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REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DESENVOLVIMENTO HUMANO
PLANO CURRICULAR
Curso de
Formação de Professores do Ensino Primário e 
Educadores de Adultos
INDE
INSTITUTO NACIONAL DE
DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO
ÍNDICE
1. Introdução.............................................................................................................................................................6
2. Enquadramento geral.......................................................................................................................................7
2.1 Contexto.........................................................................................................................................................7
3.  Desafios do Currículo de formação de professores..............................................................................8
4. Razões da mudança do currículo..................................................................................................................8
5.  O Paradigma de formação de professores do ensino primário e educação de adultos........10
6.  Princípios orientadores do currículo de formação de professores.................................................10
6.1 Articulação entre a formação científica e pedagógica orientada para a prática 
reflexiva e contextualizada..............................................................................................................................10
6.2 Contacto permanente com professores experientes.....................................................................11
6.3 Transferência de competências para a prática profissional futura...........................................11
7.  Abordagem transversal..................................................................................................................................11
8.  Perfil.......................................................................................................................................................................13
8.1 Perfil de entrada ao curso de formação de professores.............................................................13
8.2 Perfil de saída..............................................................................................................................................13
9.  Competências a Desenvolver no Curso de Formação de Professores.........................................14
Domínio pessoal e social...............................................................................................................................14
Domínio dos conhecimentos científicos..................................................................................................15
Domínio das habilidades profissionais.....................................................................................................15
10.  Plano de estudos..............................................................................................................................................24
11.  Descrição das disciplinas...............................................................................................................................26
Resultados de aprendizagem......................................................................................................................45
11.2.9. Resolução de Problemas Matemáticos .....................................................................................46
11.3 Práticas Pedagógicas e Estágio.........................................................................................................46
12.  Avaliação.............................................................................................................................................................48
12.1. Avaliação como garantia de qualidade de formação..............................................................48
12.1.1 Avaliação interna.................................................................................................................................49
12.1.2 Avaliação externa.................................................................................................................................49
13.  Estratégias de Implementação....................................................................................................................49
13.1 Formadores Competentes nas Instituições de Formação de Professores e 
Educadores de Adultos...................................................................................................................................49
13.2 Cultura de aprendizagem centrada no Formando....................................................................49
13.3 Formação para a Praxis: Teoria e Prática........................................................................................50
13.4 Formação Contínua em Exercício.....................................................................................................50
13.5 Estrutura das instituições de formação de professores e Cultura Organizacional........51
13.6 Condições de Aprendizagem.............................................................................................................51
14.  Anexo 1. Regulamento de Avaliação........................................................................................................52
Anexo II. Programas de Formação.............................................................................................................69
Programa da Língua Portuguesa I.............................................................................................................70
Programa de Matemática I...........................................................................................................................84
Programa de Ciências Naturais I.................................................................................................................89
Programa de Ciências Sociais I....................................................................................................................96
Programa de Língua Moçambicana.........................................................................................................101
Programa de Pedagogia..............................................................................................................................105
Programa de Língua Portuguesa II..........................................................................................................119
Programa de Didáctica da Matemática I..............................................................................................126
Programa de Ciências Naturais II.............................................................................................................130
Ficha técnica
PLANO CURRICULAR
Programas e Regulamento de Avaliação do Curso de
Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos
Autores: Instituto Nacional de Desenvolvimento da Educação - INDE
© Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano
Número de Registo: 9870/RLIND/2019
1ª edição: 2019
Tiragem: 2000 Exemplares
Maquetização e impressão: Agrimag
Participantes:
Armindo Ngunga
Ismael C. Nhêze
Albertina Monteiro (em memória)
Rafael L. Bernardo
Remane Selemane
Samaria Tovela
Gina Guibunda
Feliciano M. Mahalambe
Regina Langa
Laurindo Nhacune
Raquel Raimundo
Telésfero de Jesus
Fabião F. Nhabique
Vasco Camundimo 
Helena Xerinda 
Sara Ferreira 
Jeremias Fondo 
Crisanto Ngundango 
Hortêncio B. Tembe 
Firosa Bicá 
Aissa Braga
Maria Manguana
Dinis Guibundana 
Suzana Monteiro 
Sinfrónia Macome 
Flávia Martins
Daniel Neto Bomba
Helena Simone
Carlos Muchanga
Jonasse Leitão
Agostinho Agostinho 
Vicentina Monteiro 
Dinis Mungoi
Estela Fonseca 
Estêvão Bento Cocho 
Fiúza Pedro 
Isac Manhique 
José Pereira
Pedro Baptista
Manuel Lobo 
Eduardo Napualo 
Elsa Alfaica
José M. Sinela 
Juvêncio Chipanga 
Laura Gomes 
Patrício Mazivila 
Rogério Maurício 
Hirondina Chiziane
Salazar PicardoCeleste Ndimande 
Carlos Canivete
Torina Recebeu
Benedita Bila
Alaudino Banze
Anabela Amude 
António Batel Anjo
José Pedro Vuma
Formadores dos IFP
5
Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos
Prefácio
Caro formador,
O Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano tem a honra de colocar nas suas 
mãos a brochura contendo o Plano Curricular do Curso de Formação de Professores para 
o  Ensino  Primário  e  Educadores  de  Adultos,  os  respectivos  Programas  de  Formação  e 
Regulamento de Avaliação. Estes  instrumentos resultam de um trabalho de consulta que 
envolveu  técnicos  pedagógicos  do  MINEDH,  formadores  das  Instituições  de  Formação 
de  Professores,  professores  das  escolas  primárias,  docentes  de Universidades  Públicas  e 
elementos da Sociedade Civil.
O Plano Curricular contém, para além da introdução, o enquadramento geral, os desafios e 
princípios que norteiam a formação de professores em Moçambique, o perfil do graduado 
e  as  competências  do  futuro  professor,  definidas  em  três  domínios  (pessoal  e  social; 
conhecimentos  científicos  e  habilidades  profissionais),  com  os  respectivos  critérios  de 
desempenho, resultados de aprendizagem e evidências requeridas.
O  Documento  em  alusão  apresenta,  também,  um  plano  de  estudos  que  enfatiza  uma 
educação  inclusiva  que  procura  responder  às  exigências  do  novo  Currículo  do  Ensino 
Primário e Educação de Adultos, no que respeita à expansão da rede escolar e à elevação 
da qualidade de ensino, dotando os professores de uma preparação profissional que os 
capacite a abraçar,  com sucesso, a  tarefa de educar o Homem numa perspectiva global. 
Este texto propicia, também, a promoção do patriotismo, respeito pela diversidade socio-
cultural e outros valores que contribuem para que o futuro professor assuma uma postura 
irrepreensível na sociedade.
