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Introdução à Evolução, Geologia e Paleontologia APRESENTAÇÃO A evolução dos seres vivos é um processo lento e gradual. A Paleontologia fornece informações sobre esse processo testemunhando a presença de seres vivos de tempos remotos. Os estudos pal eontólogicos e geológicos ajudam a contar a história do planeta Terra, os seres que habitaram a Terra em períodos diferentes e as mudanças ambientas ocorridas. Nesta Unidade de Aprendizagem você irá estudar os princípios da Geologia, Evolução e Paleont ologia, bem como a inter-relação entre estas ciências. Bons estudos. Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Descrever a história da Terra, sua composição e estrutura.• Definir a evolução biológica.• Reconhecer evidências que legitimam a história de antigas formas de vida.• INFOGRÁFICO A Terra se formou há cerca de 4,56 bilhões de anos, resultante de um processo de condensação r ápida de uma nuvem de poeira que circulava ao redor do Sol. A Paleontologia, estudo de traços de seres vivos preservados em registros geológicos (fósseis), indica que a vida na Terra também começou muito cedo, cerca de 3,5 bilhões de anos e essa ciência é uma das principais fontes de evidência para a reconstrução da história da vida na Terra. Veja no infográfico as ciências que estudam essas questões. CONTEÚDO DO LIVRO O planeta Terra possui 4,56 bilhões de anos e há registro de rochas com até 4,3 bilhões de anos de idade. Além de atestarem a idade da Terra, algumas rochas também testemunham evidências antigas de espécies extintas. O conhecimento da Geologia e da Paleontologia contribui para a le gitimação da Biologia Evolutiva. Acompanhe algumas páginas da obra Para entender a Terra, de John Grotzinger e Tom Jordan. Boa leitura. CYAN VS Gráfica VS Gráfica MAG VS Gráfica YEL VS Gráfica BLACK GEOCIÊNCIAS www.grupoa.com.br JOHN GROTZINGER TOM JORDAN TERRA P A R A E N T E N D E R A SEXTA EDIÇÃO GROTZINGER & JORDAN SEXTA EDIÇÃO PA RA EN TEN D ER A TERRA Desde que Frank Press e Raymond Siever lançaram a primeira edição de Para Entender a Terra (1965), este manual vem sendo paulatinamente atualizado e hoje se tornou um dos mais importantes livros-texto de universidades de vários países. Sucessores dos grandes mestres que iniciaram esta obra, Tom Jordan e John Grotzinger, dois cientistas de gran- de envergadura na atualidade, terminam, nesta sexta edição, o ciclo de uma grande reestruturação em relação à primeira edição. A introdução de desenhos e esquemas inovadores, a mo- derna concepção sobre tectônica de placas, a concepção da Terra como um sistema interativo e a análise de como a di- nâmica planetária tem infl uenciado a evolução da vida evi- denciam a profunda modernização deste livro-texto. O leitor é estimulado a fazer e pensar como os geólogos, enten- dendo como eles adquiriram o conhecimento que possuem, como esse conhecimento impacta a vida dos cidadãos e o que se pode fazer para melhorar o ambiente da Terra. Leitura indicada para os cursos de bacharelado e licen- ciatura em Geologia, Geografi a, Ciências da Terra, Cli- matologia, Meteorologia, Ciências do Solo, Agronomia, Engenharias, Biologia, Ecologia, Ciências Ambientais e afi ns. A obra destina-se também a técnicos e profi ssionais que necessitem complementar e atualizar seus conhecimen- tos gerais fora da área de especialização e ao público em geral que se interessa pelos fenômenos da Terra e da natureza. TERRA P A R A E N T E N D E R A SEXTA EDIÇÃO G ROTZ I NG E R & JOR DAN 42685 Para Entender a Terra.indd 142685 Para Entender a Terra.indd 1 31/01/2013 10:05:0731/01/2013 10:05:07 Catalogação na publicação: Natascha Helena Franz Hoppen CRB10/2150 G881e Grotzinger, John. Para entender a terra [recurso eletrônico] / John Grotzinger, Tom Jordan ; tradução: Iuri Duquia Abreu ; revisão técnica: Rualdo Menegat. – 6. ed. – Dados eletrônicos. – Porto Alegre : Bookman, 2013. Editado também como livro impresso em 2013. Tradução da 4. ed. de Rualdo Menegat, Paulo César Dávila Fernandes, Luís Aberto Dávila Fernandes, Carla Cristine Porcher. ISBN 978-85-65837-82-8 1. Geociências. 2. Geologia. I. Jordan, Tom. II. Título. CDU 55 Tradutores da 4ª edição Rualdo Menegat Professor do Instituto de Geociências/UFRGS Paulo César Dávila Fernandes Professor da Universidade do Estado da Bahia Luís Aberto Dávila Fernandes Professor do Instituto de Geociências/UFRGS Carla Cristine Porcher Professora do Instituto de Geociências/UFRGS 8 PA R A E N T E N D E R A T E R R A GEOLOGIA NA PRÁTICA Qual é o tamanho de nosso planeta? Como sabemos que a Terra é redonda? Ninguém havia olhado do espaço para a Terra antes do início da déca- da de 1960, mas sua forma já era compreendida mui- to tempo antes. Em 1492, Colombo definiu um curso a oeste para a Índia porque ele acreditava em uma teoria da geodésia que fora proposta por filósofos gregos: vi- vemos em uma esfera. Porém, ele não era bom em ma- temática, então subestimou em muito a circunferência da Terra. Em vez de um atalho, ele fez o caminho mais longo, encontrando um Novo Mundo em vez das Ilhas das Especiarias! Se Colombo tivesse entendido de forma adequada os gregos