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CONHECIMENTOS PEDAGÓGICOS Professor Gabriel Rebouças Apostila Digital Material com layout para impressão RESUMO: CONCURSO PROFESSOR – CONHECIMENTOS PEDAGÓGICOS Olá, concurseiro(a). O presente material foi organizado pelo Professor Gabriel Rebouças (redes sociais: @gmrfsantos10), Especialista em Fundamentos da Educação Infantil e Anos Iniciais, Letramento e Alfabetização, possui graduação em Direito e Licenciatura em Pedagogia. Possui experiência na formação de professores, atuando como professor e gestor educacional. Atualmente é Servidor Público, ocupando o cargo de Professor nas Redes de Goiânia e Goianira, além de ministrar aulas em cursos preparatórios para concursos públicos da área educacional. “Estão reservados os direitos desta publicação para o organizador do material. A reprodução sem autorização prévia do organizador não é permitida e caracteriza crime previsto no Art. 184 do Código Penal e na lei n° 9.610 de 19 de fevereiro de 1998, sendo, portanto, expressamente proibido a divulgação, compartilhamento, reprodução, rateio e uso indevido do material sem consentimento do organizador deste, cabendo penalizações no âmbito judicial.” Coloco-me a disposição para o esclarecimento de quaisquer dúvidas, através do contato pelo e-mail: gmrfsantos@gmail.com. Bons estudos! APRESENTAÇÃO mailto:gmrfsantos@gmail.com RESUMO: CONCURSO PROFESSOR – CONHECIMENTOS PEDAGÓGICOS SOCIEDADE CULTURA E EDUCAÇÃO » Período Jesuítico (até 1759): Educação jesuíta (Companhia de Jesus) estruturou o Ratio studiorum que organizou o ensino em: - Curso elementar: ensino das primeiras letras; - Cursos secundários: Letras: Gramática Latina, Humanidades e Retórica / Filosofia: Lógica, Metafísica, Moral, Matemática e Ciências Físicas e Naturais. - Curso nível Superior: Teologia e Ciências Sagradas - para formação de sacerdotes. » Período Pombalino (1760 a 1808): escolas jesuítas foram fechadas ocorreu uma reforma na educação, instituindo as Aulas Régias. Cada aula régia era autônoma e isolada, com professor único e uma não se articulava com as outras. Resultado da proposta de Pombal: fracasso educacional. Com a educação em crise, em 1772 foi instituído imposto Subsídio literário, que visava aumentar salário dos professores e a manutenção do ensino primário e médio (imposto cobrado sobre a carne, o vinho, o vinagre e a aguardente). Nunca foi colocado em prática e os professores ficaram a ver navios. » Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova (1932): Levantaram a bandeira contra a escola elitista e o modelo acadêmico tradicional (monopólio da Igreja Católica). Defendiam uma Escola igual para todos, obrigatória, pública, gratuita e leiga como um dever do Estado, a ser implantada em programa de âmbito nacional. Defendiam também a coeducação, laica, democracia e autonomia. Fruto da urbanização/industrialização o movimento foi marcado pelo “otimismo pedagógico” que norteava a oposição ao sistema educacional da época – movimento influenciado por aspectos desenvolvimentistas do início do século XX, pelo Pragmatismo de John Dewey (trazido por Anísio Teixeira) e pelas teorias positivistas de Émile Durkheim. APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO Uma teoria de aprendizagem pode ser definida como uma tentativa sistemática para interpretar, organizar e fazer previsões sobre como ocorre aprendizagem. Estas teorias podem ser agrupadas em: Comportamentalismo, Cognitivismo e Humanismo. Comportamentalismo: Segundo as teorias comportamentalistas, aprender é uma mudança de comportamento. O principal objetivo é fazer o aprendiz fornecer as respostas corretas, não levando em consideração o que ocorre dentro de sua mente durante o processo de aprendizagem. Cognitivismo: Segundo as teorias cognitivas, aprender é construir conhecimento. Enfatiza a cognição estudando os processos mentais que o sujeito utiliza para armazenar, compreender e transformar a informação Humanismo: Segundo as teorias humanistas, aprender leva à autorealização e ao crescimento pessoal. Aprendizagem não se limita ao aumento de conhecimentos; não tem sentido falar do comportamento ou da cognição sem considerar o domínio afetivo. RESUMO: CONCURSO PROFESSOR – CONHECIMENTOS PEDAGÓGICOS ABORDAGENS DO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM. »SEQUÊNCIA DIDÁTICA definida como uma sucessão planejada de atividades progressivas e articuladas entre si, guiadas por um tema, um objetivo geral ou uma produção. » TRANSPOSIÇÃO DIDÁTICA (a passagem do saber científico para o saber escolar): Instrumento através do qual se transforma o conhecimento científico em conhecimento escolar, para que possa ser ensinado pelos professores e aprendido pelos alunos. Maura Dallan, da Fundação Victor Civita, “significa analisar, selecionar e inter-relacionar o conhecimento científico, dando a ele uma relevância e um julgamento de valor, adequando-o às reais possibilidades cognitivas dos estudantes.” Segundo estudiosos da educação, este termo foi introduzido em 1975 pelo sociólogo Michel Verret e teorizado por Yves Chevallard no livro La Transposition Didatique, onde mostra as transposições que um saber sofre quando passa do campo científico para a escola. Dessa forma, Chevallard conceitua "transposição didática" como o trabalho de fabricar um objeto de ensino. O termo didática foi instituído por Comenius em sua obra Didática Magna (1657), e originalmente significa “arte de ensinar”. Durante séculos, a didática foi entendida como técnicas e métodos de ensino, sendo a parte da pedagogia que respondia somente por “como” ensinar. Os manuais de didática traziam detalhes sobre como os professores deveriam se portar em sala de aula. Tradicionalmente, os elementos da ação didática são: professor, aluno, conteúdo, contexto e estratégias metodológicas. Para Libâneo (1990), Didática: “a ela cabe converter objetivos sócio-políticos e pedagógicos em objetivos de ensino, selecionar conteúdos e métodos em função desses objetivos, estabelecer os vínculos entre ensino e aprendizagem, tendo em vista o desenvolvimento das capacidades mentais dos alunos. [...] trata da teoria geral do ensino”. A disciplina de Didática deve desenvolver a capacidade crítica dos professores em formação para que os mesmos analisem de forma clara a realidade do ensino. Para Libâneo (1990) é “uma das disciplinas da Pedagogia que estuda o processo de ensino através de seus componentes. – os conteúdos escolares, o ensino e aprendizagem – para, com o embasamento numa teoria da educação formular diretrizes orientadoras da atividade profissional dos professores”. DIDÁTICA NO BRASIL Período Jesuítico: Pressupostos didáticos diluídos no Ratio Studiorum – formação do homem universal, humanista e cristão. / Foco nos instrumentos e regras metodológicas, compreendendo o estudo privado, individual. O mestre prescrevia o método de estudo, a matéria e o horário / Ênfase aos métodos, às formas, compreendendo: verificação do estudo, correção, repetição, explicação, interrogação, ditado. / Ênfase no método expositivo, nas lições orais, no exercício da repetição. / Pelo professor: estímulo ao desafio, a competição (considerada instrumento didático da aula). Nesse período, DIDÁTICA é concebida como um “conjunto de regras e normas prescritivas visando a orientação técnica do ensino e do estudos, sendo o alicerce de uma tradição didática centrada no método e em regras de bem conduzir a aula e o estudo” – ação desvinculada da realidade brasileira. » DIDÁTICA/PEDAGOGIA TRADICIONAL: Concepção humanista tradicional: A educação centra-se no adulto(no educador), no intelecto, no conhecimento / Conteúdos de ensino: enciclopédico e intelectualistas / Conteúdos humanísticos selecionados da cultura universal, separados da experiência dos alunos e da realidade social/ verdades absolutas; / Método: exposição, repetição, memorização – Separação teoria e prática (Preparação /Apresentação/ Comparação/ Assimilação/ Generalização/ Aplicação) /Relacionamento professor-aluno: Professor(centro) e aluno(receptivo) /Pressupostos de aprendizagem: caráter verbalista, autoritário e inibidor da participação do aluno / aprendizagem mecânica. RESUMO: CONCURSO PROFESSOR – CONHECIMENTOS PEDAGÓGICOS » DIDÁTICA - PEDAGOGIA RENOVADA - Entre 1920-1950 (ESCOLA RENOVADA): Concepção humanista moderna: Baseia-se na visão de homem centrada na existência, na vida, na atividade, na criança (educando). Seguir o ritmo vital que é determinado pelas diferenças existenciais nos indivíduos, predominando os aspectos psicológicos sobre o lógico. Nesse período, a didática praticada era a da Escola Nova, que buscou superar os postulados da escola tradicional, trazendo assim uma reforma interna no ensino. O movimento da escola nova defendia a necessidade de partir dos interesses das crianças, abandonando a visão delas como “adultos em miniatura” e passando a considerá-las capazes de se adaptar a cada fase de seu desenvolvimento. Foi a fase do “aprender fazendo”, momento em que os jogos educativos passaram a ter um papel importante no dia- a-dia das escolas. Entre seus principais defensores encontram-se Anísio Teixeira, Fernando de Azevedo, Lourenço Filho, Cecília Meireles. Características: Movimento Escolanovista no Brasil (inspiração norte-americana John Dewey – Pragmatismo pedagógico): Propõe um novo tipo de homem /Defesa por princípios democráticos / Valorização da criança – necessidades específicas devem ser respeitadas. Concepção de Didática: facilitadora da aprendizagem /Preconiza a solução de problemas, a iniciativa e autonomia do sujeito / Os processos de transmissão- recepção dos conhecimentos são