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Patologia Geral - que estuda os fundamentos das doenças e objetiva a compreensão e a classificação das lesões básicas que determinam e que são determinadas pelas mesmas. Agressões podem ser provocadas por agentes físicos, químicos e biológicos, por alterações na expressão gênica ou por modificações nutricionais, metabólicas ou dos próprios mecanismos de defesa do organismo. As agressões podem se originar no ambiente externo ou a partir do próprio organismo. Doença: alteração orgânica geralmente constatada a partir de alterações na função (sintomas) de determinado órgão ou tecido, decorrentes de alterações bioquímicas e morfológicas causadas por alguma agressão, de tal maneira que se ultrapasse os limites de adaptação do organismo. A adaptação refere-se à capacidade das células, dos tecidos ou do próprio indivíduo de, frente a um estímulo, modificar suas funções dentro de certos limites (faixa da normalidade), para ajustar-se às modificações induzidas pelo estímulo. @fisio.stephanebispo Introdução á Patologia Patologia: Ciência que estuda as causas das doenças, os mecanismos as produzem, os locais onde ocorrem as alterações moleculares, morfologias e funcionais que apresentam. A patologia pode ser subclassificada em: 1. Etiologia: Parte da patologia que se atém às causas das lesões; 2. Patogenia: Parte da patologia que se atém ao mecanismo de formação das lesões; 3. Morfopatologia : que por sua vez subdivide-se em: • Anatomia Patológica: Parte da patologia que estuda as características macroscópicas das lesões; • Histopatologia: Parte da patologia que estuda as características microscópicas das lesões. • Fisiopatologia: Parte da patologia que se dedica ao estudo das alterações da função de órgãos lesados. Lesão é o conjunto de alterações morfológicas, moleculares e/ou funcionais que surgem nas células e nos tecidos após agressões. Os mecanismos de defesa contra agentes externos são muito numerosos. Ao lado de barreiras mecânicas e químicas existentes no revestimento externo e interno (pele e mucosas), o organismo conta com diversos mecanismos defensivos: 1. Contra compostos químicos tóxicos 2. Contra agentes infecciosos 3. Contra agentes genotóxicos Causas de lesão celular 1. Agentes físicos • Força mecânica: Abrasão, Contusão, Incisão, Perfuração, fratura, • Grandes altitudes ; Variação de temperatura • Radiação ; Corrente elétrica • Luz solar 2. Agentes químicos 3. Agentes biológicos • Vírus, bactéria fungos, parasitas, protozoários. 4. Mecanismos auto-imune 5. Alterações genéticas 6. Deficiências nutricionais A lesão celular ocorre quando as células são submetidas a um estresse tão severo que não são capazes de se adaptar, ou quando são expostas a agentes perniciosos. • A Resposta à lesão depende do tipo, intensidade e duração do estímulo. • As Consequências da lesão dependem do tipo, estado e adaptabilidade da célula. • O comprometimento de algum sistema celular produz efeitos secundários generalizados. @fisio.stephanebispo Lesão Celular Lesão Celular Reversível Alterações Celulares patológicas que podem ser restauradas a normalidade, com a retirada do estimulo ou se este não for muito grave. Eventos: • Diminuição da atividade da bomba de Na+ • Aumento da taxa da glicólise anaeróbica • Redução da síntese protéica • Morfologicamente: • Bolhas na superfície celular • Tumefação de organelas e de toda a célula Lesão Celular Irreversível - Ocorre quando excede a capacidade da célula a se adaptar, levando a alterações permanentes. • Tumefação intensa das mitocôndrias • Densidades amorfas, grandes e floculentas na matriz mitocondrial. • Influxo maciço de Ca++. • Perda de proteínas, coenzimas, enzimas ácidos ribonucléicos e de metabólitos que reconstituem o ATP • Lesão de membranas lisossômicas • Ativação de RNases, DNases, proteases, fosfatases,, glicosidases e catepsinas. • Extravazamento de enzimas celulares para o espaço extracelular. • Entrada de