antigos, talvez não teria cometido esse erro afortunado, porque eles haviam medido com precisão o tamanho da Terra mais de 17 séculos antes. O crédito da determinação do tamanho da Terra vai para Eratóstenes, um grego que dirigia a Grande Bi- blioteca de Alexandria, no Egito. Por volta de 250 a.C., um viajante contou a ele uma observação interessante. Ao meio-dia do primeiro dia de verão no Hemisfério Norte (21 de junho), um poço profundo na cidade de Siena 3 , cerca de 800 km ao sul de Alexandria, ficava to- talmente iluminado pela luz solar, porque o Sol estava em uma posição exatamente sobre a cabeça. Seguindo um palpite, Eratóstenes realizou um experimento. Ele fincou uma estaca vertical em sua própria cidade e, ao meio-dia, no primeiro dia do verão, a estaca produziu uma sombra. Eratóstenes presumiu que o Sol estava muito dis- tante, de forma que os raios de luz incidentes sobre as duas cidades eram paralelos. Sabendo que o Sol pro- jetava uma sombra em Alexandria, mas estava exata- mente sobre a cabeça ao mesmo tempo em Siena, Era- tóstenes conseguiu demonstrar por meio de geometria simples que a superfície do solo deveria ser curva. Ele sabia que a superfície curva mais perfeita é a da esfe- ra, então levantou a hipótese de que a Terra tinha uma forma esférica (os gregos admiravam a perfeição geo- métrica). Medindo o comprimento da sombra da estaca em Alexandria, calculou que, se as linhas verticais entre as duas cidades pudessem ser estendidas ao centro da Terra, elas se encontrariam em uma intersecção com ângulo em torno de 7°, que é aproximadamente 1/50 de um círculo completo (360°). Ele sabia que a distância entre as duas cidades era cerca de 800 km em medições atuais. Usando esses dados, Eratóstenes calculou uma circunferência para a Terra que é muito próxima ao va- lor moderno: Grotzinger_01.indd 8Grotzinger_01.indd 8 05/12/12 08:5605/12/12 08:56 C A P Í T U LO 1 � O S I S T E MA T E R R A 9 Circunferência da Terra = 50 � distância de Siena a Alexandria � 50 � 800 km � 40.000 km Com esse valor para a circunferência da Terra, era uma simples questão de calcular o raio. Eratóstenes sa- bia que, para qualquer círculo, a circunferência é igual a 2� (pi) vezes o raio, onde � � 3,14.... Portanto, ele divi- diu sua estimativa da circunferência da Terra por 2� para encontrar o raio: Com esses cálculos, Eratóstenes chegou a um mo- delo científico simples e elegante: a Terra é uma esfera com raio de aproximadamente 6.370 km. Em sua poderosa demonstração do método cien- tífico, Eratóstenes fez observações (o comprimento da sombra), formulou uma hipótese (forma esférica) e apli- cou um pouco de teoria matemática (geometria esférica) para proporum modelo incrivelmente preciso da forma física da Terra. Seu modelo previa corretamente outros tipos de medições, como a distância em que o mastro alto de um navio desapareceria no horizonte. Além dis- so, conhecer o tamanho e a forma da Terra permitia aos astrônomos gregos calcular os tamanhos da Lua e do Sol e as distâncias desses corpos em relação à Terra. Essa história explica por que experimentos bem projetados e boas medições são cruciais para o método científico: eles nos dão novas informações sobre o mundo natural. PROBLEMA EXTRA: O volume de uma esfera é dado por Usando essa fórmula, calcule o volume da Terra em quilômetros cúbicos. Descascando a cebola: a descoberta de uma Terra em camadas Os antigos pensadores, como Eratóstenes, dividiam o universo em duas partes: o Céu, acima, e o Hades, embai- xo. O céu era transparente e cheio de luz, e eles poderiam enxergar diretamente as estrelas e os planetas vagantes. O interior da Terra era escuro e fechado para os olhos hu- manos. Em alguns lugares, o chão tremia e havia erupção de lava quente. Com certeza, algo terrível estava aconte- cendo lá embaixo! EQ UA DO R 800 km SienaAlexandria 7° 7° N Alexandria Siena EQUADOR L U Z S O L A R Como Eratóstenes mediu a circunferência da Terra. Grotzinger_01.indd 9Grotzinger_01.indd 9 05/12/12 08:5605/12/12 08:56 10 PA R A E N T E N D E R A T E R R A Essa visão permaneceu até cerca de um século atrás, quando os geólogos começaram a espiar o interior da Terra, não com ondas de luz (que não penetram a rocha), mas com ondas produzidas por terremotos. Um terremo- to ocorre quando forças geológicas fraturam as rochas frágeis, enviando vibrações que se assemelham ao gelo rachando sobre um rio. Essas ondas sísmicas (da pala- vra grega para terremoto, seismos), quando registradas por instrumentos sensíveis chamados sismógrafos, permitem que os geólogos localizem terremotos e também tirem “fotografias” do funcionamento interno da Terra, assim como os médicos usam ultrassom e tomografia computa- dorizada para obter imagens do interior do corpo. Quan- do as primeiras redes de sismógrafos foram instaladas em todo o mundo no final do século XIX, os geólogos come- çaram a descobrir que o interior da Terra era dividido em camadas concêntricas de diferentes composições, separa- das por limites nítidos, quase esféricos (Figura 1.9). A densidade da Terra A teoria das camadas do interior profundo da Terra foi proposta pela primeira vez por Emil Wiechert no fim do século