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Prévia do material em texto

CONTABILIDADE E PLANEJAMENTO
TRIBUTÁRIO
GISLAINE ROSA DA SILVA
SOBRE OS AUTORES
Gislaine Rosa da Silva
Pós-Graduação lato sensu em Educação a Distância e Tecnologias Educacionais pelo UniCesumar-PR.
MBA em Controladoria e Auditoria pelo Instituto Paranaense Paranaense de Ensino-PR]
Bacharel em Administração de Empresas pela PUC-PR.
Atuou como profissional nas áreas de Contabilidade e Administração. Como consultora, desenvolveu trabalhos de
atendimento tributário em empresas de pequeno, médio e grande porte. Trabalhou, também, como Professora do Centro
Universitário de Maringá - UniCesumar, pelo NEAD (Núcleo de Educação a Distância do Cesumar), e da Faculdade
Alvorada.
Introdução
Olá, caro(a) acadêmico(a), sou a professora Gislaine Rosa Da Silva e desejo que seja bem-vindo(a) à disciplina de
Contabilidade e Planejamento Tributário. Espero que suas leituras sejam agradáveis e que, por meio dos conteúdos abordados
aqui, você consiga desenvolver bons trabalhos na área tributária.
Ao organizar os conteúdos que estudaremos no decorrer desta disciplina, tudo foi pensado para que você consiga as
informações mais importantes e possa percorrer nossos estudos de maneira serena e clara. Espero que goste do material e sinta-
se à vontade para buscar novos conhecimentos na área.
Antes de abordar o que cada unidade trará de conhecimento, quero ressaltar a importância da autenticidade das
informações, sendo que a ética e a transparência devem ser os principais vieses apresentados pela figura do contador, uma
vez que os usuários dessas informações precisam se sentir confiantes com o trabalho apresentado, a fim de obterem o máximo
de proveito nas diversas áreas de interesse. Nesse sentido, todo zelo, por executar as operações dentro das normas e das leis, é
importantíssimo, para que, assim, dificuldades com o Fisco e os demais usuários não venham a acontecer.
Na Unidade I, discutiremos um pouco acerca do conceito dos tributos; com a leitura dessa, será possível compreender como
está organizada a estrutura tributária de nosso país. Você conseguirá perceber que nossas opiniões particulares não cabem
muito nesse assunto, sendo a interpretação das Leis o mais importante.
Na Unidade II, aprenderemos os Regimes de Tributação Simplificados, sendo apresentados o MEI, o Simples Nacional e seus
cálculos e o Regime de Tributação do Lucro Presumido; nesse contexto, extraímos informações importantes, como as apurações
desses impostos,
Após conhecer os conceitos básicos dos tributos e os Regimes de Tributação Simplificado, é necessário avançar nessa discussão,
sendo assim, na Unidade III, trataremos da apuração do Lucro Real e veremos as apurações de PIS, COFINS, IRPJ e CSLL,
além dos fechamentos no trimestre e anual, com pagamento por estimativa.
Por fim, na Unidade IV, conversaremos a respeito do Planejamento Fiscal e do Contábil e de qual a importância de praticá-
los. Discutiremos, também, acerca de algumas obrigações acessórias, bem como da implantação da Nota Fiscal Eletrônica e de
suas demais ramificações.
Espero, sinceramente, que este material faça diferença em sua vida acadêmica, pois ele foi trabalhado com todo carinho,
para que você aprenda o conteúdo de maneira clara e objetiva. Nessa caminha, ressalto, seu esforço fará toda a diferença, por
isso, atenção aos estudos e aos detalhes deste conteúdo.
Abraço, bom estudo!
UNIDADE I
Introdução aos Conceitos dos Tributos
Gislaine Rosa da Silva
Olá, prezado(a) acadêmico(a)! Nesta primeira unidade, convido você a fazer uma viagem pelos conceitos básicos dos
tributos, a m de que, por meio dessa leitura, você possa compreender a organização dessa estrutura tributária e onde
buscar e encontrar as legislações pertinentes a esse assunto. Mediante os conteúdos estudados aqui, teremos uma visão mais
focada acerca da nossa legislação tributária. Lembro, ainda, de que não cabem muito nossas opiniões particulares a respeito
do tema tributos, mas é necessário analisar todos os fatos à luz da legislação, pautados sempre nas normas e nas regras.
Sendo assim, convido você a seguir conosco para que, assim, entendamos um pouco melhor as responsabilidades do
contador nesse recorte da pro ssão contábil.
Panorama Geral da Contabilidade Tributária
Caro(a) acadêmico(a), para iniciarmos esta unidade, é necessário entender melhor a contabilidade tributária. Esta refere-se
ao estudo do que é tributo e a compreensão das informações importantes que os tributos concedem ao fisco, seja ele no âmbito
Federal, Estadual ou Municipal.
É válido ressaltar, nesse momento, que não é só o fisco que acessa esses dados, mas há muitos usuários interessados nessas
informações, uma vez que, analisando a concorrência do mercado, os tributos são, também, uma maneira de os empresários,
por exemplo, terem um diferencial competitivo com relação aos custos. Por esse motivo, hoje, temos um olhar mais voltado aos
tributos, o que a um tempo atrás era visto por muitos como apenas um assunto competente a atender às legislações.
Agora que já temos uma noção geral acerca do assunto, você deve estar se perguntando: o que é, de fato, o tributo? Para
elucidar esse assunto, vamos consultar a definição na Lei n.º 5.172/66, que conhecemos como Código Tributário Nacional
(CTN), em seu art. 3º: “Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa
exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa
plenamente vinculada”.
Analisando esse conceito, notamos que, quando temos um fato gerador, somos obrigados a pagar, e essa obrigação nos é
imposta, o que quer dizer que não tem a possibilidade de querer ou não pagar. Esse pagamento ocorrerá na forma da moeda
corrente do país; em nosso caso, o pagamento ocorrerá em real.
Ainda a respeito desse assunto, pode-se destacar que o tributo não pode ser comparado a uma penalidade; vamos a um
exemplo para que você, caro(a) acadêmico(a), possa entender melhor. Lá em seu bairro, há uma mercearia que vende os
produtos sem a emissão da nota fiscal; em uma fiscalização da Receita Federal, a mercearia é multada pela venda sem a NF.
Note que a multa é pelo procedimento errado, sendo que os tributos devidos pela receita da venda da mercadoria serão
devidos normalmente.
Confirmando essa discussão, convido você a voltarmos ao CTN, mais especificamente, ao art. 118, o qual apresenta que
a de�nição legal do fato gerador é interpretada abstraindo-se: I - da validade
jurídica dos atos efetivamente praticados pelos contribuintes, responsáveis, ou
terceiros, bem como da natureza do seu objeto ou dos seus efeitos; II - dos
efeitos dos fatos efetivamente ocorridos .
(BRASIL, 1966, on-line)
 
Essas definições são básicas, mas de extrema importância para a compreensão dos demais conteúdos que serão abordados no
decorrer desta unidade. Vale a pena dedicar-se a elas de uma maneira especial.
Para terminarmos esse tópico introdutório, é necessário ressaltar que os tributos têm uma função importante para o governo;
essa afirmação tem fundamento na visão dos autores Rezende, Pereira e Alencar (2010, p. 26), os quais afirmam “que os tributos
exercem um papel importante na economia de qualquer país. Se bem administrados, podem contribuir fortemente
para o crescimento e desenvolvimento de uma nação”.
 
 Fique por dentro
Você deseja conhecer mais acerca dos tributos existentes no Brasil? Se você deseja mergulhar mais
fundo nesse tema, visite o endereço a seguir e veja quantos tributos temos e quais são as Leis básicas
respectivas a cada tributo.
Disponível em: Os Tributos no Brasil - portaltributario.com <http://www.portaltributario.com.br/tributos.htm> .
Acesso em: 03 mar. 2017.
 Reflita
A coisa mais dura de entender no mundo é o Imposto de Renda.
Albert Einstein.
 
 
Conceitos de Impostos, Taxas e Contribuições Sociais
Caro(a) aluno(a), agora que você já conheceu um pouco do panorama geral acerca dos tributos, chegou o momento de
avançarmosum pouco mais em nosso conteúdo, abordando os tipos de tributos. Para tal explanação, faz-se necessário voltar à
Constituição Federal (BRASIL, 1988), que, em seus artigos de n.º 145 a 149, expõe há um total de cinco tipos de tributos, sendo eles: os
Impostos, as Taxas, a Contribuição de Melhoria, o Empréstimo Compulsório e as Contribuições Sociais, vejamos, nos artigos a
seguir, o tratamento a respeito desse assunto:
Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos:
http://www.portaltributario.com.br/tributos.htm
I - impostos; 
II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva
ou potencial, de serviços públicos especí�cos e divisíveis, prestados ao
contribuinte ou postos a sua disposição; 
III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas. 
Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos
compulsórios: 
I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública,
de guerra externa ou sua iminência; 
II - no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse
nacional, observado o disposto no art. 150, III, “b”. 
Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo
compulsório será vinculada à despesa que fundamentou sua instituição. 
Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de
intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias pro�ssionais ou
econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas, observado
o disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto no art. 195, §
6º, relativamente às contribuições a que alude o dispositivo.
 
Para uma melhor compreensão, focaremos nossos estudos no art. n.º 145, que veremos a seguir que se trata dos Impostos, das
Taxas e das Contribuições. Destacaremos, a princípio, os Impostos, que, na maioria das vezes, é o mais conhecido dentre os
demais. No CTN, temos uma ótima definição a respeito dos impostos, apresentada no art. 16: “Imposto é o tributo cuja
obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal especí�ca, relativa ao
contribuinte”.
Nesse momento, você pode estar pensando que temos uma grande quantidade de impostos e, sem dúvidas, alguns nomes já
devem estar surgindo em seus pensamentos; a seguir serão listados os impostos competentes a cada esfera. É importante
esclarecer que não entraremos no mérito de cada um, apenas informaremos para que você, caro(a) acadêmico(a), saiba
identificar cada um deles.
Os impostos de competência da União estão relacionados nos artigos 153 e 154 da CF (BRASIL, 1988), que apresenta a seguinte
redação:
I - importação de produtos estrangeiros (II); 
II - exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados (IE); 
III - renda e proventos de qualquer natureza (IR); 
IV - produtos industrializados (IPI); 
V - operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores
mobiliários (IOF); 
VI - propriedade territorial rural (ITR); 
VII - grandes fortunas, nos termos de lei complementar. 
Art. 154. A União poderá instituir: 
I - mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde
que sejam não-cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo
próprios dos discriminados nesta Constituição; 
II - na iminência ou no caso de guerra externa, impostos extraordinários,
compreendidos ou não em sua competência tributária, os quais serão
suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de sua criação.
 