macromoléculas extracelulares para a célula. • A célula morta é substituída por figuras de mielina que são fagocitadas ou degradadas em ácidos graxos. • Radicais livres são moléculas instáveis e que apresentam um elétron que tende a se associar de maneira rápida a outras moléculas de carga positiva com as quais pode reagir ou oxidar. No nosso organismo, os radicais livres são produzidos pelas células, durante o processo de queima do oxigênio, utilizado para converter os nutrientes dos alimentos absorvidos em energia. • Os radicais livres podem danificar células sadias do nosso corpo, entretanto, nosso organismo possui enzimas protetoras que reparam 99% dos danos causados pela oxidação, ou seja, nosso organismo consegue controlar o nível desses radicais produzidos através do nosso metabolismo. Os processos metabólicos não são a única fonte de radicais livres. Substâncias antioxidantes - Existe uma série de substâncias antioxidantes, mais as principais são: Fatores externos podem contribuir para o aumento da formação dessas moléculas. Entre esses fatores estão: • Poluição ambiental; • Raios-X e radiação ultravioleta; • Cigarro; • Álcool; • Resíduos de pesticidas; • Substâncias presentes em alimentos e bebidas (aditivos químicos, hormônios, entre outros); • Estresse; • Consumo excessivo de gorduras saturadas (frituras, etc). • Vitamina C: • Vitamina E • Vitamina A: • Zinco • Selênio • Licopeno Radicais livres @fisio.stephanebispo Em níveis considerados normais, os radicais livres não são prejudiciais à saúde. Em excesso, essas moléculas podem ser tóxicas ao nosso organismo. Os radicais livres podem contribuir para o surgimento de alguns problemas de saúde, como o enfraquecimento do sistema imunológico e o envelhecimento, bem como de distúrbios mais sérios, como artrite, arteriosclerose, catarata, entre outros. Os antioxidantes são moléculas com carga positiva que se combinam com os radicais livres, tornando-os inofensivos. Uma alimentação rica em vegetais é a melhor opção para se proteger contra os radicais livres, diminuindo assim o risco de várias doenças e evitando o envelhecimento precoce. Embora os antioxidantes ajam reduzindo a concentração de radicais livres, seu papel é modulador, moderador e não bloqueador, ou seja, a mera ingestão de vitaminas não evita completamente a ocorrência de doenças causadas pelos radicais livres, embora sua ausência possa favorecer, em alguns casos, a ocorrência delas. Respostas Sistêmicas Modificações na síntese protéica (Fase aguda) • Os hépatócitos sintetizam menos albumina e ferritina e aumenta a produção de: • Proteina C reativa – inibidora da blastogenese; • Ceruluplasmina – Remove radicais livres. • α –2- Macroglobulina; • Fibrinogênio - etapas finais da coagulação . Resposta localizada por agressão Inflamação • O tecido lesado libera sinais químicos (histaminas, prostaglandinas) • Ocorre a vasodilatação, aumento da permeabilidade de vaso e diapedese • Os neutrófilos fagocitam os microrganismos e os restos das células mortas Respostas na origem da lesão Respostas Imunitárias Anticorpos @fisio.stephanebispo Alterações metabólicas • Liberação de Adrenalina • Estimula a gliconeogenese; • Inibe a produção de glucágon e inibe a insulina. - Impede a • Bloqueio ou estimulação da função celular • Formação do complexo Ag-Ac e fixação do complemento levando a formação de fatores quimiotáticos. • As células citotóxicas reconhecem o fragmento FC de anticorpos presente na célula alvo e a destrói. Imunidade celular • Reconhece o epitopo MHCI e as células T citotóxias liberam substancias anfipáticas que se aprofundam na membrana e a faz perder eletrólitos – Morre – Perfurina. • Células Citotóxicas liberam Granzimas que penetram nosporos das células e ativam as caspases induzindo a apoptose. utilização periférica de glicose • Incrementa o trabalho cardíaco • Vasodilatação nos músculos esqueléticos - Proporciona condições de fuga para o indivíduo • Alterações no apetite e no Sono - IL-1, TNF-α – agem sobre o sistema nervoso inibindo o apetite – anorexia leve ; Perda de sono e irritabilidade devido as citocinas. Manifestações inespecíficas – pós agressão • Fraqueza; • Mal-estar; • Cansaço • Depressão • Letargia e febre • Falta de apetite • Dores musculares e articulações Tipos de Necrose • Necrose por coagulação • Lesões celulares reversíveis e irreversíveis • Se a morte celular ocorrer seguida de autólise – Necrose • Se a morte celular ocorrer por contração, condensação das estruturas celulares, fragmentação e fagocitose da célula – Apoptose @fisio.stephanebispo • Necrose por liquefação: • Necrose Caseosa • Esteatonecrose: • Necrose Fibrinóide Necrose Morte Celular (Necrose e Apoptose) Apoptose • Apoptose consiste na morte celular programada, na qual a célula entra em um rígido processo de auto-destruição • Presença de intensa condensação da cromatina com aspecto bolhoso e picnose nuclear. • Freqüentemente acompanhada por degradação internucleossomal do DNA • A apoptose é controlada por uma família de proteínas: Família bcl-2 e • Morte celular ocorrida no organismo vivo e seguida de autólise • Os lisossomos perdem a capacidade de conter a hidrolise no seu interior e esta sai para o citosol Onde ocorre? • Embriogenese Família Bax Causas e tipos de necrose Qualquer agente lesivo pode produzir necrose por: • Redução da energia por obstrução dos vasos ou por inibição do processo respiratório • Aumento dos radicais livres • Ação direta da membrana Evolução da necrose • Regeneração • Cicatrização • Calcificação distrófica • Eliminação • Morte neuronal, desaparecimento do timo e ducto tireoglosso, atrofia prostática pós castração • Involução de tecidos dependentes de hormônios • Processo de reparo e inflamação aguda • Controle do turnover celular • Neoplasia – Células malignas tem a capacidade diminuída em sofrer apoptose frente a um estimulo fisiológico • Doenças auto-imunes – Perda do controle fisiológico da morte de linfócitos auto-reativos após o termino da resposta imune • Infecção viral – Capacidade de inibir a apoptose pela produção de proteínas supressoras da morte celular A Apotose pode ocorrer através de duas vias: via Extrínseca ou via Intrínseca ou Mitocondrial • O ser humano contem cerca de 1 a 2 kg de cálcio onde 90% esta localizado nos ossos e dentes na forma de hodroxiapatita. • A absorção de cálcio se da no duodeno, por transporte ativo, dependente de proteínas, sendo inibido na deficiência de vitamina D, uremia excesso de ácido graxo. • No plasma, esta presente na forma de ions livres Ca+2, sendo importante na coagulação sanguínea e contração muscular. • Quando os sais de cálcio são depositados em tecidos que não sejam ossos e dentes, da-se o nome de calcificação heterotrópicas (em locais diferentes do comum) ou mineralização patológica. Mecanismo de calcificação fisiológica Ácidos Graxos + Ca⁺² → Sabão insolúvel + Fostato (PO⁻³₄) ou Carbonato (CO⁻²₃) → Sal insolúvel (matriz óssea) que pode ser o @fisio.stephanebispo fosfato de cálcio ou carbonato de cálcio. A deposição patológica de minerais e sais de cálcio pode ocorrer nos tecidos em duas formas: Na calcificação distrófica ou local - que afeta tecidos lesados e não depende dos níveis plasmáticos de cálcio e fósforo; e na calcificação metastática ou geral ou discrásica ou gota cálcica - onde a hipercalcemia resulta na precipitação dos sais em tecidos normais. Hipercalcemia é o nível elevado de cálcio no sangue. A hipercalcemia pode ser fatal e é a mais comum desordem metabólica associada ao câncer, ocorrendo de 10% a 20% dos pacientes com câncer. Enquanto a maioria do cálcio no corpo é armazenada nos ossos, cerca de 1% do cálcio do corpo circula na corrente sanguínea. Calcificação Distrófica Origina-se a partir de uma lesão pré-existente. Ocorre primeiro a necrose e depois a calcificação. → É comum observar calcificação distrófica em indivíduos com aterosclerose, que é caracterizado pela presença de necroses no