Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

FACULDADE DE 
MEDICINA VETERINÁRIA
PROF. DR. GUILHERME COLLARES
PARASITOSES DE CÃES 
E GATOS
PROTOZOOSES 2
ERLIQUIOSE
Características Gerais
■ Doença cosmopolita, causada pela bactéria Ehrliquia canis, mais prevalente em regiões de 
clima tropical e subtropical;
■ Uma das mais importantes doenças transmitidas pelos vetores artrópodes (carrapatos) aos 
cães;
■ É uma bactéria Gram-negativa intracelular obrigatória, altamente pleomórfica, cocoide, 
pertencente à família Anaplasmataceae, que infecta monócitos e macrófagos dos 
canídeos, com diferentes cepas que variam em virulência;
■ Como todas as bactérias intracelulares obrigatórias, dificulta a elaboração de uma 
resposta imune efetiva pelo hospedeiro. 
Transmissão
■ É transmitida principalmente pelo carrapato vermelhos dos cães, Rhipicephalus
sanguineus;
■ Este é um carrapato heteroxeno, com hábito nidícola, sempre relacionado a grandes 
infestações e grande capacidade de multiplicar-se em ambientes urbanos;
■ Durante o repasto sanguíneo em hospedeiro infectado, ingerem sangue contendo grandes 
quantidades de monócitos repletos de bactérias, que invadem os tecidos do vetor, 
multiplicando-se no epitélio intestinal e glândulas salivares;
■ Ao alimentar-se em outro hospedeiro, o carrapato injeta saliva com substâncias 
anticoagulantes, além da própria bactéria;
Patogenia
■ Uma vez inoculadas, as bactérias ganham a circulação e seguem rumo às células-alvo: as 
células do sistema fagocítico-mononuclear – monócitos e macrófagos, do baço, fígado, dos 
linfonodos e medula óssea;
■ A bactéria realiza a invasão celular em quatro fases;
■ As células infectadas aderem aos leitos vasculares em todo o organismos, principalmente 
nos órgãos parenquimatosos (baço, pulmões, rins, meninges e olhos), determinando 
vasculite;
■ Aí se inicia a FASE AGUDA da erliquiose, na qual ocorre intenso consumo plaquetário, 
formação de trombos, destruição de eritrócitos e inflamação sistêmica, com intensa 
produção de pirógenos endógenos (febre);
Patogenia
■ Uma vez desregulada a resposta imune celular, inicia-se uma resposta imune anômala, com 
importante síntese e secreção de anticorpos não-protetores, que falham na missão de 
neutralizar a bactéria, que evade da circulação, ficando em latência na medula óssea, iniciando-
se a FASE SUBCLÍNICA da erliquiose;
■ Em virtude da natureza persistente da infecção, iniciam-se manifestações de glomerulonefrites, 
uveítes e poliartrites decorrentes da deposição de imunocomplexos, dando início à FASE 
CRÔNICA da infecção, relacionada à supressão da atividade da medula óssea;
■ Um importante característica da EMC é a trombocitopenia decorrente do 
consumo pela intensa inflamação do endotélio vascular (vasculite) –
tendência a processos hemorrágicos;
■ A infecção crônica da medula óssea, bem como os mecanismos 
imunológicos envolvidos, levam à mielossupressão, total ou parcial, 
acarretando anemia, trombocitopenia e leucopenia, por hipoplasia medular
Apresentação clínica
■ Fase aguda
– Duração de 1 – 3 semanas após a inoculação do agente;
– Vasculite como principal evento patológico;
– Trombocitopenia acentuada;
– Sintomas (vagos e inespecíficos):
■ Emaciação;
■ Letargia;
■ Apatia;
■ Febre intermitente (acima de 40º);
■ Anorexia;
■ Esplenomegalia;
■ Linfadenopatia generalizada.
– Alguns cães podem apresentar anemia e discreta leucopenia;
Apresentação clínica
■ Fase subclínica, assintomática ou de infecção persistente:
– Pode durar de semanas a anos (três anos);
– O agente fica retido em pequenas células mononucleares do baço e medula óssea, 
desaparecendo da circulação;
– Pode ocorrer cura espontânea ou progressão para fase crônica.
Apresentação clínica
■ Fase crônica:
– Momento de maior concentração dos diagnósticos, cujos sintomas variam de brandos 
a terminais (quadros emergenciais com risco de morte iminente);
– Fase caracterizada por dano prolongado ao sistema imune em resposta à 
permanência do antígeno no organismo;
– Sintomas:
■ Fraqueza, depressão, emaciação, mucosas pálidas, epistaxe, petéquias, artrite, 
glomerulopatia, aborto, cio prolongado, polimiosites, uveíte, presença de infecção 
secundárias, etc.
■ Manifestações neurológicas – convulsão, ataxia, paresia do tipo head tilt, nistagmo, 
hiperestesia.