XIX, antes que muitos dados sísmicos estivessem disponíveis. Ele queria entender por que nosso planeta é tão pesado ou, mais precisamente, tão denso. É fácil calcular a densidade de uma substância: basta medir a massa em uma balança e dividir pelo volume. Uma rocha típica, como o granito usado em lúpides sepul- crais, tem densidade de aproximadamente 2,7 gramas por centímetro cúbico (g/cm 3 ). É um pouco mais difícil estimar a densidade do planeta inteiro, mas não tan- to. Eratóstenes mostrou como medir o volume da Terra em 250 a.C. e, em algum momento por volta de 1680, o grande cientista inglês Isaac Newton descobriu como calcular sua massa a partir da força gravitacional que atrai objetos à superfície. Os detalhes, que envolviam cuidadosos experimentos em laboratório para calibrar a lei da gravitação de Newton, foram desenvolvidos por outro inglês, Henry Cavendish. Em 1798, ele calculou a densidade média da Terra em cerca de 5,5 g/cm 3 , duas vezes a do granito para jazigos. Wiechert ficou perplexo. Ele sabia que um planeta composto inteiramente de rochas comuns não poderia ter uma densidade tão alta. A maioria das rochas comuns, como o granito, contém uma alta proporção de sílica (si- lício mais oxigênio; SiO2) e tem densidades relativamente baixas, abaixo de 3 g/cm 3 . Algumas rochas ricas em ferro, trazidas à superfície terrestre por vulcões, têm densidades de até 3,5 g/cm 3 , mas nenhuma rocha comum se apro- ximava do valor de Cavendish. Ele também sabia que, na direção do interior da Terra, a pressão sobre a rocha aumenta com o peso da massa sobrejacente. A pressão comprime a rocha em um volume menor, tornando sua densidade mais alta. Porém, Wiechert constatou que mes- mo o efeito da pressão era pequeno demais para explicar a densidade calculada por Cavendish. O manto e o núcleo Ao refletir sobre o que havia embaixo de seus pés, Wie- chert voltou-se para o sistema solar e, em especial, aos meteoritos, que são pedaços do sistema solar caídos na Terra. Ele sabia que alguns meteoritos são compostos de uma liga (uma mistura) de dois metais pesados, ferro e níquel, e, que, portanto, têm densidades de até 8 g/cm 3 (Figura 1.10). Ele também sabia que esses dois elementos são relativamente abundantes em todo o nosso sistema solar. Então, em 1896, propôs uma hipótese grandiosa: em algum momento no passado da Terra, a maioria do ferro e do níquel de seu interior havia caído para o centro sob a força da gravidade. Esse movimento criou um nú- cleo denso, que foi cercado por uma capa de rocha rica em silicato, a qual chamou de manto (usando a palavra em alemão para “casaco”). Com essa hipótese, ele con- seguiu elaborar um modelo da Terra com duas camadas que estava de acordo com o valor de Cavendish para a densidade média da Terra. Ele também conseguiu explicar a existência de meteoritos de ferro-níquel: eram pedaços do núcleo de um planeta (ou planetas) como a Terra que haviam se quebrado, muito provavelmente pela colisão com outros planetas. Wiechert ocupou-se com o teste de sua hipótese usando ondas sísmicas registradas por sismógrafos loca- lizados ao redor do globo (ele próprio projetou um). Os primeiros resultados demonstraram uma massa interna indistinta que ele presumiu ser o núcleo, mas teve pro- blemas para identificar algumas das ondas sísmicas. Es- sas ondas são de dois tipos básicos: ondas compressionais, que se expandem e comprimem o material que movem Ferro sólido no núcleo interno (5.150 a 6.370 km) 1,7% da massa da Terra Ferro líquido no núcleo externo (2.890 a 5.150 km) 30,8% da massa da Terra Manto (40 a 2.890 km) 67,1% da massa da Terra Crosta (0 a 40 km) 0,4% da massa da Terra FIGURA 1.9 � Principais camadas da Terra, mostrando suas profundidades e suas massas, expressas como porcentagem da massa total da Terra. Grotzinger_01.indd 10Grotzinger_01.indd 10 05/12/12 08:5605/12/12 08:56 C A P Í T U LO 1 � O S I S T E MA T E R R A 11 conforme se propagam através de um sólido, líquido ou gás; e ondas cisalhantes, que deslocam o material de lado a lado. As ondas cisalhantes podem propagar-se apenas em sólidos, que resistem ao cisalhamento, e não em fluidos (líquidos ou gases), como o ar e a água, que não têm resis- tência a esse tipo de movimento. Em 1906, um sismólogo britânico, Robert Oldham, conseguiu classificar os caminhos percorridos por esses dois tipos de ondas sísmicas e demonstrar que as ondas cisalhantes não se propagavam no núcleo. O núcleo, pelo menos na parte externa, era líquido! Acontece que essa descoberta não é das mais surpreendentes. O ferro funde a uma temperatura mais baixa do que os silicatos, e é por isso que os metalúrgicos podem usar recipientes feitos de cerâmica (que são materiais silicáticos) para conter o ferro fundido. O interior profundo da Terra é quente o bastan- te para fundir uma liga de ferro-níquel, mas não rocha silicática. Beno Gutenberg, um dos alunos de Wiechert, confirmou as observações de Oldham e, em 1914, deter- minou que a profundidade do limite núcleo-manto 4 era de aproximadamente 2.890 km (ver Figura 1.9). A crosta Cinco anos antes, um cientista croata detectara outro li- mite a uma profundidade relativamente rasa de 40 km abaixo