Buscar

TCC ABEL FARIAS FIRST VERSION

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 65 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 65 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 65 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Continue navegando


Prévia do material em texto

Faculdade de Ciências Agrárias
ARBORIZAÇÃO URBANA: PERCEPÇÃO DA POPULAÇÃO EM RELAÇÃO A ARBORIZAÇÃO URBANA NO MUNICIPIO DE LICHINGA
(2022)
Trabalho para obtenção do grau de licenciado em Engenharia Florestal
Autor:
FARIA, Abel Alberto Dos Santos
Orientador:
Engᵒ. DUVANE, Alfredo S.
Unango, Dezembro de 2022
 UNIVERSIDADE LURIO
Faculdade de Ciências Agrárias
PERCEPÇÃO DA POPULAÇÃO EM RELAÇÃO A ARBORIZAÇÃO URBANA NO MUNICIPIO DE LICHINGA
(2022)
Trabalho para obtenção do grau de licenciado em Engenharia Florestal
Autor:
FARIA, Abel Alberto Dos Santos
Orientador:
Engᵒ. DUVANE, Alfredo S.
Local da Pesquisa-Lichinga, Niassa, Dezembro de 2022
DECLARAÇÃO DE HONRA 
Eu, Abel Alberto Dos Santos Faria, declaro por minha honra que este trabalho nunca foi apresentado em nenhuma outra instituição académica, para obtenção de qualquer grau académico. Este relatório constitui o fruto de trabalho de campo e pesquisa bibliográfica, estando as fontes utilizadas registadas no texto e nas referências bibliográficas.
Unango_____/______/20___
Autor
_________________________________________________
(Abel Alberto Dos Santos Faria)
EPÍGRAFE
O Senhor é meu pastor, nada me faltará. Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal algum, porque Deus está comigo.
Salmos 23.
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho a minha família, em especial ao meu Pai Alberto Dos Santos Faria (in memorian), que em vida deu seu AMOR INCONDICIONAL a mim e aos meus irmãos, assim como tudo fez para trazer harmonia na família. 
AGRADECIMENTOS
Em primeiro lugar, agradecer a Deus por sempre me dar a saúde e força necessária para ir atrás dos meus sonhos, pois é pela graça e bênção de todo o poderoso que cheguei até aqui. Agradecer a minha mãe Zerina Mairoce e ao meu Pai Alberto Dos Santos Farias (In memoriam), pelo amor e carinho que sempre demostraram por mim. Ao meu tio Samuel Notice Mairoce que sempre acreditou em mim e nos meus irmãos, e desde sempre cuidou de nós como se fosse o nosso Pai biológico dando, conselhos e companheirismo. À minha irmã Neusa Farias que também foi como Pai e Mãe para mim e sempre me tratou com muito amor e me proporcionou momentos inesquecíveis, agradeço. Aos meus irmãos, João Farias (In memoriam), Inês Farias. Zefa Farias e Carla Farias, pelo carrinho e pela disponibilidade que sempre tiveram em me ajudar. Aos meus docentes e supervisor, nomeadamente, PhD Paulo Guilherme, MSc Alfredo Duvane, por ter aceitado supervisionar a minha monografia e, por terem sido pilares na minha formação académica, meu muito obrigado. Aos engenheiros Filipe Zeca Canção, Luís Matavela, Luis Pereira, Adelio Zeca Mussalama, , Remígio R. Nhamussua, PhD Aires Mbanze, MSc Merlindo Manjate , entre outros docentes da FCA, vão os meus agradecimentos. Agradecer aos meus amigos e colegas do curso, nomeadamente Laila Sauro Assumane, Iahaia Cassido, Janota Nota, Yurissan das Nuros, Alfredo Chigovora, Jeú Nazaré, entre outros, pelos bons momentos que juntos vivemos e, e m especial ao Celso Marcelino, que foi um verdadeiro amigo em todos os momentos, agradeço.
À todas as pessoas ou entidades citadas e não citadas neste texto, e que contribuíram directa ou indirectamente na minha formação, vão os meus profundos agradecimentos. 
LISTA DE ACRÓNIMOS, SIGLAS, ABREVIATURAS E SÍMBOLOS 
% Percentagem
CMCL-Conselho municipal da Cidade de Lichinga.
AU-Arborização urbana
Fa-Frequência absoluta
Fr-Frequência relativa
Fr%- Frequência relativa percentual
PEU-Plano de Estrutura Urbana
INE-Instituto Nacional de Estatística
INAM-Instituto Nacional de Meteorologia
MAE-Ministério de Administração Estatal
PASjl-Posto Administrativo de sanjala
PAMasg-Posto Administrativo de Massenger
PALml-Posto Administrativo de Lulimile
PAChl-Posto Administrativo de Chiuaula
Nº-Número
N= tamanho da população 
e= margem de erro (porcentagem no formato decimal) 
z= escore z (grau de confiança) 
P= desvio padrão
RESUMO
A expansão demográfica desordenada que se tem verificado na sociedade urbana, no decorrer das últimas décadas, tem causado alterações sociais e também estruturais no espaço urbano como por exemplo, crescimento das desigualdades sociais no meio urbano, remoção da cobertura vegetal em detrimento de construções, que por consequência alteram o microclima, elevam a poluição do ar, aumentam o número de ruídos nos centros urbanos. Neste sentido, este estudo objectivou a avaliação da perpceção ambiental da população da Cidade de Lichinga em relação a arborização urbana. O estudo consistiu num inquérito envolvendo 200 participantes de todos os postos administrativos e seus respectivos bairros no município de Lichinga. Constatou-se que 71,5% dos entrevistados nunca ouviu falar antes da Arborização urbana e, somente 28,5% já ouviu falar antes, 50,5% classifica a cidade de Lichinga como sendo pouco arborizada, 24% afirmam que a cidade de Lichinga é muito arborizada, 22,5% diz que a cidade é razoavelmente arborizada e 3% diz que a cidade esta em péssimo estado concernente a arborização. A maior parte dos entrevistados, convergem na opinião de que a arborização desempenha um indispensável papel na melhoria e acondicionamento do microclima através do da redução de poeira e ventos fortes (52%) e fornecimento de sombra (46%), já uma parcela de 1,5% dos entrevistados apontam o papel da arborização no combate a erosão e 0,5% veem outras vantagens. 100% dos entrevistados, observam desvantagens na arborização urbana, destacando-se 70% para sujeira nas ruas, 17,5% para redução na iluminação e 10,5% para problemas com rede eléctrica, em relação a colaboração, 99% da população diz não colaborar com a arborização e, apenas 1% afirma desempenhar um papel activo na arborização, no entanto, 100% dos entrevistados afirmaram estar dispostos a colaborar, sendo 51,5% com mão-de-obra, 47% com valores monetários e 1,5% com assistência técnica. Sobre cobertura arbórea nas ruas dos bairros 60% dos entrevistados afirmaram não haver arvores nas ruas, 38% afirma que as ruas têm pouca componente arbórea e 2% afirmam haver muitas árvores nas ruas.
Palavras-chave: Arborização Urbana, Percepção ambiental, população
ABSTRACT
The disorderly demographic expansion that has been seen in urban society over the last few decades has caused and also developed social changes in the urban space, such as, for example, the growth of social inequalities in the urban environment, the removal of vegetation cover to the detriment of buildings, which consequently, they change the microclimate, increase the amount of smoke in the air, increase the number of noises in urban centers. In this sense, this study intended to evaluate the environmental perception of the population of the City of Lichinga in relation to urban afforestation. The study consisted of a survey involving 200 participants from all administrative posts and their respective neighborhoods in the municipality of Lichinga. It was found that 71.5% of those heated had never heard of urban afforestation before, and only 28.5% had heard of it before, 50.5% classified the city of Lichinga as having few trees, 24% stated that the city of Lichinga is very wooded, 22.5% say that the city is reasonably wooded and 3% say that the city is in a bad state regarding afforestation. Most of those assisted, converge on the opinion that afforestation plays an indispensable role in improving and conditioning the microclimate by reducing dust and strong winds (52%) and providing shade (46%), already a portion of 1 , 5% of the points mentioned the role of afforestation in combating driving and 0.5% see other advantages. 100% of the plants, observing protection in urban trees, with emphasis on 70% for dirt on the streets, 17.5% for reduced lighting and 10.5% for problems with the electrical network, in relation to collaboration, 99% of the population say they do not collaborate with afforestation, and only 1% claim to have received an activerole in afforestation, however, 100% of those said they were willing to collaborate, 51.5% with labor, 47% with money and 1.5% with technical assistance. With regard to tree cover in the streets of the neighborhoods, 60% stated that there were no trees on the streets, 38% stated that the streets had little tree component and 2% stated that there were many trees on the streets. 
Keywords: Urban afforestation, Environmental perception, population.
I. INTRODUÇÃO
Desde meados da década de 1980 as cidades moçambicanas têm sofrido as mais intensas transformações nos âmbitos sócio-ambientais urbanos. A procura para a compreensão da diversidade dos aspectos do espaço urbano relacionados às suas dimensões, tornou-se a partir dos anos posteriores uma preocupação cada vez mais presente para o planeamento e a gestão das cidades.
O desencadeamento do crescimento urbano, deu início ao desenvolvimento de avenidas, jardins, parques e ruas, provocando diversos problemas urbanos, como a degradação de áreas nativas. Tal degradação fez com que se perdesse grande parte da biodiversidade da flora nativa pela ocupação humana desordenada (Shaffer e Prochnow, 2002), causando diversos problemas. Almeida e Rigolin (2005), apontam que foi acerca da mobilidade da zona rural para a zona urbana que surgiu à importância e a necessidade de se criar um modelo de relação entre o homem e a natureza nas cidades, mais tarde conhecida como a arborização urbana. 
A arborização urbana é considerada um assunto de extrema importância que proporciona ambientes físico saudáveis e está relacionada com a presença de espécies vegetais em espaços públicos como avenidas, jardins, parques, praças e ruas. Atua sobre o bem-estar humano no ambiente por meio das características naturais das espécies, sendo que, desta maneira, este tema vem se destacando nas discussões a respeito dos problemas das cidades na busca de melhor qualidade de vida para as populações (Gonçalves, 2012).
A falta da participação comunitária e da conscientização da importância da arborização relacionam-se frequentemente a fracassos dos plantios nas áreas urbanas. Portanto, se faz necessário, para um eficiente planeamento e manutenção da arborização urbana, considerar a perpceção da população (Malavasi e Malavasi, 2001). 
Pois, a comunidade tem função primordial no sucesso do planeamento da arborização urbana e sua participação constitui uma prática recomendável, como forma de educação ambiental. Tal educação implica não somente provoca mudanças de atitudes e comportamentos relacionados à arborização urbana, mas em aproveitá-los como oportunidades potenciais, geradoras de transformação de posturas contrárias ao plantio de árvores, estimulando o aumento da percepção sobre seu meio ambiente, trazendo a tona um sentimento de apropriação e coresponsabilidade por seus espaços coletivos, e um potencial para pensar e agir sobre sua realidade (Silva et al., 2007; Filik e Silva, 2005).
