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SEC - Noções da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional [2023]v2

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Curso Técnico em 
Secretaria Escolar 
 
Noções da Lei de Diretrizes 
e Bases da Educação 
Nacional 
Marcia Justino da Silva 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Curso Técnico em 
Secretaria Escolar 
 
Noções da Lei de Diretrizes 
e Bases da Educação 
Nacional 
Marcia Justino da Silva 
Escola Técnica Estadual Professor Antônio Carlos Gomes da Costa 
 
Educação a Distância 
 
Recife 
 
2.ed. | fevereiro 2022 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Catalogação e Normalização 
Hugo Cavalcanti (Crb-4 2129) 
 
Diagramação 
Jailson Miranda 
 
Coordenação Executiva 
George Bento Catunda 
Renata Marques de Otero 
Kátia Karina Paulo dos Santos 
 
Coordenação Geral 
Maria de Araújo Medeiros Souza 
Maria de Lourdes Cordeiro Marques 
 
Secretaria Executiva de 
Educação Integral e Profissional 
 
Escola Técnica Estadual 
Professor Antônio Carlos Gomes da Costa 
 
Gerência de Educação a distância 
 
 
Professor Autor 
Marcia Justino da Silva 
 
Revisão 
Marcia Justino da Silva 
 
Coordenação de Curso 
Iracema Cristina Batista da Silva 
 
Coordenação Design Educacional 
Deisiane Gomes Bazante 
 
Design Educacional 
Ana Cristina do Amaral e Silva Jaeger 
Helisangela Maria Andrade Ferreira 
Izabela Pereira Cavalcanti 
Jailson Miranda 
Roberto de Freitas Morais Sobrinho 
 
Revisão descrição de imagens 
Sunnye Rose Carlos Gomes 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sumário 
Introdução ................................................................................................................................... 5 
1.Competência 01 | Compreender os Princípios e Fins da Educação Nacional ................................ 6 
1.1 Compreendendo a Origem da LDB: Princípios e Finalidade .......................................................................7 
1.1.1 Princípios e Fins da Educação ..................................................................................................................9 
1.1.2 Princípios Básicos da Educação ............................................................................................................. 11 
2.Competência 02 | Compreender a Organização da Educação Nacional ..................................... 17 
2.1 O Processo de Organização do Sistema Educacional no Brasil ................................................................ 17 
2.2 Da Organização da Educação Nacional: funções dos entes da Federação .............................................. 19 
3.Competência 03 | Conhecer os Níveis e Modalidades .............................................................. 26 
3.1 Entendendo a Sistematização do Ensino: importância dos níveis e modalidades de acordo com a época 
A ..................................................................................................................................................................... 26 
3.2 Dos Níveis e das Modalidades de Educação e Ensino .............................................................................. 29 
3.2.1 Dos Níveis Escolares ....................................................................................................................... 29 
3.2.1.1 Educação Básica ................................................................................................................................. 30 
3.2.1.2 Educação Superior ............................................................................................................................. 37 
3.2.2 Das Modalidades da Educação ....................................................................................................... 39 
4.Competência 04 | Conhecer os Profissionais da Educação ........................................................ 44 
4.1 A Legislação e a Formação do Profissionais da Educação ........................................................................ 44 
4. 2 Valorização do Profissional de Educação ................................................................................................ 48 
4.3 A Formação do(a) Secretário(a) Escolar ................................................................................................... 50 
5. Competência 05| Entender os Recursos Financeiros para a Escola ........................................... 52 
5.1 Dos Recursos Financeiros ......................................................................................................................... 52 
5.2 Como os Recursos Financeiros chegam à Escola? ................................................................................... 57 
Conclusão................................................................................................................................... 60 
Referências ................................................................................................................................ 61 
Minicurrículo do Professor ......................................................................................................... 63 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
Introdução 
Olá! Caro(a) Estudante, seja muito bem-vindo(a) a nossa Disciplina Noções da Lei de 
Diretrizes e Bases da Educação Nacional. 
Para nós, profissionais da Educação, é fundamental nos apropriarmos dos ditames das 
leis que regem todo o sistema educacional de nosso país. 
Gostaríamos de poder comentar e aprofundar nossos estudos com você sobre todos os 
capítulos e incisos da LDB/96. Para tanto, teríamos que ter um curso mais extenso e, pelo menos, dois 
volumes do nosso ebook. Nossa proposta é realizar uma análise completa, mas inicial da legislação. 
Assim, iremos discorrer sobre cinco pontos que consideramos fundamentais: Princípios e 
Finalidades da Educação; Organização da Educação Nacional; Níveis e Modalidades da Educação; 
Profissionais da Educação e Recursos da Educação. 
Então, Preparado(a)? 
Estaremos juntos nessa caminhada do saber! 
Bons estudos! 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
1.Competência 01 | Compreender os Princípios e Fins da Educação 
Nacional 
Vamos começar nossa caminhada ao encontro de um entendimento mais aprofundado 
sobre a legislação inerente ao sistema educacional brasileiro. 
Nessa competência temos como objetivo compreender os princípios e fins da Educação 
Nacional, conforme prevê o Título II, Artigos 2º e 3º da LDB/96. 
 
 
Prosseguindo... 
Segundo a definição de Dicionário Online de Português, “princípios” é um substantivo 
Masculino, plural que significa: 
• Regras; preceitos morais ( Exp: esse menino não tem princípios). 
• Caráter; 
• Modo de se comportar que denota justiça, ética ( Exp: não posso negar meus 
princípios por nada); 
• Conhecimentos; 
• Informações que fundamentam uma seção de saberes ( Exp: princípios da Física). 
 
Juridicamente, “ princípios” são definidos como um conjunto de padrões de conduta 
presentes de forma explícita ou implícita no ordenamento jurídico. Os princípios, assim como as 
Caro(a) Estudante, acreditamos que antes de dar continuidade aos Princípios e 
Fins da educação nacional, precisamos fazer uma revisão histórica sobre como 
chegamos a nossa LDB de 1996. Então, acesse: Contexto Histórico da LDB 
https://youtu.be/CvIya54fRJo 
Para iniciarmos nossa jornada, gostaria de perguntar-lhe: Como você define 
“princípios”? Pense um pouco antes de prosseguir a leitura. OK? 
https://youtu.be/CvIya54fRJo
 
 
 
 
 
 
7 
regras, são normas. A distinção entre esses dois elementos é objeto de dissenso entre os estudiosos 
do direito. 
Alguns autores irão distinguir regras de princípios, mas não vamos entrar no mérito da 
questão. Apenas pretendemos suscitar a reflexão, sobre o vocábulo e seu significado, para que 
continuemos nosso estudo. 
Em educação o "princípio educativo" se constitui da razão primordial que norteia todo o 
processo educacional, caracterizando-se pela perspectiva real de alcançar as metas estabelecidas 
para estudantes e educadores.Bem, tendo visto as diversas definições de princípios, vamos aprofundar um pouco mais 
nosso conhecimento sobre a LDB/96. 
Vamos lá! 
 
1.1 Compreendendo a Origem da LDB: Princípios e Finalidade 
Caro(a) Estudante, 
Convidamos você a realizar uma breve retrospectiva histórica, sobre a origem da LDB/96. 
Agora, após esta pequena introdução, prossigamos com nossos estudos. Certo? Então... 
As primeiras diretrizes educacionais vieram com os jesuítas em 1549, através de um 
regimento que pretendia sistematizar o ensino no Brasil. Ao longo de nossa história a educação teve 
diversos direcionamentos, dependendo da conjuntura política, social e econômica. 
No início do século XX, com o advento da industrialização brasileira, tínhamos um grande 
problema, o analfabetismo. Assim em 1930 foi criado o Ministério da Educação e Saúde para 
combater este grande problema social. Em 1934 surgiu a proposta de um Plano Nacional de Educação 
(PNE). Em 1946 uma nova Constituição já previa a educação como direito para todos e o ensino 
primário obrigatório nas Escolas Públicas. 
A primeira Lei de Diretrizes e Bases Educação Nacional, surgiu das propostas contidas na 
Constituição de 1946, no ano seguinte. Contudo, o caminho percorrido pela legislação que previa os 
fundamentos, estruturas e normatização do sistema educacional brasileiro, foi longo, pois só em 1961 
que foi sancionada a Lei 4024. Na ocasião o Brasil iniciava um processo de redemocratização, após 
o período do Estado Novo. Após sua sanção a LDB/61 foi reformulada pelas Leis 5.540/68, 5.692/71 
e posteriormente, substituída pela LDB 9.394/96. 
 
 
 
 
 
 
8 
Com a Constituição de 1988 vem à responsabilidade da União de legislar sobre as 
Diretrizes e Bases Educacionais Nacionais, estabelecendo uma educação igualitária. Foram, na 
constituinte, discutidos diversos aspectos da LDB de 61 que deveriam ser reformulados. As discussões 
deram origem ao Projeto de Lei nº 101 de 1993 que fixa Diretrizes e Bases da Educação Nacional, que 
mais tarde retornou a Câmara dos Deputados na forma do substitutivo Darcy Ribeiro em 17 de 
dezembro de 1996 e sancionada a Lei 9.394/96 em 20 de dezembro do mesmo ano. 
 
 
Figura 01: Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 
Fonte: https://contee.org.br/a-ldb-e-a-terceirizacao-ampla-geral-e-irrestrita-e-compativel/ 
Descrição: Imagem de uma lousa verde, onde está escrito em letras maiúsculas, brancas, LDB e abaixo o número da lei 
e a denominação da lei por extenso: Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. 
 
 
Para saber uma pouco mais, acesse: A TRAJETÓRIA DA LDB: UM OLHAR 
CRÍTICO FRENTE À REALIDADE BRASILEIRA . Disponível em: 
https://www.trabalhosfeitos.com/ensaios/a-Trajet%C3%B3ria-Da-Ldb-Um-
Olhar/817509.html#google_vignette 
Para que acompanhe melhor nossa disciplina, recomendamos que acesse e 
baixe em seu computador a LDB. Disponível em: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm 
https://contee.org.br/a-ldb-e-a-terceirizacao-ampla-geral-e-irrestrita-e-compativel/
https://www.trabalhosfeitos.com/ensaios/a-Trajet%C3%B3ria-Da-Ldb-Um-Olhar/817509.html#google_vignette
https://www.trabalhosfeitos.com/ensaios/a-Trajet%C3%B3ria-Da-Ldb-Um-Olhar/817509.html#google_vignette
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm
 
 
 
 
 
 
9 
1.1.1 Princípios e Fins da Educação 
Caríssimo(a) , agora vamos ver os princípios da Educação Nacional e seus fins que constam 
nos incisos do artigo 2º da LDB, do Título II - Dos Princípios e Fins da Educação Nacional - fazendo uma 
análise separadamente de cada um deles. 
 
