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Contabilidade Social Aula 4: Os setores e os agentes econômicos Apresentação Esta aula apresenta a importância da análise do esforço social no que diz à diferença conceitual entre o valor bruto de produção e o valor adicionado. Além disso, você verá quadros explicativos a respeito das óticas da mensuração da atividade econômica de um país, bem como a explicação sobre o valor agregado setorial. Objetivos Analisar como é mensurado o esforço de produção de uma economia num dado tempo através do PIB; Explicar a diferença entre o valor bruto de produção e o valor adicionado; Apreciar e discutir a composição da renda dos fatores de produção; Apreciar os gastos efetuados na aquisição de bens e serviços �nais; Discutir a determinação das atividades econômicas pelas óticas do produto, da renda e dos dispêndios. Setores econômicos Nesta aula examinaremos os setores e os agentes econômicos de maneira mais signi�cativa que compõem a estrutura da produção e das trocas de uma determinada economia. Eles envolvem a base dos trabalhos das contas nacionais e são os responsáveis pelos tipos de atividades econômicas que se desenvolvem em um país. Sabendo-se que a contabilidade social está fundamentada em conceitos agregativos, e havendo diversi�cados setores de atividade produtiva que se inter-relacionam por meio de redes de relações econômicas, obviamente, tais setores (e subsetores) são agrupados (ou agregados) pela contabilidade social. Tal agregação, segundo Rossetti, se faz de acordo com as suas semelhanças, suas formas de comportamento,tipos de atividades e �ns a que se destinam, obedecendo aos padrões sugeridos pelas Nações Unidas. De acordo com a metodologia de classi�cação adotada pelo (Centro de Contas Nacionais do) Instituto Brasileiro de Geogra�a e Estatística – IBGE – os setores econômicos podem ser decompostos em: Fonte: Freepik AGROPECUÁRIA O setor agropecuário abrange as atividades que são realizadas próximas às bases dos recursos naturais, isto é, envolve a agricultura, criação de gado e aves, extração vegetal e pesca, por exemplo. Fonte: Freepik INDÚSTRIA O setor indústria (ou secundário) inclui as atividades industriais mediante as quais são transformados os bens, ou seja, envolve a indústria extrativa mineral, a de transformação e a de construção. Fonte: Freepik SERVIÇOS O setor de serviços (ou terciário) reúne as atividades direcionadas a satisfazer necessidades de serviços produtivos assim como o comércio, intermediação �nanceira, transportes, comunicação, dentre outras. Representação Esquemática do Aparelho de Produção Conforme a �gura 4, o conjunto desses setores forma o que se chama por aparelho (da formação) da produção da economia do país. Sendo que nenhum deles permanece isolado desse conjunto no decurso de suas atividades de produção. Os mesmos se integram e interligam em uma sucessão de transações econômicas, formando redes de interdependência a níveis inter-setorial e intra-setorial para produzir bens e serviços que irão atender, por exemplo, as necessidades de consumo e de acumulação da sociedade .1 javascript:void(0); javascript:void(0); javascript:void(0); https://stecine.azureedge.net/webaula/estacio/DIS010/aula4.html Paralelo ao que foi explicado na aula 3, e desenhado na �gura 3 (Relação das Trocas dos Agentes Econômicos), as atividades produtivas dos setores agropecuária, indústria e serviços realizam-se por meio de numerosas unidades de produção (ou empresas). Estas, assim como as unidades familiares, as autoridades governamentais (ou governo) e o resto do mundo são os agentes econômicos ativos e responsáveis diretamente pelas ações econômicas que são desenroladas e desenvolvidas em um sistema econômico. Clique nos botões para ver as informações. São os agentes econômicos que na verdade contemplam duas realidades, quais sejam as das famílias propriamente ditas e a das entidades privadas sem �ns lucrativos. Especi�camente , as famílias são aquelas entidades que fornecem serviços de fatores (tais como trabalho e capital) de sua propriedade recebendo em troca remunerações na forma de salários, juros, lucros e aluguéis, por exemplo. Já as entidades sem �ns lucrativos, estas são agentes econômicos e que fazem parte das unidades familiares, sendo unidades produtoras (não públicas). Porém, excluem-se do agente empresas pois não têm como objetivo obter lucros, como no caso das instituições benemerentes, dentre outras. Unidades Familiares São os órgãos públicos que prestam serviços para a sociedade, sem individualizá-los e mesmo distingui-los pela parcela que cabe a cada habitante. Melhor dizendo, o governo é um agente coletivo, o mesmo contrata trabalho das unidades familiares e, ao mesmo tempo, adquire produção das empresas para oferecer serviços de utilidade pública à sociedade de um país. O agente governo exclui as empresas públicas, sejam elas totalmente estatais ou de capital misto, porque as mesmas estão incluídas no conceito de agente (econômico) empresas. Autoridades Governamentais (Governo) Este agente econômico compreende todos os sujeitos da atividade econômica externos (ou fora da fronteira) de um determinado país considerado. Destaca-se que o resto do mundo é parte de um todo e refere-se a todas as entidades não-residenciais que se constituem pelos agentes econômicos de outros países. Na verdade, o resto do mundo é formado pelas empresas do exterior, pelos governos estrangeiros e pelas unidades familiares residentes no exterior. Ao mesmo tempo, cabe aqui destacar que o registro dos atos econômicos relativo ao agente resto do mundo é feito pelo balanço de pagamentos do país e absorvido pelas contas nacionais. Resto do Mundo Notas Sociedade1 O prezado aluno ao abrir em //www.ibge.gov.br/brasil_em_sintese/default.htm encontrará o link "Brasil em Síntese" que informa a participação percentual no valor adicionado a preços básicos de cada setor no período 2003 a 2007. Referências FEIJÓ, Carmem Aparecida & RAMOS, Roberto Luis O. (Orgs.). Contabilidade Social: a nova referência das contas nacionais do Brasil. FEIJÓ, Carmem Aparecida & RAMOS, Roberto Luis O. (Orgs.). Rio de Janeiro: Elsevier/Campus, 2008. ROSSETTI, José Paschoal. Contabilidade Social. São Paulo: Atlas, 2008. ______________________. Introdução à Economia. São Paulo: Atlas, 2008. Bibliogra�a complementar BRUE, McConnell. Macroeconomia. Rio de Janeiro: LTC – Livros Técnicos e Cientí�cos Editora S.A, 2005. DORNBUSH, R e FISCHER, S. Macroeconomia. São Paulo: Mac Graw Hill, 2005. MANKYW G I d ã à i Ri d J i C 2002 MANKYW, G. Introdução à economia. Rio de Janeiro: Campus, 2002. VASCONCELLOS, Marco Antonio S. Economia: micro e macro. São Paulo: Atlas, 2005. WONNACOTT e WONNACOT. Economia. São Paulo: MAKRON Books, 2002. Jornais e revistas: Jornal O Globo online, Valor Econômico online, Revista Exame online etc. Sites (instituições o�ciais): www.ibge.gov.br e www.ipea.gov.br Próximos passos A aula 6 apresenta quais são os principais formadores da renda da economia e como está distribuída esta renda na forma de remuneração dos fatores de produção. Explore mais Nos sites //www.ibge.gov.br e //www.ipeadata.gov.br, no que se refere às contas nacionais, destacam a metodologia utilizada para a classi�cação do valor adicionado. javascript:void(0); javascript:void(0);