Pretende-se,  pois,  contribuir  para  a  profissionalização  da  actividade  docente,  entendida 
como um processo contínuo de construção que começa na formação inicial e se desenvolve 
ao longo da carreira profissional. Para este curso com duração de três anos de formação 
presencial, nos quais estão inclusos seis meses de estágio, o nível de entrada é a 12ª classe.
O principal desafio é a formação de profissionais competentes, capazes de organizar e gerir 
situações  complexas de  aprendizagem assegurando,  assim,  uma educação de qualidade 
para todos.
Caro formador, o sucesso deste Plano Curricular depende da sua dedicação na interpretação 
correcta do que nele está preconizado. Assim, o Ministério da Educação e Desenvolvimento 
Humano convida a todos os intervenientes para que tornem este documento um instrumento 
que contribua para a elevação da qualidade da educação, combate à pobreza e reforço da 
unidade nacional, da moçambicanidade, sem descurar os desafios da globalização.
Conceita Ernesto Xavier Sortane
MINISTRA DA EDUCAÇÃO E DESENVOLVIMENTO HUMANO
Programa de Ciências Sociais II................................................................................................................134 
Programa de Estrutura das Línguas Moçambicanas..........................................................................137
Programa de Educação para a Cidadania.............................................................................................147
Programa de Educação Física......................................................................................................................151
Programa de Matemática II.......................................................................................................................159
Programa de Práticas Laboratoriais........................................................................................................163
Programa de Didáctica das Ciências Sociais.........................................................................................166
Programa de Literatura Oral em Línguas Moçambicanas..............................................................171
Programa de Necessidades Educaticas Especiais..............................................................................174
Programa de Andragogia............................................................................................................................179
Programa de Educação Física......................................................................................................................183
15.  Bibliografia.......................................................................................................................................................233
6 7
Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos
1. Introdução
“A educação é um processo pelo qual a sociedade prepara os seus membros 
para garantir a sua continuidade e o seu desenvolvimento. Trata-se de 
um processo dinâmico que busca, continuamente, as melhores estratégias 
para responder aos novos desafios que a continuidade, transformação e 
desenvolvimento da sociedade impõem” (PCEB, 2003, p.7).
Em Moçambique a Constituição da República preconiza que a educação constitui um direito 
e  dever  de  todos  os moçambicanos,  constituindo  um  instrumento  para  a melhoria  das 
condições de vida. 
No  cumprimento  deste  ditame  constitucional,  no  Programa  Quinquenal  do  Governo 
(2015-2019), uma das acções prioritárias é “fortalecer a formação, valorização e motivação 
dos professores no sistema da educação”. Por seu turno, o Plano Estratégico da Educação 
(2011-2016) preconiza, de entre as suas prioridades, a reformulação do curso de formação 
de  professores  do  Ensino  Primário  e  educadores  de  adultos,  cujo  objectivo  é  formar 
profissionais competentes, científica e pedagogicamente, comprometidos com a promoção 
e o desenvolvimento integrado das capacidades e atitudes que viabilizam a utilização dos 
conhecimentos nas mais diversas situações.
O cumprimento deste desiderato implica um novo paradigma de formação de professores 
do Ensino Primário e educadores de adultos que responda aos desafios de promoção de um 
ensino de qualidade e inclusivo, através de abordagens de ensino integradoras e centradas 
no aluno. Neste processo, o professor assume o papel de organizador e mediador de ensino 
e aprendizagem.
É desta forma que se poderá dar resposta à dinâmica actual da sociedade que exige um 
Sistema Educativo capaz de estabelecer equilíbrios entre a identidade cultural e a evolução 
tecnológica  e  científica. Através do presente  Plano Curricular  do Curso de  Formação de 
Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos pretende-se formar um professor 
e  educador  de  adultos  que  se  deve  configurar  como  mediador  entre  o  conhecimento 
científico e os objectivos da sociedade e os interesses e aspirações dos seus alunos e não um 
mero reprodutor de conhecimentos. Trata-se de um professor e educador de adultos que 
reúne em si competências de natureza didáctica e transversal, capaz de criar um conjunto 
de estratégias de ensino e aprendizagem que permitam ao aluno aprender a aprender, e 
desenvolva, simultaneamente, a sua autonomia.
Este Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores 
de Adultos assenta na profissionalização como a pedra angular de todo o processo, em torno 
do qual o desenvolvimento de competências no domínio pessoal e social, de conhecimentos 
científicos e de habilidades inerentes à profissão, são construídos. Logicamente, tudo isto vai 
ser feito sem descurar as áreas de formação geral que permitem a preparação mais profunda 
do formando para enfrentar os desafios e as imprevisibilidades na sua relação pedagógica e 
andragógica com os alunos (crianças e adultos) e os diversos agentes educativos.
Nesta  perspectiva,  paramaterializar  o  que  foi  descrito,  o  Plano  Curricular  do  Curso  de 
Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos compreende, para 
além da (1) Introdução, o (2) Enquadramento geral;  (3) Novo paradigma de formação de 
professores; (4) Princípios orientadores do currículo de formação de professores, (5) Perfil; 
(6) Competências a Desenvolver na Formação de Professores; (7) Descrição das disciplinas; 
(8)  Plano  de  Estudos;  (9)  Características  do  Currículo;  (10)  Avaliação;  (11)  Estratégias  de 
Implementação.
2. Enquadramento geral
2.1 Contexto 
O Programa Quinquenal do Governo (2015-2019) preconiza que “O capital humano e social 
é um conjunto de capacidades, conhecimentos, competências e atributos de personalidade 
individual e colectiva que favorecem a realização de actividades sociais e económicas, 
necessárias para o desenvolvimento socioeconómico sustentável e integrado do país”. 
Estabelece, ainda, que é necessário “promover um Sistema Educativo inclusivo, eficaz e 
eficiente que garanta a aquisição das competências requeridas ao nível de conhecimentos, 
habilidades, gestão e atitudes que respondam às necessidades de desenvolvimento humano”. 
(PQG 2015-2019:4).
É esta a razão que levou o Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano a reformar o 
currículo de formação de professores, elevando o perfil de entrada, para que os graduados 
possam responder aos desafios de qualidade da educação em Moçambique.
Socioeconómico
Moçambique  situa-se  na  região  austral  de  África  com  uma  a  população  de  cerca  de 
26.424.000 habitantes, dos quais, cerca de 52% são do sexo feminino. Estima-se que a taxa 
anual de crescimento populacional é de 2,8% e a esperança de vida é de 52,8 anos (INE, 
2016).