Então vejamos o que diz: 
Art. 2º: A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e 
nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu 
preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. (BRASIL, 1996, p.1) 
Lembra-se, de quando definimos “princípios”? Então, vimos que, especificamente, em 
educação eles orientam, norteiam o processo educacional. Certo? 
Mais especificamente os princípios, além de nortearem o processo educativo, irão 
orientar e organizar os sistemas educacionais, visando uma formação integral do cidadão. 
Assim sendo, os fins da educação, têm grande importância social e pedagógica na medida 
em que constituem o elo de ligação entre as políticas educacionais, os sistemas de ensino e as 
propostas pedagógicas das escolas. 
Vejamos agora, cada um dos fins da educação, conforme a LDB. 
 
1 - Pleno Desenvolvimento do Educando - significa que a educação deve contribuir para 
que o desenvolvimento da dimensão psicológica e cognitiva da criança transcorra de maneira 
harmoniosa e progressiva, possibilitando a assimilação de conhecimentos e de operações mentais 
que a permitam alcançar uma aprendizagem significativa. 
 
Antes de darmos continuidade, assista o vídeo que introduz o que iremos 
abordar nesta competência. 
acesse: https://youtu.be/46oyYD7j3IQ 
https://youtu.be/46oyYD7j3IQ
 
 
 
 
 
 
10 
 
Figura 02: O brincar e o desenvolvimento 
Fonte: https://pixabay.com/pt/images/search/crian%C3%A7as%20brincando/ 
Descrição: Imagem de crianças e uma professora, desenhando e brincando no centro de uma sala de aula 
 
2 - Preparo para cidadania - nesse aspecto a educação deve proporcionar a formação de 
cidadãos críticos, reflexivos, responsáveis, autônomos, solidários, que conheçam os seus direitos e 
deveres, abertos ao diálogo, respeitando as diferenças e cultivando um espírito democrático, 
pluralista e criativo. 
 
Figura 03: Cultivando a Cidadania 
Fonte: https://www.geec.org.br/portal/index.php/articulistas/reflexoes-para-acoes-jomar-teodoro-gontijo/829-
classificacao-da-cidadania 
Descrição: Imagem de uma árvore, onde os galhos são palavras como: direitos, deveres, cidadão, participação, dentre 
outras. 
 
 
 
 
 
 
 
11 
3 -Qualificação para o trabalho - a educação é responsável pela preparação do cidadão 
através de uma formação profissional que possa aprimorar suas habilidades para executar funções 
específicas demandadas pelo mercado de trabalho. 
 
Figura 04: Preparação para o Mercado 
Fonte: https://br.freepik.com/vetores-premium/grupo-de-pessoas-perto-do-sinal-com-direcoes-diferentes-a-escolha-
da-direcao-para-negocios-ou-viagens-seta-abstrata-isolada-com-o-planeta-ao-fundo-design-plano-de-ilustracao-
vetorial_22995379.htm 
Descrição: Imagem de 3 homens e uma mulher, subindo em livros empilhados, de forma colaborativa. 
 
 
 
1.1.2 Princípios Básicos da Educação 
O Art. 3º da LDB (BRASIL, 1996, p.2) contempla os princípios básicos da Educação Nacional 
Cabe ressaltar, que tais incisos estão de acordo com a Constituição Federal de 1988, em 
seu Art. 206. Recentemente, em 2018, foi incluído mais um princípio, perfazendo 13, expostos através 
dos incisos, a saber: 
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; 
II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e 
o saber; 
III - pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas; 
IV - respeito à liberdade e apreço à tolerância; 
V - coexistência de instituições públicas e privadas de ensino; 
VI - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais; 
VII - valorização do profissional da educação escolar; 
VIII - gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da legislação dos 
sistemas de ensino; 
IX - garantia de padrão de qualidade; 
X - valorização da experiência extraescolar; 
 
 
 
 
 
 
12 
XI - vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais. XII - 
consideração com a diversidade étnico-racial. 
XIII - garantia do direito à educação e à aprendizagem ao longo da vida. Incluído pela Lei 
nº 13.632, de 2018. 
XIV - respeito à diversidade humana, linguística, cultural e identitária das pessoas surdas, 
surdo-cegas e com deficiência auditiva. (Incluído pela Lei nº 14.191, de 2021) 
 
Vamos,então, comentar os referidos princípios. 
Preparados? 
Continuemos... 
 
I - Igualdade de condições para o acesso e permanência na escola 
A Constituição de 1988, em seu inciso I, do Art.206, refere-se à igualdade de condições de 
acesso e permanência na escola. Assim a LDB/96 irá reconhecer que a desigualdade das condições de 
acesso e permanência precisa ser extinta. O poder público deve proporcionar que as crianças de todos 
os municípios tenham acesso à escola. Portanto programas de transporte e de merenda eficazes são 
imprescindíveis para tornar realidade e viável a acessibilidade e a permanência das crianças no 
sistema escolar. 
 
II - Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte 
e o saber 
Neste inciso a LDB/96 garante que no processo de formação da criança, cabe aos sistemas 
educacionais (Estaduais e Municipais), bem como as escolas definirem suas propostas pedagógicas. 
As escolas (e os professores) têm a liberdade de utilizarem as metodologias que considerarem 
adequadas. Cabe, ainda, às escolas reconhecerem como o processo de formação é eficaz, na medida 
que é respeitado o direito e a liberdade de aprendizagem do aluno. 
Você sabia que houve alterações na LDB em 2021 2022? 
Ouça o podcast! Aguardo por você! 
 
 
 
 
 
 
13 
 
 
III - Pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas; respeito à liberdade e apreço à 
tolerância 
Perceba querido(a) estudante! Estes dois incisos se complementam, haja vista que o 
respeito à liberdade e a tolerância são fundamentais para que se estimule, mantenha e respeite o 
pluralismo de ideais e de concepções pedagógicas. Concorda? 
As instituições educacionais devem levar em consideração que, necessariamente, a 
qualidade de ensino perpassa pelo respeito à diversidade de ideias de sua comunidade escolar (pais, 
alunos, professores, colaboradores). Devem considerar, ainda, que não devem pensar em uma única 
concepção, tema ou ideia pedagógica. O ser humano, por essência é plural e mutante, pensante e 
isto deve ser respeitado, a fim de que a escola contribua, efetivamente, para a formação de cidadãos 
e preparação para o mercado de trabalho. 
 
IV - Coexistência de instituições públicas e privadas de ensino; gratuidade do ensino 
público em estabelecimentos oficiais 
Pelo o que preconiza a Lei, as escolas públicas e privadas do Brasil, convivem em 
harmonia, ocupando os mesmos logradouros (cidades, bairros, ruas). Contudo, sabemos que seus 
recursos são diferenciados. Enquanto as escolas particulares, em geral, são geridas com recursos 
próprios, as escolas públicas recebem recursos do governo através de programas como o Programa 
Dinheiro Direto na Escola - PDDE, que é repassado anualmente pelo Fundo Nacional de 
Desenvolvimento da Educação- FNDE. 
 
V- Valorização do profissional da educação escolar; gestão democrática do ensino 
público, na forma desta Lei e da legislação dos sistemas de ensino e garantia de padrão de 
qualidade 
Caro(a) Estudante, mais três incisos que consideramos se complementarem, portanto, 
serão analisados juntos. A gestão democrática pode ser definida por uma gestão que compartilha a 
administração da escola com todos da comunidade (professores, pais ou responsáveis, alunos e 
colaboradores), com o objetivo de construir uma escola cidadã, como dita a Lei. Consideramos que a 
 
 
 
 
 
 
14 
valorização do profissional da educação, perpassa por uma gestão democrática, não só nas escolas, 
mas no governo, quando entende que o professor merece ser valorizado e que isto só acontece 
através de salários e condições de trabalho condignas. Consequentemente, a qualidade do sistema e 
do ensino melhora, pois profissionais satisfeitos, respeitados, produzem muito melhor, são mais 
eficientes no processo e alcançam (contribuem) para resultados mais eficazes. 
 
VI - Valorização da experiência extraescolar 
A escola e o professor devem considerar a bagagem cultural do aluno. Aquilo que ele traz 
consigo, inerente a sua vivência na família e na sociedade que se insere. Assim, o professor deve 
conhecer a realidade do aluno e trazer para a escola essa realidade. Utilizando tais conhecimentos 
facilitarão, de forma substancial, a aprendizagem dos alunos. 
 
VII - Vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais. 
Na sociedade atual a valorização do trabalho é um pressuposto fundamental para a 
educação escolar. A vinculação preconizada pela Lei entre a escola, o trabalho e as práticas sociais 
visa a melhoria da educação, tornando-a mais próxima da realidade e das demandas sociais e, 
consequentemente, do mercado de trabalho. 
 
VIII - Consideração com a diversidade étnico-racial. 
Caro(a) Estudante, este é um princípio muito importante, principalmente considerando 
que o povo brasileiro é constituído, historicamente, por diversas etnias e raças. Assim, é primordial 
que haja uma mudança estrutural, inserindo nos sistemas educacionais a valorização e o respeito à 
diversidade de etnia e de raça ( DEFOURNY ,2011). 
Nessa perspectiva devemos considerar que o multiculturalismo afirma-se como uma 
tendência nesse novo contexto social. Contudo, este termo ainda permite diferentes interpretações 
e significados. Vamos ver o que Del Priore (2014) nos fala sobre multiculturalismo: 
Declaração dos Direitos Humanos 
https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0000139423 
https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0000139423
 
 
 
 
 
 
15 
 
O termo “ multiculturalismo” designa tanto um fato ( sociedades são compostas de grupos 
culturalmente distintos) quanto uma política, visando à coexistência pacífica entre grupos 
étnica e culturalmente diferentes[...]A política multiculturalista visa, com efeito, resistir à 
homogeneidade cultural, sobretudo quando esta homogeneidade afirma-se como única 
e legítima, reduzindo outras culturas a particularismos e dependência. (DEL PRIORE, 2014) 
 
 
Caso ainda não trabalhe numa escola, procure observar (ou conversar) na escola de seus 
filhos, amigos ou parentes como é tratada a questão. Depois socialize com seus colegas, por exemplo, 
no fórum geral de nossa disciplina. Que tal a ideia? Espero que tenha gostado. 
 
