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1 189 Característica Classificação Mecânica de acumulação Por Ordem: quando a produção é feita por encomenda; Por processo: quando a produção é feita de forma contínua. Grau de absorção (dos CIP) Por absorção: quando os custos indiretos são transferidos aos produtos ou serviços; Exemplos: Custeio por absorção parcial, absorção pleno, ABC, RKW, etc. Direto: quando apenas os custos diretos são considerados no cálculo do custo do produto ou serviço. Momento de apuração Custo real: equivalem aos custos reais apurados no final do período; Custo orçado: representam o custo alocado ao produto mediante taxas predeterminadas de custos indiretos de produção; Custo padrão: custo cientificamente predeterminado, constituindo base para avaliação de desempenho efetivo. Representa o quanto o produto deveria custar. Classificação dos sistemas de custeio Bruni e Famá (2004) Modelos (Reflexão) Um modelo é uma representação simplificada da realidade Fonte: Bornia (2010) • Sempre pode ser melhorado para obtenção de um custo que melhor represente os recursos utilizados; • Lembre-se que um modelo mais complexo, com um grau de detalhamento maior, tende a ser mais oneroso; • Para a decisão sobre o grau de detalhamento da informação, deve ser analisado sua relação custo/benefício, que consiste em se comparar o benefício oriundo de uma certa informação com o custo (esforço) necessário para sua obtenção. • Assim, podemos concluir que nunca conseguiremos encontrar o “custo real”, mas tão somente chegar a um custo mais acurado. 191 Sistema de Custos por Absorção - Modelo PLANO DE CONTAS Custos Indiretos Aluguel Depreciação Supervisão Outros CI Custos Diretos MP MOD Outros CD Despesas Administrativas Vendas Financeiras Impostos Proporcionais ao lucro Proporcionais a receita RESULTADOS Custos de produtos Produto A Produto B Outros Demonstrações BP DRE Outras Custos de CC CC1 CC2 Outros Custos de CAD CAD1 CAD2 Outros OP Prod.A OP Prod.B OP Prod.A OP Prod.A PAA OP Prod.B PAB 2 192 Sistema de Custos por Absorção - Modelo PLANO DE CONTAS Custos indiretos Aluguel Depreciação Supervisão Outros CI Custos Diretos MP MOD Outros CD Despesas Administrativas Vendas Financeiras Impostos Proporcionais ao lucro Proporcionais a receita RESULTADOS Custos de produtos Produto A Produto B Outros Demonstrações BP DRE Outras Custos de CC CC1 CC2 Outros Custos de CAD CAD1 CAD2 Outros OP Prod.A OP Prod.B PAA PAB SISTEMAS DE CUSTEIO (apropriação de custos) CP = MP + MOD + CIP Base rateio ou Departº CUSTEIO POR ABSORÇÃO Atividades CUSTEIO ABC X Custos Estruturais; Custos da empresa e não do produto CUSTEIO DIRETO LÓGICA DE CÁLCULO: Elementos de Custos Fonte: Megliorini (2011) • Matéria-prima (materiais diretos): são os recursos que integram “fisicamente” os produtos, representando a parte “visível” do custo; • Mão de obra: é necessária para transformar as matérias-primas no produto. Aqui consideramos somente a mão de obra direta, isto é, que age sobre a matéria-prima de modo a modificá-la, dando origem ao produto; • Custos Indiretos de Produção (Fabricação): compreendem um grupo de elementos cujo consumo não é quantificado nos produtos; por isso, eles são apropriados aos produtos por meio de rateios. Matéria-prima MP Mão de obra direta MOD Custos Indiretos de Produção - CIP Custo do Produto 3 SISTEMAS DE CUSTEIO (apropriação de custos) • Conforme comentado anteriormente vamos trabalhar ao longo do nosso curso os principais sistemas de custeio: Absorção ou Tradicional, Direto ou Variável e o ABC; • A lógica de cálculo está no modelo apresentado acima onde vamos trabalhar cada uma das suas variáveis. Vamos começar trabalhando a Matéria Prima (MP). Ao final dessa aula, o aluno deverá ser capaz de: • Entender quais gastos fazem e quais não fazem parte do valor de custo dos materiais. • Descrever, em poucas palavras, os critérios de avaliação dos materiais: Preço Médio, PEPS e UEPS. • Compreender o tratamento contábil das perdas de materiais, dos subprodutos e das sucatas. • Entender o tratamento contábil dado ao IPI e ICMS contidos no valor das compras. Materiais DiretosMateriais Diretos OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM – Capítulo 10 Matéria-prima MP Mão-de-obra direta MOD Custos Indiretos de Produção - CIP Custo Primário Custo de Conversão ou Transformação Custo do Produto Elementos de Custos - MD Lembrem-se que estamos calculando o Custo do Produto 4 Matéria-prima Exemplo: Fonte: Megliorini (2011) Matéria-prima Produto Algodão Fios de Algodão Fios de Algodão Tecido Tecido Confecção de uma calça OBS: Para que a MP seja considerada custo direto, é necessário que seja quantificado o consumo, além de ela ter que integrar o produto. 199 Aspectos dos Materiais Diretos Considerações gerais: • Integram o custo dos materiais todos os sacrifícios incorridos até a sua utilização (Seguros, fretes, impostos de importação, armazenagem, etc.); • Descontos financeiros eventualmente aproveitados são considerados como receitas financeiras, ao invés de reduzir o próprio custo; 200 Aspectos dos Materiais Diretos Considerações gerais: • Descontos comerciais e abatimentos devem ser abatidos do preço de aquisição; • IPI e ICMS são impostos com características semelhantes porém com tratamento contábil diferente(IPI não integra a Receita Bruta, mas o ICMS sim) 5 201 Aspectos dos Materiais Diretos Considerações gerais: Tributos passíveis de recuperação (IPI e ICMS) • são pagos apenas uma vez, pelo consumidor final, sua lógica é: • Uma empresa vende seu produto e cobra os impostos do cliente, recolhendo-os para o governo. Portanto, esses impostos não integram sua receita; 202 Aspectos dos Materiais Diretos Considerações gerais: Tributos passíveis de recuperação (IPI e ICMS) • A empresa compradora utiliza o material na fabricação de seu produto, que também será vendido. Ao vendê-lo, cobra os impostos de seu cliente; • Eles são compensados pelo cliente/consumidor seguinte até atingir o consumidor final, que não terá como repassá-lo; desse modo constitui custo seu, por não compensá-lo. 203 Aspectos dos Materiais Diretos Considerações gerais: Tributos passíveis de recuperação (IPI e ICMS) Valor pago ao fornecedor (-) ICMS (+) Frete (-) ICMS sobre o frete (+) Seguro (+) Armazenagens (empresa industrial) (=) Custo do material (ou custo da compra) OBS: Se o material integrar a política de estoques da empresa, esse será o custo do material a ser ativado. Se for adquirido para aplicação específica em um produto, esse será o custo apropriado a ele. 6 204 Aspectos dos Materiais Diretos Critérios de Avaliação de Estoques: Preço Médio: Preço médio = 3 x 10 + 2 x 12 + 3 x 15 = 12,375 Custo da MP = 4 x 12,375 = $ 49,50 Estoque: 4 x 12,375 = $ 49,50 101010101010 1212 1212 1515 1515 1515 Qual o custo da matéria prima para Consumo de 4 unidades ? PEPS: Custo da MP = 3 x 10 + 1 x 12 = $ 42,00 Estoque: 1 x 12 + 3 x 15 = $ 57,00 UEPS: Custo da MP = 3 x 15 + 1 x 12 = $ 57,00 Estoque: 1 x 12 + 3 x 10 = $ 42,00 Durante o período ocorreram os