substituídos pelo processo de elaboração pessoal /Saber: é centrado no sujeito cognoscente e não mais no objeto do conhecimento /A valorização do ambiente escolar e harmonia na sala de aula é uma forma de vivência democrática. Críticas a didática da Escola Renovada (Escola Nova): O Escolanovismo preconiza a solução de problemas educacionais numa perspectiva interna da escola, sem considerar a realidade brasileira nos seus aspectos políticos, econômica e social /O problema educacional passa a ser uma questão escolar e técnica /A escola transfere a preocupação dos objetivos e conteúdos para os métodos e da quantidade para a qualidade /A DIDÁTICA: sofre influência do Escolanovismo que acentua o caráter prático-técnico do processo ensino-aprendizagem /DIDÁTICA: conjunto de idéias e métodos privilegiando a dimensão técnica do processo de ensino, fundamentada nos pressupostos psicológicos ou pedagógicos experimentais / O enfoque da Didática privilegia a dimensão instrumental, ignorando o contexto político-social. »DIDÁTICA TECNICISTA (1960-1980): Concepção Analítica da Filosofia da Educação: objetividade, racionalidade e neutralidade, princípios da cientificidade. A Didática centra-se na organização racional do processo de ensino, no planejamento formal, na elaboração de materiais instrucionais, nos livros didáticos descartáveis. Didática centra-se na análise das condições ambientais, na avaliação somativa, no controle dos processos e na mecanização do processo de ensino e na supervalorização dos meios sofisticados. Nesse período, a didática assumiu o enfoque teórico numa dimensão denominada tecnicista, e deixou o enfoque humanista centrado no processo interpessoal, para uma dimensão técnica do processo ensino- aprendizagem. A era industrial fez-se presente na escola, e a didática era vista como uma estratégia objetiva, racional e neutra do processo. O referencial principal do ensino era a fábrica, e sobre ela se construíram as práticas educativas. Conteúdos de ensino: cientificamente objetivos. Métodos: modelagem de comportamento em prol de resultados mensuráveis. Relacionamento professor-aluno: professor e aluno são espectadores, comunicação técnica, emissão- recepção. Pressupostos de aprendizagem: controle de comportamento e condicionamento de desempenho. Neutralidade científica /Inspirada nos princípios da racionalidade, eficiência e produtividade /Busca pela objetivação do trabalho pedagógico /Na escola instala- se a divisão do trabalho sob a justificativa da produtividade /Parcelamento e fragmentação do processo /Distanciamento entre quem planeja e quem executa /Estrutura na teoria da aprendizagem behaviorista: orientada por objetivos instrucionais pré- definidos e tecnicamente elaborados /Teoria do sistema: visa a racionalização do processo de ensino- aprendizagem, a fim de obter mudanças comportamentais no indivíduo, através de um planejamento instrucional composto por elementos de entrada, de processamento, de saída e de realimentação /O professor é um técnico, organizador das condições de transmissão do conteúdo e administrador dos meios sofisticados de ensino /O aluno é receptor da informação e não participa da elaboração da proposta /Relação docente e discente é estritamente técnica / A metodologia é instrumental. O ensino das disciplinas: reduzido à sua dimensão técnica, reafirmando a neutralidade científica// Preocupação com os meios, desvinculando-os dos fins a que servem e do contexto em que foram produzidos / O ensino considera o saber de um modo fragmentado, compartimentalizado, dissociado do contexto / O ensino se baseia na disciplina, é racionalizado e mecanicista / O processo de ensino é centralizado por elementos de entrada, processo, saída e feedback / Acentua-se o formalismo didático. A PARTIR DOS ANOS 1990 ATÉ A ATUALIDADE A didática tornou-se um instrumento para a cooperação entre docente e discente, para que realmente ocorresse a evolução dos processos de ensino e aprendizagem. Para isso é importante o comprometimento, o esforço e o exercício de suas técnicas em ambos os lados, para que o conhecimento realmente seja transmitido do professor para o aluno. Influência da concepção Dialética da Filosofia da Educação / Pedagogia Paulo Freire / Visão de homem como síntese de múltiplas escolhas / Explicitação dos problemas educacionais a partir do contexto histórico em que estão inseridos / Realidade é dinâmica / Educação como atividade humana assentada na interação social / Valorização do pedagógico sem deixar de lado suas vinculações com os fatores sócio-políticos / RESUMO: CONCURSO PROFESSOR – CONHECIMENTOS PEDAGÓGICOS A escola é parte integrante da totalidade social, instância difusora de conhecimento e reelaboração de saberes pelos professores e alunos /Os métodos de ensino devem partir de uma relação direta com a experiência discente em confronto com o saber elaborado / Aluno é ser concreto situado historicamente / Relação pedagógica calcada na autonomia e reciprocidade / Valorização do papel docente – mediação do processo / Proposta pedagógica aponta para a superação da divisão do saber (fragmentação) / Didática: função de clarificar o papel político da educação e escola e mais especificamente do ensino EM BUSCA DE UMA DIDÁTICA CRÍTICA: Didática: para além dos métodos e das técnicas de ensino /Busca em associar escola-sociedade / Teoria e prática / Alternativas que superem a relação dicotômica entre pedagogia e política / Prima a articulação entre ensino e sociedade. APRENDIZAGEM COLABORATIVA: Características Participação ativa do aluno no processo de aprendizagem; Mediação da aprendizagem feita por professores e tutores; Construção coletiva do conhecimento, que emerge da troca entre pares, das atividades práticas dos alunos, de suas reflexões, de seus debatese questionamentos; Interatividade entre os diversos atores que atuam no processo; Estimulação dos processos de expressão e comunicação; Flexibilização dos papéis no processo das comunicações e das relações a fim de permitir a construção coletiva do saber; Sistematização do planejamento, do desenvolvimento e da avaliação das atividades; Aceitação das diversidades e diferenças entre alunos; Desenvolvimento da autonomia do aluno no processo ensino-aprendizagem; Valorização da liberdade com responsabilidade; Comprometimento com a autoria; valorização do processo e não do produto. EDUCADOR E AS TECNOLOGIAS DA COMUNICAÇÃO E INFORMAÇÃO Perfil do professor (formação múltipla em Educação): 1 - tem consciência de que a educação multicultural e de massa situa-se para além da aquisição restrita do saber escolar. 2 - Não despreza a cultura midiática que os jovens trazem, mas parte dela [...]. 3 - Compreende a riqueza das mídias como portadoras de informação e de representações do mundo a serem analisadas, comparadas e reconstruídas. 4 - Compreende que assistir a TV não é uma atitude passiva e o educador pode auxiliar a articular e conferir sentido. 5 - Sabe introduzir as mídias de maneira a possibilitar analisá-las do triplo ponto de vista: econômico e ético de quem as produz; da maneira como são construídas as mensagens; do ponto de vista da audiência que lhes dá sentido. 6 - Aceita novas relações no contexto escolar. 7 - Aceita a inserção de outras modalidades de apropriação da realidade como as emoções provocadas pelas mídias, através da observação do real e da construção do pensamento rigoroso ou científico. 8 - Aceita não ter mais o monopólio da transmissão do saber e da verdade: não é “expert”, não dispõe de um corpo de conhecimentos; a informação pertence igualmente a todos, sendo o educando(a) o centro da atenção. 9 - Aceita que o que se aprende na escola se prolonga e se articula com o cotidiano. (EDUCAREDE, 2006, p. 18). TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS EM EDUCAÇÃO Pode aparecer na prova como CORRENTES DO PENSAMENTO PEDAGÓGICO BRASILEIRO. Para efeitos didáticos, vários autores buscam classificar as principais correntes/tendências, por exemplo: Saviani (2000): Não-Críticas (Tradicional, Renovada e Analítica), Crítico-Reprodutivistas e Dialéticas. Luckesi (1994): Redentoras, Reprodutoras e Transformadoras Para Libâneo (1994) as tendências pedagógicas são a orientação TEÓRICA que direciona a PRÁTICA docente. Podem ser classificadas em: Liberais e Progressistas. TENDÊNCIAS LIBERAIS: Tradicional; Renovada Progressivista e Não-Diretiva (Escola Nova), Tecnicista. São teorias de caráter redentoras, não criticas e que visam à aceitação, conformação e manutenção do “status quo”. / Características: Justificação do sistema capitalista (Forma de organização social baseada na propriedade privada dos meios de produção); Ênfase na defesa da liberdade e dos direitos e interesses individualistas na sociedade; Teoria não crítica (manutenção do “status quo”); Teorias conformistas, de aceitação. TENDÊNCIAS PROGRESSISTAS: Libertadora, Libertária e Crítico-Social dos Conteúdos. São teorias de caráter transformador, críticas ao modelo educacional imposto pelo sistema capitalista (Tendências Liberais). / Características: Partem de uma análise crítica da realidade social. Educação tem finalidade sociopolítica e pode não se institucionalizar (pois visam transformação), mas é instrumento de luta. PARA SABER MAIS: »TENDÊNCIAS LIBERAIS: Tradicional; Renovada (Progressivista e Não-Diretiva), Tecnicista Tendência LIBERAL Tradicional: » Papel da escola: preparar para assumir uma posição social / Transmitir conhecimentos acumulados pela humanidade./ » Conteúdos de ensino: enciclopédico e intelectualistas / humanísticos selecionados da cultura universal, separados da experiência dos alunos e da realidade social/ verdades