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Unidade 04 - Rochas Ígneas


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Rochas Ígneas
APRESENTAÇÃO
As rochas fundem-se nas partes profundas da crosta e do manto, ascendendo até a superfície. Al
guns desses magmas solidificam antes de alcançar a superfície, enquanto outros atravessam cam
adas chegando a superfície para então solidificarem. Ambos os processos formam as rochas ígne
as.
Nesta Unidade de Aprendizagem estudaremos a ampla variedade existente de rochas ígneas, be
m como os processos que as formam. Além disso, conheceremos as forças que causam a fusão n
as rochas e formam os magmas até a sua solidificação. 
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Identificar as principais características das rochas ígneas.•
Explicar a relação entre as rochas ígneas e a tectônica de placas.•
Reconhecer as formas das intrusões magmáticas.•
INFOGRÁFICO
Veja agora o processo de formação das principais rochas ígneas que veremos a seguir:
CONTEÚDO DO LIVRO
As rochas ígneas são formadas em centros de expansão, com o afastamento simultâneo das 
placas, em limites convergentes em que uma placa mergulha sobre a outra, e em "hot spot
s" em que o magma ascende até crosta.
Vamos acompanhar um trecho do livro Para Entender a Terra de John Grotzinger e Ton Jordan, 
que explica sobre a textura, a composição química e as principais características que definem u
ma rocha ígnea . Inicie a leitura a partir do título Em que uma rocha ígnea difere de outras?
CYAN
VS Gráfica VS Gráfica
MAG
VS Gráfica
YEL
VS Gráfica
BLACK
GEOCIÊNCIAS
www.grupoa.com.br
JOHN GROTZINGER
TOM JORDAN
TERRA
P A R A E N T E N D E R A
SEXTA EDIÇÃO
GROTZINGER
& JORDAN
SEXTA 
EDIÇÃO
PA
RA
 EN
TEN
D
ER A
 TERRA
Desde que Frank Press e Raymond Siever lançaram a 
primeira edição de Para Entender a Terra (1965), este manual 
vem sendo paulatinamente atualizado e hoje se tornou um 
dos mais importantes livros-texto de universidades de vários 
países. Sucessores dos grandes mestres que iniciaram esta 
obra, Tom Jordan e John Grotzinger, dois cientistas de gran-
de envergadura na atualidade, terminam, nesta sexta edição, 
o ciclo de uma grande reestruturação em relação à primeira 
edição.
A introdução de desenhos e esquemas inovadores, a mo-
derna concepção sobre tectônica de placas, a concepção da 
Terra como um sistema interativo e a análise de como a di-
nâmica planetária tem infl uenciado a evolução da vida evi-
denciam a profunda modernização deste livro-texto. O leitor 
é estimulado a fazer e pensar como os geólogos, enten-
dendo como eles adquiriram o conhecimento que possuem, 
como esse conhecimento impacta a vida dos cidadãos e o que 
se pode fazer para melhorar o ambiente da Terra. 
Leitura indicada para os cursos de bacharelado e licen-
ciatura em Geologia, Geografi a, Ciências da Terra, Cli-
matologia, Meteorologia, Ciências do Solo, Agronomia, 
Engenharias, Biologia, Ecologia, Ciências Ambientais 
e afi ns. A obra destina-se também a técnicos e profi ssionais 
que necessitem complementar e atualizar seus conhecimen-
tos gerais fora da área de especialização e ao público em geral 
que se interessa pelos fenômenos da Terra e da natureza.
TERRA
P A R A E N T E N D E R A
SEXTA EDIÇÃO
G ROTZ I NG E R & JOR DAN
42685 Para Entender a Terra.indd 142685 Para Entender a Terra.indd 1 31/01/2013 10:05:0731/01/2013 10:05:07
Catalogação na publicação: Natascha Helena Franz Hoppen CRB10/2150
G881e Grotzinger, John. 
 Para entender a terra [recurso eletrônico] / John 
 Grotzinger, Tom Jordan ; tradução: Iuri Duquia Abreu ; 
 revisão técnica: Rualdo Menegat. – 6. ed. – Dados 
 eletrônicos. – Porto Alegre : Bookman, 2013.
 Editado também como livro impresso em 2013.
 Tradução da 4. ed. de Rualdo Menegat, Paulo César 
 Dávila Fernandes, Luís Aberto Dávila Fernandes, Carla 
 Cristine Porcher.
 ISBN 978-85-65837-82-8
 1. Geociências. 2. Geologia. I. Jordan, Tom. II. Título.
CDU 55
Tradutores da 4ª edição
Rualdo Menegat
Professor do Instituto de Geociências/UFRGS
Paulo César Dávila Fernandes
Professor da Universidade do Estado da Bahia
Luís Aberto Dávila Fernandes
Professor do Instituto de Geociências/UFRGS
Carla Cristine Porcher
Professora do Instituto de Geociências/UFRGS
94 PA R A E N T E N D E R A T E R R A
Em que uma rocha ígnea 
difere de outras?
Atualmente, as rochas ígneas são classificadas do mesmo 
modo que alguns geólogos do século XIX faziam: pela 
textura e pela composição mineralógica e química.