A realização do presente estudo, objectivou a avaliação da percepção ambiental da população da Cidade de Lichinga no que concerne a arborização, o envolvimento da mesma desde o planeamento até a implementação da arborização urbana nas praças, avenidas e calcadas dos bairros antigos e recentemente abertos.
1.1. Problematização
A expansão demográfica desordenada que se tem verificado na sociedade urbana, no decorrer das últimas décadas, tem causado alterações sociais e também estruturais no espaço urbano como por exemplo, crescimento das desigualdades sociais no meio urbano, remoção da cobertura vegetal em detrimento de construções, que por consequência alteram o microclima, elevam a poluição do ar, aumentam o número de ruídos nos centros urbanos, entre outros problemas. Esse processo desenfreado de expansão dos centros urbanos tem provocado degradação ambiental pela remoção da cobertura vegetal o que compromete directamente a qualidade de vida das pessoas que habitam estas cidades (Zem & Biondi, 2014). 
Entretanto, a presença arbórea em áreas urbanas demanda atenção. Batista et al. (2013) ressaltam que se não houver conhecimento da importância da arborização urbana pela população, os pontos negativos podem prevalecer, como nos períodos chuvosos, ou quando as árvores estão dispostas em conflitos diretos com os demais ambientes da zona urbana. Entre esses conflitos pode-se apontar a fiação elétrica e telefônica, devido à inferência na mobilidade urbana e de trânsito, danos à pavimentação e de enraizamento descontrolado nas calçadas e vias públicas, na geração de resíduos que podem ser provenientes do acúmulo das folhas e pela sujeira gerada por aves que usam as árvores para o pouso. 
Qual é a avaliação feita pela população da Cidade de Lichinga, concernente a AU nesta Urbe?
1.2. Justificativa
Os temas relacionados à arborização urbana são pouco debatidos em Moçambique nos níveis técnicos e científicos. Apenas nos últimos anos é que os temas relativos a vegetação nas áreas centro-urbanas tem estado a ganhar destaque devido às funções que esta pode exercer na melhoria das condições do ambiente urbano.
Entretanto, a degradação do ambiente urbano tem-se tornado uma grande preocupação para muitos governos estudiosos, visto que, alguns estudos como de Cherewa (1996) e Mosca (2010) comprovam que a maior parte das populações urbanas em Moçambique vive em assentamentos suburbanos e informais e tem como principal actividade o comércio informal para o seu sustento, oque resulta em um desordenado agrupamento das pessoas nas zonas urbanas e consequentemente, dificultando as actividades relacionadas com o meio-ambiente, como por exemplo, a AU.
A inter-relação entre os atores sociais e o meio ambiente necessita de uma avaliação que abranja a compreensão e percepção dessa arborização, observando a forma como o homem interpreta a adaptação da realidade em que vive, e como este pode contribuir com análises e instrumentos de planeamento e gestão das áreas verdes nas cidades (Bonametti, 2003).
Nesse sentido, o desenvolvimento da capacidade de percepção, constitui hoje, motivo para a avaliação de muitos estudos sobre a AU (Melazo, 2005). A percepção ambiental tem auxiliado na compreensão das expectativas, satisfações e insatisfações das populações no tocante ao seu meio e aos elementos relacionados à qualidade de vida e bem-estar social. Isto é, compreender essa percepção auxilia o entendimento do homem com relação ao ambiente e fatores que o cercam e o influenciam, bem como na geração de informações relevantes para uma gestão ambiental da cidade, fornecendo dados para a elaboração de projetos de educação ambiental e implementação de políticas públicas sustentáveis nas cidades (Periotto et al., 2016).
Sendo a reposição do potencial florestal artificial da cidade, um dos primordiais desafios que o município de Lichinga enfrenta (CMCL, 2011), e aliado aos inúmeros benefícios que a arborização urbana ostenta, surge a necessidade de buscar compreender a percepção da população sobre a componente arbórea que há na cidade de Lichinga, como forma de compreender o impacto dessa actividade.
1.3. OBJETIVOS
1.3.1 GERAL
· Avaliar a perceção da população sobre a arborização urbana no município de Lichinga.
1.3.2. ESPECÍFICOS
· Avaliar a importância, segundo a percepção dos entrevistados, da presença de árvores em ruas, praças e avenidas;
· Investigar se os entrevistados possuem mais vínculos com espécies exóticas ou nativas do município de Lichinga:
· Identificar as principais vantagens e desvantagens sobre a arborização, conforme percebido pelos entrevistados;
· Analisar como os participantes avaliam a qualidade da arborização em seus bairros e na cidade de Lichinga.
II. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1. DEFINIÇÃO E HISTÓRICO DA ARBORIZAÇÃO URBANA
Segundo (Detzel, 1992), arborização urbana é toda cobertura vegetal de porte arbóreo existente nas cidades que ocupa três espaços distintos, nomeadamente áreas de uso público e acesso controlado, áreas livres particulares, e áreas que acompanham o sistema viário. Ela tem função estética,embelezando as vias públicas, exerce também a função ecológica no sentido de melhoria do ambiente urbano; e os benefícios são: 
· Purificação do ar pela fixação de poeiras e gases tóxicos e pela reciclagem de gases através do mecanismo fotossintético
· Melhoria do microclima da cidade pela retenção da humidade do solo e do ar e pela geração de sombra, evitando que os raios solares incidam directamente sobre as pessoas 
· Redução na velocidade do vento, no amortecimento de ruídos e no abrigo à fauna, propiciando uma variedade maior de espécies, e consequentemente influenciando positivamente para o maior equilíbrio das cadeias alimentares e diminuição de pragas e agentes vectores de doenças.
A cidade imprime modificações nos parâmetros de superfície e da atmosfera que por sua vez, conduz a uma alteração no balanço de energia. Cada vez, torna-se evidente a capacidade do homem em criar microclimas e alterar substancialmente o clima sobre as áreas urbanas (Lombardo, 1990).
2.2. Historial em Moçambique
A arborização em Moçambique teve início no século XIX, primeiramente em Maputo, ex-Lourenço Marques, quando se efectuaram as primeiras plantações de Eucalyptus sp. que visavam fundamentalmente a drenagem dos pântanos da parte baixa da cidade. Contudo, só a partir de 1926 se começou a efectuar uma arborização orientada nas demais cidades, ao longo dos passeios (na altura ainda de terra batida) largos, e que conferiu (e ainda confere) conforto e beleza às cidades. De 1926 a 1928, foram introduzidas a figueira africana (Ficus spp.) e a mafurreira (Trichillia emetica).
A partir de 1928, Lourenço Marques e muitas cidades começam a ganhar novas cores com a introdução da acácia vermelha (Delonix regia) e do jacarandá (Jacaranda mimosifolia), espécies com grande presença nas cidades e que contribuem fortemente para a sua estética (Faria, 1971; Pimentel, 2012). Para além destas espécies, foram introduzidas posteriormente Grevillea robusta, Hibiscus tiliaceus, Eucalyptus sp., Senna siamea (acácia amarela), Tabebuia pentaphylla, Spathodea campanulata, Brachychiton discolor, Casuarina equisetifolia e a nativa Afzelia quanzensis (chanfuta), (Faria, 1971). 
No seu estudo efetuado na altura, Faria reporta que, destas espécies, a acácia vermelha era (e continua a ser) a mais abundante nas cidades Moçambicanas.
2.3. PLANEAMENTO DA ARBORIZAÇÃO URBANA
Para Trichez (2008) o planeamento da arborização de ruas, avenidas, praças é uma actividade indispensável para a escolha da árvore correta para o lugar correto, sem deixar de lado a identidade e os objectivos do planejador, sempre visando as funções ou o papel que a árvore desempenha no meio urbano. 
Em cidades, onde ocorre o planeamento antecipado da arborização, a preocupação é tornar o ambiente urbano diversificado quanto às espécies empregadas, mais homogéneo e envolvente com a paisagem circundante (Melo e Romani, 2008).
Kramer & Krupek, (2012), afirmam que toda cidade deveria investir em programas de estudos sobre o espaço urbano para a elaboração de um plano de arborização que busque valorizar os aspectos paisagísticos e ecológicos, priorizando o uso de espécies nativas com potencialidade para este fim. Conforme Coletto et al., (2008) a definição de uma política municipal de arborização urbana se faz necessária e tem valor imprescindível, devendo ser viabilizada através de um plano de arborização urbana que respeite os valores culturais, ambientais e memoráveis de uma cidade.
Seguindo Paiva e Gonçalves (2002) as legislações são de suma importância para o estabelecimento e cumprimento das normas em geral. É de responsabilidade das administrações o gerenciamento dos bens e os serviços. A legislação sobre a arborização urbana é uma preocupação antiga, embora existam muitos municípios sem uma legislação adequada ou mesmo sem nenhuma.
Desta maneira segundo Barros et al., (2010), o planeamento urbano, muitas vezes, não inclui projectos de arborização, permitindo que iniciativas particulares executem o plantio irregular de espécies.
No entanto, é importante salientar que quando a arborização é realizada de forma desordenada e sem o conhecimento técnico necessário, os custos de sua manutenção e reparo são exponencialmente maiores.
Logo, arborizar é uma actividade onerosa e, portanto, requer um planejamento adequado para evitar correcções futuras (Gonçalves et al., 2004).
A arborização urbana e os elementos existentes nos centros urbanos (postes de iluminação pública, fiações, telefones públicos, placas de sinalização, entre outros), convivem em desarmonia devido à ausência de planejamento tanto da arborização, quanto dos outros componentes desse espaço (Yamamoto et al., 2004). 
Os Conselhos municipais devem orientar da maneira mais harmoniosa possível o planeamento da arborização, pois sem ela a escolha adequada da espécie, a forma de plantio e conservação das árvores, podem interferir em serviços e equipamentos de utilidade pública, evitando a retirada de indivíduos que futuramente possam prejudicar o paisagismo urbano (Sousa e Castro, 2012).
Para (Detzel, 1992), a arborização de cidades, realizada de forma planeada, apresenta-se como uma opção para a melhoria da qualidade ambiental urbana tendo em vista os benefícios directos e indirectos proporcionados pelas áreas verdes e árvores de ruas. 
E estas mesmas árvores são de vital importância ao citadino, no que diz respeito á mitigação dos problemas ambientais (Bunderson et al., 1995), e suportando às necessidades dos munícipes em termos de combustível lenhoso, e em algum material de construção. A arborização urbana e os outros elementos existentes na maioria dos centros urbanos (postes de iluminação pública, fiações, telefones públicos, placas de sinalização entre outros), convivem em desarmonia devido à ausência de planeamento tanto da arborização, quanto dos outros componentes desse espaço. 
