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1 Nome dos acadêmicos 2 Nome do Professor tutor externo Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI - Curso (Código da Turma) – Prática do Módulo I - dd/mm/aa Acadêmicos¹ Tutor Externo² RESUMO Ao analisar as consequências das tragédias ambientais ocorridas ao longo da história da sociedade humana, podemos compreender que suas definições carregam uma concepção ou impressão simbólica negativa. Por mais que a legislação ambiental no Brasil seja uma das mais completas e avançadas do mundo, e o país seja pioneiro nessa área. No entanto, ele carece de mecanismos de investigação e vigilância criminal, muitas vezes por falta de recursos e capacidade técnica para implementar plenamente esses mecanismos. Com o objetivo de analisar a relação entre o desastre ambiental e a segurança pública, o presente trabalho foi elaborado. No que tange a base teórica, são considerados os trabalhos publicados nos últimos 5 anos, ou seja, de 2018 a 2022. O método utilizado para mapear e sintetizar esse conhecimento foi a revisão de literatura, usando a base de dados do Google Acadêmico com os seguintes descritores: "apoio à tragédia ambiental" + "relação do desastre ambiental" + “ segurança pública.“ A maioria das publicações selecionadas para este trabalho envolveu encontros, congressos, simpósios, entre outros formatos. A pesquisa foi realizada para destacar diferentes traduções acerca da prática e do discurso da Segurança Pública ao viés Desastre Ambiental, tentamos coletar imagens através das mais diferentes fontes que abordam o tema. Visando, portanto, ampliar a análise do objeto estudado, além de ampliar os conhecimentos sobre o elo do Estado com a natureza. Palavras-chave: Desastres Ambientais. Segurança Pública. Suporte a tragédia 1. INTRODUÇÃO A palavra "catástrofe" é definida como um evento que afeta a normalidade do funcionamento social e, por extensão, causa danos e prejuízos à sociedade, afetando a economia, os ecossistemas, as estruturas básicas e a vida humana. desenvolvimento. Vale ressaltar que nos últimos tempos temos presenciado tragédias ambientais causando grandes revoltas pela dificuldade em encontrar os responsáveis. Segundo Junior (2019), outros eventos que marcam o cenário são: o rompimento da barragem de Brumadinho, causando enchentes em todo o país, juntamente com o deslizamento anual de terra no Rio de Janeiro, o autor ressalta que muitos desses desastres poderiam ter sido evitados com a devida supervisão das autoridades responsáveis. Citação indireta, foi citado um texto com base na obra do autor que foi lido. Mesmo anos após certas tragédias, muitas vítimas permanecem sem solução em uma batalha legal aparentemente interminável. Por mais que a legislação ambiental no Brasil é uma das mais completas e avançadas do mundo, e o país é pioneiro nessa área. Infelizmente, o país carece de mecanismos de investigação e vigilância criminal, muitas vezes por falta de recursos e capacidade técnica para fazer cumprir plenamente tais mecanismos (COELHO, 2021).Citação indireta, foi citado um texto com base na obra do autor que foi lido. Brasil & Bortoncello (2020), enfatiza que uma das medidas preventivas da política ambiental nacional é a emissão de licenças ambientais para a construção, instalação, ampliação e controle de operação de instalações e serviços. o risco de degradação ambiental, além dos efeitos ou potencialmente causadores de poluição, também tem a função de monitorar as atividades. No entanto a autorização ambiental geralmente é feita antes dos relatórios de impacto ambiental e SUPORTE EM TRAGÉDIAS AMBIENTAIS 2 estudos de impacto ambiental. Citação indireta, foi citado um texto com base na obra do autor que foi lido. É inegável que fazer um projeto que não afete o meio ambiente é uma utopia, mas minimizar o impacto ao meio ambiente e na sociedade pode ser possível se a estrutura concedida em três fases: projeto preliminar, instalação e comissionamento que gere lucro significativo para o país, torna-se um interesse público. Ao analisarmos a obra de Moreira (2020) compreendemos que vários estados do país enfrentaram situações trágicas de alagamentos. Miranda (2018) cita que em dezembro de 2021, foram dezenas de mortos e milhares de desabrigados no sul da Bahia. Algo similar ao que aconteceu em Minas Gerais no início de 2022. No começo deste ano, vimos perdas em alguns municípios da cidade de São Paulo, caso de Franco da Rocha. Isso sem contar com mais uma tragédia anunciada: Petrópolis, no Rio de Janeiro, onde morreram 223 pessoas. Citação direta, transcrição de parte da obra do autor que foi consultado Albino (2019) aponta que é a desigualdade que leva comunidades vulneráveis a construir casas em terrenos impróprios, próximos a rios, córregos e barrancos. Logo, no caso de um evento adverso que leve a um desastre, a gestão de emergências deve intervir imediatamente por meio de suas ações multi e intersetoriais. Citação indireta, foi citado um texto com base na obra do autor que foi lido. Nessa fase, uma boa gestão da resposta vai além de “apenas mobilizar recursos adicionais, instalações e pessoal”, pois “os desastres criam problemas específicos que raramente são encontrados no dia a dia” (Defesa Civil de Santa Catarina, 2017, p. 105). Citação direta, transcrição de parte da obra do autor que foi consultado A seguir iremos discorrer sobre as seguintes questões: A Segurança Pública tem alguma relação com o desastre ambiental? ; Por que os desastres sempre acontecem? ; O que falta para que possamos acabar com este problema? A partir destas indagações buscamos compreender como é realizado o suporte a tragédia no Brasil e qual a importância da Segurança Pública neste cenário. 