do continente europeu. Esse limite, chamado de descontinuidade de Mohorovi i (Moho, por simplicidade), em homenagem ao seu descobridor, separa uma crosta composta de silicatos de baixa densidade, quesão ricos em alumínio e potássio, dos silicatos de densidade mais alta encontrados no manto, que contêm mais magnésio e ferro. Assim como o limite núcleo-manto, a Moho é uma característica global. Contudo, verificou-se que ela é subs- tancialmente mais rasa sob os oceanos do que sob os con- tinentes. Em média, a espessura da crosta oceânica é de apenas 7 km, comparada com quase 40 km da crosta con- tinental. Além disso, as rochas na crosta oceânica contêm mais ferro e, portanto, são mais densas do que as rochas continentais. Como a crosta continental é mais espessa, mas menos densa do que a crosta oceânica, os continentes flutuam mais ao alto, como se fossem botes sobre o manto mais denso (Figura 1.11), semelhante a como os icebergs (a) (b) FIGURA 1.10 � Dois tipos comuns de meteoritos. (a) Este meteorito pétreo, que é semelhante em composição ao manto silicático da Terra, tem densidade em torno de 3 g/cm3. (a) Este me- teorito de ferro-níquel, que é semelhante em composição ao núcleo da Terra, tem densidade de aproximadamente 8 g/cm3. [John Grotzinger/Ramón Rivera-Moret/Harvard Mineralogical Museum] A crosta continental menos densa flutua sobre o manto mais denso. A crosta continental é menos densa e mais espessa do que a crosta oceânica e, portanto, flutua mais ao alto. Crosta continental (2,8 g/cm3) Moho 20 10 0 (km) 50 40 30 Distância horizontal sem escala Manto (3,4 g/cm3) Crosta oceânica (3,0 g/cm3) FIGURA 1.11 � Como as rochas crustais são menos densas do que as rochas do manto, a crosta da Terra flutua sobre o manto. A crosta con- tinental é mais espessa e tem den- sidade menor do que a crosta oce- ânica, fazendo com que flutue mais ao alto e explicando a diferença de elevação entre os continentes e o assoalho oceânico profundo. Grotzinger_01.indd 11Grotzinger_01.indd 11 05/12/12 08:5605/12/12 08:56 12 PA R A E N T E N D E R A T E R R A flutuam no oceano. A flutuação continental explica a fei- ção mais impactante da topografia da superfície da Terra: por que as elevações mostradas na Figura 1.8 dividem-se em dois grupos principais, 0 a 1 km acima do nível do mar para a maior parte da superfície terrestre e 4 a 5 km abaixo do nível do mar para a maioria do mar profundo. As ondas cisalhantes propagam-se bem pelo manto e pela crosta, então sabemos que ambos são rocha sólida. Como os continentes podem flutuar sobre a rocha sólida? As rochas podem ser sólidas e fortes por um curto espaço de tempo (segundos a anos), embora continuem sendo fracas por um longo período (milhares até milhões de Núcleo interno Núcleo externo Manto Crosta Oxigênio (46%) Cálcio (2,4%) Magnésio (4%) Silício (28%) Alumínio (8%) Ferro (6%) Outros (6%) Oxigênio (44%) Cálcio (2,5%) Magnésio (22,8%) Silício (21%) Alumínio (2,4%) Ferro (6,3%) Ferro (85%) Níquel (5%) Oxigênio (5%) Enxofre (5%) Ferro (94%) Níquel (6%) 0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 2 4 6 8 10 12 14 Profundidade (km) D en si da de (g /c m ) FIGURA 1.12 � Saltos de densidade entre as principais camadas da Terra, mostrados acima em cores diferentes, são basicamente causados por diferenças de composição química. As quantias re- lativas dos principais elementos são exibidas nas barras à direita. anos). O manto abaixo de uma profundidade em torno de 100 km tem pouca força e, durante períodos muito longos, ele flutua à medida que se ajusta para sustentar o peso de continentes e montanhas. O núcleo interno Uma vez que o manto é sólido e a parte externa do núcleo é liquida, o limite núcleo-manto reflete as ondas sísmicas, assim como um espelho reflete ondas de luz. Em 1936, a sismóloga dinamarquesa Inge Lehmann descobriu outro limite esférico nítido a uma profundidade de 5.150 km, indicando uma massa central com densidade maior do que a do núcleo líquido. Estudos conduzidos após sua pesquisa pioneira mostraram que o núcleo interno pode transmitir ondas cisalhantes e compressionais. Portanto, o núcleo interno é uma sólida esfera metálica suspensa no núcleo externo líquido – um “planeta dentro de um planeta”. O raio do núcleo interno é de 1.220 km, cerca de dois terços o tamanho da Lua. Os geólogos estavam intrigados com a existência desse núcleo interno “congelado”. Eles sabiam que as temperaturas dentro da Terra deveriam aumentar em pro- porção à profundidade. Segundo as melhores estimativas atuais, a temperatura da Terra sobe de aproximadamente 3.500°C na fronteira núcleo-manto para quase 5.000°C no centro. Se o núcleo interno é mais quente, como pode ser sólido enquanto o núcleo externo é fundido? O mistério foi finalmente resolvido por experimentos de laboratório com ligas de ferro-níquel, que demonstraram que o “con- gelamento” se devia a altas pressões, em vez de a tempe- raturas menores, no centro da Terra. Grotzinger_01.indd 12Grotzinger_01.indd 12 05/12/12 08:5605/12/12 08:56 18 PA R A E N T E N D E R A T E R R A A origem da Terra e de seus geossistemas globais Usando a evidência de meteoritos, os geólogos consegui- ram demonstrar