absolutas; / » Métodos: exposição, repetição, memorização. / » Relacionamento professor-aluno: Professor (centro) e aluno (receptivo) /» Pressupostos de aprendizagem: caráter verbalista, RESUMO: CONCURSO PROFESSOR – CONHECIMENTOS PEDAGÓGICOS autoritário e inibidor da participação do aluno / aprendizagem mecânica. /» Avaliação: foco no conteúdo, punitiva, classificatória, quantitativa. /» Manifestações da prática escolar: escolas religiosas, leigas. / » Psicologia/Teoria de Aprendizagem: Inatista. Tendência LIBERAL Renovada Progressivista (Escola Nova): » Papel da escola: Adequar o indivíduo ao meio social / Valorizar o conhecimento que o aluno traz / estimular os alunos que são diferentes e necessitam de estímulos diferentes. / » Conteúdos de ensino: foco nos processos mentais (aprender a aprender) / Selecionados a partir das experiências vividas pelos alunos; / Foco no desenvolvimento das relações sociais, convivência em grupo e saber fazer. / » Métodos: aprender fazendo. / » Relacionamento professor-aluno: professor orientador / aluno é o centro do processo de ensino-aprendizagem, ser ativo / professor não deve ensinar, mas sim criar condições para que os alunos aprendam; / » Pressupostos de aprendizagem: ênfase na cultura esconde a realidade das diferenças de classe / Aprender é uma atividade de descoberta, é um ato individual, uma construção subjetiva do conhecimento / aluno é o centro do processo de ensino. / » Avaliação: Preocupação com: participação, interesse, socialização e conduta (assiduidade, responsabilidade, higiene, pontualidade); / » Psicologia - Teoria de Aprendizagem: Interacionismo Construtivista (Piaget) Tendência LIBERAL Renovada Não-Diretiva: » Papel da escola: formar atitudes / Prioriza os problemas psicológicos em detrimento dos pedagógicos / preocupação com as questões psicológicas do aluno, as atitudes, esquecendo um pouco as pedagógicas e sociais. / » Conteúdos de ensino: ênfase em aspectos psicológicos / Selecionados a partir dos interesses e experiências vividas pelos alunos. / » Métodos: sensibilização, facilitação. / » Relacionamento professor-aluno: Facilitador e foco no aluno. Professor é especialista em relações humanas. / » Pressupostos de aprendizagem: Favorece o amadurecimento emocional, a autonomia e as possibilidades de auto realização do aluno, pelo desenvolvimento da valorização do seu “eu”; / » Avaliação: relevância do aprendido se dá em relação ao “eu” / Autoavaliação; /» Teoria de Aprendizagem: - Psicologia humanista: Foco nas relações interpessoais, centrado no desenvolvimento da personalidade do indivíduo em seus processos de construção e organização pessoal. Tendência LIBERAL Tecnicista: » Papel da escola: preparar para o mercado de trabalho / eficiência, eficácia, qualidade, racionalidade, “produtividade” e “neutralidade” na escola, que deve funcionar como uma empresa. / » Conteúdos de ensino: cientificamente objetivos. / » Métodos: modelagem de comportamento em prol de resultados mensuráveis. / » Relacionamento professor-aluno: professor e aluno são espectadores, comunicação técnica, emissão- recepção. / » Pressupostos de aprendizagem: controle de comportamento e condicionamento de desempenho. / » Manifestações da prática escolar: orientações político-econômicas oriundas do regime militar (décadas: 60/70/80). / » Avaliação: Foco na produtividade do aluno; objetiva; exercícios programados no final do processo; / » Teoria de Aprendizagem: - Behaviorista/ Comportamentalista / Instrumentalismo PARA SABER MAIS: »Tendências PROGRESSISTAS: Libertadora, Libertária e Crítico-Social dos Conteúdos Tendências PROGRESSISTAS Libertadora: » Papel da escola: educação “não formal” / Formação da consciência política do aluno para atuar e transformar a realidade social. / » Conteúdos de ensino: temas geradores extraídos da problematização da prática de vida dos educandos / a razão de ser dos fatos – decodificação./ » Métodos: diálogo autêntico, ativo e crítico;/ » Relacionamento professor-aluno: horizontalidade / Educador e educandos são sujeitos do ato do conhecimento; O aluno é sujeito participante do/no grupo; / Matriz: amor, esperança, humildade, fé, confiança, criticidade; / Relação pedagógica com base na cultura do grupo. / » Pressupostos de aprendizagem: Educação é sempre um ato político / Crítica à “educação bancária”/ Educação problematizadora, conscientizadora / educandos devem se reconhecer sujeitos histórico-sociais, capazes de transformar a realidade; / » Manifestações da prática escolar: educação de jovens e adultos (EJA), “educação popular”. / » Avaliação: Prática emancipadora; Tendências PROGRESSISTAS Libertária: » Papel da escola: promover a coletividade com vistas a combater o domínio do Estado, no sentido libertário e autogestionário / Desenvolver mecanismos de mudanças institucionais e no aluno, com base na participação grupal; / » Conteúdos de ensino: foco no conhecimento resultante da experiência vivida. / » Métodos: vivências grupais. / » Relacionamento professor-aluno: professor orientador e integrante do grupo. / » Pressupostos de aprendizagem: aprendizagem informal / Defesa da autogestão; / Rejeitam toda forma de governo. / O ensino deve desenvolver todas as possibilidades da criança (integralidade), sem abandonar nenhum aspecto mental ou físico, intelectual ou afetivo; / »Avaliação: ocorre nas situações vividas, experimentadas, portanto incorporadas para serem utilizadas em novas situações. Tendências PROGRESSISTAS Crítico-Social dos Conteúdos: » Papel da escola: difusão de conteúdos originados das realidades sociais. / » Conteúdos de ensino: saberes culturais. / » Métodos: ação-compreensão-ação e síntese, relação teoria e prática / Aula expositivo- dialogada / Incorpora a dialética como teoria de compreensão da realidade e como método de intervenção nesta realidade; Materialismo histórico. / » Relação professor-aluno: autoridade do professor, participação do aluno. » Pressupostos de aprendizagem: metodologias de ensino e de RESUMO: CONCURSO PROFESSOR – CONHECIMENTOS PEDAGÓGICOS aprendizagem / aprendizagem significativa. Relação interativa entre professor e aluno, em que ambos são sujeitos ativos; / » Manifestações da prática escolar: escola pública. / » Teoria de aprendizagem: Corrente sócio-histórica: Vigotski, Lúria, e Wallon. / » Avaliação: Função diagnóstica (permanente e contínua) / O aluno toma conhecimento dos resultados de sua aprendizagem e se organiza para as mudanças necessárias. CONCEPÇÕES DE CURRÍCULO E ORGANIZAÇÃO DO CURRÍCULO ESCOLAR DA EDUCAÇÃO BÁSICA O que é Currículo? A palavra curriculum é de origem latina e significa o curso, a rota, o caminho da vida ou das atividades de uma pessoa ou grupo de pessoas. / Curriculum quando empregado em educação significa a organização de atividades que serão realizadas pelo professor e seu grupo de alunos. CURRÍCULO é um conjunto de conhecimentos ou matérias a serem superadas pelo aluno dentro de um processo educativo; é entendido também como experiência recriada pelos alunos por meio da qual podem desenvolver-se; o currículo como programa que proporciona conteúdos e valores para que os alunos melhorem a sociedade. Sacristán (2000). CURRÍCULO: Pra além de si mesmo, é a expressão de uma concepção de mundo, de homem, e de sociedade. (é uma construção social). Currículo é território: SILVA, Tomaz Tadeu. NÍVEIS DE CURRÍCULO (formal, real e oculto) » FORMAL (PRESCRITO/EXPLÍCITO ou OFICIAL): estabelecido pelos sistemas de ensino ou instituição educacional. É o currículo legal expresso em diretrizes, objetivos e conteúdos das áreas ou disciplinas de estudo. Conjunto de diretrizes normativas prescritas institucionalmente, como por exemplo: os PCN’s e as Diretrizes Curriculares Nacionais. » REAL: é o currículo que, de fato, acontece na sala em decorrência de um projeto pedagógico e dos planos de ensino. É a execução do plano, é a efetivação do que foi planejado, mesmo com as mudanças do percurso. » OCULTO: denominação refere-se àquelas influências que afetam a aprendizagem dos alunos e o trabalho dos professores provenientes da experiência cultural, dos valores e significados trazidos pelas pessoas de seu meio social e vivenciados na escola. (Michael Apple). Outra classificação: “PRÉ-ATIVO” x “INTERATIVO” » CURRÍCULO PRÉ-ATIVO (prática idealizada, imaginada) é normativo e escrito pelos representantes do poder educacional instituído. » CURRÍCULO INTERATIVO: currículo como prática em sala de aula, situação de universo complexo, repleto de diversidades. TEORIAS CURRÍCULARES: TRADICIONAIS / CRÍTICAS e PÓS-CRÍTICAS: - TRADICIONAIS (palavras chaves): Ensino / Aprendizagem / Avaliação / Metodologia / Didática / Organização /Planejamento / Eficiência / Objetivos - CRÍTICAS (palavras chaves): Ideologia / Reprodução cultural e social / Poder / Classe social / Capitalismo / Relações sociais de produção / Conscientização / Emancipação, libertação e resistência / Currículo oculto. - PÓS-CRÍTICAS (palavras chaves): Identidade, alteridade diferença / Subjetividade / Significação e discurso / Saber e poder / Representação / Cultura / Gênero, raça, etnia / Sexualidade / Multiculturalismo. » TEORIAS TRADICIONAIS DE CURRÍCULO • Franklin Bobbit (1918): The currículum: escolarização das massas / Princípios da administração científica (da racionalidade técnica): Taylorismo e Fordismo aplicado à escola / Cienficismo e padronização nos processos pedagógicos / »Surgimento do campo de estudos do currículo: com a institucionalização da educação de massas. / - Bobbitt (1918): The curriculum. » Características: Currículo: eficiência, organização e desenvolvimento. / - Funcionamento da escola à semelhança da empresa comercial ou industrial (Princípios da administração científica: Taylorismo aplicado à escola).