Nenhum ambiente é mais alterado que o meio urbano, devido aos actuais modelos de edificações e loteamento do solo que restringem os espaços determinados às áreas verdes. Essas restrições limitam a utilização de árvores na floresta urbana, em relação ao seu porte e à quantidade de espécies (Yamamoto et al., 2004).
As árvores em ambiente urbano estão submetidas a condições distantes das que são oferecidas em ambiente natural, portanto é necessário utilizar espécies nativas ou exóticas bem adaptadas ao local de plantação para que seu crescimento, adaptabilidade e desenvolvimento não sejam comprometidos. 
Relativamente a espécies a plantar em frente de residências, dentre as características mais importantes a considerar, destacam-se; a tolerância a poluentes e a baixas condições de aeração do solo, presença de odores, tamanho e cor das flores e frutos, entre outros (Lamprecht,1990).
2.4. ÁRVORE vs HOMEM
Conforme Labaki et al., (2011), a urbanização é progressiva e global e conforme o autor, foi nos últimos anos que as cidades começaram a apresentar um grande crescimento da população e do espaço, bem como das actividades transformando drasticamente tanto o ambiente natural como o ambiente construído. As alterações climáticas vêm afectando os centros urbanos de forma significativa, ocasionando prejuízos para a qualidade de vida das populações.
Reigada e Reis (2004) relatam que o desequilíbrio urbano se intensifica com o êxodo rural, dentre tantos outros aspectos que se correlacionam com assuntos do meio urbano. Assim como este desequilíbrio, o meio ambiente também sofre instabilidades, sendo agravado por vários eventos que ocorrem na actualidade como pela poluição, pelo lixo, através de doenças, e os mais variados prejuízos à fauna e à flora, dentre outros.
A presença de árvores no ambiente urbano tem alta significância, para alguns elas representam a sobrevivência da comunidade e para outros, elas retractam o carácter estético do meio urbano. Na actualidade a vegetação que se encontra nos centros urbanos adquire cada vez mais importância, pois é ela que nos mostra a beleza do meio em que vivemos, quebrando um pouco desta artificialidadeurbana. A natureza tem um papel primordial podendo melhorar a qualidade de inúmeros ambientes (Bonametti, 2001).
O meio urbano é composto por diferentes espécies arbóreas, as árvores que o compõem têm forma característica que ao longo da história incorporam-se com a arquitectura das cidades e esta relação tem contribuído para a obtenção de ambientes agradáveis, influenciando na qualidade e condição de bem-estar da população que convive diariamente nas cidades e portanto, relacionando-as com a saúde da população (Müller, 1998).
A necessidade de estabelecer a relação entre cidadania e meio ambiente está expressa no direito do indivíduo ter um ambiente saudável e no dever que cada um tem de defender a preservação e o equilíbrio dos recursos naturais e da biodiversidade (Gonçalves & Santos Jr, 2012).
Para Serrão (2007) a importância estética do mundo natural possibilitou que o ser humano começasse a apreciar as florestas devido à sua capacidade de embelezar e dar dignidade às paisagens, considerando-as um prazer visual na medida em que foram sendo suprimidas da paisagem.
Segundo a EMBRAPA (2008) as árvores encontradas nas áreas livres públicas ou as que acompanham o sistema viário, exercem função ecológica, no sentido de melhoria do ambiente urbano, e estética, no sentido de embelezamento da cidade. Exercem também outros benefícios para o ambiente urbano como a purificação do ar e influencia positivamente o ambiente, pois propicia maior equilíbrio das cadeias alimentares e diminuição de pragas e agentes vectores de doenças e amortecimento de ruídos.
Arborizar uma via, uma praça ou uma cidade, vai além de plantar árvores e arbustos nas ruas, avenidas, praças e parques. 
A inserção de vegetais nestes locais deve ter objectivos claros, como a ornamentação e melhoria microclimática, também fundamental para a diminuição da poluição, sendo essencial o emprego de critérios técnico científicos que viabilizam as funções estabelecidas (Cavalcanti et al., 2003).
2.5. O plantio e adequação das espécies ao meio
Quanto ao critério de escolha das espécies adequadas para serem utilizadas no meio urbano, utiliza-se directamente as características físicas da madeira estruturais e estéticas como o porte, arquitectura de copa, características morfológicas, relacionadas com aspectos do tronco (cor, ritidoma, presença de acúleos e espinhos), adaptabilidade climática, cor de folhas e flores, textura, estrutura e profundidade de raízes, ecológica – fenologia, estágio sucessional, ciclo de vida, tolerância ou resistência a pragas e doenças, e genéticas como diversidade intra-específica (Paiva, 2009).
Quanto à qualidade é de grande relevância que a planta que será utilizada esteja no seu tamanho e diâmetro ideais para ser plantada no ambiente urbano, especialmente nos passeios das vias públicas.
Pivetta e Silva Filho (2002), também ressaltam a importância desta escolha, pois as espécies devem produzir frutos pequenos, ter lenho resistente, isentas de espinhos, ter flores pequenas e sem odores fortes, copa com forma e tamanho adequados, sistema radicular profundo e bom efeito estético.
As manutenções periódicas de cada indivíduo presentes em vias públicas são essenciais e necessárias, pois os prejuízos a longo prazo podem ser diversos, como transtornos com a queda de galhos ou a da árvore inteira, despesas para moradores e município quando atingem as fiações eléctricas e as complicações com raízes que resultam na quebra do passeio e representam um grande perigo aos pedestres que circulam nestas calçadas. O planeamento auxilia no conhecimento prévio das espécies escolhidas para o plantio nestes locais (Cabral, 2013).
Segundo Furlan (2004) alguns factores dificultam a arborização viária como por exemplo, as múltiplas funções que se atribuem às calçadas e aos canteiros centrais. As árvores acabam convivendo em desvantagem com outros usos desses espaços.
A inadequação das espécies utilizadas na arborização tem trazido como consequência custos crescentes na manutenção e reparos da rede aérea de fios e cabos, assim como a infra-estrutura subterrânea, composta por ductos e galerias. Para reduzir a ocorrência desses danos, devem ser selecionados árvores com portes diferenciados, compatíveis com fiações e interferências subterrâneas. Sendo eliminadas aquelas que se caracterizam por apresentarem a madeira mole, caule e ramos quebradiços, pois são vulneráveis a chuvas e ventos fortes, colocando em risco a segurança de pedestres, veículos e edificações.
Leal et al., (2008) consideram que a arborização no contexto urbano é um patrimônio que deve ser mantido e conhecido pela população, assim, torna-se imprescindível a realização de um levantamento florístico dos indivíduos vegetais distribuídos nas vias urbanas, a fim de se planejar a vegetação e as condições do entorno. Neste sentido o prévio conhecimento da diversidade de famílias botânicas em espaços públicos, podem trazer contribuições tanto de manejo quanto em termos culturais, históricos, e inclusive de saúde pública (Bastos et al., 2016).
Deve-se atentar a origem das espécies utilizadas, dando preferência àquelas nativas, que estejam adaptadas ao local, concorrendo assim para sua conservação. 
Somente optar por espécies exóticas quando tiver plena certeza de que essa espécie esteja aclimatada às condições locais e não represente nenhum dano às espécies nativas como competição ou vector de doenças (Eletropaulo, 1995).
Segundo Silva et al. (2007), afirmaram que os padrões de espécies de portes alto, médio e baixo, muito comuns em manuais e guias de arborização, é insuficiente quando o trabalho envolve variáveis tão diferentes da malha urbana, juntamente com as peculiaridades ecológicas de cada espécie.
A manutenção da arborização no contexto urbano necessita o cumprimento de acções consideradas por Toscan et al., (2010) indispensáveis, tais como o investimento em legislação que defina critérios de manejo para a arborização, incentivo ao estudo científico para levantamento do património arbóreo da cidade, elaboração de planos de arborização e manejo de áreas verdes, entre outros. Para Melo et al., (2007) o levantamento das espécies contribui no planeamento para a tomada de decisões quanto a necessidade de poda, tratamentos fitossanitários, plantios, remoção ou intervenções das árvores. 
Todavia, os estudos de diagnóstico da arborização urbana são ferramentas importantes que contribuem para o planeamento adequado (Kramer e Krupek, 2012).
Ainda, deve-se atentar para que não haja qualquer tipo de supressão de vegetação nativa no ambiente urbano. Conforme observações realizadas por Gonçalves e Meneguetti (2015), a retirada de árvores (lacunas) e inserção de novos espécimes sem prévio planeamento é comum em todas as unidades de paisagem. Segundo estes pesquisadores essas lacunas são os espaços deixados ao longo da arborização em decorrência da retirada indiscriminada de árvores, as quais trazem prejuízos a integridade do conjunto arbóreo, visto que a arborização deve ser entendida como um conjunto.
Gonçalvez e Rocha, (2003), citam em seus estudos que os municípios cada vez mais conscientes da importância da arborização urbana como elemento fundamental para a qualidade de vida da população, as prefeituras municipais têm procurado compatibilizar o desenvolvimento e a expansão urbana com a preservação de seu patrimônio histórico, paisagístico e ambiental, incluindo parques, praças, jardins e outras áreas verdes.
2.6. O uso da Percepção Ambiental e da Educação Ambiental 
De acordo com Roppa et al. (2007), a percepção ambiental pode ser entendida Como o ato, efeito ou faculdade de perceber, adquirir conhecimento a partir de algo por meio dos sentidos, compreender, ouvir. Dessa maneira, a percepção tem o sentido de aquisição de informações pelos atores sociais, oriundos da realidade do meio externo e de sua própria interacção com o mundo material que os cerca. 
Os estudos que envolvem a percepção ambiental são essenciais para compreender as inter-relações entre o homem e o ambiente, assim comoa sua relação no espaço em que está inserido (Fernandes et al., 2004). Esses estudos podem assim fornecer subsídios para fomentar estratégias que reduzam os problemas socio-ambientais e para programas educacionais que proporcionem o envolvimento e participação social em processos de gestão ambiental (Vasco; Zakrzevski, 2010). 
Com isso, é notado que a percepção ambiental, como objecto de estudo, estabelece uma grande fonte de conhecimento, estando baseada em diferentes teorias que procuram esclarecer as percepções do ser humano em relação ao espaço que ele habita (Almeida; Scatena; Luz, 2017).