que a Terra e os outros planetas do siste- ma solar se formaram há cerca de 4,56 bilhões de anos por meio da rápida condensação de uma nuvem de poeira que circulava em torno do jovem Sol. O violento processo, que envolveu a agregação e colisão de conglomerados cada vez maiores de matéria, será descrito com mais detalhe no Capítulo 9. Em apenas 100 milhões de anos (um tempo relativamente curto, em termos geológicos), a Lua havia se formado e o núcleo da Terra havia se separado do manto. É difícil saber o que ocorreu nas centenas de milhões de anos seguintes. Muito pouco do registro geológico foi ca- paz de sobreviver ao intenso bombardeamento dos gran- des meteoritos que atingiam a Terra de modo constante. Esse período dos primórdios da história da Terra é apro- priadamente chamado de idade geológica “das trevas”. As rochas mais antigas encontradas atualmente na superfície terrestre têm cerca de 4,3 bilhões de anos. Ro- chas muito antigas, com idade de 3,8 bilhões de anos, mostram evidências de erosão pela água, indicando a existência da hidrosfera e a operação de um sistema do clima que não era muito distinto do atual. Rochas apenas um pouco mais novas, com 3,5 bilhões de anos, registram um campo magnético tão forte quanto o que vemos hoje, mostrando que o geodínamo já estava em operação na- quela época. Há 2,5 bilhões de anos, reuniu-se suficien- te crosta de baixa densidade na superfície terrestre para formar grandes massas continentais. Os processos geo- lógicos que subsequentemente modificaram esses con- tinentes foram muito similares àqueles que hoje vemos atuando nas placas tectônicas. A evolução da vida A vida também começou muito cedo na história da Terra, segundo podemos afirmar pelo estudo dos fósseis, traços de organismos preservados no registro geológico. Fósseis de bactérias primitivas foram encontrados em rochas da- tadas de 3,5 bilhões de anos. Um evento-chave foi a evo- lução de organismos que liberam oxigênio na atmosfera e nos oceanos. O acúmulo de oxigênio na atmosfera já esta- va ocorrendo há 2,7 bilhões de anos. As concentrações de oxigênio atmosférico provavelmente subiram até os níveis atuais em uma série de etapas ocorridas em um período de tempo de pelo menos 2 bilhões de anos. A vida no início da Terra era simples, consistindo basicamente em pequenos organismos unicelulares que flutuavam próximo à superfície dos oceanos ou viviam no fundo dos mares. Entre 1 e 2 bilhões de anos atrás, formas de vida mais complexas, como as algas e as algas marinhas, evoluíram. Os primeiros animais entraram em cena há cerca de 600 milhões de anos, evoluindo em uma sequência de ondas. Em um breve período iniciado há 542 milhões de anos e, provavelmente, com uma duração me- nor que 10 milhões de anos, oito filos inteiramente novos do reino animal foram estabelecidos, incluindo os ances- trais de quase todos os animais que conhecemos hoje. Foi duranteessa explosão evolutiva, às vezes referida como “Big Bang” (“grande explosão”) da biologia, que animais cujo corpo continha partes duras deixaram pela primeira vez carcaças fósseis no registro geológico. Embora a evolução biológica seja muitas vezes vista como um processo muito lento, ela é pontuada por breves períodos de mudança rápida. Exemplos espetaculares são as extinções em massa, durante as quais muitos tipos de or- ganismos desapareceram subitamente do registro geoló- gico. Cinco dessas imensas reviravoltas estão indicadas na fita do tempo geológico da Figura 1.17. A última, já discu- tida neste capítulo, foi causada pelo impacto de um grande bólido há 65 milhões de anos. O bólido, não muito maior do que 10 km de diâmetro, causou a extinção de metade das espécies da Terra, inclusive todos os dinossauros. As causas das outras extinções ainda estão sen- do debatidas. Além do impacto de bólidos, os cientistas têm proposto outros tipos de eventos extremos, como Grotzinger_01.indd 18Grotzinger_01.indd 18 05/12/12 08:5605/12/12 08:56 C A P Í T U LO 1 � O S I S T E MA T E R R A 19 variações climáticas rápidas ocasionadas por glaciações e enormes erupções de material vulcânico. As evidên- cias são frequentemente ambíguas ou inconsistentes. Por exemplo, o maior evento de extinção de todos os tempos ocorreu há cerca de 251 milhões de anos, varrendo 95% de todas as espécies. O impacto de um bólido tem sido proposto por alguns investigadores, mas o registro geo- lógico mostra que as capas de gelo se expandiram nes- sa época e que houve mudança da composição química da água do mar, o que seria consistente com uma grande crise climática. Simultaneamente, uma enorme erupção vulcânica cobriu uma área na Sibéria com quase a metade do tamanho dos Estados Unidos, com 2 ou 3 milhões de quilômetros cúbicos de lava. Essa extinção em massa foi batizada de “Assassino do Expresso Oriente” 8 , pois exis- tem muitos suspeitos! As extinções em massa reduzem o número de espé- cies competindo por espaço na biosfera. Com a “diluição da multidão”, esses eventos extremos podem promover a evolução de novas espécies. Após o fim dos dinossauros há 65 milhões de anos, os mamíferos tornaram-se a classe dominante de animais. A rápida evolução dos mamíferos em espécies com cérebros maiores e mais destreza levou à emergência de espécies humanoides (hominídeos) cer- ca de 5 milhões de anos atrás e à nossa própria espécie, o Homo sapiens (palavra latina para “homem sábio”), há aproximadamente 200 mil anos. Sendo recém-chegados na biosfera, estamos apenas começando a deixar nossa marca no registro geológico. De fato, nossa breve histó- ria como espécie pode ser avaliada pela percepção de que ela cobre menos do que a largura de uma linha na fita do tempo geológico (ver Figura 1.17). 