 
A economia moçambicana registou, de 2000 a 2014, um crescimento de cerca de 7% (Banco 
Mundial,  2014), mas  debateu-se  com  um peso  excessivo  da  dívida  externa  cujo  serviço 
absorveu  cerca  de  30%  do  orçamento  anual  do  estado.  Este  facto  fez  com  que  o  país 
continuasse vulnerável à crise financeira global e económica, necessitando, deste modo, de 
medidas de mitigação para assegurar que o crescimento macroeconómico e estabilidade 
pudessem  beneficiar  todos  os  moçambicanos,  sem  qualquer  discriminação,  através  da 
criação  e  expansão  de  oportunidades  de  emprego,  geração  de  rendimentos  e  acesso  a 
alimentos, educação e cuidados de saúde.
De acordo com o mesmo relatório, a taxa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 
Moçambique abrandou em 2015, quando a economia se ajustava aos preços mundiais mais 
baixos das matérias-primas e ao decréscimo de influxos de Investimento Directo Estrangeiro 
(IDE). Espera-se que o crescimento real do PIB continue a desacelerar de 2016 até 2017, fruto 
da queda das receitas das exportações, dos custos crescentes de importações, da redução 
do  IDE  e  de  outros  problemas  conjunturais.  Ainda,  e  de  acordo  com  o  Banco Mundial, 
Moçambique é considerado um país de baixo rendimento, com PIB per capita que rondou 
os 592 USD em 2014.
8 9
Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos
Educacional
À  luz  do Artigo  88 da Constituição da República  de Moçambique,  a  educação  constitui 
um direito e dever de cada cidadão. Neste contexto, no seu Programa Quinquenal (2015-
2019), o Governo de Moçambique preconiza a formação do capital humano, munindo-o de 
competências e atributos de personalidade individual e colectiva que favoreçam à realização 
de actividades sociais e económicas necessárias para o desenvolvimento socioeconómico 
sustentável e integrado do país.
Para o efeito, o estado conta com uma rede de escolas públicas que trabalham em parceria 
com  outras  instituições  privadas  e  comunitárias.  Daí  que  de  2000  a  2014,  os  efectivos 
escolares  do  Ensino Primário  aumentaram de  1.092.063 para  5.705.094  alunos,  segundo 
estatísticas da educação. Neste período a taxa bruta de escolarização sempre esteve acima 
dos 100% e a taxa líquida de escolarização evoluiu de 68% para 96%, em 2014.
3. Desafios do Currículo de formação de professores
De acordo com o Programa Quinquenal do Governo (2015-2019) “O sistema de Educação 
expandiu-se em termos de escolas e da participação dos alunos em todos os níveis e tipos de 
ensino. A melhoria da qualidade continua a constituir um desafio importante”. 
Sendo  Moçambique  um  país  multilingue  e  multicultural,  onde  coexistem  grupos 
etnolinguísticos, com predominância para os do grupo bantu, colocam-se grandes desafios 
para atender esta diversidade cultural e linguística que caracteriza o país. Por isso, o sector da 
educação, no geral e a formação de professores, em particular, devem preparar profissionais 
capazes de comunicar na língua de ensino, incluindo a língua de sinais e usar o sistema de 
grafia Braille.
Acrescem-se  a  estes  desafios  os Objectivos  de Desenvolvimento  Sustentável  (ODS)  que 
preconizam que até 2030, os países devem assegurar uma educação inclusiva, equitativa e 
de qualidade e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos os 
cidadãos. 
Por seu  lado, através da Agenda 2063, os países africanos aspiram uma África pacífica e 
segura, com o estabelecimento de mecanismos para a  resolução pacífica dos conflitos a 
todos os níveis e será nutrida uma cultura de paz e tolerância nas crianças, jovens e adultos, 
através de uma educação para a paz.
Relativamente aos desafios da qualidade de ensino, destacam-se a redução das taxas de 
reprovação e de desistências, o aumento da taxa de conclusão e o desenvolvimento das 
competências previstas nos programas de ensino, sobretudo a leitura e escrita iniciais assim 
como a numeracia.
4. Razões da mudança do currículo
Os  relatórios  de  estudos  nacionais  realizados  pelo  INDE  (2011  e  2013),  e  internacionais 
(SACMEQ, 2007) do Banco Mundial (2014), evidenciam um fraco desempenho dos alunos 
na leitura, escrita e Matemática. Em relação aos alunos, o Relatório de Avaliação do INDE 
(2011), conclui que as principais dificuldades dos alunos se situam na redacção de frases 
simples e no cálculo mental. Este relatório refere que passados quatro anos de escolaridade, 
29%  dos  alunos  ainda  não  atingiram  os  objectivos  preconizados  para  os  primeiros  três 
anos. No entanto, já o relatório do INDE (2013) constata que apenas 6,3% das crianças que 
concluíram o  primeiro  ciclo  alcançaram  as  competências  de  leitura  e  escrita,  requeridas 
nesse nível.
Por seu turno, os estudos do SACMEQ reportam um decréscimo no nível de desempenho 
dos alunos na leitura e na matemática, de 2000 a 2007. No SACMEQ III (2007), a percentagem 
de alunos que não tinha desenvolvido as competências de leitura e numeracia é de 43.5% 
e 74,2%, respectivamente.
Com vista a dar  resposta a estes e outros problemas de qualidade, em 2012 entrou em 
vigor um currículo de  formação de professores baseado em competências, cujo nível de 
entrada é a 10ª classe e três anos de formação. Volvidos três anos, este currículo foi avaliado 
e o seu relatório mostra, entre outras constatações, a existência de um número elevado de 
formandos com o nível da 12ª classe.
Portanto,  apesar  de  este  currículo  ter  sido  concebido  para  graduados  da  10ª  classe, 
verifica-se que, na prática, 80% das vagas são absorvidas por candidatos com o nível de 
12ª  classe.  Este  crescente número de graduados da 12ª  classe coloca novos desafios ao 
perfil de entrada nos Institutos de Formação de Professores também para corrigir o facto 
de Moçambique ser o único país da região com baixo nível de ingresso nas instituições de 
formação de professores. O relatório de avaliação externe do referido currículo de formação 
de  professores  recomendou  ao  Ministério  da  Educação  e  Desenvolvimento  Humano  amelhorar o currículo, através da elevação do nível de ingresso dos candidatos, da 10ª para 
a 12ª classe.
Estas constatações  reforçam a convicção do MINEDH de que é urgente e  imprescindível 
a  reforma do currículo da  formação de professores do Ensino Primário e Educadores de 
Adultos,  adoptando o modelo de  formação baseado  em  competências,  com o perfil  de 
entrada da 12ª classe do ensino geral, levando Moçambique a equiparar-se às exigências 
dos países da região.
