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A1 casal e familia

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ATIVIDADE INDIVIDUAL AVALIATIVA – A1 – 2022.1
Universidade Veiga de Almeida 
Disciplina: Psicoterapia de Casal e Família Professor: Monica Dias 
Aluna: Ana Caroline Alves Araújo Matrícula: 20201101898
Nesta A1, vocês deverão desenvolver um trabalho individual escrito, com no máximo 4 páginas, tendo como eixo organizador da sua discussão a descrição abaixo:
O reconhecimento da influência da família no desenvolvimento do indivíduo e nos seus processos de adoecimentos psíquicos vem desde os primórdios da clínica, mas a terapia de família, como uma modalidade terapêutica específica, surgiu apenas partir da década de 1960. Um dos fatores que contribuiu para a necessidade de se configurar uma psicoterapia envolvendo toda a família foi a percepção de que, nos problemas apresentados por crianças e pacientes psicóticos, existia uma estreita relação entre o sintoma do indivíduo e a dinâmica de suas relações familiares. Assim, era comum observar que, quando o paciente melhorava, outro membro de sua família adoecia ou a família interrompia o tratamento, o que indicava que o sintoma apresentado desempenhava uma função na dinâmica daquelas relações. Por isso, a psicoterapia realizada apenas com o indivíduo sintomático não seria suficiente para modificar as interações que sustentavam o problema, sendo necessário envolver toda a família no processo.
Considerando a dinâmica que se estabelece entre o sintoma e o sistema familiar, caracterize as contribuições que a abordagem sistêmica trouxe para o campo das psicoterapias. Discuta como essa modalidade clinica foi se desenvolvendo e que mudanças foram ocorrendo no campo das terapias de casal e família e nas suas propostas de trabalho.
Resposta:
O Pensamento Sistêmico, ao ser considerado pela área do comportamento, visou de uma forma original integrar os aspectos do ser humano, até então considerados de forma fragmentada, como um todo e com uma atuação interdependente. Para se explicar o pensamento sistêmico é necessário entender o significado das palavras que compõe esse conceito. Pensar é um verbo indicativo da realização de uma ação abstrata cognitiva, que visa relacionar idéias e princípios antes aprendidos, para formar a capacidade de manifestar um raciocínio adequado. Já a palavra “sistêmico” indica a composição de um sistema, a manifestação organizada em cadeia, de uma série de fatos, acontecimentos, laços funcionando de forma interligada como pontos comuns e diferentes com uma certa organização de modo a compor um sistema de funcionamento.
	Um sistema tem seu funcionamento baseado em constâncias de funcionamento, regras, valores, padrões de comportamento. O foco do pensamento sistêmico é o todo e não suas partes, seus fundamentos de compreensão essenciais estão no funcionamento do todo e não de suas partes. O pensamento Sistêmico é diverso e múltiplo, cabendo a compreensão do todo o desenvolvimento de um pensamento abrangente e que leve em consideração o funcionamento global. O conhecimento aproximado também é a máxima pregada nesse tipo de conhecimento, uma vez que o pensamento a partir dessa premissa não pode ser preciso e em sua consequência não fragmentado, devendo se aproximar de concepções mais fenomênicas e sem se referenciar ao paradigma mecanicista.
	O pensamento sistêmico indica que todas as partes devem ser consideradas a partir de seus pontos de vista diversos e de seu funcionamento único, levando em consideração o seu contexto e a forma de estabelecer as suas relações, visando um melhor resultado a todos. Essa forma de considerar a realidade, a partir do ponto de vista do comportamento, ajuda a psicologia a compreender que os diversos subsistemas que compõem a realidade apresentam seu funcionamento através de sintomas que compõe uma realidade única de determinado contexto. Esta abordagem surgiu com base na terapia familiar, considerando a organização desse sistema e a composição dos subsistemas que os definem. 
Na psicologia a Abordagem Sistêmica contribui de forma a considerar os processos de homeostase como processos de equilíbrio válido, levando hora ao desenvolvimento e a mudança, hora a manutenção de um estado de equilíbrio condizente a uma estabilidade necessária a vida. Os processos devem ser analisados de forma positiva, considerando aquilo que se chama de entradas, o suprimento externo e relacionado a sua natureza original, e as saídas, a forma como você se comporta e leva as questões a luz da realidade. Outras características como a equifinalidade, e novamente a totalidade, definem muito as considerações que aproximam o fazer psicológico de uma consideração e atuação com o ser integral.
