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SISTEMA DE ENSINO
CRIMINOLOGIA
Nascimento da Criminologia. 
Precursores. Iluminismo. Clássicos. 
Positivistas
Livro Eletrônico
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Nascimento da Criminologia. Precursores. Iluminismo. Clássicos. Positivistas
CRIMINOLOGIA
Mariana Barreiras
Sumário
Nascimento da Criminologia. Precursores. Iluminismo. Clássicos. Positivistas ........................4
Nascimento da Criminologia. Escola Clássica e Positivista. Modelos Teóricos.........................4
Iluminismo ............................................................................................................................................................................4
Escola Clássica .................................................................................................................................................................5
Feuerbach .............................................................................................................................................................................6
Marquês de Beccaria ......................................................................................................................................................6
Francesco Carrara ............................................................................................................................................................7
Giovanni Carmignani ......................................................................................................................................................7
Criminologia Positivista ..............................................................................................................................................7
Cesare Lombroso .............................................................................................................................................................9
Raffaele Garofalo .......................................................................................................................................................... 10
Enrico Ferri .........................................................................................................................................................................11
Positivismo no Brasil ...................................................................................................................................................12
Críticas ao Positivismo ...............................................................................................................................................13
Escolas Intermediárias ...............................................................................................................................................13
Correcionalismo ..............................................................................................................................................................14
Escola de Lyon .................................................................................................................................................................14
Escola de Marburgo ......................................................................................................................................................15
Escola Técnico-Jurídica ..............................................................................................................................................16
Terza Scuola ......................................................................................................................................................................17
Escola de Defesa Social .............................................................................................................................................18
Modelos teóricos da Criminologia ......................................................................................................................23
1. Modelo Clássico e Neoclássico da Opção Racional .............................................................................23
2. Modelo Positivista ..................................................................................................................................................27
3. Modelo da Reação Social ....................................................................................................................................33
4. Enfoque Dinâmico ....................................................................................................................................................34
Resumo ...............................................................................................................................................................................36
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Nascimento da Criminologia. Precursores. Iluminismo. Clássicos. Positivistas
CRIMINOLOGIA
Mariana Barreiras
Mapas Mentais ...............................................................................................................................................................42
Questões de Concurso ...............................................................................................................................................56
Gabarito ..............................................................................................................................................................................70
Gabarito Comentado ....................................................................................................................................................71
Referências .......................................................................................................................................................................99
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Nascimento da Criminologia. Precursores. Iluminismo. Clássicos. Positivistas
CRIMINOLOGIA
Mariana Barreiras
NASCIMENTO DA CRIMINOLOGIA. PRECURSORES. 
ILUMINISMO. CLÁSSICOS. POSITIVISTAS
NascimeNto da crimiNologia. escola clássica e Positivista. modelos 
teóricos.
Olá, tudo bem? Vamos dar continuidade às nossas aulas.
Deixo mais uma vez meu Instagram para quem quiser acompanhar: @profmaribarreiras.
Agora que já sabemos o que é, para que serve, quais objetos analisa e quais métodos em-
prega a Criminologia, vamos avançar.
Hoje vamos começar a estudar os modelos teóricos da Criminologia. Os modelos teóricos 
são grupos de teorias que analisam de modo similar a questão criminal. Segundo a classifica-
ção de García-Pablos de Molina, os modelos teóricos são quatro:
• modelo clássico e neoclássico da opção racional;
• modelo positivista;
• modelo da reação social; e
• enfoque dinâmico.
Mas para entendermos os modelos teóricos, sobretudo os dois primeiros, vamos começar 
falando sobre as duas correntes de pensamento que fazem parte do nascimento da Criminolo-
gia: as escolas Clássica e Positivista. Aliás, o embate entre essas escolas é tema comum nas 
provas de Criminologia. Vamos ver, igualmente, as escolas intermediárias.
Depois de compreender as diferenças entre essas correntes, passaremos para os modelos 
teóricos especificamente.
ilumiNismo
A Europa, nos séculos XV a XVIII, vivenciouo que se convencionou chamar de Antigo Re-
gime. Era a época das monarquias absolutistas, com o regime centralizado nas mãos do rei. 
A figura do rei era sagrada e incontestável e a visão teocêntrica do mundo, amplamente do-
minante. Nesse período, o sistema penal era caótico, cruel e arbitrário. Os réus não possuí-
am as garantias processuais e penais que hoje existem em qualquer sistema democratica-
mente sólido.
No século XVIII surgiu o Iluminismo, movimento filosófico que exaltou o poder da razão em 
detrimento do poder da religião. Ideologias absolutistas e religiosas foram substituídas pelo 
conhecimento racional do mundo. O Iluminismo, portanto, promoveu o culto à razão e passou 
a fornecer explicações racionais para os problemas sociais. O movimento iluminista é consi-
derado a base tanto dos autores clássicos do Direito Penal quanto dos autores positivistas da 
Criminologia.
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Nascimento da Criminologia. Precursores. Iluminismo. Clássicos. Positivistas
CRIMINOLOGIA
Mariana Barreiras
escola clássica
Na esfera penal, o Antigo Regime contava com práticas punitivas bárbaras, aleatórias, des-
proporcionais. No século XVIII, com o advento do Iluminismo, novos códigos penais entram 
em cena, com técnicas mais humanas e racionais de punição. Nasce, então, um Direito Penal 
como conhecemos hoje, com elaboradas racionalizações e construções dogmáticas. O fun-
dador da moderna dogmática penal foi o alemão Paul Johann Anselm von Feuerbach, mais 
conhecido nos estudos penais pelo último sobrenome.
Os autores clássicos, como já vimos na primeira aula, reconhecem que as pessoas são 
seres racionais, que possuem livre-arbítrio, ou seja, podem fazer escolhas. O cometimento de 
um crime é fruto de uma decisão que implica quebra do pacto social de convivência pacífica. O 
delinquente deve ser punido pelo mal que causou com a sua escolha. A ele, então, são aplicá-
veis as penas previstas no ordenamento jurídico, utilizando-se a técnica dedutiva de subsumir 
uma conduta a uma norma penal incriminadora (a dedução é típica do Direito, lembre-se! A 
Criminologia usa técnica indutiva, mas nessa época a Criminologia ainda não havia nascido 
propriamente como ciência, de modo que os clássicos são, sobretudo, juristas da área penal). 
A Escola Clássica teve na Itália grande epicentro.
Os clássicos consideram que o crime é, antes de tudo, um ente jurídico. É necessário que 
haja uma previsão legal para que uma conduta seja considerada criminosa.
O enfoque clássico, portanto, se vale de um método dedutivo: parte da regra geral (normas 
jurídicas por exemplo) para analisar o fenômeno criminal. O método é também abstrato, pois 
baseia-se sobretudo na lei, um comando genérico. A lei é justa e deve ser aplicada de maneira 
racional e igualitária para todos.
A Escola Clássica não estava tão interessada em entender a razão pela qual alguém decide 
cometer um crime.
As bancas, como já sabemos, gostam de utilizar o termo etiologia. Se refere à busca de ex-
plicações das causas do comportamento criminoso. A Escola Clássica não estava, portanto, 
preocupada com a etiologia dos delitos.
Assim, a Escola Clássica pouco contribuiu com a etiologia. Mas foi a Escola Clássica que 
se preocupou, pela primeira vez, em fundamentar, delimitar e legitimar a pena. Em substituição 
ao sistema penal caótico e desumano do Antigo Regime, a Escola Clássica forneceu um pano-
rama legislativo humanitário e racional, mostrando que a pena poderia e deveria ser útil, justa 
e proporcional.
A pena, para os clássicos, deve ter nítido caráter de retribuição pela responsabilidade moral 
do delinquente (imputabilidade moral), de modo a restaurar a ordem externa social.
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Nascimento da Criminologia. Precursores. Iluminismo. Clássicos. Positivistas
CRIMINOLOGIA
Mariana Barreiras
Os principais autores clássicos relembrados por terem contribuído para a Criminologia são 
os seguintes:
Feuerbach
Feuerbach foi o principal redator do Código Bávaro de 1813. Lá, situou o Direito Penal den-
tro do Direito Público e o separou do processo penal. Fez a distinção entre crime e outros 
tipos de ilícitos. Desenhou a autonomia da disciplina (Direito Penal) e colocou a tarefa de criar 
delitos e impor penas nas mãos do soberano, entregando ao Estado a exclusividade do poder 
criminal. Defendeu a separação entre direito e moral. Especificou que as penas deviam estar 
previamente declaradas em leis e que somente com observância dessas leis o Direito Penal 
podia ser aplicado, dando forte ênfase ao direito positivado, ao princípio da legalidade e, por-
tanto, à proteção das liberdades individuais do cidadão.
marquês de beccaria
Cesare Bonesana, conhecido como Marquês de Beccaria, publicou, em 1764, Dos delitos 
e das penas, que serviu de base para a valorização da dignidade das pessoas e para a conse-
quente humanização das penas, em contraposição à crueldade das sanções existentes até a 
primeira metade do século XVIII. Para Beccaria, o indivíduo escolhe ou não obedecer às leis, 
mas o Estado não poderia escolher tratamentos cruéis e desumanos. As leis, para ele, deve-
riam ser simples, conhecidas pelo povo. E as penas deveriam estar previstas nessas leis. Ele 
criticava o sistema de provas que não admitia o testemunho da mulher, não dava atenção ao 
depoimento do condenado e era complacente com a tortura. Preocupava-se com a situação 
deplorável das prisões e defendia a necessidade de provas robustas para a condenação de 
alguém. A obra de Cesare Bonesana é considerada fundamental para o Direito Penal liberal e 
para a Criminologia clássica. Veja alguns trechos:
O juiz deve fazer um silogismo perfeito. A premissa maior deve ser a lei geral; a menor, a ação con-
forme ou não à lei; a consequência, a liberdade ou a pena. Se o juiz for obrigado a elaborar um racio-
cínio a mais, ou se o fizer por sua conta, tudo se torna incerto e obscuro. (…) Quando as leis forem 
fixas e literais, quando apenas confiarem ao magistrado a missão de examinar os atos dos cidadão, 
para indicar se esses atos são conforme a lei escrita, ou se a contrariam (…) então não se verão 
mais os cidadãos submetidos ao poder de uma multidão de ínfimos tiranos (…). À proporção que as 
penas forem mais suaves, quando as prisões deixarem de ser a horrível mansão do desespero e da 
fome (…) as leis poderão satisfazer-se com provas mais fracas para pedir a prisão1.
1 BECCARIA, Cesare Bonesana, Marches di. Dos delitos e das penas. São Paulo: Martin Claret, 2014. p. 21-4.
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Nascimento da Criminologia. Precursores. Iluminismo. Clássicos. Positivistas
CRIMINOLOGIA
Mariana Barreiras
FraNcesco carrara
Francesco Carrara escreveu o Programa de Direito Criminal, de 1859. Para ele, o crime não 
é um ente de fato, mas sim um ente jurídico. Ou seja, só existe crime porque há uma norma 
dizendo que tal fato é um crime. Os indivíduos possuem livre-arbítrio e decidem se comportar 
de maneira contrária à lei,sendo a pena uma retribuição jurídica que pretende restabelecer a 
ordem externa violada. Se o crime é um ente jurídico, deve ser estudado a partir das normas, 
em obediência a um método dedutivo, lógico-abstrato.
giovaNNi carmigNaNi
Giovanni Carmignani foi um jurista italiano igualmente preocupado em fundamentar o di-
reito de castigar. Para ele, o direito de punir se fundamentava na necessidade de manter a paz 
social. A pena não deve se preocupar tanto em castigar, mas sim em evitar delitos futuros.
crimiNologia Positivista
Depois dos clássicos (século XVIII), vieram os positivistas (século XIX). Antes de falar da 
Criminologia Positivista, vamos falar um pouquinho sobre o Positivismo de maneira geral, pois 
isso vai ajudar a fixar o conteúdo.
O Positivismo foi uma corrente filosófica formulada pelo francês Auguste Comte, no início 
do século XIX. A Europa passava por uma transição rumo à modernidade, com urbanização 
e industrialização. Comte defendia que, para enfrentar essas mudanças, os seres humanos 
também deveriam passar por uma reforma, nesse caso intelectual. Nessa transformação de 
pensamento, era necessário passar a explicar os fenômenos, naturais e sociais, por meio da 
sua observação (emprego dos sentidos humanos) e por meio da compreensão das leis natu-
rais que os regem. A humanidade já havia passado pelo estado teológico (em que se pensava 
que deuses e seres sobrenaturais seriam responsáveis por reger o mundo); pelo estado me-
tafísico (típico do pensamento clássico, em que se pensava que com argumentações lógicas, 
abstratas e racionais seria possível compreender o mundo); e agora estava pronta para ingres-
sar no estado positivo, em que o ser humano empregaria a observação e o trabalho empírico 
(concreto, positivo) para, de maneira científica, compreender a natureza e a sociedade, rumo 
ao progresso.
Visto isso, fica mais fácil compreender o positivismo criminológico, ou Escola Positivista, 
ou simplesmente Escola Positiva. Vou relembrar aqui, para você, algumas ideias que estuda-
mos na primeira aula.
A Criminologia tem como objeto o crime, o criminoso, a vítima e o controle social. A Cri-
minologia passa a estudar o delinquente a partir da segunda metade do século XIX, com o 
advento da filosofia positivista.
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Nascimento da Criminologia. Precursores. Iluminismo. Clássicos. Positivistas
CRIMINOLOGIA
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Opondo-se ao racionalismo dedutivo dos clássicos, os positivistas defendem a observa-
ção dos fenômenos criminais, com primazia para a experiência sensitiva humana. A ideia era 
aplicar, nas ciências humanas, métodos oriundos das ciências naturais. Como não era possível 
realizar essa aplicação em relação às normas (grande objeto de estudo dos penalistas clás-
sicos), começa-se a estudar o próprio delinquente. Muitos autores identificam que aí nasce, 
verdadeiramente, a Criminologia como ciência. Afinal, é nesse momento que a Criminologia 
começa a se valer do método indutivo, empírico e multidisciplinar.
Para os positivistas, o livre-arbítrio era uma ilusão. O delinquente era escravo do determi-
nismo biológico ou do determinismo social. No determinismo biológico, acredita-se que di-
ferenças genéticas entre os indivíduos os tornam mais propensos ao crime. São doenças, 
patologias que levam o indivíduo a se tornar um delinquente. No determinismo social, são as 
características do ambiente social que levam um indivíduo ao crime. Em ambos os casos, não 
há espaço para a escolha do indivíduo. Há, nessa Escola, muito interesse pelo estudo da etio-
logia do delito. Ou seja, com o positivismo a Criminologia passa a tentar entender a razão pela 
qual uma pessoa comete um crime.
É típica do pensamento clássico a adoção de penas proporcionais ao mal causado. A pena, 
para os clássicos, é sobretudo retribuição. É característica do pensamento positivista a ado-
ção de medidas de segurança com finalidade curativa, pelo tempo em que persistisse a pato-
logia. A medida de segurança é uma medida de defesa social (defesa da sociedade) contra o 
criminoso, que será sempre psicologicamente anormal.
Os autores positivistas foram bastante influenciados pelo pensamento evolucionista de 
Charles Darwin, que acreditava que alguns seres eram mais evoluídos que outros. Depois de 
Darwin demonstrar a teoria da evolução das espécies, o antropólogo inglês Herbert Spencer 
(século XIX) defendeu que os pobres, os incapazes, os imprudentes, eram inaptos para o cres-
cimento intelectual e seriam superados pelos indivíduos mais aptos. Seu pensamento evolu-
cionista buscava justificar o neocolonialismo: os colonos, dos países ocupados, seriam seres 
inferiores, que não haviam passado por uma evolução completa. As raças inferiores teriam 
menos sensibilidade. Era inútil ofertar a elas muita educação ou instrução, sendo mais lógico 
reservar-lhes os trabalhos manuais. As ideias de Darwin e de Spencer influenciaram bastante 
os positivistas, para quem, como veremos, os indivíduos não eram todos iguais.
O positivismo, de maneira geral, foi crucial para a Criminologia: era essencialmente inter-
disciplinar, tendo construído seu pensamento a partir da aglutinação de várias ciências; aban-
donou a perspectiva fortemente centrada nos saberes jurídicos dos clássicos; trouxe, portanto, 
o método indutivo, empírico e interdisciplinar para o centro dos estudos; e transformou o delin-
quente em objeto de profunda análise.
Vamos, agora, analisar o pensamento dos principais autores positivistas e suas três fases 
principais: antropológica, jurídica e sociológica.
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Nascimento da Criminologia. Precursores. Iluminismo. Clássicos. Positivistas
CRIMINOLOGIA
Mariana Barreiras
cesare lombroso
Lombroso foi médico e antropólogo italiano. Ele é o principal expoente da fase antropoló-
gica do positivismo. Com sua obra O homem delinquente, de 1876, fundou o que se convencio-
nou chamar de fase antropológica do positivismo criminológico. Para a maioria dos autores, é 
com Lombroso que a Criminologia pode passar a ser considerada uma ciência e por isso ele é 
considerado o pai da Criminologia.
Utilizou algumas ideias de fisionomistas para tentar fazer um retrato do delinquente. Várias 
características corporais das pessoas eram analisadas, tais como estrutura do tórax, tamanho 
das mãos e das pernas, quantidade de cabelo, altura, peso, barba, rugas, tamanho da cabeça 
etc. A ideia era partir da observação da realidade para chegar a regras gerais sobre o compor-
tamento delinquente. Tratou, então, de aplicar o método empírico e indutivo para analisar o 
fenômeno criminal.
Para Lombroso, o crime era um fenômeno biológico, e não um ente jurídico: o delinquen-
te é um selvagem (ele não é igual ao restante da população!) que já nasce criminoso por ser 
possuidor de algum tipo de epilepsia. Por isso, Lombroso utiliza amplamente o conceito de 
criminoso nato. Os fatores ambientais, sociais, ou seja, exógenos, externos ao indivíduo, ape-
nas têm o poder de desencadear os fatores clínicos, biológicos, endógenos. Há, portanto, forte 
negação do livre-arbítrio, já que o criminoso é um ser moralmente inferior (não evoluiu!), um 
louco moral, com evidências de atavismo. A característica atávica é aquela que já estava pre-
sente em ascendentes distantes e que reaparece em determinadoindivíduo.
Lombroso era, então, um evolucionista (seguia os ensinamentos de Darwin): ele entendia 
que algumas pessoas seriam dotadas de uma predisposição primitiva para a delinquência. 
Pessoas mais “evoluídas”, mais distantes de seus antecessores primitivos, não seriam crimi-
nosas por não serem portadoras dessas características inatas que levavam ao crime.
Ele emanou conceitos bastante preconceituosos sobre as mulheres, consideradas cruéis, 
mentirosas, fracas, tagarelas e indiscretas. As mulheres criminosas, para Lombroso, estavam in-
timamente associadas à prostituição. As grandes categorias de criminoso para Lombroso são:
• o criminoso nato;
• o louco moral;
• o epilético;
• o criminoso louco;
• o criminoso ocasional;
• e o criminoso passional.
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Nascimento da Criminologia. Precursores. Iluminismo. Clássicos. Positivistas
CRIMINOLOGIA
Mariana Barreiras
Nas primeiras edições de O Homem delinquente, Lombroso traça uma distinção entre o crimi-
noso nato, o louco moral e o epilético, mas com a evolução de seus estudos, ele chega à con-
clusão de que criminalidade nata, loucura moral e epilepsia se confundem e se fundem.
Repare que ele não utiliza a categoria de criminoso habitual, que será empregada por seu su-
cessor, Enrico Ferri.
Categorias de criminoso
• Lombroso
• Criminoso nato (louco moral, epilético)
• Criminoso louco
• Criminoso ocasional
• Criminoso passional
Não há, em sua obra, uma preocupação em traçar nitidamente a distinção conceitual entre 
cada uma das categorias. Partindo do pressuposto – equivocado – que essas categorias são 
conceitos de cristalina compreensão, focou sua atenção em tirar medidas, analisar e compa-
rar a fisionomia e outras características corporais dos criminosos de cada tipo, buscando o 
tipo criminal.
raFFaele garoFalo
Raffaele Garofalo foi um jurista italiano. Com sua obra Criminologia, de 1885, deu início à 
fase jurídica do positivismo criminológico. Ele dizia que o crime é a revelação de uma natureza 
degenerada. Introduziu o conceito de temibilidade (ou periculosidade), que é a perversidade 
constante e ativa do delinquente e a quantidade do mal que se deve temer desse criminoso. 
Esse conceito foi importante para a proposta dos positivistas de aplicação de medida de segu-
rança, espécie de sanção penal com finalidade curativa que, diferentemente da pena, não deve 
ter prazo, mas sim ser aplicada pelo tempo em que persista a patologia. A finalidade da medida 
de segurança, como o próprio nome já diz, é tratar o criminoso e proteger a sociedade (medida 
de defesa social) de pessoas desprovidas dos sentimentos de piedade e probidade.
Garofalo defendia, ainda, a existência de um conceito de delito natural, ou seja, condutas 
que seriam consideradas crimes em todos os tempos e locais, tais como o parricídio, o la-
trocínio e o homicídio por mera brutalidade. Ele postulava a adoção de – e chegou mesmo a 
redigir – um código penal internacional, no qual previa duas categorias de penas: eliminação 
absoluta, que nada mais é do que a pena de morte, destinada aos homicidas; e eliminação 
relativa, para os demais tipos de delinquente. Dentro da eliminação relativa havia as seguintes 
espécies: “marooning” ou transporte com abandono (abandono do delinquente em algum lugar 
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Nascimento da Criminologia. Precursores. Iluminismo. Clássicos. Positivistas
CRIMINOLOGIA
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isolado, como um deserto, ou uma ilha remota, por exemplo); internação perpétua em colônia 
penal no exterior; internação por tempo indeterminado no exterior; confinamento em asilos por 
tempo indeterminado, que era o tipo de pena apropriada para loucos e alcoólatras; e trabalho 
compulsório.
Para ele, as categorias de criminoso seriam:
• Criminoso assassino: delinquente típico, egoísta, que segue o apetite instantâneo, como 
um selvagem ou uma criança, e que apresenta sinais externos, físicos;
• Criminoso enérgico ou violento: delinquente que possui senso moral, mas é desprovido 
de compaixão;
• Criminoso ladrão ou neurastênico: delinquentes desprovidos de probidade. Possuem, 
em geral, olhos vivazes, nariz achatado.
Categorias de criminoso
Lombroso Garofalo
Criminoso nato Criminoso assassino
Criminoso louco Criminoso enérgico ou violento
Criminoso ocasional Criminoso ladrão ou neurastênico
Criminoso passional
eNrico Ferri
Enrico Ferri foi genro e sucessor de Lombroso. Com sua obra Sociologia Criminal, de 1900, 
inaugurou a fase sociológica do positivismo criminológico. Defendia, assim como o sogro, que 
o livre-arbítrio era uma ficção, mas reconhecia a existência de fatores antropológicos (ex.: con-
dições orgânicas), físicos (cosmo-telúricos, como clima e condições atmosféricas) e sociais 
(como política, densidade populacional, religião, família) que influenciavam no cometimento 
de um crime. Com base nesses fatores, e muito influenciado pela aplicação dos métodos das 
ciências naturais às ciências humanas, formulou a “lei da saturação”: assim como um líquido 
se comporta de maneiras diferentes a depender da temperatura, o nível de criminalidade seria 
determinado pelas condições do meio físico e social, combinadas com as tendências congêni-
tas e impulsos ocasionais dos indivíduos.