Textura
Há 200 anos, a primeira divisão das rochas ígneas foi feita 
com base na textura, um aspecto que reflete, em grande 
medida, as diferenças de tamanho dos cristais. Os geólo-
gos classificavam as rochas como cristalina grossa ou fina 
(ver Capítulo 3). O tamanho dos cristais é uma caracterís-
tica simples, que o geólogo pode facilmente distinguir no 
campo. Uma rocha de granulação grossa, como o granito, 
tem cristais individuais que são facilmente visualizados a 
olho nu. Em contraposição, os cristais de rochas de granu-
lação fina, como o basalto, são pequenos demais para se-
rem vistos a olho nu ou mesmo com a ajuda de uma lente 
de aumento. A Figura 4.1 apresenta amostras de granito e 
de basalto acompanhadas de lâminas delgadas e transpa-
rentes de cada uma dessas rochas. As fotomicrografias, isto 
é, fotografias tiradas com o uso de um microscópio, forne-
cem uma imagem ampliada dos minerais e de suas textu-
ras. As diferenças texturais eram óbvias para os geólogos 
do passado, mas foram necessárias muitas investigações 
adicionais para que se conseguisse entender o significado 
dessas diferenças.
A PRIMEIRA PISTA: AS ROCHAS VULCÂNICAS Os primeiros 
geólogos observaram as rochas vulcânicas que se forma-
vam a partir da lava, durante as erupções vulcânicas (lava 
é o termo que aplicamos ao magma que flui na super-
fície). Os geólogos notaram que, quando a lava resfriava 
rapidamente, formava ou uma rocha cristalina fina, ou 
uma rocha vítrea na qual nenhum cristal podia ser re-
conhecido. Mas, nos locais onde a lava resfriava-se mais 
lentamente, como no meio de um espesso derrame com 
muitos metros de espessura, estavam presentes cristais 
um pouco maiores.
A SEGUNDA PISTA: ESTUDOS DE CRISTALIZAÇÃO EM LABO-
RATÓRIO Há pouco mais de 100 anos, os cientistas expe-
rimentais começaram a entender a natureza da cristaliza-
ção. Qualquer pessoa que já tenha congelado água para 
obter cubos de gelo sabe que ela se solidifica em poucas 
horas, à medida que sua temperatura cai abaixo do ponto 
FIGURA 4.1 � As rochas íg-
neas foram inicialmente clas-
sificadas a partir de sua tex-
tura. Os primeiros geólogos 
avaliavam a textura com uma 
pequena lente de aumento. 
Os geólogos modernos têm 
acesso a potentes microscó-
pios de luz polarizada, que 
produzem fotomicrografias 
de lâminas delgadas e trans-
parentes de rochas, como as 
que estão mostradas ao lado. 
[Fotos de John Grotzinger/Ramón 
Rivera-Moret/Harvard Mineralogi-
cal Museum; fotomicrografias de 
Steven Chemtob]
Neste capítulo, estudaremos a ampla variedade existente de rochas ígneas 
intrusivas e extrusivas, bem como os processos que as formam. Vamos explorar as 
forças que causam fusão nas rochas e formam magmas e o modo pelo qual esses 
magmas atingem locais na superfície terrestre e abaixo dela, onde se solidificam. 
A seguir, analisaremos em maior detalhe os processos ígneos associados a con-
textos específicos da tectônica de placas.
1cm
1mm
Granito Basalto
Visto em uma
lente de
aumento
Visto em um
microscópio
de luz
polarizada
Grotzinger_04.indd 94Grotzinger_04.indd 94 05/12/12 08:5305/12/12 08:53
C A P Í T U LO 4 � R O C H A S Í G N E A S: S Ó L I D O S Q U E S E F O R MA R A M D E L Í Q U I D O S 95
de congelamento. Se você alguma vez tentou retirar os 
cubos antes de a água solidificar-se completamente, com 
certeza deve ter visto finos cristais de gelo formados na 
superfície da mesma e junto às paredes da forma de con-
gelamento. Durante a cristalização, as moléculas de água 
adquiremposições fixas na estrutura cristalina que está se 
formando e não podem mais mover-se livremente, como 
faziam na água líquida. Todos os outros líquidos, inclusive 
os magmas, cristalizam-se dessa forma.
Os primeiros cristais minúsculos formam um padrão. 
Outros átomos ou íons no líquido cristalizante aderem uns 
aos outros de forma que os cristais pequenos ficam maio-
res. Passado algum tempo, os átomos ou íons “encontram” 
seus locais corretos em um cristal em crescimento, o que 
significa que os cristais aumentam de tamanho apenas 
se tiverem tempo para crescer lentamente. Se um líquido 
solidificar-se muito rapidamente, assim como ocorre com 
um magma quando extravasa na superfície fria da Terra, 
os cristais não têm tempo para crescer. Ao contrário, uma 
grande quantidade de cristais minúsculos forma-se simul-
taneamente à medida que o líquido resfria e se solidifica.
A TERCEIRA PISTA: O GRANITO COMO EVIDÊNCIA DE RES-
FRIAMENTO LENTO O estudo dos vulcões permitiu que 
os geólogos fizessem a ligação entre as texturas cristali-
nas finas e o rápido resfriamento na superfície terrestre. 