443 359 251 200 65 1.000 Ma 0 Ma2.000 Ma 542 Ma “Big Bang” evolutivo 420 Ma Animais terrestres mais antigos 125 Ma Plantas florescentes mais antigas 5 Ma Primeiros hominídeos 0,12 Ma Primeiro aparecimento de nossa espécie, Homo sapiens 7 PROTEROZOICO FANEROZOICO FUTURO Extinções em massa Grotzinger_01.indd 19Grotzinger_01.indd 19 05/12/12 08:5605/12/12 08:56 202 PA R A E N T E N D E R A T E R R A Os fósseis como marcadores do tempo geológico Em 1793, William Smith, um agrimensor que trabalhava na construção de canais no sul da Inglaterra, reconheceu que os fósseis poderiam ajudar os geólogos a determinar as idades relativas das rochas sedimentares. Smith era fascinado pela variedade de fósseis, coletando-os nos es- Grotzinger_08.indd 202Grotzinger_08.indd 202 05/12/12 08:5005/12/12 08:50 C A P Í T U LO 8 � R E LÓ G I O S N A S R O C H A S: DATA N D O O R E G I S T R O G E O LÓ G I CO 203 tratos expostos ao longo de cortes no canal. Ele observou que diferentes camadas tinham diferentes tipos de fósseis e foi capaz de posicionar cada camada a partir da outra pelas características dos fósseis que continham. Ele esta- beleceu uma ordem geral para a sequência de fósseis e estratos, desde a camada mais inferior (mais antiga) até a mais superior (mais nova). Independentemente de sua localização, Smith podia predizer a posição estratigráfica de qualquer camada individual, ou conjunto de camadas, de qualquer afloramento do sul da Inglaterra apenas com base na associação de fósseis que continham. Essa ordem estratigráfica de fósseis de espécies animais (fauna) pro- duz uma sequência conhecida como sucessão faunística. O princípio de sucessão faunística de Smith afirma que os estratos sedimentares em um afloramento contêm fósseis em uma sequência definida. A mesma sequência pode ser encontrada em afloramentos em outras locali- zações, de forma que os estratos de um local podem ser correlacionados com os de outro. Usando sucessões faunísticas, Smith conseguiu iden- tificar as formações de idades similares encontradas em diferentes afloramentos. Pela observação da ordem verti- cal em que as formações eram encontradas em cada lugar, compilou uma sucessão estratigráfica composta para toda a região. Sua série composta mostrava como a sucessão completa seria observável se as formações dos diferentes níveis de todos os afloramentos pudessem ser vistas reu- nidas em um único perfil. A Figura 8.5 mostra tal compo- sição para uma série de duas formações. Smith monitorava seu trabalho mapeando aflora- mentos com cores atribuídas a formações específicas, inventando o mapa geológico (ver Figura 7.4). Em 1815, ele resumiu a pesquisa de toda sua vida na publicação do Mapa Geral dos Estratos da Inglaterra e País de Gales, uma obra-prima colorida à mão, com 2,5 metros de altura e quase 2 metros de largura – o primeiro mapa geológico de um país inteiro. O original ainda está pendurado em uma sala da Sociedade Geológica de Londres. Os geólogos que seguiram os passos de Steno e Smith descreveram e catalogaram centenas de fósseis e suas rela- ções com os organismos modernos, estabelecendo a nova ciência da Paleontologia: o estudo da história de antigas for- mas de vida. Os fósseis mais comuns foram as conchas de invertebrados. Alguns eram semelhantes a mariscos, ostras e outras conchas vivas; outros representavam espécies es- tranhas sem exemplos vivos, como os trilobitas mostrados na foto de abertura do capítulo. Menos comuns eram os ossos de vertebrados, como mamíferos, aves e os enormes répteis extintos aos quais chamavam de dinossauros. Fo- ram encontradas plantas fósseis abundantes em algumas rochas, particularmente em camadas de carvão, onde fo- lhas, brotos, ramos e mesmo troncos inteiros de árvores podem ser reconhecidos. Os fósseis não foram encontra- dos em rochas ígneas intrusivas, o que não surpreende, porque qualquer material biológico seria perdido na fusão quente. Também não havia fósseis em rochas metamórficas de alto grau, pois quaisquer remanescentes de organismos encontram-se quase sempre tão transformados e deforma- dos que dificilmente podem ser reconhecidos. No início do século XIX, a Paleontologia havia se tor- nado a mais importante fonte de informação sobre a his- tória geológica. Contudo, o estudo sistemático dos fósseis afetou a ciência muito além da Geologia. Charles Darwin estudou Paleontologia quando era um jovem cientista e Rochas mais novasRochas mais novas Rochas mais antigasRochas mais antigas III Rochas mais novas Rochas mais antigas I II III II I II Afloramento A Afloramento B Sucessão estratigráfica 1 Os fósseis encontrados em algumas camadas rochosas no afloramento A são os mesmos daqueles encontrados em algumas camadas do afloramento B, mais distante. 