Ferri dividiu os criminosos em cinco categorias:
• Criminoso nato: era impulsivo e incorrigível, agindo de maneira desproporcional aos mo-
tivos da ação;
• Criminoso louco: é levado ao crime por uma doença mental e pela atrofia da moral;
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• Criminoso ocasional: apresenta menor periculosidade, maior possibilidade de ser rea-
daptado socialmente e é condicionado por fatores ambientais, como provocação, ne-
cessidades, facilidades, sem os quais a delinquência não ser verificaria;
• Criminoso passional: age impelido por alguma paixão pessoal, política ou social;
• Criminoso habitual: delinquente urbano, criado em um ambiente de miséria, que começa 
com leves faltas e incorre numa escalada rumo aos crimes graves;
Categorias de criminoso
Lombroso Garofalo Ferri
Criminoso nato Criminoso assassino Criminoso nato
Criminoso louco Criminoso enérgico ou violento Criminoso louco
Criminoso ocasional Criminoso ladrão ou assassino Criminoso ocasional
Criminoso passional Criminoso passional
Criminoso habitual
Ferri, por dar o devido peso aos fatores sociais, é considerado o pai da sociologia crimi-
nal. Ele explicava que o delinquente é um anormal, que só comete delitos porque vive em 
sociedade. E segundo Ferri, é papel da sociedade se defender dessas ameaças, por meio de 
medidas de defesa social (que viriam a dar origem às atuais medidas de segurança). Para 
ele, a pena-castigo, por tempo determinado, não era adequada, suficiente. Era fundamental 
que os delinquentes fossem colocados em isolamento por tempo indeterminado, para que só 
saíssem quando estivessem curados oucorrigidos, ou seja, para que retornassem ao meio 
social somente quando demonstrassem capacidade de interagir em sociedade sem represen-
tar ameaças.
Positivismo No brasil
No Brasil, três autores são particularmente identificados como conectados às ideias da 
Escola Positivista Italiana:
Tobias Barreto
Tobias Barreto, em seu livro Menores e loucos em direito criminal, de 1884, apesar de pos-
suir uma concepção humanista, afirma que o direito de punir é consequência de uma fórmula 
científica, algébrica, de imposição da pena aos criminosos, que perturbam a ordem social. 
Tobias Barreto, assim como Lombroso, tinha uma visão bastante preconceituosa da mulher, 
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Nascimento da Criminologia. Precursores. Iluminismo. Clássicos. Positivistas
CRIMINOLOGIA
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considerada um ser que se deixava levar pelas paixões e que, quando apaixonada, era incapaz 
de pensar em qualquer outro assunto que não o amor.
Nina Rodrigues
Nina Rodrigues, em As raças humanas e a responsabilidade penal no Brasil, de 1894, cri-
ticou o ecletismo de Tobias Barreto e negou o livre-arbítrio invocando a heterogeneidade da 
cultura mental dos brasileiros. Com postulados racistas, Nina Rodrigues dizia que o negro 
era briguento, violento nas impulsões sociais e muito dado à embriaguez. Chegou a defender 
a existência de, pelo menos, quatro Códigos Penais no Brasil, que atendessem diversidades 
raciais e regionais.
Afrânio Peixoto
Afrânio Peixoto, autor de Hygiene, de 1917, foi no Brasil o defensor da eugenia (eu: boa; 
genus: geração). Defendia a importância da medicina eugênica preventiva para o trabalho po-
licial: deviam ser investigados e resolvidos os problemas biológicos da gestação, para a pro-
dução de entes sadios, válidos. Em seu livro Criminologia, de 1933, defendeu que a disposição 
ao crime é hereditária e que, por isso, é necessário fazer uma seleção das pessoas que quere-
mos em nossa sociedade. Partindo de premissas polêmicas, entendia que apenas as pessoas 
biologicamente dignas deveriam prosperar, e que seria a realização de um sonho impedir a 
procriação de doentes, loucos, degenerados.
críticas ao Positivismo
Como problemas comuns aos teóricos positivistas podem ser citados a patologização do 
fenômeno delitivo e a concepção do entorno social como mero fator desencadeante da crimi-
nalidade. Houve, ademais, erros metodológicos cometido pelos positivistas. Um deles foi ana-
lisar clinicamente pessoas que já haviam sido selecionadas pelo sistema sucessivo de freios 
que é o Direito Penal, desconsiderando os estereótipos que guiam seu funcionamento e as 
consequências e estigmas que o próprio sistema penal provoca nos criminosos. Outro erro foi 
o de considerar que características encontradas nos delinquentes eram típicas desse grupo, 
esquecendo-se que os mesmos traços podiam estar presentes na população de maneira geral.
escolas iNtermediárias
As escolas intermediárias são aquelas que não se encaixam nos modelos das Escolas 
Clássica e Positivista, e que por vezes tentam compatibilizar os pensamentos das duas corren-
tes, ora se aproximando mais de uma, ora de outra.
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Nascimento da Criminologia. Precursores. Iluminismo. Clássicos. Positivistas
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correcioNalismo
Comentamos, em nossa primeira aula, que para a visão correcionalista, o criminoso é um 
fraco, uma pessoa cuja vontade deve ser direcionada. O delinquente não é capaz de dirigir a 
sua vida, sendo necessária a intervenção do Estado, que deve adotar postura pedagógica e 
de piedade. Algumas ideias correcionalistas anteciparam preceitos positivistas, como a ideia 
de tratamento penal individualizado, seguindo as necessidades de cada apenado. Elas per-
mearam algumas importantes reformas penitenciárias, buscando individualizar a pena com 
critérios humanitários.
O correcionalismo nasce na Alemanha no século XIX. Em 1867, Karl Röeder lança sua obra 
As doutrinas fundamentais reinantes sobre o delito e a pena recuperando ideias de outro ale-
mão, Karl Krause. Para Krause, o Estado era uma comunidade fraternal e tolerante, que não 
buscaria a vingança, mas sim a melhoria moral dos membros da sociedade. Assim, no pensa-
mento correcionalista de Röeder, seria obrigação do Estado corrigir ou melhorar moralmente o 
delinquente. Essa obra foi traduzida na Espanha por Francisco Giner de los Rios, onde encon-
trou terreno fértil.
O jurista e criminólogo espanhol Pedro Dorado Montero, autor de O Direito Protetor dos 
Criminosos, defendia que todos os valores são relativos. Não haveria um delito natural, como 
defendia Garofalo. Havia um determinismo mitigado em sua obra, pois entendia que os indi-
víduos estão determinados a realizar certas ações, mas essas ações não são delitos ontolo-
gicamente. A sociedade é quem diz se uma ou outra conduta é criminosa. Todos os delitos 
são uma criação política e, por conseguinte, a sociedade não tem o direito de eliminar os de-
linquentes, mas tem, sim, o dever de educá-lo para que ele seja do jeito que ela determina ser 
o correto. O delinquente teria, para Dorado Montero, o direito de exigir da sociedade que o 
eduque e o proteja.
escola de lyoN
Os franceses da Escola de Lyon são considerados precursores da Criminologia por alguns 
autores. É mais apropriado dizer que integram uma posição intermediária entre clássicos e 
positivistas.
Alexandre Lacassagne era um médico francês dos séculos XIX e XX que se opôs direta-
mente às ideias de Lombroso. Ele defendia que há dois tipos de fatores que influenciam na 
escolha pela prática de um crime: os fatores predisponentes (como os físicos) e os fatores de-
terminantes (como os sociais, que são decisivos para a prática do crime). Usava metáfora para 
ilustrar que a sociedade abriga em seu seio uma série de micróbios, que são os delinquentes, 
que não se desenvolvem se o meio não é adequado. Assim, para Lacassagne, cada sociedade 
tem o criminoso que merece. Se há mais desorganização social, há mais criminosos.
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Gabriel Tarde foi outro importante expoente da Escola de Lyon. Juiz criminal, também se 
opôs a algumas ideias de Lombroso. Para Tarde, eram as causas sociais, e não as somáticas, 
que influenciavam as diferentes taxas criminais. A escola do crime era a praça, a rua. Ele pro-
pugnava a existência de três leis da imitação: o indivíduo, em contato próximo com outros, 
imita-os na proporção direta do contato que mantêm entre si; o inferior imita o superior, os 
jovens imitam os mais velhos, os pobres imitam os ricos etc.; se duas modas se sobrepõem, a 
mais nova substitui a mais antiga. Assim, se há contato social deletério, haverá criminalidade. 
Por ter essa visão de necessidade de investigação sociológica da delinquência, ele também é 
considerado um dos pais da sociologia criminal.
escola de marburgo
Tambémconhecida como Escola Sociológica Alemã ou Jovem Escola Alemã de Política 
Criminal, conferia decisiva importância à Política Criminal dentro do Direito Penal. Encabeçada 
por Franz Von Liszt, estava desligada das disputas de escolas e defendia a necessidade de 
investigações sociológicas e antropológicas. Em síntese, essa escola defendia: análise cientí-
fica da realidade criminal, dirigida à busca das causas do crime (etiologia), em vez de contem-
plação filosófica ou jurídica; e relativização do problema do livre-arbítrio, levando à compatibili-
zação das penas com as medidas de segurança, para que o sistema penal pudesse contar com 
instrumentos flexíveis e multifuncionais, capazes de intimidar algumas pessoas e curar outras. 
Diz-se que a principal contribuição dessa escola foi distinguir os imputáveis dos inimputáveis, 
com a distinção de pena para os imputáveis e medida de segurança para os inimputáveis.
Liszt defendia que a pena justa é a pena necessária e que a finalidade preventiva especial 
(dirigida ao delinquente) da pena se cumpre dependendo do tipo de criminoso:
• Para o criminoso ocasional (que não necessita ser ressocializado), a pena é uma intimi-
dação, uma recordação de que ele não deve cometer crimes;
• Para o criminoso corrigível, a pena deve ter o fim de ressocializar, de corrigir (prevenção 
especial positiva, como veremos nas próximas aulas);
• Para o criminoso habitual (que não é passível de ressocialização), a pena deve servir 
como neutralização, inocuização, para que ele, isolado, deixe de cometer novos crimes 
(prevenção especial negativa).
Essa escola busca, portanto, um equilíbrio entre os sistemas clássico e positivista. Von 
Liszt, particularmente, defendia a ciência total do Direito Penal, da qual deveriam fazer parte o 
Direito, a Antropologia, a Psicologia, a Estatística, a Criminologia, a Política Criminal. Para Liszt, 
o Código Penal era a carta magna do delinquente e o Direito Penal, a barreira intransponível da 
política criminal. Ou seja, o código Penal existia para defender os criminosos dos abusos esta-
tais e as autoridades estariam obstadas de tentar buscar objetivos de dominação e poder por 
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meio do sistema criminal. As políticas criminais punitivistas teriam uma barreira, a dogmática 
penal, cujos sólidos princípios nunca deveriam ser ultrapassados.
Se, como veremos nas próximas aulas, hoje são comuns as manifestações contrárias às 
penas privativas de liberdade, muito se deve a essa Escola. Algumas das primeiras manifesta-
ções contrárias às penas privativas de liberdade de curta duração surgiram com o Programa 
de Marburgo de Von Liszt, em 1882, e a sua “ideia de fim no Direito Penal “, quando sustentou 
que a pena justa é a pena necessária.
escola técNico-Jurídica
Nasceu na Itália, em 1910, em uma aula magna proferida por Arturo Rocco, na Univer-
sidade de Sassari, em discurso denominado Il problema e il metodo della scienza del diritto 
penale. Em sua fala, Rocco criticou os métodos que vinham sendo empregados e que, por 
um lado, buscavam um direito racional ou ideal; por outro, traziam para o direito discussões 
políticas, sociais, morais ou psicológicas. Ele defendia um retorno do Direito Penal ao campo 
estritamente jurídico, e uma análise que se limitasse ao Direito Penal positivado (ou seja, às 
leis penais existentes). Dava bastante importância à análise da finalidade e função social das 
normas, dizendo que a elaboração dogmática deveria ser guiada por um espírito realista. Para 
que esse espírito realista se concretize, é importante que a superestrutura do direito conheça 
os fenômenos humanos e sociais que estão debaixo dele e que seja feita constante análise 
das funções e finalidades das instituições jurídicas. A elaboração científica do Direito Penal 
seria escalonada em três fases:
• Fase de interpretação (ou exegética): investigação do sentido do direito positivo. Por 
meio da interpretação teleológica (investigação do fim buscado pela lei), devemos cap-
tar qual é o bem jurídico objeto de tutela pelo tipo penal.
• Fase sistemática: coordenação dos diferentes princípios extraídos da fase de interpretação.
• Fase crítica: determinação de como o direito “deve ser”. Podem ser propostas reformas, 
seja para alterar dispositivos, eliminar alguns institutos ou incorporar outros. Essa incor-
poração de novas instituições jurídicas seria, para ele, a política criminal.
Ou seja, essa escola surge como reação tanto ao idealismo dos clássicos como ao em-
pirismo do positivismo. Desejava conferir importância aos aspectos jurídicos do crime, e não 
às variantes antropológicas ou sociais. É, sobretudo, uma reação científica em direção ao ver-
dadeiro Direito Penal. Para seus defensores, a ciência penal era autônoma e não deveria se 
confundir com outras ciências filosóficas, estatísticas, explicativas (Criminologia) ou políticas 
(política criminal). Para essa Escola, o delito é pura relação jurídica, para o qual são previstas 
penas (direcionadas aos imputáveis) e medidas de segurança (direcionadas aos inimputáveis). 
Essas penalidades teriam função preventiva, geral (direcionada a toda a sociedade) e especial 
(direcionada ao delinquente, para que não volte a cometer outros delitos). A Escola Técnico-
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-Jurídica acreditava que cada indivíduo é livre para escolher o caminho do delito e, portanto, 
fundamentava a punição na responsabilidade moral de cada um.
Outro grande expoente da Escola Técnico-Jurídica foi o jurista alemão Karl Binding.
Karl Binding desenvolveu, em sua obra As normas e sua contravenção, a Teoria das Nor-
mas, em que traçou a distinção entre norma e lei. Para tanto, ele partiu da análise dos tipos 
penais, que são comandos mandamentais, ou seja, contêm uma ordem. Sua teoria diz que 
não existe, por exemplo, uma lei determinando que é proibido matar alguém. O que existe na 
lei é exatamente o comando contrário: “Matar alguém” (art. 121 do Código Penal brasileiro). 
Assim, quando o indivíduo comete um homicídio ele não descumpre a lei (afinal a lei diz “Ma-
tar alguém”). Ao contrário, ele realiza o comando da lei (e se submeterá à pena que consta da 
mesma lei). Assim, para Binding, o criminoso, ao cometer um crime, não infringe a lei (“Matar 
alguém”), mas sim a norma penal (“É proibido matar”) contida nessa lei, seja ela de proibição 
(“É proibido matar”) ou de mandato de ação (“É obrigatório prestar socorro às pessoas”).
Os expoentes da Escola Técnico-Jurídica, em função desse estudo dogmático, normativo, 
são também, por vezes, elencados como pertencentes à Escola Clássica do Direito Penal.
terza scuola
A Terza Scuola italiana, também chamada de Positivismo Crítico, ou Escola Eclética, rea-
lizou uma tentativa de harmonizar os postulados do positivismo com os dogmas clássicos. 
Seus principais representantes foras Bernardino Alimena, Manuel Carnevale e Giovanni (João) 
Battista Impallomeni. O nome da escola se deve ao artigo Una terza scuola di Diritto Penale in 
Italia, escrito em 1892 por Carnevale. Eles defendiam que o delito é produto de uma pluralidademuito complexa de fatores endógenos e exógenos. Conservaram a importância da antropo-
logia e da sociologia criminal. Postulavam a substituição da tipologia positivista (criminoso 
nato, criminoso louco, criminoso habitual etc.…) por outra mais simplificada, que distinguia os 
delinquentes em ocasionais, habituais e anormais. Não aceitavam a categoria de criminoso 
nato pela fatalidade (determinismo) que ela trazia consigo.
Os autores da Terza Scuola adotaram a divisão dos criminosos em imputáveis e inimpu-
táveis, na mesma linha da Escola de Política Criminal Alemã. García-Pablos de Molina afirma 
que, em relação ao conceito de livre-arbítrio, defenderam uma postura eclética, a depender 
das circunstâncias de cada caso: a possibilidade de se usar tanto a pena, fundamentada na 
responsabilidade moral, na dirigibilidade da ação, na voluntariedade; quanto a medida de se-
gurança, fundamentada na temibilidade ou indirigibilidade do delinquente2. Mas a maioria dos 
autores defende que a Terza Scuola, ao fazer a distinção entre imputáveis e inimputáveis, não 
adotou postura eclética quanto ao livre-arbítrio, e sim que, em realidade, rechaçou esse con-
ceito. Afinal, para Bernardino Alimena, a responsabilidade moral (que embasaria o emprego da 
2 GARCÍA-PABLOS de Molina. GOMES, Luiz Flávio. Criminologia: introdução a seus fundamentos teóricos. 5. ed. São Paulo: 
RT, 2006. p. 153-4.
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pena) não estaria calcada no livre-arbítrio, mas sim num determinismo psicológico. A pessoa 
seria imputável se a sua estrutura psíquica fosse normal e permitisse que ela pautasse suas 
condutas por escolhas3. A dirigibilidade da ação (base da responsabilidade moral) derivaria da 
normalidade psíquica do indivíduo (que ele não escolhe) e não do livre-arbítrio.
Para a Terza Scuola, o crime era um fenômeno individual e social. Para alguns autores, a 
pena, nessa Escola, visava a defesa social e tinha caráter aflitivo4. Para outros, a pena tinha, 
preferencialmente, finalidade preventiva5. Em realidade, há uma variedade de posições sobre a 
pena – e outros tópicos – dentro da Terza Scuola.
escola de deFesa social
Existem várias vertentes de defesa social, mas a ideia central é que se deve defender a so-
ciedade frente à periculosidade do delinquente. Representado pelo italiano Filippo Gramatica 
e pelo francês Marc Ancel, o movimento de defesa social é uma filosofia penal, uma política 
criminal, e não uma nova teoria sobre a criminalidade.
A primeira formulação se dá com Adolf Prins, no livro A defesa social e as transformações 
do Direito Penal, de 1910. Prins foi, ao lado de Van Hammel (professor da Universidade de 
Amsterdã) e Von Liszt, um dos fundadores da União Internacional de Direito Penal em 1889. 
Foi também responsável pelo primeiro ciclo da defesa social. Ele defendia que era o Direito 
Penal deveria se encarregar da proteção da segurança e moralidade coletivas, e lutar contra a 
periculosidade criminal. Como a periculosidade poderia existir independentemente do cometi-
mento de delitos, sua teoria acabava por legitimar o emprego de medidas penais pré-delituais. 
Ao mesmo tempo, Prins determinava que a segurança coletiva deveria ser alcançada com o 
mínimo de sacrifício individual.
Esse primeiro ciclo de defesa social dura até o fim da primeira guerra. No período entre 
guerras tem lugar o segundo ciclo de defesa social, com leve declínio das teses defensivistas 
a princípio, mas com a recepção de algumas ideias em diversas legislações. Terminada a se-
gunda guerra, com o cenário de desolação, mortes e fome, ocorre a consolidação das ideias 
de defesa social. Nasce formalmente, em 1949, a Sociedade Internacional de Defesa Social 
(SIDS) e surgem, dentro do movimento, duas grandes tendências: uma tendência radical, de 
Filippo Gramatica, e uma tendência moderada, de Marc Ancel.
3 VIANA, Eduardo. Criminologia. 6. ed. Salvador, BA: JusPodium, 2018. p. 87-8.
4 cf. MORAES, Alexandre Rocha Almeida de; FERRACINI Neto, Ricardo. Criminologia. Salvador, BA: JusPodium, 2019. p. 156; 
PENTEADO FILHO, Nestor Sampaio. Manual esquemático de criminologia. 7. ed. São Paulo: Saraiva, 2017. p. 39.
5 VIANA, Eduardo. Criminologia. 6. ed. Salvador, BA: JusPodium, 2018. p. 88.
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Defesa Social Radical
A tendência radical, também conhecida como direção de Gênova, decorre do pensamento 
do italiano Filippo Gramatica. Ele desenvolveu a teoria de que era necessário empregar o Direi-
to Penal Subjetivo, e com isso ele pretendia colocar o indivíduo no núcleo central do sistema. 
A responsabilidade penal pelo dano causado deveria ser substituída pela categoria de antisso-
cialidade subjetiva. O ponto de apoio do sistema penal não deve ser o bem jurídico, e sim os 
indivíduos, em torno do qual deveria gravitar todo o sistema jurídico. A estrutura biopsíquica 
da personalidade das pessoas seria a base para a intervenção estatal. A velha pena retributiva, 
inútil e prejudicial, deveria ser abolida, em prol de medidas educativas e curativas. Não deveria 
haver uma pena para cada delito, mas sim uma medida para cada pessoa. Essas medidas não 
seriam elemento de poder do Estado contra os indivíduos, mas sim elemento de socialização, 
de melhora do indivíduo e de toda a sociedade. Gramatica defendia a substituição do Direito 
Penal por um Direito de Defesa Social, para o qual propugnava as seguintes ideias:
• Eliminação das causas de desamparo do indivíduo na sociedade;
• Estado não tem direito de castigar, mas sim de socializar;
• Medidas de defesa social devem ter caráter preventivo, terapêutico e pedagógico;
• Medidas de defesa social devem levar em conta a antissocialidade subjetiva (personali-
dade) e não o dano causado (responsabilidade);
• Procedimento de defesa social termina com a cura.
Essa teoria, por se valer de critérios tão subjetivos como a antissocialidade e a necessida-
de de socializar, curar os indivíduos, acaba dando margem à prática de abusos penais6.
Defesa Social Moderada
Também conhecida como Nova Defesa Social, a defesa social moderada tem no magistra-
do francês Marc Ancel seu principal expoente. Ele foi um dos redatores do Programa Mínimo, 
um conjunto de regras aprovadas em 1954 por criminalistas da Sociedade Internacional de 
Defesa Social. Essa aprovação pode ser considerada como uma vitória do pensamento mo-
derado no seio do movimento. Nessa nova orientação, o próprio conceito de defesa social é 
atualizado. Não se trata somente de defender a sociedade dos criminosos, mas também de 
defender o criminoso do crime, de afastá-lo da reincidência. Trata-se de realizar a prevenção 
do crime com o tratamento humanitário dos delinquentes. A ideia aqui, não é acabar com o 
Direito Penal, mas sim individualizar ao máximo a resposta punitiva, para potencializar a res-
socialização do indivíduo. Marc Ancel rechaçava o determinismo positivista, suspeitava da 
classificação dos delinquentes e acreditava na explicação dinâmica do crime. Mas ele recha-
çava também as ideias radicais de Gramatica e tratou de recuperar a ideia de livre arbítrio e 
6 VIANA, Eduardo. Criminologia.6. ed. Salvador, BA: JusPodium, 2018. p. 107.
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responsabilidade, que, para ele, deveria ser dividida entre o indivíduo e a sociedade. Na defesa 
social moderada de Marc Ancel, o protagonismo é conferido àqueles que são objeto das leis 
penais. Ou seja, a preocupação maior não é defender a sociedade do crime, mas sim fazer com 
que os delinquentes de adaptem, se harmonizem com a sociedade, evitando a reincidência. O 
Direito Penal é, portanto, uma instância de controle social legítima, que deve andar de mãos 
dadas com a política criminal, as ciências sociais e a Criminologia.