endotélio a partir da deposição de placas de ateroma. Calcificação Metastática Originada apartir da hipercalcemia, sem lesão pré- existente. Devido a: → Excessos de vitamina D – absorção em excesso de Ca+ no trato gastrointestinal → Sarcoidose Calculose ou Litíase Origina-se a partir de uma lesão pré-existente; Ocorrem em qualquer estrutura que não transporte sangue em órgãos ocos e ductos. Calcificações → Pigmentos: São substancias com cor própria amplamente distribuídas na natureza nos meios animais e vegetais. Ex. Citocromos, melanina, clorofila. → Pigmentação: é o acúmulo anormal de pigmentos no organismo. Pigmentação Endógena Podem ser derivada: • Hemoglobina • Melanina Pigmentação Exógena • Por Prata - Exposição por um logo período a prata. • Carotenose - Ingestão excessiva de caroteno. • Pneumoconiose - São alterações pulmonares e de linfonodos regionais decorrentes da inalação de partículas provindas do ambiente (poeiras/poluição do ar). • Antracose – Exposição prolongada a Poluição, poeira. • Silicose – Exposição prolongada a Sílica • Tatuagem: Pigmentos exógenos insolúveis (nanquim, carvão, etc), introduzidos por agulha com propósitos decorativos ou identificadores. • Acido Homogentísico • Lipofuscina Hemoglobina Pigmentação @fisio.stephanebispo • Pigmentos Biliares: Bilirrubina (Bb) – pigmento amarelo derivado do catabolismo da hemoglobina e outras proteínas. • Hematoitina: É constituída pela mistura de lipídeos e um pigmento semelhante à Bb, sem ferro, que se forma em focos hemorrágicos, após a degradação das hemácias por macrófagos. • Hemossiderina: Hemossiderina e ferritina são as duas principais formas de armazenamento intracelular de ferro A degradação da ferritina no citosol libera ferro. Quando há excesso de ferro, micelas de ferritina se agregam e formam a hemossiderina. • Hemossiderose Localizada - Ex. Nas Hemorragias. No interior dos macrógafos 24 a 48 h após o sangramento. • Hemossiderose Sistêmica: ocorre por aumento da absorção intestinal de ferro, em anemias hemolíticas e após transfusões de sangue repetidas. O pigmento acumula-se, sobretudo, nos macrófagos do fígado, baço e medula óssea e em linfonodos. Pigmento malárico – Hemozoína - Resulta da degradação da hemoglobina ingerida pelo plasmódio durante o seu ciclo de vida nas hemácias. A hemoglobina ingerida pelo plasmódio sofre proteólise em vacúolos digestivos. Pigmento Equistossômico - Origina-se no trato digestivo do Schistosoma a partir do sangue do hospedeiro, que é ingerido pelo verme. Hiperpigmentação Melânica - Melanina - pigmento cuja cor varia do castanho ao negro, é amplamente encontrada. As lesões hiperpigmentadas mais comuns são: Manchas de idade, melanomas, sardas. Lipofucina - Também chamada lipocromo, Marcador de envelhecimento celular. Acumula-se no tecido. A lipofuscina resulta da peroxidação de material autofagocitado e acumulado em lisossomo. Degeneração Hidrópica (balonosa): É o acúmulo de água nas células, devido a alterações na bomba de sódio e potássio, retendo sódio na célula, e consequentemente, retendo água. Suas principais causas são hipóxia, hipertermia, intoxicação, infecção de caráter agudo, toxinas, hipopotassemia e distúrbios circulatórios. • Tumefação • Edema Celular Degeneração Cálcica - São doenças genéticas caracterizadas pelo acúmulo de glicogênio nas células do fígado, rins, músculos esqueléticos e coração. O glicogênioé uma reserva de energia prontamente disponível que está presente no citoplasma. Causa: Deficiência da enzimas que atua no processo de degradação de glicogênio em glicose • Diabetes Mellitus • Doença de Niemann-Pick • Gangliosidose juvenil São lesões reversíveis decorrentes de alterações que resultam em acúmulo de substâncias no interior da célula. Geralmente, as degenerações são processos reversíveis quando o estímulo cessa, mas, em algumas situações, podem evoluir para a morte celular. O acúmulo de substâncias pode reduzir ou interromper a função celular. @fisio.stephanebispo