IX - Garantia do direito à educação e à aprendizagem ao longo da vida. 
Este inciso colocado na LDB, mais especificamente, em 2018, através da Lei nº 13.632. A 
referida Lei deu atenção especial para a Educação de Jovens e Adultos, bem como para Educação 
Especial, alterando os artigos da LDB referentes a tais modalidades de ensino. 
 
X- Respeito à diversidade humana, linguística, cultural e identitária das pessoas surdas, 
surdo-cegas e com deficiência auditiva. 
Este inciso é o mais recente, inserido em 2021, através da Lei 14.191, que dispõe sobre a 
modalidade de educação bilíngue de surdos. 
Sobre a Desigualdade racial na educação brasileira: um Guia completo 
para entender e combater essa realidade, acesse: 
https://observatoriodeeducacao.institutounibanco.org.br/em-
debate/desigualdade-racial-na-
educacao?utm_source=google&utm_medium=search&utm_campaign=profess
ores_desigualdade 
Vamos refletir um pouco? 
Caso você trabalhe em um ambiente escolar, como é tratada a questão da 
diversidade étnico racial? Já parou para pensar sobre esta questão? 
https://observatoriodeeducacao.institutounibanco.org.br/em-debate/desigualdade-racial-na-educacao?utm_source=google&utm_medium=search&utm_campaign=professores_desigualdade
https://observatoriodeeducacao.institutounibanco.org.br/em-debate/desigualdade-racial-na-educacao?utm_source=google&utm_medium=search&utm_campaign=professores_desigualdade
https://observatoriodeeducacao.institutounibanco.org.br/em-debate/desigualdade-racial-na-educacao?utm_source=google&utm_medium=search&utm_campaign=professores_desigualdade
https://observatoriodeeducacao.institutounibanco.org.br/em-debate/desigualdade-racial-na-educacao?utm_source=google&utm_medium=search&utm_campaign=professores_desigualdade16 
 
 
 
Caro(a) Estudante, chegamos ao final desta competência. Esperamos que tenha 
aproveitado o conteúdo para enriquecer seu cabedal de conhecimento sobre a LDB/96 e os Princípios 
e Fins da Educação Nacional. Recomendamos que assista a videoaula, verifique o material 
complementar, participe dos fóruns (geral e de atividades), comente os destaques, interagindo e 
colaborando para uma aprendizagem coletiva. 
Na próxima competência veremos como se dá a organização da Educação Nacional. 
Bons estudos e até breve! 
Saiba mais acessando: 
https://jamillyfreitasadv.jusbrasil.com.br/noticias/629652559/lei-n-13632-de-
6-de-marco-de-2018-alteracoes-na-lei-de-diretrizes-e-bases-da-educacao-
nacional#:~:text=Lei%20n%C3%BAmero%2013632%2C%206%20de,aprendizag
em%20ao%20longo%20da%20vida 
Agora assista a nossa videoaula, pois faremos um resumo dessa competência. 
https://jamillyfreitasadv.jusbrasil.com.br/noticias/629652559/lei-n-13632-de-6-de-marco-de-2018-alteracoes-na-lei-de-diretrizes-e-bases-da-educacao-nacional#:~:text=Lei%20n%C3%BAmero%2013632%2C%206%20de,aprendizagem%20ao%20longo%20da%20vida
https://jamillyfreitasadv.jusbrasil.com.br/noticias/629652559/lei-n-13632-de-6-de-marco-de-2018-alteracoes-na-lei-de-diretrizes-e-bases-da-educacao-nacional#:~:text=Lei%20n%C3%BAmero%2013632%2C%206%20de,aprendizagem%20ao%20longo%20da%20vida
https://jamillyfreitasadv.jusbrasil.com.br/noticias/629652559/lei-n-13632-de-6-de-marco-de-2018-alteracoes-na-lei-de-diretrizes-e-bases-da-educacao-nacional#:~:text=Lei%20n%C3%BAmero%2013632%2C%206%20de,aprendizagem%20ao%20longo%20da%20vida
https://jamillyfreitasadv.jusbrasil.com.br/noticias/629652559/lei-n-13632-de-6-de-marco-de-2018-alteracoes-na-lei-de-diretrizes-e-bases-da-educacao-nacional#:~:text=Lei%20n%C3%BAmero%2013632%2C%206%20de,aprendizagem%20ao%20longo%20da%20vida
 
 
 
 
 
 
17 
2.Competência 02 | Compreender a Organização da Educação Nacional 
Caro(a) Estudante, seja muito bem-vindo(a) a mais uma Competência da Disciplina de 
Noções da Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional. 
 
Na competência passada abordamos os Artigos 2º e 3º da LDB/96. Analisamos seus 
princípios e finalidades. Esperamos que você tenha aproveitado bastante este conhecimento! 
Na Competência 2, continuando nossa caminhada pela LDB/96, vamos verificar no seu 
Título IV, como se dá a Organização da Educação Nacional. Veremos, ainda, as responsabilidades de 
cada ente da Federação (União, Estados, Municípios e Distrito Federal), fazendo uma 
contextualização entre o que prega a Lei e o que efetivamente acontece na realidade. 
Tenho certeza que as discussões o permitirão refletir e tirar suas próprias conclusões. Este 
é o nosso propósito nessa disciplina. 
Vamos lá, rumo ao conhecimento! 
 
2.1 O Processo de Organização do Sistema Educacional no Brasil 
Antes de entrarmos na discussão do título IV da LDB/96, faremos uma pequena 
retrospectiva histórica, para que possamos entender como se deu a organização do nosso Sistema 
Educacional. 
Com o advento da Revolução Industrial, no século XIX, duas grandes preocupações 
surgiram entre os países da Europa, Estados Unidos e alguns países da América Latina como: 
Argentina, Chile e Uruguai, a erradicação do analfabetismo e a universalização da instrução popular. 
Para tanto, fazia-se necessário a instituição de sistemas educacionais. (SAVIANI, 2010). 
O Brasil na contramão desse processo, só começou a pensar no problema a partir da 
década de 30. Vemos alguma menção a estruturação de um Sistema Educacional Nacional no 
“Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova” em 1932. Assim, dois anos após, a Constituição de 1934 
Antes de começarmos a estudar nossa competência, confira nosso podcast 
para aprofundar seus conhecimentos. 
 
 
 
 
 
 
18 
, estabeleceu que a União, doravante deveria “ legislar sobre as diretrizes da educação 
nacional [...] , a indicar a necessidade de normas comuns válidas para toda a nação, orientando a 
organização da educação em todo o país na forma de sistema.” ( SAVIANI, 2010, p.770) 
 
Figura 05: Manifesto dos Pioneiros de Educação Nova 
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Manifesto_dos_Pioneiros_da_Educa%C3%A7%C3%A3o_Nova 
Descrição: Imagem, em primeiro plano, da capa do Manifesto dos Pioneiros de Educação Nova (1932) e dos Educadores 
(1959). Ao fundo estante com vários outros livros. 
 
Gostaria de propor uma reflexão. Primeiramente vamos ver o que Saviani (2010) coloca 
sobre a ligação, a interdependência da LDB, com a Organização Educacional e com Sistema Nacional 
de Educação. 
[...] Quando a Constituição determina que a União estabeleça as diretrizes e bases da 
educação nacional, obviamente ela está pretendendo com isso que a educação, em todo 
o território do país, seja organizada segundo diretrizes comuns e sobre bases também 
comuns. E a organização educacional com essas características é o que se chama “Sistema 
Nacional de Educação” [...] Antes de haver leis de educação, havia instituições educativas. 
Isso não implica, entretanto, a vinculação necessária da sistematização à legislação, ou 
seja: não é necessário que haja lei específica de educação para que haja educação 
sistematizada; esta poderá existir mesmo não existindo aquela [...] ( SAVIANI, 2010, p.771) 
 
Você concorda com esta colocação do autor? Qual a importância de haver 
uma organização, uma sistematização da Educação Nacional? 
 
 
 
 
 
 
19 
Estudante, enquanto profissionais da Educação, é de suma importância que 
entendamos que o Sistema Nacional de Educação “deve garantir a oferta de uma Educação de 
qualidade para todos, nos moldes preconizados na Constituição da República Federativa do Brasil,” 
 (LIMA, 2015, p. 20). Sendo assim, não cabe a ideia de que o Sistema Nacional de Educação, seja 
estabelecido para “engessar” a educação do país. Nesse sentido, Saviani (2010) coloca que: 
Portanto, a construção de um Sistema Nacional de Educação nada tem de incompatível com 
o regime federativo, pois o que é a Federação senão a unidade de vários estados que, 
preservando suas respectivas identidades, se articulam para assegurar interesses e 
necessidades comuns? [...]Ora, assim sendo, a Federação postula, portanto, o sistema 
nacional que, no campo da educação, representa a união dos vários serviços educacionais 
que se desenvolvem no âmbito territorial dos diversos entes federativos que compõem a 
Federação. (SAVIANI, 2010, p.771) 
 
 
Figura 06: Constituição de 1988 
Fonte: http://www.blogdealtaneira.com.br/2014/12/em-2014-constituicao-federal-sofreu-o.html 
Descrição: Capa da Constituição de 1988. 
 
Vejamos a seguir como esta organização se dá e quais as responsabilidades dos entes da 
federação. 
 Sigamos em frente! 
 