Portanto, deve também ser levado em consideração que as diferentes culturas, classes econômicas, a desigualdade e as realidades urbanas influenciam diretamente na percepção que um indivíduo possui em relação à conservação do meio natural (Melazo, 2005). Entretanto, Viana et al. (2014) destacam que no estudo da percepção não deve ser buscado somente o entendimento do que os indivíduos percebem, mas também deve ser fomentada a sensibilização, consciência e compreensão do ambiente ao seu redor. Ainda segundo os autores, a percepção como uma ferramenta de pesquisa é essencial para gestores públicos desenvolverem programas que envolvam a sociedade. Além disso, o estudo da percepção ambiental de uma população proporciona obterse informações que são de grande importância para uma melhor gestão das cidades, incluindo os processos que possuem relação à arborização de suas ruas (Rodrigues et al., 2010).
Segundo Emer e Corona (2003), a expansão da área urbana e a concentração da população nas cidades foram responsáveis pela diminuição da percepção da relação homem-natureza do cotidiano da maioria da sociedade. Os autores também mencionam que a paisagem das cidades atuais remete a tendência do uso de áreas impermeáveis e exclusão dos elementos naturais, como as árvores. 
Com isso, as árvores, que são um dos principais elementos de ligação entre os seres humanos e a natureza, passam a disputar espaço na paisagem com outros elementos do meio urbano como postes, fiações eléctricas e calçadas, sendo assim, percebidas como algo distante e separado da vida urbana (Monico, 2001). Por isso, mesmo a arborização sendo a principal representação da natureza dentro da sociedade urbana, esse contacto com o meio natural se encontra distante e é ignorado por muitas pessoas que habitam o meio urbano, por as mesmas não estarem tendo um papel fundamental no planeamento e gerenciamento dos espaços (Emer; Corona,2003). 
Por esse motivo, é importante fazer o uso de ferramentas de Educação Ambiental para aumentar o interesse popular nas questões ambientais e, com isso, conseguir a incorporação de práticas ambientalmente corretas no quotidiano da sociedade (Viana et al.,2014). 
Sendo assim, a Educação Ambiental juntamente à Percepção Ambiental deve ter como propósito transmitir conhecimentos e compreensão dos problemas ambientais, propiciando uma maior sensibilização das pessoas em relação a preservação dos recursos naturais, assim como a correção de processos que podem afetar a qualidade de vida nos centros urbanos (Melazo, 2005). 
O entendimento das diferentes formas de construção da percepção em relação aos valores e ações que as pessoas possuem frente ao meio ambiente, pode ser considerado de grande importância para que projetos de Educação Ambiental sejam eficazes em atingir grande parte da sociedade, provocando assim mudanças efetivas na preservação do meio ambiente (Oliveira; Corona, 2011). 
Sendo assim, através da Educação Ambiental, o participante é convidado a refletir sobre as questões ambientais, tornando-se consciente perante as relações entre o homem e o meio ambiente, possibilitando o entendimento sobre a realidade em que está inserido, assim como suas ações (Helbel; Vestena, 2017). 
2.6.1. A importância da educação e perceção ambiental na AU 
 Conforme Farias (2005), a educação ambiental é conjunto de ações educativas que visam à construção e estabelecimento de relações conscientes e harmoniosas com o meio ambiente, formando cidadãos atuantes na realidade socioambiental, comprometidos com o bem-estar de cada e da sociedade, tanto a nível global como local, ou seja, um exercício de cidadania onde se participa ativamente da organização e gestão do ambiente de vida cotidiana. 
Sccoti (2004) argumenta que a educação ambiental é um marco importante para a sensibilização das pessoas, em conjunto com outras ações para conseguir manter o meio ambiente de forma equilibrada, permitindo entender melhor seu funcionamento, e assim passa a idéia de que se pode conviver com a natureza sem agredi-la. Por meio da educação ambiental, o pesquisador ainda pode levar soluções para amenizar ou erradicar um problema, considerando as características de cada local, atuando de forma correta dentro de cada realidade. Portanto a educação ambiental deve contribuir para o desenvolvimento de um espírito de responsabilidade e solidariedade. Entre as principais finalidades a serem desenvolvidas pela educação ambiental segundo Dallacorte (2003) são: 
· Considerar o meio ambiente em sua totalidade; 
· Constituir um processo contínuo e permanente; 
· Aplicar um enfoque interdisciplinar; 
· Examinar as principais questões ambientais do ponto de vista local, regional e internacional; 
· Ajudar a descobrir os sintomas e as causas reais dos problemas ambientais; 
· Destacar a complexidade dos problemas ambientais, em consequência, a necessidade de desenvolver o senso crítico e as habilidades necessárias para resolver tais problemas; 
· Utilizar diversos ambientes educativos e métodos para comunicar e adquirir conhecimentos sobre o meio ambiente, dando ênfase às atividades práticas e às experiências pessoais; 
· Salientar a necessidade de criação de um novo estilo de desenvolvimento que inclua crescimento econômico, igualdade social e conservação dos recursos naturais, capazes de propiciar relações mais humanas, e com seu entorno natural, atingindo níveis crescentes de qualidade de vida. 
Neste sentido a autora salienta que a percepção ambiental é a base para os programas de educação ambiental porque fornece subsídios de como as pessoas pensam e agem. A percepção ambiental tem recebido destaque nos últimos 20 anos como técnica que associa a psicologia com a sociologia e a ecologia auxiliando na compreensão das expectativas, satisfações e insatisfações da população em relação ao ambiente em que vivem e no reconhecimento dos fatores que afetam a qualidade de vida ou o bem-estar social (Oliveira, 2005).
Portanto, a percepção ambiental é o entendimento e o conhecimento que os seres humanos têm do meio em que vivem, com a influência dos fatores sociais e culturais. A percepção é uma atividade sempre presente em toda a ação humana, que pode fornecer a compreensão das interações homem/meio ambiente, sendo vista como a base de toda a atividade, constituindo-se em um importante campo para pesquisas interdisciplinares (Machado, 1990). 
Neste contexto, o estudo da percepção ambiental da população possibilita obter informações de grande importância, porque emergem da vivência em relação a tudo que faz parte do cotidiano, devendo ser levadas em consideração para a gestão sustentável da arborização urbana por parte dos órgãos públicos, para refletir as aspirações de quem reside no local (Machado, 1993). 
A partir de uma nova percepção de mundo, que hoje se impõe, a educação ambiental precisa de maneira integral realizar ações de caráter multi e interdisciplinar, permeando a vida cotidiana dos indivíduos, portanto, esta é, essencialmente, uma proposta e uma filosofia de vida, que incorpora valores éticos, democráticos e humanistas, que são a base da cidadania e de uma qualidade de vida melhor. Para tanto, os moradores devem ser os protagonistas das ações locais (Zeni, 2004). 
Bueno e Souza (2002) citam que embora em número reduzido, os trabalhos que captam a percepção da comunidade em relação a vários aspectos da arborização urbana, com destaque a arborização de acompanhamentoviário, vem ganhando destaque. No entanto, a divulgação destes fatores relevantes sobre a arborização urbana à população deve ser feita principalmente com a finalidade de divulgação e orientação quanto ao plantio, manutenção, seleção de espécies, sementes e mudas de árvores apropriadas à área urbana, sendo que esta divulgação deve-se dar em forma de parcerias e ações conjuntas entre órgãos públicos (municipios), instituições de pesquisa (Universidades) e associações comunitárias e de ensino (centros comunitários e escolas) para que se obtenha pleno êxito nos objetivos da ação, mas primordialmente na conscientização dos envolvidos na mesma (Magalhães et al., 1990). 
Neste sentido, Monico (2001) reforça que a inserção da arborização urbana como temática de programas de Educação Ambiental reverte em um leque de infinitas possibilidades de abordagens, pois o sentido da relação entre seres humanos e as árvores é profundamente simbólico e espiritual. Deve-se observar que a abordagem da temática não deve ser apenas técnica, mas sim incluir a visão filosófica sobre a questão, onde a arborização deva ser pensada como um processo abrangente, iniciando-se por um “re-olhar” sobre as motivações, crenças, conceitos e valores dos próprios envolvidos no seu desencadeamento. Somente a partir deste ponto o processo irá atingir a população que se pretende sensibilizar.
III. METODOLOGIA
3.1.	Descrição da área de estudo
O presente trabalho foi realizado no município de Licginga…..
3.1.1. Distrito de Licihinga
O distrito de Lichinga esta localizado na parte Oeste da província de Niassa, confinando a Norte com os distritos de Sanga, Lago, e Muembe a Sul com o distrito de N’gaúma, a Leste com o distrito de Majune e a Oeste com a República do Malawi (MAE, 2005).
Com uma superfície de 5.342 k e uma população recenseada em 2017 de 242 204 habitantes. A relação de dependência potencial é aproximadamente 1:1, isto é, por cada 10 crianças ou anciões existem 10 pessoas em idade activa (INE, 2017).
3.1.2. Breve caracterização do município da cidade de Lichinga
3.1.2.1. Geografia. 
O Município da Cidade de Lichinga, cidade capital da província de Niassa, situa-se na região norte da República de Moçambique, entre as coordenadas 13,18 Latitude Sul e 34,14 longitude Leste, a uma altitude de 1.358 metros. Lichinga dista cerca de 50 km da margem Leste do Lago Niassa em linha recta e, tem como limites:
• A Norte – O rio Sambula e linha imaginária que separa da Localidade de Lussanhando;
• A Oeste - O rio Muangata e linha imaginária que separa dos Postos Administrativos de Lione e Meponda;
• A Sul e a Este – Uma linha imaginária que separa do Posto Administrativo de Mussa.
Divisão Administrativa. Ocupando uma área com cerca de 290 Km2 de superfície e com uma população global de 204.
 3.1.2.2. População 
De acordo com o INE (2019), em 2017 a população da Autarquia de Lichinga era de 204,720 habitantes, distribuídos por 17 bairros, conforme a tabela a seguir.
Com a projecção da população da autarquia, espera-se que em 2019 a população tenha aumentado em 15,437 habitantes, para um total de 220,157 habitantes.
Projecta-se que em 2030 a população aumente em 123,662 habitantes, para um total de 328,382 habitantes, equivalente a um aumento de cerca de 60.4% da população da autarquia em 13 anos.720 habitantes segundo senso de 2017, a cidade de Lichinga está administrativamente dividida em 4 Postos Administrativos Urbanos (PAU) e estruturados em 19 bairros comunais.
	PASlj (N°1)
	PAChl (N°2)
	PAMasg (N°3)
	PALml (N°4)
	Sanjala
	Chiuaula/Luchiringo
	Massenger
	Lulimile
	N’zinje
	Estacão
	Assumane
	Nomba
	Muchenga
	Cerâmica
	Sambula
	23 de Setembro
	Popular
	
