Buscar

Gerenciamento de Riscos de Desastres

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Gerenciamento de Riscos de Desastres
Os desastres naturais e tecnológicos proporcionam grandes impactos na sociedade. Estes eventos, podem causar grave perturbação ao funcionamento de uma comunidade, provocando na sua grande maioria perdas e danos humanos, bem como nas esferas econômicas e ambientais (MINISTÉRIO DA INTEGRAÇÃO NACIONAL, 2012). No Brasil, ocorrem diferentes tipologias de desastres, em muitas localidades são comuns eventos de cheias, conhecidos como inundações graduais ou popularmente definidas como enchentes (Figura 1).
Figura 1 – Evento de inundação
Para compreender a concretização desses eventos, devemos conhecer como se originam os riscos de desastres. Para tanto, é importante definir a palavra risco. De acordo com Porto (2000) risco, no âmbito da segurança do trabalho, é apresentado como toda e qualquer possibilidade existente para que um elemento ou determinada circunstância, num dado processo e ambiente de trabalho, possa vir a causar danos à saúde. Esses danos podem ser originados por acidentes, doenças ou ainda através da própria poluição ambiental.
No aspecto dos riscos de desastres, com base nesta mesma afirmação apresentada Porto (2000) de que os riscos podem ser definidos como uma probabilidade da ocorrência de um dano, temos a seguinte equação apresentada por Narváez, Lavell e Ortega (2009):
Risco = Ameaça x Vulnerabilidade x Exposição. 
Em outras palavras, podemos citar que para que um risco se consolide em um desastre, é necessário existir uma ameaça, uma vulnerabilidade e a presença da exposição humana interagindo entre si.
Assim, a fórmula proposta por Narváez, Lavell e Ortega (2009), traz a seguinte situação: se em determinada região acontecer um elevado evento de precipitação e nessa localidade o relevo com solo exposto apresentar uma considerável inclinação. A saturação do solo devido à alta quantidade de água proveniente da chuva, pode ocasionar um deslocamento de massa e assim promover o movimento do solo. Causando impactos locais para as espécies daquela localidade.
Neste caso, podemos constatar que a alta taxa de precipitação é considerada como uma ameaça, em virtude da inclinação do relevo, que configura uma vulnerabilidade.
No aspecto do desastre natural, além destes fatores, os seres humanos devem estar presentes no sistema. Ou seja, se naquela região ocorrer em conjunto da precipitação elevada, relevo com solo exposto com considerável inclinação e a presença de humanos vivendo nas proximidades, que poderiam ser nas encostas, temos o elo final para a concretização desta cadeia de eventos.
Caso a localidade venha a deslizar o impacto será direto na população humana. Com base nessa informação, podemos concluir que o desastre natural só se concretiza quando temos a exposição da população.
Cabe enfatizar que no Brasil a Codificação Brasileira de Desastres COBRADE, define de acordo com a normativa nº 01, de 24 de agosto de 2012, os desastres de maneira ampla como resultado de eventos adversos, podendo ser naturais ou provocados pelos seres humanos sobre um cenário vulnerável (MINISTÉRIO DA INTEGRAÇÃO NACIONAL, 2012).
 Assim, os desastres podem ser classificados de acordo com a sua origem ou causa primária do agente causador. Podendo ser (1) desastres naturais, conforme descrito no texto anterior, aqueles deflagrados por processos ou fenômenos naturais. E (2) desastres tecnológicos, conceituados como aqueles desencadeados por condições tecnológicas ou industriais, incluindo neste grupo os acidentes, procedimentos perigosos, falhas na infraestrutura ou atividades humanas específicas, que podem gerar danos (MINISTÉRIO DA INTEGRAÇÃO NACIONAL, 2012).
Por estarem presentes no cotidiano das sociedades, diferentes estratégias são apresentadas para contrapor a problemática dos desastres. Dentre elas temos as ações da gestão de riscos de desastres, que são organizadas por um conjunto de cinco medidas que podem ser realizadas em conjunto com à comunidade, sendo (1) prevenção, (2) mitigação, (3) preparação, (4) resposta e (5) reconstrução (BRASIL, 2012). De acordo com o decreto 10.593 de 24 de dezembro de 2020, compreende-se como ações de (1) prevenção, medidas direcionadas para a otimização de ações que evitem a conversão de risco em desastre; (2) mitigação, medidas aplicadas para reduzir ou evitar os riscos de desastres; (3) preparação, medidas direcionadas a potencialização de ações de respostas, as quais proporcionem minimizar danos e perdas; (4) resposta, medidas emergenciais, empregadas durante ou após a ocorrência do desastre, com o objetivo de socorrer a população e (5) recuperação, medidas aplicadas após a passagem de desastre, com vistas a reestabelecer a normalidade no sistema impactado.