Achados laboratoriais
■ Trombocitopenia – seguramente o achado mais consistente em todas as fases da EMC 
(autoimunidade contra as plaquetas – anticorpos antiplaquetários)
■ Quando de moderada a grave (menos de 50.000 plaquetas mm3), predispõe a 
sangramentos;
■ Leucopenia ou leucocitose
■ Anemia (mais grave com a progressão da doença).
Diagnóstico
■ Sempre aliar o histórico do paciente com o perfil laboratorial compatível:
– Diagnóstico elaborado por meio de conjunção anamnético-clínico-hematológico-sorológica;
– Somente confirmado por técnicas moleculares;
■ Detecção de mórulas no sangue periférico:
– Apenas 1 – 6% dos pacientes infectados são diagnosticados dessa forma, mesmo com sangue colhido de circulação capilar (ponta de orelha ou cauda);
– Pesquisa mais produtiva se realizada em fase aguda e obtida da nata leucocitária no centrifugado ou em aspirado de linfonodos;
■ Cultivo celular – apenas para fins de pesquisa (caro e de difícil execução);
■ Anticorpo fluorescente direto – Imunoflurescência Direta (IFD)
– Considerado o teste “padrão-ouro”;
– Detecta anticorpos 7 – 28 dias a partir da infecção;
– Utilizada com pareamento sorológico – exames com intervalos de duas semanas – se o segundo exame obtiver uma titulação quatro vezes maior que o 
primeiro, sugere infecção ativa;
■ ELISA
– Teste oferecido em kits comerciais;
– Alta sensibilidade (95%) e especificidade (99%);
– Testes negativos em doença muito aguda requerem repetição confirmatória após 2 semanas;
■ PCR e nested PCR*
– Vantagens inquestionáveis sobre os demais métodos: diagnóstico precoce; alta sensibilidade;
Tratamento
■ Doxiciclina
– 10 mg/kg a cada 24 horas/ 28 dias
– Relatos de falhas no tratamento da erliquiose canina quando administrada por 14 dias (Schaefer et 
al., 2007)
– Completa esterilização da infecção por E. canis quando administrada por 3 ou 4 semanas 
(Eddlestone et al., 2007)
■ Dipropionato de imidocarb
– 5 a 7 mg/kg – duas doses com intervalo 15 dias
– Atropina 0,044 mg/kg 10’ antes (diminuição do efeito anticolinesterásico do medicamento)
– Relatos de falha no tratamento quando utilizado isoladamente a 6,6 mg/kg, IM, 2 injeções com 2 
semanas de intervalo (Eddlestone et al., 2006)
■ Oxitetraciclina
– 25 mg/kg a cada 8 horas
■ Corticosteroides
– Prednisona ou Prednisolona – 1 - 2 mg/kg/24h/2-7 dias;
– Para atenuação dos efeitos da vasculite e interrupção do comprometimento plaquetário;
Tratamento de suporte
■ Transfusão de sangue total:
– Cães gravemente anêmicos;
■ Plasma rico em plaquetas:
– Para os demasiadamente trombocitopênicos;
■ Fluidoterapia IV
– Para corrigir os déficits hidroeletrolíticos;
■ Suplementação com ferro:
– Recomendada apenas para cães com perdas massivas ou crônicas de sangue;
■ Imunoestimulantes:
– Levamisol – fármaco que melhor desempenha função imunomoduladora em cães com EMC:
■ Estimula células T;
■ Melhora a resposta aos estímulos antigênicos;
■ Incita a produção de interferon-gama;
■ Aumenta a atividade fagocitária dos neutrófilos e macrófagos;
■ Estimula a imunidade mediada por células, a citotoxicidade, secreção de linfocinas e função de células supressoras.
■ Administração em dose única (repetição mensal) – 0,5 – 5 mg/kg, SC
BABESIOSE
TAXONOMIA
■ Filo Apicomplexa
– Classe Aconoidasida
■ Ordem Haemosporida (haemosporidias)
– Gênero Leucocytozoon
– Gênero Plasmodium
■ Ordem Piroplasmida (Piroplasmidas)
– Família Babesiidae
– Família Theileriidae
CARACTERÍSTICAS GERAIS
■ Protozoários que não tem flagelos, cilios ou formam pseudópodes.
■ Reprodução assexuada ocorre por fissão binária ou esquizogonia em eritrócitos ou outras 
célulassanguíneas de mamíferos.
■ Duas famílias: Babesiidae e Theileriidae
■ São piriformes (piroplasma), redondos ou ovais.
■ Parasitam eritrócitos, linfócitos, histiócitos, eritroblastos ou outras células sanguíneas dos 
mamíferos.
■ Parasitam vários tecidos dos carrapatos, onde há a esquizogonia.
BABESIAS
■ Várias espécies do gênero Babesia acometem animais domésticos (cão, eqüinos, suínos, 
ruminantes).
■ Parasitam os eritrócitos dos vertebrados sendo transmitidos por várias espécies de 
carrapatos.
■ Babesiose principais sintomas: febre, anemia e hemoglobinúria.
■ Localização do parasita: periférica (alta parasitemia) ou viscerotrópica.