seguintes eventos de Compra de MP: • Compra de 3 unidades da MPX ao custo de R$ 10,00/unid.; • Compra de mais 2 unidades da MPX ao custo de R$ 12,00/unid. • Compra de mais 3 unidades da MPX ao custo de R$ 15,00/unid. DICAS: • Preço médio: nada mais é que a média aritmética dos itens estocados (como por exemplo, uma MP qualquer). No exemplo temos 3 unidades que entraram, inicialmente, no estoque de MP por R$ 10,00/unid. totalizando R$ 30,00 (valor total do 1º lote estocado); posteriormente, foram estocadas 2 unidades a R$ 12,00/unid. totalizando R$ 24,00 (valor total do 2º lote estocado) e, finalmente, foram estocadas mais 3 unidades a R$ 15,00/unid. totalizando R$ 45,00 (valor total do 3º lote estocado). No final desse período foram estocadas 8 unidades (3+2+3) de MP (a MP de cada um dos lotes é a mesma) ao custo total de R$ 99,00 (30+24+45), o que da um preço médio de R$ 12,375, ou seja, R$ 99,00/8unid.Métodos de Avaliação de Estoque: 1º lote estocado: 3 unidades de MP a R$ 10,00/unid. Valor total do lote R$ 30,00 2º lote estocado: 2 unidades de MP a R$ 12,00/unid. Valor total do lote R$ 24,00 3º lote estocado: 3 unidades de MP a R$ 15,00/unid. Valor total do lote R$ 45,00 DICAS: • Preço médio móvel: nada mais é que a média aritmética dos itens estocados (como por exemplo, uma MP qualquer) em cada período que houver movimentação (entrada ou saída de MP). No exemplo temos 3 unid. que entraram, inicialmente, no estoque de MP por R$ 10,00/unid. totalizando R$ 30,00 (valor total do 1º lote estocado); posteriormente, foram estocadas mais 2 unid. a R$ 12,00/unid. totalizando R$ 24,00 (valor total do 2º lote estocado). O preço médio móvel, nesse momento, é de R$ 10,80/unid., ou seja, R$ 54,00/5unid. Que são as 5 unid. (3+2) ao preço total de R$ 54,00 (30+24); Posteriormente, foram estocadas mais 3 unid. a R$ 45,00. Com essa nova movimentação o preço médio móvel do meu estoque ficou em R$ 12,375, ou seja, R$ 99,00/8unid. Que são as 8 unid. (5+3) ao preço total de R$ 99,00 (54 + 45). Métodos de Avaliação de Estoque: 1º lote estocado: 3 unidades de MP a R$ 10,00/unid. Valor total do lote R$ 30,00 2º lote estocado: 2 unidades de MP a R$ 12,00/unid. Valor total do lote R$ 24,00 3º lote estocado: 3 unidades de MP a R$ 15,00/unid. Valor total do lote R$ 45,00 7 DICAS: • PEPS (Primeiro que Entra, Primeiro que Sai: nada mais é que seguir a regra: Primeiro lote de MP que Entra é o Primeiro lote de MP que Sai, ou seja, enquanto tiver MP desse lote são esses os valores que utilizo como valor da MP empregada no processo produtivo. Só começo a utilizar MP do outro lote quando esse 1º lote acabar. No nosso exemplo tivemos a requisição de 4 unidades de MP. Qual o valor monetário dessa MP empregada (4unid.)? • Seguindo a regra PEPS, temos: 3 unidades do primeiro lote a R$ 10,00 + 1 Unidade do 2º lote a R$ 12,00 perfazendo um total de 4 unidades (3+1) consumidas no processo ao valor total de R$ 42,00 (30+12). Ou seja, o processo produtivo consumiu R$ 42,00 de MP. Métodos de Avaliação de Estoque: 1º lote estocado: 3 unidades de MP a R$ 10,00/unid. Valor total do lote R$ 30,00 2º lote estocado: 2 unidades de MP a R$ 12,00/unid. Valor total do lote R$ 24,00 3º lote estocado: 3 unidades de MP a R$ 15,00/unid. Valor total do lote R$ 45,00 DICAS: • UEPS (Ultimo que Entra, Primeiro que Sai: nada mais é que seguir a regra: Ultimo lote de MP que Entra é o Primeiro lote de MP que Sai, ou seja, enquanto tiver MP desse lote são esses os valores que utilizo como valor da MP empregada no processo produtivo. Só começo a utilizar MP do outro lote quando esse acabar. No nosso exemplo tivemos a requisição de 4 unidades de MP. Qual o valor monetário dessa MP empregada (4unid.)? • Seguindo a regra UEPS, temos: 3 unidades do último lote (3º) a R$ 45,00 + 1 Unidade do 2º lote a R$ 12,00 perfazendo um total de 4 unidades (3+1) consumidas no processo ao valor total de R$ 57,00 (45+12). Métodos de Avaliação de Estoque: 1º lote estocado: 3 unidades de MP a R$ 10,00/unid. Valor total do lote R$ 30,00 2º lote estocado: 2 unidades de MP a R$ 12,00/unid. Valor total do lote R$ 24,00 3º lote estocado: 3 unidades de MP a R$ 15,00/unid. Valor total do lote R$ 45,00 Critérios de Avaliação de Estoques: Exemplo: Qual o custo da matéria prima consumida ? Preço médio móvel: Dia 17: Preço médio do estoque = 33.300 / 3000 = 11,11 Custo da MP consumida = 2.200 kg x $ 11,11 = $ 24.420 Dia 29: Preço médio do estoque = (800 x 11,11 + 15.600)/2.000 = 12,24 Custo da MP consumida = 1.000 kg x 12,24 = $ 12.240 Matéria prima consumida no mês = $ 24.420 + $ 12.240 = $ 36.660 Estoque final = 1000 x 12,24 = $ 12.240 Ficha de Estoque do Produto “N” Compras Utilização Dia Quantidade (kg) Preço unitário $ Total $ Quantidade (kg) 3 1.000 10,00 10.000 15 2.000 11,65 23.300 17 2.200 23 1.200 13,00 15.600 29 1.000 8 Critérios de Avaliação de Estoques: Exemplo: Qual o custo da matéria prima consumida ? Preço médio fixo: Preço médio do estoque do mês = 48.900 / 4200 = 11,643 Dia 17: Custo da MP consumida = 2.200 kg x $ 11,643 = $ 25.614 Dia 29: Custo da MP consumida = 1.000 kg x 11,643 = $ 11.643 Matéria prima consumida no mês = $ 25.614 + $ 11.643 = $ 37.257 Estoque final = 1000 x 11,643 = $ 11.643 Ficha de Estoque do Produto “N” Compras Utilização Dia Quantidade (kg) Preço unitário $ Total $ Quantidade (kg) 3 1.000 10,00 10.000 15 2.000 11,65 23.300 17 2.200 23 1.200 13,00 15.600 29 1.000 Critérios de Avaliação de Estoques: Exemplo: Qual o custo da matéria prima consumida ? PEPS: Dia 17: Custo da MP consumida = 1.000 kg x $ 10 = $ 10.000 1.200 kg x $ 11,65 = $ 13.980 Dia 29: Custo da MP consumida = 800 kg x $ 11,65 = $ 9.320 200 kg x $ 13 = $ 2.600 Matéria prima consumida no mês = $ 35.900 Estoque final = 1000 x 13 = $ 13.000 Ficha de Estoque do Produto “N” Compras Utilização Dia Quantidade (kg) Preço unitário $ Total $ Quantidade (kg) 3 1.000 10,00 10.000 15 2.000 11,65 23.300 17 2.200 23 1.200 13,00 15.600 29 1.000 Critérios de Avaliação de Estoques: Exemplo: Qual o custo da matéria prima consumida ? UEPS: Dia 17: Custo da MP consumida = 2.000 kg x $ 11,65 = $ 23.300 200 kg x $ 10,00 = $ 2.000 Dia 29: Custo da MP consumida = 1.000 kg x $ 13,00 = $ 13.000 Matéria prima consumida no mês = $ 38.300 Estoque final = 800 x 10 + 200 x 13 = $ 10.600 Ficha de Estoque do Produto “N” Compras Utilização Dia Quantidade (kg) Preço unitário $ Total $ Quantidade (kg) 3 1.000 10,00 10.000 15 2.000 11,65 23.300 17 2.200 23 1.200 13,00 15.600 29 1.000 9 Critérios de Avaliação de Estoques: 34.500 35.000 35.500 36.000 36.500 37.000 37.500 38.000 38.500 M édia móvel Média fixa PEPS UEPS Custo MP OBS: O método UEPS, por apropriar custos mais recentes aos produtos causa uma redução no lucro e, por isso, não é admitido pela legislação brasileira do IR. Ver Pronunciamento Técnico CPC 16. FRETE: CIF E FOBFRETE: CIF E FOB Fazem parte dos Incoterms (Termos internacionais de comércio) que são normas definidas para trocas comerciais internacionais. CIF (Cost, Insurance and Freight): “Custo, Seguros e Frete”. Pago pelo fornecedor. FOB (Free On Board): “Livre a bordo”. Pago pelo comprador. 