Como dissemos no começo do tópico, a defesa social é menos uma teoria sobre a crimi-
nalidade, e mais uma linha político-criminal, que defende:
• que o crime é um fato social e humano, de modo que é importante “desjuridizar”, ou seja, 
mitigar um pouco o valor do tecnicismo e da dogmática, em prol da valorização das ciên-
cias humanas e do desenvolvimento de uma política criminal situada entre o Direito Pe-
nal e a Criminologia, que busque o constante aperfeiçoamento das instituições penais;
• que é necessário analisar os fatores psicológicos e sociológicos que deram origem ao 
cometimento do crime;
• e que é necessário decidir qual a melhor atitude a se tomar contra o autor do delito, para 
além de uma mera qualificação jurídica e com a eliminação do sentido retributivo da 
pena (preocupação com a reinserção do delinquente por meio do tratamento e necessi-
dade de reforma penitenciária).
A ideia central, portanto, reside em articular a defesa da sociedade e a reinserção do cri-
minoso mediante a ação coordenada do Direito Penal, da Política Criminal, da Criminologia e 
da Ciência Penitenciária, valendo-se de bases científicas e humanitárias ao mesmo tempo. O 
Direito Penal não pode lutar contra o crime isoladamente. Deve dividir essa tarefa com outras 
disciplinas, para conhecer a personalidade do delinquente e ser capaz afastar a sua periculosi-
dade de forma individualizada e humanitária.
A meta não é castigar o delinquente, não é neutralizá-lo, mas proteger eficazmente a so-
ciedade e o criminoso, por meio de estratégias preventivas penais e não penais, aí incluída a 
ressocialização. O castigo tem dupla finalidade: defender a sociedade do crime e ressocializar 
o criminoso que, como membro da sociedade, nela deve ser reincorporado com dignidade. 
Como diz García-Pablos de Molina, “é uma imagem bem distinta da do ‘pecador’ (dos clássi-
cos), da ‘fera perigosa’ (dos positivistas’), da do ‘inválido’ (dos correcionalistas’) ou da ‘vítima’ 
(do marxismo’)”7.
Em 1985, o Programa Mínimo foi acrescido de um Adendo. Os debates que levam à redação 
do Adendo tiveram lugar em reuniões da SIDS realizadas na América, sobretudo na Venezuela 
(1976) e no México (1979). Decidiu-se que era necessário revisar o Programa Mínimo para 
incluir grandes transformações sociais e ideológicas com caráter universal (acima das pecu-
liaridades das legislações nacionais).
7 GARCÍA-PABLOS DE MOLINA, Antonio; GOMES, Luis Flávio. Criminologia: introdução a seus fundamentos teóricos; introdu-
ção às bases criminológicas da Lei n. 9.099/95, Lei dos Juizados Especiais Criminais. 5. ed. São Paulo: RT, 2006. p. 155.
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Dá-se o nome de Novíssima Defesa Social a essa vertente de Defesa Social pós-Adendo. 
Seus principais postulados são:
• permanente exame crítico das instituições penais vigentes, buscando sua reforma ou 
abolição – daí falar-se que é um movimento “preterpenal”8, e que uma de suas caracte-
rísticas é a mutabilidade;
• vinculação do Direito Penal a todos os ramos de conhecimento humano – e daí decorre 
o antidogmatismo do movimento;
• enxugamento da legislação penal, com a descriminalização de delitos de pequena mon-
ta;
• promoção da criminalização de infrações contra a economia e infrações estatais (cor-
rupção, abuso de poder, crime do colarinho branco etc.);
• desenvolvimento de atividades socializadoras que ajudem o condenado a não reincidir;
• e promoção da reforma penitenciária9.
Em 1987, a Sociedade Internacional de Defesa Social acrescenta mais um trecho ao seu 
nome: Por uma Política Criminal Humanista. O Estado não apenas deve ser democrático, como 
deve realizar todas as suas políticas sob a regência do princípio de humanidade10. A SIDS con-
tinua existindo nos dias atuais.
No Brasil, é comum que se associe a esse movimento algumas leis que endurecem o 
combate à criminalidade dos poderosos, como a Lei dos crimes contra o Sistema Financeiro 
Nacional, conhecida como Lei do Colarinho Branco (Lei n. 7.492/1986), a Lei dos crimes am-
bientais (Lei n. 9.605/98) e a Lei de Lavagem de Dinheiro (Lei n. 9.613/1998).
Críticas à Defesa Social
Antes de se firmar como movimento político-criminal, a Defesa Social foi, e segue sendo, 
uma ideologia empregada para justificar o Direito Penal. Ela é, portanto, racionalizadora ou 
racionalizante do sistema penal, e por isso muito condenada pelos criminólogos críticos, que 
fazem a crítica do Direito Penal. É, por exemplo, o caso de Alessandro Baratta, importante ex-
poente da Criminologia contemporânea, mais especificamente da Criminologia Crítica. Para 
ele, tanto a Escola Clássica quanto a Escola Positivista valeram-se da ideologia de Defesa 
Social como nó teórico. 
8 Segundo o Dicionário Aulete Digital, o prefixo “preter” é elemento de formação de algumas palavras, às quais dá a ideia de 
distanciamento, ultrapassamento, excesso. F. lat. Praeter (além de).
9 VIANA, Eduardo. Criminologia. 6. ed. Salvador, BA: JusPodium, 2018. p. 109.
10 Societé Internationale de Défense Sociale. La Societé Internationale de Défense Sociale y por uma política crimi-
nal humanista. Disponível em: http:/defensesociale.org/historia/. Acesso em: 29 abr. 2020.
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Trata-se, em sua visão, de uma ideologia calcada nos seguintes princípios:
• Princípio de legitimidade: o Estado está legitimado para reprimir a criminalidade por 
meio das instâncias de controle social formal;
• Princípio do bem e do mal: o delito é um dano para a sociedade e o delinquente, um ele-
mento disfuncional e negativo do sistema social;
• Princípio de culpabilidade: o crime é expressão de uma atitude interior reprovável (nesse 
aspecto, há uma diferença entre a Escola Clássica, para a qual a culpabilidade tem um 
significado moral-normativo de desvalor, condenação moral, e a Escola Positivista, para 
a qual a culpabilidade tem significado sociopsicológico, de revelar a periculosidade so-
cial de uma pessoa);
• Princípio da finalidade ou da prevenção: a pena nãotem, ou não tem somente, a função 
de retribuir, mas de prevenir o crime. Abstratamente prevista, ela é contramotivação ao 
comportamento criminoso. Aplicada concretamente, ela tem a finalidade de promover a 
ressocialização;
• Princípio de igualdade: a lei penal é igual para todos;
• Princípio do interesse social e do delito natural: os crimes tipificados pelas nações ci-
vilizadas representam ofensa a interesses sociais fundamentais, ou seja, a condições 
essenciais à existência de toda sociedade.
No Brasil, Salo de Carvalho explica que o próprio Marc Ancel dizia que o Movimento de 
Defesa Social era uma consequência indireta, secundária da doutrina positivista, já que pre-
ocupada em proteger a sociedade dos indivíduos perigosos. Salo de Carvalho é muito crítico 
do caráter universalista, totalizante do programa repressivo dessa Escola, para a qual seria 
possível estabelecer modelos universais de reforma das instituições e leis penais, já que o fe-
nômeno criminal é humano e desconhece fronteiras. Por tudo isso, Carvalho enxerga que esse 
movimento está na base da política brasileira de drogas, como veremos detalhadamente em 
tópico específico. Por ora, vale reproduzir algumas de suas críticas a essa Escola:
O MDS (Movimento de Defesa Social), ao negar as concepções tradicionais do Direito Penal liberal, 
sobretudo a função retributiva da pena, é pautado no conceito de ressocialização, autoatribuindo 
à sua construção teórica caráter humanista. Contudo a adoção de categorias como periculosida-
de, reeducação, personalidade desviante, prevenção da reincidência e a formação de sistema de 
medidas de segurança extrapenais desmentem o projeto humanitário, pois, ao serem deslocadas 
do paradigma etiológico e ao retornarem ao horizonte de ação do Direito Penal, revigoram práticas 
autoritárias e segregacionistas. (…) O projeto de universalização do controle social assume como 
objetivo a reforma dos sistemas penais sob estas bases, propugnando o estabelecimento de luta 
científica contra o delito.11
11 CARVALHO, Salo de. A política criminal de drogas no Brasil: estudo criminológico e dogmático da Lei n. 11.343/2006. 8. ed. 
São Paulo: Saraiva, 2016. p. 79-80.
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modelos teóricos da crimiNologia
Vistas as escolas principais, podemos compreender os modelos teóricos. A Criminologia, 
ao tentar explicar a gênese do problema criminal, vem desenhando diferentes modelos teóri-
cos. Seguindo a sistematização realizada por Antonio García-Pablos de Molina e Luiz Flávio 
Gomes, esses modelos teóricos criminológicos podem ser agrupados em quatro categorias:
• modelo clássico e neoclássico da opção racional;
• modelo positivista;
• modelo da reação social;
• enfoque dinâmico.
Antes de passarmos para a análise de cada um desses grandes modelos, quero chamar a aten-
ção para um detalhe. Acabamos de compreender o embate entre clássicos e positivistas, e 
isso será válido aqui novamente. No entanto, agora, ao abordar os dois primeiros modelos, não 
falaremos somente dessas escolas (clássica e positivista). Os modelos são algo mais amplo 
que as escolas que eles contêm em seu interior. O modelo clássico e neoclássico abrange a 
Escola Clássica, mas abarca outras teorias. O modelo positivista não se reduz à Escola Positi-
vista, mas certamente a inclui.
Além disso, é importante que não pensemos nos modelos como necessariamente excludentes 
entre si. Os modelos servem apenas para agrupar algumas teorias que têm traços comuns, ou 
seja, servem a fins didáticos, mas uma escola ou teoria pode perfeitamente ter traços predo-
minantes de um modelo e outros traços que a conectem a outro modelo.
Vamos, então, analisar os traços gerais de cada modelo.
1. modelo clássico e Neoclássico da oPção racioNal
É o modelo dos clássicos, neoclássicos (autores contemporâneos que recuperam as ideias 
dos clássicos) e de outros teóricos. O traço comum que os une é a crença de que o crime é fru-
to de uma decisão racional e livre do infrator, baseada em critérios de utilidade e oportunidade. 
Não se preocupam tanto com a etiologia, ou seja, com a busca das causas da delinquência. 
Tratam, ao contrário, de ver qual é situação presente em que um crime acontece e, por isso, 
essas teorias também são chamadas de teorias situacionais (referente à situação presente) 
da criminalidade. No modelo da opção racional existe uma preocupação com a existência de 
penas justas e úteis e uma crença de que o delinquente e o não delinquente são seres essen-
cialmente iguais.
Dentro desse modelo, não existe uma preocupação com o passado do delinquente, com as 
causas que possam ter influído na decisão racional de cometer o crime. O que importa, afinal, 
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é ele ter feito a escolha pelo crime. O enfoque recai, portanto, sobre o presente do autor, sobre 
sua autonomia para decidir e sobre o utilitarismo de suas ações.
O modelo da opção racional nasce com o Iluminismo, e parte das ideias de contrato social 
e da existência de uma visão consensual da sociedade, ou seja, do pressuposto de que as 
pessoas se juntaram e, de comum acordo, resolveram viver em grupos sociais. Nessa época, 
o dogma do livre-arbítrio serviu de suporte a uma resposta legal, racional e justa ao crime. É o 
que já vimos quando estudamos a Escola Clássica. Mais modernamente, as teorias de opção 
racional ganharam outros contornos, que passaremos a analisar agora.
Em linhas gerais, considera-se que há três suborientações criminológicas no modelo de 
opção racional:
• Teorias da opção econômica (neoclassicismo de viés economicista);
• Teorias das atividades rotineiras (das oportunidades, situacionais);
• Teorias do meio ou entorno físico (espaciais, ecológicas).
1.1. Teorias da Opção Econômica (“Economic Choice”)
Também denominada de neomodernismo ou escola neoclássica, tem orientação econo-
micista, sendo fruto da grande influência da economia nas ciências sociais. Para essa teoria, 
nada distingue o ser humano delinquente do não delinquente do ponto de vista da racionalida-
de de seu comportamento. O criminoso avalia o lucro que pode obter, qual a potencial duração 
de uma eventual pena privativa de liberdade, e em quanto os mecanismos de autoproteção – 
empregados pelas vítimas em potencial do delito – elevam os custos do crime. O dogma do 
livre-arbítrio passa a servir para responder à questão: qual é o modelo da atuação humana?
Para essas teorias de viés economicista, o ser humano, ao usar seu livre-arbítrio, faz, a todo 
tempo, ponderações de custos e benefícios, e com o ato delitivo, não é diferente. A pergunta 
que o potencial delinquente faz é: o que ele vai ganhar e o que ele pode vir a perder se praticar 
um delito. Naturalmente, é um cálculo complexo, sobre o qual incidem variados fatores, e que 
pode ter que ser feito às pressas e com as eventuais limitações cognitivas do delinquente. 
Nessa conta, como custos, entram, por exemplo, a pena, as perdas materiais, a desaprovação 
da conduta por outras pessoas, o sentimento de culpa, o medo de vingança etc. Como ganhos, 
podem ser considerados os proveitos materiaisdo crime, os lucros, a gratificação emocional, 
a aprovação da conduta por terceiros, o sentimento de justiça etc.
Os teóricos desse modelo tentam também definir quanto os desempregos e desigualda-
des contribuem para a criminalidade. O castigo é um custo da atividade criminal que, sendo 
certo e severo, pode diminuir as taxas de delinquência. É uma teoria que, portanto, confia muito 
no efeito dissuasório da lei penal e nas instituições de controle social formal. Na década de 
1970, o neoclassicismo teve muito sucesso, sobretudo nos Estados Unidos. Isso se deveu 
basicamente a três fatores: o fracasso do positivismo em identificar os fatores criminógenos; 
o fracasso dos programas ressocializadores; e o aumento das taxas de criminalidade. O setor 
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privado das companhias de seguro, com seus estudos de custos sobre a chance de ocorrência 
de um delito, e com a percepção de que o crime é um evento mundano, mas cujos riscos po-
dem ser geridos, ajudou a desenvolver algumas dessas teses.
Nesse neoclassicismo, o castigo, a retribuição, a pena de morte voltaram a ser estudados, 
discutidos. O efeito dissuasório das sanções, chamado de deterrence em inglês, retornou para 
o centro dos debates criminológicos, configurando um neorretribucionismo, que buscava dar 
resposta rápida ao problema criminal. A aplicabilidade do enfoque economicista, no entanto, é 
apenas relativa, já que nem todos os delitos seriam fruto de uma decisão racional e econômi-
ca. São ideias válidas para a criminalidade patrimonial e para a criminalidade organizada, mas 
não totalmente generalizáveis para os demais delitos.
1.2. Teorias das Atividades Rotineiras
Também chamadas de teorias das oportunidades, ou teorias situacionais, entendem que 
a racionalidade da opção delitiva está ligada às oportunidades, às situações presentes que 
o delinquente vivencia, colocando relevância nos fatores temporais e espaciais do momento 
da ocorrência de um crime. Esse grupo de teorias sublinha o fracasso das instâncias de con-
trole social.
Os principais autores dessas teorias são Lawrence Cohen e Marcus Felson que, em 1979, 
publicaram Social Change and crime rate trends: a routine activity approach12.
Na aula que vem, vou falar do ALBERT COHEN e de sua teoria da subcultura delinquente, que 
é bastante cobrada em provas. Não confunda com o Lawrence Cohen daqui, que até hoje não 
figurou em provas.
Para Cohen e Felson, não basta um delinquente disposto para que o crime aconteça. É ne-
cessária também uma oportunidade propícia ou situação idônea, assim como a ausência de 
guardiões. O aumento das taxas de criminalidade desde a Segunda Guerra Mundial não estaria 
vinculado à pobreza ou à desigualdade, até mesmo porque vários índices sociais haviam apre-
sentado significativa melhora. Haveria, sim, uma delinquência de subsistência, consequência 
da situação miserável de parcela da população, mas esse tipo de crime seria apenas uma pe-
quena fração da criminalidade global.
Assim, Cohen e Felson explicavam que, em realidade, o incremento da delinquência esta-
ria vinculado com a forma concreta de organização das atividades sociais rotineiras da vida 
moderna, da sociedade pós-industrial: muitos deslocamentos; lares que ficam desprotegidos 
por muito tempo porque as pessoas trabalham por longas horas e em locais distantes de suas 
residências; abundância de contatos interpessoais em espaços públicos massificados; nume-
12 Em tradução livre: Mudança Social e tendências das taxas criminais: a teoria das atividades rotineiras.
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rosidade de objetos valiosos e de luxo nas ruas e vitrines; proliferação da vida noturna; cresci-
mento do número de estabelecimentos comerciais com funcionamento 24 horas; debilidade 
progressiva do controle social informal (não andamos à pé, não conhecemos mais nossos 
vizinhos). Uma pesquisa de Felson demonstrou que os homens com vida noturna ativa tes-
temunhavam mais atos de violência e se viam com frequência implicados em eventos dessa 
natureza se comparados com aqueles que não eram boêmios.
O aumento dos crimes guardaria, portanto, relação com a organização das atividades co-
tidianas, rotineiras, lícitas da sociedade. Para esses autores, a prática de um crime decorreria 
de três fatores: um delinquente motivado; um objeto (alvo) apropriado – valioso e acessível –; 
e a ausência de guardiões (polícia, vigilantes). Essa teoria foi criticada exatamente por utilizar 
o conceito bastante vago de “delinquente motivado” e por dar muita ênfase ao momento de 
ocorrência do delito, fechando os olhos para as causas últimas do delito. Diz-se que era mais 
uma teoria da vitimização (quem está mais propenso a ser vítima de um crime) do que da cri-
minalidade (pois não se interessava pela etiologia do delito).
1.3. Teorias do Entorno Físico
Também chamadas de teorias espaciais ou ecológicas, conferem relevância ao espaço 
físico como fator criminógeno. Certos espaços físicos conferem facilidades ao delinquente e 
é por isso que o delito se concentra em tais locais. Aqui se encaixam algumas das ideias das 
teorias chamadas ecológicas, como a Escola de Chicago. Pretende-se, nas teorias espaciais, 
prevenir o delito por meio do desenho arquitetônico e urbanístico da cidade.
Em 1972, o arquiteto e urbanista americano Oscar Newman publicou o livro “Defensible 
Space” (espaço defensável), em que defendia a adoção de um modelo arquitetônico para am-
bientes residenciais que inibiria o delito por potencializar as relações sociais de vizinhança e 
possibilitar maior eficácia do controle social informal. Analisando alguns projetos de moradia 
popular, ele percebeu que muitos dos espaços públicos desses projetos eram mais propícios 
à criminalidade, ao vandalismo e à sujeira se comparados aos espaços privados. Acreditava, 
então, que seria possível reduzir as taxas criminais pelo desenho arquitetônico dessas mora-
dias, o que afetaria tanto o comportamento dos habitantes como o de possíveis delinquentes. 
Sua teoria partia da premissa de que os habitantes deveriam adotar o papel de agentes-chave 
para a própria segurança. Logo, tanto elementos físicos (arquitetônicos) quanto sociais fazem 
parte do espaço defensável. Newman defendia que uma área é mais segura quando há um 
sentimento de propriedade e responsabilidade sobre ela. Para que um espaço defensável seja 
criado, quatro fatores devem estar presentes:
• territorialidade (a sensação de que os ambientes pertencem aos moradores);
• vigilância natural (a possibilidade dos moradores de ver o que está acontecendo);
• imagem (o desenho arquitetônico das construções não pode ser estigmatizante, mas 
sim passar uma sensação de segurança e cuidado); e
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• arredores (chamado por Newman de “milieu”, diz respeito ao entorno das construções, 
que devem ser áreas seguras, bairros movimentados, com edifícios governamentais).
Esse modelo arquitetônico dificultaria a execução de crimes também pela criação de bar-
reiras e obstáculos, físicos ou simbólicos, que aumentariam o risco para o potencial infrator. A 
essa criação de barreiras, que dificultam o acesso ao alvo criminal, ou seja, que aumentariam 
o risco da atividade criminosa dá-se o nome de “target hardening”. Assim, seria necessário 
que os espaços das cidades contassem com iluminação apropriada, possibilidade de obser-
vação exterior dos espaços públicos, necessidade de identificação de estranhos e visitantes 
etc. As teorias espaciais levam bastante em consideração os pontos quentes (“hot spots”) da 
criminalidade (lugares com maior incidência criminal e que merecem uma intervenção urbanís-
tica) e pode-se dizer, aliás, que existe uma seletividade espacial do crime, ou seja, que o crime 
não se distribui igualmente por todas as áreas da cidade, havendo zonas mais criminógenas 
que outras.
As teorias das atividades rotineiras (situacionais) e as teorias do meio físico (ecológicas) 
possuem muitos pontos de contato. Em primeiro lugar, porque a existência de certos ambien-
tes criminógenos (teorias ecológicas) pode influenciar decisivamente naqueles elementos 
considerados necessários para a ocorrência de um crime para as teorias situacionais: delin-
quente motivado; um objeto (alvo) apropriado – valioso e acessível –; e ausência de guardiões 
(polícia, vigilantes). Se existe uma viela estreita com pouca iluminação e sobre a qual há escas-
sa visibilidade, a situação para o delito está criada. E como segundo ponto de contato, ambas 
partem do conceito de livre-arbítrio para analisar a situação presente, aquele momento final, 
concreto, em que o delinquente passa da cogitação à ação. Nesse marco de teorias, portanto, 
o livre-arbítrio serve menos para compreender a etiologia do crime, e mais para embasar pro-
gramas de prevenção ao criminal.
2. modelo Positivista
Dentro do Modelo Positivista, o livre-arbítrio perde valor. Trata-se, aqui, de um grupo bas-
tante eclético de teorias, que possuem em comum a busca pelas causas do delito. É, portanto, 
um modelo em que ganha força a etiologia criminal. Nascido com as teorias mais simplistas 
e deterministas da Escola Positivista do Século XIX, esse modelo foi sendo enriquecido com 
teorias mais complexas, embasadas em estatísticas e em outros saberes, e assistiu a uma 
progressiva mitigação daquele determinismo radical de Lombroso.
O estudo desse modelo costuma seguir uma classificação pedagógica. Segundo o fator 
considerado preponderante na explicação das causas do delito, as teorias são divididas em:
• Biológicas;
• Psicológicas; e
• Sociológicas.
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2.1. Orientações de Cunho Biológico
As orientações biológicas são dotadas de altíssimo grau de empirismo, já que é ainda 
mais fácil empregar a observação a partir dos sentidos humanos quando o objeto de análise é 
o corpo de alguém. Há, aqui, uma busca constante e detalhada das razões do crime no corpo 
do criminoso. São teorias que partem do princípio positivista da diversidade (que considera 
que o ser humano delinquente é diferente do não delinquente) e que possuem mais vocações 
clínicas e terapêuticas do que aplicações político-criminais.