Agora que você já conheceu um pouco dos impostos da União, trataremos, a seguir, dos Impostos previstos aos Estados e ao
Distrito Federal, que estão demonstrados no art. 155 da CF (BRASIL, 1988):
I - transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos; (ITCMD) 
II - operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de
serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda
que as operações e as prestações se iniciem no exterior; (ICMS) 
III - propriedade de veículos automotores. (IPVA).
 
Por fim, o art. 156 da CF (BRASIL, 1988) apresenta os impostos referente aos Municípios:
I - propriedade predial e territorial urbana (IPTU); 
II - transmissão “inter vivos”, a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis,
por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de
garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição (ITBI); 
III - serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, II, de�nidos
em lei complementar. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993)
(ISS).
 
Nas demais unidades, abordaremos mais especificamente esses assuntos, vendo, na prática, o uso desses conceitos, aplicados
juntamente aos regimes de tributação existentes em nossa legislação.
Agora que já entendemos melhor os impostos, abordaremos as taxas; para isso, é necessário voltarmos nossos olhares ao CTN,
principalmente para o art. 77, o qual define:
as taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos
Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o
exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de
serviço público especí�co e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua
disposição.
 
Ainda acerca desse assunto, é preciso se ater ao parágrafo único do artigo 77, em que se afirma que as taxas não têm base
de cálculo, bem como fato gerador, como tratado anteriormente em relação aos impostos, nem serão tratadas em função do
capital das empresas.
Para que fique mais claro esse assunto, vamos pensar na prefeitura de sua cidade, quando precisamos de algum laudo, ou de
determinados serviços, o que a Prefeitura, geralmente, nos pede? Pagamentos de taxas, não é? É dessas taxas que estamos
tratando neste item do material. Considerando nosso exemplo da Prefeitura, pense um pouco em quais taxas você conhece.
Você pensou nestas: taxa de Alvará ou Funcionamento, taxa de vigilância sanitária, ambiental?
Para concluirmos este tópico, outro item muito importante para nosso conhecimento são as Contribuições Sociais. Vejamos, a
seguir, o art. 149 da CF (BRASIL, 1988):
Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de
intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias pro�ssionais ou
econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas, observado
o disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto no art. 195, §
6º, relativamente às contribuições a que alude o dispositivo. 
§ 1º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão contribuição,
cobrada de seus servidores, para o custeio, em benefício destes, do regime
previdenciário de que trata o art. 40, cuja alíquota não será inferior à da
contribuição dos servidores titulares de cargos efetivos da União. (Redação
dada pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003) 
§ 2º As contribuições sociais e de intervenção no domínio econômico de que
trata o caput deste artigo: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001) 
I - não incidirão sobre as receitas decorrentes de exportação; (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 33, de 2001) 
II - incidirão também sobre a importação de produtos estrangeiros ou serviços;
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) 
III - poderão ter alíquotas: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001) 
a) ad valorem, tendo por base o faturamento, a receita bruta ou o valor da
operação e, no caso de importação, o valor aduaneiro; (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 33, de 2001) 
b) especí�ca, tendo por base a unidade de medida adotada. (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 33, de 2001) 
§ 3º A pessoa natural destinatária das operações de importação poderá ser
equiparada a pessoa jurídica, na forma da lei. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº33, de 2001) 
§ 4º A lei de�nirá as hipóteses em que as contribuições incidirão uma única vez.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001) 
Art. 149-A Os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir contribuição, na
forma das respectivas leis, para o custeio do serviço de iluminação pública,
observado o disposto no art. 150, I e III. (Incluído pela Emenda Constitucional nº
39, de 2002) 
Parágrafo único. É facultada a cobrança da contribuição a que se refere o
caput, na fatura de consumo de energia elétrica. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 39, de 2002).
 
Por fim, falaremos um pouco acerca da contribuição de melhoria e do empréstimo compulsório. A contribuição de melhoria é
instituída por todas as autarquias, sejam elas Federal, Estadual ou Municipal; como o próprio nome já cita, é uma espécie de
valorização imobiliária no órgão público. A instituição dessa contribuição encontra-se no art. 81 do CTN:
Art. 81. A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo
Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições,
é instituída para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra
valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como
limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel
bene�ciado .
(BRASIL, 1966, on-line)
 
Ainda a respeito da contribuição de melhoria, podemos observar, no próprio CTN, que, no art. 82, há algumas indicações a
serem seguidas, tais como:
Art. 82. A lei relativa à contribuição de melhoria observará os seguintes requisitos mínimos:
I - publicação prévia dos seguintes elementos: 
a) memorial descritivo do projeto; 
b) orçamento do custo da obra; 
c) determinação da parcela do custo da obra a ser �nanciada pela
contribuição; 
d) delimitação da zona bene�ciada; 
e) determinação do fator de absorção do benefício da valorização para toda a
zona ou para cada uma das áreas diferenciadas, nela contidas; 
II - �xação de prazo não inferior a 30 (trinta) dias, para impugnação pelos
interessados, de qualquer dos elementos referidos no inciso anterior; 
III - regulamentação do processo administrativo de instrução e julgamento da
impugnação a que se refere o inciso anterior, sem prejuízo da sua apreciação
judicial. 
§ 1º A contribuição relativa a cada imóvel será determinada pelo rateio da
parcela do custo da obra a que se refere a alínea c, do inciso I, pelos imóveis
situados na zona bene�ciada em função dos respectivos fatores individuais de
valorização. 
§ 2º Por ocasião do respectivo lançamento, cada contribuinte deverá ser
noti�cado do montante da contribuição, da forma e dos prazos de seu
pagamento e dos elementos que integram o respectivo cálculo.
 
Partindo dessa discussão, Sabbag (2012) faz um ótimo apontamento em sua literatura, destacando, claramente, que, para se
caracterizar a contribuição de melhoria, dois fatores devem acontecer: a necessidade de valorização e a necessidade de que
essa valorização ocorra em bens imóveis.
Vamos passar, agora, a compreender melhor do que se trata o empréstimo compulsório; para isso, vamos retornar à
Constituição Federal:
Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos
compulsórios: 
I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública,
de guerra externa ou sua iminência; 
II - no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse
nacional, observado o disposto no art. 150, III, “b”. 
Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo
compulsório será vinculada à despesa que fundamentou sua instituição .
(BRASIL, 1988, on-line)
 
Sendo assim, caro(a) acadêmico(a), é bom deixar claro que esse dinheiro não poderá ser gasto de qualquer forma; essa é
uma dúvida de muitos, e o parágrafo único do art. 148 deixa claro que a utilização desse dinheiro será apenas para aplicação
na despesa que se originou.
Outra base legal que encontramos é o art. 15 do CTN, que diz:
Art. 15. Somente a União, nos seguintes casos excepcionais, pode instituir
empréstimos compulsórios: 
I - guerra externa, ou sua iminência; 
II - calamidade pública que exija auxílio federal impossível de atender com os
recursos orçamentários disponíveis; 
III - conjuntura que exija a absorção temporária de poder aquisitivo. 
Parágrafo único. A lei �xará obrigatoriamente o prazo do empréstimo e as
condições de seu resgate, observando, no que for aplicável, o disposto nesta Lei
.
(BRASIL, 1966, on-line)
 
Obrigação Tributária
Agora que você, caro(a) aluno(a), já compreendeu um pouco mais acerca dos conceitos dos impostos, das taxas e das
contribuições, vamos conversar a respeito da legislação tributária.
Primeiramente, chamamos a atenção para o art. 96 do CTN: “A expressão “legislação tributária” compreende as leis, os
tratados e as convenções internacionais, os decretos e as normas complementares que versem, no todo ou em parte,
sobre tributos e relações jurídicas a eles pertinentes” (BRASIL, 1966, on-line).
Abordaremos, também, o artigo 97 do CTN, que expõe algumas situações previstas em lei:
Art. 97. Somente a lei pode estabelecer: 
I - a instituição de tributos, ou a sua extinção; 
II - a majoração de tributos, ou sua redução, ressalvado o disposto nos artigos
21, 26, 39, 57 e 65; 
III - a de�nição do fato gerador da obrigação tributária principal, ressalvado o
disposto no inciso I do § 3º do artigo 52, e do seu sujeito passivo; 
IV - a �xação de alíquota do tributo e da sua base de cálculo, ressalvado o
disposto nos artigos 21, 26, 39, 57 e 65; 
V - a cominação de penalidades para as ações ou omissões contrárias a seus
dispositivos, ou para outras infrações nela de�nidas; 
VI - as hipóteses de exclusão, suspensão e extinção de créditos tributários, ou de
dispensa ou redução de penalidades. 
§ 1º Equipara-se à majoração do tributo a modi�cação da sua base de cálculo,
que importe em torná-lo mais oneroso. 
§ 2º Não constitui majoração de tributo, para os �ns do disposto no inciso II
deste artigo, a atualização do valor monetário da respectiva base de cálculo.
 
É importante, aqui, destacar que nenhuma situação ficou sem ser pensada pelos legisladores.
Prosseguindo, vamos abordar, rapidamente, a Obrigação Tributária; para isso, traremos um conceito apresentado por Ribeiro e
Pinto (2012, p.17), no qual “obrigação tributária é o compromisso imposto ao contribuinte pela legislação tributária”.
No artigo 113 do CTN, há a definição da obrigação tributária, sendo apresentados dois fatos importantes: a compreensão da
obrigação principal e da acessória. Vamos às explicações acerca de cada uma delas:
§ 1º A obrigação principal surge com a ocorrência do fato gerador, tem por
objeto o pagamento de tributo ou penalidade pecuniária e extingue-se
juntamente com o crédito dela decorrente. 
§ 3º A obrigação acessória, pelo simples fato da sua inobservância, converte-se
em obrigação principal relativamente à penalidade pecuniária.
 