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 2.1 RELAÇÃO ENTRE O DESASTRE AMBIENTAL E A SEGURANÇA PÚBLICA Ao contrário da crença popular, o desastre ambiental não é um fenômeno restrito ao Brasil, infelizmente esse problema ocorreu em outros países, por exemplo em: 1945- Bombas de Hiroshima e Nagasaki no Japão; 1976 - Nuvem de Dioxina - na cidade de Seveso, na Itália; 1984 - Vazamento em Bhopal, na Índia; 1989 - Navio Exxon Valdez, costa do Alasca; 2002 - Navio Prestige, na costa da Espanha (CAMPOS,2021 apud COCHRAN III et al., 2018). Dentro do campo da segurança pública, a catástrofe ambiental é considerada como um elemento inerente a toda e qualquer sociedade (MASSIGNAM, 2019). Percebe-se que a desigualdade social é a principal causa das enchentes nas periferias(MARCHEZINI, 2021). Citação direta, transcrição de parte da obra do autor que foi consultado As pesquisas sobre segurança pública raramente examinam a relação entre degradação ambiental e violência generalizada. No entanto, a poluição em suas diversas formas causa diretamente milhares de mortes e afeta a saúde das pessoas, deixando-as em situação de vulnerabilidade econômica e social (QUEIROZ, 2019). Citação indireta, foi citado um texto com base na obra do autor que foi lido. 3 No primeiro encontro global a no qual todos os aspectos da vida humana foram abordados de forma holística na UNFPA, resultou em um plano de ação expresso como o sexto princípio “desenvolvimento sustentável como meio para garantir a felicidade humana” demonstra que: Citação indireta, foi citado um texto com base na obra do autor que foi lido. Para alcançar o desenvolvimento sustentável e uma melhor qualidade de vida para todos, o Estado deve reduzir e eliminar sistemas insustentáveis de produção e consumo, e promover políticas que sejam apropriadas, incluindo políticas relacionadas à população, para atender às necessidades das gerações sem comprometer as capacidades das gerações futuras. Gerações para atender às suas necessidades (UNFPA, 2014 - Relatório da Conferência Internacional Sobre População e Desenvolvimento, 1994, p.43). Citaçãodireta, transcrição de parte da obra do autor que foi consultado No Brasil, vários autores abordam os mecanismos sociais, políticos, econômicos e ambientais que atuam no processo de ocupação e apropriação do espaço, afirmando que a cidade desigual é a fonte do conceito “catástrofe como construção social” (DE SOUZA; DE OLIVEIRA & RIBEIRO, 2019, p.10 ), relação que faz parte do processo de construção social, pois é criada a partir da ação da sociedade criar e distribuir, de forma desigual, riscos ambientais e sociais, em situações de vulnerabilidade (DE OLIVEIRA CAMPOS & MAFRA, 2020). Citação indireta, foi citado um texto com base na obra do autor que foi lido. A relevância desta temática, não está apenas no esforço de minimizar os danos e prejuízos observados, mas sobretudo na prevenção de condições favoráveis à ocorrência do desastre, ocorrência e direção do desastre, tal como, quaisquer vulnerabilidades sociais e ambientais existentes. Por isso, o referido autor refere a desigualdade como fator importante no meio do processo de gestão de risco, pois ao tratar este caso, permite minimizar as consequências negativas do evento e prevenir desastres futuros. Para Félix, (2020) na maioria dos casos, os acidentes com maior impacto são causados por grandes empresas e organizações. Esta é uma das razões pelas quais é tão difícil encontrar uma pessoa responsável. No entanto, quando você olha a jurisprudência, é um pouco mais justo. Para STF e STJ, não basta ser administrador ou diretor de uma empresa, deve haver uma ligação direta entre o evento ocorrido (FELIX, 2020). Citação indireta, foi citado um texto com base na obra do autor que foi lido. Por exemplo, o que aconteceu com Brumadinho e Mariana, há claramente uma carência por parte da empresa, no que diz respeito à manutenção e até a capacidade de carga dessas barragens e dos órgãos de controle ambiental. É difícil para o órgão ambiental emitir licenças para fechar os olhos a denúncias fraudulentas que deveriam ser um sinal de conluio - uma tragédia que nem sempre é de responsabilidade do Estado. No entanto, quando um desastre ocorre devido à negligência das autoridades, eles deveriam ter tomado medidas para evitá-lo, mas não o fizeram, eles devem assumir sua responsabilidade. No caso de uma inundação em que a vítima e a casa sejam danificadas, o Estado pode ser responsável. A responsabilidade é do Estado na medida em que pode ser evitada porque a ocupação é legal e permanente. Por outro lado, independentemente da responsabilidade que o Estado tenha a este respeito, em matéria de proteção civil, o Estado tem sempre a obrigação de assistir as vítimas, sejam bombeiros, hospitais ou outros. Acidente. Desastres (MILKIEWICZ; PHILIPPI & DAMACENA (2020). Citação indireta, foi citado um texto com base na obra do autor que foi lido. 4 A proteção de um meio ambiente ecologicamente equilibrado tornou-se um direito fundamental (CIRNE, 2018), a capacidade de