2.2 Da Organização da Educação Nacional: funções dos entes da Federação 
Na competência passada, prezado(a) estudante, vimos que a LDB de 1996, seguiu os 
preceitos da nossa Constituição Federal de 1988. Certo? Pois bem, o Título IV da LDB baseia-se no Art. 
http://www.blogdealtaneira.com.br/2014/12/em-2014-constituicao-federal-sofreu-o.html
 
 
 
 
 
 
20 
211 de nossa Carta Magna, que determina como tarefa da União, dos Estados, Distrito Federal e dos 
Municípios, a organização, em regime de colaboração, dos sistemas de ensino (BRASIL, 1996, p.11). 
Portanto cada esfera tem sob sua responsabilidade um determinado segmento 
educacional, sempre em parceria com os demais. A LDB é tão criteriosa que irá do Art. 9º ao 12º 
estabelecer as incumbências da União, dos Estados, dos Municípios, do Distrito Federal, dos 
Estabelecimentos de Ensino (públicos e privados) e dos Docentes. 
 
Com a finalidade de assegurar a integração do Sistema Educacional, a LDB/96 distribui as 
seguintes competências: 
• À União, no exercício da coordenação nacional da política de educação, compete 
prestar assistência técnica e financeira aos estados, Distrito Federal e municípios, 
estabelecer diretrizes curriculares e realizar a avaliação dorendimento escolar de 
todos os graus de ensino, além de manter as próprias instituições de ensino que, 
juntamente com as escolas superiores privadas, comporão o sistema federal de 
ensino. 
• Aos Estados cabe colaborar com os municípios na oferta de ensino fundamental e 
manter, com prioridade, o ensino médio. 
• Aos Municípios cabe a responsabilidade de manter a educação infantil, garantindo, 
com prioridade, o ensino fundamental. 
 
Vamos, juntos, analisar como se dá esta colaboração entre União, Estados e Municípios? É 
inegável que a parceria (colaboração) entre os entes da federação, em prol de uma educação de 
Veja as incumbências de cada ente da Federação, de forma detalhada. 
Disponível em: 
https://radargovernamental.com.br/a-estrutura-federativa-na-educacao/ 
Para maior fixação e entendimento, veja o vídeo sobre Organização da Educação 
Nacional. Disponível em: https://youtu.be/bGaIr1W73i0 
https://radargovernamental.com.br/a-estrutura-federativa-na-educacao/
https://youtu.be/bGaIr1W73i0
 
 
 
 
 
 
21 
qualidade é importantíssima. A possibilidade de unir esforços e recursos, visando a garantia de 
políticas públicas mais eficientes e eficazes, vislumbra uma contribuição para um melhor 
desenvolvimento integral das crianças e jovens deste país. 
Bem, mas como se dá esta parceria ou colaboração? Pode acontecer de duas formas: 
entre administrações municipais (município com município) ou estaduais (estados com estados), 
denominado regime de colaboração horizontal, ou na relação entre Municípios, Estados e a União, 
constituindo o regime de colaboração vertical. 
 
Veja os gráficos a seguir: 
COLABORAÇÃO HORIZONTAL
 
 
COLABORAÇÃO VERTICAL 
MUNICÍPIOS MUNICÍPIOS MUNICÍPIOS 
Municípios ou Estados de uma mesma região podem organizar seus sistemas 
de ensino de diferentes maneiras, como: Arranjos de Desenvolvimento da 
Educação, Territórios de Cooperação ou então na formação de Consórcios, 
conforme indica a Lei 11.107, de 6 de abril de 2005. 
 
 
 
 
 
 
22 
 
Falando ainda sobre o regime de colaboração, devemos considerar que temos um país de 
tamanho continental, com 26 Estados e 1 Distrito Federal e 5.570 Municípios. É fundamental que 
tenhamos uma Educação Nacional que prime por ações coordenadas. Portanto, enfatizando, é 
importante que haja colaboração entre os entes federativos. Isto não quer dizer que deva haver uma 
invasão ou de imposição de um sobre o outro. Nesse sentido, precisamos aperfeiçoar a legislação 
cada vez mais, através de leis complementares, para que possamos garantir a qualidade e a eficácia 
da educação em todo território nacional. 
 
Figura 07: Mapa do Brasil 
Fonte: https://www.portalescolar.net/2011/02/brasil-estados-e-capitais-e-mapa.html 
Descrição: Imagem do Mapa do Brasil, constando os 27 Estados e o Distrito Federal em cores 
diferentes. 
 
União 
Estados 
Municípios 
https://www.portalescolar.net/2011/02/brasil-estados-e-capitais-e-mapa.html
 
 
 
 
 
 
23 
 
Estudante, passaremos agora a discutir algumas atribuições estabelecidas na LDB/96 à 
União. Destaca-se aquela prevista no inciso I do Art. 9º "elaborar o Plano Nacional de Educação, em 
colaboração com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios". (BRASIL, 1996, p.5) 
A partir de 2001, com a regulamentação da Lei 10.172, a LDB estabelece a elaboração do 
Plano Nacional de Educação - PNE - , que , a cada dez anos, define metas relacionadas à educação em 
nosso país. 
Cabe ressaltar que o alcance de tais metas está diretamente ligado a condução das 
políticas públicas, pois são elas que darão o amparo para que os alunos ingressem e permaneçam nas 
escolas. 
O PNE não engloba apenas a Educação Básica. Ela abrange o Ensino Superior, no que se 
refere ao impulsionamento e ampliação dos recursos do governo federal, a avaliação da qualidade 
do ensino e a ênfase na educação a distância. 
 
Figura 08: Plano Nacional de Educação 
Fonte: https://www12.senado.leg.br/radio/1/noticia/2019/06/28/plano-nacional-de-educacao-completa-5-anos-de-
vigencia/pne-plano-nacional-de-educacao.jpg/@@images/46f16d19-9fd8-46ed-9511-ce32ad199d8b.jpeg 
Descrição: Imagem com as siglas em três cores diferentes do Plano Nacional de Educação -PNE 
 
Sugiro que você assista a entrevista de Mariza Abreu - Especialista em Políticas 
Públicas, realizada em 2012, mas bastante pertinente, pois explica como as 
instâncias do poder podem cooperar na oferta dos diferentes serviços na 
educação. Disponível em: https://youtu.be/Sz8oYs62oqo 
https://www12.senado.leg.br/radio/1/noticia/2019/06/28/plano-nacional-de-educacao-completa-5-anos-de-vigencia/pne-plano-nacional-de-educacao.jpg/@@images/46f16d19-9fd8-46ed-9511-ce32ad199d8b.jpeg
https://www12.senado.leg.br/radio/1/noticia/2019/06/28/plano-nacional-de-educacao-completa-5-anos-de-vigencia/pne-plano-nacional-de-educacao.jpg/@@images/46f16d19-9fd8-46ed-9511-ce32ad199d8b.jpeg
https://youtu.be/Sz8oYs62oqo
 
 
 
 
 
 
24 
 
Vale salientar, que o Plano Nacional de Educação , além de definir diretrizes e metas, tem 
o objetivo de atuar como um mecanismo de implantação de um Sistema Nacional de Educação (SNE) 
, este, como já foi dito, deve garantir a qualidade da educação para todos, como preconiza a 
Constituição Federal. (LIMA , 2015) 
Outro inciso que gostaria de destacar é o VI do Art. 9º, que tem como objetivo “ assegurar 
processo nacional de avaliação do rendimento escolar no ensino fundamental, médio e superior, em 
colaboração com os sistemas de ensino, objetivando a definição de prioridades e a melhoria da 
qualidade do ensino” ( BRASIL, 1996, p.5) 
Para garantir o processo nacional de avaliação, foram criados instrumentos que avaliam 
a evolução do ensino em todos os níveis. Isto é feito através dos chamados exames padronizados, 
exames de larga escala ou avaliações externas, que são aplicados pelo Instituto Nacional de Estudos 
e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Vejamos as avaliações que acontecem nas etapas da 
Educação Básica. 
Educação Infantil - a partir de 2019 será avaliada através do Sistema de Avaliação da 
Educação Básica (Saeb), em caráter amostral para ajustes no modelo. Tal avaliação já estava 
atrasada, no mínimo, 9 anos, pois havia sido definida pelas Diretrizes Curriculares Nacionais para 
Educação Infantil e pelo Plano Nacional de Educação, devendo ter sido implantada em 2016. 
Anos Iniciais do Ensino Fundamental - Esta etapa é verificada através da Avaliação 
Nacional da Alfabetização (ANA). Com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), houve uma 
antecipação do final do ciclo de alfabetização, passando do 3º ano para o 2º ano. Por conta desse 
ajuste a avaliação não foi feita em 2018, acontecendo em 2019. 
Anos Finais do Ensino Fundamental - A avaliação acontece desde 2005, sendo avaliados 
estudantes do 5º ao 9º ano do Ensino Fundamental. Isto é feito através da Prova Brasil, que a partir 
de 2019 passa a ser denominada Saeb dos Anos Finais do Ensino Fundamental. 
Conheça o Plano Nacional de Educação 2014-2024, acessando: 
http://pne.mec.gov.br/18-planos-subnacionais-de-educacao/543-plano-
nacional-de-educacao-lei-n-13-005-2014 
http://pne.mec.gov.br/18-planos-subnacionais-de-educacao/543-plano-nacional-de-educacao-lei-n-13-005-2014
http://pne.mec.gov.br/18-planos-subnacionais-de-educacao/543-plano-nacional-de-educacao-lei-n-13-005-2014
 
 
 
 
 
 
25 
Ensino Médio - Criado em 1988, até 2015 o Exame Nacional do Ensino Médio era feito 
por amostragem, avaliando um pequeno grupo de estudantes em todo país. A partir de 2017 o exame 
se torna um instrumento de censo, onde todos os estudantes do Ensino Médio podem prestá-lo. 
Obviamente, quem não terminou a Educação Básica, o faz como forma de treinamento e 
autoavaliação. O ENEM, atualmente, é determinante para a o ingresso ao Ensino Superior, 
incorporando suas notas ao Programa Universidade para todos (Prouni), Sistema de Seleção 
Unificado ( Sisu) e o Fundo de FinanciamentoEstudantil ( Fies). 
 