Basicamente, podemos concluir que a obrigação principal é o pagamento em dinheiro do imposto, já a acessória é, por
exemplo, emitir uma nota fiscal, não adquirir um produto sem sua devida nota fiscal (REZENDE; PEREIRA; ALENCAR, 2010).
Impostos: da União (IPI), dos Estados e Distrito Federal
(ICMS) e dos Municípios (ISSQN)
Caro(a) acadêmico(a), vamos avançar nossa discussão e partir para os impostos que competem à União, aos Estados e aos
Municípios.
O primeiro que elencamos é o IPI, conhecido por Imposto sobre o Produto Industrializado, sua base legal é encontrada no art.
153, inciso IV da CF (BRASIL, 1988); é importante destacar que, nesse artigo, teremos a indicação dos tributos competentes à
União, mas, para nosso enfoque, que é o IPI, nos ateremos ao § 3º, que apresenta a seguinte redação:
O imposto previsto no inciso IV (produtos industrializados): 
I - será seletivo, em função da essencialidade do produto; 
II - será não-cumulativo, compensando-seo que for devido em cada operação
com o montante cobrado nas anteriores; 
III - não incidirá sobre produtos industrializados destinados ao exterior. 
IV - terá reduzido seu impacto sobre a aquisição de bens de capital pelo
contribuinte do imposto, na forma da lei.
 
Antes de adentrarmos ao IPI, é importante entender corretamente o conceito de produtos industrializados ou a própria
industrialização. No Decreto 7.212/10 (regulamento do IPI - RIP/2010), temos, no art. 4º, a definição desse assunto: “caracteriza
industrialização qualquer operação que modifique a natureza, o funcionamento, o acabamento, a apresentação ou a
finalidade do produto, ou o aperfeiçoe para consumo”. Ainda, em seus incisos, notam-se algumas regras acerca dos processos:
I - a que, exercida sobre matérias-primas ou produtos intermediários, importe na
obtenção de espécie nova (transformação); 
II - a que importe em modi�car, aperfeiçoar ou, de qualquer forma, alterar o
funcionamento, a utilização, o acabamento ou a aparência do produto
(bene�ciamento); 
III - a que consista na reunião de produtos, peças ou partes e de que resulte um
novo produto ou unidade autônoma, ainda que sob a mesma classi�cação �scal
(montagem); 
IV - a que importe em alterar a apresentação do produto, pela colocação da
embalagem, ainda que em substituição da original, salvo quando a embalagem
colocada se destine apenas ao transporte da mercadoria (acondicionamento ou
reacondicionamento); ou 
V - a que, exercida sobre produto usado ou parte remanescente de produto
deteriorado ou inutilizado, renove ou restaure o produto para utilização
(renovação ou recondicionamento).
 
A respeito desse assunto, vamos pensar em um exemplo, para esclarecer qualquer dúvida. Pensemos, então, em uma
indústria que monta carros; esta terá a tributação do IPI sobre o seu produto. Vale dizer que o IPI é considerado por fora, pois
acresce-se ao valor na Nota Fiscal, o que torna obrigatório o pagamento por seu consumidor.
O fato gerador do IPI é encontrado no CTN, no art. 46, e, também, no Decreto nº 7.212/10, no art. 35. Basicamente, o que
temos disposto nesses documentos é que o fato gerador ocorre ao termos uma mercadoria desembaraçada em aduanas, bem
como saídas do estabelecimento de mercadoria industrializadas.
A base de cálculo para o IPI é definida no Decreto 7.212/2010, em seu art. 190:
I - dos produtos de procedência estrangeira: 
a) o valor que servir ou que serviria de base para o cálculo dos tributos
aduaneiros, por ocasião do despacho de importação, acrescido do montante
desses tributos e dos encargos cambiais efetivamente pagos pelo importador ou
dele exigíveis (Lei nº 4.502, de 1964, art. 14, inciso I, alínea “b”); e 
b) o valor total da operação de que decorrer a saída do estabelecimento
equiparado a industrial (Lei nº 4.502, de 1964, art. 18); ou 
II - dos produtos nacionais, o valor total da operação de que decorrer a saída
do estabelecimento industrial ou equiparado a industrial (BRASIL, 2010, on-
line).
 
O Decreto 8.950/2016 é o atual referente às alíquotas do IPI, mas vale lembrá-lo(a), caro(a) acadêmico(a), de sempre ficar
atento(a) às alterações nas legislações. Os casos especiais, tais como Imunidade, Isenção, Não incidência, serão tratados no
tópico a seguir, ainda nesta unidade.
Vamos a um exemplo de cálculo do IPI para aguçar sua curiosidade a respeito desse tema. Convido você a pensar em uma
empresa de sandálias com o nome de Marina Flor; ela comprou de matéria-prima neste último mês o equivalente a R$
5.000,00, com a alíquota de IPI de 10%, logo, o total de sua Nota Fiscal foi de R$ 5.500,00, isso porque somou-se, aos cinco
 Fique por dentro
Caso você tenha interesse em conhecer o Decreto 6.080/2012, que aprova o RICMS/PR, acesse o site
disponível em: Regulamento do imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações
de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação - RICMS
<http://www.sefanet.pr.gov.br/dados/SEFADOCUMENTOS/102201206080.pdf> Fique por dentro das alíquotas
praticadas e dos demais assuntos pertinentes ao ICMS/PR.
mil reais, a importância de R$ 500,00 reais referente ao IPI (multiplicação de R$ 5.000,00 x 10%). Nesse mesmo período, a
Marina Flor vendeu o total de R$ 20.000,00, com IPI de R$ 2.000,00, o que dá um total da nota fiscal de R$ 22.000,00.
Quanto essa empresa pagará de IPI?
É simples, basta pegarmos o valor do IPI referente à entrada da mercadoria no valor de R$ 500,00, que é o crédito, e
abatermos do IPI sobre as vendas no valor de R$ 2.000,00, que é o débito. Nesse exemplo citado, a empresa Marina Flor
pagará neste mês o equivalente a R$ 1.500,00 reais. É válido lembrar que o IPI é uma conta em movimento, logo, se a
empresa tivesse saldo credor do mês anterior, certamente, creditaríamos nessa apuração.
 
ICMS - Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de
Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte
Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação
 
O ICMS talvez seja o mais conhecido dos impostos, porque é com ele que a grande massa da população certamente tem mais
contato. Para conhecer um pouco mais acerca dele, é necessário nos atermos à Lei Complementar 87/1996, muito conhecida no
meio dos contadores e dos públicos de interesse como Lei Kandir.
É um imposto que necessita de muita atenção, pois sua legislação é extensa e tem adequações e variações dependendo do
Estado no qual a mercadoria é comercializada. No Estado do Paraná, há o RICMS/PR - Regulamento do ICMS, aprovado pelo
Decreto n.º 6.080, de 2012; nele é que são baseadas as operações referentes ao imposto estadual.
 
 
Vamos conhecer um pouco mais acerca do fato gerador do ICMS; cabe ressaltar que tomaremos como base o RICMS do
Paraná; se você deseja conhecer mais a respeito dos outros estados, é necessário acessar a Secretaria da Fazenda do Estado
desejado e seguir a pesquisa até Legislação, para, então, conseguir ver as aplicabilidades de cada Estado.
O RICMS/PR apresenta, em seu art. 5º, algumas operações consideradas o fato gerador, vamos seguir conhecendo um pouco
mais sobre elas:
http://www.sefanet.pr.gov.br/dados/SEFADOCUMENTOS/102201206080.pdf
Art. 5º Considera-se ocorrido o fato gerador do imposto no momento (art. 5º da
Lei n. 11.580/1996): 
I - da saída de mercadoria de estabelecimento de contribuinte, ainda que para
outro estabelecimento do mesmo titular; 
II - do fornecimento de alimentação, bebidas e outras mercadorias por qualquer
estabelecimento; 
III - da transmissão a terceiro de mercadoria depositada em armazém geral ou
em depósito fechado, na unidade federada do transmitente; 
IV - da transmissão de propriedade de mercadoria, ou de título que a
represente, quando a mercadoria não tiver transitado pelo estabelecimento
transmitente; 
V - do início da prestação de serviços de transporte interestadual e
intermunicipal, de qualquer natureza; 
VI - do ato �nal do transporte iniciado no exterior; 
VII - das prestações onerosas de serviços de comunicação, feitas por qualquer
meio, inclusive a geração, a emissão, a recepção, a transmissão, a retransmissão,
a repetição e a ampliação de comunicação de qualquer natureza; 
VIII - do fornecimento de mercadoria com prestação de serviços: 
a) não compreendidos na competência tributária dos Municípios; 
b) compreendidos na competência tributária dos Municípios e com indicação
expressa de incidência do imposto de competência estadual, como de�nido na
lei complementar aplicável; 
IX - do desembaraço aduaneiro de mercadoria ou bem importados do exterior; 
X - do recebimento, pelo destinatário, de serviço prestado no exterior; 
XI - da aquisição em licitação pública de mercadoria ou bem importados do
exterior e apreendidos ou abandonados; 
XII - da entrada no território do Estado de petróleo, inclusive lubri�cantes e
combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, e de energia elétrica, oriundos
de outra unidade federada, quando não destinadosà industrialização ou
comercialização; 
XIII - da utilização, por contribuinte, de serviço cuja prestação se tenha iniciado
em outra unidade federada e não esteja vinculada a operação ou prestação
subsequente, alcançada pela incidência do imposto; 
XIV - da entrada no estabelecimento de contribuinte, de mercadoria ou bem
oriundos de outra unidade da Federação, destinados ao uso ou consumo ou ao
ativo permanente. 
[...] 
§ 3º Para efeito de exigência do imposto por substituição tributária, inclui-se,
também, como fato gerador do imposto, a entrada de mercadoria ou bem no
estabelecimento do adquirente ou em outro por ele indicado.
 