	Utumuile
	N’toto
	Namacula
	
	Naluila
	
	Chiulugo/Barragem
	
	
	
Tabela 1: Bairros Residenciais por Posto Administrativo Urbano
Fonte: PEU do Conselho Municipal da Cidade de Lichinga de 2013/23.
PEU, 2013
	Distribuição da População por Faixa Etária
	IDADE
	2017
	
	HOMEM
	MULHER
	0 – 4
	16,676
	17,133
	5 – 9
	16,368
	16,674
	10 – 14
	13,450
	14,197
	15 – 19
	11,556
	12,740
	20 – 24
	9,294
	11,576
	25 – 29
	8,159
	8,979
	30 – 34
	6,369
	6,233
	35 – 39
	5,109
	4,829
	40 – 44
	3,736
	3,401
	45 – 49
	2,608
	2,450
Tabela 2: Distribuição da População por Faixa Etária
Fonte: INE, 2019
	Posto
Administrativo
	Nr.
	Bairro
	População
2017
	Área (Ha)
	Densidade
Populacional
(habitante/Km2)
	Densidade
Populacional
(habitante/ha)
	PA Urbano de
Sanjala
	1
	Chiulugo
	6 593
	3,817
	173
	1,7
	
	2
	Muchenga
	20 470
	108
	18,902
	189,5
	
	3
	N'zinje
	16 587
	1,55
	1,07
	10,7
	
	4
	Popular
	4 741
	54
	8,747
	87,8
	
	5
	Sanjala
	21 034
	1,998
	1,053
	10,5
	
	6
	Namacula
	34 993
	827
	4,233
	42,3
	PA Urbano de
Chiuaula
	7
	Cerâmica
	18 189
	192
	9,457
	94,7
	
	8
	Estação
	18 544
	176
	10,529
	105,4
	
	9
	Luchiringo
	21 231
	240
	8,839
	88,5
	
	10
	23 de Setembro
	 
	222
	 
	 
	PA Urbano de
Massenger
	11
	Assumane
	5 020
	3,053
	164
	1,6
	
	12
	Massenger
	5 753
	2,284
	252
	2,5
	
	13
	Sambula
	6 470
	1,308
	495
	4,9
	PA Urbano de
Lulimile
	14
	Lulimile
	8 288
	2,564
	323
	3,2
	
	15
	Mitava
	3 797
	4,023
	94
	0,9
	
	16
	Nomba
	6 296
	400
	1,572
	15,7
	
	17
	Josina machel
	4 470
	1,76
	254
	2,5
	
	18
	Ntoto
	2 242
	1,273
	176
	1,8
	TOTAL
	204 718
	25,849
	799
	7,9
Tabela 3: População por Bairro e Posto Administrativo Urbano-Fonte: INE, 2019
3.1.3. Clima e Hidrografia
O clima predominante é tropical húmido com verões quentes e chuvosos, invernos secos e frios, que é influenciado pela altitude. Observam-se duas estações bem definidas ao longo do ano, a estação chuvosa e seca; a estação chuvosa tem início de Dezembro a Março. A precipitação média anual oscila de 1200 mm a 1350 mm; a temperatura média anual é de 21 (INAM, 2012)
3.1.4. Vegetação
O Distrito de Lichinga apresenta uma floresta aberta de miombo com um estrato arbóreo dominado por espécies de Brachystegia e Julbernardia e um estrato gramináceo dominado por Hyparhenia e Panicum é a formação vegetal predominante na província do Niassa. O miombo é as vezes intercaladas por graminais baixos húmidos (dambos) e graminais altos dominados por espécies de Cymbopogon e matas arbustivas de Uapaca (Massucos) e formações de florestas ribeirinhas densas com 2-4 estratos e com uma grande variedade de espécies arbóreas e arbustivas e palmeiras. A vegetação original na região do Planalto de Lichinga e Maniamba foi profundamente alterada associada a elevada densidade populacional e a abertura de campos agrícolas para culturas de subsistência e de rendimento (Timberlake, Golding, & Clarke, 2004).
3.1.5. Economia e Serviços 
Segundo o PEU (2014), a economia da autarquia baseia-se no sector primário (agricultura e pesca) e comércio informal. A agricultura constitui a actividade principal para todas famílias, porém, revela-se predominante entre as famílias de baixa renda. O fraco desenvolvimento industrial é superado pelas óptimas condições que Lichinga oferece para a prática de agricultura, o que faz com que a actividade económica mais evidente na autarquia seja a agricultura de subsistência abrangendo cerca de 70% de todos os habitantes o que espelha as características rurais da população da Cidade.
A economia do Distrito de Lichinga é dominada pelo sistema de produção de milho, associado à produção de feijão, batata Reno, sendo qualquer uma delas importantes, não só na segurança alimentar, como também como forma de rendimento. O feijão manteiga pode mesmo ser feito em dois cultivos sucessivos (PEU, 2014).
A terra é propícia para o plantio de árvores e produção de madeira no distrito. No entanto, a falta de fundos tem sido o principal obstáculo para o desenvolvimento de certas actividades. A lenha é a fonte de energia mais utilizada na confecção de alimentos, sendo um recurso comum, especialmente ao longo da fronteira com Malawi (MEF, 2016).
3.2. Recolha de Dados
3.2.1. Entrevista
A Execução da pesquisa aconteceu durante o mês de Janeiro e Fervereiro de 2023, por meio da aplicação de um questionário previamenteelaborado (apêndice A) contendo questões objectivas e questões do tipo aberta (baseada em respostas de opinião própria), as quais foram dialogadas com moradores. 
Ao início da entrevista, foram coletadas informações sobre o perfil dos participantes para serem utilizados como variáveis, incluindo dados socioeconômicos (idade e escolaridade). Em seguida, foram feitas perguntas referentes à visão das pessoas sobre a AU, assim como o seu conhecimento sobre o conceito de AU. Antes da aplicação oficial, foi feito o uso de um questionário piloto para avaliar as possíveis mudanças que deveriam ser feitas, a fim de melhorar o instrumento de pesquisa. 
Na ocasião foram aplicados formulários com 11 questões fechadas e abertas (Figura1), onde estabelecia-se diálogo com os entrevistados de acordo com a sua disponibilidade em responder as perguntas, podendo-se acrescentar sugestões, reclamações e observações relacionadas à arborização da Cidade.
3.2.2. Amostragem
Para a definição das amostras considerou-se o total da população da cidade de Lichinga segundo os dados do INE (2019), calculado através da metodologia (equação 1) de Triola (1999). O critério de seleção para a aplicação dos formulários foi o entrevistado ter idade mínima de 18 anos de idade. Portanto, indivíduos abaixo de 18 anos não foram inclusos na entrevista. 
Considerando um universo total de 204718 habitantes, subtraiu-se pelo total de indivíduos que varia de 0 a 18 anos, fazendo com que o universo populacional fosse de 109497, ao nível de 95% de significância e com margem de erro amostral de 6,92%, considerando uma heterogeneidade da população de 50%, obteve-se o total de 200 formulários, portanto foram aplicados o quantitativo de 200 formulários semiestruturados de acordo com as contribuições de Novais (2017), com algumas adaptações estruturais referente a redução ou incremento no número de questões aplicadas. 
A aplicação dos formulários se deu de forma aleatória sistemática, onde os 200 formulários foram divididos entre divididos entre os postos administrativos e seus respetivos bairros. Sendo 72 formulários para o PASjl subdivididos em 13 formulários para cada bairro, 60 formulários para o PAMasg, subdivididos em 12 formulários para cada bairro, 48 formulários para o PALml, subdivididos em 12 formulários para cada bairro e, 32 formulários para o PAChl sendo 11 formulários para o bairro de Estacão, 10 formulários para os restantes dois bairros desse posto administrativo. O número de formulários foi dividido tendo em conta o número de bairros que cada posto administrativo tem (Tabela 1). Em cada bairro, escolheu-se aleatoriamente uma rua, portanto aplicou-se o questionário em cada bairro de duas em duas ruas. Em cada rua, escolheu-se aleatoriamente uma casa, sendo aplicado o questionário de três em três casas de cada rua.
Ao todo foram aplicados 200 questionários colectando informações de carácter quantitativo e qualitativo. Após a colecta dos dados, os resultados foram organizados em tabelas e gráficos digitais, para serem analisados de acordo com os objetivos da pesquisa. 
Os dados obtidos nas entrevistas foram submetidos a análises com Software Microsoft Excel 2010 para cálculo de frequência absoluta e relativa.
V. RESULTADOS E DISCUSSÕES
5.1. Caracterização da população entrevistada
De modo geral, foram feitas 200 entrevistas, sendo 51,5% dos entrevistados estavam no intervalo de 18 a 27 anos de idade, 23,5% estavam no intervalo de 28 a 37 anos de idade, 12% estavam entre 38-47 anos, 9,5% entre 48 a 57 anos de idade e 3,5% da população entrevistada variava de 58 a 68 anos de idade. 
Em relação ao nível de escolaridade, 45% do entrevistados tem nível médio, 30,5% te nível superior, 11,5% tem nível básico e primário e 1,5% revelou nunca ter frequentado escola.
	Idade
	Fa
	Fr
	Fr%
	18-27
	103
	0.515
	51.5
	28-37
	47
	0.235
	23.5
	38-47
	24
	0.12
	12
	48-57
	19
	0.095
	9.5
	58-68
	7
	0.035
	3.5
	Total Geral
	200
	1
	100
Tabela 4: Idade dos entrevistados. Fonte: Elaborado pelo Autor
Figura 1. Idade dos entrevistados. Fonte: Elaborado pelo Autor
	Nivel
	Fa
	Fr
	Fr%
	Básico
	23
	0,115
	11,5
	Médio
	90
	0,45
	45
	Nenhum
	3
	0,015
	1,5
	Primário
	23
	0,115
	11,5
	Superior
	61
	0,305
	30,5
	Total
	200
	1
	100
Tabela 5: Nível de escolaridade dos entrevistados 
Fonte: Elaborado pelo autor
Figura 2: Nível de escolaridade dos entrevistados. Fonte: Elaborado pelo autor.
5.2. Avaliação da percepção da população sobre o conceito de AU
Ao serem questionados sobre o significado do termo “AU”, mais da metade dos entrevistados 71,5% nunca ouviu falar da arborização urbana e apenas 28,5% é que afirmaram já ter ouvido falar da arborização Urbana. Sendo assim, fez-se necessária uma breve explicação do significado do termo, para torna-los aptos a darem seu parecer a respeito do tema e classificarem a arborização de sua cidade e consequentemente de sua rua. 