Esta  imposição  circunstancial  alinha-se  perfeitamente  com  a  história  de  formação  de 
professores  e  educadores  de  adultos  nos  últimos  quarenta  anos.  Com  efeito,  desde  a 
proclamação  da  independência  nacional,  foram  concebidos  e  implementados  diversos 
modelos de formação, tendo, cada um, respondido às exigências do seu período. 
O perfil de entrada para os diferentes cursos foi variando de acordo com a disponibilidade 
e a idade dos candidatos nos respectivos níveis (6ª/7ª classe e 9ª/10ª classe). Portanto, a 
duração dos cursos dependeu das necessidades de professores no sistema nos diferentes 
momentos históricos. Aqui, vale referir que foi na esteira deste circunstancialismo histórico 
que, para  racionalizar  recursos e porque vezes sem conta os educadores de adultos são 
maioritariamente contratados como professores do ensino primário, o presente currículo 
se  propõe  a  formar  professores  do  ensino  primário  que  sejam  também  educadores  de 
adultos. Daí que ele se chame “Currículo de Formação do Professores do Ensino Primário 
e Educadores de Adultos” cujos graduados se espera que sejam  igualmente contratados 
pelo Ministério de tutela para realizar actividade de ensino (a crianças e/ou a adultos) nos 
subsistemas do Ensino Primário e de Educação de Adultos do Sistema Nacional da Educação.
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Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos
5. O Paradigma de formação de professores do ensino primário e 
educação de adultos
A actual sociedade de globalização, do conhecimento e da inovação, não cessa de evoluir 
ao ritmo de importantes transformações que se manifestam ao nível dos diversos sectores 
e campos de acção (político, cultural e social) em que se organiza, com repercussões no 
domínio  da  ciência  e  da  produção  de  conhecimento  científico.  Face  a  estas mudanças, 
torna-se mister  que  as  instituições que  compõem a  sociedade  compreendam esta  nova 
realidade e aceitem os novos desafios que ela coloca. 
A escola encontra-se, tal como defende Valentini (1979), estreitamente ligada à evolução 
da  sociedade  e  essa  relação  apresenta-se  cada  vez  mais  complexa  à  medida  que  nos 
aproximamos dos tempos modernos. Galhardo et al (1987) afirmam, ainda, que um Sistema 
Educativo é o reflexo da sociedade em que o mesmo se insere e da prospecção das linhas 
mestras da sua evolução. 
No âmbito da qualidade, a escola moçambicana enfrenta hoje o desafio de promover o 
sucesso  escolar,  através  de  abordagens  de  ensino  integradoras  e  centradas  no  aluno  e 
em que o professor assume o papel de organizador e mediador do processo de ensino-
aprendizagem.  Por  seu  turno,  a  sociedade  reivindica  um  professor  competente,  idóneo, 
capaz de cumprir com profissionalismo o contrato social de educador das novas gerações, 
de participar e liderar processos de desenvolvimento, ao nível da escola e da comunidade.
O professor/formador também surge como mediador da aprendizagem, devendo cumprir 
de forma crítica o programa curricular e adoptar, na sua prática profissional, uma postura 
de  educador,  em  constante  formação  e  evolução. Neste  contexto,  o  professor/formador 
estabelece com o futuro professor uma relação biunívoca, em que a aprendizagem depende 
da  participação  activa  do  formando  na  aprendizagem  e  na  construção  do  seu  próprio 
conhecimento, evitando assim a reprodução e a memorização do que lhe é transmitido.
O novo paradigma de formação de professores – Paradigma Reflexivo – visa desenvolver 
nos  futuros professores o espírito crítico e prepará-los para a acção  reflexiva sobre/e na 
prática pedagógica. Este paradigma constitui-se como a base da  formação do professor 
profissional  e  tem  como  competências  essenciais  o  saber  analisar,  saber  reflectir,  saber 
decidir e saber justificar.
6. Princípios orientadores do currículo de formação de professores
O presente Plano Curricular assenta nos seguintes princípios:
 ● Articulação  entre  a  formação  científica  e  pedagógica  orientada  para  a  prática 
reflexiva e contextualizada;
 ● Contacto permanente com professores experientes;
 ● Transferência de competências para a prática profissional futura.
6.1 Articulação entre a formação científica e pedagógica orientada 
para a prática reflexiva e contextualizada
Este princípio traduz-se numa formação que permite o desenvolvimento de bases sólidas 
em termos de saberes teóricos que incluem os saberes pedagógicos, didácticos e da cultura 
e os saberes práticos, provenientes das experiências quotidianas da profissão.
A formação do professor implica uma estrutura e organização curriculares que estabelecem, 
por  um  lado,  uma  articulação,  entre  os  saberes  teóricos  e  a  sua  aplicação  prática  em 
situações concretas do processo de ensino-aprendizagem, desde o início da formação. Por 
outro lado, uma formação prática que privilegia o contacto com a escola, com o aluno e 
com os colegas de profissão quebrando-se, assim, a herança de uma cultura de ensino-
aprendizagem centrada no formador e em que a prática é posterior à teoria. O novo modelo 
deve  contribuir para que os  formandos e os professores orientadores das escolas, onde 
decorre a prática pedagógica, troquem experiências que irão enriquecer o desempenho de 
ambos.
6.2 Contacto permanente com professores experientes
O modelo de formação de professores que se pretende privilegia um contacto permanente 
com professores experientes em exercício e aposentados que possam desempenhar o papel 
de conselheiros aos formandos e aos professores novos e, assim, transmitir a sua experiência 
prática. Altet (2001:28), apresenta uma proposta de tipologia de saberes necessários para a 
docência, que inclui “saberes teóricos” (saberes a serem ensinados e saberes para ensinar) e 
“saberes práticos”. Estes provêm de experiências quotidianas da profissão, contextualizadas 
e adquiridas em situação de trabalho e compreendem saberes sobre a prática e saberes 
da prática, constituindo-se como produto das acções que  tiveram êxito e que permitem 
distinguir o professor principiante do experiente.
6.3 Transferência de competências para a prática profissional futura
A transferência (transposição de comportamentos, conhecimentos e modos de organização 
de  um  contexto  para  outro)  implica  a  detecção  e  criação  de  padrões  nos  processos  de 
formação.
Durante esta formação, os processos de ensino e aprendizagem centram-se nos interesses 
e  necessidades  dos  formandos,  promovendo  a  sua  participação  activa  na  dinâmica  das 
aulas, para que estes, por sua vez, possam desenvolver este tipo de ensino durante a sua 
actividade profissional com os seus alunos.