Para resumimos tudo o que vimos anteriormente, é possível concluir que há aplicação de ICMS na compra e venda de
mercadoria, na prestação de serviço, por exemplo, o frete, nas compras de mercadoria para uso e consumo, ou até mesmo
naquelas que utilizaremos para compor nosso ativo permanente ou imobilizado. O que muda é que, nas empresas com débito
e crédito de ICMS, não serão todas essas operações em que creditamos o ICMS, mas, a respeito desse assunto, trataremos
posteriormente.
Vamos dar sequência ao ICMS e, agora, trataremos da base de cálculo desse imposto. No art. 6º do RICM/PR, vemos que a
base de cálculo do imposto é:
I - nas saídas de mercadorias previstas nos incisos I, III e IV do art. 5º, o valor
da operação; 
II - na hipótese do inciso II do art. 5º, o valor da operação, compreendendo
mercadoria e serviço; 
III - na prestação de serviço de transporte interestadual e intermunicipal e de
RICMS - comunicação, o preço do serviço; 
IV - no fornecimento de que trata o inciso VIII do art. 5º: 
a) o valor da operação, na hipótese da alínea “a”; 
b) o preço corrente da mercadoria fornecida ou empregada, na hipótese da
alínea “b”; 
V - na hipótese do inciso IX do art. 5º, a soma das seguintes parcelas: 
a) valor da mercadoria ou bem constante dos documentos de importação,
observado o disposto no art. 7º; 
b) imposto de importação; 
c) imposto sobre produtos industrializados; 
d) imposto sobre operações de câmbio; 
e) quaisquer outros impostos, taxas, contribuições e despesas aduaneiras;
 
De maneira geral, é possível concluir que a base de cálculo, na maioria das vezes, é o valor da operação ou prestação de
serviço. As demais seções sobre isenção e redução na base de cálculo serão abordadas no próximo tópico.
Para entendermos melhor esse assunto, caro(a) acadêmico(a), realizaremos um cálculo de ICMS juntos. Vamos imaginar que
a empresa Sol, que comercializa sapatos, obteve, no último mês, os seguintes valores: R$ 15.000,00 de compra de mercadoria
tributada por 12% de ICMS; fretes sobre a compra no valor de R$ 500,00 tributado pela mesma alíquota; uma receita de
vendas no valor de R$ 23.300,00, tributada pela alíquota de 18%, já que a empresa comercializa produtos para o consumidor
final.
Levando em consideração esse exemplo, chegaremos no seguinte cálculo:
 
PELA ENTRADA:
VALOR ALÍQUOTA CRÉDITO
R$ 15,000.00 12% R$ 1,800.00
R$ 500.00 12% R$ 60.00
Total do Crédito R$ 1.860,00
PELA SAÍDA:
VALOR ALÍQUOTA DÉBITO
R$ 23,300.00 18% R$ 4,194.00
Total de Débito R$ 4,194.00
Valor a pagar R$ 2,334.00
1QUADRO 1.1 - Exemplo de cálculo do ICMS FONTE: Elaborada pela autora.
 
Por fim, estudaremos as alíquotas e, sendo assim, discutiremos a respeito das abrangências intraestaduais e interestaduais.
Vamos a um exemplo, para que você, caro(a) acadêmico(a), entenda melhor o que estamos falando. As abrangências
intraestaduais referem-se às operações realizadas dentro do Estado, no nosso caso, o Paraná é um exemplo, como uma venda
entre empresas de Maringá e Umuarama. Já nas operações interestaduais, temos as operações entre os Estados do Brasil, um
exemplo seria uma venda do Paraná para o Rio de Janeiro.
No RICMS/PR, há as tratativas das alíquotas para operações intraestaduais abordadas no art. 14º:
Art. 14. As alíquotas internas são, conforme o caso e de acordo com a
Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM), assim distribuídas (art. 14 da Lei n.
11.580/1996, com redação dada pela Lei n. 16.016/2008): 
I - alíquota de sete por cento nas operações com alimentos, quando destinados
à merenda escolar, nas vendas a órgãos da administração federal, estadual ou
municipal; 
II - alíquota de 12% (doze por cento) para as operações e prestações com os
seguintes bens, mercadorias e serviços (Lei n. 18.371/2014): (Em vigor a partir de
1.4.2015) 
a) animais vivos; 
b) calcário e gesso; 
c) farinha de trigo; 
d) máquinas e aparelhos industriais, exceto peças e partes (NCM 84.17 a 84.22,
84.24, 84.34 a 84.49, 84.51, 84.53 a 84.65, 84.68, 84.74 a 84.80 e 85.15); 
e) massas alimentícias classi�cadas na posição 19.02 da NCM, desde que não
consumidas no próprio local; 
f) óleo diesel; 
[...] 
III - alíquota de vinte e cinco por cento (25%) nas operações com: 
a) armas e munições, suas partes e acessórios (NCM Capítulo 93); 
b) balões e dirigíveis; planadores, asas voadoras e outros veículos aéreos, não
concebidos para propulsão com motor (8801.0000); 
c) embarcações de esporte e de recreio (8903); 
d) energia elétrica destinada à eletri�cação rural; 
[...] 
V - alíquota de vinte e nove por cento (29%) nas prestações de serviço de
comunicação e nas operações com: 
a) energia elétrica, exceto a destinada à eletri�cação rural; 
b) fumo e sucedâneos, manufaturados (2402.10.00 a 2403.99.90); 
c) bebidas alcoólicas (2203, 2204, 2205, 2206 e 2208); 
[...] 
VI - alíquota de dezoito por cento (18%) nas operações com os demais bens e
mercadorias.
 
Logo, podemos perceber que a Legislação do Estado do Paraná abarca várias alíquotas internas, que podem ter, dependendo
da mercadoria e da operação, os percentuais de 7%, 12%, 18%, 25%, 28% e 29%.
Já nas operações interestaduais, vemos as alíquotas abordadas no art. 15º do RICMS/PR:
 Fique por dentro
A Resolução do Senado Federal nº. 22/89 estabelece as alíquotas interestaduais. No link a seguir, há a
postagem de uma tabela muito interessante que auxilia a visualizar as operações entre os estados. Caso
tenha curiosidade para entender mais a respeito do assunto, acesse o link e con�ra: Tabela ICMS 2017
Atualizada - calendarioconsulta.com <http://calendarioconsulta.com/tabela-icms/>
As alíquotas para operações e prestações interestaduais são (art. 15 da Lei n.
11.580/1996): 
I - 12% (doze por cento) para as operações e prestações interestaduais que
destinem bens, mercadorias e serviços a contribuintes ou a não contribuintes do
imposto localizados nos Estados de Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Rio de
Janeiro, Santa Catarina e São Paulo (inciso I do “caput” do art. 15 da Lei n.
11.580, de 14 de novembro de 1996, com redação dada pelo inciso VIII do art. 50
da Lei n. 18.573, de 30 de setembro de 2015). 
II - 7% (sete por cento) para as operações e prestações interestaduais que
destinem bens, mercadorias e serviços a contribuintes ou a não contribuintes do
imposto localizados no Distrito Federal, e nos demais Estados não relacionados
no inciso I do “caput” (inciso II do “caput” do art. 15 da Lei n. 11.580, de 14 de
novembro de 1996, com redação dada pelo inciso VIII do art. 50 da Lei n. 18.573,
de 30 de setembro de 2015); 
III - 4% (quatro por cento): a) na prestação de serviços de transporte aéreo
interestadual de passageiro, carga e mala postal (Resolução do Senado Federal
n. 95, de 13 de dezembro de 1996); b) nas operações interestaduais com bens e
mercadorias importados do exterior (Resolução do Senado Federal n. 13, de 25
de abril de 2012 e Lei n. 17.444, de 27 de dezembro de 2012).
 
ISSQN - Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza
O ISSQN é cobrado pelos Municípios, sua base legal está no art. 156, inciso III da CF (BRASIL, 1988, on-line), em que
compete aos municípios cobrar impostos sobre “serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, II, definidos em
lei complementar”. No art. 155, inciso II, são tratadas as operações emque há cobrança do ICMS, e isso já discutimos
anteriormente.
Outro fator importante é dizer que o ISS tem seu regimento registrado na Lei Complementar 116/2003, no art. 1º:
http://calendarioconsulta.com/tabela-icms/
Art. 1o O Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza, de competência dos
Municípios e do Distrito Federal, tem como fato gerador a prestação de serviços
constantes da lista anexa, ainda que esses não se constituam como atividade
preponderante do prestador. 
§ 1o O imposto incide também sobre o serviço proveniente do exterior do País
ou cuja prestação se tenha iniciado no exterior do País. 
§ 2o Ressalvadas as exceções expressas na lista anexa, os serviços nela
mencionados não �cam sujeitos ao Imposto Sobre Operações Relativas à
Circulação de Mercadorias e Prestações de Serviços de Transporte Interestadual
e Intermunicipal e de Comunicação – ICMS, ainda que sua prestação envolva
fornecimento de mercadorias. 
§ 3o O imposto de que trata esta Lei Complementar incide ainda sobre os
serviços prestados mediante a utilização de bens e serviços públicos explorados
economicamente mediante autorização, permissão ou concessão, com o
pagamento de tarifa, preço ou pedágio pelo usuário �nal do serviço. 
§ 4o A incidência do imposto não depende da denominação dada ao serviço
prestado.
 