215 Aspectos dos Materiais Diretos Tratamento das perdas de materiais: • Perdas normais: • Inerentes ao processo de fabricação, previsíveis; • Consideradas como custo do produto fabricado. • Perdas Anormais: • Ocorrem de forma involuntária; • Consideradas como perdas do período. Tratamento dos subprodutos e sucatas: • Subprodutos: •Nascem de forma normal, com venda estável, mas com participação pequena no faturamento total; • Não são custeados e sua receita é abatida do custo dos produtos. • Sucatas: • venda esporádica; • Não recebem custos e sua venda é considerada como outras receitas operacionais. 10 216 Aspectos dos Materiais Diretos • Subprodutos: •Nascem de forma normal, com venda estável, mas com participação pequena no faturamento total; • Não são custeados e sua receita é abatida do custo dos produtos. • Sucatas: • venda esporádica; • Não recebem custos e sua venda é considerada como outras receitas operacionais. Considerações Finais: Se não existir a mencionada estabilidade quanto à comercialização desses itens ou por existência apenas eventual dos compradores ou pela flutuação e até inexistência às vezes de preço de venda, abandona-se esse procedimento, e os materiais passam a se tratados como sucatas. PRODUÇÃO CONJUNTA Conteúdo adicional COPRODUTO Classificação MOD CIP M P Óleo, gasolina, querosene, etc. O caso do piso de caquinhos: Pode algo quebrado valer mais que a peça inteira? Aparentemente não. Mas no Brasil já aconteceu isto, talvez pela primeira vez na história da humanidade. Lajota cerâmica quadrada (algo como 20x20cm). Essas lajotas eram produzidas nas cores vermelha (a mais comum e mais barata), amarela e preta. Era usada para piso de residências de classe média oucomércio. No processo industrial da época, sem maiores preocupações com qualidade, aconteciam muitas quebras e esse material quebrado sem interesse econômico era juntado e enterrado em grandes buracos. CURIOSIDADE – PARA REFLEXÃO 11 O caso do piso de caquinhos: Um dos empregados da cerâmica que estava terminando sua casa não tinha dinheiro para comprar o cimento para cimentar todo o seu terreno e lembrou dos caquinhos. Ele pediu para recolher parte dos caquinhos e usar na pavimentação do terreno de sua nova casa. Claro que a cerâmica topou na hora e ainda deu o transporte; Mas o belo é contagiante e a solução começou a virar moda em geral e até jornais noticiavam a nova mania paulistana; Como a procura começou a crescer a diretoria comercial da cerâmica descobriu ali uma fonte de renda e passou a vender, a preços módicos, os cacos cerâmicos. CURIOSIDADE – PARA REFLEXÃO O caso do piso de caquinhos: A onda do caquinho cerâmico cresceu e cresceu e cresceu e, acreditem quem quiser, começou a faltar caquinho cerâmico que começou a ser tão valioso como a peça integra e impoluta. Aconteceu o inacreditável. Na falta de caco as peças inteiras começaram a ser quebradas pela própria cerâmica. E é claro que os caquinhos subiram de preço, ou seja, o metro quadrado do caquinho era mais caro que o metro quadrado da peça inteira… Assim, um produto economicamente negativo passou a ser um produto sem valor comercial (sucata), depois um produto com algum valor comercial (subproduto) até valer mais que o produto original (coproduto). CURIOSIDADE – PARA REFLEXÃO • Integram o custo dos Materiais todos os sacrifícios incorridos até sua utilização: impostos de importação, fretes, seguros, armazenagem, recepção etc. • Vários critérios existem para avaliar o custo dos materiais: Preço Médio (várias modalidades), PEPS, UEPS e suas combinações. • Todos os critérios são tecnicamente corretos, mas o Preço Médio Ponderado Fixo (se calculado com base em um período superior ao giro normal do estoque) e o UEPS não são aceitos fiscalmente no Brasil e o UEPS não é aceito pelo Pronunciamento Técnico CPC 16. Materiais Diretos _ ResumoMateriais Diretos _ Resumo 12 • As Perdas normais integram o custo dos produtos, enquanto as anormais não são incluídas nos custos da produção, mas jogadas diretamente para o Resultado. • Os subprodutos têm sua receita considerada como redução do custo dos produtos; as sucatas as têm consideradas como receitas extraordinárias. Ambos não recebem custos de produção. • O IPI e o ICMS têm, de fato, funcionamento análogo e devem ser contabilizados também igualmente. Entretanto, por imposição legal e fiscal, precisam de tratamentos contábeis diferentes. Materiais Diretos _ ResumoMateriais Diretos _ Resumo • O IPI não integra a Receita Bruta, mas o ICMS sim; neste caso, o valor adicional é deduzido imediatamente para se ter a Receita Líquida. • Na inflação alta, o custo de aquisição dos materiais deveria ser o valor presente do pagamento futuro e a diferença deveria ser tratada fora do custo de produção, como parte de uma operação financeira. Receita Bruta (-) Impostos Proporcionais Receita Líquida (-) CPV Lucro Bruto (-) Despesas LAIR Materiais Diretos _ ResumoMateriais Diretos _ Resumo Aspectos dos Materiais Diretos Abordagem Lógica : Produção de móvel por encomenda MP Madeira Abordagem 1: empresa comercializa o subproduto CP Móvel = MP + MOD + CIP - PVSubproduto = R$ 900,00 Abordagem 2: empresa utiliza o subproduto na produção de compensado (MOD + CIP) = R$ 300,00 CP Compensado = MP + MOD + CIP = R$ 300,00 (forma errada) CP Compensado = MP + MOD + CIP = R$ 400,00 (forma correta) Serragem (subproduto) PV = R$ 100,00 Móvel (produto) CP = R$ 1.000,00 Toquinho (sucata) 13 225 Exercício proposto A Metalúrgica Redonda produz arruelas de aço em dois tamanhos: grandes e pequenas, conforme figura abaixo. Sobra externa Arruela grande Arruela pequena Sobra interna • O peso da pequena é metade do da grande; com 300gr MP se produz uma de cada. • O corte de ambas é realizado simultaneamente em uma prensa que custou $480.000 e que tem vida útil estimada de 10.000 hs operação. • Essa máquina corta, em média, 600 arruelas/h de cada tamanho. A sobra de material corresponde ao peso da arruela pequena, tem mercado firme e é vendida normalmente a $3/kg. • Após a fase de corte, as arruelas são enviadas para outra empresa, que as niquela e embala, devolvendo-as prontas para venda. 226 Exercício proposto • Em determinado período, foram produzidas 4.800 caixas de cada tamanho (com 50 unidades cada) incorrendo nos seguintes custos: • MP: 72.000 kg de chapa de aço a $12/kg (já desc. os impostos) • Niquelagem: $ 10/kg de MP • Embalagem: $2,00 e $1,50 p/ arruelas gde e peq. respectivamente • MOD: $ 360.000 (já incluídos os encargos) • Depreciação da prensa: de acordo com sua vida útil Pede-se calcular os seguintes custos por embalagem de cada arruela: a) matéria-prima (chapa de aço); b) beneficiamento (Niquelagem); c) mão-de-obra direta; d) depreciação; e e) total. 