2 Camadas com os mesmos fósseis são de mesma idade. 3 Uma composição dos dois afloramentos poderia mostrar as formações I e II sobrepondo-se à formação III. FIGURA 8.5 � O princípio de sucessão faunística pode ser usado para correlacionar formações rochosas em diferentes afloramentos. Grotzinger_08.indd203Grotzinger_08.indd 203 05/12/12 08:5005/12/12 08:50 204 PA R A E N T E N D E R A T E R R A coletou muitos fósseis incomuns em sua famosa viagem a bordo do Beagle (1831-1836). Durante sua volta ao mundo, ele também teve oportunidade de observar uma imensa variedade de espécies animais e vegetais nada familiares em seus hábitats naturais. Darwin ponderou sobre o que havia visto até 1859, quando propôs sua teoria da evolu- ção por seleção natural. Sua teoria revolucionou a ciência da biologia e forneceu um seguro arcabouço teórico para a Paleontologia: se os organismos evoluem progressiva- mente com o tempo, então os fósseis em cada camada sedimentar devem representar os organismos que viviam quando essa camada foi depositada. Discordâncias: lacunas no registro geológico Ao compilar a sucessão estratigráfica de uma região, os geólogos frequentemente encontram lugares no registro geológico onde está faltando uma formação. Nenhuma rocha foi depositada ou ela sofreu erosão antes que os próximos estratos fossem depositados. A superfície entre duas camadas que foram depositadas com um intervalo de tempo entre elas – o limite ao longo do qual as duas formações existentes encontram-se – é chamada de dis- cordância (Figura 8.6). A sequência sedimentar é uma série de camadas delimitadas acima e abaixo por discordâncias. Uma discordância, assim como uma sequência sedimen- tar, representa a passagem do tempo. Uma discordância pode implicar que forças tectôni- cas soergueram a rocha acima do nível do mar, onde a erosão removeu algumas camadas rochosas. Alternativa- mente, a discordância pode ter sido produzida pela erosão de uma rocha recém-exposta, enquanto o nível do mar descia. Como veremos no Capítulo 21, o nível do mar pode baixar em centenas de metros durante as idades do gelo, devido à retirada de água dos oceanos para formar os mantos de gelo continental. As discordâncias são classificadas de acordo com as relações entre o pacote superior e o inferior de camadas. Uma discordância em que o conjunto superior de cama- das assenta-se em uma superfície erosiva desenvolvida sobre um pacote de camadas não deformado e ainda disposto na posição horizontal é chamada de desconfor- midade (ver Figura 8.6). Quedas no nível do mar e amplos soerguimentos tectônicos geralmente criam desconfor- midades. Uma discordância em que o pacote superior de camadas recobre rochas metamórficas ou ígneas intrusi- vas é uma não conformidade 1 (veja um exemplo no Jornal da Terra 8.1, páginas 208-209). Uma discordância em que o pacote superior de camadas sobrepõe-se a um inferior cujas camadas foram dobradas por processos tectônicos e, depois, sofreram erosão em uma superfície mais ou me- nos plana é denominada discordância angular. Em uma discordância angular, os planos de acamamento dos dois pacotes de camadas não são paralelos. A Figura 8.7 repre- senta uma impressionante discordância angular encon- trada no Grand Canyon. A Figura 8.8 ilustra os processos pelos quais uma discordância angular pode se formar. A B C D A B C D A B C A B C E Discordância Subsidência Soerguimento TEMPO 3 A erosão remove a camada D e parte da C, deixando uma superfície irregular de morros e vales. TEMPO 2 Posteriormente, as forças tectônicas causam o soergui- mento das camadas acima do nível do mar, expondo-as à erosão. TEMPO 1 Os sedimentos acumulam-se, sob o mar, nas camadas A-D. TEMPO 4 Com a subsidência da região, o nível do mar sobe, permitindo que uma nova camada, E, se deposite sobre a C. A superfície irregular no topo de C é preservada como uma discordância. FIGURA 8.6 � Uma discordância é uma superfície entre duas camadas rochosas que representa uma camada nunca formada ou que sofreu erosão. O tipo de discordância repre- sentado aqui, criado por meio de soerguimento e erosão, seguidos de subsidência e outro ciclo de sedimentação so- bre o topo de uma superfície não deformada, é chamado de desconformidade. Grotzinger_08.indd 204Grotzinger_08.indd 204 05/12/12 08:5005/12/12 08:50 C A P Í T U LO 8 � R E LÓ G I O S N A S R O C H A S: DATA N D O O R E G I S T R O G E O LÓ G I CO 205 Seção através dos estratos do Grand Canyon Discordância angular FIGURA 8.7 � A grande discordância no Grand Canyon, Colo- rado (EUA), é uma discordância angular entre o arenito horizontal Tapeats do Período Cambriano (acima) e as camadas com alto ângulo de mergulho do Grand Canyon, do Período Pré-Cambria- no (abaixo). [GeoScience Features Picture Library] Grotzinger_08.indd 205Grotzinger_08.indd 205 05/12/12 08:5005/12/12 08:50 Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual da Instituição, você encontra a obra na íntegra. DICA DO PROFESSOR A Geologia, a Evolução e a Paleontologia ajudam a estudar e a contar a história da Terra e dos s eres vivos presentes nela. Para