O contribuinte é destacado no art. 5º da mesma LC 116, que diz que o próprio prestador de serviços é considerado
contribuinte. O local do serviço é algo muito importante, visto que é no local em que esse serviço for prestado que deverá ser
pago, ou seja, se o prestador de serviços se deslocar até outro município para executar algum serviço, o imposto deverá ser
pago no local onde originou-se a prestação. Há, porém, algumas exceções previstas no art. 3º da LC 116/2003:
Art. 3o O serviço considera-se prestado, e o imposto, devido, no local do
estabelecimento prestador ou, na falta do estabelecimento, no local do
domicílio do prestador, exceto nas hipóteses previstas nos incisos I a XXV,
quando o imposto será devido no local: (Redação dada pela Lei Complementar
nº 157, de 2016) 
I – do estabelecimento do tomador ou intermediário do serviço ou, na falta de
estabelecimento, onde ele estiver domiciliado, na hipótese do § 1o do art. 1o
desta Lei Complementar; 
II – da instalação dos andaimes, palcos, coberturas e outras estruturas, no caso
dos serviços descritos no subitem 3.05 da lista anexa; 
III – da execução da obra, no caso dos serviços descritos no subitem 7.02 e 7.19
da lista anexa; 
IV – da demolição, no caso dos serviços descritos no subitem 7.04 da lista
anexa; 
V – das edi�cações em geral, estradas, pontes, portos e congêneres, no caso dos
serviços descritos no subitem 7.05 da lista anexa; 
VI – da execução da varrição, coleta, remoção, incineração, tratamento,
reciclagem, separação e destinação �nal de lixo, rejeitos e outros resíduos
quaisquer, no caso dos serviços descritos no subitem 7.09 da lista anexa; 
VII – da execução da limpeza, manutenção e conservação de vias e logradouros
públicos, imóveis, chaminés, piscinas, parques, jardins e congêneres, no caso dos
serviços descritos no subitem 7.10 da lista anexa; 
VIII – da execução da decoração e jardinagem, do corte e poda de árvores, no
caso dos serviços descritos no subitem 7.11 da lista anexa; 
IX – do controle e tratamento do e�uente de qualquer natureza e de agentes
físicos, químicos e biológicos, no caso dos serviços descritos no subitem 7.12 da
lista anexa; 
X – (VETADO) 
XI – (VETADO) 
XII - do �orestamento, re�orestamento, semeadura, adubação, reparação de
solo, plantio, silagem, colheita, corte, descascamento de árvores, silvicultura,
exploração �orestal e serviços congêneres indissociáveis da formação,
manutenção e colheita de �orestas para quaisquer �ns e por quaisquer meios;
(Redação dada pela Lei Complementar nº 157, de 2016) 
XIII – da execução dos serviços de escoramento, contenção de encostas e
congêneres, no caso dos serviços descritos no subitem 7.17 da lista anexa; 
XIV – da limpeza e dragagem, no caso dos serviços descritos no subitem 7.18 da
lista anexa; 
XV – onde o bem estiver guardado ou estacionado, no caso dos serviços
descritos no subitem 11.01 da lista anexa; 
XVI - dos bens, dos semoventes ou do domicílio das pessoas vigiados, segurados
ou monitorados, no caso dos serviços descritos no subitem 11.02 da lista anexa;
(Redação dada pela Lei Complementar nº 157, de 2016) 
XVII – do armazenamento, depósito, carga, descarga, arrumação e guarda do
bem, no caso dos serviços descritos no subitem 11.04 da lista anexa; 
XVIII – da execução dos serviços de diversão, lazer, entretenimento e
congêneres, no caso dos serviços descritos nos subitens do item 12, exceto o 12.13,
da lista anexa; 
XIX – do Município onde está sendo executado o transporte, no caso dos
serviços descritos pelo subitem 16.01 da lista anexa; 
XIX - do Município onde está sendo executado o transporte, no caso dos
serviços descritos pelo item 16 da lista anexa; (Redação dada pela Lei
Complementar nº 157, de 2016) 
XX – do estabelecimento do tomador da mão-de-obra ou, na falta de
estabelecimento, onde ele estiver domiciliado, no caso dos serviços descritos
pelo subitem 17.05 da lista anexa; 
XXI – da feira, exposição, congresso ou congênere a que se referir o
planejamento, organização e administração, no caso dos serviços descritos pelo
subitem 17.10 da lista anexa; 
XXII – do porto, aeroporto, ferroporto, terminal rodoviário, ferroviário ou
metroviário, no caso dos serviços descritos pelo item 20 da lista anexa. 
XXIII - (VETADO); (Incluído pela Lei Complementar nº 157, de 2016) 
XXIV - (VETADO); (Incluído pela Lei Complementar nº 157, de 2016) 
XXV - (VETADO). (Incluído pela Lei Complementar nº 157, de 2016) 
§ 1o No caso dos serviços a que se refere o subitem 3.04 da lista anexa,
considera-se ocorrido o fato gerador e devido o imposto em cada Município em
cujo território haja extensão de ferrovia, rodovia, postes, cabos, dutos e
condutos de qualquer natureza, objetos de locação, sublocação, arrendamento,
direito de passagem ou permissão de uso, compartilhado ou não. 
§ 2o No caso dos serviços a que se refere o subitem 22.01 da lista anexa,
considera-se ocorrido o fato gerador e devido o imposto em cada Município em
cujo território haja extensão de rodovia explorada. 
§ 3o Considera-se ocorrido o fato gerador do imposto no local do
estabelecimento prestador nos serviços executados em águas marítimas,
excetuados os serviços descritos no subitem 20.01. 
§ 4o (VETADO). (Incluído pela Lei Complementar nº 157, de 2016)
 
Para que não fique dúvidas, vamos analisar, também, o art. 4º da LC 116/2003, no qual há a consideração acerca do que é o
estabelecimento do prestador:
Art. 4o Considera-se estabelecimento prestador o local onde o contribuinte
desenvolva a atividade de prestar serviços, de modo permanente ou temporário,
e que con�gure unidade econômica ou pro�ssional, sendo irrelevantes para
caracterizá-lo as denominações de sede, �lial, agência, posto de atendimento,
sucursal, escritório de representação ou contato ou quaisquer outras que
venham a ser utilizadas.
 
A base de cálculo será o preço do serviço prestado, vide artigo 7º da LC 116/03; é válido ressaltar que os valores gastos com
materiais que o próprio prestador colocou na prestação de serviços deverão ser desconsiderados segundo os itens 7.02 a 7.05 da
lista de serviços da LC 116:
7.02 – Execução, por administração, empreitada ou subempreitada, de obras de
construção civil, hidráulica ou elétrica e de outras obras semelhantes, inclusive
sondagem, perfuração de poços, escavação, drenagem e irrigação,
terraplanagem, pavimentação, concretagem e a instalação e montagem de
produtos, peças e equipamentos (exceto o fornecimento de mercadorias
produzidas pelo prestador de serviços fora do local da prestação dos serviços,
que �ca sujeito ao ICMS). 
7.03 – Elaboração de planos diretores, estudosde viabilidade, estudos
organizacionais e outros, relacionados com obras e serviços de engenharia;
elaboração de anteprojetos, projetos básicos e projetos executivos para
trabalhos de engenharia. 
7.04 – Demolição. 
7.05 – Reparação, conservação e reforma de edifícios, estradas, pontes, portos e
congêneres (exceto o fornecimento de mercadorias produzidas pelo prestador
dos serviços, fora do local da prestação dos serviços, que �ca sujeito ao ICMS).
 
A alíquota máxima permitida pela LC 116 é de 5%, isso segundo o art. 8º, inciso II. É válido destacar que os municípios têm
autonomia para estabelecer suas alíquotas.
Vamos a um exemplo prático de cálculo do ISSQN. Supomos que a empresa Forever teve uma receita proveniente de
serviços no valor de R$ 350.000,00, no mês de janeiro de 2016, vamos considerar que, nessa situação, o município em que ela
se encontra instalada tem uma alíquota de 3%. Logo, para resolver esse cálculo, devemos pegar a receita de R$ 350.000,00 e
multiplicarmos por 3%, o valor de R$ 10.500,00 será recolhido de ISSQN.
Imunidade, Isenção, Diferimento, Suspensão, Aliquota
Zero
Trataremos, agora, de alguns itens importantes na legislação, acerca dos quais você, caro(a) acadêmico(a), deverá sempre
estar atento(a), pois há constante alterações na legislação.
Você já conheceu, no tópico anterior, a incidência do ICMS, agora, abordaremos a não incidência do ICMS; para isso,
convido você a ler o art. 3º do RICMS 6.080/12, que tem a seguinte redação:
Art. 3º O imposto não incide sobre (art. 4º da Lei n.11.580/1996): 
I - operações com: 
a) livros, jornais e periódicos e o papel destinado a sua impressão; 
b) livros, jornais e periódicos em meio eletrônico ou mídia digital; 
II - operações e prestações que destinem ao exterior mercadorias, inclusive
produtos primários e produtos industrializados semielaborados, ou serviços; 
III - operações interestaduais relativas a energia elétrica e petróleo, inclusive
lubri�cantes e combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, quando
destinados à industrialização ou à comercialização; 
IV - operações com ouro, quando de�nido em lei como ativo �nanceiro ou
instrumento cambial; 
V - operações relativas a mercadorias que tenham sido ou que se destinem a
ser utilizadas na prestação, pelo próprio autor da saída, de serviço de qualquer
natureza de�nido em lei complementar como sujeito ao imposto sobre serviços,
de competência tributária dos Municípios, ressalvadas as hipóteses previstas na
mesma lei complementar; 
VI - operações de qualquer natureza de que decorra a transferência de
propriedade de estabelecimento industrial, comercial ou de outra espécie; 
VII - operações decorrentes de alienação �duciária em garantia, inclusive a
operação efetuada pelo credor em decorrência do inadimplemento do devedor; 
VIII - operações de arrendamento mercantil, não compreendida a venda do
bem arrendado ao arrendatário; 
IX - operações de qualquer natureza decorrentes da transferência de bens
móveis salvados de sinistro para companhias seguradoras; 
X - saídas de produção do estabelecimento grá�co de impressos personalizados
que não participem de etapa posterior de circulação promovida pelo
destinatário; 
XI - saídas de peças, veículos, ferramentas, equipamentos e de outros bens,não
pertencentes à linha normal de comercialização do contribuinte, quando
utilizados como instrumentos de sua própria atividade ou trabalho; 
XII - serviços prestados pelo rádio e pela televisão, ainda que iniciados no
exterior, exceto o Serviço Especial de Televisão por Assinatura; 
XIII - saídas de bens do ativo permanente. 
XIV - transferência de ativo permanente e de material de uso ou consumo entre
estabelecimentos do mesmo titular, inclusive quanto ao diferencial de alíquotas
de que trata o inciso XIV do art. 5º. 
Parágrafo único. Equipara-se às operações de que trata o inciso II do “caput” a
saída de mercadoria realizada com o �m especí�co de exportação para o
exterior, destinada a: 
I - empresa comercial exportadora, inclusive “tradings” ou outro estabelecimento
da mesma empresa; 
II - armazém alfandegado ou entreposto aduaneiro.
 