Algumas teorias biológicas, sobretudo aquelas mais radicais, ao atribuir o delito a pato-
logias do indivíduo, deixam ileso o sistema social, como se o modo de organização do grupo 
social não tivesse sua parcela de responsabilidade pelos delitos existentes. Atualmente, as 
explicações de cunho biológico são bastante mais complexas e dinâmicas do que aquelas ad-
vindas do positivismo do século XIX. Hoje, elas conseguem perceber que há uma pluralidade 
de fatores atuando para dar origem ao fenômeno delitivo. Não se trata mais do determinis-
mo biológico puro, de um homem preso ao seu destino antropologicamente e biologicamen-
te traçado.
Conectada com a biologia está a sociobiologia, para a qual os fatores biológicos, ambien-
tais e os processos de aprendizagem podem, dinâmica e conjuntamente, levar à criminalidade. 
Para a sociobiologia, é preciso romper com a ideia de equipotencialidade, pois as pessoas não 
têm idêntica capacidade de aprender e de socializar. Fatores ambientais e biológicos influen-
ciam nesses processos de aprendizagem e socialização, podendo, portanto, contribuir para a 
criminogênese. Há quem defenda, por exemplo, que a falta de glicose, ou de certos minerais 
e vitaminas pode afetar o desenvolvimento cerebral e levar a transtornos de conduta. Dentro 
desse grupo estão teorias sobre o impacto etiológico:
• do déficit de minerais e vitaminas (a falta de certos elementos afetaria o desenvolvimen-
to cerebral e poderia levar a transtornos de conduta);
• da hipoglicemia (déficit de glicose pode prejudicar o desenvolvimento do cérebro);
• das alergias (quadros alérgicos estariam associados a comportamentos sociais irregulares);
• das contaminantes ambientais (a presença de chumbo, mercúrio ou de alguns gases 
estaria associada a transtornos de conduta);
• dos fatores ambientais (fatores térmicos, acústicos, luminosos, urbanísticos, por exem-
plo, teriam componente etiológico);
Dentro da sociobiologia, tem destaque a obra de Clarence Ray Jeffery, ou simplesmente 
Jeffery. Ele presidiu a Sociedade Americana de Criminologia nos anos de 1977 e 1978 e usou 
essa posição para fazer ecoar suas ideias. Sua teoria sociobiológica defendia que a conduta 
humana derivava de variantes tanto ambientais quanto genéticas e que a aprendizagem era, 
aliás, um processo psicobiológico: conforme vamos aprendendo, mudanças ocorrem na estru-
tura bioquímica e celular do cérebro. Para ele, portanto, a conduta criminal resultava da soma 
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de código genético (ou cerebral) com o ambiente. Ele clamava por uma Criminologia compor-
tamental interdisciplinar, com contribuições da sociologia, biologia, medicina e psicologia13.
Jeffery tem viés prevencionista e defende que mais juízes, mais policiais, mais prisões 
significam mais reclusos, mas não necessariamente menos delitos. Como, para ele, existiria 
ligação entre baixa inteligência, o cromossomo XYY e a criminalidade, ele defendia uma inter-
venção agressiva e eficaz do infrator, com o controle ambiental de sua vida e com a modifica-
ção das condições biológicas (engenharia genética, equilíbrio bioquímico cerebral por meio 
de dieta, medicamentos, cirurgias). Afinal, se o cérebro determina a conduta, é no cérebro que 
devemos atuar para controlar o crime. Ou seja, haveria uma substituição do sistema de justiça 
criminal por um sistema de intervenções biomédicas. Esse tratamento deveria ser realizado, 
sobretudo, onde nasce a conduta criminal, isto é, fora do cárcere. Aliás, a biologia deveria ser 
utilizada para a prevenção de delitos desde o pré-natal.
Ele cunhouuma sigla bastante conhecida na Criminologia de língua inglesa, o CPTED, que 
significa Crime Prevention Through Enviromental Design, ou seja, prevenção de crime por meio 
de desenho ambiental. Busca-se, nessa abordagem, reduzir o crime de maneira interdisciplinar, 
com arquitetos, engenheiros e policiais, apenas para citar alguns profissionais, trabalhando 
juntos. Nesse ponto, o pensamento de Jeffery dialoga com as teorias do meio ou entorno físi-
co, porque nos dois casos o espaço físico desempenha papel fundamental.
Castração Química
No tocante aos autores de delitos sexuais graves, existe hoje grande discussão mundial 
sobre o tratamento médico de natureza hormonal antiandrógena (THA). Trata-se do emprego, 
nesses delinquentes, de hormônios que diminuam o desejo sexual no momento em que eles 
tenham que ser devolvidos à vida em sociedade. Essas medidas, popularmente conhecidas 
como “castração química”, são adotadas em alguns estados norte-americanos, como Califór-
nia e Florida, na Coreia do Sul, na Rússia e em vários outros países. Alguns estudos já demons-
traram que a aplicação de hormônios possui diversos efeitos colaterais, às vezes irreversíveis, 
que podem representar riscos às pautas éticas dos sistemas jurídicos democráticos14.
Atualmente, no Brasil, não existe a previsão desse tipo de pena. O PL n. 552/07 tentou in-
troduzir, em nosso ordenamento, a pena de castração química nas hipóteses em que o autor 
condenado por alguns crimes sexuais, como estupro, atentado violento ao pudor e corrupção 
de menores, fosse considerado pedófilo. O projeto acabou não indo à votação e foi arquivado. 
O art. 5º, inciso XLVII, da Constituição Federal, dispõe que não haverá penas de caráter perpé-
tuo ou cruéis. O inciso XLIX do mesmo artigo dispõe que a integridade física do preso deve ser 
preservada. Considerando que alguns tratamentos hormonais podem se revelar irreversíveis, 
13 PLATT, Tony; TAKAGI, Paul. Biosocial criminology: a critique. In: Crime and Social Justice. n. 11, p. 5-13, primavera/verão, 1979.
14 REGHELIN, Elisangela Melo. “Castração” química, liberdade vigiada e outras formas de controle sobre delinquentes sexuais. 
Curitiba, PR: Juruá, 2017.
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que os efeitos colaterais podem ser muito adversos e que as medidas ultrapassam a barreira 
da integridade física do delinquente, penas desse tipo dificilmente seriam consideradas cons-
titucionais pelo Poder Judiciário brasileiro.
Perfil Genético do Agressor
No Brasil, a Lei n. 12.654/2012 prevê a coleta de perfil genético como forma de identifica-
ção criminal. Ela pode ser empregada em duas situações.
A primeira hipótese se refere aos casos em que a identificação criminal é necessária às 
investigações policiais. Ao lado dos já conhecidos processos datiloscópicos e fotográficos, 
pode ser coletado material biológico para a obtenção do perfil genético.
A segunda hipótese se refere aos condenados por crime praticado dolosamente, com 
violência de natureza grave contra a pessoa ou por qualquer dos crimes previstos na Lei n. 
8.072/1990 (lei dos crimes hediondos). Eles serão submetidos, obrigatoriamente, à identifica-
ção do perfil genético, mediante extração de DNA por técnica adequada e indolor.
Do ponto de vista criminológico, é importante considerar que as informações genéticas 
devem servir para a criminalística, para o trabalho pericial de encontrar vestígios e determinar 
a autoria de um delito. Pelo próprio texto da lei, os dados coletados não poderão revelar traços 
somáticos ou comportamentais das pessoas, exceto determinação genética de gênero. Ou 
seja, as informações dos bancos de dados de perfil genético podem ser utilizadas para facilitar 
a investigação criminal, mas não para que se traço um paralelo, como fazia o positivismo, en-
tre certas características corporais (somáticas) ou comportamentais e a prática delitiva. Não 
se trata, na Lei n. 12.654/2012, de explicar a etiologia criminal em aspectos biológicos, mas 
sim de elucidar investigações e diminuir a impunidade com a coleta e o cruzamento de dados 
genéticos dos delinquentes.
2.2 Orientações de Cunho Psicológico
Os modelos de cunho psicológico explicam o comportamento criminal a partir de determi-
nados processos psíquicos. Eles se valem da Psicologia, da Psiquiatria e da Psicanálise.
Psiquiatria
A Psiquiatria ou Psicopatologia delimita os conceitos de enfermidades mentais, tentando 
estabelecer a correlação entre doenças psíquicas e crimes. Nas concepções primitivas, o de-
linquente era endemoniado, maldito, anormal. Depois, a teoria da loucura moral, ou insanity, 
propugnou a hereditariedade da enfermidade mental. Posteriormente, a teoria da loucura moral 
foi sendo substituída pela teoria da personalidade criminal, que acredita na existência de um 
conjunto de características ou uma estrutura psicológica delitiva por si própria. Todas essas 
teorias têm em comum o fato de rechaçarem a normalidade do delito e acolherem a ideia de 
que o delinquente sofre algum tipo de enfermidade que o torna diferente das demais pessoas.
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A Psiquiatria estuda qual impacto têm na etiologia criminal fatores como os retardos men-
tais; os delírios; as dependências de drogas e álcool; as esquizofrenias (perda de contato com 
a realidade e corte na continuidade biográfica do doente); as paranoias; os transtornos de es-
tado de ânimo e do humor; as neuroses (transtornos de ansiedade); os transtornos sexuais; os 
transtornos no controle dos impulsos; as psicopatias (doenças que levam a incapacidade de 
estabelecimento de laços de lealdade e que se manifestam com traços de egoísmo, impulsivi-
dade, ausência de sentimento de culpa).
Psicologia
A Psicologia estuda os processos mentais e os comportamentos humanos. As contribui-
ções para a Criminologia podem ter vários enfoques. A psicologia pode se aproximar do fe-
nômeno delitivo analisando as motivações internas do indivíduo, com uma abordagem mais 
introspectiva; ou estudando o comportamento externalizado; ou, ainda, investigando os estí-
mulos do meio em que o delinquente está inserindo. Dentro do modelo teórico positivista, de 
que estamos tratando, a psicologia desempenha, portanto, importante papel causalista, isto é, 
etiológico.
Outra tarefa de extrema relevância desenvolvida pela psicologia criminal encontra-se na 
Criminologia clínica, que procura compreender como funciona a mente dos indivíduos que 
se envolvem com a delinquência para a definição de estratégias de intervenção com vistas à 
reinserção do apenado.15 É comum que os psicólogos empreguem a fenomenologia criminal, 
um método de análise para entender a vivência do paciente no mundo e o modo como esse 
paciente se percebe no mundo. Na fenomenologia, descreve-se o crime de forma detalhada; 
estuda-se como o crime surge, quais são os tipos de execução do delito e elaboram-se tipo-
logias de autores. Segundo Eduardo Viana, a fenomenologia criminal se ocupa da análise das 
formas de surgimento da criminalidade e elaboras classes de execução do crime e tipologia 
de autores.16
Alguns fatores psicológicosque atuam na criminogênese são:
• Mimetismo: imitação de modelos criminais;
• Ambição acentuada: desejo de lucro fácil, imediato;
• Abulomania: ego fraco, submissão, pessoa do estilo “Maria vai com as outras”, que, in-
capaz de tomar decisões, é influenciada a participar de algum delito;
• Insensibilidade moral: egoísmo extremo, ausência de sentimento altruísta, de compai-
xão;
• Necessidade de status: gosto por posições de destaque, evidência;
• Rebeldia: espírito de oposição, desobediência.
15 SÁ, Alvino Augusto de. Criminologia clínica e psicologia criminal. São Paulo: RT, 2007. p. 18.
16 VIANA, Eduardo. Criminologia. 6. ed. Salvador, BA: JusPodium, 2018. p. 185.
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Psicanálise
A Psicanálise examina a estrutura psicodinâmica da personalidade: conflitos, frustrações, 
motivações e interpretações que o delinquente dá a seu ato. A Psicanálise conduz a certo de-
terminismo biológico em função da primazia que atribui às forças do inconsciente.
Sigmund Freud, neurologista e psiquiatra austríaco, desenvolveu a teoria dos instintos, em 
que conferiu muita importância ao instinto sexual, com fortes implicações na personalidade 
das pessoas. Segundo Freud, haveria dois instintos básicos nas pessoas: o da vida, ou eros, 
com forte componente sexual; e o de morte, de destruição, ou thanatos17. As raízes do crime 
podem estar associadas à força destrutiva inata de thanatos.
Para Freud, e para a psicanálise em geral, há três instâncias mentais – Id, Ego e Superego – 
que devem andar equilibradas para a estabilidade mental do indivíduo. O Id, componente inato 
das pessoas, consiste nos desejos, vontades e pulsões primitivas pelo prazer. O Ego e o Supe-
rego não nascem com as pessoas. O Ego começa a se desenvolver nos primeiros anos de vida 
das pessoas e se forma a partir da interação do ser humano com o mundo real. É a instância 
da personalidade que equilibra a psique da pessoa, buscando regular os impulsos do Id e satis-
fazê-los de modo menos imediatista e mais realista. Já o Superego começa a se desenvolver 
a partir do quinto ano de vida do indivíduo e diz respeito à representação que a pessoa faz dos 
valores morais e culturais. O Superego aconselha o Ego, dizendo-lhe o que é moralmente aceito 
e quais princípios devem ser seguidos.
Os atos humanos, incluídos os delitos, são respostas que expressam o equilíbrio ou dese-
quilíbrio dessas instâncias psíquicas, como, por exemplo, a fraqueza do superego, instância 
que cuida da interiorização de normas. O complexo de Édipo (fase do desenvolvimento psi-
cossexual da criança do sexo masculino, que se caracteriza quando o menino começa a sentir 
forte atração pela figura materna e rivaliza com a figura paterna) tem um poderoso efeito crimi-
nógeno, por gerar culpa, cujo componente autopunitivo leva ao delito. Todos os atos humanos, 
para Freud, possuem uma explicação que só pode ser revelada pela introspecção, que acesse 
o inconsciente.
Na primeira etapa do pensamento de Freud, de cunho mais psicológico, a agressividade era 
vista como um instinto sexual, de natureza reativa, defensiva, não determinada biologicamen-
te. Por volta de 1920, Freud muda de opinião, optando por um enfoque mais biológico para sua 
teoria dos instintos. A partir daí, ele passa a considerar a destrutividade um fenômeno primário 
da vida, de origem biológica. E a inibição desse impulso agressivo se daria com a formação, 
na infância, do superego.
17 GARCÍA-PABLOS DE MOLINA, Antonio; GOMES, Luis Flávio. Criminologia: introdução a seus fundamentos teóricos; introdu-
ção às bases criminológicas da Lei n. 9.099/1995, Lei dos Juizados Especiais Criminais. 5. ed. São Paulo: RT, 2006. p. 204.
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2.3. Orientações de Cunho Sociológico
As teorias criminológicas têm adotado, cada vez mais, um enfoque sociológico. Mas lem-
bre-se que a sociologia criminal não é algo novo. Ferri é considerado o pai da sociologia crimi-
nal porque, ainda no seio da Escola Positivista do século XIX, dava o devido peso aos fatores 
sociais e compreendia que as pessoas somente cometem delitos porque vivem em sociedade.
Mais modernamente, considera-se que a sociologia tem dois troncos principais. O europeu, 
vinculado a Durkheim, e o norte-americano, derivado originalmente da Escola de Chicago (am-
bos serão analisados na próxima aula).
A Sociologia criminal entende que o crime é um fenômeno social causado por variados fa-
tores (como família, educação, pobreza, costumes, moral) e que guarda relação com situações 
ordinárias da vida cotidiana. Há forte influência de fatores espaciais e ambientais na dinâmica 
criminal, sendo que as estruturas e conflitos sociais desempenham papel importante na delin-
quência urbana.
Os enfoques sociológicos possuem em comum um forte caráter empírico, ou seja, ana-
lisam a realidade dos fatos criminais para entender por que ocorre o crime. Além disso, são 
enfoques bastante pragmáticos, preocupados em ter uma aplicação político-criminal concreta 
na sociedade analisada.
Hoje, podemos afirmar que as teorias sociológicas (que serão analisadas na próxima aula) 
são as dominantes na Criminologia.
3. modelo da reação social
O modelo da reação social é, também, uma explicação sociológica do delito, como tantas 
outras que veremos nas próximas aulas. Mas García-Pablos de Molina cataloga esse enfoque 
como um novo modelo porque, a partir da década de 1960, inaugura-se uma nova linha de 
pensamento sociológico. Já falamos um pouco dessa linha em nossa primeira aula, quando 
mencionamos a teoria do labelling approach, que introduziu o controle social formal na lista 
de objetos da Criminologia. Trata-se de um enfoque em que o importante não é compreender 
a razão pela qual alguém comete um crime, mas sim quais são os mecanismos arbitrários 
que fazem com que certas pessoas sejam etiquetadas como criminosas pelas instâncias de 
controle social formal. A etiologia (explicação das causas do crime) perde força. O crime não 
existe ontologicamente, isto é, por si próprio. Parte-se do conceito definitorial de delito: o cri-
me é definido e seus autores selecionados discriminatoriamente pelas próprias instâncias de 
controle social formal desenhadas para combater a delinquência. Também é conhecido como 
modelo do etiquetamento ou modelo interacionista. Além da teoria do labelling approach, a 
Criminologia crítica também pode ser encaixada nesse modelo. Vamos estudar essas teorias 
detidamente na próxima aula.
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4. eNFoque diNâmico
Também chamado de Criminologia do Desenvolvimento, ou modelos evolutivos, são cor-
rentes que explicam o delito segundo um enfoquedinâmico, considerando que as pessoas 
passam por processos evolutivos e que a gênese dos comportamentos criminosos só pode 
ser encontrada se essa evolução pessoal é analisada. Ou seja, não basta analisar um aspecto 
específico do delinquente, um momento específico de sua vida.
Esse enfoque difere da Criminologia etiológica tradicional, que se valia sobretudo de méto-
dos transversais para analisar a etiologia criminal quase estaticamente. No enfoque dinâmico 
ganham importância os métodos longitudinais.
Os métodos longitudinais são os estudos de caso ou biografias criminais, que analisam vários 
aspectos da pessoa (familiar, educacional, social, psicológico, por exemplo) em diversos mo-
mentos da vida, para entender os muitos e variados fatores que, caso a caso, e nas distintas 
fases do curso vital do sujeito, incidem nas carreiras e trajetórias criminais.
Os métodos transversais, típicos da Criminologia tradicional, analisam o sujeito em um de-
terminado ponto no tempo. Não analisam a carreira criminal, mas sim o processo causal que 
levou àquele delito específico, como se as pessoas não mudassem ao longo dos anos.
Memorize assim: o estudo longitudinal vai longe, e o estudo transversal é tradicional.
No enfoque dinâmico, abandonam-se as tipologias da Criminologia clássica e a busca por 
uma explicação etiológica da criminalidade. Essas ideias são substituídas pela análise, bas-
tante empírica e ateórica (não-teórica) de carreiras criminais, que não procuram exatamente 
uma causa para a delinquência, mas sim a descrição da gênese e dos padrões de conduta de-
litivos (quando o padrão se inicia?; qual a frequência delitiva?; quais as modalidades de crime?; 
qual a duração da carreira criminal?).
Exatamente por empregar enfoques longitudinais, dinâmicos, focados na carreira crimi-
nal, a variável idade, aqui, ganha bastante fôlego. Há uma valorização da ideia de “curva da 
idade”, um conceito que vem desde Quetelet, precursor da Criminologia pertencente à Escola 
Cartográfica. Segundo esse conceito, é normal que o jovem se envolva em muitos delitos, che-
gando-se a falar de normalidade da delinquência juvenil. A curva de atividade delinquencial vai 
em ascendente, desde a mais tenra idade do indivíduo, para descer posteriormente, por volta 
dos 20 a 25 anos de idade, sendo pouco provável que a pessoa se envolva em atos violentos 
depois disso.
No tocante à intervenção no delinquente, esse enfoque é bastante preventivo (quanto an-
tes começarem as intervenções, mais frutíferas) e individualizado (deve haver uma interven-
ção diferente para cada delinquente). É uma abordagem muito indicada para o estudo da rein-
cidência criminal. Tem potencial, igualmente, para possuir bastante efeito prático para fins 
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penitenciários (classificação do criminoso, análise para progressão de regime ou concessão 
de algum tipo de benefício ou liberdade).
A Criminologia do Desenvolvimento costuma se debruçar, primeiramente, sobre como 
ocorre a continuidade do padrão delitivo e, posteriormente, sobre a mudança desse padrão, 
demonstrando que a maioria dos jovens abandona espontaneamente o padrão delitivo ao in-
gressar na vida adulta. Essa teoria distingue três etapas na carreira criminal:
• Ativação;
• Agravamento;
• Desistência.
Na ativação, a carreira se inicia e logo pode ir por três caminhos: estabilização (aquele com-
portamento delitivo ganha continuidade); aceleração (a frequência daquele comportamento se 
acelera); e diversificação (o espectro de delitos se enriquece).
No agravamento, há uma escalada da relevância dos delitos.
Por fim, na desistência pode haver: desaceleração (queda da frequência); especialização 
(que é o oposto da diversificação, e consiste na redução da gama de delitos cometidos); de-
-escalation (progressiva perda da gravidade dos delitos); ou conclusão definitiva da carrei-
ra criminal.
Essas teorias do curso da vida são, portanto, integrantes de um modelo complexo, dinâmi-
co, longitudinal e individualizador, que enfoca nos fatores de risco que atuam sobre os indiví-
duos ao longo de suas vidas.
A psicóloga norte-americana Terrie Moffitt é umas das teóricas contemporâneas integran-
tes do enfoque dinâmico. Ela diferencia dois tipos de delinquentes:
• Delinquentes cuja carreira criminal se limita à adolescência. Essa delinquência se expli-
ca pelo mimetismo, ou seja, reprodução, imitação de comportamentos que proporcio-
nam recursos valiosos. Como, atualmente, é cada vez mais trabalhoso e lento o acesso 
à vida adulta, com todos os seus poderes e privilégios, os adolescentes imitam o com-
portamento criminal porque isso confere a eles o ingresso na maturidade, ou seja, o 
status de adulto.
• Delinquentes persistentes, que começam a apresentar condutas antissociais já na infân-
cia e persistem no comportamento ao longo da vida adulta. Predisposições biológicas 
(genética, danos cerebrais, disfunções neurológicas) combinadas com um ambiente de 
criação perverso (abuso, negligência, pais delinquentes, pobreza) são fatores de risco (não 
determinantes!) para a delinquência persistente, já que se acumulam ao longo dos anos.
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RESUMO
Iluminismo
Antigo Regime (séculos XV a XVIII): Monarquias absolutistas. Visão teocêntrica do mundo. 
Sistema penal cruel, arbitrário e caótico.
Iluminismo (século XVIII): movimento filosófico que exaltou o poder da razão em detrimen-
to do poder da religião. É considerado base para a Escola Clássica e a Escola Positivista, que 
formam a Criminologia tradicional.
Escola Clássica (Itália, séc. XVIII)
Crença no livre arbítrio. Delinquente e não delinquente são pessoas essencialmente iguais. 
O crime, ente jurídico que significa quebra do pacto social, é o principal objeto de estudo. Uti-
lização do método dedutivo e abstrato. Preocupação com as normais penais, que devem ser 
justas. A etiologia criminal não era o foco. As penas devem ser proporcionais, legítimas e deli-
mitadas e devem estar previstas em leis.
• Feuerbach – Fundador da moderna dogmática penal. Delineou a autonomia do Direito 
Penal. Deu ênfase ao princípio da legalidade.
• Marquês de Beccaria – Dos delitos e das penas, 1764. Valorização da dignidade das 
pessoas. Humanização das penas.
