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Poster-3023-PLANEJAMENTO-E-GESTAO-TERRITORIAL-EM-LINHAS-DE-TRANSMISSAO-DE-ENERGIA-aÔéÔÇ-ANALISE-CRITICA-DE-IMPACTOS

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PLANEJAMENTO E GESTÃO TERRITORIAL EM LINHAS DE 
TRANSMISSÃO DE ENERGIA – ANÁLISE CRÍTICA DE IMPACTOS 
Tiago de Oliveira Cordeiro1, Vivian da Silva Celestino Reginato2 
 
 1 Universidade Federal de Santa Catarina – tiago.cordeiro@posgrad.ufsc.br 
2 Universidade Federal de Santa Catarina – vivian.celestino@ufsc.br 
INTRODUÇÃO 
MATERIAIS E MÉTODOS 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
A servidão administrativa em imóveis é um apossamento do poder público ou 
empresa concessionária do serviço público para instalação de LT de energia. O ônus 
ocasionado por essa LT nos imóveis servientes é discutido corriqueiramente e sem 
uma definição unânime do seu real impacto sobre o valor do imóvel, área 
remanescente e uso do solo. 
Devido ao constante crescimento e desenvolvimento das cidades, em especial a 
região Norte de Santa Catarina, a execução de novas obras de infraestruturas tem sido 
necessária e recorrente, ocasionando alguns questionamentos e incertezas por parte 
dos proprietários de áreas interceptadas por LT de energia, em suma, devido à 
depreciação do valor de mercado do imóvel. 
Estudo de caso em empreendimentos situados no Município de Guaramirim/SC: 
 a) Linhas de Transmissão: 525 kv Curitiba – Blumenau e 525 kv Curitiba Leste – 
Blumenau 
 b) Subestações: Joinville Sul (JSU=CBA-BLU) e Joinville Sul (JSU=CTL-BLU) 
Utilização de informações geográficas dos empreendimentos disponibilizadas pela 
ANEEL, certidões de inteiro teor e limites relativos às divisas de propriedades do 
SICAR, relativas aos imóveis servientes 
Utiização de imagens de satélite dos sensores LandSat 8 e Sentinel para realização 
de cruzamento de informações 
Realização de análise critica e espacial da situação específica relativa aos impactos 
causados pela inserção de novas LT em propriedades que já são afetadas pela LT de 
responsabilidade da CELESC, através do ArcGIS, para verificar a sobreposição entre 
os polígonos das propriedades e os polígonos das LT existente e futuras, bem como 
demais afetações 
 
 
Conclui-se que a cultura do não compartilhamento e integração de dados entre 
órgãos, de diferentes espécies, desde informações cartográficas até de áreas de 
utilidade pública acarretam graves impactos socioeconômicos às propriedades 
atingidas, onerando o proprietário e resultando em um não cumprimento da função 
social das mesmas 
Para solucionar este problema é proposta a integração e o compartilhamento de 
informações através de SIG e CTM, entre os órgãos e empreendedores de obras de 
utilidade pública, pois esta já é uma realidade em outras esferas organizacionais no 
Brasil e no mundo. 
Neste sentido estudos deste porte podem ser utilizados para solucionar problemas 
semelhantes em todos os tipos de obras de infraestrutura (linha de transmissão, linha 
de distribuição, rodovias, oleoduto, gasoduto, estradas, etc.) 
Um ótimo exemplo atual de compartilhamento de faixas de servidão que pode ser 
citado é o da inserção da LT de energia da Empresa ISA, que liga a subestação 
Ratones a Biguaçu, onde a servidão da LT subterrânea foi compartilhada com a 
servidão da Rodovia SC-401, em Florianópolis. 
 
Analisando a situação específica de apenas uma propriedade atingida por LT, 
conforme imagem 2, pode ser percebido o impacto causado na mesma, com afetações 
em áreas cultiváveis e cultivadas, onde é evidente a falta de compartilhamento e/ou 
integração de informações espaciais e cadastrais em SIG. Acredita- se que esses 
impactos poderiam ser reduzidos se fossem adotadas medidas legais de 
compartilhamento e integração, não somente de LT, mas também de informações 
geográficas. Outra solução possível seria corrigir o traçado da linha e posicioná-la em 
partes diferentes do imóvel: áreas com valor e/ou potencial comercial/produtivo menor, 
por exemplo. 
 
Imagem 1 – Mapa de localização das propriedades atingidas por LT. 
AGRADECIMENTOS 
PROBLEMÁTICA 
O impacto do posicionamento das LT de energia sobre os imóveis sem o 
conhecimento prévio do que existe gravado nas matrículas, a sobreposição e 
divergências de divisas imobiliárias, remanescentes inviáveis e os impactos 
socioeconômicos às propriedades atingidas pelas LT. 
 
11:30 am 
(b) Fonte: Sentinel-2, SICAR (2022) e Certidão de Inteiro Teor dos Imóveis Servientes (2022). 
XII CBCG e V SBG 
CURITIBA, BRASIL, 8-11 DE NOVEMBRO, 2022 
OBJETIVOS 
Analisar a adoção de medidas legais de compartilhamento e integração de áreas de 
servidão quando a afetação é de utilidade pública de forma a reduzir ou eliminar 
remanescentes inviáveis entre os traçados. Especificamente analisar a viabilidade do 
uso integrado e compartilhado de informações geográficas por diferentes instituições e 
empresas. 
 
 
 
RESULTADOS E ANÁLISES 
 
Através da imagem 1 pode ser observado que, a LT de responsabilidade da 
CELESC, em vermelho, já intercepta 33 imóveis, representados por suas divisas em 
roxo, laranja e verde, de acordo com o SICAR. Destes 33 imóveis, 31 serão novamente 
afetados pelas futuras LT que serão implantadas (amarelo e azul). Nas divisas de 
imóveis podem ser verificadas diversas sobreposições e vazios, o que por si só, já é 
um problema relacionado à falta de compartilhamento e integração de informações. 
Também pode ser observado que as novas inserções de LT, embora sigam paralelas 
entre si, na maior parte de seus traçados, não compartilham da mesma servidão, 
ocasionando remanescentes entre si e causando impactos nas propriedades 
servientes. 
Imagem 2 – Propriedade atingida por LT. 
Fonte: Sentinel-2, SICAR (2022) e Certidão de Inteiro Teor dos Imóveis Servientes (2022). 
Este problema é causado por diversos fatores como: não compartilhamento de 
bases cartográficas por diferentes instituições e empresas do setor; desinteresse dos 
empreendedores em realizar ajustes no traçado, principalmente, por questões 
burocráticas e técnicas relacionadas às futuras estruturas da obra. 
Ao proprietário atingido resta o impacto socioeconômico causado, que muitas vezes, 
pode ser irreversível. 
 
 
Agradecemos a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e ao Programa de 
Pós-Graduação em Engenharia de Transporte e Gestão Territorial (PPGTG) pelo 
aprendizado adquirido, conscientização da importância do tema e incentivo a esta 
pesquisa.

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