Já no inciso VI, do Art. 9º da LDB, também prevê avaliação do rendimento para o Ensino 
Superior. Neste nível de ensino a avaliação é feita através de um tripé de instrumentos avaliativos 
composto pela a Avaliação de Cursos de Graduação, a Avaliação Institucional e o Exame Nacional de 
Avaliação do Ensino Superior (ENADE). Este “tripé avaliativo” constitui o Sistema Nacional de 
Avaliação da Educação Superior ( Sinaes), criado através da Lei nº10.861, de 14 de abril de 2004. 
 
Bem, caro(a) estudante, chegamos ao final de mais uma competência. Espero que todas 
as informações possam contribuir para sua prática profissional. 
Não deixe de complementar seus estudos, assistindo as videoaulas, participando das 
atividades como os fóruns, os destaques e demais atividades disponíveis no AVA. 
Na próxima competência veremos, mais detalhadamente, os níveis e as modalidades da 
Educação do Brasil. 
Encontro com você, brevemente! Até lá! 
 
Saiba um pouco mais como utilizar a avaliação externa para melhorar o 
processo de ensino-aprendizagem -Letícia Bessa -11/08/2021, disponível em: 
https://educacao.imaginie.com.br/avaliacao-externa/ 
Agora, convido, você, a assistir a videoaula dessa competência. Faremos um 
resumo do que foi abordado. 
https://educacao.imaginie.com.br/avaliacao-externa/
 
 
 
 
 
 
26 
3.Competência 03 | Conhecer os Níveis e Modalidades 
Caro(a) Estudante, é muito gratificante compartilhar de sua companhia em nossa 
Competência 3. Espero que esteja gostando de nossa jornada de conhecimento e que a mesma possa 
agregar valor à sua formação profissional. 
Na competência passada tivemos a oportunidade de analisar o Título IV da LDB/96, onde 
consta como se dá a organização da Educação Nacional. Vimos, ainda, como são distribuídas as 
responsabilidades entre cada ente da Federação (União, Estados, Municípios e Distrito Federal). 
Nessa nova Competência continuaremos nossos estudos da LDB/96, aprofundando 
nossos conhecimentos sobre o TÍTULO V - Dos Níveis e das Modalidades de Educação e Ensino. 
Continuemos, então, nossa caminhada! 
 
3.1 Entendendo a Sistematização do Ensino: importância dos níveis e modalidades 
de acordo com a época A 
 
 
Figura 09: Chegada dos Jesuítas 
Fonte: http://www.kaninde.org.br/10-coisas-que-voce-provavelmente-nao-sabia-sobre-a-educacao-no-brasil-colonia/ 
Descrição: Imagem de uma praia. No mar há caravelas e barcos menores, com pessoas em seu interior. Na parte de 
areia existe no fundo uma fortificação, mais a frente há coqueiros e pessoas. 
Antes de começarmos a estudar nossa competência, confira nosso podcast 
para aprofundar seus conhecimentos. 
http://www.kaninde.org.br/10-coisas-que-voce-provavelmente-nao-sabia-sobre-a-educacao-no-brasil-colonia/
 
 
 
 
 
 
27 
 
Com a expulsão dos jesuítas pelo Marquês de Pombal em 1759, nossa educação passou 
por um período bastante conturbado, principalmente no que se refere ao ensino primário. 
Somente com a chegada da Família Real em 1808, a educação e a cultura brasileira toma 
novo fôlego, com o surgimento de instituições culturais e científicas, de ensino técnico e dos 
primeiros cursos superiores, como os de Medicina nos estados do Rio de Janeiro e da Bahia. 
No entanto, podemos verificar, que apesar das iniciativas de D. João VI, a educação 
brasileira iria priorizar o ensino superior, com objetivo de atender as demandas de formação 
profissional, em detrimento do ensino primário, que era mais uma vez marginalizado. 
Após a Independência do Brasil, houve algumas mudanças no panorama social, político e 
econômico, inclusive em termos de política educacional. A Constituição de 1824, assegura a instrução 
primária e gratuita a todos os cidadãos, confirmado logo depois pela lei de 15 de outubro de 1827, 
que determinou a criação de escolas de primeiras letras em todas as cidades, vilas e vilarejos, 
envolvendo as três instâncias do Poder Público. 
O Ato Adicional de 1834, delegou às províncias a prerrogativa de legislar sobre a educação 
primária, comprometendo em definitivo o futuro da educação básica, pois possibilitou que o governo 
central se afastasse da responsabilidade de assegurar educação elementar para todos. 
À contramão dos países europeus, dos Estados Unidos e do Japão, o Brasil continuou com 
a descentralização do ensino primário (fundamental) depois da Proclamação da República. Isto 
contribuiu de maneira expressiva para aumentar a distância entre as classes sociais. 
Na década de 1920, após a 1ª Guerra Mundial, começou a se repensar no modelo 
educacional. Surge, então, a primeira geração de educadores como: Anísio Teixeira, Fernando de 
Azevedo, Lourenço Filho, Almeida Júnior, entre outros, que lideraram o movimento da Escola Nova e 
divulgaram o Manifesto dos Pioneiros em 1932, documento histórico que redefine o papel do Estado 
no âmbito educacional. Lembra-se que já falamos nesse assunto na competência passada? 
 
 
 
 
 
 
28 
 
Figura 10: Anísio Teixeira 
Fonte: http://www.elfikurten.com.br/2011/02/anisio-texeira-o-inventor-da-escola.html 
Descrição: um homem de terno e óculos, sentado, com as mãos dispostas numa mesa cheia de papeis. 
 
Em 1934, como já vimos, a Constituição estabeleceu avanços significativos na área 
educacional, incorporando muito do que havia sido debatido em anos anteriores. Entretanto, em 
1937, foi instaurado o Estado Novo, que concedeu ao país uma Constituição autoritária, havendo 
grande retrocesso. 
Na Revolução de 1964, instala-se um novo período autoritário. Contudo, o sistema 
educacional brasileiro já havia passado por mudanças significativas. Na fase que antecedeu a 
aprovação da LDB/61, ocorreu um admirável movimento em defesa da escola pública, universal e 
gratuita. 
Em 1969 e 1971, foram aprovadas respectivamente a Lei 5.540/68 e 5.692/71, 
introduzindo novas mudanças na estrutura do ensino superior e do ensino de 1º e 2º graus. 
A Constituição de 1988, promulgada após amplo movimento pela redemocratização do 
País, procurou introduzir inovações e compromissos. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 
de 1996, à luz da Constituição de 1988, vem solidificar toda a organização do Sistema de Educação 
Nacional. 
 
E por que estamos revendo tudo isso? 
http://www.elfikurten.com.br/2011/02/anisio-texeira-o-inventor-da-escola.html
 
 
 
 
 
 
29 
Fizemos este recorte histórico para que possamos perceber e compreender como foi 
desorganizado todo sistema educacional do nosso país. A cada momento histórico havia a priorização 
de um determinado nível ou modalidade educacional em detrimento das demais. Com a primeira LDB 
em 1961, iniciamos uma nova etapa, a regulamentação do sistema educacional (público ou privado) 
do Brasil (da educação básica ao ensino superior). 
Agora, então, podemos ir adiante! 
 
3.2 Dos Níveis e das Modalidades de Educação e Ensino 
Como já estudamos, com o advento da Constituição Federal de 1988, o Sistema 
Educacional Brasileiro passou por uma reformulação, culminando na atual LDB (Lei nº 9.394/96), que 
alterou a organização do Sistema Escolar de forma significativa. Dentre estas reformulações, a Lei 
determina a constituição dos níveis e das modalidades, em seu Título V - Dos Níveis e das Modalidades 
de Educação e Ensino. 
Convido, você, querido(a) estudante, a conhecer mais detalhadamente esta composição. 
Preparado? Sigamos em frente, então! 
 
3.2.1 Dos Níveis Escolares 
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), de 1996, estabelece dois grandes 
níveis de educação escolar: a Educação Básica, que é composta pela Educação Infantil, pelo Ensino 
Fundamental e o Ensino Médio e a Educação Superior. 
 
 
 
 
 
 
30 
 
Figura 11: Níveis, Modalidades da Educação, Nacional 
Fonte: https://educador.brasilescola.uol.com.br/gestao-educacional/a-organizacao-estrutura-dos-sistemas-ensino-no-
brasil.htm 
Descrição: Infográfico especificando os níveis (educação básicae ensino superior); as etapas ( ed. Infantil, ensino 
fundamental e ensino médio, graduação e pós-graduação; modalidades ( EJA; Educação Profissional, EaD e Educação 
Especial) 
 
Vamos, agora, ver separadamente esses níveis? Em frente! 
 
3.2.1.1 Educação Básica 
O conceito de Educação Básica foi modificado a partir da LDB de 1996, haja vista que a Lei 
anterior estabelecia como básico o ensino chamado de Primeiro Grau. 
A LDB/96, em seu Art.22, delibera que “a educação básica tem por finalidades 
desenvolver o educando, assegurar-lhe a formação comum indispensável para o exercício da 
cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores”. 
Além disso, a LDB/96 faz mudanças significativas, como vemos no Art. 23: 
A educação básica poderá organizar-se em séries anuais, períodos semestrais, ciclos, 
alternância regular de períodos de estudos, grupos não-seriados, com base na idade, na 
https://educador.brasilescola.uol.com.br/gestao-educacional/a-organizacao-estrutura-dos-sistemas-ensino-no-brasil.htm
https://educador.brasilescola.uol.com.br/gestao-educacional/a-organizacao-estrutura-dos-sistemas-ensino-no-brasil.htm
 
 
 
 
 
 
31 
competência e em outros critérios, ou por forma diversa de organização, sempre que o 
interesse do processo de aprendizagem assim o recomendar. (BRASIL, 1996, p.9) 
 
A LDB ao longo dos seus 23 anos sofreu várias alterações. Podemos destacar a Lei 
1.274/2006, que estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Esta Lei fez alterações muito 
importantes nos Artigos 29, 30, 32 e 87 da LDB/96, dispondo sobre a duração de 9 (nove) anos para 
o Ensino Fundamental, com matrícula obrigatória a partir dos 6 (seis) anos de idade. 
A ampliação do Ensino Fundamental para nove anos de duração, com a matrícula 
obrigatória a partir dos seis anos de idade, foi uma conquista para a política nacional de educação, 
pois era almejada há muitos anos. 
Conforme já foi citado acima, a Educação Básica é composta pela Educação Infantil, 
Ensino Fundamental e Ensino Médio. 
 