- Currículo e organização: cabe aos especialistas levantar as habilidades a serem desenvolvidas e elaborar os instrumentos de medição das mesmas. (Princípios da administração, da racionalidade técnica, cientificismo e padronização nos processos pedagógicos) / - Finalidades da educação dadas pelas exigências profissionais da vida adulta. » Questões Gerais: Currículo como questão técnica. / Orientação comportamentalista radicalizada nos anos 60 CORRENTES PEDAGÓGICAS CONTEMPORÂNEAS Corrente Modalidades Fundamento Racional- tecnológica Ensino de excelência; Ensino tecnológico Neotecnismo- racionalidade técnica e instrumental p/ o sistema produtivo. Currículo por competências Neocognivistas Construtivismo pós- piagetiano; Ciências cognitivas Maturação orgânica + solicitações do meio (conflito sociocognitivo) Sociocríticas Sociologia crítica do currículo; Teoria histórico- cultural; Teoria sociocultural; Teoria sociocogntiva; Teoria da ação comunicativa Superação das desigualdades sociais e econômicas “Holísticas” Holismo; Teoria da Complexidade; Teoria naturalista do conhecimento; Ecopedagogia; Conhecimento em rede A realidade como espaço que não pode ser fragmentado com o risco de se perder o seu sentido e significado humano “Pós-modernas” Pós- estruturalismo; Neo- pragmatismo Críticas à razão globali- zante do destino humano e sociedade RESUMO: CONCURSO PROFESSOR – CONHECIMENTOS PEDAGÓGICOS (tecnicismo). / Modelos tecnocráticos de Bobbitt e Tyler e modelo progressista de base psicológica de Dewey foi uma reação ao currículo clássico humanista – artes liberais na Antiguidade Clássica e educação universitária na Idade Média e no Renascimento (trivium: gramática, retórica e dialética; quadrivium: astronomia, geometria, música, aritmética). Ralph Tyler (1949): preocupação com organização e desenvolvimento do currículo / Objetivos educacionais / tecnocratismo - escola comovia de adaptação aos preceitos mercadológicos – base no controle de resultados e na explicitação de objetivos com base na formação para a base mercantil. Consolidação das ideias de Bobbitt - preocupação com organização e desenvolvimento do currículo) Paradigma de organização corresponde à divisão tradicional da atividade educacional: currículo, ensino/instrução e avaliação. Tyler Definiu as quatro questões básicas que qualquer currículo deveria responder: 1) Que finalidades educacionais deve procurar a escola atingir? / 2) Como podem selecionar-se as experiências de aprendizagem que podem ser úteis para alcançar estes objetivos? / 3) Como podem organizar-se as experiências de aprendizagem para uma instrução eficaz? / 4) Como se pode avaliar a eficácia das experiências de aprendizagem? » TEORIAS CRÍTICAS: final década de 1960, reação e oposição a teoria tradicional (tecnocrática e burocrática) começou a ser esboçada. De um processo de reconceitualização do campo passou-se para um período de constituição das Teorias Críticas do Currículo. » TEORIAS CRÍTICAS DE CURRÍCULO - Estados Unidos: Surge o movimento Reconceptualização. - Inglaterra: Michel Young (currículo tem um papel normativo. Dois significados distintos. 1º) referência às regras (ou normas) que norteiam a construção do currículo; 2º) educação sempre implica valores morais sobre uma boa pessoa e uma “boa sociedade”. - Brasil: Paulo Freire - principal da nova sociologia da educação. - França: destaca os ensaios de Althusser (educação como aparelho ideológico do Estado), Bourdieu e Passeraon (violência simbólica), Baudelot e Establet (escola dualista). Alguns autores » Bourdieu e Passeron: Cultura como economia: conceito de capital cultural./ A dinâmica da reprodução social centra-se no processo de reprodução cultural. /Domínio simbólico: definição da cultura dominante como a cultura e não como uma das culturas possíveis. / Imposição cultural como algo natural (violência simbólica): dupla violência do processo de dominação cultural. Currículo da escola: baseado na cultura dominante. / Ciclo de reprodução cultural: aprendizes das classes dominantes vêem seu capital cultural reconhecido e favorecido »Louis Althusser: a escola como um aparelho ideológico de estado » Giroux: currículo como política cultural: das análises educacionais para as culturais./ A partir da Escola de Frankfurt, crítica à racionalidade técnica e utilitária e ao positivismo das perspectivas dominantes sobre currículo./ Currículo é reprodução das desigualdades e injustiças sociais./ Crítica às análises fenomenológicas de currículo, pela ausência de ênfase sobre as formas como as construções sociais de significado se desenvolvem na escola e no currículo e sobre as relações sociais de controle e poder. » Pedagogia do oprimido (Paulo Freire): baseado na dialética hegeliana das relações entre senhor e servo, ampliada pelo marxismo: foco na dinâmica da dominação./Volta-se à educação de adultos (EJA) em países periféricos./ Analisa como é a educação e anuncia como deveria ser./ Educação bancária: crítica ao currículo existente. / Crítica ao caráter verbalista e narrativo do currículo tradicional. MULTICULTURALISMO E EDUCAÇÃO Na Teoria Pós-Critica que surge o Multiculturalismo na Educação. Candau (2008) destaca que existem inúmeras abordagens sobre o multiculturalismo: conservador, liberal, celebratório, crítico, emancipador, revolucionário. Porém, distingue duas abordagens: descritiva e propositiva. A descritiva afirma ser o multiculturalismo uma característica das sociedades atuais, “vivemos em sociedades multiculturais”. No entanto as configurações multiculturais dependem de cada contexto histórico, político e sociocultural, considerando as diferenças entre as nações, países e continentes. A propositiva “entende o multiculturalismo não simplesmente como um dado da realidade, mas como uma maneira de atuar, de intervir, de transformar a dinâmica social”. PARA SABER MAIS: Três abordagens do Multiculturalismo: assimilacionista, diferencialista e intercultural. Assimilacionista: visa favorecer todos e busca incorporar os excluídos à cultura hegemônica, assimilando-a; / Diferencialista: visa o acesso a direitos sociais e econômicos, privilegiando a formação de comunidades culturais homogenias com sua própria organização. Intercultural: visa o reconhecimento do outro, o diálogo entre os diferentes sendo que as diferenças sejam dialeticamente incluídas. » INTERDISCIPLINARIDADE: É o processo que envolve a integração e engajamento de educadores, num trabalho conjunto, de interação das disciplinas do currículo escolar entre si e com a realidade, de modo a superar a fragmentação do ensino, objetivando a formação integral dos alunos, a fim de que possam exercer criticamente a cidadania, mediante uma visão global de mundo e serem capazes de enfrentar problemas complexos, amplos e globais da realidade atual (LÜCK, 1994). RESUMO: CONCURSO PROFESSOR – CONHECIMENTOS PEDAGÓGICOS Fazenda (2002) apresenta três elementos essenciais presentes na interdisciplinaridade: 1) a articulação entre os campos de conhecimento constituídos pelas disciplinas; 2) a interação entre especialistas; 3) o lugar onde a interação e a articulação acontecem. Dificuldades para o trabalho interdisciplinar: Abertura da equipe (comunicação)/ Tempo e disposição da equipe/ Domínio didático/ Poder entre as disciplinas (disputa)/ Reunir as disciplinas em um projeto/ Ter profissionais para orientar/ Conhecimento/ Interação entre professores, equipe pedagógica e sociedade/ Cultura organizacional voltada ao individualismo. CURRÍCULO NA LDB » CURRÍCULO: base nacional comum e parte diversificada » OBRIGATÓRIO: estudo da língua portuguesa e da matemática, conhecimento do mundo físico e natural e da realidade social e política. » COMPONENTE CURRICULAR OBRIGATÓRIO: artes (MÚSICA dentro de artes) / EDUCAÇÃO FÍSICA/ ensino da História do Brasil / » UMA LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA (a partir da 5ª série - parte diversificada). » CONTEÚDOS OBRIGATÓRIOS (integrados ao currículo): exibição de filmes de produção nacional (2 h/mês) constituirá componente curricular complementar integrado / Princípios da proteção e defesa civil e a educação ambiental de forma integrada aos conteúdos obrigatórios/ Direitos humanos e prevenção de violência contra a criança e adolescente (TEMAS TRANSVERSAIS). História e cultura afro-brasileira e dos povos indígenas - ministrados em todo o currículo escolar (dentro de EDUCAÇÃO ARTÍSTICA E DE LITERATURA E HISTÓRIA). Art. 27. Os CONTEÚDOS CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA observarão, ainda, as seguintes DIRETRIZES: difusão de valores fundamentais ao interesse social, aos direitos e deveres dos cidadãos, de respeito ao bem comum e à ordem democrática; consideração das condições de escolaridade dos alunos em cada estabelecimento; / orientação para o trabalho; / promoção do desporto educacional e apoio às práticas desportivas não-formais. PLANEJAMENTO, PLANOS E PROJETOS EDUCATIVOS Plano x Planejamento Planejamento é o processo, fruto da participação e dialogo Plano é um documento utilizado para o registro de decisões do tipo: o que se pensa fazer, como fazer, quando fazer, com que fazer, com quem fazer. Segundo Padilha (2001), o plano é a “apresentação sistematizada e justificada das decisões tomadas relativas à ação a realizar.” Plano tem a conotação de produto do planejamento. Planejamento em Educação O planejamento em educação pode ocorrer em diferentes níveis, sendo: ✓ sistemas de ensino ✓ unidades educativas ✓ trabalho do professor no cotidiano da sala de aula. Os planos devem: articular-se à prática / ser refeitos e revistos / servir de instrumento para reflexão e avaliação. Tipos de Planejamento em Educação: a) PLANEJAMENTO EDUCACIONAL (Planejamentodo Sistema de Educação) “[...] é o de maior abrangência, correspondendo ao planejamento que é feito em nível nacional, estadual ou municipal. Incorpora e reflete as grandes políticas educacionais.” (VASCONCELLOS, 2000, p.95). b) PLANEJAMENTO ESCOLAR (Planejamento da Escola) atividade que envolve o processo de reflexão, de decisões sobre a organização, o funcionamento e a proposta pedagógica da instituição. “É um processo de racionalização, organização e coordenação da ação docente, articulando a atividade escolar e a problemática do contexto social.” (LIBÂNEO, 1992, p. 221). c) PLANEJAMENTO CURRICULAR: é o “[...] constitui um instrumento que orienta a ação educativa na escola, pois a preocupação é com a proposta geral das experiências de aprendizagem que a escola deve oferecer ao estudante, através dos diversos componentes curriculares." (VASCONCELLOS, 1995, p. 56). d) PLANEJAMENTO DE ENSINO: é o “[...] processo de decisão sobre a atuação concreta dos professores no cotidiano de seu trabalho pedagógico, (interações entre professor e alunos e entre os próprios alunos).” (PADILHA, 2001, p. 33). » PLANEJAMENTO EDUCACIONAL, de responsabilidade do estado, é o mais amplo, geral e abrangente. Tem a duração de 10 anos e prevê a estruturação e o funcionamento da totalidade do sistema educacional. Determina as diretrizes da política nacional de educação. Exemplo: PNE - Plano Nacional de Educação é o resultado do Planejamento Educacional da União. Segundo Coaracy (1972), os objetivos do Planejamento Educacional são: 1. Relacionar o desenvolvimento do sistema educacional com o desenvolvimento econômico, social, político e cultural do país, em geral, e de cada comunidade, em particular; 2. Estabelecer as condições necessárias para o aperfeiçoamento dos fatores que influem diretamente sobre a eficiência do sistema educacional (estrutura, administração, financiamento, pessoal, conteúdo, procedimentos e instrumentos); 3. Alcançar maior coerência interna na determinação dos objetivos e nos meios mais adequados para atingi- los; RESUMO: CONCURSO PROFESSOR – CONHECIMENTOS PEDAGÓGICOS 4. Conciliar e aperfeiçoar a eficiência interna e externa do sistema. » PLANEJAMENTO ESCOLAR geralmente no início do ano letivo / Na Semana Pedagógica: reunir equipe pedagógica da escola para planejar os próximos 200 dias letivos. Veja o que é importante planejar, discutir, elaborar e definir nesta semana: 1. As diretrizes quanto à organização e à administração da escola; 2. Normas gerais de funcionamento da escola; 3. Atividades coletivas do corpo docente; 4. O calendário escolar, o período de avaliações e o conselho de classe; 5. As atividades extraclasses; 6. O sistema de acompanhamento dos alunos e o trabalho com os pais; 7. As metas da escola e os passos para atingi-las; 8. Os projetos que serão desenvolvidos durante o ano; 9. Os temas transversais que serão trabalhados e distribuí-los nos meses; 10. Revisar o PPP. PLANEJAMENTO ESCOLAR E AVALIAÇÃO ✓ Atividades que supõem o conhecimento da dinâmica interna do processo de ensino e aprendizagem e das condições externas que co-determinam a sua efetivação. ✓ O planejamento articula-se à avaliação porque, além de previsão, de organização, também é pesquisa e reflexão. Importância do planejamento escolar 1. Centro do trabalho docente: aprendizagem dos alunos, trabalho ligado às exigências sociais e à experiência de vida dos alunos. 2. Planejamento: racionalização, organização e coordenação da ação docente, articulado à atividade educacional formal e ao contexto social. 3. Os elementos do planejamento – objetivos conteúdos e métodos – têm um significado político porque são permeados por implicações sociais. 4. Ação de planejar: atividade consciente de previsão das ações docentes fundamentadas em opções político-epistemológicas e tendo como referência as situações históricas concretas (problemática social, econômica, política e cultural). 5. Função do planejamento: orientar a prática educacional; por isso deve apresentar ordem sequencial, objetividade, coerência e flexibilidade. 6. Ordem sequencial: passos que obedecem à sequência lógica. 7. Objetividade: a realidade como ponto de partida do trabalho. 8. Coerência: entre teoria e prática; entre os objetivos gerais, os específicos, os quais devem ser compatíveis com conteúdos, métodos e avaliação. 9. Flexível: sujeito a alterações e adaptações. » PLANO DE ENSINO / CURSO: Roteiro organizado das unidades didáticas Componentes: 1. Justificativa da disciplina / módulo, em relação aos objetivos gerais da escola / instituição: relevância social, política, profissional e cultural; por que, para que e como. 2. Conteúdos: organizados em unidades temáticas, problematizadores e elencados em função dos objetivos e do desenvolvimento metodológico. 3. Objetivos específicos: em função dos conhecimentos a serem construídos e às habilidades e competências a serem desenvolvidas. 4. Desenvolvimento metodológico: articulação dos objetivos e conteúdos com métodos e procedimentos. O que os alunos farão? Quais estratégias didáticas serão implicadas? Plano de ensino (para 1 ano ou semestre): ementa da disciplina, objetivos, conteúdos, metodologia, recursos, avaliação, bibliografia. O Planejamento de Ensino deve prever: 1. Objetivos específicos estabelecidos a partir dos objetivos educacionais; 2. Conhecimentos a serem aprendidos pelos alunos no sentido determinado pelos objetivos; 3. Procedimentos e recursos de ensino que estimulam, orientam e promovem as atividades de aprendizagem; 4. Procedimentos de avaliação que possibilitem a verificação, a qualificação e a apreciação qualitativa dos objetivos propostos, cumprindo pelo menos a função pedagógico-didática, de diagnóstico e de controle no processo educacional. Planejamento de Ensino - Características de um bom plano didático ou de ensino: Coerência e unidade; Continuidade e sequência; Flexibilidade; Objetividade e funcionalidade; Previsão e clareza. » PLANO DE AULA (1 aula ou grupo de aulas) Detalhamento do plano de ensino. Deve orientar as ações do professor e servir de instrumento de revisão e aprimoramento, de ano para ano. Pode abarcar uma aula, ou um conjunto de aulas. Cada tópico novo articula-se ao anterior. Deve prever o tempo necessário para cada atividade. Etapas: Introdução: conversa questionamento, observação, leitura individual etc. Desenvolvimento: sistematização do objeto de estudo (exposição oral, estudo dirigido etc.). Aplicação: fase de consolidação (resumos, depoimentos orais, elaboração de quadro-síntese, debates etc.)./ Em cada uma das etapas, indicar os métodos, procedimentos e recursos. / Avaliação da própria aula. PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO (metodologia de elaboração, implementação, acompanhamento e avaliação) - PROJETO porque reúne propostas de ação concreta a executar durante determinado período de tempo. - POLÍTICO por considerar a escola como um espaço de formação de cidadãos conscientes, responsáveis e RESUMO: CONCURSO PROFESSOR – CONHECIMENTOS PEDAGÓGICOS críticos, que atuarão individual e coletivamente na sociedade, modificando os rumos que ela vai seguir. - PEDAGÓGICO porque define e organiza as atividades e os projetos educativos necessários ao processo de ensino e aprendizagem. » Na construção do PPP, Veiga (2001) aponta alguns elementos básicos: Finalidades da escola; Estrutura organizacional; Currículo; Tempo escolar; Processo de decisão; Relações de trabalho; Avaliação. » PPP – Composição do PPP: três partes articuladas entre si (marco referencial, diagnóstico, programação e avaliação). Na elaboração do Projeto Pedagógico podemos distinguir as seguintes etapas: marco referencial; diagnóstico; programação e a avaliação. - MARCO REFERENCIAL: é a visão de futuro que a comunidade escolardefine para a escola. Sua função maior é a de tencionar a realidade no sentido da sua superação/transformação e, em termos metodológicos, fornecer parâmetros, critérios para a realização do Diagnóstico. Está organizado da seguinte forma: - Marco Situacional (onde estamos, como vemos a realidade) - Marco Doutrinal ou Filosófico (para onde queremos ir) - Marco Operativo (que horizonte queremos para nossa ação) - DIAGNÓSTICO: A comunidade escolar deve levantar as características atuais da escola, suas limitações e possibilidades, os seus elementos identificadores, a imagem que se quer construir quanto a seu papel na comunidade em que está inserida. O diagnóstico trabalha a dimensão da realidade (sociais, econômicas, culturais). - PROGRAMAÇÃO: é a definição do que vai ser feito e dos meios para a superação dos problemas detectados, em busca da qualidade da educação oferecida pela escola. É a proposta de ação. » PPP DIMENSÕES: POLÍTICA (articulado ao compromisso com a formação do(a) cidadão(ã)) e PEDAGÓGICA definições de ações educativas: Currículo: saberes e conhecimentos para a construção de identidade dos estudantes /Avaliação: aprendizagens/desempenho/ competências. » Princípios norteadores do PPP: Igualdade; Qualidade; Gestão Democrática; Liberdade; Valorização do magistério; Pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas; Respeito à liberdade e apreço a tolerância. » Funções do PPP: Identificador, Coordenador, Inovador, Democrático, Formador, Avaliador, Articulador, Politizador. » A construção do PPP REQUER: continuidade das ações, descentralização, democratização do processo de tomada de decisões, instalação de um processo coletivo de avaliação de cunho emancipatório. FORMAÇÃO DOCENTE A