Além disso, possibilitou que pudessem entender as rochas 
ígneas cristalinas de textura fina como evidências de anti-
ga atividade vulcânica. Mas, na ausência de observações 
diretas, como poderiam os geólogos deduzir que as rochas 
de granulação grossa formam-se por meio de resfriamento 
lento em profundidade? O granito – uma das rochas mais 
comuns dos continentes – acabou sendo a pista crucial (Fi-
gura 4.2). James Hutton, um dos fundadores da Geologia, 
viu granitos que cortavam e rompiam as camadas de ro-
chas sedimentares, quando fazia trabalhos de campo na 
Escócia. Ele notou que o granito havia de alguma forma 
fraturado e invadido as rochas sedimentares, embora te-
nha entrado à força nas fraturas, como um líquido.
À medida que Hutton examinava mais e mais gra-
nitos, começou a prestar atenção nas rochas sedimenta-
res situadas nos bordos deles. Observou, então, que os 
minerais dessas rochas sedimentares em contato com o 
granito eram diferentes daqueles que se encontravam nas 
mesmas rochas a certa distância da intrusão. Chegou à 
conclusão de que as mudanças nas rochas sedimentares 
teriam de ser resultantes de forte aquecimento e que o 
calor teria de ser proveniente do granito. Hutton também 
notou que o granito era composto de cristais encaixados 
entre si (ver Figura 4.1). Nessa época, os químicos já ti-
nham estabelecido que um processo lento de cristalização 
produziria esse tipo de padrão.
Hutton avaliou essas três linhas de evidência e propôs 
que o granito deveria ter sido formado a partir de um ma-
terial fundido quente, que se solidificava nas profundezas 
da Terra. As evidências eram conclusivas, pois nenhuma 
outra explicação poderia acomodar tão bem todos os fa-
tos. Outros geólogos, ao verem as mesmas características 
dos granitos em locais de várias partes do mundo muito 
distantes entre si, vieram a reconhecer que o granito e ou-
FIGURA 4.2 � Intrusão granítica (rocha de cor mais clara) cortando uma rocha sedimentar me-
tamorfizada sugeriu a geólogos que a rocha intrusiva fora forçada nas fraturas como um líquido. 
[Tom Bean/DRK PHOTO]
Intrusão granítica Rocha sedimentar
metamorfizada
Grotzinger_04.indd 95Grotzinger_04.indd 95 05/12/12 08:5305/12/12 08:53
96 PA R A E N T E N D E R A T E R R A
tras rochas cristalinas grossas eram os produtos de mag-
mas que se cristalizaram lentamente no interior da Terra.
TEXTURAS INTRUSIVAS E EXTRUSIVAS O significado com-
pleto das distintas texturas das rochas ígneas está claro 
agora. Como vimos, a textura está ligada ao tempo de res-
friamento e, portanto, também ao local onde ele aconte-
ce. Uma rocha ígnea intrusiva é aquela que forçou seu 
caminho nas rochas vizinhas, as quais são denominadas 
de rochas encaixantes,
2
 e solidificou-se sem atingir a 
superfície terrestre. O resfriamento lento dos magmas no 
interior da Terra proporciona o tempo adequado para o 
crescimento dos grandes cristais encaixados entre si que 
caracterizam as rochas ígneas intrusivas (Figura 4.3).
O resfriamento rápido na superfície terrestre produz 
as rochas ígneas extrusivas (ver Figura 4.3), que mos-
tram texturas de granulação fina ou têm aparência vítrea. 
Essas rochas, que contêm proporções variáveis de vidro 
vulcânico, formam-se quando a lava ou outro material 
vulcânico é ejetado dos vulcões. Por essa razão, são tam-
bém conhecidas como rochas vulcânicas. Elas podem per-
tencer a duas categorias principais, dependendo do tipo 
de material extravasado que as formam:
 � Lavas: A aparência das rochas vulcânicas formadas 
a partir de lavas é variada. Pode-se encontrar desde 
lavas com superfície lisa ou cordada até lavas com 
arestas afiladas, como também pontiagudas ou com 
bordas irregulares, dependendo das condições em 
que se formaram.
 � Rochas piroclásticas: Em erupções mais violentas, 
formam-se piroclastos quando fragmentos de lava 
são lançados ao ar. Os piroclastos mais finos são a 
cinza vulcânica, fragmentos diminutos, geralmen-
te de vidro, que se formam quando os gases que 
escapam de um vulcão forçam a irrupção de um 
borrifo de magma. Bombas são partículas maiores 
arremessadas do vulcão e transportadas pelo ar à 
medida que se movem violenta e rapidamente atra-
vés dele. Conforme caem ao solo e resfriam, esses 
fragmentos de detritos vulcânicos podem se aderir 
para formar rochas.
