). Foi utilizado o progrma excel para a elaboração do gráfico, onde o mesmo fornce uma equação. Sendo ela, y = 0,5686 x + 10,327 os valores de Ø (ângulo de atrito) igual ao arc tag 0,5686 = 29,62° e c’ (intercepto coesivo) igual a 10,327. 15 9. CONCLUSÃO O ensaio de cisalhamento direto é o ensaio mais comum de determinação da resistência ao cisalhamento de solos, sendo essencial pois fornece aos projetistas a determinação de parâmetros geotécnicos: coesão e ângulo de atrito, que são parâmetros de entrada para o cálculo do fator de segurança (FS) de taludes (análise de estabilidade); e também permite analisar a estabilidade das fundações. Este ensaio consiste em submeter a amostra a uma tensão normal fixa e, em seguida, aplicar uma tensão de cisalhamento crescente a uma superfície predeterminada até que ocorra ruptura por cisalhamento no solo. Uma de suas vantagens é a facilidade de execução, sendo assim, o ensaio de cisalhamento direto ajudou na compreensão das tensões submetidas ao solo e as suas respectivas resistências. 16 10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS https://classroom.google.com/u/1/c/NTI2MjUwMzM4ODEy/m/NDkxMTA4MDgzNDc1/details
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