formação dos profissionais da educação, de modo a atender às especificidades do exercício de suas atividades, bem como aos objetivos das diferentes etapas e modalidades da educação básica, terá como fundamentos: a presença de sólida formação básica, que propicie o conhecimento dos fundamentos científicos e sociais de suas competências de trabalho; a associação entre teorias e práticas, mediante estágios supervisionados e capacitação em serviço; o aproveitamento da formação e experiências anteriores, em instituições de ensino e em outras atividades. A formação de docentes para atuar na educação básica far-se-á em nível superior, em curso de licenciatura, de graduação plena, em universidades e institutos superiores de educação, ADMITIDA, como formação mínima para o exercício do magistério na educação infantil e nos 5 primeiros anos do ensino fundamental, a oferecida em nível médio na modalidade normal. A formação continuada e a capacitação dos profissionais de magistério poderão utilizar recursos e tecnologias de educação a distância. A formação inicial de profissionais de magistério dará preferência ao ensino presencial, subsidiariamente fazendo uso de recursos e tecnologias de educação a distância. A formação de profissionais de educação para administração, planejamento, inspeção, supervisão e orientação educacional para a educação básica, será feita em cursos de graduação em pedagogia ou em nível de pós-graduação. A formação docente, exceto para a educação superior, incluirá prática de ensino de, no mínimo, 300 horas. A preparação para o exercício do magistério superior far-se-á em nível de pós-graduação, prioritariamente em programas de mestrado e doutorado. Os sistemas de ensino promoverão a valorização dos profissionais da educação, assegurando-lhes, inclusive nos termos dos estatutos e dos planos de carreira do magistério público: I - ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos; II - aperfeiçoamento profissional continuado, inclusive com licenciamento periódico remunerado para esse fim; III - piso salarial profissional; IV - progressão funcional baseada na titulação ou habilitação, e na avaliação do desempenho; V - período reservado a estudos, planejamento e avaliação, incluído na carga de trabalho; VI - condições adequadas de trabalho. - funções de magistério: exercidas por professores e especialistas em educação no desempenho de atividades educativas, quando exercidas em estabelecimento de educação básica em seus diversos RESUMO: CONCURSO PROFESSOR – CONHECIMENTOS PEDAGÓGICOS níveis e modalidades, incluídas, além do exercício da docência, as de direção de unidade escolar e as de coordenação e assessoramento pedagógico . REFLEXÃO: PROFISSIONALIDADE é desenvolvida e a PROFISSIONALIZAÇÃO é conquistada. - PROFISSIONALIDADE: diz respeito aos conhecimentos, comportamentos, habilidades, atitudes e valores que definem o educador, pressupondo a construção de uma identidade profissional que influencia e é influenciada nos contextos de trabalho. Para Libâneo (2015), a PROFISSIONALIDADE docente e a identidade profissional do professor caracterizam-se como um conjunto de valores, conhecimentos, atitudes e habilidades necessários para conduzir o processo de ensino-aprendizagem nas escolas, orientando, assim, a especificidade do trabalho docente. - PROFISSIONALIZAÇÃO é uma das prerrogativas da garantia do exercício profissional de qualidade: formação inicial e continuada nas quais o professor aprende e desenvolve os requisitos e atitudes essenciais à sua prática, remuneração e garantias trabalhistas compatíveis com a natureza e exigências da profissão e condições satisfatórias de trabalho (recursos físicos e materiais, ambiente e clima de trabalho, práticas de organização e gestão). - PROFISSIONALISMO: desempenho competente e compromisso com os deveres e responsabilidades, incorporados a um comportamento ético e político expresso nas atitudes relacionadas à atuação profissional: domínio dos conteúdos e métodos de ensino, a dedicação ao trabalho, a participação na construção coletiva do projeto político pedagógico, o respeito aos alunos, à diversidade cultural e social dos mesmos, a assiduidade, a pontualidade, o rigor no preparo e na condução das aulas. DIVERSIDADE CULTURAL E INCLUSÃO. EDUCAÇÃO PARA A DIVERSIDADE: Ações afirmativas são políticas focais que alocam recursos em benefício de pessoas pertencentes a grupos discriminados e vitimados pela exclusão socioeconômica no passado ou no presente. Trata-se de medidas que têm como objetivo combater discriminações étnicas, raciais, religiosas, de gênero ou de casta, aumentando a participação de minorias no processo político, no acesso à educação, saúde, emprego, bens materiais, redes de proteção social e/ou no reconhecimento cultural. Entre as medidas que podemos classificar como ações afirmativas podemos mencionar: incremento da contratação e promoção de membros de grupos discriminados no emprego e na educação por via de metas, cotas, bônus ou fundos de estímulo; bolsas de estudo; empréstimos e preferência em contratos públicos; determinação de metas ou cotas mínimas de participação na mídia, na política e outros âmbitos; reparações financeiras; distribuição de terras e habitação; medidas de proteção a estilos de vida ameaçados; e políticas de valorização identitária. Educação multicultural (multiculturalismo na Educação), materializada, dentre outros, nas modalidades de Educação indígena, quilombola e do campo. MODALIDADES - DIVERSIDADE CULTURAL EDUCAÇÃO DO CAMPO, EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA - EDUCAÇÃO ESCOLAR QUILOMBOLA E EDUCAÇÃÇÃO BILÍNGUE EDUCAÇÃO ESPECIAL e políticas de inclusão O PPP e o regimento escolar deverão contemplar a melhoria das condições de acesso e de permanência dos alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades nas classes comuns do ensino regular, intensificando o processo de inclusão nas escolas públicas e privadas e buscando a universalização do atendimento. Os recursos de acessibilidade são aqueles que asseguram condiçõesde acesso ao currículo dos alunos com deficiência e mobilidade reduzida, por meio da utilização de materiais didáticos, dos espaços, mobiliários e equipamentos, dos sistemas de comunicação e informação, dos transportes e outros serviços. O AEE não substitui a escolarização, mas contribui para ampliar o acesso ao currículo, ao proporcionar independência aos educandos para a realização de tarefas e favorecer a sua autonomia. Poderá ser oferecido no contraturno, em salas de recursos multifuncionais na própria escola, em outra escola ou em centros especializados e será implementado por professores e profissionais com formação especializada. EDUCAÇÃO ESPECIAL é a modalidade de educação escolar oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação. § 1º Haverá, quando necessário, serviços de apoio especializado, na escola regular, para atender às peculiaridades da clientela de educação especial. § 2º O AEE será feito em classes, escolas ou serviços especializados, sempre que, em função das condições específicas dos alunos, não for possível a sua integração nas classes comuns de ensino regular. § 3º A oferta de educação especial, dever constitucional do Estado, tem início na faixa etária de zero a seis anos, durante a educação infantil. Os sistemas de ensino assegurarão aos educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação I - currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização específicos, para atender às suas necessidades; II - terminalidade específica para aqueles que não puderem atingir o nível exigido para a conclusão do ensino fundamental, em virtude de suas deficiências, e aceleração para concluir em menor tempo o programa escolar para os superdotados; RESUMO: CONCURSO PROFESSOR – CONHECIMENTOS PEDAGÓGICOS III - professores com especialização adequada em nível médio ou superior, para AEE, bem como professores do ensino regular capacitados para a integração desses educandos nas classes comuns; IV - educação especial para o trabalho, visando a sua efetiva integração na vida em sociedade, inclusive condições adequadas para os que não revelarem capacidade de inserção no trabalho competitivo, mediante articulação com os órgãos oficiais afins, bem como para aqueles que apresentam uma habilidade superior nas áreas artística, intelectual ou psicomotora; V - acesso igualitário aos benefícios dos programas sociais suplementares disponíveis para o respectivo nível do ensino regular. O poder público deverá instituir cadastro nacional de alunos com altas habilidades ou superdotação matriculados na educação básica e na educação superior, a fim de fomentar a execução de políticas públicas destinadas ao desenvolvimento pleno das potencialidades desse alunado Os órgãos normativos dos sistemas de ensino estabelecerão critérios de caracterização das instituições privadas sem fins lucrativos, especializadas e com atuação exclusiva em educação especial, para fins de apoio técnico e financeiro pelo Poder Público. Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva tem como objetivo o acesso, a participação e a aprendizagem dos alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação nas escolas regulares, orientando os sistemas de ensino para promover respostas às necessidades educacionais especiais, garantindo: • Transversalidade da educação especial desde a educação infantil até a educação superior; • Atendimento educacional especializado; • Continuidade da escolarização nos níveis mais elevados do ensino; • Formação de professores para o atendimento educacional especializado e demais profissionais da educação para a inclusão escolar; • Participação da família e da comunidade; • Acessibilidade urbanística, arquitetônica, nos mobiliários e equipamentos, nos transportes, na comunicação e informação; e • Articulação intersetorial na implementação das políticas públicas. AVALIAÇÃO NÍVEIS (DIMENSÕES) DA AVALIAÇÃO EDUCACIONAL - Avaliação da Aprendizagem (Responsabilidade docente) - Avaliação Institucional (Ponto de partida e ponto de chegada é o PPP (Avaliação do currículo) - Avaliação em larga escala (da Rede): Realizada em uma rede, secretaria de educação ou no país. Ex.: ANA, Prova Brasil, etc. MODALIDADES DE AVALIAÇÃO Antes da ação de formação: Diagnóstica / Função: - Orientar e adaptar a sequência de formação mais adequada / Centrada: - No aluno como forma de identificar as suas características Durante a ação de formação: Formativa / Função: Pedagógica - Regular e facilitar a aprendizagem / Centrada: - Nos processos e nas atividades de produção Depois da ação de formação: Somativa/ Função: Verificar e certificar a aprendizagem / Centrada: - Nos produtos apresentados pelos alunos Avaliação: PRINCÍPIOS Sistematização: (deve ser sistematizada, planejada); / Funcionalidade: atingir as orientações e objetivos escolares; / Orientação: instrumento de orientação ao processo ensino e aprendizagem; / Integralidade: entrega professores e alunos e demais elementos participantes do processo ensino e aprendizagem (articulação e operacionalização do PPP) / Funções: diagnóstica, formativa e somática AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM NA LDB: » CLASSIFICAÇÃO EM QUALQUER SÉRIE OU ETAPA, exceto a primeira do ensino fundamental, pode ser feita: por PROMOÇÃO, por TRANSFERÊNCIA, por mediante AVALIAÇÃO FEITA pela ESCOLA » Na PROGRESSÃO regular por série, o regimento escolar pode admitir formas de progressão parcial. » VERIFICAÇÃO DO RENDIMENTO escolar: avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno; possibilidade de aceleração de estudos; possibilidade de avanço nos cursos e nas séries; aproveitamento de estudos; estudos de recuperação. Para Jussara Hoffmann - A avaliação é essencial à educação. Inerente e indissociável enquanto concebida como problematização, questionamento, reflexão sobre a ação. Um professor que não avalia constantemente a ação educativa, no sentido indagativo, investigativo, do termo, instala sua docência em verdades absolutas, pré- moldadas e terminais. / - A informação sobre os resultados obtidos leva ao replanejamento dos objetivos e conteúdos, atividades didáticas, materiais e relacionamentos. / - Avaliar é dinamizar oportunidades de ação-reflexão. / - Avaliação de ser: contínua, formativa e personalizada./ - Avaliação deve ser contínua e integrada ao fazer diário do professor: evitar medidas, registrar observações; / - Avaliação deve ser global: tendo em vista as capacidades do aluno: cognitiva, motora, relações interpessoais, e de atuação. / - Avaliação deve ser formativa: concebida como um meio pedagógico. Para Jussara Hoffmann a avaliação mediadora passa por 3 princípios: »INVESTIGAÇÃO precoce (o professor faz provocações intelectuais significativas) / »PROVISORIEDADE (sem fazer juízos do aluno) / »COMPLEMENTARIDADE (complementa respostas velhas a um novo entendimento) Para Luckesi » AVALIAR é o ato de diagnosticar uma experiência, tendo em vista reorientá-la para produzir o melhor resultado possível; por isso, não é classificatória, nem seletiva, ao contrário, é diagnóstica e inclusiva. » EXAMINAR é pontual, classificatório e seletivo, e por isso mesmo, excludente, já que não se destina a RESUMO: CONCURSO PROFESSOR – CONHECIMENTOS PEDAGÓGICOS construção do melhor resultado possível, e sim a classificação estática do que é examinado. DIRETRIZES NACIONAIS CURRICULARES 1. Garantia de padrão de qualidade, com pleno acesso, inclusão e permanência dos sujeitos das aprendizagens na escola e seu sucesso, com redução da evasão, da retenção e da distorção de idade/ano/série: resulta em QUALIDADE SOCIAL DA EDUCAÇÃO. 2. Escola de qualidadesocial adota como centralidade o estudante e a aprendizagem. 3. A exigência legal de definição de padrões mínimos de qualidade da educação traduz a necessidade de reconhecer que a sua avaliação associa-se à ação planejada, coletivamente, pelos sujeitos da escola. 4. A escola de Educação Básica é o espaço em que se ressignifica e se recria a cultura herdada, reconstruindo-se as identidades culturais, em que se aprende a valorizar as raízes próprias das diferentes regiões do País. 5. Currículo ... configura-se como o conjunto de valores e práticas que proporcionam a produção, a socialização de significados no espaço social e contribuem intensamente para a construção de identidades socioculturais dos educandos. 6. Currículo deve difundir os valores fundamentais do interesse social, dos direitos e deveres dos cidadãos, do respeito ao bem comum e à ordem democrática, considerando as condições de escolaridade dos estudantes em cada estabelecimento, a orientação para o trabalho, a promoção de práticas educativas formais e não-formais. 7. Organização da proposta curricular: o entendimento de currículo como: - experiências escolares que se desdobram em torno do conhecimento, - articulando vivências e saberes dos estudantes com os conhecimentos historicamente acumulados e contribuindo para construir as identidades dos educandos. 8. Currículo: organização do percurso formativo, aberto e contextualizado (flexível e variável), e assegurando: a) Organização do espaço curricular e físico (espaços, ambientes e equipamentos que não apenas as salas de aula da escola); b) ampliação e diversificação dos tempos e espaços curriculares; c) abordagem didático-pedagógica (organização curricular): disciplinar, pluridisciplinar, interdisciplinar ou transdisciplinar. CURRICULO: composto por Base Nacional Comum e Parte diversificada (não podem se constituir em dois blocos distintos). a) Base Nacional Comum: constitui-se de conhecimentos, saberes e valores produzidos culturalmente, expressos nas políticas públicas e gerados nas instituições produtoras do conhecimento científico e tecnológico; no mundo do trabalho; no desenvolvimento das linguagens; nas atividades desportivas e corporais; na produção artística; nas formas diversas de exercício da cidadania; e nos movimentos sociais. b) parte diversificada: enriquece e complementa a base nacional comum, prevendo o estudo das características regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e da comunidade escolar, perpassando todos os tempos e espaços curriculares 9. Integram a base nacional comum nacional: a) a Língua Portuguesa; b) a Matemática; c) o conhecimento do mundo físico, natural, da realidade social e política, especialmente do Brasil, incluindo-se o estudo da História e das Culturas Afro-Brasileira e Indígena; d) a Arte, em suas diferentes formas de expressão, incluindo-se a música; e) a Educação Física; f) o Ensino Religioso. 9-A. OBRIGATÓRIO: uma língua estrangeira moderna na parte diversificada a partir da 5ªserie/6ºano, cabendo sua escolha à comunidade escolar. A língua espanhola é obrigatória no Ensino Médio. 10. Programas e projetos interdisciplinares: Ensino Fundamental e no Ensino Médio = pelo menos, 20% da carga horária anual. 11. Interdisciplinaridade e a contextualização devem assegurar a TRANSVERSALIDADE do conhecimento de diferentes disciplinas e eixos temáticos, perpassando todo o currículo e propiciando a interlocução entre os saberes e os diferentes campos do conhecimento: Temas como saúde, sexualidade e gênero, vida familiar e social, os direitos das crianças e adolescentes (ECA), preservação do meio ambiente, educação para o consumo, educação fiscal, trabalho, ciência e tecnologia, diversidade cultural, condição e aos direitos dos idosos e educação para o trânsito devem permear os conteúdos da base nacional comum e da parte diversificada do currículo. 12. TRANSVERSALIDADE constitui uma das maneiras de trabalhar os componentes curriculares, as áreas de conhecimento e os temas sociais em uma perspectiva integrada. 13. Sistema Educacional, composto por etapas e as modalidades do processo de escolarização, estrutura-se de modo orgânico, sequencial e articulado. 14. Cada etapa fundamenta-se na inseparabilidade do cuidar e educar - concepção norteadora do projeto político-pedagógico. 15. PRINCÍPIO ORIENTADOR da ação educativa: respeito aos educandos e seus tempos mentais, socioemocionais, culturais e identitários. 16. ETAPAS DA EDUCAÇÃO BÁSICA: Educação Infantil (Creche: criança até 3 anos e 11 meses) e a Pré-Escola (4-5 anos); Ensino Fundamental (obrigatório, subjetivo, inalienável e gratuito) com duração de 9 anos (organizado em duas fases: 5 anos iniciais e 4 anos finais; Ensino Médio: duração mínima de 3 anos. 17. Elementos constitutivos para a operacionalização das Diretrizes Curriculares Gerais da Educação Básica: PPP e o regimento escolar; sistema de avaliação; gestão democrática e a organização da escola; professor e o programa de formação docente. 18. REGIMENTO ESCOLAR: discutido e aprovado pela comunidade escolar e conhecido por todos, constitui-se em um dos instrumentos de execução do projeto político-pedagógico, com transparência e responsabilidade. O regimento escolar trata da natureza e da finalidade da instituição, da relação da gestão democrática com os órgãos colegiados, das atribuições de seus órgãos e sujeitos, das suas normas RESUMO: CONCURSO PROFESSOR – CONHECIMENTOS PEDAGÓGICOS pedagógicas, incluindo os critérios de acesso, promoção, mobilidade do estudante, dos direitos e deveres dos seus sujeitos: estudantes, professores, técnicos e funcionários, gestores, famílias, representação estudantil e função das suas instâncias colegiadas. 