Diante deste gigantesco número de indivíduos que desconhecem a arborização urbana, faz-se necessário e urgente, a implementação de acções educativas relacionadas ao meio-ambiente, por exemplo, a promoção da educação ambiental nas escolas, a nível de ensino básico e a nível médio, além da necessidade de estratégias governamentais que promovam mais acções voltadas para temáticas ambientais, pois essas seriam fundamentais para a formação de uma comunidade ou população mais consciente dos benefícios provenientes da arborização urbana. 
	Resposta
	Fa
	Fr
	Fr%
	Não
	143
	0,715
	71,5
	Sim
	57
	0,285
	28,5
	Total
	200
	1
	100
Tabela 6: Conhecimento dos moradores sobre o termo AU. Fonte: Elaborado pelo autor.
Figura 3: Conhecimento dos moradores sobre o termo AU. Fonte: Elaborado pelo autor.
5.3. Avaliação da Percepção Ambiental dos Moradores sobre a AU na cidade de Lichinga
A percepção dos entrevistados em relação a AU da Cidade de Lichinga, demonstra que, eles olham a cidade de Lichinga como sendo Pouco arborizada 50,5%, muito arborizada 24%, razoavelmente arborizada 22,5% e pessimamente arborizada 3%. Este último grupo, classificou a cidade como sendo muito arborizada, pois alega quase não haver casa nenhuma em Lichinga que não tenha uma árvore sequer, oque os faz ver a cidade como sendo muito arborizada, pese embora que todas as arvores presentes nas casas, foram plantadas ao critério dos próprios moradores, não levando em conta aspectos técnicos que acompanham actividade da arborização. 
De salientar que esta interpretação da arborização urbana foi realizada de forma subjectiva, onde cada entrevistado classifica de acordo com seus próprios critérios e através de comparações com outras cidades e vilas que os mesmos conhecem (Tabela 7)
	Resposta
	Fa
	Fr
	Fr%
	Muito arborizada
	48
	0,24
	24
	Péssima
	6
	0,03
	3
	Pouco arborizada
	101
	0,505
	50,5
	Razoavelmente 
	45
	0,225
	22,5
	Total
	200
	1
	100
Tabela 7: Percepção dos moradores sobre a AU em Lichinga.. Fonte: Elaborado pelo autor
Figura 4: Percepção dos moradores sobre a AU em Lichinga.. Fonte: Elaborado pelo autor
5.4. Vantagens da AU segundo a percepção da população 
Em relação as vantagens, apontadas pela população nota-se que a maioria observa, os benefícios na melhoria da qualidade do microclima urbano proporcionado pela arborização urbana, como demonstrado no gráfico abaixo, onde 46% apontaram como vantagem à produção de sombra, 52% evidenciaram a redução de ventos fortes e poeira, sendo que estas vantagens vão aparecer diretamente relacionadas na questão quanto à indicação de espécies por parte dos moradores. 
Situação semelhante quanto às vantagens e benefícios ambientais oferecidos pela arborização urbana foi encontrada no estudo de Malavasi e Malavasi (2001) que, avaliando esta questão segundo a “visão” dos moradores do município de Marechal Cândido Rondon – PR, os quais, devido as condições climáticas e conforto térmico desfavorável dentro da área urbana, apontaram como principais funções das árvores no ambiente urbano o sombreamento (65%) e a redução do calor (23%).
Conforme Monico (2001), exploraritens como o valor estético (beleza), sombra e melhoria da qualidade do ar são ótimos temas a serem incorporados com muita intensidade nos projetos e campanhas educativas sobre a arborização urbana junto a população, por serem mais percebidos pela mesma. Este autor, em seu estudo com a população de 3 bairros do município de Piracicaba, SP, relatou que os percentuais para tais características foram de 97,2% para o benefício estético, 91,9% alegaram como principal vantagem a sombra para os pedestres e carros e 67,6% responderam que a maior vantagem produzida pela presença das árvores no ambiente é melhoria da qualidade do ar pela filtragem da poeira pelas copas destas. 
Estas vantagens se justificam pelo aumento da temperatura e ventos fortes no verão, as quais impulsiona a população a buscar diferentes meios que lhes proporcionem maior conforto térmico. Segundo Santos & Teixeira (2001) embora a vegetação, não possa controlar totalmente as condições de desconforto, ela pode, eficientemente, abrandar a intensidade dos raios solares e ventos. Os mesmos autores salientam que a vegetação proporciona índices mais altos de umidade relativa do ar e os maiores valores são atingidos no verão quando a planta encontra-se com a folhagem, responsável pelo efeito de evapotranspiração. 
Outra característica mencionada pela população seria a capacidade das árvores em combater a erosão (1,5%) e outras vantagens (0,5%) como a melhoria estética e funcionalidade do ambiente, que por sua vez indiretamente agrega valor econômico ao seu imóvel, mas principalmente lhes traz bem-estar e melhoria na qualidade de vida. Santos & Teixeira (2001) afirmam que algumas espécies vegetais, com ênfase nas plantas que compõem praças e avenidas nas cidades, são responsáveis pelo abrigo e alimentação da avifauna, assegurando-lhes condições de sobrevivência.
	Vantagens
	Fa
	Fr
	Fr%
	Combate a Erosão
	3
	0,015
	1,5
	Outras
	1
	0,005
	0,5
	Redução, de Ventos e Poeira
	104
	0,52
	52
	Sombra
	92
	0,46
	46
	Total Geral
	200
	1
	100
Tabela 8: Percepção da população em relação as vantagens da AU. Fonte: Elaborado pelo autor.
Figura 5: Percepção da população em relação as vantagens da AU. Fonte: Elaborado pelo autor.
5.5. Desvantagens da AU segundo a percepção da população 
Entre as desvantagens apontadas destacaram-se: sujeira das ruas e calçadas (70%), redução de iluminação (17%), problemas com rede elétrica (10,5%), esterco de pássaros (1,5%) e outras desvantagens (0,5%). 
As principais causas do fato da população apontar como principal desvantagem da existência da arborização nas vias públicas a sujeira produzida por flores e frutos, vem do conceito de orgulho citadino de uma cidade “limpa” (Malavasi e Malavasi, 2001).
Para Santos & Teixeira (2001), a árvore como elemento estruturador de espaços, responsável por qualidades estético-visuais e de bem-estar, passa a construir um problema urbano, decorrente de planos ineficientes, inexistência de políticas no setor, improvisos e falta de conscientização. 
No entanto, todas estas desvantagens, somente são originadas devido à falta de informação por parte da população relativamente à arborização urbana e a falta de orientação técnica para recomendação de espécies adequadas as condições encontradas no ambiente da Cidade de Lichinga, visto que as poucas espécies presentes na arborização nas ruas dos bairros, foram introduzidas pelos próprios moradores.
Nenhum dos moradores entrevistados responderam que a presença da arborização urbana não apresentava. Neste contexto, Bueno e Souza (2002) consideram que a conscientização da população sobre a importância das árvores, além de conhecê-las, o que é necessário para transformar a arborização em um valor cultural, sendo o papel da educação ambiental, por intermédio de metodologias participativas, o ponto-chave para o processo. Além do reconhecimento, por parte das prefeituras municipais, da necessidade da arborização e sua implantação. Para isso é necessária a integração das diferentes esferas públicas, privadas (principalmente serviços de ambiente e de infraestrutura) e não-governamentais visando o planeamento urbano.
	Desvantagem
	Fa
	Fr
	Fr%
	Esterco de Pássaros
	3
	0,015
	1,5
	Outras
	1
	0,005
	0,5
	Problema com rede eléctrica
	21
	0,105
	10,5
	Redução de iluminação
	35
	0,175
	17,5
	Sujeira de ruas
	140
	0,7
	70
	Total Geral
	200
	1
	100
Tabela 9: Desvantagens da AU segundo os moradores. Fonte: Elaborado pelo Autor.
Figura 6: Tabela 9: Desvantagens da AU segundo os moradores. Fonte: Elaborado pelo Autor.
5.6. Nível de colaboração da população na AU em Lichinga
Quanto à colaboração da população com a arborização da vila 99% dos moradores afirmaram que não colaboram de alguma forma com a arborização, e 1% colaboram com a mesma. Dentre as formas de colaboração para a manutenção da arborização por parte dos moradores (Tabela 10), 100% alegaram por fazerem parte do corpo funcionário do CMCL, colaboram com serviços de plantação, limpezas, retirada de árvores em locais inadequados, manutenção e podas porém, estas duas últimas formas repercute na maioria das vezes em equívocos anteriormente mencionados como: implantação de espécie inadequadas, que danificam calçadas e a rede electrica ou também a realização de poda de forma desnecessária, podando indivíduos muito jovens, ou de forma desordenada, muitas vezes podendo até ocasionar a mutilação da árvore segundo Castro (2004), além de danificar a copa, deixando a árvore exposta ao ataque de pragas e doenças pelo estresse fisiológico imposto pela prática, o que frequentemente ocorre em cidades do interior.
	Colaboração
	Fa
	Fr
	Fr%
	Não
	198
	0,99
	99
	Sim
	2
	0,01
	1
	Total Geral
	200
	1
	100
Tabela 10: Colaboração da população na AU. Fonte Elaborado pelo autor.
Figura 7: Colaboração da população na AU. Fonte Elaborado pelo autor.