Degeneração Classificação • Degeneração Hidrópica • Degeneração Hialina • Degeneração Gordurosa • Degeneração Cálcica Degeneração Hialina: O acúmulo de proteínas na célula lhe confere um aspecto translúcido, homogêneo e eosinofílico, por isso também é conhecida por degeneração hialina. Proteínas acumuladas podem ser intracelulares ou extracelulares. As principais causas de acúmulos intracelulares são a reabsorção de proteínas pelo epitélio tubular renal, produção excessiva de proteínas normais e por defeitos no dobramento das proteínas. Infecções virais apresentam corpúsculos de inclusão, que são patognomônicos para certas doenças como a cinomose e a raiva. • Corpúsculo de Mallory • Corpúsculo de Russel Degeneração Gordurosa (esteatose, lipidose): É o acúmulo excessivo de triglicerídeos no citoplasma de células parenquimatosas, formando vacúolos que podem ser pequenos e múltiplos ou coalescentes e volumosos, deslocam o núcleo para a periferia, e de limites nítidos, dando à célula um aspecto pálido e esponjoso, dependendo do órgão em que está localizada. Os órgãos acometidos são as musculaturas cardíaca e esquelética, rins e principalmente o fígado, pois é o órgão que metaboliza a gordura. • Esteatose – acúmulo de lipídios no interior de células que metabolizam gordura, mas não armazenam. Ex: triglicerídeos. Esteatose hepática • Lipidose – acúmulo de gordura em células que normalmente não metabolizam nem armazenam gordura. Ex: cristais de colesterol. Inflamação aguda: Resposta imediata a um agente nocivo, onde há um recrutamento dos mediadores químicos do hospedeiro ao local da lesão. • Vasodilatação Características: As alterações vasculares decorrentes da inflamação visam facilitar o movimento de proteínas plasmáticas e células sanguíneas da circulação para o local da lesão ou infecção. As principais alterações são vasodilatação, aumento da permeabilidade da microcirculação, estase e migração leucocitária que alteram o fluxo e o calibre vascular. Eventos celulares também ocorrem para que haja extravasamento de leucócitos e fagocitose do agente nocivo • Aumento da permeabilidade microvascular com extravasamento de fluido proteico no tecido extravascular; • A perda de fluidos resulta na concentração de células vermelhas nos pequenos vasos e aumento de viscosidade sanguínea = estase; • A estase agrupa leucócitos (neutrófilos) acumulados em todo endotélio vascular. Fases que caracterizam a inflamação: 1. Fase irritativa 2. Fase vascular 3. Fase exsudativa 4. Fase proliferativa Inflamações @fisio.stephanebispo A inflamação é uma síndrome que se apresenta com alterações imunológicas, bioquímicas e fisiológicas, produzindo no local agredido aumento do fluxo sanguíneo e da permeabilidade vascular, recrutamento leucocitário e liberação de mediadores químicos pró-inflamatórios. Inflamação crônica: tem como características uma maior duração, presença de linfócitos e macrófagos, proliferação de vasos, fibrose e necrose. Observa-se a inflamação ativa, a destruição do tecido e a tentativa de reparar os danos, simultaneamente. Ocorre devido a infecções persistentes; exposição prolongada a agentes tóxicos, exógenos ou endógenos; e a auto-imunidade. Observa-se morfologicamente infiltrado de células mononucleares, destruição tecidual e tentativas de cicatrização pela substituição do tecido danificado por tecido conjuntivo. Classificação Inespecífica: composta por vários tipos de celular (linfócitos, plasmócitos, macrófagos) Ex: Gengivite Produtiva (hiperplasia) • Aumento da quantidade de fibras colágenas e celular • Aumento do volume local • Produção de vasos sanguíneos EDEMA- É o termo geralmente utilizado para designar o acúmulo anormal de líquido nos espaços intersticiais ou em cavidades corporais. Pode ocorrer como um processo localizado, como por exemplo, quando o retorno venoso de uma perna é obstruído, ou pode ser sistêmico na distribuição, como por exemplo, na insuficiência renal. • Transudato • Exsudato • Edema localizado e • Edema generalizado. HIPEREMIA - Consiste no aumento de volume sanguíneo no interior dos vasos em uma região devido a uma intensificação do aporte sanguíneo ou diminuição do escoamento venoso. O tecido afetado é avermelhado pelo congestionamento de vasos com sangue oxigenado. • Hiperemia ativa • A hiperemia passiva @fisio.stephanebispo INFARTO- Um infarto corresponde a uma área de necrose tecidual isquêmica causada por uma obstrução do suprimento arterial ou da drenagem venosa num tecido particular. Ocasionalmente, o infarto pode ser causado por oclusão arterial (devido a eventos trombóticos ou embólicos) , vasoespasmo local, expansão de um ateroma devido à hemorragia dentro de uma placa ou compressão intrínseca de um vaso (p.ex.: tumor). • INFARTO HEMORRÁGICO • INFARTO BRANCO Distúrbios Circulatórios TROMBOSE- Corresponde em uma não manutenção do sangue em estado líquido no vaso e a formação de um tampão em caso de lesão endotelial. Três influências principais predispõem a formação do trombo conhecido como tríade de Virchow: Lesão endotelial, Anormalidade do fluxo sanguíneo e Hipercoagulabilidade. Evolução do trombo: Crescimento → Lise →Organização→ Calcificação →Infecção→ Embolização ISQUEMIA - O termo isquemia é empregado quando há uma falta de suprimento sanguíneo para uma determinada região, cujas possíveis causas a serem destacadas, têm-se a obstrução vascular, hipotensão e aumento da viscosidade sanguínea. • Isquemia no coração • Isquemia nos intestinos • Isquemia no cérebro CHOQUE - O choque ou colapso cardiovascular é a incapacidade do sistema circulatório em reperfundir (restabelecer a circulação na isquemia para evitar infarto) os tecidos, gerando uma hipotensão. • Cardiogênico • Hipovolêmico • Séptico • Anafilático • Neurogênico EMBOLIA - Um êmbolo é uma massa intravascular solta, sólida, líquida ou gasosa que é transportada pelo sangue a um local distante de seu ponto de origem. Quase todos os êmbolos representam alguma parte de um trombo desalojado e, consequentemente, o termo usado é o tromboembolismo. • Embolia gasosa • Embolia Liquida Hipertrofia Aumento volumétrico dos constituintes celulares, aumento volumétrico da célula e órgãos. Só ocorre quando: • Aumento do fornecimento de O2 e nutrientes, • A célula deve ter o seu sistema enzimático e as organelas integras. • Em células nervosas só ocorre hipertrofia se a inervação estiver integra. Hiperplasia Aumento do número de células de um orgão. Aumento da proliferação, mas a diferenciação normal. • Ocorre geralmente por retardo da apoptose. • Só ocorre em células órgãos com células lábeis ou estáveis. • Órgão fica aumentado o volume e o peso • A hiperplasia também é um processo de adaptação a sobrecarga de trabalho. • A capacidade de proliferação hiperplásica tem limites. • Podem ser: Patológicas ou fisiológicas Alterações Celulares Atrofia (sem alimento) é a diminuição adquirida do tamanho de uma célula, tecido ou órgão, com consequente diminuição de seu metabolismo ou atividade. Patogenia:A causa geral da atrofia é a diminuição do metabolismo, devido à falta de nutrientes ou de estímulos que controlam a atividade celular. Os principais fatores são: • Diminuição da atividade • Perda da inervação • Diminuição do suprimento sangüíneo • Diminuição da nutrição • Diminuição da estimulação endócrina • Envelhecimento Metaplasia Mudança de um tipo de tecido epitelial adulto para um de outro tipo de tecido epitelial; Termos genéticos: inativação de alguns genes e ativação de outros. Tipos mais frequentes: • Transformação do epitélio estratificado pavimentoso não ceratinizado em pavimentoso ceratinizado – Ocorre na boca e esôfago. • Transformação do epitélio brônquico (pseudo estratificado / estratificado pavimentoso devido ao tabagismo. • Metaplasia da mucosa gástrica ( epitélio glandular seroso / mucíparo). • Tecido conjuntivo / cartilaginoso ou ósseo. • O tecido metaplásico é mais resistente a agressão @fisio.stephanebispo