227 Exercício proposto - resolução a) Matéria-prima: Com 300gr de Mp 1 arruela grande 1 arruela pequena Peso da arruela grande = 2 vezes o da arruela pequena e ainda, Sobra = Peso da arruela pequena Em 300gr de Mp, obtém-se: 1 grande: 300g / 2 = 150 gr 1 pequena: 150g / 2 = 75 gr sobra = peso pequena = 75 gr Total de arruelas produzidas: 72.000 kg / 0,3 kg = 240.000 de cada Sobra MP: 240.000 x 0,075 kg = 18.000 kg a $ 3,00/ kg = $ 54.000 Sobra = subproduto e reduz o preço da MP 14 228 Exercício proposto - resolução a) Matéria-prima: Custo MP = (72.000 x 12/kg) – (18.000 x 3/kg) = $ 810.000 Custo/kg de MP = $ 810.000 /((240.000 x 0,15kg) + (240.000 x 0,075 g)) Custo/kg de MP contida em cada arruela = $ 15/kg Arruela grande = 0,15kg x $15/kg x 50 un. = $ 112,50 Arruela pequena = 0,075kg x $15/kg x 50 un. = $ 56,25 Ou simplesmente: Custo/kg de MP = $ 810.000/ 54.000 = 15/kg 54.000 229 Exercício proposto - resolução b) Niquelagem: Arruela grande = 0,15kg x $10/kg x 50 un. = $ 75,00 Arruela pequena = 0,075kg x $10/kg x 50 un. = $ 37,50 c) MOD: igual para as duas arruelas Arruela grande = 0,75/un. x 50 un. = $ 37,50 Arruela pequena = 0,75/um. x 50 un. = $ 37,50 MOD = $ 360.000 / (4.800 x 50 x 2) = $ 0,75/arruela Ou simplesmente MOD = $ 360.000 / (480.000) = $ 0,75/arruela Ou ainda MOD = $ 360.000 / 9.600 = $ 37,50/cx. 230 Exercício proposto - resolução d) Depreciação: igual para os dois tamanhos Depreciação = $ 480.000 / 10.000 hs = $ 48,00/h H/Prod = 480.000 arruelas / (1.200 arruelas/h) = 400 hs Deprec. = $ 48,00/h x 400 h = $ 19.200/ 480.000 un. = $ 0,04/un. Arruela grande = 0,04/un. x 50 un. = $ 2,00 Arruela pequena = 0,04/un. x 50 un. = $ 2,00 e) Total: Arruela grande = 112,50 + 75 + 37,50 + 2 + 2 = $ 229,00/caixa Arruela pequena = 56,25 + 37,50 + 37,50 + 2 + 1,50 = $ 134,75/caixa Ou simplesmente Depreciação = $ 19.200/ 9.600 cx. = $ 2,00/cx. 15 231 Exercício 10.1 231 Assinale a alternativa correta: 1. Na contabilidade financeira, o material direto utilizado no processo de produção deve ser apropriado aos bens ou aos serviços pelo: a) Custo de mercado b) Mercado corrigido c) Custo histórico d) Valor de mercado e) Custo de reposição 2. Com relação aos materiais, os maiores problemas encontrados nas empresas referem-se à (ao): a) Avaliação e programação b) Avaliação e divulgação c) Controle e competência d) Avaliação e controle e) Avaliação e rateio 232 Exercício 10.1 232 Assinale a alternativa correta: 3. Para fins societários e tributários, os critérios de valoração do custo de materiais, no Brasil, são: a) Custo médio ponderado móvel e UEPS. b) Custo médio ponderado fixo e PEPS. c) PEPS e Custo médio ponderado móvel. d) UEPS e Custo médio ponderado fixo. e) Custo médio ponderado móvel e fixo. 4. Suponha um período de preços em ascensão. O que acontece ao substituir o critério de custo médio pelo PEPS? a) Lucroaumenta e estoque diminui. b) Lucro aumenta e estoque aumenta. c) Custo aumenta e lucro diminui. d) Custo diminui e lucro diminui e) Custo diminui e estoque diminui 233 Exercício 10.1 233 Assinale a alternativa correta: 5. Suponha um período de preços em ascensão. O que acontece ao substituir o critério de custo médio pelo UEPS? a) Lucro aumenta e estoque diminui. b) Lucro aumenta e estoque aumenta. c) Custo aumenta e lucro diminui. d) Custo diminui e lucro aumenta e) Custo diminui e estoque diminui Exercício 10.2 A Olaria Tamoio produz tijolos especiais de dois tipos para decoração de ambientes: com dois furos e com seis furos. Os principais dados relativos a sua produção são os seguintes: 16 Exercício 10.2 • O terreno do qual retira a MP foi adquirido por R$ 160.000 e seu valor residual é estimado em R$ 10.000; foi prevista extração de 30.000Kg de barro. • Os equipamentos utilizados na produção custaram R$ 180.000 e sua vida útil é estimada em 20 anos; nesse valor estão inclusos R$ 42.000 relativos ao equipamento específico para produzir o tijolo de seis e R$ 18.000 para o de dois furos, sendo que os demais equipamentos são comuns. • A MOD é a mesma para os dois produtos e o tempo necessário é o mesmo, por unidade. • 5% do volume total processado normalmente se estraga durante o cozimento. Em determinado mês foram retirados 600Kg de barro e comprados 10 caminhões de uma terra especial para mistura, ao preço de R$ 240/caminhão. 234 Exercício 10.2 O custo da mão-de-obra utilizada no referido mês foi de R$ 26.400. Com todo esse material e mão-de-obra direta foram moldados 4.200 tijolos de seis furos e 2.400 de dois, antes da fase de cozimento. O barro e terra necessários para produzir cinco tijolos de dois furos são equivalentes à produção de sete tijolos de seis furos. Pede-se calcular: a e b) O valor do custo da MP para cada um dos tijolos. c e d) O valor do custo da MOD para cada um dos tijolos. e e f) O valor do custo direto de depreciação de cada um dos tijolos. g e h) O valor dos CIP para cada um dos tijolos, rateando à base de MP. i) O custo de produção de cada tipo de tijolo por milheiro. 235 Exercício 10.2 Banco de dados: Valor do terreno (MP): (160.000 – 10.000)/30.000kg = R$ 5,00/kg Valor dos equipamentos: R$ 180.000,00 R$ 42.000 CE6 furos R$ 18.000 CE2 furos R$ 120.000 CComuns R$ 120.000/20 = R$ 6.000/ano = R$ 500,00/mês Barro consumido (MP): 600kg*R$ 5,00 = R$ 3.000,00 Terra consumida (MP): 10*R$ 240,00 = R$ 2.400,00 Total MP consumida: = R$ 5.400,00 MOD utilizada: R$ 26.400,00 Produção: 4.200 T6 furos e 2.400 T2 furos Informação adicional: 7 T6 furos = 5 T2 furos 17 Exercício 10.2 Custo MP Tijolo 2 furos: Se 7T 6 furos = 5T2 furos então: 4.200 T 6 furos X T 2 furos 7 T 6 furos 5 T 2 furos X = 3.000 T 2 furos Logo os R$ 5.400,00 de MP foram consumidos pela produção equivalente de 3.000 + 2.400 = 5.400 tijolos de 2 furos, portanto MP Tijolo de 2 furos = 5.400,00/5.400 = R$ 1,00/tijolo ou R$ 1,00*2.400 T 2 furos = R$ 2.400,00 Custo MOD Tijolo 2 furos: MOD = R$ 26.400/(4.200T 6 furos + 2.400T2 furos) = R$ 4,00/tijolo ou R$ 4,00*2.400 = R$ 9.600,00 Exercício 10.2 Custo da Depreciação Específica do Tijolo 2 furos: 500 5.400 unidades X 2.400 unidades X = R$ 222,22 p/ T2 furos Depreciação específica = R$ 18.000/240 meses = R$ 75,00/mês Custo da Depreciação Comum para o Tijolo 2 furos: Tijolos 2 furos 6 furos MP 2.400,00 3.000,00 MOD 9.600,00 16.800,00 CIP Custos Específicos 75,00 175,00 Custos Comuns 222,22 277,77 TOTAL 12.297,22 20.257,77 Custo de Produção Exercício 10.2 Tijolos 2 furos 6 furos MP 2.400,00 3.000,00 MOD 9.600,00 16.800,00 CIP Custos Específicos 75,00 175,00 Custos Comuns 222,22 277,77 TOTAL 12.297,22 20.257,77 Quantidade Produzida 2.400*0,95 = 2.280 4.200*0,95 = 3.990 Custo por milheiro R$ 5.393,52 R$ 5.075,88 Custo de Produção 18 240 Exercício 10.3 Dia Consumo Quantidade Preço Total Quantidade 4 90 1,10 99,00 11 20 14 42 1,32 55,44 17 18 24 60 1,28 76,80 29 54 Total 192 231,24 92 Compra Durante o mês a empresa Doceria Formiga comprou e consumiu diferentes quantidades de matéria prima: Caso utilizasse o UEPS teria tido um lucro bruto na venda de seus produtos de $3.950,00. Os demais custos incorridos (MOD, CIP) totalizaram $ 4.135,12? • Qual seria o lucro bruto se ela utilizasse o PEPS, Custo médio ponderado móvel e custo médio ponderado fixo? • Qual a razão da não aceitação do UEPS por parte do fisco no Brasil? 