• Francesco Carrara – Programa de Direito Criminal, 1859. Crime é um ente jurídico. As 
pessoas escolhem se comportar contrariamente à lei. A pena pretende restabelecer a 
ordem violada.
Escola Positivista (Itália, séc. XIX)
Aplicação, nas ciências humanas, de métodos oriundos das ciências naturais. Criminoso 
como principal objeto de estudo. Crença no determinismo, em oposição ao livre-arbítrio. O 
crime possui natureza ontológica e é considerado um fenômeno biológico e social. Emprego 
do método indutivo, experimental e interdisciplinar. Nascimento da Criminologia como ciên-
cia. Preocupação com a etiologia dos crimes. Criminoso é doente, anormal, essencialmente 
diferente do não delinquente. Influência do pensamento evolucionista de Charles Darwin. Pena 
como medida de defesa social. As penas ideais são as medidas de segurança por tempo inde-terminado. Três vertentes principais: antropológica (de Cesare Lombroso), jurídica (de Raffaele 
Garofalo) e sociológica (de Enrico Ferri).
• Cesare Lombroso – O homem delinquente, 1876. Análise de características corporais. 
Crime é fenômeno biológico. Criminoso possui epilepsia. Negação do livre-arbítrio. Am-
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pla utilização dos conceitos de criminoso nato e de atavismo. Visão preconceituosa 
da mulher. Categorias de criminoso: criminoso nato (louco moral; epilético); criminoso 
louco; criminoso ocasional; e criminoso passional.
• Raffaele Garofalo – Criminologia, 1885. Crime é revelação da natureza degenerada. Con-
ceito de temibilidade justifica a aplicação de medidas de segurança por prazo indetermi-
nado. Conceito de crime natural. Código Penal Internacional. Categorias de criminoso: cri-
minoso assassino; criminoso enérgico (ou violento); e criminoso ladrão (ou neurastênico).
• Enrico Ferri – Sociologia criminal, 1900. Livre-arbítrio é ficção. Fatores antropológicos, 
físicos e sociais determinam o delinquente, que pode ser nato, louco, habitual, ocasional 
e passional. Pai da sociologia criminal. Delinquente é um anormal que somente comete 
crimes porque vive em sociedade. Lei da saturação criminal.
Positivismo no Brasil:
• Tobias Barreto – Menores e loucos em direito criminal, 1884. Po ssui concepção hu-
manista, mas afirma que o direito de punir é consequência de uma fórmula científica, 
algébrica.
• Nina Rodrigues – As raças humanas e a responsabilidade penal no Brasil, 1894. Negou o 
livre-arbítrio invocando a heterogeneidade da cultura mental dos brasileiros. Postulados 
racistas. 4 Códigos Penais.
• Afrânio Peixoto – Hygiene, de 1917, e Criminologia, de 1933. Defensor da eugenia. Dispo-
sição ao crime é hereditária.
Críticas ao Positivismo
Algumas críticas são a patologização do fenômeno delitivo; a concepção do entorno social 
como mero fator desencadeante da criminalidade; e os erros metodológicos (p. ex.: analisar 
pessoas que já haviam sido selecionadas pelo sistema penal, desconsiderando, a seletividade, 
os estereótipos e estigmas ínsitos ao seu funcionamento.)
Escolas Intermediárias
Escola correcionalista (Alemanha e Espanha): Karl Röeder, Francisco Giner de los Rios e 
Pedro Dorado Montero. O criminoso é um fraco, uma pessoa cuja vontade deve ser direcio-
nada. Ideia de tratamento penal individualizado. O delinquente teria, para Dorado Montero, o 
direito de exigir da sociedade que o eduque e o proteja.
Escola de Lyon (França): Oposição a Lombroso. Alexandre Lacassagne (cada sociedade 
tem o criminoso que merece, conforme sua desorganização social) e Gabriel Tarde (as causas 
sociais e as leis da imitação influenciam as taxas criminais). Viés socialista.
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Escola de Marburgo (Alemanha): Franz Von Liszt. Ciência total do Direito Penal. Possibili-
dade de emprego de penas e medidas de segurança. Manifestações contrárias às penas priva-
tivas de liberdade de curta duração. Pena como intimidação, ressocialização ou neutralização.
Escola Técnico-Jurídica (Itália e Alemanha): Arturo Rocco e Karl von Binding. Reação ao 
positivismo, desejava conferir importância aos aspectos jurídicos do crime, e não às varian-
tes antropológicas ou sociais. Para essa Escola, o delito é pura relação jurídica, para o qual 
são previstas penas (direcionadas aos imputáveis) e medidas de segurança (direcionadas aos 
inimputáveis). Autores conectados com a Escola Clássica do Direito Penal.
Terza Scuola (Itália): Bernardino Alimena, Manuel Carnevale e Giovanni (João) Battista Im-
pallomeni. Delito é produto de uma pluralidade muito complexa de fatores endógenos e exóge-
nos. Possibilidade de se usar tanto a pena, fundamentada na responsabilidade moral, quanto a 
medida de segurança, fundamentada na temibilidade do delinquente. Responsabilidade moral 
calcada no determinismo psíquico, e não no livre-arbítrio. Dualidade de métodos (lógico-jurídi-
co para o Direito Penal e empírico, experimental para as demais ciências penais). Crime como 
fenômeno individual e social. Pena que visava a defesa social, com caráter aflitivo para alguns 
autores, e preventivo para outros.
Escola de Defesa Social (França e Itália): Adolph Prins, Filippo Gramatica (radical) e Marc 
Ancel (nova ou moderada). Articular a defesa da sociedade mediante a ação coordenada do 
Direito Penal, da Criminologia e da Ciência Penitenciária. Proteger eficazmente a sociedade do 
crime e o criminoso da reincidência.
Defesa Social Radical: Filippo Gramatica. Antissociabilidade subjetiva no lugar da respon-
sabilidade pelo dano causado. Sistema penal deve gravitar em torno dos indivíduos e não do 
bem jurídico. Medidas de defesa social diferentes para cada pessoa. Medidas de defesa social 
como elemento de socialização.
Defesa Social Moderada (Nova Defesa Social): Marc Ancel. Programa Mínimo. Defender 
a sociedade dos criminosos, mas também defender o criminoso do crime, afastá-lo da reinci-
dência. Minimização do aspecto jurídico do crime. Valorização das demais ciências criminais. 
Eliminação do sentido retributivo da pena.
Novíssima Defesa Social (Adendo, 1985): permanente exame crítico das instituições pe-
nais vigentes, que devem ser mutáveis (preterpenalismo); antidogmatismo; enxugamento da 
legislação penal; promoção da criminalização de infrações contra a economia e infrações es-
tatais; desenvolvimento de atividades ressocializadoras; promoção da reforma penitenciária.
Críticas à Defesa Social: é uma ideologia empregada para justificar o Direito Penal. Para 
Baratta, a ideologia de Defesa Social baseia-se nos seguintes princípios: legitimidade (sistema 
penal é legítimo); bem e mal (crime e criminoso são males); culpabilidade (crime é expressão 
de uma atitude interior reprovável ou fruto da periculosidade); finalidade ou prevenção (pena 
deve prevenir o delito, seja como contramotivação ou ressocialização); interesse social ou de-
lito natural (crime é ofensa a condições essenciais à existência de toda sociedade). Salo de 
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Carvalho é muito crítico do caráter universalista, totalizante do programa repressivo dessa 
Escola, para a qual seria possível estabelecer modelos universais de reforma das instituições 
e leis penais, já que o fenômeno criminal é humano e desconhece fronteiras.
Modelos Teóricos
Há 4 grandes modelos teóricos da Criminologia: Modelo clássico e neoclássico da opção 
racional; Modelo positivista; Modelo da reação social; Enfoque dinâmico.
1. Modelo Clássico e Neoclássico da Opção Racional: o crime é fruto de uma decisão racio-
nal e livre do infrator, baseada em critériosde utilidade e oportunidade. Não cuida da etiologia. 
Delinquente e o não delinquente são seres essencialmente iguais. Enfoque sobre o presente 
do autor, sobre sua autonomia para decidir e sobre o utilitarismo de suas ações. Confiança no 
efeito inibitório da pena. Três suborientações:
1.1.Teorias da opção econômica (“economic choice”): O ser humano, ao usar seu livre-arbí-
trio, faz, a todo tempo, ponderações de custos e benefícios, e com o ato delitivo, não é diferen-
te. O castigo é um custo da atividade criminal que, sendo certo e severo, pode diminuir as taxas 
de delinquência. Importância do desemprego. Neoclassicismo ganha força na década de 1970 
(EUA), com viés neorretribucionista.
1.2. Teorias das atividades rotineiras: Teorias das oportunidades, ou teorias situacionais. 
A racionalidade da opção delitiva está ligada às oportunidades, às situações presentes que o 
delinquente vivencia. Relevância dos fatores temporais e espaciais no momento da ocorrência 
de um crime. Não basta um delinquente disposto para que o crime aconteça. É necessária tam-
bém uma oportunidade propícia ou situação idônea e a ausência de guardiões. O incremento 
da delinquência estaria vinculado com a forma concreta de organização das atividades sociais 
rotineiras da vida moderna, da sociedade pós-industrial.
1.3. Teorias do entorno físico: Teorias espaciais ou ecológicas. Relevância ao espaço físi-
co como fator criminógeno. Arquiteto e urbanista americano Oscar Newman, em Defensible 
Space (espaço defensável), defendia a adoção de um modelo arquitetônico para ambientes re-
sidenciais que inibiria o delito por potencializar as relações sociais de vizinhança e possibilitar 
maior eficácia do controle social informal.
2. Modelo Positivista: livre-arbítrio perde valor. Etiologia ganha importância. As teorias são 
divididas em: biológicas; psicológicas; e sociológicas.
2.1.Orientações de cunho biológico: alto grau de empirismo. Busca constante e detalhada 
das razões do crime no corpo do criminoso. São teorias que partem do princípio positivista da 
diversidade (que considera que o ser humano delinquente é diferente do não delinquente).
• Sociobiologia e bioquímica: os fatores biológicos, ambientais e os processos de apren-
dizagem podem, dinamicamente, levar à criminalidade. Rompe com a ideia de equipo-
tencialidade. Clarence Ray Jeffery defende que a conduta humana deriva tanto de va-
riantes ambientais quanto de genéticas e que a aprendizagem é, aliás, um processo 
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Nascimento da Criminologia. Precursores. Iluminismo. Clássicos. Positivistas
CRIMINOLOGIA
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psicobiológico que inclui mudanças na estrutura bioquímica e celular do cérebro. De-
fende intervenção agressiva e eficaz do infrator, com o controle ambiental de sua vida e 
com a modificação das condições biológicas (engenharia genética, equilíbrio bioquími-
co cerebral por meio de dieta, medicamentos). Criou o CPTED, que significa Crime Pre-
vention Through Enviromental Design, ou seja, prevenção de crime por meio de desenho 
ambiental.
• Castração Química: aplicação, nos autores de delitos sexuais graves, de hormônios que 
diminuam o desejo sexual. É aplicada em muitos países. Possibilidade de efeitos co-
laterais irreversíveis. No Brasil, não existe a previsão desse tipo de pena, mas já houve 
tentativas legislativas de criá-la.
• Perfil genético do agressor: a Lei n. 12.654/2012 prevê a coleta de perfil genético como 
forma de identificação criminal. Ela pode ser empregada em duas situações: quando a 
identificação criminal é necessária às investigações policiais; em relação aos condena-
dos por crime praticado, dolosamente, com violência de natureza grave contra a pessoa 
ou por qualquer dos crimes previstos na Lei n. 8.072/1990 (lei dos crimes hediondos). 
A lei prevê a extração de DNA por técnica adequada e indolor e a impossibilidade de as 
informações genéticas coletadas revelarem traços somáticos ou comportamentais das 
pessoas, exceto determinação genética de gênero.
2.2 Orientações de cunho psicológico: abrange a psiquiatria, a psicologia e a psicanálise 
criminais.
• Psiquiatria ou Psicopatologia: enfermidades mentais. Correlação entre doenças psíqui-
cas e crimes. Nas concepções primitivas, o delinquente era endemoniado. Depois, a te-
oria da loucura moral, ou insanity, propugnou a hereditariedade da enfermidade mental. 
Já a teoria da personalidade criminal acredita na existência de uma estrutura psicoló-
gica delitiva por si própria. Rechaçam a normalidade do delito. Delinquente sofre algum 
tipo de enfermidade que o torna diferente das demais pessoas.
• Psicologia: processos mentais e comportamentos humanos. Pode analisar motivações 
internas do indivíduo, o comportamento externalizado, ou os estímulos do meio em que 
o delinquente está inserindo. Importância na Criminologia clínica. Fenomenologia: análi-
se das formas de surgimento da criminalidade e elaboração de classes de execução do 
crime e tipologia de autores. Ex.: de fatores psicológicos que atuam na criminogênese: 
mimetismo (imitação); ambição acentuada; abulomania (ego fraco, “Maria vai com as 
outras”); insensibilidade moral (egoísmo extremo); pessoas desprovidas de sentimento 
altruísta, de compaixão; necessidade de status; rebeldia.
• Psicanálise: estrutura psicodinâmica da personalidade. Para Sigmund Freud, e para a 
psicanálise em geral, há três instâncias mentais: Id, componente inato das pessoas, con-
siste nos desejos; Ego, regula os impulsos do Id; Superego, aconselha o Ego, dizendo-lhe 
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Nascimento da Criminologia. Precursores. Iluminismo. Clássicos. Positivistas
CRIMINOLOGIA
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o que é moralmente aceito e quais princípios devem ser seguidos. Os atos humanos, 
incluídos os delitos, são respostas que expressam o equilíbrio ou desequilíbrio dessas 
instâncias psíquicas.
2.3. Orientações de Cunho Sociológico: Crime é um fenômeno social, causado por variados 
fatores e que guarda relação com situações ordinárias da vida cotidiana. Dois troncos princi-
pais: europeu, vinculado a Durkheim; e norte-americano, derivado da Escola de Chicago. Hoje 
são dominantes na Criminologia.
3. Modelo da Reação Social: é, também, uma explicação sociológica do delito, mas trata-se 
de novo modelo porque a partir da década de 1960 inaugura-se o paradigma da reação social, 
que dá origem à teoria do labelling approach (ou teoria do etiquetamento). O importante não é 
compreender a razão pela qual alguém comete um crime, mas sim a seletividade dos mecanis-
mos que fazem com que certas pessoas sejam etiquetadas como criminosas pelas instâncias 
de controle social formal. Conceito definitorial, e não ontológico, de delito. Criminologia Crítica 
também está incluída nesse Modelo.
4. Enfoque dinâmico: Criminologia do Desenvolvimento. Que explicam o delito segundo 
um enfoque dinâmico, considerando que as pessoas passam por processos evolutivos e que a 
gênese dos comportamentos criminosos só pode ser encontrada se essa evolução pessoal é 
analisada. No enfoque dinâmico ganham importância os métodos longitudinais, com análise, 
bastante empírica e ateórica (não-teórica) de carreiras criminais. Valorização da ideia de “cur-
va da idade”. Essa teoria distingue três etapas na carreira criminal: ativação; agravamento;e 
desistência. A psicóloga norte-americana Terrie Moffitt diferencia dois tipos de delinquentes: 
delinquentes cuja carreira criminal se limita à adolescência e se explica pelo mimetismo; e 
delinquentes persistentes.
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MAPAS MENTAIS
Nascimento Iluminismo
Clássicos
Positivistas
Escolas 
Intermediárias
Paul Johann Anselm Feuerbach
Marquês de Beccaria
Francesco Carrara
Itália
Escola Correcionalista
Brasil
Escola de Lyon
Escola Técnico-Jurídica
Escola de Defesa Social
Terza Scuola
Escola de Marburgo
Cesare Lombroso
Enrico Ferri
Raffaele Garofalo
Karl Röeder
Francisco Giner de los Ríos
Pedro Dorado Montero
Tobias Barreto
Nina Rodrigues
Afrânio Peixoto
Alexandre Lacassagne
Gabriel Tarde
Arturo Rocco
Karl von Binding
Filippo Gramatica
Marc Ancel
Bernardino Alimena
Manuel Carnevale
Giovanni Impallomeni
Franz Von Liszt
Criminologia
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Escola Clássica
Século XVIII
Feuerbach
Marquês de Beccaria → Dos Delitos e das Penas, 1764
Francesco Carrara
Crime como principal objeto
Crime é ente jurídico: infração à lei
Livre-arbítrio
Delinquente e não-delinquente são essencialmente iguais
Preocupação com penas justas, proprocionais e previstas em lei
Método dedutivo e abstrato
Política Criminal baseada em princípios como legalidade, humanidade, dignidade
Pena como retribuição ao mal causado
Pena baseada na responsabilidade moral
Criminologia
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Escola Positivista
Século XIX
Lombroso → O Homem Delinquente, 1876
Garofalo → Criminologia, 1885
Ferri → Sociologia Criminal, 1900
Nascimento da Criminologia como Ciência
Método indutivo, empírico e interdisciplinar
Medida de segurança com finalidade curativa
Medida de segurança baseada na periculosidade
Criminoso como principal objeto
Crime existe ontologicamente
Determinismo
Delinquente é doente, anormal
Criminologia
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Categorias de criminoso
Lombroso Garofalo Ferri
Criminoso nato Criminoso assassino Criminoso nato
Criminoso louco Criminoso enérgico ou violento Criminoso louco
Criminoso ocasional Criminoso ladrão ou assassino Criminoso ocasional
Criminoso passional Criminoso passional
Criminoso habitual
Correcionalismo
Criminoso é um fraco
Estado deve adotar postura pedagógica e de piedade
Karl Röeder (Alemanha) É obrigação do Estado 
corrigir ou melhorar 
moralmente delinquente
Delinquente tem o direito 
de exigir da sociedade que 
o eduque e proteja
Pedro Dorado Montero (Espanha)
Criminologia
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Escola de Lyon
França
Escola Antropossocial ou Criminal-Sociológico
Crime é soma de predisposição pessoal com influências do meio social
Alexandre Lacassagne Cada sociedade tem o 
princípio que merece
Gabriel Tarde
Leis da imitação
Escola do crime é a rua
Criminologia
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Escola de Marburgo
Alemanha
Escola Sociológica Alemã. Escola Moderna Alemã ou Escola de Política Criminal
Integração da Política Criminal ao Direito Penal
Franz Von Liszt
Imputáveis: pena
Inimputáveis: medida 
de segurança
Para o criminoso 
ocasional: intimidação
Para o criminoso corrigível: 
ressocialização
Para o criminoso 
habitual: inocruização
Superação do monismo em 
relação às penalidades
Pena como prevenção
Eliminação das penas de curta duração
Emprego da Criminologia, Antropologia, Sociologia 
etc, com o método indutivo-experimental
Criminologia
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Escola Técnico-Jurídica
Itália → Arturo Rocco
Alemanha → Karl Binding → Teoria das Normas
Estudo dogmático
Delito é pura relação jurídica
Retorno do Direito Penal ao campo 
estritamente jurídico
Análise do Direito Penal positivado
Criminologia
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Terza Scuola
Itália
Positivismo Crítico ou Escola Eclética
Bernardino Alimena
Manuel Carnevale
Giovanni (João) Battista Impallomeni
Crime como fenômeno individual e social
Dualidade de métodos
Dualidade de penas
Responsabilidade moral do imputável calcada 
na normalidade psíquica
Pena que visava a defesa social
DP: lógico-jurídico
Demais ciências penais: empírico
Imputáveis: pena
Inimputáveis: medida desegurança
Criminologia
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Escola de Defesa Social
Ideologia de Defesa Social
Defesa Social Radical
Defesa Social 
Moderada
Novíssima 
Defesa Social
Princípio da legitimidade: sistema penal é legítimo
Princípio do bem e do mal: crime e criminoso são males
 Princípio da culpabilidade: crime é expressão de atitude inteiro reprovável
Princípio da finalidade: pena deve prevenir crimes
Princípio do interesse social: crime é delito natural, ofensa em qualquer sociedade
Filippo Gramatica
Antissociabiliade subjetiva
Indivíduos no centro do sistema penal
Medidas de defesa social diferentes para cada pessoa
Marc Ancel
Programa Mínimo, 1954
Defender a sociedade dos criminosos e defender 
os criminososdo crime (da reincidência)
Valorização das demais ciências criminais
Eliminação do sentido retributivo da pena
Ressocialização
Adendo, 1985
Preterpenalismo: constante crítica e mutação das instituições penais
Antidogmatismo
Enxugamento das leis penais
Criminalização de infrações contra a economia e infrações estatais
Ressocialização
Reforma penitenciária
Criminologia
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Modelos Teóricos
Modelo Clássico e Neoclássico 
da Opção Racional
Teorias da opção econômica
Teoria das atividades rotineiras → Lawrence Cohen e Marcus Felson
Teorias do entorno físico → Oscar Newman
Gay Becker
Isaac Ehrlich
Shlomo e Reuel Shinnar
Modelo Positivista
Modelo Reação Social
Enfoque Dinâmico → Terrie Moffitt
Labelling Approcha
Criminologia Crítica
Teorias Psicológicas
Teorias Sociológicas Tronco europeu: Durkheim
Tronco dos EUA: Escola de Chicago
Psiquiatria
Psicologia
Psicanálise
Teorias Biológicas → Sociologia e bioquímica → Clarence Ray Jeffrey
Criminologia
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Modelo Clássico e 
Neoclássico da 
Opção Racional
Crime é fruto de decisão racional e livre do infrator
Teorias da opção econômica: crime resulta de 
cálculos de custos e benefícios
Teorias das atividades rotineiras (oportunidades, 
situacionais): crime é resultado de delinquente 
disposto e oportunidade propícia.
Teorias do entorno físico: espaço físico como fator 
criminógeno.
Criminologia
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Modelo Positivista
Enfoque na tiologia criminal
Psiquiatria: enfermidades mentais
Psicologia: processos mentais e 
comportamentos humanos
Psicanálise: estrutura 
psicodinâmica da personalidade
Teorias biológicas: busca das razões 
do crime no corpo do criminoso
Teorias psicológicas: busca das razões 
do crime na mente do criminoso
Teorias sociológicas: busca das razões 
do crime na sociedade
Criminologia
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Modelo de Reação Social
Superação do paradigma etiológico. 
Crime é definido por quem detém o 
poder, por quem reage a ele.
Labelling Approach
Criminologia Crítica
Seletividade do controle social formal
Conceito definitorial de delito
Criminologia
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Modelo do Enfoque 
Dinâmico
Criminologia do Desenvolvimento
Métodos longitudinais
Curva da Idade
Terrie Moffitt
Ativação
Agravamento
Desistência
Delinquentes cuja carreira criminal se limita à 
adolescência
Delinquentes persistentes
Criminologia
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Nascimento da Criminologia. Precursores. Iluminismo. Clássicos. Positivistas
CRIMINOLOGIA
Mariana Barreiras
QUESTÕES DE CONCURSO
001. (CEBRASPE/2016/PC-PE/DELEGADO DE POLÍCIA) Acerca dos modelos teóricos expli-
cativos do crime, oriundos das teorias específicas que, na evolução da história, buscaram en-
tender o comportamento humano propulsor do crime, assinale a opção correta.
a) O modelo positivista analisa os fatores criminológicos sob a concepção do delinquente 
como indivíduo racional e livre, que opta pelo crime em virtude de decisão baseada em crité-
rios subjetivos.
b) O objeto de estudo da Criminologia é a culpabilidade, considerada em sentido amplo; já o 
Direito Penal se importa com a periculosidade na pesquisa etiológica do crime.
c) A Criminologia clássica atribui o comportamento criminal a fatores biológicos, psicológicos 
e sociais como determinantes desse comportamento, com paradigma etiológico na análise 
causal-explicativa do delito.
d) Entre os modelos teóricos explicativos da Criminologia, o conceito definitorial de delito 
afirma que, segundo a teoria do labeling approach, o delito carece de consistência material, 
sendo um processo de reação social, arbitrário e discriminatório de seleção do comportamen-
to desviado.
e) O modelo teórico de opção racional estuda a conduta criminosa a partir das causas que 
impulsionaram a decisão delitiva, com ênfase na observância da relevância causal etiológica 
do delito.