 Além destas ações, que são descritas na PNPDEC, Lei 12.608 de 2012, os autores Narváez, Lavell e Ortega (2009) comentam sobre uma sexta ação, definida como geração de conhecimento. Esta por sua vez, é importante ao promover conhecimentos por meio das experiências das demais ações descritas acima.
Atividade extra
Assista ao vídeo: Tragédia na região serrana do Rio completa 10 anos e 103 vítimas ainda estão desaparecidas: <https://www.youtube.com/watch?v=vXShSwJiMvg>
Assista ao documentário: 
Brumadinho: o documentário da BBC (PARTE 1) Disponível em: < https://www.youtube.com/watch?v=YIN02W40UTE> 
Brumadinho: o documentário da BBC (PARTE 2) Disponível em: < https://www.youtube.com/watch?v=TUlq8pjOU4U>
Referência Bibliográfica
BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. NR 09 – Programa de prevenção de riscos ambientais, 2019. Disponível em: https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-09-atualizada-2019.pdf Acesso em: 27 abril 2021.
______. Lei nº 12.608, de 10 de abril de 2012 - Institui a Política Nacional de Proteção e Defesa Civil - PNPDEC. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 11. abril, 2012.
MINISTÉRIO DA INTEGRAÇÃO NACIONAL. Manual de Desastres: Desastres Humanos. Parte I – Brasília: MI, 2004. Disponível: http://www.defesacivil.rj.gov.br/images/sedec-arquivos/7_destecnologicos.pdf
MINISTÉRIO DA INTEGRAÇÃO NACIONAL. Instrução Normativa no 01, de 24 de agosto de 2012. Estabelece procedimentos e critérios para a decretação de situação de emergência ou estado de calamidade pública pelos municípios, estados e pelo distrito federal, e para o reconhecimento federal das situações de anormalidade decretadas pelos entes federativos e dá outras providências. Diário Oficial da União, 2012.
NARVÁEZ, L.; LAVELL, A.; ORTEGA, G. P. La Gestión del Riesgo de Desastres: Un enfoque basado en procesos. 1a ed. Lima: Secretaría General de la Comunidad Andina, 2009. Disponível em: <http://www.comunidadandina.org/predecan/doc/libros/procesos_ok.pdf>. Acesso em: 12 de ago. 2019.
Porto M. F. S. Análise de riscos nos locais de trabalho: conhecer para transformar. Cad Saúde Trab. 2000. Disponível em: <http://normasregulamentadoras.files.wordpress.com/2008/06/riscos_trabalho.pdf> Acesso em: 27 abril 2021.
01
Quais desses eventos são considerados desastres naturais? 
02
Quais desastres naturais não são comuns no Brasil?
03
Ao analisar os desastres naturais, seguindo as ações apresentadas na Política Nacional de Proteção e Defesa Civil (PNPDEC) lei 12.608, qual das estratégias abaixo seriam as mais indicadas para evitar ou no mínimo reduzir a conversão dos riscos de desastres?
04
O risco de desastre pode ser apresentado como:
05
Para a ocorrência de um desastre natural, existem diferentes fatores que devem estar interagindo, favorecendo para que o risco se consolide como um evento danoso. Na equação (Risco = Ameaça x Vulnerabilidade x Exposição) apresentada por Narváez, Lavell e Ortega (2009), qual variável representa a população humana?
06
(ENADE) No Brasil, foram registrados grandes desastres tecnológicos. Entre os maiores, é possível citar o de Brumadinho em 2019 e o de Mariana em 2015, ambas cidades do estado de Minas Gerais. Em Brumadinho o desastre causou 272 mortes e proporcionou grande rastro de degradação ambiental e social.
Fonte: CNN / Adaptado– Disponível em: https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/2021/01/25/brumadinho-tragedia-faz-2-anos-sem-barragens-desativadas-e-com-disputa-juridica
Como medidas preventivas, visando a redução de desastres tecnológicos, é possível trabalhar com o planejamento de contingência. Neste aspecto, é possível listar um conjunto de ações que podem minimizar os impactos causado pelos desastres tecnológicos e salvar vidas, entre elas:
I – Acionamento de sistema de alerta e alarme.
II – Isolamento da área afetada.
III – Evacuação das pessoas em risco iminente.
IV – Medidas para a remoção de equipamentos e documentos importantes.
É correto apenas o que se afirma em:
I, II e III
I, II
I, III
I, II IV
I, II, III e IV
Ver solução da questão

Continue navegando

Outros materiais