A partir da LDB/96 houve uma maior valorização dessa etapa, não sendo vista tão 
somente como um espaço onde são realizados os cuidados básicos de higiene e alimentação. 
Segundo o Art. 29 “ a educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o 
desenvolvimento integral da criança de até 5 (cinco) anos, em seus aspectos físico, psicológico, 
intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade.” (BRASIL, 1996, p.15) 
Podemos destacar, ainda, dois artigos. O Art. 30 inclui a creche nesta etapa, quando 
estabelece que “ a educação infantil será oferecida em: I – creches, ou entidades equivalentes, para 
crianças de até três anos de idade; II – pré-escolas, para as crianças de 4 (quatro) a 5 (cinco) anos de 
idade.” (BRASIL, 1996, p.15) 
Já o Art. 31 determina como será a avaliação, deliberando que “ na educação infantil a 
avaliação far-se-á mediante acompanhamento e registro do seu desenvolvimento, sem o objetivo de 
promoção, mesmo para o acesso ao ensino fundamental. (BRASIL, 1996, p.15) 
A Educação Infantil é a primeira etapa desse nível e uma das mais importantes 
da formação da criança. 
 
 
 
 
 
 
32 
 
Figura 12: Educação Infantil 
Fonte: https://www.wreducacional.com.br/curso-de-fundamentos-teoricos-e-metodologicos-da-educacao-infantil 
Descrição: cartaz com um fundo branco no qual está escrita a frase EDUCAÇÃO INFANTIL(colorida). Na figura existe a 
representação de crianças segurando o cartaz em cima e na lateral direita. Na parte superior uma das crianças segura um 
balão, outra um desenho. 
 
A etapa seguinte a Educação Infantil é o Ensino Fundamental. Esta etapa tem duração de 
nove anos e é direcionado às pessoas com idade entre 6 e 14 anos. 
Uma das mudanças fundamentais que a Lei nos traz é a inclusão da Classe de 
Alfabetização ao Ensino Fundamental. O objetivo principal do Ensino Fundamental é a formação 
básica do cidadão. Vamos ver o que delibera a Lei em seu Artigo 32, a partir de 2006. (BRASIL, 1996, 
p.15): 
Art. 32. O ensino fundamental obrigatório, com duração de 9 (nove) anos, gratuito na 
escola pública, iniciando-se aos 6 (seis) anos de idade, terá por objetivo a formação básica 
do cidadão, mediante: 
I - o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno 
domínio da leitura, da escrita e do cálculo; 
II - a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia, das 
artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade; 
III - o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição de 
conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores; 
IV - o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de 
tolerância recíproca em que se assenta a vida social. 
§ 1º É facultado aos sistemas de ensino desdobrar o ensino fundamental em ciclos. 
§ 2º Os estabelecimentos que utilizam progressão regular por série podem adotar no 
ensino fundamental o regime de progressão continuada, sem prejuízo da avaliação do 
processo de ensino-aprendizagem, observadas as normas do respectivo sistema de 
ensino. 
http://www.wreducacional.com.br/curso-de-fundamentos-teoricos-e-metodologicos-da-educacao-infantil
http://www.wreducacional.com.br/curso-de-fundamentos-teoricos-e-metodologicos-da-educacao-infantil
 
 
 
 
 
 
33 
§ 3º O ensino fundamental regular será ministrado em língua portuguesa, assegurada às 
comunidades indígenas a utilização de suas línguas maternas e processos próprios de 
aprendizagem. 
§ 4º O ensino fundamental será presencial, sendo o ensino a distância utilizado como 
complementação da aprendizagem ou em situações emergenciais. 
§ 5o O currículo do ensino fundamental incluirá, obrigatoriamente, conteúdo que trate dos 
direitos das crianças e dos adolescentes, tendo como diretriz a Lei no 8.069, de 13 de julho 
de 1990, que institui o Estatuto da Criança e do Adolescente, observada a produção e 
distribuição de material didático adequado. 
§ 6º O estudo sobre os símbolos nacionais será incluído como tema transversal nos 
currículos do ensino fundamental. 
 
Vale ressaltar que a Lei não exime a responsabilidade dos pais ou responsáveis dos alunos 
a efetivação da matrícula. Ao Estado cabe a responsabilidade de garantir a oferta da quantidade de 
vagas necessárias nas escolas públicas. Entretanto, este serviço educativo também pode ser ofertado 
pelo ensino privado. 
Atualmente, redes municipais e estaduais, em todo o Brasil, ofertam esse nível de ensino 
e boa parte delas apresenta propostas curriculares que têm buscado nortear as práticas, em sala de 
aula, assim como auxiliar na reorganização do ensino. 
 
O Ensino Fundamental é subdivido em dois segmentos: 
• Anos iniciais: correspondem às séries cursadas do 1º ao 5º ano, destinadas às 
crianças entre 6 e 10 anos, sendo o primeiro ano a classe de alfabetização. 
Saiba um pouco mais sobre a Lei nº 11.274/2006. 
Acesse: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-
2006/2006/lei/l11274.htm 
Vejamos alguns exemplos de Proposta Curricular do Estado de Pernambuco. 
Disponibilizado em: 
http://www.educacao.pe.gov.br/portal/?pag=1&cat=36&art=1047 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8069.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8069.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8069.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8069.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8069.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11274.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11274.htm
http://www.educacao.pe.gov.br/portal/?pag=1&cat=36&art=1047
 
 
 
 
 
 
34 
• Anos finais: compreendem as séries do 6º ao 9º ano para crianças e jovens entre 11 
e 14 anos. 
Quanto a carga horária, os sistemas de ensino oferecidos podem desdobrar o ensino 
fundamental em ciclos, desde que a duração mínima anual de 800 horas sejarespeitada. A escola 
deve obrigatoriamente fornecer pelo menos 200 dias efetivos de aula, com duração de no mínimo 
4 horas diárias. 
 
Figura 13: Ensino Fundamental 
Fonte: https://cepc.com.br/?6/pagina/ensino-fundamental 
Descrição: imagem de um menino vestido de blusa rosa e bermuda na cor verde, segurando o globo terrestre. Existem 
uma flor de cada lado nas cores amarela e rosa. Na lateral esquerda está escrito ENSINO FUNDAMENTAL. 
 
A última etapa da Educação Básica é o Ensino Médio, tendo como finalidade aprofundar 
os conhecimentos adquiridos no Ensino Fundamental, a preparação para o ingresso no mercado de 
trabalho e nos níveis superiores de ensino e o aprimoramento do educando como cidadão, conforme 
estabelecido no Artigo 35, incisos I a IV e Artigo 36, incisos I a IV, da LDB. Estes artigos sofreram 
alterações através da Lei nº 13.415 em 2017 para atender a Base Nacional Comum Curricular (BRASIL, 
1996, p.16) , como veremos a seguir: 
 
Art. 35- A Base Nacional Comum Curricular definirá direitos e objetivos de aprendizagem 
do ensino médio, conforme diretrizes do Conselho Nacional de Educação, nas seguintes 
áreas do conhecimento: 
I - linguagens e suas tecnologias; 
II - matemática e suas tecnologias; 
III - ciências da natureza e suas tecnologias; 
IV - ciências humanas e sociais aplicadas. 
https://cepc.com.br/?6/pagina/ensino-fundamental
 
 
 
 
 
 
35 
§ 1 o A parte diversificada dos currículos de que trata o caput do art. 26, definida em cada 
sistema de ensino, deverá estar harmonizada à Base Nacional Comum Curricular e ser 
articulada a partir do contexto histórico, econômico, social, ambiental e cultural. 
§ 2o A Base Nacional Comum Curricular referente ao ensino médio incluirá 
obrigatoriamente estudos e práticas de educação física, arte, sociologia e filosofia. 
§ 3o O ensino da língua portuguesa e da matemática será obrigatório nos três anos do 
ensino médio, assegurada às comunidades indígenas, também, a utilização das 
respectivas línguas maternas. 
§ 4o Os currículos do ensino médio incluirão, obrigatoriamente, o estudo da língua inglesa 
e poderão ofertar outras línguas estrangeiras, em caráter optativo, preferencialmente o 
espanhol, de acordo com a disponibilidade de oferta, locais e horários definidos pelos 
sistemas de ensino. 
§ 5o A carga horária destinada ao cumprimento da Base Nacional Comum Curricular não 
poderá ser superior a mil e oitocentas horas do total da carga horária do ensino médio, 
de acordo com a definição dos sistemas de ensino. 
§ 6o A União estabelecerá os padrões de desempenho esperados para o ensino médio, que 
serão referência nos processos nacionais de avaliação, a partir da Base Nacional Comum 
Curricular. 
§ 7o Os currículos do ensino médio deverão considerar a formação integral do aluno, de 
maneira a adotar um trabalho voltado para a construção de seu projeto de vida e para 
sua formação nos aspectos físicos, cognitivos e socioemocionais. 
§ 8o Os conteúdos, as metodologias e as formas de avaliação processual e formativa serão 
organizados nas redes de ensino por meio de atividades teóricas e práticas, provas orais 
e escritas, seminários, projetos e atividades on-line, de tal forma que ao final do ensino 
médio o educando demonstre: 
I - domínio dos princípios científicos e tecnológicos que presidem a produção moderna; 
 II - conhecimento das formas contemporâneas de linguagem. 
Art. 36. O currículo do ensino médio será composto pela Base Nacional Comum Curricular 
e por itinerários formativos, que deverão ser organizados por meio da oferta de diferentes 
arranjos curriculares, conforme a relevância para o contexto local e a possibilidade dos 
sistemas de ensino, a saber: 
I - linguagens e suas tecnologias; 
II - matemática e suas tecnologias; 
III - ciências da natureza e suas tecnologias; 
IV - ciências humanas e sociais aplicadas; 
V - formação técnica e profissional. 
 