002. (CEBRASPE/2013/DPF/DELEGADO) O surgimento das teorias sociológicas em Crimino-
logia marca o fim da pesquisa etiológica, própria da escola ou do modelo positivista.
003. (CEBRASPE/2013/DPF/DELEGADO) O positivismo criminológico caracteriza-se, entre 
outros aspectos, pela negação do livre arbítrio, pela crença no determinismo e pela adoção do 
método empírico-indutivo, ou indutivo-experimental, também apresentado como indutivo-quan-
titativo, embasado na observação dos fatos e dos dados, independentemente do conteúdo 
antropológico, psicológico ou sociológico, como também a neutralidade axiológica da ciência.
004. (CEBRASPE/2017/DPU/DEFENSOR PÚBLICO FEDERAL) Para a escola clássica, o mo-
delo ideal de prevenção do delito ou do desvio é o que se preocupa com a pena e seu rigor, 
compreendendo-a como um mecanismo intimidatório; já para a escola neoclássica, mais efi-
caz que o rigor das penas é o foco no correto funcionamento do sistema legal e em como esse 
sistema é percebido pelo desviante ou delinquente.
005. (CEBRASPE/2014/CÂMARA DOS DEPUTADOS – ANALISTA LEGISLATIVO) O Direito 
Penal, a partir de sua vertente clássica, sempre concentrou seus estudos no trinômio delin-
quente, vítima e crime.
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Nascimento da Criminologia. Precursores. Iluminismo. Clássicos. Positivistas
CRIMINOLOGIA
Mariana Barreiras
006. (CEBRASPE/2019/DPE-DF/DEFENSOR PÚBLICO) A Criminologia, diante do fenômeno 
do delito, na busca de conhecer fatores criminógenos, traça um paralelo entre vítima e crimi-
noso. Partindo dessa premissa dual, chamada por Mendelsohn de “dupla-penal”, extraem-se 
importantes situações fenomenológicas. Acerca desses estudos,julgue o item seguinte.
De acordo com a teoria positivista, o criminoso é um ser inferior, incapaz de guiar livremente a 
sua conduta por haver debilidade em sua vontade: a intervenção estatal se faz necessária para 
correção da direção de sua vontade.
007. (CEBRASPE/2019/DPE-DF/DEFENSOR PÚBLICO) As orientações sociológicas estão 
inseridas no panorama criminológico clássico e buscam identificar, por meio da análise psi-
cológica, fatores criminais propulsores da delinquência, de modo a analisar fatores externos 
criminais introjetados no mundo anímico do homem.
008. (CEBRASPE/2019/TJ-PR/JUIZ SUBSTITUTO) Com relação às escolas e tendências pe-
nais, julgue os itens seguintes.
I – De acordo com a escola clássica, a responsabilidade penal é lastreada na imputabilida-
de moral e no livre-arbítrio humano.
II – A escola técnico-jurídica, que utiliza o método indutivo ou experimental, apresenta as 
fases antropológica, sociológica e jurídica.
III – A escola correcionalista fundamenta-se na proposta de imposição de pena, com caráter 
intimidativo, para os delinquentes normais, e de medida de segurança para os perigo-
sos. Para essa escola, o Direito Penal é a insuperável bar-reira da política criminal.
IV – O movimento de defesa social sustenta a ressocialização do delinquente, e não a sua 
neutralização. Nesse movimento, o tratamento penal é visto como um instrumento pre-
ventivo.
Estão certos apenas os itens
a) I e III.
b) I e IV.
c) II e III.
d) II e IV.
009. (NUCEPE/2018/PC-PI/DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL) Marque a alternativa CORRETA, 
no que diz respeito à classificação do criminoso, segundo Lombroso:
a) Criminoso louco: é o tipo de criminoso que tem instinto para a prática de delitos, é uma es-
pécie de selvagem para a sociedade.
b) Criminoso nato: é aquele tipo de criminoso malvado, perverso, que deve sobreviver em 
manicômios.
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Nascimento da Criminologia. Precursores. Iluminismo. Clássicos. Positivistas
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c) Criminoso por paixão: aquele que utiliza de violência para resolver problemas passionais, 
geralmente é nervoso, irritado e leviano.
d) Criminoso por paixão: este aponta uma tendência hereditária, possui hábitos criminosos 
influenciados pela ocasião.
e) Criminoso louco: é o criminoso sórdido com deficiência do senso moral e com hábitos cri-
minosos influenciados pela situação.
010. (UEG/2018/PC-GO/DELEGADO DE POLÍCIA) Tendo a obra O Homem Deliquente, de 
Cesare Lombroso (1836-1909), como fundante da Criminologia surgida a partir da segunda 
metade do século XIX, verifica-se que, segundo a sistematização realizada por Enrico Ferri 
(1856-1929), o pensamento criminológico positivista assenta-se, dentre outras, na tese de que
a) o livre arbítrio é um conceito chave para o Direito Penal.
b) os chamados delinquentes poderiam ser classificados como loucos, natos, morais, passio-
nais e de ocasião.
c) a defesa social é tomada como o principal objetivo da justiça criminal.
d) a responsabilidade social, tida como clássica, deveria ser substituída pela categoria da res-
ponsabilidade moral para a imputação do delito.
e) a natureza objetiva do crime, mais do que a motivação, deve ser base para medida da pena.
011. (UEG/2018/PC-GO/DELEGADO DE POLÍCIA) Para a Criminologia positivista, a crimina-
lidade é uma realidade ontológica, pré-constituída ao Direito Penal, ao qual cabe tão somente 
positivá-la e positiva-la. Neste sentido, tem-se o seguinte:
a) Em seus primeiros estudos, Cesare Lombroso encontrou no atavismo uma explicação para 
relacionar a estrutura corporal ao que chamou de criminalidade habitual.
b) A periculosidade, ou temeritá, tal como conceituada por Enrico Ferri, foi definida como a 
perversidade constante e ativa a recomendar que esta, e não o dano causado, a medida de 
proporcionalidade de aplicação da pena.
c) Para Raffaele Garófalo (1851-1934), a defesa social era a luta contra seus inimigos naturais 
carecedores dos sentimentos de piedade e probidade.
d) Nos marcos do pensamento criminológico positivista, Enrico Ferri, embora discípulo de 
Lombroso, abandonou a noção de criminalidade centrada em causas de ordem biológica, pas-
sando a considerar como centrais as causas ligadas à etiologia do crime, sendo estas: as indi-
viduais, as físicas e as sociais.
e) Enrico Ferri e Cesare Lombroso, recorrendo à metáfora da guerra contra o delito, sustenta-
ram a possibilidade de aplicação das penas de deportação ou expulsão da comunidade para 
aqueles que carecessem do sentido de justiça ou o tivessem aviltado.
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Nascimento da Criminologia. Precursores. Iluminismo. Clássicos. Positivistas
CRIMINOLOGIA
Mariana Barreiras
012. (VUNESP/2018/PC-SP/DELEGADO DE POLÍCIA) No que concerne às Escolas Penais, é 
correto afirmar que a
a) “Positiva” entende que o crime deriva de circunstâncias biológicas ou sociais, tendo sido 
defendida por Feuerbach.
b) “Clássica” funda-se no livre-arbítrio e tem em Carrara um de seus maiores expoentes.
c) “Lombrosiana” acredita que o homem é racional e nasce livre, sendo o crime fruto de uma 
escolha errada, concepção hipotetizada por Lombroso e também por Ferri.
d) “Clássica” entende que a pena é medida profilática, de cura, pensamento difundido por 
Carmignani.
e) “Positiva” nasce em contraposição às ideias de Lombroso, defende o naturalismo-racional e 
tem em Garofalo um de seus doutrinadores.
013. (FUMARC/2018/PC-MG DELEGADO DE POLÍCIA) “Cabe definir a Criminologia como ciên-
cia empírica e interdisciplinar, que se ocupa do estudo do crime, da pessoa do infrator, da vítima 
e do controle social do comportamento delitivo, e que trata de subministrar uma informação 
válida, contrastada, sobre a gênese, dinâmica e variáveis principais do crime – contemplado 
este como problema individual e como problema social –, assim como sobre os programas 
de prevenção eficaz do mesmo e técnicas de intervenção positiva no homem delinquente e 
nos diversos modelos ou sistemas de resposta ao delito”. Esta apresentação ao conceito de 
Criminologia apresenta, desde logo, algumas das características fundamentais do seu método 
(empirismo e interdisciplinaridade), antecipando o objeto (análise do delito, do delinquente, da 
vítima e do controle social) e suas funções (explicar e prevenir o crime e intervir na pessoa do 
infrator e avaliar os diferentes modelos de resposta ao crime).
(MOLINA, Antônio G. P.; GOMES, Luiz F. Criminologia. 6. ed. reform., atual. e ampl. São Paulo: 
Revista dos Tribunais. p. 32.)
Sobre o método, o objeto e as funções da Criminologia, considera-se:
I – A luta das escolas (positivismo versus classicismo) pode ser traduzida como um en-
frentamento entre adeptos de métodos distintos; de um lado, os partidários do método 
abstrato, formal e dedutivo (os clássicos) e, de outro, os que propugnavam o método 
empírico e indutivo (os positivistas).
II – Uma das características que mais se destaca na moderna Criminologia é a progressiva 
ampliação e problematização do seu objeto.
III – A Criminologia, como ciência, não pode trazer um saber absoluto e definitivo sobre o 
problema criminal, senão um saber relativo, limitado, provisional a respeito dele, pois, 
com o tempo e o progresso, as teorias se superam.
Estão CORRETAS as assertivas indicadas em:
a) I e II, apenas.
b) I e III, apenas.O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
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Nascimento da Criminologia. Precursores. Iluminismo. Clássicos. Positivistas
CRIMINOLOGIA
Mariana Barreiras
c) I, II e III.
d) II e III, apenas.
014. (FUMARC/2018/PC-MG DELEGADO DE POLÍCIA) “A Criminologia contemporânea, dos 
anos 30 em diante, se caracteriza pela tendência a superar as teorias patológicas da criminali-
dade, ou seja, as teorias baseadas sobre as características biológicas e psicológicas que dife-
renciariam os sujeitos ‘criminosos’ dos indivíduos ‘normais’, e sobre a negação do livre arbítrio, 
mediante um rígido determinismo. Essas teorias eram próprias da Criminologia positivista que, 
inspirada na filosofia e na psicologia do positivismo naturalista, predominou entre o final do 
século passado e princípios deste.”
(BARATTA, Alessandro. Criminologia crítica e crítica do Direito Penal: introdução à sociologia 
do Direito Penal. 3. ed. Rio de Janeiro: Revan: Instituto Carioca de Criminologia. p. 29. 
Coleção Pensamento Criminológico)
Numere as seguintes assertivas de acordo com a ideia de Criminologia que representam, uti-
lizando (1) para a Criminologia positivista e (2) para a escola liberal clássica do Direito Penal.
(  )	� Assumia uma concepção patológica da criminalidade.
(  )	� Considerava a criminalidade como um dado pré-constituído às definições legais de cer-
tos comportamentos e certos sujeitos.
(  )	� Não considerava o delinquente como um ser humano diferente dos outros.
(  )	� Objetivava uma política criminal baseada em princípios como os da humanidade, lega-
lidade e utilidade.
(  )	� Pretendia modificar o delinquente.
A sequência que expressa a associação CORRETA, de cima para baixo, é:
a) 1, 1, 2, 2, 1.
b) 1, 2, 1, 2, 2.
c) 2, 2, 1, 1, 1.
d) 2, 1, 2, 2, 2.
015. (VUNESP/2014/PC-SP/DELEGADO DE POLÍCIA) Dentre as escolas penais a seguir, 
aquela na qual se pretendeu inicialmente aplicar ao Direito Penal os mesmos métodos de ob-
servação e investigação que se utilizavam em outras ciências naturais é a
a) Clássica.
b) Técnico-Jurídica.
c) Correcionalista.
d) Positivista.
e) Moderna.
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Nascimento da Criminologia. Precursores. Iluminismo. Clássicos. Positivistas
CRIMINOLOGIA
Mariana Barreiras
016. (VUNESP/2014/PC-SP/DELEGADO DE POLÍCIA) A obra O homem delinquente, publica-
da em 1876, foi escrita por
a) Cesare Lombroso.
b) Enrico Ferri.
c) Rafael Garófalo.
d) Cesare Bonesana.
e) Adolphe Quetelet.
017. (PC-SP/2012/PC-SP/DELEGADO DE POLÍCIA) O Positivismo Criminológico, com a 
Scuola Positiva italiana, foi encabeçado por
a) Lombroso, Garofolo e Ferri
b) Luchini, Ferri e Del Vecchio
c) Dupuy, Ferri e Vidal.
d) Lombroso, Dupuy e Garofolo.
e) Baratta, Adolphe e Vidal.
018. (FUNDATEC/2018/PC-RS/DELEGADO DE POLÍCIA) A Criminologia é definida tradicio-
nalmente como a ciência que estuda de forma empírica o delito, o delinquente, a vítima e os 
mecanismos de controle social. Os autores que fundaram a Criminologia (Positivista) são:
a) Cesare Lombroso, Enrico Ferri e Raffaele Garofalo.
b) Franz Von Liszt, Edmund Mezger e Marquês de Beccaria.
c) Marquês de Beccaria, Cesare Lombroso e Michel Foucault.
d) Cesare Lombroso, Enrico Ferri e Michel Foucault.
e) Enrico Ferri, Michel Foucault e Nina Rodrigues.
019. (INSTITUTO ACESSO/2019/PC-ES/DELEGADO DE POLÍCIA) O estudo da pessoa do 
infrator teve seu protagonismo durante a fase positivista na evolução histórica da Criminolo-
gia. Assinale, dentre as afirmativas abaixo, a que descreve corretamente como a Criminologia 
tradicional o examina.
a) A Criminologia tradicional examina a pessoa do infrator como uma realidade biopsicopato-
lógica, considerando o determinismo biológico e social.
b) A Criminologia tradicional examina a pessoa do infrator como um incapaz de dirigir por si 
mesmo sua vida, cabendo ao Estado tutelá-lo.
c) A Criminologia tradicional examina a pessoa do infrator como uma unidade biopsicossocial, 
considerando suas interdependências sociais.
d) A Criminologia tradicional examina a pessoa do infrator como um sujeito determinado pelas 
estruturas econômicas excludentes, sendo uma vítima do sistema capitalista.
e) A Criminologia tradicional examina a pessoa do infrator como alguém que fez mau uso da 
sua liberdade embora devesse respeitar a lei.
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Nascimento da Criminologia. Precursores. Iluminismo. Clássicos. Positivistas
CRIMINOLOGIA
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020. (CEFET-BA/2008/PC-BA/DELEGADO DE POLÍCIA) Na concepção positivista, o crime é 
entendido como
a) uma realidade culturalmente definida.
b) uma construção social.
c) uma conduta violenta.
d) uma realidade ontológica.
e) um fato social problemático.
021. (VUNESP/2017/DPE-RO/DEFENSOR PÚBLICO SUBSTITUTO) Assinale a alternativa 
correta em relação aos estudos e contribuições de Lombroso para o desenvolvimento históri-
co da Criminologia.
a) Fundadas nas demonstrações de Lombroso, todas as teorias criminológicas defendem 
que não se deve punir aqueles que cometem crimes em virtude do determinismo genético e 
biológico.
b) As ideias desenvolvidas por Lombroso fundamentaram as bases da teoria do distanciamento.
c) Lombroso sustentava que era de suma importância estudar as circunstâncias do delito em 
detrimento do delinquente.
d) Os estudos de Lombroso inserem-se no contexto de ideias que contrapõem o conceito de 
livre arbítrio.
e) Os estudos desenvolvidos por Lombroso demonstram-se como um retrocesso às ideias e 
conceitos da Escola Clássica, motivo pelo qual não contribuí ram para o desenvolvimento da 
Criminologia como ciência.
022. (MPE-SC/2016/MPE-SC/PROMOTOR DE JUSTIÇA) O italiano Cesare Lombroso, autor 
da obra “L’Uomo delinquente”, foi um dos precursores da Escola Clássica de Criminologia, a 
qual admitia a ideia de que o crime é um ente jurídico – infração – e não ação.
023. (MPE-SC/2014/PROMOTOR DE JUSTIÇA) Contrariamente ao classicismo, que não visu-
alizou no criminoso nenhuma anormalidade – e dele não se ocupou – o positivismo recondu-
ziu-o para o centro de suas análises, apreendendo nele estigmas decisivos da criminalidade.
024. (FCC/2013/AL-PB/PROCURADOR) Franz Von Liszt (1851-1919) foi um modernizador do 
Direito Penal, propondo repensá-lo desde a ótica de uma política criminal que tenha na pena 
uma ferramenta estatal na luta contra o crime, inclusive com fundamentos científicos da Crimi-
nologia e da penologia. O movimento correspondente, que teve em Von Liszt um de seus mais 
importantes defensores, denomina-se
a) Escola de Kiel.
b) Teoria da nova defesa social.
c) Finalismo.
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Nascimento da Criminologia. Precursores. Iluminismo. Clássicos. Positivistas
CRIMINOLOGIAMariana Barreiras
d) Programa de Marburgo.
e) Escola Positiva.
025. (FCC/2016/DPE-ES/DEFENSOR PÚBLICO) Sobre a escola positivista da Criminologia, é 
correto afirmar:
a) A escola positivista ainda não chega a considerar a concepção da pena como meio de defe-
sa social, que é própria de escolas mais modernas da Criminologia.
b) Sua recepção no Brasil recebeu contornos racistas, notadamente no trabalho antropológico 
de Nina Rodrigues.
c) É uma escola criminológica ultrapassada e que já influenciou a legislação penal brasileira, 
mas que após a Constituição Federal de 1988 não conta mais com institutos penais influencia-
dos por esta corrente.
d) Por ter enveredado pela sociologia criminal, Enrico Ferri não é considerado um autor da es-
cola positivista, que possui viés médico e antropológico.
e) O método positivista negava a importância da pesquisa empírica, que possivelmente a leva-
ria a resultados diversos daqueles encontrados pelos seus autores.
026. (MPE-SC/2019/PROMOTOR DE JUSTIÇA) Para Liszt, o fundamento da pena é orientado 
às finalidades de: a) ressocialização dos delinquentes suscetíveis de socialização; b) intimida-
ção dos que não têm necessidade de socialização e; c) neutralização dos não suscetíveis de 
socialização.
027. (FCC/2019/DPE-SP/DEFENSOR PÚBLICO) A ideologia da defesa social abarca 
o Princípio
a) do interesse social, segundo o qual os interesses protegidos pelo Direito Penal são essen-
cialmente aqueles pertences à classe economicamente dominante, que detém o poder de 
definição.
b) da proporcionalidade, segundo o qual a sanção imposta ao condenado deve ser proporcio-
nal à gravidade do dano social causado pela prática do delito.
c) da finalidade, segundo o qual a pena tem a finalidade primordial de retribuir o mal causado 
pela prática do delito, não exercendo função preventiva, seja por ser incapaz de ressocializar o 
“delinquente” ou desestimular o comportamento ilícito.
d) do bem e do mal, segundo o qual o delito é um mal necessário para a sociedade e o “delin-
quente” um elemento funcional e essencial ao sistema, pois a violação da norma faz a socie-
dade reafirmar o seu valor, reforçando a coesão social.
e) do delito natural, segundo o qual o núcleo central dos delitos definidos nas legislações pe-
nais das nações civilizadas representa violação de interesses fundamentais, comuns a todos 
os cidadãos.
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Nascimento da Criminologia. Precursores. Iluminismo. Clássicos. Positivistas
CRIMINOLOGIA
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028. (MPE-SC/2014/PROMOTOR DE JUSTIÇA) A “Nova Defesa Social”, inspirada na obra de 
Marc Ancel, foi um movimento extremista, caracterizado pela defesa de um corpo de doutrina 
estável, com uma programação acrítica.
029. (MPE-SC/2014/PROMOTOR DE JUSTIÇA) No paradigma etiológico, modelado segundo 
uma matriz positivista derivada Das Ciências Naturais, a Criminologia é definida como uma 
Ciência causal-explicativa da criminalidade, isto é, que investiga as causas da criminalidade 
(seu objeto) segundo o método experimental.
030. (VUNESP/2018/PC-SP/AUXILIAR DE PAPILOSCOPISTA POLICIAL) Em relação ao con-
ceito e ao objeto de estudo da Criminologia, assinale a alternativa correta.
a) O atual estágio de desenvolvimento da Criminologia exclui do seu conceito o estudo das 
causas exclusivamente individuais para a prática dos crimes, substituindo-o pela análise das 
dinâmicas sociais.
b) É um ramo de conhecimento do Direito Penal, não podendo ser definida como ciência pró-
pria, visto que se ocupa do mesmo objeto.
c) É uma ciência que tem por objetivo principal auxiliar a interpretação das normas criminais, 
sob o ponto de vista dogmático.
d) É uma ciência que estuda o crime sob o ponto de vista jurídico.
e) Após superar os equívocos das primeiras abordagens sobre o homem delinquente, exempli-
ficadas nos estudos de Lombroso, a Criminologia moderna mantém em seu conceito o estudo 
do criminoso.
031. (VUNESP/2014/PC-SP/AUXILIAR DE NECROPSIA) ____________ é considerado pai da Cri-
minologia, por ter utilizado o método empírico em suas pesquisas, revolucionando e inovando 
os estudos da criminalidade.
Assinale a alternativa que preenche corretamente a lacuna.
a) Enrico Ferri
b) Cesare Lombroso
c) Adolphe Quetelet
d) Emile Durkheim
e) Cesare Bonesana
032. (VUNESP/2014/PC-SP/INVESTIGADOR DE POLÍCIA) Cesare Bonesana, Francesco Car-
rara e Giovanni Carmignani foram autores da corrente doutrinária da história da Criminologia 
denominada.
a) Escola Clássica.
b) Terza Scuola Italiana.
c) Escola Moderna Alemã.
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Nascimento da Criminologia. Precursores. Iluminismo. Clássicos. Positivistas
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d) Escola Positiva.
e) Escola de Chicago.
033. (VUNESP/2013/PC-SP/AGENTE DE POLÍCIA) A história da Criminologia conta com 
grandes autores que, com suas obras, contribuíram significativamente na construção desse 
ramo do conhecimento. É correto afirmar que Cesare Bonesana (1738~1794), o marquês de 
Beccaria, foi autor da obra
a) O Homem Delinquente.
b) Dos Delitos e das Penas.
c) Antropologia Criminal.
d) O Ambiente Criminal.
e) Sociologia Criminal.
034. (VUNESP/2014/PC-SP/AUXILIAR DE NECROPSIA) Cesare Bonesana, o Marquês de 
Beccaria, pertenceu à seguinte escola dos estudos da Criminologia:
a) Clássica.
b) Moderna.
c) Positiva.
d) Política criminal ou moderna alemã.
e) Terza scuola italiana.