Sendo assim, caro(a) acadêmico(a), quando você se deparar com as situações previstas anteriormente, não haverá o
destaque do imposto ICMS na Nota Fiscal, isso porque o entendimento sobre Imunidade e Não Incidência é de que não houve
fato gerador para o determinado imposto, sobretudo, é válido destacar que sempre haverá a indicação da legislação no
Campo Reservado ao Fisco.
 
Situações Especiais IPI - Imunidade, Não Incidência e Isenção
Assim como no ICMS, o IPI tem suas particularidades, das quais trataremos neste tópico. O primeiro que discutiremos será a
Imunidade, para isso voltaremos ao RIPI/2010 (Decreto 7.212), particularmente em seu art.18º, que demonstra os casos que têm
imunidade:
Art. 18. São imunes da incidência do imposto: 
I - os livros, jornais, periódicos e o papel destinado à sua impressão
(Constituição Federal, art. 150, inciso VI, alínea “d”); 
II - os produtos industrializados destinados ao exterior (Constituição Federal,
art. 153, § 3º, inciso III); 
III - o ouro, quando de�nido em lei como ativo �nanceiro ou instrumento
cambial (Constituição Federal, art. 153, § 5º); e 
IV - a energia elétrica, derivados de petróleo, combustíveis e minerais do País
(Constituição Federal, art. 155, § 3o). 
§ 1o A Secretaria da Receita Federal do Brasil poderá estabelecer obrigações
acessórias especí�cas a serem observadas pelas �rmas ou estabelecimentos que
realizarem operações com o papel referido no inciso I, bem como para a
comprovação a que se refere o § 2o, inclusive quanto ao trânsito, dentro do
território nacional, do produto a ser exportado (Lei no 9.779, de 1999, art. 16). 
§ 2o Na hipótese do inciso II, a destinação do produto ao exterior será
comprovada com a sua saída do território nacional. 
§ 3o Para �ns do disposto no inciso IV, entende-se como derivados do petróleo
os produtos decorrentes da transformação do petróleo, por meio de conjunto de
processos genericamente denominado re�no ou re�nação, classi�cados
quimicamente como hidrocarbonetos (Lei no 9.478, de 6 de agosto de 1997, art.
6o, incisos III e V). 
§ 4o Se a imunidade estiver condicionada à destinação do produto, e a este for
dado destino diverso, �cará o responsável pelo fato sujeito ao pagamento do
imposto e da penalidade cabível, como se a imunidade não existisse (Lei no
4.502, de 1964, art. 9º, § 1º, e Lei no 9.532, de 1997, art. 37, inciso II).
 
Vamos deixar claro, caro(a) acadêmico(a), que essa tratativa também está amparada legalmente na CF/88, nos artigos 150
e 155.
Em segundo lugar, vamos conversar um pouco mais acerca da Não Incidência, para que você entenda melhor. Na TIPI,
esses itens de Não Incidência aparecem com a sigla NT, que significa Não Tributado. Basicamente, vemos que o IPI não
incide quando não é considerado uma industrialização, vejamos o art. 5º do RIPI/2010:
Art. 5o Não se considera industrialização: 
I - o preparo de produtos alimentares, não acondicionados em embalagem de
apresentação: 
a) na residência do preparador ou em restaurantes, bares, sorveterias,
confeitarias, padarias, quitandas e semelhantes, desde que os produtos se
destinem a venda direta a consumidor; ou 
b) em cozinhas industriais, quando destinados a venda direta a pessoas
jurídicas e a outras entidades, para consumo de seus funcionários, empregados
ou dirigentes; 
II - o preparo de refrigerantes, à base de extrato concentrado, por meio de
máquinas, automáticas ou não, em restaurantes, bares e estabelecimentos
similares, para venda direta a consumidor (Decreto-Lei no 1.686, de 26 de junho
de 1979, art. 5o, § 2o); 
III - a confecção ou preparo de produto de artesanato, de�nido no art. 7o; 
IV - a confecção de vestuário, por encomenda direta do consumidor ou usuário,
em o�cina ou na residência do confeccionador; 
V - o preparo de produto, por encomenda direta do consumidorou usuário, na
residência do preparador ou em o�cina, desde que, em qualquer caso, seja
preponderante o trabalho pro�ssional; 
VI - a manipulação em farmácia, para venda direta a consumidor, de
medicamentos o�cinais e magistrais, mediante receita médica (Lei nº 4.502, de
1964, art. 3º, parágrafo único, inciso III, e Decreto-Lei no 1.199, de 27 de
dezembro de 1971, art. 5o, alteração 2a); 
VII - a moagem de café torrado, realizada por estabelecimento comercial
varejista como atividade acessória (Decreto-Lei no 400, de 30 de dezembro de
1968, art. 8o); 
VIII - a operação efetuada fora do estabelecimento industrial, consistente na
reunião de produtos, peças ou partes e de que resulte: 
a) edi�cação (casas, edifícios, pontes, hangares, galpões e semelhantes, e suas
coberturas); 
b) instalação de oleodutos, usinas hidrelétricas, torres de refrigeração, estações
e centrais telefônicas ou outros sistemas de telecomunicação e telefonia,
estações, usinas e redes de distribuição de energia elétrica e semelhantes; ou 
c) �xação de unidades ou complexos industriais ao solo; 
IX - a montagem de óculos, mediante receita médica (Lei nº 4.502, de 1964, art.
3º, parágrafo único, inciso III, e Decreto-Lei nº 1.199, de 1971, art. 5º, alteração
2a); 
X - o acondicionamento de produtos classi�cados nos Capítulos 16 a 22 da TIPI,
adquiridos de terceiros, em embalagens confeccionadas sob a forma de cestas
de natal e semelhantes (Decreto-Lei nº 400, de 1968, art. 9º); 
XI - o conserto, a restauração e o recondicionamento de produtos usados, nos
casos em que se destinem ao uso da própria empresa executora ou quando
essas operações sejam executadas por encomenda de terceiros não
estabelecidos com o comércio de tais produtos, bem como o preparo, pelo
consertador, restaurador ou recondicionador, de partes ou peças empregadas
exclusiva e especi�camente naquelas operações (Lei nº 4.502, de 1964, art. 3º,
parágrafo único, inciso I); 
XII - o reparo de produtos com defeito de fabricação, inclusive mediante
substituição de partes e peças, quando a operação for executada
gratuitamente, ainda que por concessionários ou representantes, em virtude de
garantia dada pelo fabricante (Lei nº 4.502, de 1964, art. 3º, parágrafo único,
inciso I); 
XIII - a restauração de sacos usados, executada por processo rudimentar, ainda
que com emprego de máquinas de costura; 
XIV - a mistura de tintas entre si, ou com concentrados de pigmentos, sob
encomenda do consumidor ou usuário, realizada em estabelecimento comercial
varejista, efetuada por máquina automática ou manual, desde que fabricante e
varejista não sejam empresas interdependentes, controladora, controlada ou
coligadas (Lei nº 4.502, de 1964, art. 3º, parágrafo único, inciso IV, e Lei no
9.493, de 10 de setembro de 1997, art. 18); e 
XV - a operação de que resultem os produtos relacionados na Subposição
2401.20 da TIPI, quando exercida por produtor rural pessoa física (Lei no 11.051,
de 29 de dezembro de 2004, art. 12, e Lei no 11.452, de 27 de fevereiro de 2007,
art. 10). 
Parágrafo único. O disposto no inciso VIII não exclui a incidência do imposto
sobre os produtos, partes ou peças utilizados nas operações nele referidas.
 