 
 
 
 
 
36 
 
 
Outra alteração significativa referente ao Ensino Médio, prevista na LDB a partir de 2008, 
conforme a Lei 11.741, é a Educação Profissional Técnica de Nível Médio. Vejamos, (BRASIL, 1996, 
p22): 
Art. 36-A. Sem prejuízo do disposto na Seção IV deste Capítulo, o ensino médio, atendida 
a formação geral do educando, poderá prepará-lo para o exercício de profissões técnicas. 
Parágrafo único. A preparação geral para o trabalho e, facultativamente, a habilitação 
profissional poderá ser desenvolvida nos próprios estabelecimentos de ensino médio ou em 
cooperação com instituições especializadas em educação profissional. 
Art. 36-B. A educação profissional técnica de nível médio será desenvolvida nas seguintes 
formas: 
I - articulada com o ensino médio; 
II - subsequente, em cursos destinados a quem já tenha concluído o ensino médio. 
Parágrafo único. A educação profissional técnica de nível médio deverá observar: 
I - os objetivos e definições contidos nas diretrizes curriculares nacionais estabelecidas pelo 
Conselho Nacional de Educação; 
II - as normas complementares dos respectivos sistemas de ensino; 
III - as exigências de cada instituição de ensino, nos termos de seu projeto pedagógico. 
(BRASIL, 1996, p.22) 
Diante dessa nova configuração, as coordenações pedagógicas das escolas, 
juntamente com os professores precisam repensar, mudar seus paradigmas no 
que se refere às áreas do saber, a fim de que haja um esforço para integrar os 
conhecimentos. 
Se informe um pouco mais sobre A BNCC do Ensino Médio. Acesse: 
https://youtu.be/kMqBSxXaEU4 
https://youtu.be/kMqBSxXaEU4
 
 
 
 
 
 
37 
 
 
 
Figura 14: Ensino Médio 
Fonte: http://portal.educacao.rs.gov.br/novo-ensino-medio 
Descrição: imagem de diversas setas curvas saindo de baixo para diversas direções. Ao lado delas está escrito NOVO 
ENSINO MÉDIO. 
 
 
3.2.1.2 Educação Superior 
A Educação Superior, também conhecida como Ensino Superior é o nível mais elevado 
dos sistemas educativos. Refere-se a uma educação realizada em universidades, faculdades, 
institutos politécnicos, escolas superiores ou outras instituições que conferem graus acadêmicos ou 
diplomas profissionais. 
Em 2011 foi criado o Pronatec - Programa Nacional de Acesso ao Ensino 
Técnico e Emprego, com o objetivo de expandir, interiorizar e democratizar a 
oferta de cursos técnicos e profissionais de nível médio, e de cursos de formação 
inicial e continuada para trabalhadores. Saiba mais acessando: 
http://sigeduca.seduc.mt.gov.br/pronatec/viewconteudo.aspx?1 
Outra iniciativa do governo é o Mediotec que busca fortalecer e ampliar a oferta 
de vagas gratuitas em cursos técnicos concomitantes para alunos regularmente 
matriculados no ensino médio nas redes públicas de educação, por meio do 
custeio da Bolsa Formação do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico 
e Emprego. Esclareça suas dúvidas sobre este programa, acessando: 
http://portal.mec.gov.br/mediotec/perguntas-frequentes-mediotec 
http://portal.educacao.rs.gov.br/novo-ensino-medio
http://sigeduca.seduc.mt.gov.br/pronatec/viewconteudo.aspx?1
http://portal.mec.gov.br/mediotec/perguntas-frequentes-mediotec
 
 
 
 
 
 
38 
Veremos agora como a LDB/96 estabelece as normas e critérios para a Educação Superior. 
Para tanto reservou-se um capítulo específico (Capítulo IV ) , compreendendo os artigos de 43 a 57. 
O Artigo 43 (BRASIL, 1996) vai definir as finalidades da Educação Superior. Dentre elas 
destacamos a estimulação e criação cultural e o desenvolvimento do espírito científico e do 
pensamento reflexivo, o incentivo ao trabalho de pesquisa e investigação científica, visando o 
desenvolvimento da ciência e da tecnologia e da criação e difusão da cultura, e, desse modo, 
desenvolver o entendimento do homem e do meio em que vive. Em 2015 a Lei 13.174, incluiu mais 
uma finalidade que é a atuação em favor da universalização e do aprimoramento da educação básica, 
mediante a formação e a capacitação de profissionais, a realização de pesquisas pedagógicas e o 
desenvolvimentode atividades de extensão que aproximem os dois níveis escolares. 
 
Figura 15: Educação Superior 
 Fonte: https://www.ufmg.br/ead/index.php/2017/10/02/ufmg-abre-selecao-para-pos-graduacao-em-gestao-de-
instituicoes-federais-de-educacao-superior/ 
Descrição: imagem com fundo azul claro. As figuras principais são um capelo de formatura(tipo de chapéu) e um 
diploma. Ao fundo há diversos desenhos de contorno branco: globo terrestre, lupa, relógio, calendário com a data 15, 
estrela, lápis etc. 
 
 
 
 
 
Nossa, quanta informação, não é mesmo? Que tal parar com sua leitura um 
pouquinho e assistir nossa videoaula? Depois retome a leitura, pois iremos ver 
agora as modalidades da educação. 
https://www.ufmg.br/ead/index.php/2017/10/02/ufmg-abre-selecao-para-pos-graduacao-em-gestao-de-instituicoes-federais-de-educacao-superior/
https://www.ufmg.br/ead/index.php/2017/10/02/ufmg-abre-selecao-para-pos-graduacao-em-gestao-de-instituicoes-federais-de-educacao-superior/
 
 
 
 
 
 
39 
3.2.2 Das Modalidades da Educação 
Bem, caro estudante, vimos anteriormente os níveis da educação, etapas e finalidades de 
forma detalhada. Vamos ver neste momento como são delimitadas as modalidades da educação na 
LDB/96. 
Fazem parte dessas modalidades a Educação de Jovens e Adultos (EJA), Educação Especial, 
Educação Profissional e Tecnológica. 
A Educação de Jovens e Adultos (EJA) é uma das modalidades mais populares da educação 
brasileira. Ela vai se originar da necessidade de escolarização de pessoas excluídas do processo, 
contudo ficou, inicialmente, conhecida como uma “educação de segunda classe” para as pessoas 
adultas oriundas de classes populares. 
Você se lembra da necessidade, no início do século XX, de se qualificar a mão de obra para 
que atuasse na indústria? Então, além disto, era primordial que houvesse uma diminuição dos 
números do analfabetismo. Estes dois fatores deram início ao processo para que o Estado oferecesse 
tal modalidade. 
Anteriormente conhecida como Supletivo, a EJA tem em sua concepção a inclusão social 
e oferta para aqueles que não tiveram oportunidades na idade própria de concluir a educação regular. 
A EJA está determinada na LDB, nos artigos 37 e 38. O Artigo 37 obteve nova redação pela Lei 13.632 
de 2018. 
Vejamos! 
Art. 37. A educação de jovens e adultos será destinada àqueles que não tiveram acesso ou 
continuidade de estudos nos ensinos fundamental e médio na idade própria e constituirá 
instrumento para a educação e a aprendizagem ao longo da vida. 
§ 1º Os sistemas de ensino assegurarão gratuitamente aos jovens e aos adultos, que não 
puderam efetuar os estudos na idade regular, oportunidades educacionais apropriadas, 
consideradas as características do alunado, seus interesses, condições de vida e de 
trabalho, mediante cursos e exames. 
§ 2º O Poder Público viabilizará e estimulará o acesso e a permanência do trabalhador na 
escola, mediante ações integradas e complementares entre si. 
§ 3o A educação de jovens e adultos deverá articular-se, preferencialmente, com a 
educação profissional, na forma do regulamento. 
 
 
 
 
 
 
40 
Art. 38. Os sistemas de ensino manterão cursos e exames supletivos, que compreenderão 
a base nacional comum do currículo, habilitando ao prosseguimento de estudos em 
caráter regular. 
§ 1º Os exames a que se refere este artigo realizar-se-ão: 
I - no nível de conclusão do ensino fundamental, para os maiores de quinze anos; II - no 
nível de conclusão do ensino médio, para os maiores de dezoito anos. 
§ 2º Os conhecimentos e habilidades adquiridos pelos educandos por meios informais 
serão aferidos e reconhecidos mediante exames. (BRASIL, 1996, p.23-24) 
 
 
Figura 16: Educação de Jovens e Adultos 
Fonte: https://srevarginha.educacao.mg.gov.br/index.php/2-uncategorised/304-eja-novos-rumos-inscricoes-abertas-
a-partir-do-dia-09-10-2020 
Descrição: um livro aberto do qual saem balões. Um deles na cor roxa está à esquerda e tem escrito EJA (Educação de 
Jovens e Adultos). No centro tem um balão vermelho com uma senhora vestida de azul, usando óculos e com um livro 
na mão. À direita tem um balão azul claro com um homem vestido de marrom com um livro na mão. 
 
De acordo com o Artigo 39 da LDB/96, do Capítulo III, a partir da alteração feita pela Lei 
nº 11.741, de 2008 a Educação Profissional e Tecnológica perpassa pelos diferentes níveis e 
modalidades de educação e às dimensões do trabalho, da ciência e da tecnologia. Esta modalidade 
abrange os cursos: 
• De formação inicial e continuada ou qualificação profissional; 
• De educação profissional técnica de nível médio; 
• De educação profissional tecnológica de graduação e pós-graduação. 
A LDB/96 prevê, ainda, no seu Art. 44 que, além dos cursos de graduação e de pós- 
graduação, esse nível de ensino contempla cursos sequências e de extensão, abertos a candidatos 
que atendam aos requisitos estabelecidos pelas instituições de ensino. 
https://srevarginha.educacao.mg.gov.br/index.php/2-uncategorised/304-eja-novos-rumos-inscricoes-abertas-a-partir-do-dia-09-10-2020
https://srevarginha.educacao.mg.gov.br/index.php/2-uncategorised/304-eja-novos-rumos-inscricoes-abertas-a-partir-do-dia-09-10-2020
 
 
 
 
 
 
41 
 
Figura 17: Educação Profissional e Tecnológica 
Fonte: https://cristinamonte.com.br/novas-diretrizes-aproximam-educacao-profissional-e-tecnologica-do-mundo-de-
trabalho/ 
Descrição: imagem de quatro pessoas executando seus respectivos trabalhos e na frente o nome EDUCAÇÃO 
PROFISSIONAL. 
 