Um tipo de rocha piroclástica é a pedra-pomes,
3
 que 
consiste em uma massa porosa de vidro vulcânico com 
um grande número de vesículas. Estas são buracos vazios 
que se formam depois que os gases aprisionados esca-
pam do magma em processo de solidificação. Outra rocha 
vulcânica completamente vítrea é a obsidiana, que, dife-
rentemente da pedra-pomes, contém apenas minúsculas 
vesículas e é, portanto, sólida e densa. A obsidiana lascada 
e fragmentada produz bordas muito afiladas, tendo sido 
utilizada pelos índios norte-americanos e muitos outros 
grupos de caçadores para fazer pontas de flecha e diver-
sos instrumentos cortantes.
Um pórfiro
4
 é uma rocha ígnea com uma textura 
mista, na qual grandes cristais “flutuam” em uma matriz 
de textura predominantemente fina (ver Figura 4.3). Os 
grandes cristais, chamados de fenocristais, formaram-se 
Cinza vulcânica Pedra-pomesBombas
As rochas ígneas intrusivas
resfriam-se lentamente no
interior da Terra, permitindo
a formação de cristais grossos.
Os cristais porfiríticos começam a
crescer, abaixo da superfície terrestre,
como nas rochas intrusivas. Alguns
cristais crescem até um tamanho grande,
mas o líquido remanescente esfria-se
mais rápido, formando cristais menores,
seja porque ele extravasa na superfície,
seja porque é intrudido próximo à
superfície da Terra.
As rochas ígneas extrusivas
resfriam-se rapidamente
na superfície terrestre e têm
granulação fina.
Os piroclastos extrusivos
formam-se em erupções
violentas, a partir da lava
lançada no ar.
Piroclastos
GranitoGabro
RiólitoBasalto
Máfica Félsica
Pórfiro
Pórfiro
Fenocristais
Rochas extrusivas
Rochas intrusivas
FIGURA 4.3 � Os tipos de rochas ígneas podem 
ser identificados pela textura. [John Grotzinger/Ramón 
Rivera-Moret/ Harvard Mineralogical Museum]
Grotzinger_04.indd 96Grotzinger_04.indd 96 05/12/12 08:5305/12/12 08:53
C A P Í T U LO 4 � R O C H A S Í G N E A S: S Ó L I D O S Q U E S E F O R MA R A M D E L Í Q U I D O S 97
quando o magma ainda estava sob a superfície terrestre. 
Então, antes que outros cristais pudessem crescer, uma 
erupção vulcânica levou o magma para a superfície, onde 
ele rapidamente se resfriou como uma massa cristalina 
fina. Em alguns casos, os pórfiros desenvolvem-se como 
rochas ígneas intrusivas, por exemplo, em locais pouco 
profundos da crosta, onde os magmas são colocados e 
resfriados rapidamente. As texturas porfiríticas são mui-
to importantes para os geólogos, pois indicam que dife-
rentes minerais cresceram em diferentes velocidades, umtema que será discutido posteriormente, neste capítulo, 
com mais detalhe.
No Capítulo 12, examinaremos mais minuciosamente 
como os processos vulcânicos formam rochas ígneas ex-
trusivas. Por enquanto, vamos direcionar nossa atenção à 
segunda maneira de classificar as rochas ígneas.
Composição química e mineralógica
Vimos anteriormente que as rochas ígneas podem ser 
subdivididas de acordo com sua textura. Contudo, elas 
também podem ser subdivididas com base na sua com-
posição química e mineralógica. O vidro vulcânico, que 
não tem forma mesmo quando observado ao micros-
cópio, é frequentemente classificado de acordo com as 
análises químicas. Uma das mais antigas classificações 
de rochas ígneas baseia-se em uma simples análise quí-
mica do seu teor de sílica. A sílica (SiO2) é abundante na 
maioria das rochas ígneas e representa 40 a 70% do seu 
peso total.
As classificações modernas agrupam as rochas ígneas 
de acordo com suas proporções relativas de minerais sili-
cosos (Quadro 4.1; ver também Apêndice 4).
Esses minerais – quartzo, feldspatos, micas dos tipos 
muscovita
5
 e biotita, os grupos dos anfibólios e dos piroxê-
nios e a olivina – formam uma série sistemática. Enquanto 
os minerais félsicos são ricos em sílica, os máficos são pobres. 
Os adjetivos félsico (a partir de feldspato e sílica) e máfico (a 
partir de magnésio e férrico, do latim ferrum) são aplicados 
para minerais e para as rochas que têm alto teor desses mi-
nerais. Os minerais máficos cristalizam-se em temperatu-
ras mais altas – isto é, logo nos primeiros estágios de res-
friamento de um magma – que os minerais félsicos.
Quando o conhecimento da composição mineralógica 
e química das rochas ígneas foi ampliado, tornou-se claro, 
para os geólogos, que algumas rochas intrusivas e extrusi-
vas tinham composição idêntica, diferindo apenas no as-
pecto textural. O basalto, por exemplo, é uma rocha extru-
siva formada a partir de lava. O gabro tem exatamente a 
mesma composição mineral do basalto, porém se forma nas 
grandes profundidades da crosta (ver Figura 4.3). Da mes-
ma forma, o riólito e o granito são idênticos em composição, 
diferindo apenas na textura. Assim, as rochas extrusivas e 
intrusivas formam dois conjuntos paralelos, no que diz res-
peito à composição química e mineralógica. Inversamente, 
grande parte das composições químicas e mineralógicas na 
série félsica-máfica descrita anteriormente pode aparecer 
tanto em rochas extrusivas quanto intrusivas. As únicas ex-
ceções são as rochas com alto teor de minerais máficos, que 
somente ocorreram como rochas ígneas extrusivas.