241 Exercício 10.3 UEPS (LIFO) Consumo = 20 x 1,10 + 18 x 1,32 + 54 x 1,28 = $ 114,88 Receita da empresa = 4.135,12 + 114,88 + 3.950,00 = $ 8.200,00 PEPS (FIFO) Consumo = 20 x 1,10 + 18 x 1,10 + 52 x 1,10 + 2 x 1,32 = $ 101,64 Lucro da empresa = 8.200,00– 101,64 – 4.135,12 = $ 3.963,24 Dia Consumo Quantidade Preço Total Quantidade 4 90 1,10 99,00 11 20 14 42 1,32 55,44 17 18 24 60 1,28 76,80 29 54 Total 192 231,24 92 Compra 242 Exercício 10.3 Custo médio ponderado móvel Consumo = 20 x 1,10 + 18 x 1,18 + 54 x 1,22 = $ 109,12 Lucro da empresa = 8.200,00 - 109,12 – 4.135,12 = $ 3.955,76 Custo médio ponderado fixo Consumo = 92 x (231,24/192) = 92 x 1,20 = $ 110,40 Lucro da empresa = 8.200 – 110,40 – 4.135,12 = $ 3.954,48 Dia Consumo Quantidade Preço Total Quantidade 4 90 1,10 99,00 11 20 14 42 1,32 55,44 17 18 24 60 1,28 76,80 29 54 Total 192 231,24 92 Compra 19 243 Exercício 10.4 A empresa Reggio produz metais sanitários em latão e seu processo de produção tem as seguintes características-padrão, no que se refere à matéria-prima: • Na primeira fase do processo, que é a fundição, cerca de 5% do peso do material normalmente se evaporam; os 95% restantes seguem para usinagem; • Na fase de usinagem sobram pontas e rebarbas de cerca de 5% do peso do material que veio da fundição. Essas sobras têm preço firme de mercado: R$ 2,00/Kg e são vendidas normalmente (sem incidência de tributos). Em determinado período, a empresa adquiriu 16.000 Kg de MP (latão) por R$ 80.000,00, incluídos 18% de ICMS, recuperáveis. Esse material foi totalmente introduzido na fundição. Pede-se calcular o valor total do custo da MP a ser considerado nos produtos desse lote. Exercício 10.4 Custo da MP gasta no processo Custo da MP gasta na fundição: 0,82*80.000 = R$ 65.600,00 Peso da MP transferida p/ usinagem: 0,95*16.000 = 15.200 Kg Peso da MP que sobra na usinagem: 0,05*15.200= 760 Kg Receita da venda das sobras: 2,00*760 = R$ 1.520,00 Custo da MP gasta no processo: 65.600 – 1.520 = R$ 64.080 Uma empresa do ramo de comunicações edita e imprime duas revistas, sendo uma mensal e uma semanal. As páginas são impressas em processo off-set (sistema de gravação em chapas, com alta definição) e as capas em retogravura (sistema de gravação em cilindros); o acabamento da revista mensal é em lombada quadrada e o da semanal em lombada canoa. Os principais dados relativos aos materiais são demonstrados nas tabelas a seguir, sendo que só o papel é importado: Tabela 1 Tiragem normal, em número de exemplares. Tabela 2 Quantidade (líquida de perdas) de material, por exemplar. Revista Tiragem Periodicidade Nº de páginas Moderna 10.000 Mensal 80 Weekly 15.000 Semanal 60 Materiais Papel cuchê Papel Supercal. Tinta Impr. Grampos Cola Moderna 160gr. 30gr. 0,30 lt. -x- 10gr. Weekly 120gr. 30gr. 0,25 lt. 2 -x- EXERCÍCIO IV- P/ ser entregue no SIGGA até o dia 26/04 20 Tabela 3 Preço FOB do papel , por tonelada. Tabela 4 Gastos relacionados à importação, por tonelada. Outros dados: • do papel introduzido na máquina, 10% se perdem normalmente para ajuste da impressora; não há perda nos outros materiais; Frete internacional US$ 12/ton. Seguro internacional US$ 9/ton. Taxa de anuência $ 100 Honorários do despachante $ 940 Taxa de emissão de Declaração de Importação (DI) $ 40 Imposto de importação 2% Papel Preço bruto Papel Couchê (para as páginas) US$ 800/ton. Papel supercalandrado (para capas)US$ 780/ton. EXERCÍCIO IV- P/ ser entregue no SIGGA até o dia 26/04 Tabela 5 Outros gastos relativos ao custo do papel Tabela 6 Dados relativos aos preços dos outros materiais • a MP principal (papel) é importada em partidas mensais, na quantidade necessária para um mês de consumo; • a taxa de câmbio a ser utilizada é de R$ 2,50/dólar americano; por ter similar nacional, a importação de papel é tributada; e o imposto de importação, não recuperável, incide sobre o preço FOB acrescido de todos os outros gastos relacionados à importação; e • no preço final do material nacional estão inclusos 20% de tributos recuperáveis. Considerando quatro semanas por mês, pede-se calcular: a) O custo de cada material; e b) O custo do material contido em cada revista, por exemplar. Frete e seguro locais $ 7,30/ton. Armazenagem $ 4,70/ton. Material Preço Bruto Tinta $ 7,50/lt. Grampos $ 0,05/un. Cola $ 0,50/kg. EXERCÍCIO IV- P/ ser entregue no SIGGA até o dia 26/04 SISTEMAS DE CUSTEIO (apropriação de custos) • Conforme comentado anteriormente vamos trabalhar ao longo do nosso curso os principais sistemas de custeio: Absorção ou Tradicional, Direto ou Variável e o ABC; • A lógica de cálculo está no modelo apresentado acima onde vamos trabalhar cada uma das suas variáveis. Agora vamos trabalhar a MOD Mão de Obra Direta (MOD) 21 Matéria-prima MP Mão de obra direta MOD Custos Indiretos de Produção - CIP Custo Primário Custo de Conversão ou Transformação Custo do Produto Elementos de Custos - MOD Lembrem-se que estamos calculando o Custo do Produto Ao final dessa aula, o aluno deverá ser capaz de: • Compreender o tratamento dado pela Contabilidade de Custos a Mão de Obra Direta. • Descrever o que, normalmente, integra o Custo de Mão de Obra Direta. • Entender a importância da correta definição de Mão de Obra Direta. • Compreender a natureza do custo com encargos sociais e seu impacto no custo de mão de obra. Mão de Obra DiretaMão de Obra Direta OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM – Capítulo 11 Mão-de-Obra Direta (MOD)Mão-de-Obra Direta (MOD) Considerações iniciais: Exemplo: Um soldador que recebe R$ 4,00/hora trabalhada e apontasse 3 horas de atividades no produto X, qual o custo da mão-de-obra direta recebida pelo produto? R$ 12,00 Agindo dessa maneira, estaríamos considerando: Que o custo da MOD refere-se somente ao salário dos funcionários; Que esse custo refere-se somente às horas apontadas nos dias em que os funcionários comparecem à empresa. 22 Mão-de-Obra Direta (MOD)Mão-de-Obra Direta (MOD) Considerações iniciais: Exemplo: Um soldador que recebe R$ 4,00/hora trabalhada e apontasse 3 horas de atividades no produto X, qual o custo da mão-de-obra direta recebida pelo produto? R$ 12,00 Estaríamos desconsiderando os encargos sociais e trabalhistas gerados pela mão-de-obra : Além da horas trabalhadas, os funcionários recebem pelos domingos e feriados, têm faltas que podem ser justificadas e abonadas, etc.; Os funcionários recebem da empresa outros tipos de remuneração: férias, abono sobre as férias, 13º salário; Há também a contribuição da empresa ao INSS e ao FGTS. 253 Aspectos da Mão-de-Obra Direta (MOD) MOD: relativa ao pessoal que trabalha diretamente sobre o produto, desde que seja possível a mensuração do tempo e a identificação do executor. CONSIDERAÇÃO DOS ENCARGOS SOCIAIS: Exemplo: • Operário contratado por $ 10,00 por hora Número máximo de horas, por ano: • Número de dias por ano 365 dias • (-) repousos semanais remunerados 48 dias • (-) Férias 30 dias • (-) Feriados 12 dias • = Número máximo de dias à disposição 275 dias • Horas por dia: 44 / 6 = 7,3333 horas • Número máximo de horas