5.7. Classificação da AU em ruas dos bairros da cidade de Lichinga
Os moradores dos diversos bairros na cidade de Lichinga, 60% afirmaram que sua rua é completamente desprovida de árvores outros 38% afirmaram que sua rua é pouco arborizada e somente 2% afirmam que sua rua é muito arborizada. De salientar que os que os últimos, são os que moram em bairros do centro da cidade., como referido anteriormente esta interpretação da arborização da rua de cada bairro foi realizada de forma subjectiva, onde cada entrevistado classifica de acordo com seus próprios critérios e através de comparações com outras as ruas e avenidas do centro da cidade (Tabela 11)
	Rua
	Fa
	Fr
	Fr%
	Muito arborizada
	4
	0,02
	2
	Pouco arborizada
	76
	0,38
	38
	Sem árvores
	120
	0,6
	60
	Total
	200
	1
	100
Tabela 11: Classificação da AU nas ruas dos bairros. Fonte: Elaborado pelo autor.
Figura 8: Classificação da AU nas ruas dos bairros. Fonte: Elaborado pelo autor.
5.8. Espécies preferidas da população para arborização das ruas e bairros
 Com base na indicação de espécies preferidas para serem implantadas nas ruas, observou-se conforme a tabela 12, que 74,5% dos entrevistados indicaram que poderia ser implantada Acácias (Delonix regia) devido sua florada exuberante e também devido ao valor histórico na AU atribuído as acácias, não havendo preferência e nem preocupação com as espécies que fossem plantadas no bairro pois esta escolha, é baseada no princípio de que as acácias são as melhores, senão as únicas espécies destinadas a arborização urbana, o que indica a falta de conhecimento dos moradores quanto ao comportamento do desenvolvimento das espécies, resultando na tão conhecida relação conflituosa arborização e ambiente urbano, da qual as consequências todos nós deparamos diariamente; pois para Guzzo (2005) a escolha da espécie a ser plantada é o especto mais importante a ser considerado, sendo extremamente importante que seja considerado o espaço disponível que se tem, a presença ou ausência de fiação aérea e de outros equipamentos urbanos, largura da calçada e recuos, o que está vinculado ao conhecimento do porte da espécie a ser utilizada. 
Embora, ter havido este grandepercentual de desconhecimento por parte de alguns, outros 16,5% apontaram que deveriam ser implantadas espécies frutíferas, outros 4% desejariam espécies nativas de pequeno e médio porte e espécies adequadas, o que demonstra um bom grau de conhecimento deste último grupo quanto à questão de conflitos do elemento natural (árvores) com os elementos construídos dos centros urbanos, visto que demonstraram preocupação em relação ao porte das árvores, 2% foi o total percentual obtido pelos que solicitaram a implantação de Pinheiro (Pinus sp), 1,5% para Eucalipto (Eucalyptus sp), 0,5% para Palmeiras e 1% dos entrevistados absteve-se de responder essa questão.
	Espécie
	Fa
	Fr
	Fr%
	Acácias
	149
	0,745
	74,5
	Eucalipto
	3
	0,015
	1,5
	Fruteiras
	33
	0,165
	16,5
	Nativas de pequeno e medio porte
	8
	0,04
	4
	Palmeiras
	1
	0,005
	0,5
	Pinheiro
	4
	0,02
	2
	(Sem resposta)
	2
	0,01
	1
	Total Geral
	200
	1
	100
Tabela 12: Espécies preferida pelos moradores na AU. Fonte: Elaborado pelo autor.
Figura 9: Espécies preferida pelos moradores na AU. Fonte: Elaborado pelo autor
5.9. Medidas a serem tomadas na AU, segundo a população
Na opinião de 53,5% dos entrevistados, seria necessário implantar mais árvores para melhorar a arborização da sua cidade e da sua rua, 46,5% responderam ser fundamental que fosse realizado um trabalho conscientização ecológica com a população quanto à importância da arborização urbana e formas de implantação e manutenção, o que deve ser encarado como uma forma de participação dos usuários finais da arborização, favorecendo assim para que o ser humano se volte mais para as questões ambientais e ao mesmo tempo perceba a importância da arborização urbana em sua vida. A falta de participação comunitária nos programas de arborização gera sérios prejuízos. Percebe-se nitidamente que o “vandalismo” tornou-se uma das mais conspícuas formas de interação entre o homem urbano e a arborização, por isso a educação da população com relação aos efeitos benéficos da arborização é uma forma de reduzir os seus efeitos deletérios (Malavasi & Malavasi, 2001). 
	Oque fazer deve ser feito
	Fa
	Fr
	Fr%
	Plantar árvores
	107
	0,535
	53,5
	Realizar um de aconselhamento ecológico sobre importância das árvores na cidade
	93
	0,465
	46,5
	Total Geral
	200
	1
	100
Tabela 13: Oque deve ser feito, segundo a população. Fonte: Elaborado pelo autor
Figura 10: Oque deve ser feito, segundo a população. Fonte: Elaborado pelo autor
5.10. Predisposição da população na participação em trabalhos de AU em Lichinga 
Quando questionados sobre a possibilidade de contribuir para a manutenção da arborização urbana, destes 51,5% afirmaram estar dispostos a contribuir com a mão-de-obra em caso da realização de trabalho de arborização urbana em sua rua e na cidade, outros 47% estariam dispostos a doar dinheiro para condução de qualquer trabalho de AU e outros 1,5% estariam dispostos a colaborar com técnicas e conhecimentos para a condução de AU em Lichinga., oque mostra que 100% dos entrevistados estão dispostos a colabora com a AU. Segundo xxxx a participação da população na AU
	Colaboraria
	Fa
	Fr
	Fr%
	Doando dinheiro
	94
	0,47
	47
	Mão-de-obra
	103
	0,515
	51,5
	Técnicas
	3
	0,015
	1,5
	Total Geral
	200
	1
	100
Tabela 14: Predisposição da participação da população na AU. Fonte: Elaborado pelo autor
Figura 11: Predisposição da participação da população na AU. Fonte: Elaborado pelo autor
5.11. Nível de conhecimento das estruturas responsáveis pela AU
Quanto à opinião de para quem dirigir reclamações sobre a arborização urbana (Figura 12), 99% dos entrevistados, disseram que reclamações desse tipo seriam encaminhadas para o Conselho Municipal através da Secretaria de Proteção Ambiental e apenas 1% arranjariam meios alternativos para se chegar a solução em caso de problemas pois não sabiam a quem encaminhar as suas reclamações, dúvidas ou sugestões, o que reflete em uma situação de falta de orientação técnica aos moradores, ocasionando diretamente a implantação de espécies inadequadas, e principalmente danos mecânicos a árvores pela realização de podas sem orientação, desconfigurando a copa e reduzindo o efeito paisagístico da árvore, além de na implantação de um plano de arborização, às áreas não arborizadas da Cidade por parte destes órgãos, há uma grande possibilidade de insucesso por falta de adesão da população, devido ao desconhecimento destes órgãos dos reais anseios e necessidades da população local. Malavasi & Malavasi (2001) em um estudo onde avaliaram a arborização urbana pelos residentes em Mal. Cândido Rondon, obtiveram dados de que 73% da população encaminharia reclamações referentes à arborização urbana o Conselho Municipal, enquanto 14% encaminhariam a companhia de eletricidade COPEL, afirmavam que as respostas estavam em conformidade com a constatação de que a arborização urbana consiste de um bem público e, portanto recai sobre os ditames da administração municipal. Segundo Silva citado por Malavasi & Malavasi (2001) os Conselhos municipais devem executar e manter a arborização urbana, pois a competência para tal reside nos planos diretores e leis do uso do solo dos municípios ou regiões metropolitanas os quais devem observar os princípios e limites previstos nas leis.
	Encaminharia a;
	Fa
	Fr
	Fr%
	CMCL
	198
	0,99
	99
	Outras formas
	2
	0,01
	1
	Total Geral
	200
	1
	100
Tabela 15: A quem a população encaminharia em caso de problemas. Fonte: Elaborado pelo autor.
Figura 12: A quem a população encaminharia em caso de problemas. Fonte: Elaborado pelo autor
VI. CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES
6.1. Conclusão
Com base no presente estudo conclui-se que: 
A população da Cidade de Lichinga, tem um mediano, senão péssimo nível de esclarecimento no que se refere à AU, e relativamente as vantagens, constata-se que a maioria ditava as vantagens de forma empírica e não baseada em um prévio esclarecimento científico. 
A principal função da AU percebida pela população é a melhoria do conforto ambiental, pela redução de ventos fortes e poeira (52%) e produção de sombra (46%) nos meses de temperaturas mais elevadas. Todavia, os moradores apresentam uma percepção muito intrínseca de a árvore ser mais um elemento do mobiliário urbano, com funções de abrigo (do calor) do que um elemento natural, fundamental na manutenção da sustentabilidade da cidade e aproximação do homem com o meio natural, pois a principal desvantagem ressaltada foi a sujeira das ruas e calçadas (70%);
Não existem programas de conscientização da população, relativamente as questões ambientais tanto no ambiente domiciliário, quanto a nível das escolas secundárias, oque afecta significativamente a contribuição da população na condução, manutenção e implantação de árvores nas suas ruas.