QUADRO 4.1 Os minerais mais comuns das rochas ígneas
 Grupo composicional Mineral Composição química Estrutura do silicato
FÉLSICO
Quartzo SiO2 Cadeias tridimensionais
6
Feldspato potássico KAlSi3O8
Plagioclásio7 NaAlSi3O8; CaAl2Si2O8
Muscovita (mica) KAl3Si3O10(OH)2 Folhas
8
MÁFICO
Biotita (mica)
K
Mg
Fe
Al
Si3O10(OH)2
Grupo dos anfibólios Mg
Fe
Ca
Na
Si8O22(OH)2 Cadeias duplas
9
Grupo dos piroxênios Mg
Fe
Ca
Al
SiO3 Cadeias simples
10
Olivina (Mg,Fe)2SiO4 Tetraedros isolados
11
Grotzinger_04.indd 97Grotzinger_04.indd 97 05/12/12 08:5305/12/12 08:53
98 PA R A E N T E N D E R A T E R R A
A Figura 4.4 é um modelo que retrata essas relações. 
Note que, no eixo horizontal, os teores de sílica são plo-
tados como percentagem de uma determinada massa 
de rocha. As percentagens representadas variam de 70% 
(correspondendo a um alto teor de sílica) a 40% (corres-
pondendo a um baixo teor de sílica) e cobrem toda a va-
riedade composicional das rochas ígneas. O eixo vertical 
mostra uma escala que mede a quantidade de um mineral 
de uma determinada rocha, sob forma de percentagem do 
volume. Esse modelo pode ser usado para classificar uma 
amostra de rocha desconhecida com um teor conhecido 
de sílica: procurando o teor de sílica no eixo horizontal, 
pode-se determinar sua composição mineralógica e, a 
partir disso, o tipo de rocha.
Podemos utilizar a Figura 4.4 como auxílio à análise 
de rochas ígneas intrusivas e extrusivas. Começaremos 
pelas rochas félsicas, situadas na extremidade esquerda 
do modelo.
ROCHAS FÉLSICAS As rochas félsicas são pobres em ferro 
e magnésio e ricas em minerais que têm altos teores de 
sílica. Tais minerais incluem o quartzo e os feldspatos or-
toclásio e plagioclásio. Os ortoclásios, que contêm potás-
sio, são mais abundantes do que os plagioclásios, os quais 
contêm quantidades variadas de cálcio e sódio; como in-
dica a Figura 4.4, eles são mais ricos em sódio próximo 
à extremidade félsica e mais ricos em cálcio próximo ao 
extremo máfico do diagrama. Assim, da mesma forma que 
os minerais máficos cristalizam-se em temperaturas mais 
altas que a dos félsicos, os plagioclásios ricos em cálcio 
cristalizam-se em temperaturas mais altas que a dos pla-
gioclásios mais sódicos.
Os minerais e as rochas félsicas tendem a ser de cor 
mais clara. O granito, uma das rochas ígneas intrusivas 
mais abundantes, contém cerca de 70% de sílica. Sua 
composição inclui quartzo e ortoclásio em abundância 
e quantidades mais baixas de plagioclásio (ver parte es-
querda da Figura 4.4). Esses minerais félsicos de colora-
ção clara conferem ao granito uma cor rosada ou cinza. O 
granito também contém pequenas quantidades de micas 
(biotita e muscovita) e de anfibólio.
O riólito é o equivalente extrusivo do granito. Essa 
rocha, de cor castanha-clara a cinza, tem a mesma com-
posição félsica e a coloração clara do granito, porém sua 
granulação é muito mais fina. Muitos riólitos são compos-
tos inteiramente, ou em grande parte, de vidro vulcânico.
ROCHAS ÍGNEAS INTERMEDIÁRIAS A meio caminho en-
tre os extremos félsico e máfico da série estão as rochas 
ígneas intermediárias. Como seu nome indica, essas 
rochas não são nem tão ricas em sílica quanto as rochas 
félsicas nem tão pobres deste elemento quanto as rochas 
100
80
60
40
20
0
Pe
rc
en
ta
ge
m
 d
o 
m
in
er
al
(p
or
 v
ol
um
e 
de
 ro
ch
a)
Félsica = Feldspato-Sílica Máfica = Magnésio-Férrica
Plagioclásio
feldspato
ULTRAMÁFICAFÉLSICAComposição
Tipos de
rocha
Intrusivas
Extrusivas
INTERMEDIÁRIA MÁFICA
PeridotitoGranito Granodiorito Diorito Gabro
Ortoclásio
feldspato
Quartzo
Piroxênio
Olivina
AmphiboleAmphiboleAnfibólio
Teor de sílica
Outras tendências
70%
700°C 1.200°C
40%
Teor de sódio e de potássio
Viscosidade
Densidade
Temperatura em que inicia a fusão
Teor de ferro, de magnésio e de cálcio
Mica b
iotitaMusc
ovita
 
 
 
 
 
 (R
ico
 em
 só
dio
) 
 
 
 
 (R
ico
 e
m
 cá
lci
o)
 
Riólito Dacito Andesito Basalto
FIGURA 4.4 � A classificação 
modal das rochas ígneas.12 O eixo 
vertical expressa a composição 
mineralógica de uma determi-
nada rocha sob forma de per-
centagem de seu volume. O eixo 
horizontal é uma escala de teor 
de sílica por peso de rocha. As-
sim, se você soubesse, por meio 
de uma análise química, que uma 
amostra de rocha de granulação 
grossa tem 70% de sílica, poderia 
determinar que sua composição 
teria cerca de 6% de anfibólio, 3% 
de biotita, 5% de muscovita, 14% 
de plagioclásio, 22% de quartzo e 
50% de ortoclásio, e a rocha se-
ria classificada como um granito. 