impor sanções, inclusive penais, às pessoas jurídicas que venham a ser agregadas. Citação indireta, foi citado um texto com base na obra do autor que foi lido. Nesse sentido, o § 3º do art. 225 estipula claramente: “Os atos e atividades considerados nocivos ao meio ambiente sujeitarão o infrator, natural ou legal, a sanções penais e administrativas. , independentemente da obrigação de reparar o dano causado. (BRASIL, 1988) Citação direta, transcrição de parte da obra do autor que foi consultado Nesse sentido, na resolução de conflitos surgem diferentes exigências de local para local, o que impossibilita uma resposta jurídica adequada e válida comum a todas as vítimas. Há também uma série de atores envolvidos na gestão de desastres e nos processos de justiça, o que pode levar à fragmentação da informação e dificuldade de coordenação entre agências governamentais, sociedade civil e outras agências. É uma medida de reconstrução social pós-conflito, não só garantindo a alocação eficiente de recursos em caso de desastre, mas também contribuindo efetivamente para o fortalecimento da mentalidade de crise, para sinergias estreitas entre os esforços públicos e privados e a combinação capacidade de implementar iniciativas públicas e corporativas de revitalização. 2.2 POR QUE OS DESASTRES SEMPRE ACONTECEM ? Todas as atividades humanas têm um impacto sobre o meio ambiente. Na mineração de superfície, muitas vezes ocorrem mudanças na paisagem, construção de barragens e descarte de resíduos. Ao alterar seu ambiente, a mineração também afeta a biota local, os rios e a atmosfera em graus variados, dependendo do tipo de minério que está sendo extraído. No Brasil, apesar da legislação avançada, faltam muitas fiscalizações, porque os órgãos de controle são eliminados, e não há pessoal, equipamentos e condições políticas para fazer o trabalho. Os controles de capital do Estado sempre evitarão verificações, especialmente em atividades conhecidas por terem impacto. Os riscos causados pelo homem são ditos "feitos pelo homem", ou seja, "eles são criados por comportamentos resultantes de uma atividade humana, como derramamentos de óleo e explosões de plataformas de petróleo". Uma das realidades que agravam essa situação é que “na maioria desses casos, o erro humano se deve à subestimação dos riscos, o que indica uma gestão e avaliação inadequadas dos mesmos” (JUNGES, 2020) Citação direta, transcrição de parte da obra do autor que foi consultado Além disso, quase todos os desastres naturais têm contribuições humanas (DELEVAT, 2021, p. 62:76). Por outro lado, também há riscos causados por fatores naturais e humanos, conhecidos como híbridos (CINTRA, 2022). Nesse sentido, os desastres ambientais, em geral, são multifatoriais, não havendo correlação precisa entre uma situação e outra, claramente delineada. Vislumbrado lato sensu, um desastre ambiental é algo cujas consequências vão além do evento em si. Seus efeitos perduram no tempo e se ramificam como uma reação em cadeia, desde a perda imediata da responsabilidade pelos danos até as consequências negativas que outras empresas terão que pagar. sofrer porque têm uma dependência do primeiro relacionamento, além da reconstrução do ecossistema que pode foram destruídos etc. Citação indireta, foi citado um texto com base na obra do autor que foi lido De acordo com Machado, (2022): As agências governamentais nem sempre estão prontas para prestar assistência imediata às populações afetadas. Como a crescente conectividade da infraestrutura significa que a interrupção em um setor pode inviabilizar vários outros setores relacionados. As agências governamentais nem sempre estão prontas para prestar assistência imediata às populações 5 afetadas. Estas são algumas das situações em que o modelo de produção pode amplificar os impactos e custos de um desastre, a partir de um efeito de “estratificação” (MACHADO, 2022, p. 07). Citação direta, transcrição de parte da obra do autor que foi consultado O quão se vulnera, portanto, é a acuidade de administração de crises e de reintegração pós- conflito, gerando disposição do exercício empresarial a ir-se da qual foi motivado o próprio conflito. Ou seja, o envolvimento de se agarrar a explicações criminológicas sobre anulação e rotinização da criminalidade gera um falso regulamento de prestação de contas com os desastres ambientais, litígio este que gera novas práticas sociais. Uma das mais promissoras estratégias de encontra-se na vitimologia corporativa que originalmente foi desenvolvida por Laufer, dedica-se à prática das respondências entre imputabilidade corporativa, malefício e processos de vitimização. 