Tendo em conta que não existe um completo isomorfismo entre as instituições de formação 
e as escolas, a transferência deve ainda ser facilitada pela possibilidade de os formandos 
conceberem,  implementarem  e  avaliarem  projectos  educativos  adequados  às  realidades 
com que se deparam na prática pedagógica. A interacção constante entre a planificação, 
experimentação e avaliação permitirá aos formandos a aquisição de capacidades de análise 
do real e de si mesmos, na acção pedagógica.
7. Abordagem transversal
De um modo geral, a transversalidade diz respeito a temáticas que atravessam os diferentes 
campos de conhecimento e abarca assuntos e conflitosvividos no quotidiano das pessoas. 
A compreensão do  termo  transversalidade envolve a consideração simultânea de outros 
conceitos que gravitam à sua volta, como sejam as noções de competência, integração e 
interdisciplinaridade.
A competência  é entendida como a capacidade de utilizar um conjunto de  recursos na 
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Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos
acção. É um conceito integrador na medida em que congrega um conjunto de saberes para 
fazer face a problemas concretos na vida prática.
Segundo  Roegiers  &  Deketele  (2004:18),  a  integração  define-se  como  uma  operação 
pela qual diferentes elementos inicialmente dissociados se tornam interdependentes, para 
fazê-los  funcionar de uma maneira articulada, em  função de um determinado objectivo. 
Ao ser capaz de integrar, o formando dá significado às aprendizagens; por conseguinte, o 
seu desempenho considera-se competente. A capacidade de integrar inclui a mobilização 
de  saberes  de  várias  fontes,  organizados  por  disciplinas  ou módulos,  para  resolver  um 
problema que não se explica, ou não encontra solução numa única área de conhecimento. 
Assim, estabelece-se uma relação de interdisciplinaridade entre as várias componentes do 
plano de estudos.
No presente Curso, a transversalidade corresponde, por um lado, à estratégia de integração 
de componentes curriculares que perpassam o plano de estudos e que, pela sua natureza, 
deverão  estar  presentes  em  todos  os  momentos  da  formação  do  novo  professor.  Por 
outro lado, compreende a estratégia de abordagem de temas de natureza social, a serem 
integrados em várias disciplinas.
As componentes a serem abordadas de forma transversal compreendem:
a) Competências  -  Estão  definidas  sete  competências,  neste  Plano  Curricular, 
nos  domínios  pessoal  e  social,  de  conhecimentos  científicos  e  das  habilidades 
profissionais. O desenvolvimento destas competências tem um carácter transversal, 
na  medida  em  que  as  mesmas  são  operacionalizadas  ao  longo  do  Curso,  nas 
diferentes disciplinas. As competências encontram-se reflectidas nos resultados de 
aprendizagem  e  respectivas  evidências,  bem  como  nas  actividades  propostas  nas 
disciplinas. O carácter transversal das competências vai para além da formação inicial 
e em exercício, pois continua ao longo de toda a carreira profissional.
b) Temas Transversais  –  São definidos  como conjunto de questões que preocupam 
a  sociedade  e  que,  pela  sua  natureza,  ultrapassam  os  limites  de  uma  disciplina. 
Os  temas  transversais  encontram-se  definidos  no  Plano  Curricular  do  Curso  de 
Formação  de  Professores,  tendo  como  base  o  currículo  do  Ensino  Primário  e  da 
Educação  de  Adultos.  Ao  longo  da  formação,  o  formando  deverá  ser  envolvido 
em  situações  concretas de utilização de  estratégias  participativas,  orientadas para 
o  desenvolvimento  do  espírito  crítico  e  da  auto-estima  nas  crianças. Neste  Plano 
Curricular, foram definidos os seguintes temas transversais, a serem abordados em 
todas as disciplinas:
 ● Educação  para  a  cidadania  (Direitos  e  Deveres  do  Cidadão,  Direitos  Humanos, 
Direitos da Criança, Cultura de Paz e Democracia, Educação Patriótica);
 ● Género e equidade;
 ● Saúde Sexual e Reprodutiva (SSR), ITS, HIV, SIDA e Habilidades para a Vida;
 ● Nutrição  e  Saúde  escolar  (primeiros  socorros,  prevenção  de  doenças,  nutrição, 
prevenção do consumo de drogas e bebidas alcoólicas);
 ● Segurança rodoviária;
 ● Educação ambiental (preservação, uso sustentável, desastres naturais);
 ● Educação Fiscal e Financeira.
c) Currículo Local (CL) – É corporizado por conteúdos identificados localmente a serem 
considerados como componente do currículo oficial do Ensino Primário e Educação 
de Adultos. O CL incorpora matéria diversa de interesse para a comunidade, onde a 
escola está  inserida. Esta componente compreende 20% do currículo centralmente 
definido. Na formação do professor e educador de adultos, a sua abordagem envolve 
o  domínio  das  técnicas  de  elaboração  e  gestão  do  CL  na  escola  primária,  o  que 
pressupõe uma prática efectiva ao longo de toda a formação.
8. Perfil
8.1 Perfil de entrada ao curso de formação de professores
Para ingressar neste curso, os candidatos devem ter, obrigatoriamente, a formação de 12ª 
classe do ensino geral.
8.2 Perfil de saída
O curso de formação de professores do Ensino Primário traduz os princípios pedagógicos 
do Sistema Nacional de Educação e visa contribuir para a  formação  integral do Homem 
moçambicano. Este desiderato, de acordo com a Agenda 2025, compreende os seguintes 
pilares do saber:
Saber ser: “que é preparar o Homem moçambicano no sentido estético, espiritual e 
crítico, de modo que possa ser capaz de elaborar pensamentos autónomos, críticos e 
formular os seus próprios juízos de valor que estarão na base das decisões individuais 
que tiver de tomar, em diversas circunstâncias da sua vida”;
Saber conhecer: “que é a educação para a aprendizagem de conhecimentos científicos 
sólidos e a aquisição de instrumentos necessários para a compreensão, a interpretação e 
avaliação crítica dos fenómenos sociais, económicos, políticos e naturais”;
Saber fazer: “que proporciona uma formação e qualificação profissional sólida, espírito 
empreendedor no aluno/formando, para que ele se adapte não só ao meio produtivo 
actual, mas também às tendências de transformação no mercado e na sociedade”;
Saber viver juntos e com os outros: “que traduz a dimensão ética do Homem integral, 
isto é, moralmente são, que saiba comunicar-se com os outros e que saiba respeitar-se a 
si, à sua família e aos outros Homens de diversas culturas, religiões, raças, entre outros”.