saber um pouco mais, assista à dica construída para esta Unidade de Aprendizagem. Aponte a câmera para o código e acesse o link do vídeo ou clique no código para acessar. EXERCÍCIOS 1) Pelo fato de a terra e o universo serem um “sistema” complexo, surgiram, ao longo d os séculos, diferentes tipos de ciências, sendo que cada uma é responsável pelo estudo e análise de um determinado assunto. A ciência que estuda o passado geológico, através da análise de fósseis, tanto de anim ais como de vegetais, é definida como? A) Biologia. B) Geologia. C) Astronomia. D) Arqueologia. E) Paleontologia. Os abalos sísmicos, ou terremotos, consistem em um tremor da superfície terrestre, p roduzido por forças naturais (choque de placas rochosas), as quais estão situadas no i nterior da crosta terrestre e a profundidades variáveis, que variam de 50 a 900 km ab 2) https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/deb4cf9a6b6067aeacedd4064e23b127 aixo do solo. Existem diferentes métodos que visam a realizar o monitoramento de abalos sísmicos. Dentre as alternativas a seguir, qual é uma metodologia considerada adequada para o monitoramento de terremotos? A) Uso do Google Earth. B) Uso de GPS de alta resolução. C) Teodolito eletrônico. D) Piezómetro. E) Estações totais para levantamentos topográficos. 3) O naturalista Charles Darwin viajou pelo mundo a bordo do Beagle durante cinco an os. No ano posterior à viagem, Darwin trabalhou com sua coleção coletada durante a viagem e, em uma década de estudos, o naturalista desenvolveu os princípios de uma teoria que explicasse as mudanças evolutivas nas espécies. Marque a alternativa que c orresponde à teoria de evolução defendida por Darwin: A) As espécies são imutáveis. B) Sua teoria tem como base a seleção natural. C) Indivíduos adaptados e não adaptados têm a mesma chance de sobrevivência e reprodução. D) Segundo a teoria de Darwin, a espécie possui uma tendência intrínseca de ascender a uma f orma superior. E) A seleção natural é um processo aleatório. 4) Em 1793, Wiliam Smith reconheceu que os fósseis poderiam ajudar os geólogos a dete rminar a idade relativa das rochas sedimentares. Ele observou que diferentes camada s tinham diferentes tipos de fósseis e estabeleceu uma ordem para a sequência de fóssi l e camada: "sucessão faunística". Sobre sucessão faunística, podemos afirmar: Em um afloramento sedimentar, a sequência de fósseis vai depender da localização do aflo A) ramento. B) Smith monitorava seu trabalho através de testes químicos nas rochas. C) Usando sucessões faunísticas, Smith conseguiu identificar as formações de idades similare s. D) Os geólogos que seguiram os passos de Steno e Smith, estabelecendo a nova ciência da est ratigrafia. E) Os fósseis mais comuns foram os ossos de vertebrados como mamíferos, aves e dinossauro s. 5) Os fósseis são vestígios preservados da existência de organismos que viveram no pass ado, apresentando uma grande importância, pois sustentam a ideia deque a evolução aconteceu e ainda acontece nos dias atuais. Em relação aos fósseis, marque a alternati va CORRETA: A) Os fosseis evidenciam que, há milhares de anos, as espécies existentes eram todas semelha ntes às espécies atuais. B) Por meio dos fósseis é possível ter uma ideia da evolução das espécies, pois esses não apre sentam falhas no registro fóssil, ou seja, basta olhar um fóssil para saber exatamente de qu al era esse ser vivo pertencia. C) Para descobrir a idade de um fóssil, muitos pesquisadores utilizam o método de datação co m carbono 14. D) Os fósseis fornecem informações apenas relacionadas ao meio biótico, porém, não é possív el obter informações quanto ao meio abiótico. E) Todos os seres que morrem acabam se tornando fósseis. NA PRÁTICA Erupções vulcânicas e terremotos são eventos geológicos que causam um grande impacto econô mico e social. Veja como esses fenômenos estão sendo monitorados por especialistas. Nenhum método prevê com grande antecedência os tremores, no entanto, os geólogos monitora m, principalmente, as áreas de limite de placas mais propensas a terremotos. SAIBA + Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professo r: Para entender a Terra Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! Globo Repórter - Floresta petrificada guarda relíquias de tempo anterior aos dinossauros Aponte a câmera para o código e acesse o link do vídeo ou clique no código para acessar. Evolução, Charles Darwin e Seleção Natural Aula Grátis de Biologia - Teoria da Evolução e Darwinismo https://www.youtube.com/embed/5vhj5KkiV7E?rel=0 Aponte a câmera para o código e acesse o link do vídeo ou clique no código para acessar. Big Bang: A origem do Universo Aponte a câmera para o código e acesse o link do vídeo ou clique no código para acessar. Programa de Levantamento geológico básico do Brasil Aponte a câmera para o código e acesse o link do vídeo ou clique no código para acessar. https://www.youtube.com/embed/kTjewD4LRiU?rel=0 https://www.youtube.com/embed/VWTN82n30d4 http://www.cprm.gov.br/publique/Geologia/Geologia-Basica/Programa-Levantamentos-Geologicos-Basicos-do-Brasil---PLGB-173.html
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