2.3 O QUE FALTA PARA QUE POSSAMOS ACABAR COM ESTE PROBLEMA ? O desenvolvimento sustentável, feito de forma planejada, produz resultados notáveis, sendo a combinação de crescimentoeconômico e meio ambiente o foco principal dessa abordagem. Além disso, é necessário criar materiais com maior vida útil para reduzir as vendas dos produtos, o que é uma atitude relacionada ao consumo. Para contribuir com os pontos anteriores, é importante introduzir medidas comuns a todos os países do mundo, para produzir efeitos na mesma escala, caso em que é necessária a participação nos países desenvolvidos (AMORIM et al, 2022). . Citação indireta, foi citado um texto com base na obra do autor que foi lido Segundo Fetter Junior (2022), há vários desdobramentos envolvidos no que é tradicionalmente a “lei do desastre”, que distingue entre desastres naturais, desastres causados pelo homem e eventos terroristas de grande escala. Apesar de sua importância, quando se trata de reconstrução social pós-conflito, a maioria das pesquisas se limita aos conceitos de compensação financeira, acordos, ordem e objetivos. Diante dessa realidade, construir uma interação construtiva entre a ideia de justiça centrada na comunidade e os regimes corporativos, embora apelativo em teoria, ainda é impraticável. Desta forma a implantação de programa efetivo de compliance, serve como ferramenta de enforcement normativo. Citação direta, transcrição de parte da obra do autor que foi consultado Recentemente, o Conselho Nacional de Direitos Humanos emitiu a Resolução 14/2019, na qual os crimes cometidos na bacia de Mariana e do Rio Doce são considerados violações de direitos humanos de grau particularmente grave. Com efeito, esta resolução reflete a tendência internacional de reconhecer a gestão de desastres como um direito humano, baseado no fortalecimento da obrigação de manter ativamente a política regulatória em relação ao risco de desastres e o direito à vida está ameaçado. De acordo com a abordagem para compreender e explicar os processos de vitimização, danos, respostas jurídicas e reconstrução social pós-conflito no desastre ambiental no Brasil, talvez a base para abordar a conta necessária para a falta de gestão da exploração dos recursos naturais possa ser o que está causando o aumento de desastres na terra. 2.4 COMO É REALIZADO O SUPORTE A TRAGÉDIA NO BRASIL E QUAL A IMPORTÂNCIA DA SEGURANÇA PÚBLICA NESTE CENÁRIO A Segurança Pública garante a inviolabilidade dos bens dos cidadãos. Certifique-se de que imóveis, veículos, dinheiro e outros objetos de valor não sejam roubados, roubados ou danificados. O trabalho de mapeamento de risco por geologia de superfície e investigação geotécnica inclui a 6 investigação dos fatores que mediam o processo de desestabilização e as características ocupacionais da área e sua infraestrutura (RANGEL e DA PENHA, 2021). Citação direta, transcrição de parte da obra do autor que foi consultado Os impactos dos desastres naturais são inerentes ao seu tipo e extensão, bem como a vulnerabilidade da área afetada e sua resiliência. GuhaSapir e Chencchi (2018) indicam que uma alta taxa de mortalidade indica a gravidade do desastre, mas também pode indicar inadequações adversas nos esforços de socorro e potenciais desigualdades na população afetada. Portanto, vale a pena refletir sobre as lições aprendidas com essas experiências e o que esses eventos sugerem. A falta de autorização prévia ambiental e o descaso do Estado em prevenir atividades que possam ou realmente causem degradação ambiental e danos socioeconômicos não foram analisados e reportados anteriormente compatível (SAADDINIZ, 2020). Citação indireta, foi citado um texto com base na obra do autor que foi lido Por exemplo, isso pode ser determinado ao analisar os atores envolvidos nas políticas públicas de gestão de barragens. De acordo com a Autoridade Nacional de Águas - ANA, no regulamento legal e revisão dos órgãos da Federação, podem ser identificados 31 órgãos que efetivamente fiscalizam as barragens. Esses órgãos, somados a outros órgãos de controle potenciais, resultam em 43 órgãos, resultando em sobreposições de capacidade, o que pode gerar conflitos ou lacunas de escopo. (BRASIL, 2018). Citação direta, transcrição de parte da obra do autor que foi consultado Precisamos ir mais longe e trazer a realidade física para o processo de aplicação da lei. Não há nada simples quando se trata de intervenções ambientais que podem prejudicar o desenvolvimento sustentável. A realidade socioambiental é muito mais rica, ampla e complexa do que a lei fria propõe. Intérpretes e adotantes não podem adotar posturas anêmicas e dependentes de força econômica (TAVARES; DO VALE e FIRMO, 2021). Citação indireta, foi citado um texto com base na obra do autor que foi lido Para entendermos como os desastres naturais afetam a vida das pessoas, é necessário perceber que a compensação inclui no período de emergência após a devastação do desastre, ajudar as vítimas, as pessoas que muitas vezes perdem suas casas e indivíduos. coisas e precisam de ajuda para mantê-las seguras. as condições mínimas de sua dignidade. A perda de propriedades afetadas, muitas vezes as instalações comerciais que alimentam o local, também tornam a área insustentável e insustentável, e limitam os bens e serviços ali produzidos. A Tabela 1, mostra a classificação dos desastres por intensidade. Tabela 1 - Classificação dos desastres em relação à intensidade Fonte: Adaptado de Castro (1999) 7 A partir da atribuição dos níveis de risco, são estabelecidas formas de intervenção para reduzir, minimizar ou eliminar os riscos, nas quais: 1) Soluções construtivas (limpeza, drenagem, terraplanagem, realocação etc.) e 2) Projetos de soluções, políticas urbanas, planos de proteção civil e educação. São ações complexas que envolvem esforços intersetoriais e, portanto, levam ao mapeamento dos atores que terão ou estiveram envolvidos nas áreas problemáticas de risco. Segundo Zambrano, esta reconfiguração do conceito de percepção de risco assenta em dois pressupostos: A necessidade de compreender as implicações de comportamentos e práticas consideradas de risco e