Comité de Conselheiros (2003:129)
Tendo como pano de fundo os pilares acima descritos, o graduado do Curso de Formação 
de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos deve ser um profissional idóneo 
e crítico, com elevado espírito patriótico, que ama as crianças e adultos, fluente na língua 
de ensino, exemplar na prevenção de doenças e preservação do ambiente, respeitador e 
cumpridor das  leis do país e dos princípios éticos e deontológicos da profissão docente, 
capaz de mobilizar criativamente os saberes necessários para planificar, organizar e gerir o 
processo de ensino e aprendizagem, de liderar e participar proactivamente em processos 
de desenvolvimento na escola e na comunidade. Assim, o professor do Ensino Primário e 
educador de adultos deve:
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Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos
Nos âmbitos do saber ser e saber viver juntos e com os outros
 ● Ter uma boa conduta perante a sociedade; 
 ● Comunicar com clareza e correcção na língua de ensino;
 ● Assumir atitudes responsáveis perante a sua saúde e da comunidade;
 ● Respeitar os direitos humanos, em geral, e das crianças, em particular;
 ● Ter amor à pátria.
Nos âmbitos do saber conhecer e saber fazer
 ● Estar habilitado a leccionar no Ensino Primário;
 ● Demonstrar  um  elevado  domínio  dos  conteúdos  e  metodologias  de  ensino  de 
crianças e de adultos;
 ● Ter  capacidade  de  agir  de  forma  autónoma,  criativa  e  responsável  em  situações 
complexas, dentro e fora da sala de aulas;
 ● Demonstrar ética e deontologia profissional.
9. Competências a desenvolver no Curso de Formação de Professores 
do Ensino Primário e Educadores de Adultos
A formação de profissionais reflexivos implica práticas docentes apoiadas na mobilização 
de um conjunto de saberes, transformando-os em acção, de forma a promover um ensino 
de qualidade. 
Actuar com profissionalismo exige do professor o domínio de conhecimentos específicos,em torno dos quais deverá agir e também da compreensão das questões envolvidas no seu 
trabalho. Requer autonomia para  tomar decisões e  responsabilidade pelas opções  feitas, 
o  que  implica  saber  analisar  a  sua  própria  actuação  no  contexto,  saber  interagir  com  a 
comunidade profissional e com a sociedade.
A formação de professores deve, portanto, visar não apenas a transmissão de conhecimentos, 
mas, sobretudo, o desenvolvimento de competências e, nesse sentido, o desenvolvimento 
profissional.  As  competências  para  o  exercício  da  docência  pertencem,  de  acordo  com 
Tavares (1997), a três domínios:
 ● Domínio pessoal e social: directamente relacionado com o desenvolvimento  intra 
e interpessoal do professor, com o saber ser, saber relacionar-se, saber comunicar, 
saber partilhar, numa perspectiva de desenvolvimento pessoal.
 ● Domínio de conhecimentos científicos: implica o conhecimento científico e o domínio 
dos conteúdos relacionados com as matérias de determinada especialidade.
 ● Domínio das habilidades profissionais: refere-se ao saber fazer, saber operacionalizar 
os conhecimentos, tendo em conta os destinatários, os alunos (crianças e adultos), 
os  contextos,  os  recursos,  seleccionando  as  metodologias  e  as  estratégias  mais 
adequadas.
O presente Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos 
deverá desenvolver sete competências, organizadas em três domínios:
Domínio pessoal e social
1. Promove o espírito patriótico,  a  cidadania  responsável  e democrática,  os  valores 
universais e os direitos humanos e da criança;
2. Comunica adequadamente em vários contextos;
3. Age de acordo  com os princípios  éticos  e deontológicos,  associados  à profissão 
docente.
Domínio dos conhecimentos científicos
4. Domina os conteúdos do Ensino Primário e sua relação intra e interdisciplinar;
5. Domina os conhecimentos das Ciências da Educação,  relacionados com o Ensino 
Primário.
Domínio das habilidades profissionais
6. Planifica,  medeia  e  avalia  os  processos  de  ensino  e  aprendizagem  de  modo 
criativo, reflexivo, autónomo e em colaboração com os outros, tendo em conta as 
necessidades, interesses e progressos dos alunos (crianças e adultos);
7. Demonstra uma cultura científica e promove o auto-desenvolvimento profissional.
Estas  competências  são  operacionalizadas  de  forma  transversal  em  todas  as  áreas 
curriculares, traduzidas em resultados de aprendizagem.
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22 23
Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos
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24 25
Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos
10. Plano de estudos
Disciplinas Gerais - orientadas para o desenvolvimento de competências de comunicação, 
aprofundamento de matérias do Ensino Primário, domínio da  Informática e Métodos de 
Estudo.
Disciplinas nucleares - orientadas para o desenvolvimento de competências profissionais, 
construídas  considerando  os  saberes  teóricos  e  práticos  relevantes  para  o  professor  do 
Ensino Primário e educador de adultos, com enfoque na prática pedagógica, em contexto 
escolar. As disciplinas nucleares são profissionalizantes e visam desenvolver competências 
para ensinar, levando o formando a mobilizar saberes e recursos de organização e resolução 
de problemas complexos.