20. regimento escolar deve assegurar as condições institucionais adequadas para a execução do PPP e a oferta de uma educação inclusiva e com qualidade social, igualmente garantida a ampla participação da comunidade escolar na sua elaboração. 20. Avaliação: Dimensões: avaliação da aprendizagem; Avaliação institucional; Avaliação de redes de Educação Básica (em escala). 21. Componentes curriculares obrigatórios do Ensino Fundamental: Linguagens: Língua Portuguesa; Língua Materna, para populações indígenas; Língua Estrangeira moderna; Arte; e Educação Física; Matemática; Ciências da Natureza; Ciências Humanas: História e Geografia; Ensino Religioso. 22. Possibilidade de integração do currículo: projetos interdisciplinares com base em temas geradores. 23. Nos três anos iniciais do EF: alfabetização e letramento; desenvolvimento de expressão (Língua Portuguesa, Literatura, Música, Educação Física, Matemática, Ciência, História e Geografia); continuidade da aprendizagem: processo de alfabetização e os prejuízos que a repetência pode causar no Ensino Fundamental como um todo e, particularmente, na passagem do primeiro para o segundo ano de escolaridade e deste para o terceiro. 24. AVALIAÇÃO (processual, formativo e participativo, ser contínua, cumulativa e diagnóstica): parte integrante do currículo é redimensionadora da ação pedagógica. 25. instrumentos e procedimentos da avaliação: observação, registro descritivo e reflexivo, trabalhos individuais e coletivos, portfólios, exercícios, provas, questionários, dentre outros, tendo em conta a sua adequação à faixa etária e às características do educando; 26. AVALIAÇÃO: prevalecer os aspectos qualitativos da aprendizagem do aluno sobre os quantitativos, bem como os resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais. 27. AVALIAÇÃO: assegurar tempos e espaços diversos para que os alunos com menor rendimento; prover, obrigatoriamente, períodos de recuperação, de preferência paralelos ao período letivo. 28 AVALIAÇÃO: assegurar tempos e espaços de reposição dos conteúdos curriculares, aos alunos com frequência insuficiente, evitando, sempreque possível, a retenção por faltas; possibilitar a aceleração de estudos para os alunos com defasagem idade-série. 29. ESCOLA DE TEMPO INTEGRAL: período integral a jornada escolar: 7h diárias, no mínimo, perfazendo uma carga horária anual de, pelo menos, 1.400 horas. A proposta educacional promoverá a ampliação de tempos, espaços e oportunidades educativas e o compartilhamento da tarefa de educar e cuidar entre os profissionais da escola e de outras áreas, as famílias e outros atores sociais. 30. educação do campo, educação escolar indígena e educação escolar quilombola (âmbito da educação para a diversidade). 31. Atendimento escolar às populações do campo, povos indígenas e quilombolas requer respeito às suas peculiares condições de vida e a utilização de pedagogias condizentes com as suas formas próprias de produzir conhecimentos. 32. EDUCAÇÃO ESPECIAL: PPP e regimento escolar visa acesso e permanência dos alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades nas classes comuns do ensino regular, intensificando o processo de inclusão nas escolas públicas e privadas e universalização do atendimento. O AEE não substitui a escolarização, mas contribui para ampliar o acesso ao currículo, ao proporcionar independência aos educandos para a realização de tarefas e favorecer a sua autonomia. Oferecido no contra turno, em salas de recursos multifuncionais na própria escola, em outra escola ou em centros especializados. 33. EJA: jovens e adultos que não puderam efetuar os estudos na idade própria (cursos e exames) – Orientação: oferta articulada com a Educação Profissional. A idade mínima para o ingresso nos cursos de EJA para a realização de exames - 15 anos completos (Ensino Fundamental) e 18 anos completos (Ensino Médio). Organização da Educação Nacional O Sistema de Ensino (orgânico, sequencial e articulado) é dividido em: federal, estadual, municipal. Tendo como estrutura/organização administrativa- pedagógica: - Sistema Federal de Ensino compreende: instituições de ensino mantidas pela União, instituições de educação superior criadas e mantidas pela iniciativa privada e os órgãos federais de educação (LDB, art. 16). São exemplos de órgãos federais: Conselho Nacional de Educação (CNE), caráter consultivo e deliberativo, e o Ministério da Educação (MEC), com seu caráter executivo. - Sistemas de ensino dos Estados e do Distrito Federal compreendem: instituições de ensino mantidas, respectivamente, pelo Poder Público estadual e pelo Distrito Federal; instituições de educação superior mantidas pelo Poder Público municipal, as instituições de ensino fundamental e médio criadas e mantidas pela iniciativa privada, os órgãos de educação estaduais e do Distrito Federal, respectivamente. Cabe destacar que no Distrito Federal, as instituições de educação infantil, criadas e mantidas pela iniciativa privada, integram seu sistema de ensino (LDB, art. 17). Exemplos de órgãos: Conselho Estadual de Educação (CEE), Secretaria Estadual de Educação (SEE). - Sistemas Municipais compreendem: instituições do ensino fundamental, médio e de educação infantil mantidas pelo Poder Público municipal, instituições de educação infantil criadas e mantidas pela iniciativa privada e os órgãos municipais de educação (LDB, art. 18). São exemplos de órgãos: Conselho Municipal de Educação (CME) e Secretaria Municipal de Educação (SME). RESUMO: CONCURSO PROFESSOR – CONHECIMENTOS PEDAGÓGICOS LDB: PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS » Formação dos especialistas da educação em curso superior de pedagogia ou pós-graduação (art. 64) » Investimento em Educação: União deve investir 18% e os estados e municípios no mínimo 25% de seus respectivos orçamentos na manutenção e desenvolvimento do ensino público (art. 69) » Dinheiro público pode financiar escolas comunitárias, confessionais e filantrópicas (art. 77) » Prevê a criação do Plano Nacional de Educação (art. 87) » Darcy Ribeiro foi o relator da lei 9394/96 » Gestão democrática do ensino público e progressiva autonomia: pedagógica, administrativa e financeiro das unidades escolares » Educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de idade (art. 4) » Carga horária mínima de 800 horas distribuídas, no mínimo em 200 dias na educação básica (art. 24) » Curriculo: Base comum para o currículo do ensino fundamental e médio e uma parte diversificada (art. 26) » A formação de docentes para atuar na educação básica far-se-á em nível superior, em curso de licenciatura, de graduação plena, em universidades e institutos superiores de educação, admitida, como formação mínima para o exercício do magistério na educação infantil e nos anos iniciais do ensino fundamental, a oferecida em nível médio na modalidade normal. (art. 62) » Níveis de ensino – estrutura e funcionamento / Da Composição dos Níveis Escolares / Art. 21. A educação escolar compõe-se de: I - educação básica, formada pela educação infantil, ensino fundamental e ensino médio; II - educação superior. » Modalidades de ensino: EJA, PROFISSIONAL, ESPECIAL, QUILOMBOLAS, INDIGENA, DO CAMPO, EAD » Modalidades de ensino de acordo com LDB: EJA, PROFISSIONAL, ESPECIAL » EDUCAÇÃO BÁSICA OBRIGATÓRIA – (4 aos 17 anos de idade): pré-escola; ensino fundamental; ensino médio; » MUNICIPIOS: oferecer a educação infantil em creches e pré-escolas, e, com prioridade, o ensino fundamental). Os Municípios atuarão prioritariamente no ensino fundamental e na educação infantil. EDUCACAO INFANTIL A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança de até 5 anos, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade. A educação infantil será oferecida em: creches, ou entidades equivalentes (crianças de até 3 anos de idade) e pré-escolas (crianças de 4 a 5 anos de idade). REGRAS COMUNS para a educação infantil: I - Avaliação mediante acompanhamento e registro do desenvolvimento das crianças, sem o objetivo de promoção, mesmo para o acesso ao ensino fundamental; II - carga horária mínima anual de 800 (oitocentas) horas, distribuída por um mínimo de 200 (duzentos) dias de trabalho educacional III - atendimento à criança de, no mínimo, 4 horas diárias para o turno parcial e de 7 horas para a jornada integral; IV - controle de frequência pela instituição de educação pré-escolar, exigida a frequência mínima de 60% (sessenta por cento) do total de horas; V - expedição de documentação que permita atestar os processos de desenvolvimento e aprendizagem da criança. ENSINO FUNDAMENTAL Art. 32. O ensino fundamental obrigatório, com duração de 9 anos, gratuito na escola pública, iniciando-se aos 6 anos de idade, terá por objetivo a formação básica do cidadão, mediante: I - o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo; II - a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade; III - o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores; IV - o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de tolerância recíproca em que se assenta a vida social. § 1º É facultado aos sistemas de ensino desdobrar o ensino fundamental em ciclos. § 2º Os estabelecimentos que utilizam progressão regular por série podem adotar no ensino fundamental o regime de progressão continuada, sem prejuízo da avaliação do processo de ensino-aprendizagem, observadas as normas do respectivo sistema de ensino. § 3º O ensino fundamental regular será ministrado em língua portuguesa, assegurada às comunidades indígenas a utilização de suas línguas maternas
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