Embora o riólito tenha a mesma 
composição mineralógica, seria 
excluído devido a sua textura fina.
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C A P Í T U LO 4 � R O C H A S Í G N E A S: S Ó L I D O S Q U E S E F O R MA R A M D E L Í Q U I D O S 99
máficas. As rochas intermediárias encontram-se à direita 
do granito na Figura 4.4. A primeira é o granodiorito
13
, 
uma rocha félsica de cor clara que tem uma aparência algo 
semelhante ao granito. Ele é também similar ao granito 
por ter quartzo abundante, mas nele o feldspato predo-
minante é o plagioclásio, e não o ortoclásio. À direita do 
granodiorito está o diorito, que contém ainda menos síli-
ca e é dominado por plagioclásio, com pouco ou nenhum 
quartzo. Osdioritos contêm uma quantidade moderada 
dos minerais máficos biotita, anfibólio e piroxênio e ten-
dem a ser mais escuros que os granitos e granodioritos.
O equivalente extrusivo do granodiorito é o dacito. À 
sua direita, na série das rochas extrusivas, está o andesi-
to, que é o equivalente vulcânico do diorito. O nome do 
andesito é derivado de Andes, a cordilheira de montanhas 
vulcânicas da América do Sul.
ROCHAS MÁFICAS As rochas máficas são ricas em piroxê-
nios e olivinas. Esses minerais são relativamente pobres em 
sílica, mas ricos em magnésio e ferro, elementos que lhes 
conferem suas cores escuras características. O gabro, que 
tem muito menos sílica que as rochas intermediárias, é uma 
rocha ígnea de cor cinza-escura com granulação grossa e 
tem minerais máficos, especialmente piroxênio, em abun-
dância. Essa rocha não contém quartzo e apresenta quanti-
dade apenas moderada de plagioclásio rico em cálcio.
O basalto é a rocha ígnea mais abundante da crosta e 
está virtualmente presente sob todo o fundo marinho. Essa 
rocha tem cor cinza-escura a preta, sendo o equivalente 
extrusivo do gabro, mas com granulação fina. Em alguns 
locais, extensos e espessos derrames de basalto constituem 
grandes planaltos. O Planalto Colúmbia, no Estado de Wa-
shington (EUA), e a notável formação conhecida como o 
Elevado do Gigante (Giant’s Causeway), no norte da Irlan-
da, são exemplos. Os basaltos do Deccan, na Índia, e os 
da Sibéria, no norte da Rússia, representam enormes der-
rames que parecem coincidir perfeitamente com dois dos 
maiores períodos de extinção em massa do registro fóssil.
ROCHAS ULTRAMÁFICAS As rochas ultramáficas consis-
tem fundamentalmente em minerais máficos e contêm 
menos de 10% de feldspato. Na extremidade direita da 
Figura 4.4 está o peridotito, que tem um teor de sílica 
de apenas cerca de 45%, granulação grossa e cor cinza-
-esverdeada escura. Essa rocha é composta principalmen-
te de olivina com pequenas quantidades de piroxênio. Os 
peridotitos são a rocha dominante do manto da Terra e 
constituem a fonte das rochas basálticas que se formam 
nas dorsais mesoceânicas. As rochas ultramáficas rara-
mente são extrusivas. Como se formam em altas tempe-
raturas, raramente constituem líquidos e, portanto, não 
formam lavas típicas.
TENDÊNCIAS NA SÉRIE FÉLSICA-MÁFICA Os nomes e as 
composições exatas das várias rochas da série félsica-má-
fica são menos importantes que as mudanças sistemáticas 
mostradas na Figura 4.4. Há uma forte correlação entre a 
mineralogia e as temperaturas de cristalização ou de fu-
são. Como indicado no Quadro 4.2, os minerais máficos 
fundem-se em temperaturas mais altas que os félsicos. 
Com temperaturas abaixo do ponto de fusão, os mine-
rais cristalizam-se; portanto, os minerais máficos também 
cristalizam-se em temperaturas mais altas que os félsicos. 