1º Ano:
Contacto Estudo Geral
CCS Língua Portuguesa II 5 2 90 36 126
MCN Didáctica da Matemática I 5 2 90 36 126
MCN Ciências Naturais II 4 2 72 36 108
CCS Ciências Sociais II 4 2 72 36 108
CCS Estrutura das Línguas Moçambicanas 3 2 54 36 90
CE Psicologia da Aprendizagem 4 2 72 36 108
CE Educação para a Cidadania 3 2 54 36 90
APT Educação Física 2 1 36 18 54
30 15 540 270 810Total
Actividades Co-Curriculares (cultura, desporto e produção)
2º Semestre (18 semanas) Horas
Área Unidades Curriculares Contacto Estudo
Total
Contacto Estudo Geral
CCS Língua Portuguesa II 5 2 90 36 126
MCN Didáctica da Matemática I 5 2 90 36 126
MCN Ciências Naturais II 4 2 72 36 108
CCS Ciências Sociais II 4 2 72 36 108
CCS Estrutura das Línguas Moçambicanas 3 2 54 36 90
CE Psicologia da Aprendizagem 4 2 72 36 108
CE Educação para a Cidadania 3 2 54 36 90
APT Educação Física 2 1 36 18 54
30 15 540 270 810Total
Actividades Co-Curriculares (cultura, desporto e produção)
2º Semestre (18 semanas) Horas
Área Unidades Curriculares Contacto Estudo
Total
Contacto Estudo Geral
CCS Didáctica da Língua Primeira (Materna) 6 2 108 36 144
MCN Matemática II 5 2 90 36 126
MCN Práticas Laboratoriais 4 2 72 36 108
CCS Didáctictica das Ciências Sociais I 4 1 72 18 90
CCS Literatura Oral em Línguas Moçambicanas 2 1 36 18 54
CE Necessidades Educativas Especiais 5 1 90 18 108
CE Andragogia 2 1 36 18 54
APT Educação Física 2 1 36 18 54
CE Práticas Pedagógicas I 0 4 0 72 72
30 15 540 270 810
2º ANO
Total
Actividades Co-Curriculares (cultura, desporto e produção)
3º Semestre (18 semanas) Horas
Área Unidades Curriculares Contacto Estudo
Total
Contacto Estudo Geral
CCS Didáctica da Língua Segunda I 5 2 90 36 126
MCN Didáctica da Matemática II 5 2 90 36 126
MCN Didáctica das Ciências Naturais I 4 2 72 36 108
CCS Didáctica das Ciências Sociais II 4 2 72 36 108
CCS Língua de Sinais de Moçambique 5 1 90 18 108
CCS Didáctica de Educação Musical 4 1 72 18 90
APT Didáctica da Educação Física 3 1 54 18 72
CE Práticas Pedagógicas II 0 4 0 72 72
30 15 540 270 810Total
Actividades Co-Curriculares (cultura, desporto e produção)
4º Semestre (18 semanas) Horas
Área Unidades Curriculares Contacto Estudo
Total
3º Ano
Contacto Estudo Geral
CCS Didáctica da L. Segunda (Portuguesa) II 6 2 108 36 144
MCN Resolução de Problemas Matemáticos 4 2 72 36 108
MCN Didáctica das Ciências Naturais II 4 2 72 36 108
CCS Didáctica da Ed. Visual e Ofícios 6 2 108 36 144
CCS Literatura Infanto-juvenil em L. Port. 2 1 36 18 54
APT Sistema Braille 5 2 90 36 126
CE Organização e Gestão Escolar 3 1 54 18 72
CE Práticas Pedagógicas III 0 4 0 72 72
30 16 540 288 828Total
Actividades Co-Curriculares (cultura, desporto e produção)
5º Semestre (18 semanas) Horas
Área Unidades Curriculares Contacto Estudo
Total
26 27
Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos
6º Semestre
Estágio pré-profissional e Trabalho Final do Curso
11. Descrição das disciplinas
11.1. Disciplinas Gerais
As disciplinas gerais compreendem:
1. Língua Portuguesa (I e II); 
2. Estrutura das Línguas Moçambicanas;
3. Língua Moçambicana; 
4. Língua de Sinais de Moçambique;
5. Matemática (I e II);
6. Ciências Naturais (I e II); 
7. Ciências Sociais (I e II); 
8.  Introdução às TIC, 
9. Sistema Braille,
10.  Métodos de Estudo;
11. Educação Física; 
12. Organização e Gestão Escolar;
13. Educação para a Cidadania;
14. Literatura Oral em Línguas Moçambicanas;
15. Literatura Infanto-Juvenil na Língua Portuguesa
16. Necessidades Educativas Especiais
11.1.1. Língua Portuguesa
A  Disciplina  da  Língua  Portuguesa  visa  desenvolver  as  competências  comunicativas  e 
linguísticas  do  formando,  promover  a  reflexão  sobre  a  língua,  aprofundar  os  conteúdos 
previstos nos programas do Ensino Primário e desenvolver no formando o gosto pela leitura. 
Esta disciplina proporcionará aos formandos oportunidades de estudo de obras literárias e 
de literatura, através da leitura obrigatória e de eventos que contribuem para a formação de 
um leitor competente e de um animador da leitura, durante a formação e na escola.
Pretende-se  uma  abordagem  teórica  e  prática  orientada  para  os  problemas  do  Ensino 
Primário, em contexto multilingue e multicultural, baseada no contacto permanente com a 
escola, com os programas de ensino, com os livros escolares e outros materiais de ensino 
e aprendizagem.
Ela  estrutura-se  em  Língua  Portuguesa  I,  que  visas  a  aquisição  de  competências  para 
leccionar  no  I  ciclo  do  Ensino  Primário  e  Língua  Portuguesa  II,  que  visa  a  aquisição  de 
competências para leccionar no II ciclo do Ensino Primário.
Resultados de aprendizagem:
 ● Reconhecer e respeitar a diversidade linguística e cultural do país, como contributo 
para o reforço da unidade nacional;
 ● Exprimir, oralmente e por escrito, ideias ou comentários sobre valores éticos ligados 
à sua profissão;
 ● Interpretar a Convenção sobre os Direitos da Criança;
 ● Produzir discursos orais adequados a situações de comunicação variadas;
 ● Produzir textos com finalidades informativo-funcionais, reflexivas e persuasivas, de 
acordo com o contexto;
 ● Interpretar  textos  de  carácter  informativo,  reflexivo,  argumentativo  e  literário, 
utilizando técnicas e finalidades em diferentes contextos;
 ● Utilizar diferentes recursos para a compreensão de textos e de obras literárias de 
autores nacionais e internacionais;
 ● Fazer juízos de valor,comentários e inferências sobre o conteúdo dos textos, obras 
completas e atitudes dos personagens;
 ● Reflectir sobre o funcionamento e uso da língua e a atitude do professor do ensino 
primário face aos desvios à norma linguística;
 ● Analisar,  criticamente,  a  abordagem  dos  conteúdos  de  Língua  Portuguesa  nos 
materiais  do  Ensino  Primário  e  nas  aulas  assistidas,  quanto  à  sua  adequação  às 
necessidades linguísticas das crianças.
11.1.2. Estrutura das Línguas Moçambicanas e Língua Moçambicana
Estas  disciplinas  visam  assegurar  que  o  formando  reconheça  a  importância  das  Línguas 
moçambicanas no ensino, através do estudo dos seus aspectos sociolinguísticos e formais.
Elas focalizam o estudo da situação linguística de África e de Moçambique, da história das 
Línguas Bantu de Moçambique, da estrutura das Línguas Moçambicanas, isto é, a fonética, 
fonologia,  morfologia  e  a  sintaxe,  incluindo  a  aprendizagem  da  leitura  e  escrita  nestas 
línguas.
A análise de materiais escritos disponíveis em Línguas Moçambicanas constitui uma base 
importante para a  reflexão de aspectos  ligados à grafia,  tendo em conta o processo de 
padronização e suas implicações para o ensino das mesmas.