é necessário compreender os processos pelos quais os atores em questão têm implicações para comportamentos considerados de risco. É especialmente importante entender esses significados em termos de outros contextos de risco. E assim também é necessário alimentar nessa rede heterogênea os interesses específicos de determinados atores. São muitos e variados, e aos poucos começamos a entender como estão presentes e como afetam a percepção do risco, bem como o direito de não conviver com o risco. (ZAMBRANO, 2018, p. 135-151). Citação direta, transcrição de parte da obra do autor que foi consultado Durante a fase de contenção, podemos ilustrar a atuação da força policial, através das patrulhas ambientais realizadas pela polícia ambiental nas ocupações da reserva fixa, procedimento básico para coibir infrações à lei de proteção ambiental. visando a preservação do equilíbrio ambiental e, portanto, a segurança da sociedade. Para Santos Filho (2019), cada ocorrência, mesmo que da mesma topologia, é única, pois o território afetado tem dinâmicas diferentes e isso constitui um desafio no monitoramento, o que exige o fortalecimento das capacidades de preparação e resposta das cidades vulneráveis ao risco de inundação e rompimento de barragens, além de iniciativas para garantir a recuperação dos ecossistemas afetados, bem como a saúde dos trabalhadores e das populações expostas, além de processos de reconstrução das condições de vida para e dos atingidos pelos impactos dos desastres. Citação indireta, foi citado um texto com base na obra do autor que foi lido Como resultado, os desastres que afetam as atividades humanas têm aumentado historicamente como resultado da má gestão das bacias hidrográficas, incluindo a falta de planejamento urbano. Além disso, o aquecimento global tem aumentado a frequênciae a intensidade dos agentes climáticos, como chuvas extremas, vendavais, granizo, entre outros, levando ao aumento da incidência de desastres naturais. 3. MATERIAIS E MÉTODOS O estudo levou em consideração trabalhos científicos publicados nos últimos 5 anos, ou seja, de 2018 a 2022. O método utilizado para mapear e sintetizar esse conhecimento foi a revisão de literatura. Originalmente, a seleção dos textos baseava-se na leitura dos resumos, que eram lidos na íntegra, cuja abordagem se baseava na defesa do tema. A base de dados do Google Acadêmico é utilizada com as descrições: "apoio a tragédias ambientais" e "relação entre desastres ambientais e segurança pública". Resultando em 41 trabalhos, sendo a maioria publicações relacionadas a encontros, congressos, simpósios, entre outros formatos de eventos acadêmicos. Como eixo "coleta de dados", a pesquisa foi conduzida para destacar as diferentes traduções em dois níveis: prática e discurso. Como parte das atividades práticas, foram feitas observações de cunho etnográfico, quanto aos discursos, tentamos coletá-los através das mais variadas fontes que explanam sobre a temática. 8 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO Os achados deste trabalho destacam a urgência da implementação de medidas compensatórias, de prevenção e de políticas públicas para reduzir os efeitos nocivos dos desastres ambientais. Analisar artigos publicados no Google Acadêmico, utilizando análise de conteúdo e software Iramuteq como método para verificar como esse tema tem sido abordado em estudos nacionais e internacionais de 2018 a 2022. O presente trabalho evidenciou a presença de diferentes abordagens sobre o tema. Estima-se que até 2050, o número de pessoas residentes nas cidades chegará a 6,3 bilhões, devido à maior onda de urbanização. Os dados publicados no relatório Power of Choice (UNFPA, 2018) do Fundo de População das Nações Unidas são impressionantes considerando que vivemos em uma sociedade com forte assimetria econômica, social e ambiental. O conflito ambiental é marcado pelo interesse na apropriação da natureza como fonte de riqueza e suporte para atividades produtivas. Nestes processos, os conhecimentos e as competências desempenham um papel decisivo na promoção da apropriação económica da natureza; mas também servem como conhecimento que faz sentido e mobiliza ações com valores não mercantis e para fins imateriais ou pragmáticos. Citação indireta, foi citado um texto com base na obra do autor que foi lido A ruptura epistemológica em diferentes modelos de conhecimento, dando origem à segurança pública e ao conhecimento ambiental como uma “internalização”, advém do encontro entre o núcleo de plausibilidade científica e o campo do conhecimento ambiental. Tal encontro é um confronto com a realidade posta de lado, limitada e excluída, estendida para além do núcleo conceitual do que é correto. Mas, não se trata, em si, de internalização mecânica de uma "dimensão", de um conjunto de princípios, preceitos, conhecimentos, métodos e técnicas. Trata-se mais do retorno do impensável, que só será possível pensar refletindo o que foi vivido, voltando aos próprios fundamentos, conceitos básicos e pressupostos sobre proteção ambiental e social. Diante do exposto, os acordos internacionais favorecem a adoção de medidas para reduzir os riscos de desastres e estabelecem disposições para suas disposições. O que se observa é que os desastres se tornaram a norma no país e, em alguns discursos, chegaram a ser naturalizados, enquanto os desastres mais graves são considerados eventos