A Educação Especial está disposta no Artigo 58 da LDB/96. Trata-se de uma modalidade 
de educação escolar oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos com 
deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação. 
Os Artigos 59 e 60 caracterizam-na, bem como as inúmeras legislações que foram 
necessárias para que o processo de inclusão pudesse acontecer. Mais recentemente em 2015 a Lei 
Brasileira de Inclusão da Pessoa, com Deficiência conhecida como Estatuto da Pessoa com Deficiência 
- Lei 13.146, que destina-se a assegurar e a promover, em condições de igualdade, o 
exercício dos direitos e das liberdades fundamentais por pessoa com deficiência, visando à sua 
inclusão social e cidadania. 
 
Portanto, os sistemas de ensino devem matricular os estudantes com deficiência, 
transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação nas classes comuns do 
ensino regular e no Atendimento Educacional Especializado (AEE), complementar ou suplementar à 
escolarização, ofertado em salas de recursos multifuncionais ou em centros de AEE da rede pública 
ou de instituições comunitárias, confessionais ou filantrópicas sem fins lucrativos. 
Saiba mais sobre a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência, 
acessando: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-
2018/2015/lei/l13146.htm 
https://cristinamonte.com.br/novas-diretrizes-aproximam-educacao-profissional-e-tecnologica-do-mundo-de-trabalho/
https://cristinamonte.com.br/novas-diretrizes-aproximam-educacao-profissional-e-tecnologica-do-mundo-de-trabalho/
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13146.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13146.htm
 
 
 
 
 
 
42 
 
Figura 18: Educação Especial 
Fonte: https://escolasecreches.com.br/educacao-especial-educacao-de-jovens-e-adultos/index.htm 
Descrição: representação de crianças formando um círculo e de mãos dadas, dentre as quais estão duas cadeirantes. 
 
A LDB/96 ainda prevê a Educação Indígena, a Educação Rural (ou de Campo) e a 
Educação a Distância. 
Quanto a Educação Indígena assegura que: 
Art. 78. O Sistema de Ensino da União, com a colaboração das agências federais de 
fomento à cultura e de assistência aos índios, desenvolverá programas integrados de 
ensino e pesquisa, para oferta de educação escolar bilíngue e intercultural aos povos 
indígenas, com os seguintes objetivos:I - proporcionar aos índios, suas comunidades e povos, a recuperação de suas memórias 
históricas; a reafirmação de suas identidades étnicas; a valorização de suas línguas e 
ciências; 
II - garantir aos índios, suas comunidades e povos, o acesso às informações, 
conhecimentos técnicos e científicos da sociedade nacional e demais sociedades indígenas 
e não-índias. (BRASIL, 1996, p.39) 
 
A Educação Rural está estabelecida no Artigo 28: 
Art. 28. Na oferta de educação básica para a população rural, os sistemas de ensino 
promoverão as adaptações necessárias à sua adequação às peculiaridades da vida rural e 
de cada região, especialmente: 
I - conteúdos curriculares e metodologias apropriadas às reais necessidades e interesses 
dos alunos da zona rural; 
 
II - organização escolar própria, incluindo adequação do calendário escolar às fases do ciclo 
agrícola e às condições climáticas; 
https://escolasecreches.com.br/educacao-especial-educacao-de-jovens-e-adultos/index.htm
 
 
 
 
 
 
43 
 
III - adequação à natureza do trabalho na zona rural. 
Parágrafo único. O fechamento de escolas do campo, indígenas e quilombolas será 
precedido de manifestação do órgão normativo do respectivo sistema de ensino, que 
considerará a justificativa apresentada pela Secretaria de Educação, a análise do 
diagnóstico do impacto da ação e a manifestação da comunidade escolar. (BRASIL, 1996, 
p. 14) 
 
Por fim temos a Educação a Distância. Embora esta modalidade possua uma legislação 
específica, é contemplada na LDB/96, em seu Art. 80. A Educação a Distância caracteriza-se pela 
mediação didático-pedagógica nos processos de ensino e aprendizagem que ocorrem com a 
utilização de meios e tecnologias de informação e comunicação, com estudantes e professores 
desenvolvendo atividades educativas em lugares ou tempos diversos. Você, querido(a) estudante, 
sabe bem do que estou falando, não é mesmo? 
Bem, chegamos ao fim de mais uma competência. Recomendo que você não deixe de 
assistir as videoaulas, de participar nos fóruns de debate e de dúvidas e de realizar as atividades 
propostas. 
Na próxima competência falaremos sobre o profissional de educação. 
Espero você lá! 
Até breve! 
 
 
 
 
 
 
 
44 
4.Competência 04 | Conhecer os Profissionais da Educação 
Caro(a) Estudante, que bom encontrar com você novamente! 
Na competência passada tivemos a oportunidade de analisar a LDB/96, aprofundando 
nossos conhecimentos sobre o TÍTULO V - Dos Níveis e das Modalidades de Educação e Ensino. 
Foram muitas informações, não é mesmo? Porém, espero que tenham sido bastante 
produtivas e que sejam aproveitadas em sua vida profissional. 
Na Competência 4 vamos falar sobre os profissionais da educação, bem como as 
formações iniciais e continuadas que os preparam para o exercício de suas funções na área 
educacional. 
Convido, você, a continuar nossa jornada ao conhecimento! 
Aceita? Então, prossigamos! 
 
4.1 A Legislação e a Formação do Profissionais da Educação 
Quando nos referimos aos profissionais de educação, logo pensamos nos professores, 
coordenadores e diretores de escola, não é verdade? 
No entanto, para que todo e qualquer sistema ou instituição escolar funcione de forma 
eficaz é necessário que haja toda uma equipe de colaboradores que, de acordo com suas funções, 
trabalham para o alcance do objetivo primordial, a aprendizagem e a formação integral do estudante. 
Quando verificamos uma experiência educacional é bem-sucedida em uma determinada 
unidade escolar (pública ou privada) não é raro percebermos que todos os profissionais estão 
engajados num único projeto, trabalhando colaborativamente para atingirem seu propósito. São 
diretores, coordenadores, professores, orientadores educacionais, supervisores pedagógicos, 
secretários escolares, inspetores de pátio, merendeiras, porteiros e pessoal de manutenção e 
limpeza, enfim todos são importantes e merecem nosso respeito e admiração. 
Em termos legais a LDB/96 destaca um título específico para os profissionais da educação. 
Trata-se do Título VI, que já obteve várias alterações de redações, desde 2009. 
No Art. 61 a referida Lei estabelece quais profissionais que podem atuar em educação 
( BRASIL, 1996, p.33 -34): 
 
 
 
 
 
 
45 
Art. 61. Consideram-se profissionais da educação escolar básica os que, nela estando em 
efetivo exercício e tendo sido formados em cursos reconhecidos, são: 
I – professores habilitados em nível médio ou superior para a docência na educação 
infantil e nos ensinos fundamental e médio; 
II – trabalhadores em educação portadores de diploma de pedagogia, com habilitação em 
administração, planejamento, supervisão, inspeção e orientação educacional, bem como 
com títulos de mestrado ou doutorado nas mesmas áreas; 
III – trabalhadores em educação, portadores de diploma de curso técnico ou superior em 
área pedagógica ou afim; 
IV - profissionais com notório saber reconhecido pelos respectivos sistemas de ensino, 
para ministrar conteúdos de áreas afins à sua formação ou experiência profissional, 
atestados por titulação específica ou prática de ensino em unidades educacionais da rede 
pública ou privada ou das corporações privadas em que tenham atuado, exclusivamente 
para atender ao inciso V do caput do art. 36; 
V - profissionais graduados que tenham feito complementação pedagógica, conforme 
disposto pelo Conselho Nacional de Educação; 
Parágrafo único. A formação dos profissionais da educação, de modo a atender às 
especificidades do exercício de suas atividades, bem como aos objetivos das diferentes 
etapas e modalidades da educação básica, terá como fundamentos: 
I - a presença de sólida formação básica, que propicie o conhecimento dos fundamentos 
científicos e sociais de suas competências de trabalho; 
II - a associação entre teorias e práticas, mediante estágios supervisionados e capacitação 
em serviço; 
III - o aproveitamento da formação e experiências anteriores, em instituições de ensino e 
em outras atividades. 
 
 
Figura 19: Formação Continuada 
Fonte: https://site.sorriso.mt.gov.br/noticia/prefeitura-municipal-abre-espaco-voltado-para-formacao-continuada-de-
professores-1447 
Descrição: a expressão “ FORMAÇÃO CONTINUADA “ em destaque e ao fundo um círculo formado por formas coloridas 
(verde, laranja, lilás e azul) 
 
https://site.sorriso.mt.gov.br/noticia/prefeitura-municipal-abre-espaco-voltado-para-formacao-continuada-de-professores-1447
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Podemos perceber que a LDB/96 utiliza de maneira muito apropriada a nomenclatura 
“profissional da educação escolar” para todos os docentes que ministram na Educação infantil, Ensino 
fundamental, Ensino Médio e Educação Superior. Contudo, há algumas especificidades no exercício 
do magistério que temos que observar. No Art.62 a Lei determina a formação inicial dos professores 
da Educação Básica: 
Art. 62. A formação de docentes para atuar na educação básica far-se-á em nível superior, 
em curso de licenciatura plena, admitida, como formação mínima para o exercício do 
magistério na educação infantil e nos cinco primeiros anos do ensino fundamental, a 
oferecida em nível médio, na modalidade normal. (BRASIL, 1996, p.34) 
A LDB/96 autoriza, ainda, profissionais de outras áreas e especialistas "com notório saber" 
a darem aulas nas escolas do país. Esta medida foi tomada com a intenção de ajudar a preencher 
lacunas na Educação Básica. Entretanto, esta atuação deve ser "reconhecida pelos respectivos 
sistemas de ensino" e restrita à formação técnica e profissional. 
 
Prezado (a) Estudante, cabe fazermos uma pausa para refletirmos sobre a atuação de 
profissionais com “notório saber” na educação. Esta é uma medida de caráter excepcional para 
reconhecimento público de conhecimento, minimizando o déficit de professores na rede pública e 
privada.

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