Resultados de aprendizagem:
 ● Estabelecer a relação entre o respeito pela diversidade linguística e cultural do país 
e o reforço da unidade nacional, o orgulho de ser moçambicano e a preservação da 
paz;
 ● Explicar a importância da introdução das Línguas Moçambicanas no ensino;
 ● Caracterizar  similaridades  e  diferenças  entre  as  Línguas  Bantu  faladas  em 
Moçambique;
 ● Descrever  a  estrutura  das  línguas  moçambicanas  nos  aspectos  elementares  da 
fonética, fonologia, morfologia e sintaxe;
 ● Sistematizar  as diferenças estruturais  entre as  Línguas Moçambicanas e a  Língua 
Portuguesa;
 ● Reconhecer as diferenças estruturais entre as Línguas Moçambicanas e o português 
e as possíveis áreas de tensão entre elas;
 ● Ler e produzir  textos em Línguas Moçambicanas do grupo Bantu,  respeitando as 
regras de funcionamento da língua;
 ● Analisar, criticamente, os materiais em Línguas Moçambicanas, quanto à adequação 
ao contexto, necessidades  linguísticas das crianças e à observância das regras de 
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funcionamento.
11.1.3. Língua de Sinais de Moçambique
A disciplina de Língua de Sinais de Moçambique (LSM) surge no contexto da operacionalização 
dos  princípios  legais  que  defendem  a  sua  utilização  na  educação  dos  surdos.  Ela  visa 
desenvolver  a  competência  comunicativa  e  linguístico-gestual  do  formando  e promover 
o reconhecimento como uma das línguas moçambicanas e a sua massificação, tendo em 
conta as particularidades psicológicas do desenvolvimento da criança.
A  LSM  tem  enfoque  no  estudo  da  situação  linguística  das  pessoas  com  Necessidades 
Educativas  Especiais  (NEE),  decorrentes  da  deficiência  auditiva,  classificação  da  perda 
auditiva e implicações para a aprendizagem, estrutura da língua, cultura dos surdos e uso 
da mesma, como meio de ensino e aprendizagem da leitura e escrita da língua oral. 
O material escrito na língua portuguesa instituirá a exploração e reflexão da importância 
da língua de sinais como uma das línguas moçambicanas e de mediação, tendo em conta 
a especificidade da expressão da mesma em relação ao funcionamento da  língua oral, o 
processo de padronização e suas implicações para o ensino.
Resultados de aprendizagem:
 ● Estabelecer relação entre o respeito pela diversidade linguística e cultural do país e 
o reforço da unidade nacional, o orgulho de ser moçambicano e a preservação da 
paz;
 ● Explicar a importância da introdução da Língua de Sinais de Moçambique no ensino 
e na comunidade;
 ● Caracterizar as implicações dos diferentes graus de perda auditiva para a aquisição e 
desenvolvimento da comunicação oral e para os processos de ensino e aprendizagem;
 ● Descrever  a  estrutura  da  língua  de  sinais  nos  aspectos  elementares  da  fonética, 
fonologia, morfologia e sintaxe; 
 ● Sistematizar as diferenças estruturais entre a Língua de Sinais de Moçambique e a 
Língua Portuguesa; 
 ● Ler em Língua de Sinais de Moçambique textos escritos em Português, respeitando 
as regras de funcionamento da mesma;
 ● Produzir textos em Português, respeitando as regras de funcionamento da Língua 
de Sinais de Moçambique; 
 ● Analisar,  criticamente,  os  materiais  em  Língua  Portuguesa,  quanto  à  adequação 
ao contexto, necessidades  linguísticas das crianças e à observância das regras de 
funcionamento.
11.1.4. Matemática
Saber  utilizar  a  máquina  de  calcular;  A Matemática  desempenha  um  papel  decisivo  na 
resolução de problemas da vida diária. É um instrumento poderoso para o conhecimento do 
mundo, domínio da natureza, construção de conhecimentos em outras áreas curriculares. 
Favorece também a formação de capacidades intelectuais, a estruturação do pensamento e 
a agilização do raciocínio do formando. 
Esta disciplina visa revisitar competências em Matemática desenvolvidas ao longo do Ensino 
Primário e Secundário,  relacionadas  com a aritmética e geometria,  entre outras áreas. A 
aplicação de  conteúdos  como  a  contagem,  o  cálculo  e  as  quatro operações básicas,  na 
solução  de  problemas  da  vida,  promove  um  ensino  significativo  para  os  alunos.  Esta 
disciplina compreende: Matemática I (para a aquisição de competências para leccionar no I 
ciclo do Ensino Primário) e Matemática II (para a aquisição de competências para leccionar 
no II ciclo do Ensino Primário).
Resultados de aprendizagem:
 ● Dominar a linguagem matemática; 
 ● Desenvolver o cálculo mental;
 ● Saber utilizar a máquina de calcular; 
 ● Resolver  problemas  relacionados  com  a  realidade,  envolvendo  as  noções 
de  contagem,  cálculo  e  aplicação  das  quatro  operações  (adição,  subtracção, 
multiplicação e divisão), números naturais, decimais e fraccionários; 
 ● Utilizar os conhecimentos sobre os múltiplos e divisores, critérios de divisibilidade, 
números primos, proporcionalidade e percentagens na resolução de problemas;
 ● Reconhecer e saber utilizar as unidades de medida (comprimento, massa, capacidade, 
área, volume e unidades de tempo);
 ● Desenvolver noções de orientação espacial dos sólidos geométricos;
 ● Trabalhar  figuras  geométricas  no plano  (triângulos,  quadriláteros,  circunferência), 
isometrias e padrões matemáticos; 
 ● Recolher, organizar, sintetizar, representar, interpretar, fazer inferências e apresentar 
dados numéricos como base para a tomada de decisões pedagógicas; 
 ● Estabelecer a ligação entre a Matemática, a vida e os saberes locais;
 ● Analisar  a  abordagem  dos  conteúdos  de Matemática  nos  livros  escolares  e  nas 
aulas assistidas, quanto à sua ligação com a realidade dos alunos e relação com os 
saberes locais.
11.1.5. Ciências Naturais
A disciplina de Ciências Naturais tem como finalidade desenvolver no formando competências 
que lhe permitam compreender o mundo que o rodeia, através da sua observação crítica, 
procurando explicações lógicas para interpretar o que observa
Os conceitos e procedimentos  ligados às Ciências Naturais contribuem para a ampliação 
dos conhecimentos do formando, sobre o mundo, levando-o à aquisição de novos valores 
sobre os fenómenos da natureza, contribuindo para uma reconstrução da relação Homem-
Natureza. Assim, os saberes inerentes a esta área auxiliam na identificação de problemas, 
a partir de observações, no levantamento de hipóteses, e, ainda, a testá-las, a refutá-las e 
a abandoná-las, em caso de necessidade, permitindo a redescoberta do já conhecido pela 
ciência.
As  Ciências  Naturais  possibilitam,  também,  o  conhecimento  do  ser  humano  e  a  sua 
interacção

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