excepcionais, erráticos e imprevisíveis. A pesquisa realizada por Lamberty, (2019) intitulado “Desastre ambiental e acesso à informação pública em uma sociedade de risco: um olhar sobre o caso Brumadinho”. Comprovou que a melhor forma de evitar tragédias é fiscalizando mais as empresas (Gráfico 1). Citação indireta, foi citado um texto com base na obra do autor que foi lido Gráfico 1- Qual a principal forma de evitar tragédia Fonte: Adaptado de Lamberty, (2019) No Brasil, foram registrados 14.531 eventos hidrológicos afetando todas as regiões e de 9 acordo com sua distribuição espacial, o maior número de eventos foi registrado no Sudeste (34,18%) e no Sul (32,02%), seguido do Nordeste (19,92%), Norte (8,52%) e Centro-Oeste (5,36%). Portanto, agir rapidamente em situações de desastres requer uma gestão de riscos contínua e rotineira, sistematicamente organizada com ações para reduzir riscos, gerenciar e remediar as consequências dos desastres naturais, conforme estabelecido pela política de defesa e proteção civil. Durante a fase de redução de riscos, são desenvolvidas ações que visam eliminar ou reduzir os riscos existentes, prevenir riscos futuros e se preparar para desastres. Estas são as ações a serem tomadas antes que ocorra um desastre. No gráfico 1, observamos que as ocorrências estão distribuídas ao longo do ano, sendo o período dezembro-abril o mais concentrado (BRASIL, 2019). Citação direta, transcrição de parte da obra do autor que foi consultado Grafico 1 - Distribuição temporal dos registros de inundações no Brasil. Fonte: Adaptado do Sistema integrado de informações sobre desastres - S2ID, 2019. Portanto, agir rapidamente em situações de desastres requer uma gestão de riscos contínua e rotineira, sistematicamente organizada com ações para reduzir riscos, gerenciar e remediar as consequências dos desastres naturais, conforme estabelecido pela política de defesa e proteção civil. Durante a fase de redução de riscos, são desenvolvidas ações que visam eliminar ou reduzir os riscos existentes, prevenir riscos futuros e se preparar para desastres. Estas são as ações a serem tomadas antes que ocorra um desastre. No gráfico 1, observamos que as ocorrências estão distribuídas ao longo do ano, sendo o período dezembro-abril o mais concentrado (BRASIL, 2019) Citação direta, transcrição de parte da obra do autor que foi consultado Para Gonçalves e Sampaio (2022) em seu estudo sobre o impacto das remessas federais em caso de desastre hidrológico nos orçamentos públicos dos municípios brasileiros, avaliaram a importância da prevenção da tragédia ambiental, leva às seguintes questões que compõem a Figura 2. Citação indireta, foi citado um texto com base na obra do autor que foi lido Gráfico 2 - Qual a importância da prevenção de tragédia ambiental 10 Fonte: Adaptado de Gonçalves & Sampaio (2022) Constatamos que ao aliar fiscalização e responsabilização, além de incorporar medidas de segurança, veículos cada vez mais segregados de investimento e fiscalização tornam-se meios para evitar o abandono do Estado e se apresenta como fonte de novas desigualdades que levam a prejuízos ecológicos, desequilíbrios económicos, geográficos e sociais. Tem-se argumentado que lidar com a crise ambiental por meio de mecanismos institucionais tradicionais não tem sido eficaz. O que realmente estamos vendo é o uso simbólico do direito, da política e da ciência, veiculando objetivos falaciosos e mascarando o risco ao manuseá-lo de forma estética e ineficaz (VICENTE, 2018). Citação indireta, foi citado um texto com base na obra do autor que foi lido Como objeto de estudo, a fotografia pode se tornar uma ferramenta capaz de possibilitar a análise, comparação e avaliação de paisagens, por meio da percepção de informações, permitindo a criação de estratégias e proporcionado comparação e avaliação da paisagem. Os registros de fotografia de paisagem inicialmente chamam a atenção para a beleza cênica. Pode-se ver na imagem antes do incidente que o verde predomina e há existência de algumas áreas residenciais, mas após o desastre, o ambiente fica completamente arruinado. Reforçamos assim a necessidade do conhecimento pré-existente da realidade representada em imagens, elemento essencialpara a análise interpretativa do que é visto durante as investigações ambientais. Os registros da Figura 1, por exemplo, permitem uma comparação do desenvolvimento da paisagem após um desastre ambiental. Figura 1 - Barragem de Fundão, antes e depois do desastre Fonte:Google Earth 11 Em face a esta realidade, compreende-se que o atual cenário de risco de desastres no Brasil deve ser analisado com responsabilidade e intervenções preventivas sobre os fatores que o compõem devem ser considerados prioritários na agenda do governo, com a adoção de medidas preventivas, medidas sérias para reduzir o risco desses eventos e a agravamento das consequências de não ter um plano de preparação e resposta. A ocupação desordenada do solo, o processo de desenvolvimento que não sustenta a sustentabilidade, a inconsistência na formulação e implementação das políticas públicas ou suas intervenções, o planejamento de curto prazo em prol de ações pontuais em detrimento das ações estruturais, a tomada de decisões com base na interesses de determinados setores em detrimento do bem comum, eles, entre outros aspectos, contribuem para uma ação separada, esporádica e às vezes