à disposição 2.016,7 horas 254 Aspectos da Mão-de-Obra Direta (MOD) REMUNERAÇÃO ANUAL DO EMPREGADO: • Salários: 2.016,7 (= 275 x 7,3333) x 10,00 $ 20.167,00 • Repousos semanais: 48 x 7,3333 x 10 $ 3.520,00 • Férias: 30 x 7,3333 = 220 x 10,00 $ 2.200,00 • 13o salário: 220 x 10,00 $ 2.200,00 • Adicional constitucional de férias (1/3) $ 733,33 • Feriados: 12 x 7,3333 = 88h x 10,00 $ 880,00 Total $ 29.700,33 + CONTRIBUIÇÕES DO EMPREGADOR (36,8 %) • Previdência social (20 %), FGTS (8%), Seguro acidentes (3%), Salário educação (2,5%), SESI ou SESC (1,5%), SENAI ou SENAC (1%), INCRA (0,2%), SEBRAE (0,6%) • Custo total anual para o empregador $ 40.630,05 • Custo por hora $ 20,14 / hora 23 255 Aspectos da Mão de Obra Direta (MOD) A empresa deve atribuir por hora: • Custo por hora com encargos $ 20,14 / hora E não: • Custo por hora sem encargos $ 10,00 / hora ENCARGOS SOCIAIS MÍNIMOS: 101,47 % Sem considerar ainda: tempo de dispensa aviso prévio, 40% do FGTS na despedida, faltas abonadas. Outros gastos decorrentes da Mão de obra (CIP): Vestuário, alimentação, transporte, assistência médica espontânea, etc. OBS: notem que para a empresa o custo/hora real do funcionário, em função dos encargos, é de R$ 20,14 e não R$ 10,00. Por isso que dizem que o funcionário custa o dobro (101,47%) para empresa. Esse número pode variar conforme as variáveis a serem consideradas. Ex.: a empresa pode pagar um 14º salário, pode ter encargos menores em função da sua característica (pequena, média ou grande), trabalhar menos horas mensais em função de dissídio coletivo, etc. 256 Aspectos da Mão-de-Obra Direta (MOD) Dicas: Passo a passo para calcular o custo/hora do trabalhador • Calcular o nº máximo de horas que o funcionário está disponível na empresa. Comece pelo nº de dias do ano (365) e subtraia todos os dias que o funcionário não está na empresa trabalhando (Domingos, feriados, férias, etc.); • Converta esse resultado em horas trabalhadas, ou seja, pegue esse nº de dias e multiplique pelo nº de horas trabalhadas por dia (7,33h para regime normal de trabalho ou 8,8h para regime de hora inglesa, veja detalhe nas próxima transparências); • Agora converta esses números em valores monetários (Salário, domingos, férias, feriados, etc.) e acrescente a eles o adicional de férias* e 13º salário**. A essa soma acrescente as contribuições do empregador (normalmente na faixa de 36%); • Esse é o valor monetário que a empresa desembolsa com o seu colaborador. Se dividi-lo pelo nº de horas produtivas tenho o custo/hora para empresa desse trabalhador. 257 Aspectos da Mão-de-Obra Direta (MOD) Considerações complementares: • De uma forma geral está previsto na legislação que: • * todo trabalhador, após 12 meses de trabalho, tem direito a férias de trinta dias. Ele receberá nesse período o seu salário normal acrescido de 1/3 (adicional constitucional de férias). O empregado também pode “vender” parte das suas férias em até 1/3 (abono pecuniário), não podendo exceder a esse valor. • ** todo trabalhador tem direito ao 13º salário. Ele consiste em um salário extra no final de cada ano. A partir de quinze dias de serviço, o trabalhador já passa ter direito a receber esse décimo terceiro salário. • A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) é a lei trabalhista do Brasil. As normas da CLT são válidas para as relações individuais de trabalho e para as relações coletivas, elas protegem o trabalhador; 24 Aspectos da Mão-de-Obra Direta (MOD) Considerações complementares: • Na CLT está prevista que o trabalhador pode trabalhar 220h mensais, que equivalem a 44h semanais ou 7,33h por dia no regime normal (6 dias por semana), ou 8,8h diárias no regime de hora inglesa (5 dias por semana). A lógica é simples, veja a tabela abaixo: • As empresas podem fazer dissídios coletivos, normalmente, através dos sindicatos que as representam e, por exemplo, reduzir as horas trabalhadas para 200h/mês ou 40h/semana ou 6,67h/dia (normal) ou 8h/dia (hora inglesa). Esses dissídios têm que respeitar a lei maior que é a CLT. • Fique atento: o governo está modificando (flexibilizando) as relações do trabalho. Total de horas trabalhadas no Mês Total de horas trabalhadas na Semana Total de horas trabalhadas no dia Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Sábado 220h - Regime Normal 44h =220/5semanas Semana de 6 dias úteis (segunda a sábado) 7,33h = 44/6dias 7,33h 7,33h 7,33h 7,33h 7,33h 220h - Regime Hora Inglesa 44h = 220/5semanas Semana de 5 dias úteis (segunda a sexta) 8,8h = 44/5dias 8,8h 8,8h 8,8h 8,8h Horas diluídas na semana com 5dias 7,33/5 = 1,47h somadas as 7,33h = 8,8h Mão-de-Obra Direta (MOD)Mão-de-Obra Direta (MOD) Tempo não Produtivo: Ociosidade normal (falta de material, de produção, de energia, quebra de máquina, etc.) = CIP para rateio à produção; Ociosidade anormal e o valor envolvido muito grande (caso de greve prolongada, graves acidentes, etc.) = tempo ocioso transferido diretamente para perda do período; Mão-de-obra deslocada para outras funções como limpeza, manutenção, etc. = deverá ser reclassificada para a respectiva função; Paradas em determinadas épocas do ano = CIP rateados a todos os produtos feitos no ano; parada obrigatória = CD; paradas para descanso, café, etc. = normalmente consideradas nas horas produtivas (produções contínuas ou de longa duração). Situação/Problema: Suponha que uma empresa tenha capacidade prática instalada para produzir 36.000 unidades de um determinado produto e que, por algum motivo, nos últimos períodos, vem produzindo e comercializando apenas 24.000 unidades. Sabe-se que os custos variáveis para produzir uma unidade são de R$ 75,00 e que os custos fixos, nos últimos períodos, foram de R$ 4.500.000,00. Qual o custo unitário do produto para esses períodos? Cunitário = CV + CF = 75 + ? 4.500.000/36.000 = 125,00 ? CF 4.500.000/24.000 = 187,50 ? CF ou CAPACIDADE OCIOSACAPACIDADE OCIOSA 25 Situação/Problema: Suponha que a empresa trabalhe com uma ociosidade normal entre 16% a 17%, ou seja, de 6.000 unidades, que equivalem a 16,67% da capacidade máxima instalada (36.000 unidades). Como nos últimos períodos, vem produzindo e comercializando apenas 24.000 unidades. Qual o custo unitário do produto para esses períodos? Cunitário = CV + CF = 75 + ? 4.500.000/36.000 = 125,00 ? CF 4.500.000/24.000 = 187,50 ? CF ou CAPACIDADE OCIOSACAPACIDADE OCIOSA Nessas condições o CFunitário é de R$ 150,00 = 4.500.000/30.000 e o Cunitário é de R$ 225,00 = 75 + 150; Como o CFtotal é de R$ 4.500.000,00 e foram utilizados no produto R$ 36.000.000,00 = R$ 150 x 24.000un. a diferença de R$ 9.000.000,00 será considerada despesa não operacional.* COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS CAPACIDADE OCIOSA. (PO-24/92) – Parecer de orientação nº 24 de 15 de Janeiro de 1992 • O custo referente à capacidade instalada deve ser transferido às unidades produzidas, integralmente, sempre que as instalações produtivas estiverem sendo utilizadas em condições normais. • A partir do ponto em que a ociosidade deixar de estar dentro dos limites da normalidade, o custo referente a essa ociosidade em excesso deve ser levado diretamente à despesa não operacional, a título de item extraordinário, não se admitindo a sua transferência para estoques, evitando-se, desta maneira, o risco de uma superavaliação destes e da não possibilidade de sua recuperação. • A ociosidade anormal é um fator não rotineiro ou não recorrente e pode acontecer em função de greve, recessão econômica acentuada no setor de atuação da companhia ou outra razão econômica, interna ou externa, extemporânea. • São custos de capacidade instalada, todos os de natureza fixa, como depreciação, aluguéis, etc., inclusive os de supervisão incluídos nos gastos indiretos de fabricação. • Na existência de capacidade ociosa, a companhia aberta elaborará nota explicativa para dar ciência da dimensão do fato aos interessados nas suas informações. CAPACIDADE OCIOSA Manual de Contabilidade Societária: Aplicável a todas as sociedades de acordo com as normas internacionais e do CPC. São Paulo: Editora Atlas, 2010. IUDÍCIBUS, Sérgio; MARTINS, Eliseu; GELBCKE, Ernesto R. e SANTOS, Ariovaldo. Na hipótese de a empresa estar operando apenas parcialmente sua capacidade de produção, ou seja, com parte ociosa, há que se considerar que, mesmo no sistema de custeio real por absorção, o custo adicional relativo à capacidade ociosa não deve ser atribuído à produção elaborada no período caso essa ociosidade seja anormal e grande. De fato, nessa circunstância, os custos fixos relativos à parte ociosa devem ser lançados diretamente nos resultados do período da ociosidade, e não onerar o custo dos produtos elaborados no mesmo período. Entende-se por ociosidade anormal aquela derivada de greve, recessão econômica setorial profunda ou outros fatores não rotineiros. 26 Mão-de-Obra Direta (MOD)Mão-de-Obra Direta (MOD) Adicional de Horas Extras e outros adicionais: Horas extras anormal/esporádica ocorrido num determinado dia em função de encomenda especial = CD da encomenda; Pagamento de duas horas diárias extraordinárias durante o ano em uma produção contínua = diluir na própria taxa horária; Horas extras em determinadas épocas do ano ou mês = inclusão do excedente como parte dos CIP; Abonos por produtividade = CD ou CIP. • A Mão de Obra Direta é normalmente um custo variável, pois só se caracteriza como Direta a que foi efetivamente utilizada na produção. • Os tempos não trabalhados deixam normalmente de fazer parte da Mão de Obra Direta, tornando-se Custos Indiretos para rateio aos produtos. • Fazem parte da taxa de Mão de Obra Direta todos os encargos sociais, férias, 13o salário, descanso remunerado, feriados etc. Mão de Obra Direta (MOD) - ResumoMão de Obra Direta (MOD) - Resumo • Horas Extras, Adicionais e outros itens podem ou não ser incorporados como Mão de Obra Direta, dependendo de cada situação. • não se agregam os custos de transporte, alimentação etc., normalmente fixos (CIP) e não proporcionais aos salários pagos. • Em ambientes de alta tecnologia, de produção integrada por computador, com células de manufatura, robôs etc., a figura da Mão de Obra Direta perde relevância. Nesses casos, além de representar uma pequena porcentagem dos custos totais, a MOD muitas vezes ganha a característica de custo fixo. Mão de Obra Direta (MOD) - ResumoMão de Obra Direta (MOD) - Resumo 27 267 O departamento de esfriamento da Cia. Metalúrgica Satellin possui um funcionário horista, com salário de $5,00/hora. O regime de trabalho é de 44 horas por semana e entre faltas abonadas, feriados etc. ele deixa de trabalhar 15 dias por ano em média. As contribuições recolhidas sobre a folha de salário são: 20% para INSS; 8% para o FGTS; 5,8% para entidades como SESI, SENAI, etc.; 3% de seguro contra acidentes do trabº. Considerando o sistema de semana inglesa (cinco dias de trabº) e que o funcionário não requerer abono pecuniário de férias, pede-se para calcular: a) Custo total do funcionário para a empresa, por ano; b) o nº médio de horas que o funcionário fica à disposição da empresa, por ano; e c) O custo médio de cada hora que o funcionário fica a disposição da empresa. Exercício proposto 268 Aspectos da Mão-de-Obra Direta (MOD) SOLUÇÃO DO EXERCÍCIO PROPOSTO Horas trabalhadas pelo funcionário durante o ano: Nº de dias 365 (-) Domingos 48 (-) Sábado 48 (-) Férias 30 (-) Feriados/Faltas 15 Total de dias trabalhados 224 Jornada de trabalho: 44h/ 5 dias = 8,8 h/dia Nº total de horas trabalhadas = 224 x 8,8 h/dia = 1.971,20h** ** Observe que essas horas são as que efetivamente o trabalhador está disponível na empresa para realização do seu trabalho. 269 Aspectos da Mão-de-Obra Direta (MOD) Durante o ano: Salários: 224 dias x 8,8 h* x 5,00/h = 9.856,00 Repouso, faltas e feriados 63 x 7,33h**x = 2.310,00 Férias gozadas: 30 dias x 7,33 h x $ 5/h = 1.100,00 1/3 a mais nas férias gozadas = 366,67 13º Salário: 220 horas x $ 5/h = 1.100,00 Subtotal 14.732,67 Contribuição Sociais (36,8%) 5.421,62 Total 20.154,29 Total anual por funcionário 20.154,29 Custo médio/ hora = 20.154,29/1.971,20 = $ 10,22/h Notem que: * o trabalhador trabalha em regime de hora inglesa (8,8h de segundaa sexta). Essas horas são utilizadas apenas no cálculo do salário, que são as horas que efetivamente o trabalhador está disponível na empresa; ** Os outros itens (repouso, feriado, férias, etc.) mantem o regime normal de 7,33h. 28 Exercício 11.1 270 Assinale a alternativa correta: 1. São exemplos de MOD: a) Torneiro e pessoal da manutenção; b) Carregadores de materiais e pintor; c) Prensista, soldador e supervisores; d) Torneiros, soldadores e cortadores; e) Ajudantes, supervisores e pintores. 2. O custo de MOD nunca pode ser ao mesmo tempo: a) Direto e fixo; b) Fixo e indireto; c) Variável e indireto; d) direto e variável; e) Variável e fixo. Exercício 11.1 271 3. Observar as sentenças a seguir: I. Não se deve confundir o custo de MOD dos produtos com o valor total da folha de salários relativa à MOD total da empresa. II. Custo de MOD é aquele relativo à utilizada direta e efetivamente na produção de bens ou serviços; III. O custo relativo à folha de pagamento da própria produção é sempre variável; IV. O custo de MOD sempre varia com o volume de produção. Estão corretas as sentenças: a) I, II e III; b) II, III e IV; c) I e III; d) I, II e IV; e) I, III e IV. Exercício 11.1 272 4. Assinalar a alternativa correta: a) Um empregado que trabalha em um único produto de cada vez pode ser classificado MOD; b) A MOD requer critérios de rateio ou estimativas para alocação de seu custo aos produtos; c) Em termos contábeis, toda e qualquer mão-de-obra é classificada como direta; d) O custo de MOD sempre varia proporcionalmente ao volume de produção; e) O custo de MOD nunca varia proporcionalmente ao volume de produção. 5. Se o pagamento de horas extras for esporádico, devido à realização de encomenda especial, este custo deverá ser classificado como: a) Indireto; b) Padrão; c) Direto; d) Perda e) Ideal . 