035. (VUNESP/2014/PC-SP/AUXILIAR DE NECROPSIA) Dos autores a seguir, o que perten-
ceu à Escola Positiva da Criminologia e foi chamado de “discípulo de Lombroso” foi
a) Enrico Ferri.
b) Francesco Carrara.
c) Giovanni Carmignani.
d) James Wilson.
e) Hans Gross.
036. (VUNESP/2014/PC-SP/INVESTIGADOR DE POLÍCIA) A escola criminológica que surgiu 
no século XIX, tendo, entre seus principais autores, Rafaelle Garofalo, e que pode ser dividida 
em três fases (antropológica, sociológica e jurídica) é a:
a) Escola Positiva.
b) Terza Scuola Italiana.
c) Escola de Política Criminal ou Moderna Alemã.
d) Escola Clássica.
e) Escola de Lyon.
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Nascimento da Criminologia. Precursores. Iluminismo. Clássicos. Positivistas
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037. (VUNESP/2013/PC-SP/PAPILOSCOPISTA POLICIAL) Este autor foi o criador da cha-
mada “sociologia criminal”. Para ele, a criminalidade derivava de fenômenos antropológicos, 
físicos e culturais. Trata-se de
a) Francesco Carrara.
b) Cesare Lombroso.
c) Rafael Garófalo.
d) Enrico Ferri.
e) Franz von Lizst.
038. (VUNESP/2013/PC-SP/PAPILOSCOPISTA POLICIAL) Pode-se afirmar que estão entre 
os princípios fundamentais da escola clássica da Criminologia:
a) o crime, na escola clássica, é um ente jurídico, não é uma ação, mas sim uma infração; a 
punibilidade deve ser baseada no livre-arbítrio; adota-se o método e raciocínio lógico-dedutivo.
b) a pena, que é um instrumento de defesa social; a escola clássica, que se utiliza do método 
indutivo-experimental; os objetos de estudo da ciência penal, que são o crime, o criminoso, a 
pena eo processo.
c) o crime é visto como um fenômeno social e individual na escola clássica; a pena tem caráter 
aflitivo, cuja finalidade é a defesa social.
d) o Direito Penal, que é uma obra humana; a responsabilidade social que decorre do determi-
nismo social; o delito, que é um fenômeno natural e social.
e) a distinção entre imputáveis e inimputáveis existente na escola clássica; a responsabilidade 
moral baseada no determinismo (quem não tiver a capacidade de se levar pelos motivos deve-
rá receber uma medida de segurança).
039. (VUNESP/2013/PC-SP/AGENTE DE POLÍCIA) Cesare Lombroso (1835~1909), médico 
e cientista italiano, foi considerado um dos expoentes da corrente de pensamento denominada
a) Escola Positiva.
b) Escola Clássica.
c) Escola Jusnaturalista.
d) Terza Scuola.
e) Escola de Política Criminal ou Moderna Alemã.
040. (PC-SP/2010/ESCRIVÃO DE POLÍCIA CIVIL) A Escola Clássica
a) Tem em Garófalo um dos seus precursores.
b) baseia-se no método empírico-indutivo.
c) crê no livre arbítrio.
d) surge na etapa científica da Criminologia.
e) criou a figura do criminoso nato.
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041. (VUNESP/2014/PC-SP/INVESTIGADOR DE POLÍCIA) A explicação acerca das causas 
da conduta delitiva possui fundamentos biológicos, dentre outros. Assinale a alternativa que 
corresponde a uma das teorias biológicas da criminalidade.
a) Teoria das Funções.
b) Teoria Analítica.
c) Estrutural-Funcionalismo.
d) Teoria dos Instintos.
e) Teoria do Consenso
042. (VUNESP/2014/PC-SP/INVESTIGADOR DE POLÍCIA) A obra Dos Delitos e Das Penas 
de 1764 foi escrita por:
a) Adolphe Quetelet.
b) Francesco Carrara
c) Giovanni Carmignani.
d) Cesare Bonesana
e) Cesare Lombroso
043. (VUNESP/2014/PC-SP/INVESTIGADOR DE POLÍCIA) A corrente do pensamento crimi-
nológico, que teve por precursor Filippo Gramatica e fundador Marc Ancel, a qual apregoa que 
o delinquente deve ser educado para assumir sua responsabilidade para com a sociedade, a 
fim de possibilitar saudável convívio de todos (pedagogia da responsabilidade), é denominada.
a) Janelas Quebradas (Broken Windows).
b) Escola Antropológica Criminal.
c) Nova Defesa Social.
d) Criminologia Crítica
e) Lei e Ordem.
044. (VUNESP/2013/PC-SP/AUXILIAR DE PAPILOSCOPISTA POLICIAL) São considerados 
autores que desenvolveram trabalhos na Escola Clássica:
a) Manuel Carnevale, Bernardino Alimena e João Impallomeni.
b) Cesare Bonesana, Francesco Carrara e Giovanni Carmignani.
c) Enrico Ferri, Cesare Lombroso e Marquês de Pombal.
d) Franz von Lizst, Adolphe Prins e Von Hammel.
e) Cesare Lombroso, Paul Topinard e Rafael Garófalo.
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045. (VUNESP/2014/PC-SP/INVESTIGADOR DE POLÍCIA) Assinale a alternativa correta em 
relação a Enrico Ferri.
a) Foi filósofo, sustentou que a Criminologia é fruto da disparidade social; portanto, riqueza e 
pobreza estão ligadas ao crime.
b) Foi escritor, criou a teoria da escola clássica da Criminologia; utilizou o método lógico 
dedutível.
c) Publicou o livro O Homem Delinquente em 1876, descrevendo o determinismo biológico 
como fonte da personalidade criminosa.
d) Foi jurista, afirmou que o crime estava no homem e que se revelava como degeneração deste.
e) Foi autor da obra Sociologia Criminal; para ele a criminalidade deriva de fenômenos antro-
pológicos, físicos e sociais.
046. (PC-SP/2010/ESCRIVÃO DE POLÍCIA CIVIL) A associação entre hereditariedade / delito 
e anomalias cromossômicas / comportamento criminal inserem-se no modelo da
a) Biologia Criminal.
b) Sociologia Criminal.
c) Psicologia Criminal.
d) Psiquiatria Criminal.
e) Frenologia Criminal.
047. (PC-SP/2010/ESCRIVÃO DE POLÍCIA CIVIL) A Escola Positiva:
a) crê no determinismo e defende o tratamento do criminoso.
b) tem em Bentham um de seus precursores.
c) foi consolidada por Carrara.
d) baseia-se no método dogmático e dedutivo.
e) surgiu na etapa pré-científica da Criminologia.
048. (PC-SP/2010/ESCRIVÃO DE POLÍCIA CIVIL) Complete com a alternativa correta:
Considerado o principal idealizador da Sociologia Criminal………… tem como obra prin-
cipal…………….
a) Lombroso – “O Homem Delinquente”
b) Garofalo – “O Ambiente Criminal”
c) Ferri – “Sociologia Criminal”
d) Carrara – “Sociedade e Crime”
e) Lacassagne – “Sociedade e Miséria”
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049. (PC-SP/2010/ESCRIVÃO DE POLÍCIA CIVIL) O período antropológico de estudo da cri-
minalidade foi iniciado pelo médico
a) Enrico Ferri.
b) Cesare Lombroso.
c) Cesare Bonesana.
d) Emile Durkheim.
e) Hans von Hentig.
050. (VUNESP/2013/PC-SP/AUXILIAR DE PAPILOSCOPISTA) A _________surgiu na Europa, 
influenciada pelos fisiocratas e iluministas; possui três fases: antropológica, sociológica e jurí-
dica; priorizou os interesses sociais aos individuais. Em 1876, foi publicado o livro “O homem 
delinquente”, que instaurou um período científico de estudos criminológicos, assim, é conheci-
da ainda como “surgimento da fase científica da Criminologia”.
Assinale a alternativa que completa corretamente a lacuna do texto.
a) Escola Clássica
b) Terza Scuola
c) Escola Criminológica
d) Escola Positiva
e) Escola Política Criminal ou Moderna Alemã
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Nascimento da Criminologia. Precursores. Iluminismo. Clássicos. Positivistas
CRIMINOLOGIA
Mariana Barreiras
GABARITO
1. d
2. E
3. C
4. C
5. E
6. E
7. E
8. b
9. c
10. c
11. c
12. b
13. c
14. a
15. d
16. a
17. a
18. a
19. a
20. d
21. d
22. E
23. C
24. d
25. b
26. C
27. e
28. E
29. C
30. e
31. b
32. a
33. b
34. a
35. a
36. a
37. d
38. a
39. a
40. c
41. d
42. d
43. c
44. b
45. e
46. a
47. a
48. c
49. b
50. d
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Nascimento da Criminologia. Precursores. Iluminismo. Clássicos. Positivistas
CRIMINOLOGIA
Mariana Barreiras
GABARITO COMENTADO
001. (CEBRASPE/2016/PC-PE/DELEGADO DE POLÍCIA) Acerca dos modelos teóricos expli-
cativos do crime, oriundos das teorias específicas que, na evolução da história, buscaram en-
tender o comportamento humano propulsor do crime, assinale a opção correta.
a) O modelopositivista analisa os fatores criminológicos sob a concepção do delinquente 
como indivíduo racional e livre, que opta pelo crime em virtude de decisão baseada em crité-
rios subjetivos.
b) O objeto de estudo da Criminologia é a culpabilidade, considerada em sentido amplo; já o 
Direito Penal se importa com a periculosidade na pesquisa etiológica do crime.
c) A Criminologia clássica atribui o comportamento criminal a fatores biológicos, psicológicos 
e sociais como determinantes desse comportamento, com paradigma etiológico na análise 
causal-explicativa do delito.
d) Entre os modelos teóricos explicativos da Criminologia, o conceito definitorial de delito 
afirma que, segundo a teoria do labeling approach, o delito carece de consistência material, 
sendo um processo de reação social, arbitrário e discriminatório de seleção do comportamen-
to desviado.
e) O modelo teórico de opção racional estuda a conduta criminosa a partir das causas que 
impulsionaram a decisão delitiva, com ênfase na observância da relevância causal etiológica 
do delito.
No modelo de reação social, tem primazia a teoria do labelling approach. o importante não é 
compreender a razão pela qual alguém comete um crime, mas sim quais são os mecanismos 
arbitrários que fazem com que certas pessoas sejam etiquetadas como criminosas pelas ins-
tâncias de controle social formal. O crime não existe ontologicamente, isto é, por si próprio. 
Parte-se do conceito definitorial de delito: o crime é definido e seus autores selecionados dis-
criminatoriamente pelas próprias instâncias de controle social formal desenhadas para com-
bater a delinquência. Na letra A, o modelo que encara o delinquente como alguém racional e 
livre é o modelo clássico da opção racional. Na letra B, a culpabilidade não é objeto da Crimino-
logia, e sim do Direito Penal. A letra C estaria correta se a palavra “clássica” fosse substituída 
por “positivista”. Na letra E, o erro está em dizer que a ênfase é colocada na etiologia. O modelo 
que dá ênfase à relevância causal etiológica é o positivista.
Letra d.
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Nascimento da Criminologia. Precursores. Iluminismo. Clássicos. Positivistas
CRIMINOLOGIA
Mariana Barreiras
002. (CEBRASPE/2013/DPF/DELEGADO) O surgimento das teorias sociológicas em Crimino-
logia marca o fim da pesquisa etiológica, própria da escola ou do modelo positivista.
As teorias sociológicas começam a surgir no seio da Escola Positivista, com Enrico Ferri. Não 
implicam o fim da pesquisa sobre as causas do crime (etiologia). Ao contrário, surgem exata-
mente para dar resposta às investigações etiológicas.
Errado.
003. (CEBRASPE/2013/DPF/DELEGADO) O positivismo criminológico caracteriza-se, entre 
outros aspectos, pela negação do livre arbítrio, pela crença no determinismo e pela adoção do 
método empírico-indutivo, ou indutivo-experimental, também apresentado como indutivo-quan-
titativo, embasado na observação dos fatos e dos dados, independentemente do conteúdo 
antropológico, psicológico ou sociológico, como também a neutralidade axiológica da ciência.
Essa questão é de alto nível de dificuldade em função de uma redação, a meu ver, um tanto pro-
blemática. O que o enunciado quer dizer, resumidamente, é: O positivismo criminológico carac-
teriza-se pela negação do livre arbítrio, pela crença no determinismo, pela adoção do método 
empírico-indutivo e pela neutralidade axiológica da ciência, independentemente do fato de um 
dado autor positivista ter um viés mais antropológico, psicológico ou sociológico. Lido dessa 
maneira o enunciado está correto: a Criminologia positivista é empírica, é indutiva, defende o 
determinismo, não se aproxima do delito para julgá-lo, ou seja, não faz juízos de valores, juízos 
axiológicos (neutralidade axiológica), mas sim tenta entender as razões para o cometimento 
de um delito. Todos esses postulados foram empregados por autores positivistas independen-
temente do viés antropológico, psicológico ou sociológico de seus estudos.
Certo.
004. (CEBRASPE/2017/DPU/DEFENSOR PÚBLICO FEDERAL) Para a escola clássica, o mo-
delo ideal de prevenção do delito ou do desvio é o que se preocupa com a pena e seu rigor, 
compreendendo-a como um mecanismo intimidatório; já para a escola neoclássica, mais efi-
caz que o rigor das penas é o foco no correto funcionamento do sistema legal e em como esse 
sistema é percebido pelo desviante ou delinquente.
O Modelo Clássico e Neoclássico da Opção Racional deposita muita confiança no efeito inibi-
tório da pena. Na Escola Clássica existe grande preocupação com a com a justiça, a legalidade 
e o rigor da pena. No pensamento neoclássico, acredita-se que o efeito inibitório da pena, e a 
consequente prevenção do delito, advêm do correto funcionamento do sistema normativo e do 
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Nascimento da Criminologia. Precursores. Iluminismo. Clássicos. Positivistas
CRIMINOLOGIA
Mariana Barreiras
modo como esse sistema é percebido pelo delinquente, que faz a todo tempo cálculos racio-
nais, como o de custo e benefício, para decidir por uma ação delitiva.
Certo.
005. (CEBRASPE/2014/CÂMARA DOS DEPUTADOS – ANALISTA LEGISLATIVO) O Direito 
Penal, a partir de sua vertente clássica, sempre concentrou seus estudos no trinômio delin-
quente, vítima e crime.
O trinômio trazido pela questão faz parte dos objetos da Criminologia, aos quais ainda deve 
se somar o controle social. O Direito Penal clássico, do século XVIII, se preocupava sobretudo 
com o delito, especificamente com a previsão legal dos tipos penais e com a pena de cada 
crime, que deveria ser justa, proporcional, humanitária. O delinquente passa a ser estudado a 
partir do positivismo, no século XIX, que inaugurou cientificamente a Criminologia. Já a vítima 
se consolida como objeto de estudo a partir da Segunda Guerra Mundial.
Errado.
006. (CEBRASPE/2019/DPE-DF/DEFENSOR PÚBLICO) A Criminologia, diante do fenômeno 
do delito, na busca de conhecer fatores criminógenos, traça um paralelo entre vítima e crimi-
noso. Partindo dessa premissa dual, chamada por Mendelsohn de “dupla-penal”, extraem-se 
importantes situações fenomenológicas. Acerca desses estudos, julgue o item seguinte.
De acordo com a teoria positivista, o criminoso é um ser inferior, incapaz de guiar livremente a 
sua conduta por haver debilidade em sua vontade: a intervenção estatal se faz necessária para 
correção da direção de sua vontade.
O enunciado estaria correto se, no lugar de teoria positivista, constasse teoria correcionalista. 
Para o correcionalismo, o criminoso é um fraco (e não um doente), uma pessoa cuja vontade 
deve ser direcionada. O delinquente não é capaz de dirigir a sua vida, sendo necessária a inter-
venção do Estado, que deve adotar postura pedagógica e de piedade.
Errado.
007. (CEBRASPE/2019/DPE-DF/DEFENSOR PÚBLICO) As orientações sociológicas estão 
inseridas no panorama criminológico clássico e buscam identificar, por meio da análise psi-
cológica, fatores criminais propulsores da delinquência, de modo a analisar fatores externos 
criminais introjetados no mundo anímico do homem.
No panorama criminológico clássico, ou modelo clássico, não há que se falar, ainda, em orien-
tações sociológicas, que serão introduzidas na Criminologia pelo positivismo criminológico 
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Nascimento da Criminologia. Precursores. Iluminismo. Clássicos. Positivistas
CRIMINOLOGIA
Mariana Barreiras
de Ferri. Além disso, análises psicológicas, bastante comuns no modelo positivista, não se 
confundem com orientações sociológicas, ainda que ambas possam dialogar no marco inter-
disciplinar típico da Criminologia. Análises psicológicas investigam os processos mentais e os 
comportamentos humanos. As análises sociológicas estudam a sociedade onde está inserido 
o crime ou o criminoso.
Errado.
008. (CEBRASPE/2019/TJ-PR/JUIZ SUBSTITUTO) Com relação às escolas e tendências pe-
nais, julgue os itens seguintes.
I – De acordo com a escola clássica, a responsabilidade penal é lastreada na imputabilida-
de moral e no livre-arbítrio humano.
II – A escola técnico-jurídica, que utiliza o método indutivo ou experimental, apresenta as 
fases antropológica, sociológica e jurídica.
III – A escola correcionalista fundamenta-se na proposta de imposição de pena, com caráter 
intimidativo, para os delinquentes normais, e de medida de segurança para os perigo-
sos. Para essa escola, o Direito Penal é a insuperável bar-reira da política criminal.
IV – O movimento de defesa social sustenta a ressocialização do delinquente, e não a sua 
neutralização. Nesse movimento, o tratamento penal é visto como um instrumento pre-
ventivo.
Estão certos apenas os itens
a) I e III.
b) I e IV.
c) II e III.
d) II e IV.
No enunciado I, para a Escola Clássica, a pena se baseia na responsabilidade moral (imputa-
bilidade moral) e no livre-arbítrio, de modo que os indivíduos escolhem o caminho criminal e é, 
portanto, necessário definir a quantidade de punição de alguém de acordo com a imoralidade 
dessa escolha. No enunciado IV, o movimento de defesa social, de Filippo Gramatica e Marc 
Ancel, defende que a meta do Direito Penal não é castigar o delinquente, não é neutralizá-lo, 
mas proteger eficazmente a sociedade por meio de estratégias preventivas penais e não pe-
nais, aí incluída a ressocialização do delinquente. O enunciado II estaria correto se, no lugar 
de escola técnico-jurídica, constasse escola positivista. O enunciado III relaciona-se com o 
Programa de Marburgo de Von Liszt, e não com a escola correcionalista.
Letra b.
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Nascimento da Criminologia. Precursores. Iluminismo. Clássicos. Positivistas
CRIMINOLOGIA
Mariana Barreiras
009. (NUCEPE/2018/PC-PI/DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL) Marque a alternativa CORRETA, 
no que diz respeito à classificação do criminoso, segundo Lombroso:
a) Criminoso louco: é o tipo de criminoso que tem instinto para a prática de delitos, é uma es-
pécie de selvagem para a sociedade.
b) Criminoso nato: é aquele tipo de criminoso malvado, perverso, que deve sobreviver em 
manicômios.
c) Criminoso por paixão: aquele que utiliza de violência para resolver problemas passionais, 
geralmente é nervoso, irritado e leviano.
d) Criminoso por paixão: este aponta uma tendência hereditária, possui hábitos criminosos 
influenciados pela ocasião.
e) Criminoso louco: é o criminoso sórdido com deficiência do senso moral e com hábitos cri-
minosos influenciados pela situação.
Na classificação de Lombroso, o criminoso passional é aquele ser nervoso, exaltado, inconse-
quente, que age movido pela necessidade de solucionar alguma questão passional. Na letra 
A temos a descrição de criminoso nato: selvagem, portador de instinto criminal. Na letra B 
encontra-se a descrição de criminoso louco (alienado, perverso, que deve permanecer em ma-
nicômios). Na letra D encontra-se a descrição de criminoso ocasional. Na letra E, o criminoso 
louco possui deficiência do senso moral e é sórdido, mas seus hábitos não são influenciados 
pela situação. Isso ocorre com o criminoso ocasional.
Letra c.
010. (UEG/2018/PC-GO/DELEGADO DE POLÍCIA) Tendo a obra O Homem Deliquente, de 
Cesare Lombroso (1836-1909), como fundante da Criminologia surgida a partir da segunda 
metade do século XIX, verifica-se que, segundo a sistematização realizada por Enrico Ferri 
(1856-1929), o pensamento criminológico positivista assenta-se, dentre outras, na tese de que
a) o livre arbítrio é um conceito chave para o Direito Penal.
b) os chamados delinquentes poderiam ser classificados como loucos, natos, morais, passio-
nais e de ocasião.
c) a defesa social é tomada como o principal objetivo da justiça criminal.
d) a responsabilidade social, tida como clássica, deveria ser substituída pela categoria da res-
ponsabilidade moral para a imputação do delito.
e) a natureza objetiva do crime, mais do que a motivação, deve ser base para medida da pena.
Questão difícil. A letra C é a mais correta. Para o positivismo, é papel da sociedade se defen-
der das ameaças que são os criminosos, por meio de medidas de defesa social (que viriam 
a dar origem às atuais medidas de segurança). Era fundamental que os delinquentes fossem 
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Nascimento da Criminologia. Precursores. Iluminismo. Clássicos. Positivistas
CRIMINOLOGIA
Mariana Barreiras
colocados em isolamento por tempo indeterminado, para que só saíssem quando estivessem 
curados ou corrigidos. Na letra A, para o pensamento positivista o livre-arbítrio é uma ficção. 
Na letra B, Ferri não fala de delinquente moral, e fala em delinquente habitual. Na letra D, não 
se trata, para Ferri, de definir a quantidade de punição de alguém de acordo com a imoralidade 
do seu ato (responsabilidade moral), mas sim de definir a quantidade de punição de alguém 
de acordo com a necessidade de proteger a sociedade desse tipo de mal (responsabilidade 
social). Na letra E, a cura do delinquente deve ser a medida da pena, e não a natureza objeti-
va do crime.
Letra c.
011. (UEG/2018/PC-GO/DELEGADO DE POLÍCIA) Para a Criminologia positivista, a crimina-
lidade é uma realidade ontológica, pré-constituída ao Direito Penal, ao qual cabe tão somente 
positivá-la e positiva-la. Neste sentido, tem-se o seguinte:
a) Em seus primeiros estudos, Cesare Lombroso encontrou no atavismo uma explicação para 
relacionar a estrutura corporal ao que chamou de criminalidade habitual.
b) A periculosidade, ou temeritá, tal como conceituada por Enrico Ferri, foi definida como a 
perversidade constante e ativa a recomendar que esta, e não o dano causado, a medida de 
proporcionalidade de aplicação da pena.
c) Para Raffaele Garófalo (1851-1934), a defesa social era a luta contra seus inimigos naturais 
carecedores dos sentimentos de piedade e probidade.
d) Nos marcos do pensamento criminológico positivista, Enrico Ferri, embora discípulo de 
Lombroso, abandonou a noção de criminalidade centrada em causas de ordem biológica, pas-
sando a considerar como centrais as causas ligadas à etiologia do crime, sendo estas: as indi-
viduais, as físicas e as sociais.
e) Enrico Ferri e Cesare Lombroso, recorrendo à metáfora da guerra contra o delito, sustenta-
ram a possibilidade de aplicação das penas de deportação ou expulsão da comunidade para 
aqueles que carecessem do sentido de justiça ou o tivessem aviltado.Questão difícil. Para Garofalo, a finalidade da medida de segurança, meio de defesa social, era 
tratar o criminoso e proteger a sociedade de pessoas desprovidas dos sentimentos de pieda-
de e probidade. Na letra A, Lombroso associa o atavismo ao criminoso nato ou louco moral. A 
categoria de criminoso habitual foi introduzida por Enrico Ferri. Na letra B, o conceito de temeri-
dade apresentado é de Garofalo. Na letra D, Ferri não chegou a abandonar as causas biológicas 
da criminalidade. O que ele fez, em realidade, foi associá-las a outros tipos de explicações para 
o crime, como as sociais. Na letra E, estão descritas penas de eliminação relativa previstas no 
Código Penal Internacional de Garofalo.