Podemos ver no quadro que o conteúdo de sílica também 
aumenta à medida que nos deslocamos do grupo máfico 
para o félsico. O aumento do teor de sílica resulta na for-
mação de estruturas de silicatos cada vez mais complexas 
(ver Quadro 4.1), o que interfere na capacidade que uma 
rocha fundida tem de fluir. Assim, a viscosidade, que é 
a medida da resistência que um líquido tem de fluir, au-
menta à medida que o teor de sílica torna-se mais alto. A 
viscosidade é um fator importante no comportamento de 
lavas, conforme veremos no Capítulo 12. O aumento do 
teor de sílica também resulta em diminuição da densida-
de, como vimos no Capítulo 1.
Está claro que o conhecimento dos minerais de uma 
rocha pode fornecer informações importantes sobre as 
condições de formação e cristalização do magma parental 
que a originou. Entretanto, para interpretar essas infor-
mações corretamente, temos de saber mais sobre os pro-
cessos ígneos, o que faremos no próximo tópico.
Como se formam os magmas?
Sabemos, a partir do modo como a Terra transmite as ondas 
de terremotos, que a maior parte do planeta é sólida por mi-
lhares de quilômetros, até o limite núcleo-manto (ver Capí-
tulo 1). As evidências fornecidas pelas erupções vulcânicas, 
entretanto, indicam-nos que deve haver também regiões 
líquidas, onde se originam os magmas. Como poderemos 
resolver essa aparente contradição? A resposta está nos pro-
cessos que fundem as rochas e criam os magmas.
Como as rochas se fundem?
Embora ainda não entendamos exatamente os mecanis-
mos de fusão e de solidificação, os geólogos têm aprendi-
do muito com experimentos de laboratório que utilizam 
fornalhas de alta temperatura (Figura 4.5). A partir dessas 
QUADRO 4.2 Fatores que afetam as 
temperaturas de fusão
Temperaturas de
fusão mais altas
Temperaturas de
fusão mais baixas
 Aumento da pressão
Aumento da quantidade de água
 Composição da rocha
 Mais máfica Mais félsica
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Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para 
esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual 
da Instituição, você encontra a obra na íntegra.
DICA DO PROFESSOR
O vídeo apresenta os corpos intrusivos e extrusivos, bem como as suas gêneses de formaçã
o.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do vídeo ou clique no código para acessar.
EXERCÍCIOS
1) A textura é o método mais antigo utilizado para classificar as rochas ígneas. Com bas
e nas diferenças entre os tamanhos dos cristais, os geólogos classificavam as rochas íg
neas como cristalinas grossas e cristalinas finas. Com base nessas informações é corre
to afirmar que: 
A) 
As rochas ígneas de granulação grossa são pequenas demais para serem vistas a olho nu, se
ndo sua visualização possível, apenas com a utilização de um microscópio.
B) 
As rochas de granulação fina podem ser facilmente identificadas a olho nu ou mesmo com 
o auxílio de uma lente de aumento.
C) 
O resfriamento rápido do magma forma rochas cristalinas de granulação finas ou rochas ví
treas, na qual não é possível o reconhecimento dos cristais a olho nu. 
D) 
O basalto e o granito são exemplos de rochas ígneas de granulação grossa, sendo seus crist
ais facilmente reconhecidos a olho nu. 
E) 
A identificação dos cristais das rochas ígneas só é possível com a utilização de potentes mi
croscópios de luz polarizadas, que são capazes de produzirem fotomicrografias das rochas. 
A formação das rochas ígneas através da solidificação do magma costuma ocorrer no 2) 
https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/2ad967fc4e9b24023a7ae28132f9aefd
interior da Terra. Porém, ocasionalmente esta solidificação ocorre na superfície terre
stre, a partir da manifestação de erupções vulcânicas, onde o magma é expelido e rapi
damente se transforma em rocha. Sobre estas informações, leia as assertivas a seguir:
I. As rochas intrusivas são formadas pelo resfriamento lento do magma no interior 
da Terra, o que proporciona tempo suficiente para o crescimento de grandes cristais 
encaixados entre si. 
II. As rochas intrusivas, são também conhecidas como rochas vulcânicas, pois são fo
rmadas quando a lava ou outro material vulcânico é ejetado dos vulcões. 
III. As rochas extrusivas podem ser divididas em duas categorias: rochas piroclástic
as e lavas, de acordo com sua formação.
Quais estão corretas? 
A) 
Apenas I.
B) 
I e II.
C) 
II e III.
D) 
I e III.
E) 
I, II e III.
3) Além da textura, as rochas ígneas podem ser subdivididas com base na sua composiçã
o química e mineralógica. As classificações modernas agrupam as rochas ígneas em d
ois diferentes grupos composicionais: os minerais félsicos e os máficos. 
( ) As rochas félsicas são pobres em ferro e magnésio e ricas em minerais que têm al
tos teores de sílica. 
( ) O granito é uma das rochas vulcânicas mais abundantes, contendo cerca de 70% 
de sílica. 
( ) As rochas máficas são ricas em piroxênios e olivinas. Estes minerais são pobres e
m sílica e ricos em magnésio e ferro. 
( ) A temperatura de início da fusão das rochas ultramáficasé aproximadamente 70
0oC, enquanto que, as rochas félsicas iniciam sua fusão com 1.200oC. 