29 273 A empresa prestadora de serviços Reggio possui um funcionário horista, que trabalha em regime de semana não inglesa (isto é, trabalhando seis dias por semana). Considere os seguintes dados relativos a esse funcionário (que não optou pelo abono pecuniário de férias): • Salário: $ 5 por hora; • Jornada semanal: 42 horas; • Média de 3 faltas justificadas por ano; • 12 feriados no ano (não coincidentes com férias nem com repousos semanais). Suponha que sobre a remuneração total a empresa contribui com: 20% para o INSS, 8% para o FGTS, 5% para entidades como SESI, SENAI, etc. e 3% de seguro contra acidentes do trabalho. Pede-se calcular: a) O custo total do funcionário para a empresa, por ano; b) O nº médio de horas que o funcionário fica a disposição da empresa, por ano; c) O custo médio de cada hora que o funcionário fica à disposição da empresa. Exercício 11.2 274 EXERCÍCIO 11.2 SOLUÇÃO DO EXERCÍCIO 11.2 Horas trabalhadas pelo funcionário durante o ano: Nº de dias 365 (-) Domingos 48 (-) Férias 30 (-) Feriados/Faltas 15 Total de dias trabalhados 272 Jornada de trabalho: 42h/ 6 dias = 7h/dia Nº total de horas trabalhadas = 272 x 7 h/dia = 1.904 h 275 EXERCÍCIO 11.2 Durante o ano: Salários: 272 dias x 7 h x 5,00/h = 9.520,00 Repouso, faltas e feriados 63 x 7 h x 5 = 2.205,00 Férias gozadas: 30 dias x 7 h x $ 5/h = 1.050,00 1/3 a mais nas férias gozadas = 350,00 13º Salário: 210 horas x $ 5/h = 1.050,00 Subtotal 14.175,00 Contribuição Sociais (36%) 5.103,00 Total 19.278,00 Total anual por funcionário 19.278,00 Custo médio/ hora = 19.278,00/1.904 h = $ 10,13/h 30 276 A empresa São Cristovão possui dois funcionários mensalistas. Considere os seguintes dados relativos a esses funcionários (que optaram pelo abono pecuniário de 1/3 de férias): Salário: • João: $ 2.000 • Maria: $ 1.500 Suponha que sobre a remuneração total a empresa contribui com: 20% para o INSS, 8% para o FGTS, 2% para entidades como SESI, SENAI, etc. e 5% de seguro contra acidentes do trabalho. Pede-se calcular: a) O custo total, por ano, da funcionária; b) Idem, para o funcionário; c) O custo dos encargos, em porcentagem. Exercício 11.3 EXERCÍCIO 11.3 Itens Meses $ Salário 11,3333333 17.000,00 Férias (2/3) 0,6666666 1.000,00 Adicional de férias (1/3) 0,2222222 333,33 13º Salário 1,00 1.500,00 Subtotal 19.833,33 Contribuição Social (35%) - x - 6.942,00 Abono Pecuniário (1/3) 0,3333333 500,00 Adicional do abono (1/3) 0,1111111 167,00 Custo Total Anual 27.442,00 Custo dos encargos 10.442,00/17.000,00 61,42% Custo Total por ano da funcionária 278 EXERCÍCIO 11.3 Itens Meses $ Salário 11,3333333 22.667,00 Férias (2/3) 0,6666666 1.333,00 Adicional de férias (1/3) 0,2222222 444,00 13º Salário 1,00 2.000,00 Subtotal 26.444,00 Contribuição Social (35%) - x - 9.255,00 Abono Pecuniário (1/3) 0,3333333 667,00 Adicional do abono (1/3) 0,1111111 222,00 Custo Total Anual 36.588,00 Custo dos encargos 13.921,00/22.667,00 61,42% Custo Total por ano do funcionário 31 279 Um operário é admitido em 02/01/20X1 para exercer as funções de torneiro-ferramenteiro, com salário de R$ 10,00 por hora, para cumprir uma jornada de trabalho de 44 horas semanais (semana não inglesa, isto é, semana de seis dias). Independentemente do acordo coletivo que venha a ser celebrado por meio do sindicato, a empresa planeja conceder aumentos salariais de R$ 1,00 por hora em 01/04/20X1, 01/07/20X1, 01/10/20X1 e 01/01/20X2. As férias serão concedidas em janeiro de 20X2, e o operário desde já declara que não deseja optar pelo abono pecuniário de um terço. Considerando-se a existência de 12 feriados no ano e 36,8% de contribuições sociais, pede-se calcular o custo/hora dessa MOD para cada trimestre de 20X1. Exercício 11.4 280 EXERCÍCIO 11.4 (Tabela 1) Trimestre Nº de dias Nº hs/dia Custo total do trimestre 1º Trimestre 90 dias 7,3333hs 660hs x $10 = $ 6.600,00 2º Trimestre 91 dias 7,3333hs 667,33hs x $11 = $ 7.340,63 3º Trimestre 92 dias 7,3333hs 674,66hs x $12 = $ 8.095,96 4º Trimestre 92 dias 7,3333hs 674,66hs x $13 = $ 8.770,63 TOTAL DE HORAS NO ANO 2.676,65hs a $ 30.807,22 Outras verbas a pagar 13º salário: 220hs x $ 13/h = $ 2.860,00 Férias: 220hs a $ 14/h = $ 3.080,00 Adicional Constitucional (1/3) = $ 1.026,67 TOTAL = $ 37.773,90 Contribuições sociais (36,8%) = $ 13.900,79 CUSTO TOTAL = $ 51.674,68 Gastos trimestrais com o salário EXERCÍCIO 11.4 Estimativa do tempo à disposição da empresa: 365 dias – 52 dias (domingos) – 12 dias (feriados) = 301 dias 301 dias x 7,3333 hs = 2.207,32 horas Custo por hora médio: $ 51.674,68/2.207,32 = 23,4106/ hora Salário por hora médio: $ 30.807,22/2.676,65 hs = 11,51/ hora Encargos médios de 103,4% 32 EXERCÍCIO 11.4 Mas, como o salário varia de $ 10 a $ 13 é necessário fazer uma regra de três: 23,4106 11,51 X 10,00 X = 20,3394 Trimestre Salário/hora Custo/hora 1º 10 20,3394 2º 11 22,3733 3º 12 24,4072 4º 13 26,4412 EXERCÍCIO 11.4 Prova dos nove (acerto): 1º Tri 2º Tri 3º Tri 4º Tri Total Nº total de dias 90 91 92 92 365 (-) Domingos (13) (13) (13) (13) (52) (-) Feriados (3) (3) (3) (3) (12) Dias a disposição da empresa 74 75 76 76 301 Nº de horas à disposição 542,66 550 557,33 557,33 2.207,3 Custo/hora ( em $) 20,34 22,37 24,41 26,44 - x - Valor da MOD Aplicada 11.037 12.305 13603 14737 51682 Valor da MOD Aplicada conforme cálculo da tabela 1 51675 A pequena diferença de $ 7,00 deve-se aos arredondamentos 284 Uma empresa prestadora de serviços costuma trabalhar com a elaboração de projetos. Considere os seguintes dados referentes ao custo médio de remuneração dos funcionários com determinadas habilidades e qualificações: Tabela 1 Estrutura básica-padrão. Tabela 2 Contribuições sociais recolhidas pela empresa. Salário mensal $ 1.200 Nº de dias de férias por ano 30 Nº de domingos no ano 48 Nº de sábados no ano 48 Jornada de trabalho semanal (horas) 40 Contribuições Prev. Social FGTS+ Contr. Social Seg. Acid. Trabº Terceiros Alíquotas 20,0% 8,5% 2,0% 5,5% EXERCÍCIO V- P/ ser entregue no SIGGA atéo dia 02/05 33 285 Tabela 3 Benefícios oferecidos aos funcionários. Outros dados: • ano não bissexto; • regime de semana inglesa (cinco dias de trabalho); • 14 dias de feriado no ano, dos quais três coincidentes com domingos, dois com sábados e nenhum com férias; • ociosidade normal média, em função de paradas para café, descanso, etc., de 10% do tempo à disposição; • o valor do vale-transporte é descontado do beneficiário na parcela equivalente a 6% do salário base; o excedente é por conta da empresa; • não há horas extras habituais; e • nos casos, excepcionais, de trabalho além do horário normal, a remuneração adicional por horas extras é de 50%. Benefícios Valor Vale-transporte $ 8,00/dia Vale-refeição $ 10,00/dia EXERCÍCIO V- P/ ser entregue no SIGGA até o dia 02/05 286 Em determinado mês um funcionário trabalhou todas as suas 160 horas normais no Projeto A e, após o horário normal, durante 15 dias, por duas horas, dedicou-se exclusivamente ao projeto B. Pede-se calcular o custo de mão-de-obra daquele funcionário em cada projeto. EXERCÍCIO V- P/ ser entregue no SIGGA até o dia 02/05
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