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Rinossinusite Aguda Definição: Inflamação da mucosa da cavidade nasal e seios paranasais. O termo rinossinusite (RS) é preferível, pois dificilmente há sinusite isolada sem que haja processo inflamatório também na mucosa da cavidade nasal (rinite). Os agentes etiológicos mais comuns são: ● Streptococcus pneumoniae; ● Haemophilus influenzae; ● Moraxella catarrhalis. A RS viral, que ocorre no resfriado comum, é o tipo mais frequente, sendo o rinovírus o principal agente causal. Apresentação clínica: Obstrução/ congestão nasal ou rinorreia purulenta anterior ou posterior Dor / pressão facial Perda ou redução do olfato Edema de mucosa Secreção amarelada em meato médio Geralmente o quadro começa com resfriado comum e evoluiu para infecção bacteriana. Sugere quadro bacteriano aqueles com duração maior que dez dias ou com piora dos sintomas a partir do quinto dia. O paciente queixa-se de: ● Obstrução nasal ● Rinorreia purulenta anterior e/ou posterior; ● Hiposmia / anosmia; ● Cacosmia; ● Febre; ● Cefaleia e/ou algia facial; ● Tosse seca noturna; ● Halitose; ● Irritação faríngea; ● Astenia. Marcadores de gravidade: Alteração na acuidade visual Alteração na mobilidade ocular Proptose ocular Edema e hiperemia periorbitários Sinais meníngeos Confusão mental Exame físico: Durante a inspeção, podemos notar edema periorbitário. A palpação do seio acometido pode revelar dor, que piora à inclinação da cabeça para a frente, embora seja pouco específica. Durante a rinoscopia anterior, nota-se hiperemia e edema na mucosa, rinorreia purulenta em fossa nasal ou em meato médio. Na oroscopia, geralmente há gotejamento posterior de secreção purulenta, com hiperemia da faringe. Diagnóstico: É clínico Classificação: A classificação de rinossinusite pode ser em função da duração dos sintomas: ● RS aguda: sintomas < 4 semanas; ● RS subaguda: sintomas de 4-12 semanas; ● RS crônica: sintomas persistem > 12 semanas; ● RS aguda recorrente: quatro ou mais episódios por ano, com resolução completa no período intercrises. Indicação de internamento: ● Diplopia; ● Diminuição da acuidade visual ou da motilidade ocular; ● Proptose ocular; ● Sinais meníngeos; ● Confusão mental; ● Sinais de sepse; ● Cefaleia de forte intensidade. Complicações: Orbitárias Intracranianas (Trombose do seio cavernoso, meningite, abscesso extradural, subdural e intraparenquimatoso). Abordagem: Os antibióticos devem cobrir pneumococo e o Haemophilus, sendo Amoxicilina a droga de escolha inicial, por 7-14 dias. O tempo de tratamento varia de acordo com a droga a ser utilizada. Nos pacientes que fizeram uso de antibióticos recentemente, Amoxicilina + clavulanato ou cefalosporinas de segunda geração são a melhor opção. Os anti-histamí nicos não devem ser utilizados, pois causam espessamento das secreções Os corticoides tópicos e sistêmicos apresentam grau de recomendação A, devendo ser utilizados. Utilizar corticóides tópicos ou sistêmicos (pode-se optar por doses maiores, com redução rápida: 20 mg VO, por 5 dias. ● Amoxicilina + clavulanato 875 + 125 mg VO de 12/12 horas, por 10-14 dias; ● Cefuroxima 500 mg VO de 12/12 horas, por 10-14 dias. Se o paciente tiver alergia a penicilinas: ● Levofloxacino 750 mg VO de 24/24 horas, por 5-7 dias; ● Moxifloxacino 400 mg VO de 24/24 horas, por 5-7 dias; ● Doxiciclina 100 mg VO de 12/12 horas ou 200 mg VO de 24/24 horas, por 7 dias. 1. Corticóide tópico: Acetato de triancinolona solução nasal (100 microgramas/spray) 200-400 microgramas de 24/24 horas, em 1-4 doses.
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