Por fim, discutiremos um pouco mais acerca da Isenção; para isso, voltaremos ao RIPI nos artigos 54 e 55:
Art. 54. São isentos do imposto: 
- os produtos industrializados por instituições de educação ou de assistência
social, quando se destinarem, exclusivamente, a uso próprio ou a distribuição
gratuita a seus educandos ou assistidos, no cumprimento de suas �nalidades
(Lei nº 4.502, de 1964, art. 7º, incisos II e IV); 
II - os produtos industrializados por estabelecimentos públicos e autárquicos da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, que não se destinarem
a comércio (Lei nº 4.502, de 1964, art. 7º, inciso III); 
III - as amostras de produtos para distribuição gratuita, de diminuto ou nenhum
valor comercial, assim considerados os fragmentos ou partes de qualquer
mercadoria, em quantidade estritamente necessária a dar a conhecer a sua
natureza, espécie e qualidade, atendidas as seguintes condições (Lei nº 4.502,
de 1964, art. 7º, inciso V): 
a) indicação no produto e no seu envoltório da expressão “Amostra Grátis”, em
caracteres com destaque; 
b) quantidade não excedente de vinte por cento do conteúdo ou do número de
unidades da menor embalagem da apresentação comercial do mesmo produto,
para venda ao consumidor; e 
c) distribuição exclusivamente a médicos, veterinários e dentistas, bem como a
estabelecimentos hospitalares, quando se tratar de produtos da indústria
farmacêutica; 
IV - as amostras de tecidos de qualquer largura, e de comprimento até
quarenta e cinco centímetros para os de algodão estampado, e até trinta
centímetros para os demais, desde que contenham, em qualquer caso, impressa
tipogra�camente ou a carimbo, a expressão “Sem Valor Comercial”, dispensadas
desta exigência as amostras cujo comprimento não exceda de vinte e cinco
centímetros e de quinze centímetros nas hipóteses supra, respectivamente (Lei
nº 4.502, de 1964, art. 7º, inciso VI); 
V - os pés isolados de calçados, conduzidos por viajante do estabelecimento
industrial, desde que tenham gravada, no solado, a expressão “Amostra para
Viajante” (Lei nº 4.502, de 1964, art. 7º, inciso VII); 
VI - as aeronaves de uso militar e suas partes e peças, vendidas à União (Lei nº
4.502, de 1964, art. 7º, inciso XXXVII, Decreto-Lei no 34, de 1966, art. 2o,
alteração 3a, Lei no 5.330, de 11 de outubro de 1967, art. 1o, e Lei no 8.402, de
1992, art. 1o, inciso VIII); 
VII - os caixões funerários (Lei nº 4.502, de 1964, art. 7º, inciso XV); 
VIII - o papel destinado à impressão de músicas (Lei nº 4.502, de 1964, art. 7º,
inciso XII); 
IX - as panelas e outros artefatos semelhantes, de uso doméstico, de fabricação
rústica, de pedra ou barro bruto, apenas umedecido e amassado, com ou sem
vidramento de sal (Lei nº 4.502, de 1964, art. 7º, inciso XXVI, e Decreto-Lei nº
34, de 1966, art. 2º, alteração 3ª); 
X - os chapéus, roupas e proteção, de couro, próprios para tropeiros (Lei nº
4.502, de 1964, art. 7º, inciso XXVIII, e Decreto-Lei nº 34, de 1966, art. 2º,
alteração 3ª); 
XI - o material bélico, de uso privativo das Forças Armadas, vendido à União,
na forma das instruções expedidas pelo Secretário da Receita Federal do Brasil
(Lei nº 4.502, de 1964, art. 7º, inciso XXXVI, Decreto-Lei nº 34, de 1966, art. 2º,
alteração 3ª, Lei nº 5.330, de 1967, art. 1º, e Lei nº 8.402, de 1992, art. 1º, inciso
VIII); 
XII - o automóvel adquirido diretamente de fabricante nacional, pelas missões
diplomáticas e pelas repartições consulares de caráter permanente, ou pelos
seus integrantes, bem como pelas representações de órgãos internacionais ou
regionais de que o Brasil seja membro, e pelos seus funcionários, peritos,
técnicos e consultores, de nacionalidade estrangeira, que exerçam funções de
caráter permanente, quando a aquisição se �zer em substituição da faculdade
de importar o produto com idêntico favor (Decreto-Lei nº 37, de 1966, art. 161,
Lei nº 8.032, de 12 de abril de 1990, art. 2º, inciso I, alíneas “c” e “d”, e Lei nº
8.402, de 1992, art. 1º, inciso IV); 
XIII - o veículo de fabricação nacional adquirido por funcionário das missões
diplomáticas acreditadas junto ao Governo brasileiro, ao qual seja reconhecida
a qualidade diplomática, que não seja de nacionalidade brasileira e nem tenha
residência permanente no País, sem prejuízo dos direitos que lhe são
assegurados no inciso XII, ressalvado o princípio da reciprocidade de
tratamento (Lei nº 5.799, de 1972, art. 1º); 
XIV - os produtos nacionais saídos do estabelecimento industrial, ou equiparado
a industrial, diretamente para lojas francas, nos termos e condições
estabelecidos pelo art. 15 do Decreto-Lei nº 1.455, de 1976 (Decreto-Lei nº 1.455,
de 1976, art. 15, § 3º, Lei no 8.402, de 1992, art. 1o, inciso VI, e Lei no 11.371,de
2006, art. 13); 
XV - os materiais e equipamentos saídos do estabelecimento industrial, ou
equiparado a industrial, para a Itaipu Binacional, ou por esta importados, para
utilização nos trabalhos de construção da central elétrica da mesma empresa,
seus acessórios e obras complementares, ou para incorporação à referida
central elétrica, observadas as condições previstas no art. XII do Tratado entre a
República Federativa do Brasil e a República do Paraguai, concluído em Brasília
a 26 de abril de 1973, promulgado pelo Decreto no 72.707, de 28 de agosto de
1973; 
XVI - os produtos importados diretamente por missões diplomáticas e
repartições consulares de caráter permanente e pelos respectivos integrantes, e
por representações, no País, de organismos internacionais de caráter
permanente, inclusive os de âmbito regional, dos quais o Brasil seja membro, e
pelos respectivos integrantes (Lei nº 4.502, de 1964, art. 8º, inciso II, Lei nº 8.032,
de 1990, arts. 2º, inciso I, alíneas “c” e “d”, e 3o, e Lei nº 8.402, de 1992, art. 1º,
inciso IV); 
XVII - a bagagem de passageiros desembaraçada com isenção do Imposto de
Importação na forma da legislação pertinente (Lei nº 4.502, de 1964, art. 8º,
inciso III, Lei nº 8.032, de 1990, art. 3º, inciso II, e Lei nº 8.402, de 1992, art. 1º,
inciso IV); 
XVIII - os bens de passageiros procedentes do exterior, desembaraçados com a
quali�cação de bagagem tributada, com o pagamento do Imposto de
Importação, na forma da legislação pertinente (Decreto-Lei nº 1.455, de 1976,
art. 4º, Lei no 8.032, de 1990, art. 3o, inciso II, e Lei nº 8.402, de 1992, art. 1º,
inciso IV); 
XIX - os bens contidos em remessas postais internacionais sujeitas ao regime de
tributação simpli�cada para a cobrança do Imposto de Importação (Decreto-
Lei no 1.804, de 3 de setembro de 1980, art. 1o, § 1o, Lei nº 8.032, de 1990, art. 3º,
inciso II, e Lei nº 8.402, de 1992, art. 1º, inciso IV); 
XX - as máquinas, equipamentos, aparelhos e instrumentos, bem como suas
partes e peças de reposição, acessórios, matérias-primas e produtos
intermediários, destinados à pesquisa cientí�ca e tecnológica, importados pelo
Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientí�co e Tecnológico - CNPq, por
cientistas, pesquisadores e entidades sem �ns lucrativos ativas no fomento, na
coordenação ou na execução de programas de pesquisa cientí�ca e tecnológica
ou de ensino devidamente credenciadas pelo CNPq (Lei no 8.010, de 29 de
março de 1990, art. 1o, caput e § 2º, e Lei no 10.964, de 28 de outubro de 2004,
art. 1o); 
XXI - os demais produtos de procedência estrangeira, nas hipóteses previstas
pelo art. 2o da Lei no 8.032, de 1990, desde que satisfeitos os requisitos e
condições exigidos para a concessão do benefício análogo relativo ao Imposto
de Importação (Lei nº 8.032, de 1990, art. 3º, inciso I, e Lei nº 8.402, de 1992, art.
1º, inciso IV); 
XXII - os seguintes produtos de procedência estrangeira, nos termos, limites e
condições estabelecidos em regulamento próprio: 
a) troféus, medalhas, placas, estatuetas, distintivos, �âmulas, bandeiras e outros
objetos comemorativos recebidos em evento cultural, cientí�co ou esportivo
o�cial realizado no exterior ou para serem distribuídos gratuitamente como
premiação em evento esportivo realizado no País (Lei no 11.488, de 15 de junho
de 2007, art. 38, inciso I); 
b) bens dos tipos e em quantidades normalmente consumidos em evento
esportivo o�cial (Lei nº 11.488, de 2007, art. 38, inciso II); 
c) material promocional, impressos, folhetos e outros bens com �nalidade
semelhante, a serem distribuídos gratuitamente ou utilizados em evento
esportivo o�cial (Lei nº 11.488, de 2007, art. 38, inciso III); e 
d) bens importados por desportistas, desde que tenham sido utilizados por estes
em evento esportivo o�cial e recebidos em doação de entidade de prática
desportiva estrangeira ou da promotora ou patrocinadora do evento (Lei nº
11.488, de 2007, art. 38, parágrafo único); 
XXIII - os veículos automotores de qualquer natureza, máquinas, equipamentos,
bem como suas partes e peças separadas, quando destinadas à utilização nas
atividades dos Corpos de Bombeiros, em todo o território nacional, nas saídas
de estabelecimento industrial ou equiparado a industrial (Lei no 8.058, de 2 de
julho de 1990, art. 1o); 
XXIV - os produtos importados destinados a consumo no recinto de congressos,
feiras e exposições internacionais, e eventos assemelhados, a título de promoção
ou degustação, de montagem ou conservação de estandes, ou de demonstração
de equipamentos em exposição, observado que a isenção (Lei no 8.383, de 30
de dezembro de 1991, art. 70, §§ 1o a 3o): 
a) não se aplica a produtos destinados à montagem de estandes, susceptíveis
de serem aproveitados após o evento; 
b) está condicionada a que nenhum pagamento, a qualquer título, seja
efetuado ao exterior, com relação aos produtos objeto da isenção; e 
c) está sujeita a limites de quantidades e valor, além de outros requisitos,
estabelecidos pelo Ministro de Estado da Fazenda; 
XXV - os bens de informática destinados à coleta eletrônica de votos, fornecidos
diretamente ao Tribunal Superior Eleitoral, bem como (Lei no 9.359, de 12 de
dezembro de 1996, art. 1o): 
a) as matérias-primas e os produtos intermediários importados para serem
utilizados na industrialização desses bens e dos produtos classi�cados sob os
Códigos 8471.60.52, 8471.60.61, 8473.30.49, 8504.40.21 e 8534.00.00 da TIPI a eles
destinados (Lei nº 9.359, de 1996, art. 2º, e Lei no 9.643, de 26 de maio de 1998,
art. 1o); e 
b) as matérias-primas, os produtos intermediários e os materiais de embalagem,
de fabricação nacional, para serem utilizados na industrialização desses bens
(Lei nº 9.359, de 1996, art. 2º, parágrafo único); 
XXVI - os materiais, equipamentos, máquinas, aparelhos e instrumentos,
importados ou de fabricação nacional, bem como os respectivos acessórios,
sobressalentes e ferramentas, que os acompanhem, destinados à construção do
Gasoduto Brasil - Bolívia, adquiridos pelo executor do projeto, diretamente ou
por intermédio de empresa por ele contratada especialmente para a sua
execução nos termos dos arts. 1o e 3o do Acordo celebrado entre o Governo da
República Federativa do Brasil e o Governo da República da Bolívia,
promulgado pelo Decreto no 2.142, de 5 de fevereiro de 1997, observados as
normas e os requisitos estabelecidos em ato conjunto dos Ministros de Estado
da Fazenda, do Desenvolvimento, Indústria, e Comércio Exterior e de Minas e
Energia e o disposto no parágrafo único deste artigo; 
XXVII - as partes, peças e componentes importados destinados ao emprego na
conservação, modernização e conversão de embarcações registradas no REB,
instituído pela Lei no 9.432, de 1997, desde que realizadas em estaleiros navais
brasileiros (Lei no 9.493, de 1997, art. 11); e 
XXVIII - os aparelhos transmissores e receptores de radiotelefonia e
radiotelegra�a, os veículos para patrulhamento policial, as armas e munições,
quando adquiridos pelos órgãos de segurança pública da União, dos Estados e
do Distrito Federal (Lei nº 9.493, de 1997, art. 12). 
Parágrafo único. A isenção referida no inciso XXVI aplica-se somente às saídas
efetuadas até 30 de junho de 2003, tendo em vista o disposto no art. 3o do
Acordo celebrado entre o Governo da República Federativa do Brasil e o
Governo da República da Bolívia, promulgado pelo Decreto nº 2.142, de 1997.
Situação Especial do ISSQN - Imposto Sobre Serviço de Qualquer
Natureza
Em relação ao ISS:
 Indicação de leitura
Nome do livro: Introdução À Contabilidade Tributária - 2. ed. 2014
Editora: Saraiva
Autor: Osni Moura Ribeiro/ Mauro Aparecido Pinto
ISBN: 9788502220584
Esse livro tem um conteúdo muito interessante, pois aborda toda a introdução para o conhecimento
acerca do conceito dos tributos nacionais e, também, comentários a respeito da legislação tributária,
além de exemplos do cotidiano, dando uma noção muito práticasobre os temas abordados aos seus
leitores. Como principal destaque, o livro apresenta os tributos da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios. Como dica particular, caro(a) acadêmico(a), dê uma olhadinha com calma no
capítulo terceiro, no qual há uma abordagem muito legal a respeito da escrituração contábil e �scal.
Boa leitura!
Art. 2o O imposto não incide sobre: 
I – as exportações de serviços para o exterior do País; 
II – a prestação de serviços em relação de emprego, dos trabalhadores avulsos,
dos diretores e membros de conselho consultivo ou de conselho �scal de
sociedades e fundações, bem como dos sócios-gerentes e dos gerentes-
delegados; 
III – o valor intermediado no mercado de títulos e valores mobiliários, o valor
dos depósitos bancários, o principal, juros e acréscimos moratórios relativos a
operações de crédito realizadas por instituições �nanceiras. 
Parágrafo único. Não se enquadram no disposto no inciso I os serviços
desenvolvidos no Brasil, cujo resultado aqui se veri�que, ainda que o
pagamento seja feito por residente no exterior.
 