sobreposta, baseada em ações de socorro uma vez levantado o problema. Como os projetos de segurança destinados a proteger os moradores de cidades atingidas por desastres carecem de apoio econômico, ou seja, o acesso a lugares "seguros" não é guiado uniformemente pelos habitantes locais, Figura 2. Figura 2 – Suporte a equipe de resgate animal Fonte: Adaptado de Gonçalves & Sampaio (2022) Segundo Soares & Schonardie (2020), eventos potencialmente danosos combinados com condições de vulnerabilidade e resiliência constituem um cenário de risco. Entre esses cenários estão aqueles decorrentes de enchentes e rompimentos de barragens, que podem levar a uma emergência ou até mesmo a um desastre. A gestão do risco de desastres envolve a aplicação de medidas para reduzir, prevenir e reduzir os fatores de risco relacionados à vulnerabilidade e exposição, observando as características específicas do processo, incluindo os fatores ambientais, econômicos, culturais e sociais envolvidos em sua implementação (NYAHUNDA; MATLAKALA e MAKHUBELE, 2020). Citação indireta, foi citado um texto com base na obra do autor que foi lido Se a garantia da proibição de ataques ao meio ambiente é concebida no sentido de que a proteção do meio ambiente é legítima, tanto do ponto de vista constitucional como não constitucional, ela deve funcionar paulatinamente no âmbito das relações ambientais, a fim de potencializar a qualidade de vida que existe hoje e atender às exigências de normas cada vez mais rigorosas para a proteção da dignidade humana (VIOLA e FRANCHINI, 2018). Citação indireta, foi citado um texto com base na obra do autor que foi lido Por outro lado, deve-se lembrar que danos ambientais graves e irreversíveis, como o desastre de Mariana, causaram mortes e tragédias. Nesse sentido, o fato de o meio ambiente ser de uso comum por grupos de populações justifica a punição pelos danos causados a ele. Tornando-se um ativo intangível (CIRNE, 2019, p. 89). De fato, a proteção do meio ambiente está intimamente 12 ligada ao direito à vida. Citação direta, transcrição de parte da obra do autor que foi consultado Como as matrizes individual e cívica são super importadas para difundir direitos, elas levam a decisões muito complexas sobre o meio ambiente, muitas vezes envolvendo vários e graves danos ambientais e sociais. A atual aplicação da legislação ambiental isolada, principalmente em grandes empresas, está desatualizada, o foco não se estende à compreensão da ecologia; ao contrário, o ecossistema é degradado para que os benefícios econômicos sejam preservados (SILVA, 2019). Citação direta, transcrição de parte da obra do autor que foi consultado Embora em alguns casos seja difícil comprovar a causa e efeito da degradação ambiental às instâncias ordinárias de violência, sabe-se que pode haver uma ligação entre a perda de recursos ambientais, o desequilíbrio econômico, podendo interferir indiretamente na criminalidade. 5. CONCLUSÃO No Brasil, os desastres naturais têm sido tratados de forma segmentada entre diferentes segmentos da sociedade. Nos últimos anos, os danos causados por esses fenômenos aumentaram devido ao mau planejamento urbano. Ações integradas entre a comunidade e a universidade são essenciais para reduzir o impacto dos desastres. A universidade deve contribuir para a compreensão dos mecanismos de desastres por meio de monitoramento, diagnóstico e modelagem. Essas informações devem ser comunicadas à sociedade, de forma organizada, devem atuar para minimizar os danos causados pelo desastre. No contexto local, é aconselhável estabelecer grupos comunitários que possam funcionar antes, durante e depois do evento, auxiliando assim as organizações de defesa civil da cidade. Além disso, a existência de planos de preparação e resposta a desastres é essencial em todas as cidades propensas a desastres, tanto naturais quanto tecnológicas, e não pode se limitar ao cumprimento da lei burocrática e a falta de sistemas de alerta e alarme contribuem para a eficiência de salvar vidas. A tarefa na parte final desta investigação é aplicar a legislação ao contexto jurídico-ambiental para contribuir no enfrentamento da crise socioambiental causada pelas barragens de estéril. Combater tal crise requer uma abordagem sistêmica, integrada, individual e coletiva. Trata-se de uma abordagem legítima e de propor, por meio da lei de desastres, uma resposta à crise a partir do contexto jurídico-ambiental existente (PIVELLO, 2021). Citação indireta, foi citado um texto com base na obra do autor que foi lido Uma das limitações deste estudo é a utilização de portarias reconhecidas pela União como proxy para a variável desastre, pois dessa forma não há como saber a extensão do desastre e a demanda de suporte. Este estudo não incluiu apoio do governo estadual para reabilitação da cidade quando ocorrem eventos adversos, o que é uma das limitações deste trabalho e um caminho para pesquisas futuras. Portanto, como conclusão, ressaltamos mais uma vez que a interconexão nessas redes heterogêneas ocorre mesmo quando os orçamentos públicos têm pouca flexibilidade. Conforme explanado por Bello Filho, (2015) a segurança pública é um termo tradicionalmente usado para se referir a um vocabulário amplo, como tumultos em prisões e a ascensão do crime organizado. Citação indireta, foi citado um texto com base na obra do autor que foi lido De acordo com os dispositivos