A abordagem sistêmica vai além da teoria geral dos Sistemas. Celestino e Bucher-Maluschke, 2015, a Teoria Pragmática da Comunicação humana, a Teoria Cibernética, Teoria da Informação, Teoria dos Jogos. Após o seu surgimento, em 1980, emergiu a abordagem estratégica cujas resoluções de problemas ressaltavam o contexto familiar. No mesmo período se desenvolveu a Escola de Milão contribuindo com a idéia de influência de comportamento de uns aos outros no sistema familiar. A Teoria dos Sistemas familiares, proposta por Bowen ajuda o pensamento a ir considerando os processos de amadurecimento sistêmico, com a diferenciação do self. A partir de 1990, a Teoria Familiar Sistêmica começou a seguir as premissas da cibernética, recebendo a influência do Construtivismo Social, segundo Fiorini e Guisso, 2016. As premissas que sustentam a abordagem consideram que não existe uma realidade concreta, mas interpretações da realidade. O Construcionismo social acredita na interação social como um componente importante na geração de significados, dando destaque aos principais aspectos dessa teoria, nesse tempo: “a ênfase na
cultura e na história como forma de se conhecer o mundo; a importância dos relacionamentos enquanto fonte de produção e sustentação de conhecimento; a conexão entre o conhecimento e a ação; e a valorização da postura crítica.” (p.7, Fiorini e Guisso, 2016),
Ao chegar na atualidade compreende-se que a teoria é abordada a partir do desenvolvimento de abordagens diversas como, narrativa, colaborativa, estrutural, estratégica pós-moderna e crítica. O modelo foi também avançando em direção a um modelo de ciência, destacando na atualidade o poder da comunicação entre os membros e os elos que os conectam numa realidade de estudo dos fenômenos. A família é creditada algumas etapas de desenvolvimento estrutural e reestrutural no ciclo de desenvolvimento e mudança: “(1) fase da aquisição (período que contemplaria a formação do casal até a entrada dos filhos na adolescência); (2) família adolescente; (3) família madura (saída dos filhos de casa, entrada de agregados e netos, início das perdas e cuidados com a geração
anterior, preparo para a aposentadoria e cuidado com o corpo); e (4) última fase, correspondente à fase em que o casal volta a ficar sozinho.” (p.8, Fiorini e Guisso, 2016) Este processo é apenas a base fundamental da terapia familiar e que tende a contribuir com o desenvolvimento de uma estrutura família sólida e a dinâmica de responsabilidade do self no amadurecimento das relações a partir do núcleo familiar.
Tais mudanças se refletem na forma de abordar a terapia de casal e de família se inicialmente não era possível compreender a repetição de padrões definidos pelo desenvolvimento indissociável entre os membros do sistema familiar, com o tempo este foi sendo desenvolvido conforme havia maior compreensão dessa estrutura, das necessidades e diferenciações do self, e da manutenção de estruturas ao mesmo tempo aglutinadoras e individualizadas. A terapia familiar sistêmica deve ser ajustada conforme os princípios norteadores da terapia convencional que envolvem neutralidade, curiosidade, reflexão, não julgamento e/ou postura determinista convencional exagerada. É importante estar atento aos padrões geracionais e o desenvolvimento da dinâmica relacional, considerando principalmente aspectos representativos relacionais que tocaram o terapeuta, é necessárioconsiderar os padrões culturais de diferentes. Há a possibilidade de trabalhar com um genograma discriminando e visualizando os tipos de relação hierárquica, os familiares, a presença os conflitos a dependência afetiva e outras atuações orgânicas que podem revelar elementos adicionais, como mudanças, separações, conflitos, e etc... As perguntas e o mapeamento das questões são referências clínicas precisas que proporcionam a compreensão da estrutura familiar e sua organização; realizar um confronto entre o problema do sistema e o sistema do problema; permita haver uma desconstrução das queixas e a construção de um problema consensual, detectar padrões geracionais como parte do problema.