Pese embora este baixo nível de divulgação de informações nos diferentes níveis, vale destacar que, 50,5% dos moradores classificaram a cidade como tendo pouca cobertura de arborização, apontando e reconhecendo a importância de realizar sua adequação. Assim, uma parcela significativa dos moradores está disposta a contribuir para regulamentação, tanto financeiramente, quanto na mão-de-obra para planeamento, manutenção e conservação da AU.
6.2. Recomendações
· Criação de um setor de AU na Secretaria de Proteção Ambiental, com um quadro fixo de técnicos especializados para atendimento dos questionamentos ao público quanto à temática; 
· Maior responsabilização das companhias de energia elétrica e telefônica em contratar empresas terceirizadas especializadas nos serviços de AU e também que estas empresas possuam técnicos para o atendimento a população em geral; 
· A criação de um programa de orientação técnica à população quanto aos assuntos de plantio, poda e manutenção, reduziria os equívocos realizados pelos moradores, por falta de conhecimento no assunto;
· Criação de programa de educação ambiental junto à comunidade que possa abrangir as escolas secundárias, sobre a importância da AU para a melhoria da qualidade de vida e higidez ambientalnos centros urbanos, com a realização de parcerias entre o CMCL, Universidade e EDM e Companhias de rede de Telefonia móvel, para possibilitar melhores resultados; 
· O programa de educação ambiental deve abordar a importância da divulgação da implantação de espécies da flora nativa, para a manutenção da biodiversidade animal e vegetal na cidade de Lichinga.
VIII. BIBLIOGRAFIA
ANDREATTA, T. R., et al., Análise da arborização no contexto urbano de avenidas de Santa Maria, RS. Revista da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana. v.6, n.1, p.36-50, 2011.
BATISTA, F. A.; CHAVES, T. P.; FELISMINO, D. C.; DANTAS, I. C. Inventário quali-quantitativo da arborização urbana na cidade de Remígio, Paraíba. Revista de Biologia e Farmácia, Campina Grande, v. 9, n. 1, p. 70-83, 2013. 
BAAL, F. B. Arborização no município de Frederico Westphalen- o problema da compatibilidade. XIV CONGRESSO BRASILEIRO DE ARBORIZAÇÃO URBANA: ARBORIZAÇÃO URBANA: O FUTURO É AGORA. Bento Gonçalves, RS 2011.
BARROS, E. F. S.; GUILHERME, F. A. G.; CARVALHO, R. S. Arborização urbana em quadras de diferentes padrões construtivos na cidade de Jataí. Revista Árvore. v.34, n.2, p. 287-295, 2010.
BARROS RONALD S. M., medidas de diversidade biológica. Juiz de Fora- Mg: 2007. 
BASTOS, Fernanda Espíndola Assumpção et al.,, Levantamento florístico e características das espécies em praças públicas em Lages-SC. Revista da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana, v. 11, n. 1, p. 34-42, 2016.
BERNARDI, I.P., PULCHÉRIO-LEITE, A., IRANDA, J.M.D. & PASSOS, F.C. Ampliação da distribuição de Molossops neglectus Williams e Genoways (Chiroptera, Molossidae) para o Sul da América do Sul. Rev. Bras. Zool. 2007.
BIONDI, D.; ALTHAUS. M. Árvores de Rua de Curitiba: cultivo e manejo. Curitiba: FUPEF, 2005.
BOBROWSKI, R.; BIONDI, D. Comportamento de Índices de Diversidade na Composição da Arborização de Ruas. Floresta e Ambiente, Seropédica,v. 23, n. 4, p.475-486, 2016.
BONAMETTI, J. H. Arborização Urbana. Terra e Cultura, Londrina, n.36, 2003.
BONAMETTI, J. H. A ação do IPPUC na transformação da paisagem urbana de Curitiba a partir da área central. Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo – EESC/USP, São Carlos. 2000.
BONAMETTI, J. H. Arborização Urbana. Curitiba: Terra e Cultura, n. 36, 2001. 
BONONI, V. L. R. Controle ambiental de áreas verdes. In: PHILIPPI JUNIOR, A.; ROMÉRO, M. A.; BRUNA, G. C. Curso de Gestão ambiental. Barueri: Manole, 2006. p. 214-255. (Coleção Ambiental).
BUENO, O. C.; SOUZA, M. A. L. B. As árvores no ambiente urbano. In: HAMMES, V. S. (ed.) Educação ambiental para o desenvolvimento sustentável: ver, percepção do diagnóstico ambiental, Brasília: EMBRAPA, 2002, vol. 3, 150 p. 
BRUN, F. G. K.; FUCHS, R. H.; BRUN, E. J.; ARAÚJO, L. E. B. de. Legislações Municipais do Rio Grande do Sul Referentes à Arborização Urbana – Estudo de Casos. Revista da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana, Piracicaba, v.3, n.3, 2008.
Bunderson, W. T., F. Bornar, W. A. Bromley & S. J. Nanthambwe,: A Field Manial for Agroforestry practices in Malawi, Mlaei agroforestry project, Publication No. 6, Lilongwe, 1995.
INE (Instituto Nacional de Estatística). (2017). IV Recenseamento Geral da População e Habitação. Censo 2017
MAE (Ministério de Administração Estatal). (2016). Perfil do distrito de Lichinga- Província; Pp.12-52.
CABRAL, P. I. D. Arborização Urbana: Problemas e Benefícios. Revista Especialize On-line IPOG – Goiânia, v.1, n.6, 2013.
CAVALCANTI, M. L. F. et al., Identificação dos vegetais tóxicos da cidade de Campina Grande-PB. Revista de Biologia e Ciências da Terra, João Pessoa, v.3, n.1, p. 1-13, 2003.
COLETTO, E. P.; MÜLLER, N. G.; WOLSKI, S. S. Diagnóstico da Arborização das Vias Públicas do Município de Sete de Setembro – RS, Rev. SBAU, Piracicaba, v.3, n.2, p.110-122, 2008.
CORMIER, Nathaniel S.; PELLEGRINO, Paulo Renato Mesquita. Infraestrutura verde: uma estratégia paisagística para a água urbana. Paisagem e Ambiente. ensaios. FAUUSP, São Paulo, n. 25, 2008, p. 127-142.
DANTAS, C. I.; DE SOUZA, C. M. C. Arborização urbana na cidade de Campina Grande– PB: Inventário e suas espécies. Revista de biologia e ciências da terra, Campina Grande, v. 4, n. 2, 2004.
ELETROPAULO. Guia de Planejamento e Manejo da Arborização Urbana. GráficaCesp. São Paulo, 1995.
EMBRAPA. Arborização urbana e produção de mudas de essências florestais nativas em Corumbá, MS. Corumbá, 2002.
EMBRAPA (Corumbá- Ms) (org.). Árvores: importância para a arborização urbana, 2008. 
EMER, Aquélis Armiliato, et al., Valorização da flora local e sua utilização na arborização das cidades. 2011.
FIRKOWSKI, C. Arborização urbana. ENCONTRO NACIONAL SOBRE ARBORIZAÇÃO URBANA 3. Curitiba,1990.
GONÇALVES, A.; MENEGUETTI, K. S. Projeto de arborização como patrimônio da cidade. Ambiente Construído, Porto Alegre, v. 15, n. 1, p. 99-118,
2015.
GONÇALVES, E. O.; PAIVA, H. N.; GONÇALVES, W.; JACOVINE, L. A. G. Avaliação qualitativa de mudas destinadas à arborização urbana no Estado de Minas Gerais. R. Árvore, Viçosa, v. 28, n. 4, p. 479-486, 2004.
GONÇALVES, T.P.; SANTOS Jr, A.R. Projeto Construindo a Ecocidadania- percepções acercadas atividades de Educação Ambiental. In: III Congresso Brasileiro de Gestão Ambiental, 2012, 
GONÇALVEZ, S.; ROCHA, F. T. Caracterização da arborização urbana do bairro de Vila Maria Baixa. Conscientia e Saúde, ano/vol2. Universidade Nove de Julho, São Paulo, Brasil, 2003.
GOUVÊA, I. Cobertura Vegetal Urbana. Revista Assentamentos Humanos, Marília, v. 3, n. 1, p. 17-24, out. 2001.
HOPPEN, M. I.; DIVENSI, H. F.; RIBEIRO, R. F.; CAXAMBÚ, M. G. Espécies exóticas na arborização de vias públicas no município de Farol, PR, Brasil. Revista da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana, Piracicaba-SP, v. 9, n. 3.
JUSTINO, S. T. P., MORAIS, Y. Y. G. A., DE ALMEIDA NASCIMENTO, A. K., SOUTO, P. C. Composição e georreferenciamento da arborização urbana no distrito de Santa Gertrudes, em Patos–PB. Revista da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana, v. 13, n. 3.
KRAMER, J.A.; KRUPEK, R.A. Caracterização florística e ecológica da arborização de Praças Públicas do Município de Guarapuava, PR. Revista Árvore, Viçosa-MG, v.36, n.4.
LABAKI, L. C.; SANTOS, R. F.; BUENO-BARTHOLOMEI, C. L.; ABREU, L. V. Vegetação e conforto térmico em espaços urbanos abertos. Fórum Patrimônio, Belo Horizonte, v. 4, n. 1.
LAZZARI, Laudison; GEORGIN, Jordana; CAMPONOGARA, Alexandre; MAGGIONI, Joane Helena; OLIVEIRA, Gislayne Alves; ROSA, Ana Lúcia Denardin da. Diagnóstico da arborização urbana da rua Arthur Milani na cidade de Frederico Westphalen-RS. Revista Eletrônica em Gestão, Educação e Tecnologia Ambiental, set. 2015.
LOMBARDO, M. A. et al., O uso de geotecnologias na análise da ilha de calor, índice de vegetação e uso da terra. Revista Geonorte, Manaus, v. 2, n. 5.
LORENZI, H. Árvores Brasileiras: Manual de Identificação e Cultivos de Plantas Arbóreas do Brasil. 2 ed. Nova Odessa, SP, 2002.
MACHADO, L. M. C. P. O estudo da paisagem: uma abordagem perceptiva. Revista Geografia e Ensino, São Carlos, SP: v. 2, n. 1, p. 37 – 45, 1990. A praça da Liberdade na percepção do usuário. Revista Geografia e Ensino, São Carlos, SP: v. 5, n. 1, p. 19 -33, 1993. 
MACHADO, G. G. Embelezamento urbano no Brasil: uma breve retrospectiva até a década de 1960. In: VII ENCONTRO NACIONAL DE ENSINO DE PAISAGISMO EM ESCOLAS DE ARQUITETURA E URBANISMO. 2004, São Paulo. Anais eletrônicos... São Paulo: USP, 2004. 
MACHADO, R. R. B.; MEUNIER, I. M. J.; SILVA, J. A. A.; CASTRO, A. A. J. F. Arvores nativas para a arborização urbana de Teresina, Piauí. Revista da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana, v.1, n.1, p. 10-18, 2006.
MAGALHÃES, I. M.; NAKAZATO, A. S.; RODRIGUES, F. M.; SARTORI, J. P.; SOARES, N. M.; CARDOSO, N. M.; PORCIÚNCULA, P. Coexistência dos sistemas elétricos de distribuição e arborização. In: III