constitucionais, “é obrigação do Estado, direito e responsabilidade de todas as pessoas, realizar a manutenção da ordem pública e a segurança das pessoas e bens”. Recentemente, essa expressão também apareceu em relação aos conflitos sociais; violação de direitos fundamentais; administração pública ineficiente e até falta de conformidade ambiental (BELLO FILHO, 2015). Citação direta, transcrição de parte da obra do autor que 13 foi consultado Mas a questão é como fazer as fiscalizações, que têm sido prejudicadas pela falta de facilidades enfrentada pela maioria dos municípios brasileiros. Diante dessa situação, é necessária uma dupla ação: por um lado, equipar e capacitar o pessoal dos órgãos ambientais envolvidos nessas áreas; e medidas de governança e gestão que podem enfraquecer a força econômica resultante de desastres. O ciclo de políticas públicas é composto por cinco etapas essenciais: definição da agenda, formulação de alternativas, tomada de decisão, implementação e avaliação. As etapas do processo legislativo incluem a fase de abertura, a fase constitutiva e a fase suplementar. O processo começa com uma fase introdutória que dinamiza o processo legislativo, seguida por uma faseconstitutiva em que ocorrem discussões e deliberações regulatórias. Finalmente, a fase de complemento inclui a integração da eficácia como resultado das principais considerações normativas. Além da criação de comitês, o decreto também propõe uma série de boas práticas de vigilância e controle de riscos diretos e indiretos, a fim de proteger os direitos humanos de empregados, terceirizados, clientes e empregados, clientes, moradores locais e o público geral. O Estado não é o único responsável por dirigir a Política e as políticas públicas, e se olharmos para ele ao final, há muitos interesses contestados que precisam ser administrados [...]. No caso do Brasil, a gestão da segurança pública é uma responsabilidade compartilhada de várias partes e, para ser efetiva, deve ser coordenada e claramente definida em torno do que está consagrado em suas Constituições, que estabelece que a segurança é condição fundamental para o exercício da cidadania (art. 5.º) e um direito social comum a todos os brasileiros (art. 6.º). A solução não é óbvia (BRASIL, 2018). Citação indireta, foi citado um texto com base na obra do autor que foi lido Dessa forma, esses estudos podem destacar evidências novas ou diferentes e talvez levar à adaptação de teorias ou ao uso de teorias baseadas no contexto em que se tratam os desastres e outras considerações. Entendemos que todos esses pontos são contribuições para o campo da administração pública e da gestão social no Brasil. Além de encontrar critérios técnicos e tecnológicos para a gestão de soluções para situações de emergência, propomos, com base na literatura internacional, que este campo chame a atenção para a necessidade de considerar que tais situações envolvem dilemas éticos e que é importante buscar decisões de resolução - fornecer critérios baseados em princípios éticos, foco na ética profissional para orientar gestores e servidores públicos. Então, como responder às questões abordadas neste estudo? De fato, as políticas públicas, por meio de suas leis, resoluções e regulamentações em decorrência de desastres, têm ajudado a proteger contra novos acidentes, ainda que ocorram, construindo uma lógica de casos também requer interdisciplinaridade, mas não apenas um elemento integrador. métodos do presente, senão uma visão transformadora dos modelos de conhecimento atuais. A complexidade ambiental requer o envolvimento de especialistas que tragam perspectivas diferentes e complementares para uma questão e sua realidade A segurança pública deve se concentrar no ambiente de vida humana. Portanto, mas atenção deve ser dada aos estudos de violência, pois a negligência com o meio ambiente pode levar a mortes diretas, problemas de saúde para os cidadãos e outra questão, que afeta todo o sistema socioeconômico e, portanto, afeta a questão da segurança. Os desastres ambientais não podem ser separados das questões de segurança pública, pois o equilíbrio ambiental afeta diretamente e indiretamente a segurança pública. Conclui-se que essa causalidade, gera um fator importante no campo da responsabilidade civil, caracteriza-se pelo vínculo entre dano e ação, devendo o 14 ato/evento causador do dano ser resultado da ação, ou omissão, direta ou previsível. A causalidade significa, portanto, o nexo entre o evento danoso e o comportamento causado por ele, neste contexto o vínculo entre sociedade civil, poder público e setor privado se faz necessário para o bem comum, com a finalidade de integrar as diferenças e promover a igualdade de condições entre desigualdades. Só assim a justiça social e, portanto, a justiça ambiental pode ser alcançada, pois sua subversão contribui significativamente para a taxa e intensidade dos desastres ambientais e da insegurança. REFERÊNCIAS ALBINO, Priscilla Linhares; VIEIRA, Ricardo Stanziola. As cidades inteligentes e os desastres: como um Modelo de Urbanização Sustentável pode minimizar os riscos ambientais. REVISTA DIREITO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS, v. 1, n. 2, p. 7-31, 2019. AMORIM, Renato Neves, et al. A mídia global: um caminho livre para o negacionismo climático. 2022. BELLO FILHO, Ney de Barros. 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