Após o reconhecimento de como se compõe uma vida familiar, suas estruturas e suas dinâmicas, é necessário compreender que cada histórico familiar pode ser investigado em uma terapia de casal segundo a abordagem sistêmica. As metas e compreensão sobre os seus processos individuais e de suas origens vão dar o fundamento necessário a construção da base para o relacionamento, mas também na relação de casal, que também pode ser influenciada por aspectos repetitivos ao longo das gerações. Na teoria sistêmica as relações de aliança também são coisas transmitidas ao longo de gerações e é baseado em lealdades invisíveis que interferem no processo de diferenciação. “Na terapia de família e de casal, busca-se, por meio de uma comunicação aberta, revisar e atualizar os modelos mentais de padrão amoroso. Casais com um padrão de relacionamento seguro tendem a permitir uma comunicação aberta, mesmo sobre assuntos desagradáveis visando, sempre, uma melhor regulação da intimidade.”(p.24. Burigo, 2010) Na terapia de casal e de família o cliente deve analisar e repensar os seus modelos de convivência, funcionamento do mundo e do self. O terapeuta deve explorar o passado do casal, os significados ocultos e a terapêutica do aqui e agora. O terapeuta também deve estar atento ao conteúdo inconsciente, ao jogo de projeções, e a compreensão integral do processo com o que está dando errado por repetição de padrões comportamentais ou de pensamento. 
A abordagem sistêmica, por ser uma abordagem de compreensão do funcionamento do todo e de suas engrenagens, pode ajudar a investigar e a conceber as questões relacionadas á outras áreas do conhecimento que não estão relacionadas a psicologia. A abordagem sistêmica pode por exemplo analisar os processos de desenvolvimento administrativo, nas organizações, na engenharia, na enfermagem, no direito, na construção, no exoterismo, e em outras áreas responsáveis por uma análise do sistema de funcionamento. As mudanças que acontecem ao longo do tempo nessa área, são aquelas que estão relacionadas as mudanças de processos coletivos, sociais e estruturais, que advém de dilemas comunicativos e geracionais que incidem nas estruturas dos processos sejam eles familiares, de estruturas sociais, organizacionais e simbólicos. Ao longo dos anos viemos vendo que algumas mudanças estruturas importantes em diversas estruturas vieram acontecendo. A família já não é a mesma suas estruturas e composições se tornaram diversas, as organizações já repensam suas práticas e mudam a sua história, idem com todas as demais vertentes do conhecimento e de organizações sociais. Assim o processo veio evoluindo e mudando em consonância com os processos de consideração do todo e de estruturação do todo considerando as partes.
REFERÊNCIAS
BÚRIGO, M. V. A. Terapia de Casal: Uma visão Sistêmica – TCC de Especialização em Terapia Relacional Sistêmica - Florianópolis, 2010. Disponível em: http://institutofamiliare.com.br/wp-content/uploads/2018/10/Marina-Vieira-de-Araujo-B%C3%BArigo-2010-TERAPIA-DE-CASAL-Uma-vis%C3%A3o-sist%C3%AAmica.pdf
CAPRA, F.; LUISI, P.L.; A Visão Sistêmica da Vida - Uma concepção unificada e suas implicações filosóficas, políticas, sociais e econômicas. 2014. São Paulo. Ed. Cultrix-Amana-Key Disponível em: 
CELESTINO, V. R.R.; BUCHER-MALUSCHKE, J.S.; Um novo olhar para a abordagem sistêmica na psicologia. FACEF Pesquisa: Desenvolvimento e Gestão, v.18, n.3 - p.318-329 - set/out/nov/dez 2015. Disponível em: https://periodicos.unifacef.com.br/index.php/facefpesquisa/article/view/1109.
FIORINI, M. C.; GUISSO, L. Teoria familiar sistêmica:
retrospectiva história e perspectivas atuais. Psicologia.PT – 31/07/2016. Disponível em: https://www.psicologia.pt/artigos/textos/A1009.pdf
INSTITUTO OF BUSINESS EDUCATION – Pensamento Sistêmico: O que é e quais as suas características? 16 de Outubro de 2020. Disponível em: https://www.ibe.edu.br/pensamento-sistemico-o-que-e-quais-suas-caracteristicas/

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