■ Viscerotrópica: Podem causar doença sem alta parasitemia, os animais podem sofrer 
infecções letais com formação de trombo cerebral sem apresentar anemia.
TAMANHO x DISTRIBUIÇÃO DAS BABESIAS
ESPÉCIE TAMANHO DISTRIBUIÇÃO ESPÉCIE 
ACOMETIDA
Babesia bigemina Grande* Periférica Bovinos
Babesia bovis Pequena# Viscerotrófica Bovinos
Babesia caballi Grande Viscerotrófica Equinos
Babesia canis Grande Viscerotrófica Cães
Babesia gibsoni Pequena Periférica Cães
* Trofozoítos 2,5 μm a 5,0 μm, mais sensíveis aos quimioterápicos
# Trofozoítos 1,0 μm a 2,5 μm
CICLO BIOLÓGICO
■ Ciclo heteroxeno.
■ Acomete hospedeiros vertebrados e invertebrados.
■ Podem variar de acordo com a espécie de Babesia.
■ Hospedeiro invertebrado: geralmente são carrapatos ixodídeos, carrapatos podem albergar 
mais de uma espécie de babesia. Há reprodução assexuada e sexuada.
■ Hospedeiro vertebrado: bovinos, equinos, cães, homem. Reprodução assexuada nos 
eritrócitos
TRANSMISSÃO TRANSOVARIANA
ESPÉCIA ÍNSTAR 
TRANSMISSOR
ESPÉCIE 
TRANSMISSORA
Babesia bigemina Ninfas e Adultos Boophilus
Babesia bovis Larvas Boophilus
Babesia caballi Larvas, Ninfas e 
Adultos
Boophilus
Amblyomma
Babesia canis Larvas, Ninfas e 
Adultos
Rhipicephalus
Amblyomma
HOSPEDEIROS IVERTEBRADOS
Rhipicephalus sanguineus
BABESIOSE CANINA
■ Importante no Brasil, descrita no Rio Grande do Sul, São Paulo, Pernambuco, Rio de 
Janeiro e Paraná.
■ Frequente em cães jovens e com mais de 2 anos de idade.
■ Sintomas:
– Manifestações clínicas relacionadas com a intensidade da parasitemia.
– Doença hemolítica, anemia progressiva, pode ocorrer choque endotóxico e alterações 
da coagulação.
– Sintomas: anemia, febre, anorexia, desidratação, perda de peso, dor abdominal e 
sensibilidade renal à palpação.
– Babesiose cerebral pode ser observada.
DIAGNÓSTICO
■ Métodos diretos
– Esfregaço sanguíneo (fase aguda)
– PCR
– Necrópsia lesões e histopatológico
■ Métodos indiretos
– Testes sorológicos (úteis para animais na fase crônica ou assintomáticos baixa 
parasitemia): ELISA, RIFI
TRATAMENTO
■ Suporte, transfusão sanguínea (casos graves)
■ Drogas Babesicidas:
– Dipropionato de Imidocarb – 3 – 5 mg/kg, SC
– Diaceturato de Diazominodibenzamidina – 3 – 7 mg/kg, IM
■ Muito cuidado em não ultrapassar as dosagens, pois são extremamente tóxicos
CONTROLE
■ Imunidade não é duradoura
■ Controle de vetores (carrapatos)
TÉCNICAS PARA EXECUÇÃO DE ESFREGAÇO SANGUÍNEO
Diagnóstico
■ A procura por protozoários no sangue em animais com baixa parasitemia diminui 
sensivelmente a probabilidade de sucesso de positividade no exame;
■ As propriedades físicas dos eritrócitos parasitados por Babesia ficam alteradas. Com isso, 
as células vermelhas ficam mais enrijecidas e sua passagem resulta mais difícil através 
dos capilares periféricos;
■ Esse fenômeno explica a tendência dos parasitas proliferarem mais em pequenos capilares 
periféricos onde ocorre aglutinação de hemácias parasitadas;
■ Os locais mais adequados para encontrar parasitas em cães parasitados seria nas pontas 
das orelhas e no sangue das pontas dos dedos;
Esfregaço com sangue periférico:
• Cortar os pelos da ponta da orelha;
• Desinfetar com álcool iodado;
• Puncionar com agulha estéril;
• Colocar uma gota sobre lâmina e correr o 
esfregaço.
Coleta de sangue periférico em tubo capilar para 
Microcentrífuga:
• Eritrócitos parasitados por grandes Babesias
tendem a ser menos densos que as células 
normais;
• A concentração dessas células parasitadas tende 
a ser maior imediatamente abaixo da nata 
leucocitária formada no tubo microcapilar
centrifugado;
• Quebra-se o tubo capilar logo abaixo da nata 
leucocitária e faz-se o esfregaço com o sangue 
dessa porção – o que aumenta em muito as 
chances de encontrar leucócitos parasitados por 
Babesia;
• Pode-se executar o esfregaço com a nata 
leucocitária para procura de Monócitos e outras 
células brancas parasitadas por Ehrlichia;

Mais conteúdos dessa disciplina