Essa tratativa está na Lei Complementar 166/2003; o mesmo acontece com o ISS, não haverá recolhimento, uma vez que o
entendimento é de que não houve fato gerador nessas situações descritas.
 
 
UNIDADE II
Regimes Simplificados de Tributação
Gislaine Rosa da Silva
Nesta segunda unidade de nosso livro, conversaremos um pouco mais acerca dos Regimes Simpli cados de Tributação;
assim, você conhecerá mais o Simples Nacional e como ele é aplicado às microempresas e às Empresas de Pequeno Porte
(EPPs). Conheceremos mais a respeito da Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas, do Microempreendedor Individual (MEI),
do Lucro Presumido e de suas abrangências; por m, aprenderemos a praticar o regime de caixa e de competência. Espero
que você que comigo no decorrer desta unidade, pois ela é muito importante, uma vez que, nas próximas unidades,
avançaremos mais nesse universo da tributação.
Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas e das Empresas
de Pequeno Porte
A Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas foi instituída em 2006, pela Lei Complementar 123 (LC 123/2006). Antes dessa
data, não tínhamos previsto na Legislação nenhum recolhimento unificado de impostos; nessa época, recolhiam-se os tributos
federais PIS, COFINS, CSLL e IRPJ em um Darf para a Receita Federal, e o ICMS e o ISSQN eram recolhidos cada um para
seu órgão competente. Após a LC 123/2006, temos, então, um recolhimento único, ou seja, todos os impostos descritos
anteriormente, mais o CPP e o IPI são englobados na DASN.
Essa Lei Complementar também uniformizou o conceito das Micro e Pequenas Empresas, com base em seu faturamento
bruto anual. Dessa forma, é classificada como Microempresa a sociedade ou a organização que tiver como faturamento bruto
no ano calendário a receita igual ou inferior a R$ 360.000,00. Se a organização faturar o valor superior a R$ 360.000,00,
mas que não ultrapasse R$ 3.600.000,00 no ano calendário, ela será intitulada Empresa de Pequeno Porte.
Ainda acerca da LC 123/2006, vemos a criação do MEI - Microempreendedor Individual, que diz respeito ao indivíduo que
estava na informalidade e que pode se regularizar e se tornar um pequeno empresário, seu faturamento bruto é limitado a
R$ 60.000,00 anual; ele ainda não poderá constituir sociedade e terá, no máximo, um funcionário contratado.
Muitas coisas boas foram implantadas com a LC 123/2006, mas, também, houve algumas restrições. A primeira delas,
acerca da qual já conversamos anteriormente, refere-se ao faturamento, ou seja, empresas que faturam o valor bruto acima
de R$ 3.600.000,00 no ano não poderão ser incluídas nessa legislação. Depois, encontramos, no art. 17 dessa lei, algumas
vedações, que são:
Art. 17. Não poderão recolher os impostos e contribuições na forma do Simples
Nacional a microempresa ou a empresa de pequeno porte: 
I - que explore atividade de prestação cumulativa e contínua de serviços de
assessoria creditícia, gestão de crédito, seleção e riscos, administração de contas
a pagar e a receber, gerenciamento de ativos (asset management), compras de
direitos creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestação de
serviços (factoring); 
II - que tenha sócio domiciliado no exterior; 
III - de cujo capital participe entidade da administração pública, direta ou
indireta, federal, estadual ou municipal; 
V - que possua débito com o Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, ou com
as Fazendas Públicas Federal, Estadual ou Municipal, cuja exigibilidade não
esteja suspensa; 
VI - que preste serviço de transporte intermunicipal e interestadual de
passageiros, exceto quando na modalidade �uvial ou quando possuir
características de transporte urbano ou metropolitano ou realizar-se sob
fretamento contínuo em área metropolitana para o transporte de estudantes ou
trabalhadores; (Redação dada pela Lei Complementar nº 147, de 2014)
(Produção de efeito) 
VII - que seja geradora, transmissora, distribuidora ou comercializadora de
energia elétrica; 
VIII - que exerça atividade de importação ou fabricação de automóveis e
motocicletas; 
IX - que exerça atividade de importação de combustíveis; 
X - que exerça atividade de produção ou venda no atacado de: 
a) cigarros, cigarrilhas, charutos, �ltros para cigarros, armas de fogo, munições
e pólvoras, explosivos e detonantes; 
b) bebidas não alcoólicas a seguir descritas: (Redação dada pela Lei
Complementar nº 155, de 2016) Produção de efeito 
1 - alcoólicas; (Vide Lei Complementar nº 155, de 2016) Vigência 
2 - refrigerantes, inclusive águas saborizadas gasei�cadas; 
2. (Revogado); (Redação dada pela Lei Complementar nº 147, de 2014) 
3 - preparações compostas, não alcoólicas (extratos concentrados ou sabores
concentrados), para elaboração de bebida refrigerante, com capacidade de
diluição de até 10 (dez) partes da bebida para cada parte do concentrado; 
3. (Revogado); (Redação dada pela Lei Complementar nº 147, de 2014) 
4 - cervejas sem álcool; 
c) bebidas alcoólicas, exceto aquelas produzidas ou vendidas no atacado por:
(Incluído pela Lei Complementar nº 155, de 2016) Produção de efeito 
1. micro e pequenas cervejarias; (Incluído pela Lei Complementar nº 155, de
2016) Produção de efeito 
2. micro e pequenas vinícolas; (Incluído pela Lei Complementar nº 155, de 2016)
Produção de efeito 
3. produtores de licores; (Incluído pela Lei Complementar nº 155, de 2016)
Produção de efeito 
4. micro e pequenas destilarias; (Incluído pela Lei Complementar nº 155, de
2016) Produção de efeito 
XII - que realize cessão ou locação de mão-de-obra; 
 Fique por dentro
Para conhecer um pouco mais acerca das alíquotas e dos percentuais de redução do ICMS/PR, acesse
o link a seguir e con�ra os benefícios que as empresas do Simples Nacional têm.
Disponível em: www.sefanet.pr.gov.br <http://www.sefanet.pr.gov.br/dados/sefadocumentos/2201203822.pdf> .
Acesso em: 23 mar. 2017.
XIII - que realize atividade de consultoria; 
XIII - (Revogado); (Redação dada pela Lei Complementar nº 147, de 2014)
(Produção de efeito) 
XIV - que se dedique ao loteamento e à incorporação de imóveis. 
XV - que realize atividade de locação de imóveis próprios, exceto quando se
referir à prestação de serviços tributados pelo ISS. 
XVI - com ausência de inscrição ou com irregularidade em cadastro �scal
federal, municipal ou estadual, quando exigível.
(BRASIL, 2006b, on-line)
 
O Simples Nacional é visto por muitos como extremamente atrativo, isso porque, como dito anteriormente, além de conter
uma arrecadação unificada, apresenta alíquotas baixas. É necessário dizer, ainda, que os Estados têm contribuído para baixar
essas alíquotas, uma vez que possuem autonomia para isentar e/ou reduzir a alíquota referente ao ICMS.
 
 
Voltando a falar da forma unificada da arrecadação, é possível conferirmos o amparo legal, no artigo 13 da LC 123/2006:
http://www.sefanet.pr.gov.br/dados/sefadocumentos/2201203822.pdf

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