Marque V para verdadeiro, e F para falso, para os itens: 
A) 
V, F, V, F.
B) 
V, V, V, F.
C) 
F, F, V, F.
D) 
V, V, F, V.
E) 
V, V, V, V.
4) As rochas ígneas se originam no interior da crosta Terrestre, onde é muito quente, o 
que faz com que, inicialmente, elas permaneçam sob a forma de magma. A palavra “í
gnea” vem do latim “ignis” e significa “proveniente do fogo”. Estas rochas compõem 
cerca de 80% das formações rochosas terrestres. Sobre as rochas ígneas é correto afir
mar que: 
A) 
são provenientes de transformações sofridas por qualquer tipo de rochas preexistentes que 
foram submetidas a processos termodinâmicos, (efeitos de variação de temperatura e press
ão) os quais produziram novas texturas e novos minerais.
B) 
é formada a partir da solidificação do magma, que costuma ocorrer no interior da Terra, m
as também pode, ocasionalmente, ocorrer na superfície em função da manifestação de erup
ções vulcânicas, em que o magma é expelido e rapidamente se transforma em rocha.
C) 
O granodiorito é uma rocha ígnea ultramáfica com baixo teor de sílica (> 40%).
D) 
Os minerais e as rochas félsicas tendem a ser de cores mais escuras, devido a presença de s
ílica, enquanto que, as rochas máficas possuem colocação mais clara, em função da presen
ça de ferro e magnésio.
E) 
A viscosidade está diretamente relacionada com a presença de feldspato na rocha, ou seja, 
o aumento da quantidade de feldspato produz rochas mais viscosas.
O magma é um material líquido natural, formador das rochas ígneas. Ele é composto 
de uma mistura dos elementos mais abundantes na Terra, O e Si, associados a quanti
dades menores de Al, Ca, Mg, Fe, Na e K, além de outros elementos químicos. Sobre e
ssas informações, leia as assertivas a seguir: 
5) 
I. Quando o magma atinge a superfície da Terra e extravasa, passa a se denominar l
ava. 
II. Normalmente as temperaturas encontradas em magmas variam entre 700 e 1.20
0o C. 
III. O rápido resfriamento do magma possibilita a formação de rochas de granulaçã
o grossa como o granito. 
IV. Os piroclastos formam-se em erupções violentas, a partir da lava lançada no ar. 
A) 
II, III e IV
B) 
I, II, IV.
C) 
I, II, III, IV.
D) 
Apenas I.
E) 
Apenas I e II.
NA PRÁTICA
Veja como a formação ígnea de certas rochas podem denotar em recursos minerais valiosos.
Como os minérios metálicos valiosos se formam? Através da diferenciação magmática por 
meio de deposição de cristais.
Alguns dos depósitos minerais de maior importância econômica do mundo são formados por de
posição diferencial de cristais em câmaras magmáticas. Esses depósitos representam antigas câ
maras magmáticas em que a cristalização fracionada levou à formação de diferentes minerais ao 
longo do tempo, que forma depósitos no fundo da câmara magmática em concentrações econom
icamente importantes.
Um exemplo é a soleira de Palisades. À medida que o magma basáltico resfria, a olivina cristaliz
a em primeiro lugar, seguida do piroxênio e do plagioclásio. Depois de cristalizado, cada minera
l afunda através do magma líquido restante para depositar-se no fundo da câmara magmática. De
ssa forma, a soleira de Palisades tem camadas de olivina na base, e logo acima, piroxênio e plagi
oclásio.
A taxa com que os cristais depositam-se depende de sua densidade e tamanho, além da viscosida
de do magma remanescente.
Essa taxa pode ser calculada pela Lei de Stokes:
V = gxr2(Dc - Dm) / μ,/ em que V é a velocidade em que os cristais se depositam através do ma
gma, g é a aceleração devido à gravidade da Terra (980 cm/s2), r é o raio do cristal, Dc é a densi
dade do cristal, Dm é a densidade do magma, e μ é a viscosidade do magma.
Se considerarmos a cristalização fracionada na soleira de Palisades, a Lei de Stokes nos ajudará 
a determinar as taxas reais de deposição para determinados minerais. Considere um cristal de oli
vina com raio de 0,1cm e densidade de 3,7 g/cm3. O magma através do qual o cristal deposita-se 
tem densidade de 2,6 g/cm 3 e viscosidade de 3000 poise (1 poise = g/cm x s).
Com que velocidade esse cristal de olivina cai pelo magma?
V = (980cm/s2) x (0,1cm)2 x (3,7 - 2,6 g/cm3) / 3000 g/cm x s = 0,0036 cm/s = 12,9 cm/h
SAIBA +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professo
r:
Sistema Terra - Legendado - Rochas Ígneas - parte 1
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Sistema Terra - Legendado - Rochas Ígneas - parte 2
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Sistema Terra - Legendado - Rochas Ígneas - parte 3
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Para Entender a Terra
Grotzinger, John; Jordan, Tom
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https://www.youtube.com/watch?v=iVETsTGZ4IY
https://www.youtube.com/watch?v=ho6XYH2je3Y

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