Letra c.
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Nascimento da Criminologia. Precursores. Iluminismo. Clássicos. Positivistas
CRIMINOLOGIA
Mariana Barreiras
012. (VUNESP/2018/PC-SP/DELEGADO DE POLÍCIA) No que concerne às Escolas Penais, é 
correto afirmar que a
a) “Positiva” entende que o crime deriva de circunstâncias biológicas ou sociais, tendo sido 
defendida por Feuerbach.
b) “Clássica” funda-se no livre-arbítrio e tem em Carrara um de seus maiores expoentes.
c) “Lombrosiana” acredita que o homem é racional e nasce livre, sendo o crime fruto de uma 
escolha errada, concepção hipotetizada por Lombroso e também por Ferri.
d) “Clássica” entende que a pena é medida profilática, de cura, pensamento difundido por 
Carmignani.
e) “Positiva” nasce em contraposição às ideias de Lombroso, defende o naturalismo-racional e 
tem em Garofalo um de seus doutrinadores.
Os autores clássicos defendiam o livre-arbítrio, ou seja, a capacidade do ser humano de optar 
pela prática de um crime. Um de seus principais expoentes foi Francesco Carrara. Na letra A, 
Feuerbach é um dos expoentes da Escola Clássica. Na letra C, Lombroso era determinista, e 
não acreditava na racionalidade e liberdade de escolha pelo crime. Para ele, o livre-arbítrio era 
uma ilusão. Na letra D, de fato Giovanni Carmignani é um autor clássico, mas a escola que de-
fende que a pena tem as funções de defender a sociedade do crime e de curar os criminosos, 
que são doentes, anormais, é a escola positivista. Na letra E, Lombroso é um dos maiores ex-
poentes do positivismo, e não seu opositor.
Letra b.
013. (FUMARC/2018/PC-MG DELEGADO DE POLÍCIA) “Cabe definir a Criminologia como ciên-
cia empírica e interdisciplinar, que se ocupa do estudo do crime, da pessoa do infrator, da vítima 
e do controle social do comportamento delitivo, e que trata de subministrar uma informação 
válida, contrastada, sobre a gênese, dinâmica e variáveis principais do crime – contemplado 
este como problema individual e como problema social –, assim como sobre os programas 
de prevenção eficaz do mesmo e técnicas de intervenção positiva no homem delinquente e 
nos diversos modelos ou sistemas de resposta ao delito”. Esta apresentação ao conceito de 
Criminologia apresenta, desde logo, algumas das características fundamentais do seu método 
(empirismo e interdisciplinaridade), antecipando o objeto (análise do delito, do delinquente, da 
vítima e do controle social) e suas funções (explicar e prevenir o crime e intervir na pessoa do 
infrator e avaliar os diferentes modelos de resposta ao crime).
(MOLINA, Antônio G. P.; GOMES, Luiz F. Criminologia. 6. ed. reform., atual. e ampl. São Paulo: 
Revista dos Tribunais. p. 32.)
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Nascimento da Criminologia. Precursores. Iluminismo. Clássicos. Positivistas
CRIMINOLOGIA
Mariana Barreiras
Sobre o método, o objeto e as funções da Criminologia, considera-se:
I – A luta das escolas (positivismo versus classicismo) pode ser traduzida como um en-
frentamento entre adeptos de métodos distintos; de um lado, os partidários do método 
abstrato, formal e dedutivo (os clássicos) e, de outro, os que propugnavam o método 
empírico e indutivo (os positivistas).
II – Uma das características que mais se destaca na moderna Criminologia é a progressiva 
ampliação e problematização do seu objeto.
III – A Criminologia, como ciência, não pode trazer um saber absoluto e definitivo sobre o 
problema criminal, senão um saber relativo, limitado, provisional a respeito dele, pois, 
com o tempo e o progresso, as teorias se superam.
Estão CORRETAS as assertivas indicadas em:
a) I e II, apenas.
b) I e III, apenas.
c) I, II e III.
d) II e III, apenas.
I – Certo. A assertiva apresenta corretamente as principais diferenças entre clássicos e posi-
tivistas. Os clássicos consideram que o crime é, antes de tudo, um ente jurídico. É necessário 
que haja uma previsão legal para que uma conduta seja considerada criminosa. Por isso, o 
enfoque clássico se vale de um método dedutivo: parte da regra geral (normas jurídicas por 
exemplo) para analisar o fenômeno criminal. O método é também abstrato, pois baseia-se 
sobretudo na lei, um comando genérico. É, ademais, formal, pois há regras procedimentais 
estabelecendo como as leis devem ser aplicadas. Os positivistas, por outro lado, em oposição 
ao racionalismo dedutivo dos clássicos, defendiam a observação dos fenômenos criminais, 
com primazia para a experiência sensitiva humana. A ideia era aplicar, nas ciências humanas, 
métodos oriundos das ciências naturais. O criminoso passa a ser objeto de estudo. Nesse 
momento, a Criminologia começa a se valer do método indutivo, empírico e multidisciplinar.
II – Certo. A Criminologia começa estudando o crime, passa, em seguida, a analisar o crimi-
noso, e depois inclui a vítima e os mecanismos de controle social entre seus objetos. O objeto 
tem sido, portanto, progressivamente aumentado, ampliado, problematizado.
III – Certo. A Criminologia é uma ciência humana, sujeita a alterações e superações, e não uma 
ciência exata. A informação que ela fornece é válida, confiável, porém não definitiva. É uma ci-
ência sujeita a transformações, pois não pretende chegar a conclusões fixas, imutáveis. Diz-se, 
então, que o saber da Criminologia é provisional, relativo, de certo modo limitado.
Letra c.
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CRIMINOLOGIA
Mariana Barreiras
014. (FUMARC/2018/PC-MG DELEGADO DE POLÍCIA) “A Criminologia contemporânea, dos 
anos 30 em diante, se caracteriza pela tendência a superar as teorias patológicas da criminali-
dade, ou seja, as teorias baseadas sobre as características biológicas e psicológicas que dife-
renciariam os sujeitos ‘criminosos’ dos indivíduos ‘normais’, e sobre a negação do livre arbítrio, 
mediante um rígido determinismo. Essas teorias eram próprias da Criminologia positivista que, 
inspirada na filosofia e na psicologia do positivismo naturalista, predominou entre o final do 
século passado e princípios deste.”
(BARATTA, Alessandro. Criminologia crítica e crítica do Direito Penal: introdução à sociologia 
do Direito Penal. 3. ed. Rio de Janeiro: Revan: Instituto Carioca de Criminologia. p. 29. 
Coleção Pensamento Criminológico)Numere as seguintes assertivas de acordo com a ideia de Criminologia que representam, uti-
lizando (1) para a Criminologia positivista e (2) para a escola liberal clássica do Direito Penal.
(  )	� Assumia uma concepção patológica da criminalidade.
(  )	� Considerava a criminalidade como um dado pré-constituído às definições legais de cer-
tos comportamentos e certos sujeitos.
(  )	� Não considerava o delinquente como um ser humano diferente dos outros.
(  )	� Objetivava uma política criminal baseada em princípios como os da humanidade, lega-
lidade e utilidade.
(  )	� Pretendia modificar o delinquente.
A sequência que expressa a associação CORRETA, de cima para baixo, é:
a) 1, 1, 2, 2, 1.
b) 1, 2, 1, 2, 2.
c) 2, 2, 1, 1, 1.
d) 2, 1, 2, 2, 2.
No primeiro enunciado, o positivismo entendia que o criminoso era um doente e, portanto, pre-
tendia curá-lo. No segundo enunciado, o positivismo não se preocupa com a definição legal de 
crime. Aliás, alguns autores positivistas, como é o caso de Garofalo, defendiam a existência do 
delito natural: condutas que seriam consideradas crimes em qualquer tempo e lugar por sua 
brutalidade. Essa criminalidade prescindiria, portanto, de definições legais. No terceiro enun-
ciado, a escola clássica não encara o delinquente como um ser humano anormal, diferente do 
não-delinquente. Para os clássicos, o criminoso é considerado genericamente, abstratamente, 
uma pessoa como outra qualquer. A diferenciação entre delinquentes (seres anormais, doen-
tes) e não-delinquentes (seres normais, sadios) é típica do positivismo. No quarto enunciado, 
a questão central para os clássicos foi a relação entre crime e punição: quanto de punição o 
Estado pode empregar em um certo delito? Por isso, seus principais objetos de estudo eram 
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as leis e as penas. A Escola Clássica se preocupou, portanto, em responder ao delito com uma 
pena justa e útil. Ocupou-se da defesa de uma política criminal baseada em princípios, como 
os da legalidade, da dignidade, da humanidade. No quinto enunciado, exatamente por con-
siderarem os delinquentes seres anormais, doentes, os positivistas pretendiam modificá-los, 
curando-os.
Letra a.
015. (VUNESP/2014/PC-SP/DELEGADO DE POLÍCIA) Dentre as escolas penais a seguir, 
aquela na qual se pretendeu inicialmente aplicar ao Direito Penal os mesmos métodos de ob-
servação e investigação que se utilizavam em outras ciências naturais é a
a) Clássica.
b) Técnico-Jurídica.
c) Correcionalista.
d) Positivista.
e) Moderna.
A escola positivista trouxe, para o estudo do Direito Penal, o método científico empírico, in-
dutivo e multidisciplinar, oriundo das ciências naturais, fundando a Criminologia como ciên-
cia autônoma.
Letra d.
016. (VUNESP/2014/PC-SP/DELEGADO DE POLÍCIA) A obra O homem delinquente, publica-
da em 1876, foi escrita por
a) Cesare Lombroso.
b) Enrico Ferri.
c) Rafael Garófalo.
d) Cesare Bonesana.
e) Adolphe Quetelet.
A obra “O Homem Delinquente” é um marco da Criminologia. Foi escrita em 1876 por Cesa-
re Lombroso.
Letra a.
017. (PC-SP/2012/PC-SP/DELEGADO DE POLÍCIA) O Positivismo Criminológico, com a 
Scuola Positiva italiana, foi encabeçado por
a) Lombroso, Garofolo e Ferri
b) Luchini, Ferri e Del Vecchio
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c) Dupuy, Ferri e Vidal.
d) Lombroso, Dupuy e Garofolo.
e) Baratta, Adolphe e Vidal.
Cesare Lombroso, Raffaele Garofalo e Enrico Ferri são os principais expoentes da Escola Po-
sitivista da Criminologia.
Letra a.
018. (FUNDATEC/2018/PC-RS/DELEGADO DE POLÍCIA) A Criminologia é definida tradicio-
nalmente como a ciência que estuda de forma empírica o delito, o delinquente, a vítima e os 
mecanismos de controle social. Os autores que fundaram a Criminologia (Positivista) são:
a) Cesare Lombroso, Enrico Ferri e Raffaele Garofalo.
b) Franz Von Liszt, Edmund Mezger e Marquês de Beccaria.
c) Marquês de Beccaria, Cesare Lombroso e Michel Foucault.
d) Cesare Lombroso, Enrico Ferri e Michel Foucault.
e) Enrico Ferri, Michel Foucault e Nina Rodrigues.
Lombroso, Ferri e Garofalo são os principais nomes e os fundadores do positivismo crimino-
lógico italiano. Na letra B, Von Liszt pertence à Escola de Marburgo. Mezger fez importantes 
contribuições para a dogmática do Direito Penal, afastando-se do método empírico. Nas letras 
B e C, Marquês de Beccaria integra o rol de autores da Escola Clássica. Nas letras C, D e E, Fou-
cault foi um filósofo francês do século XX, que produziu seus estudos muitas décadas após a 
fundação da Criminologia pelos positivistas. Na letra E, Nina Rodrigues defendeu a adoção de 
postulados criminológicos positivistas pelo Brasil, mas não fez parte do grupo de autores que 
fundaram a Criminologia positivista.
Letra a.
019. (INSTITUTO ACESSO/2019/PC-ES/DELEGADO DE POLÍCIA) O estudo da pessoa do 
infrator teve seu protagonismo durante a fase positivista na evolução histórica da Criminolo-
gia. Assinale, dentre as afirmativas abaixo, a que descreve corretamente como a Criminologia 
tradicional o examina.
a) A Criminologia tradicional examina a pessoa do infrator como uma realidade biopsicopato-
lógica, considerando o determinismo biológico e social.
b) A Criminologia tradicional examina a pessoa do infrator como um incapaz de dirigir por si 
mesmo sua vida, cabendo ao Estado tutelá-lo.
c) A Criminologia tradicional examina a pessoa do infrator como uma unidade biopsicossocial, 
considerando suas interdependências sociais.
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d) A Criminologia tradicional examina a pessoa do infrator como um sujeito determinado pelas 
estruturas econômicas excludentes, sendo uma vítima do sistema capitalista.
e) A Criminologia tradicional examina a pessoa do infrator como alguém que fez mau uso da 
sua liberdade embora devesse respeitar a lei.
É necessário prestar atenção à primeira fase do enunciado para perceber que a questão diz 
respeito não apenas à Criminologia tradicional (clássica ou positivista), mas sim, especifica-
mente, aos conhecimentos do Positivismo. A Escola Positivista analisa o corpo e a mente do 
delinquente em busca de anomalias, loucuras, doenças, patologias (realidade biopsicopatoló-
gica) que justifiquem a prática de um crime. É uma escola que rechaça o livre-arbítrio, em detri-
mento do determinismo, seja ele biológico ou social. A letra B se refere ao correcionalismo. Na 
letra C, a Criminologia positivista começa a considerar os aspectos sociológicos com Enrico 
Ferri, mas não se pode dizer que enxergava o delinquente como um ser biopsicossocial e nem 
ao mesmo que levava em conta suas interdependências sociais. O conceito holístico de ser 
humano como realidade biopsicossocial tem origemna medicina psicossomática, sobretudo a 
partir da década de 1970 e é, por isso, um conceito relativamente moderno. A letra D refere-se 
à Criminologia Crítica. E a letra E diz respeito à Escola Clássica.
Letra a.
020. (CEFET-BA/2008/PC-BA/DELEGADO DE POLÍCIA) Na concepção positivista, o crime é 
entendido como
a) uma realidade culturalmente definida.
b) uma construção social.
c) uma conduta violenta.
d) uma realidade ontológica.
e) um fato social problemático.
No Positivismo, não há grande preocupação com a definição legal de crime, até mesmo por-
que, para a Escola Positiva, o crime existe ontologicamente, ou seja, por si próprio, a priori, 
independentemente de definições legais, em todas as épocas e sociedades. O positivista acha 
que age com neutralidade e que o crime, como realidade ontológica, existe por si só, é uma 
realidade indiscutível, visível, de simples constatação. O objeto principal de estudo, no Positi-
vismo, passa a ser o criminoso, sobretudo aquele que pratica o delito mais observável: o crime 
violento ou relacionado à integridade física ou patrimonial. Na letra A, para o Positivismo o 
crime existe em todas as sociedades e culturas, independendo dessas definições. Na letra B, 
o Positivismo começa a estudar a sociedade como fator criminógeno, mas, em sua essência, 
considera o crime ainda como uma realidade com forte componente individual, e é por isso 
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que se debruça sobre o delinquente. Na letra C, a Escola Positivista analisa o crime visível, 
observável, e nesse estudo ganha destaque o crime violento, mas não se pode afirmar que o 
crime é, necessariamente, uma conduta violenta. Na letra E, o Positivismo começou a inserir 
fatores sociológicos na análise do delito, mas não o considerava preponderantemente como 
um fato social, mas sim individual.
Letra d.
021. (VUNESP/2017/DPE-RO/DEFENSOR PÚBLICO SUBSTITUTO) Assinale a alternativa 
correta em relação aos estudos e contribuições de Lombroso para o desenvolvimento históri-
co da Criminologia.
a) Fundadas nas demonstrações de Lombroso, todas as teorias criminológicas defendem 
que não se deve punir aqueles que cometem crimes em virtude do determinismo genético e 
biológico.
b) As ideias desenvolvidas por Lombroso fundamentaram as bases da teoria do distanciamento.
c) Lombroso sustentava que era de suma importância estudar as circunstâncias do delito em 
detrimento do delinquente.
d) Os estudos de Lombroso inserem-se no contexto de ideias que contrapõem o conceito de 
livre arbítrio.
e) Os estudos desenvolvidos por Lombroso demonstram-se como um retrocesso às ideias e 
conceitos da Escola Clássica, motivo pelo qual não contribuí ram para o desenvolvimento da 
Criminologia como ciência.
Lombroso, assim como seus colegas positivistas, desenvolveram teorias que consideravam 
o livre-arbítrio uma ficção ou ilusão. O delinquente, para o positivismo, era escravo do deter-
minismo biológico ou do determinismo social. Na letra A, de fato, os positivistas defendem a 
existência de determinismo, mas não chegam à conclusão de que não deve haver punição nos 
casos de delitos cometidos em virtude desse determinismo. A punição deveria existir e per-
durar até que se efetivasse a cura dos delinquentes, e essa é exatamente a origem da medida 
de segurança. Na letra B, não há, na Criminologia, referências à teoria do distanciamento. Na 
letra C, para Lombroso, o estudo do corpo do delinquente era fundamental para entender o cri-
me. Afinal, os positivistas defendiam a observação dos fenômenos criminais, para aplicar, nas 
ciências humanas, métodos oriundos das ciências naturais. Como não era possível realizar 
essa aplicação em relação às normas (grande objeto de estudo dos penalistas clássicos), co-
meça-se a estudar o próprio delinquente. Na letra E, os estudos de Lombroso e dos positivistas 
trouxeram, para a Criminologia, métodos e objetos que puderam consolidá-la como ciência.
Letra d.
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022. (MPE-SC/2016/MPE-SC/PROMOTOR DE JUSTIÇA) O italiano Cesare Lombroso, autor 
da obra “L’Uomo delinquente”, foi um dos precursores da Escola Clássica de Criminologia, a 
qual admitia a ideia de que o crime é um ente jurídico – infração – e não ação.
De fato, para a Escola Clássica, o crime é um ente jurídico: é infração a uma norma. Mas Cesare 
Lombroso não foi expoente dessa escola. Sua obra “L’Uomo delinquente” (O Homem Delin-
quente) é um marco da Escola Positivista.
Errado.
023. (MPE-SC/2014/PROMOTOR DE JUSTIÇA) Contrariamente ao classicismo, que não visu-
alizou no criminoso nenhuma anormalidade – e dele não se ocupou – o positivismo recondu-
ziu-o para o centro de suas análises, apreendendo nele estigmas decisivos da criminalidade.
A Escola Clássica não viu nenhuma anormalidade no criminoso e se preocupou mais com o 
crime em si, e com a pena derivada dessa conduta. Para a Escola Clássica, o delinquente não 
era uma pessoa essencialmente diferente do não delinquente. A Escola Positivista, a seu turno, 
inseriu (é mais apropriado falar em inserção do que em recondução) o criminoso na lista de 
objetos da Criminologia e nele detectou a existência de traços de anormalidade que determi-
navam o caráter delinquente.
Certo.
024. (FCC/2013/AL-PB/PROCURADOR) Franz Von Liszt (1851-1919) foi um modernizador do 
Direito Penal, propondo repensá-lo desde a ótica de uma política criminal que tenha na pena 
uma ferramenta estatal na luta contra o crime, inclusive com fundamentos científicos da Crimi-
nologia e da penologia. O movimento correspondente, que teve em Von Liszt um de seus mais 
importantes defensores, denomina-se
a) Escola de Kiel.
b) Teoria da nova defesa social.
c) Finalismo.
d) Programa de Marburgo.
e) Escola Positiva.
Franz Von Liszt propôs um modelo tripartido da ciência conjunta do Direito Penal. Essa ciên-
cia conjunta conteria três saberes autônomos, mas que deveriam andar interligados: o Direito 
Penal, ciência normativa e dogmática que tem por objetivo punir as condutas desviantes; a 
Criminologia, como ciência das causas do crime e da criminalidade; e a política criminal, con-
substanciada nos instrumentos que o Estado utiliza para controlar o fenômeno criminal. Esse 
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Nascimento da Criminologia. Precursores. Iluminismo. Clássicos. Positivistas
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movimento de modernizar o Direito Penal, integrando-o com o a Criminologia e a política crimi-
nal, ficou conhecido como Programa de Marburgo. Na letra A, a Escola de Kiel foi responsável 
por idealizar o Direito Penal nazista, que servia aos ideais de superioridade da raça ariana e 
que admitia a punição pela simples cogitação, fundada na periculosidade do agente. Na letra 
B, a teoria da nova defesa social se preocupava com a defesada sociedade e pretendia, em 
tese, conciliar a luta contra o crime e a humanização das penas. Na letra C, o finalismo penal de 
Hans Welzel se dedicou a explicar que toda ação humana é finalista, ou seja, traz consigo uma 
finalidade, um querer, e que, por isso, o dolo e a culpa deveriam ser retirados da culpabilidade 
e transportados para a tipicidade. Na letra E, a Escola Positiva diz respeito ao positivismo, que 
tentou aplicar às ciências humanas métodos das ciências naturais, introduzindo o empirismo 
e a indução no estudo do crime.
Letra d.
025. (FCC/2016/DPE-ES/DEFENSOR PÚBLICO) Sobre a escola positivista da Criminologia, é 
correto afirmar:
a) A escola positivista ainda não chega a considerar a concepção da pena como meio de defe-
sa social, que é própria de escolas mais modernas da Criminologia.
b) Sua recepção no Brasil recebeu contornos racistas, notadamente no trabalho antropológico 
de Nina Rodrigues.
c) É uma escola criminológica ultrapassada e que já influenciou a legislação penal brasileira, 
mas que após a Constituição Federal de 1988 não conta mais com institutos penais influencia-
dos por esta corrente.
d) Por ter enveredado pela sociologia criminal, Enrico Ferri não é considerado um autor da es-
cola positivista, que possui viés médico e antropológico.
e) O método positivista negava a importância da pesquisa empírica, que possivelmente a leva-
ria a resultados diversos daqueles encontrados pelos seus autores.
Nina Rodrigues em As raças humanas e a responsabilidade penal no Brasil, de 1894, negou o 
livre-arbítrio invocando a heterogeneidade da cultura mental dos brasileiros. Com postulados 
racistas, Nina Rodrigues dizia que o negro era briguento, violento nas impulsões sociais e mui-
to dado à embriaguez. Na letra A, para os positivistas, a pena podia ser ter duração indetermi-
nada, já que era vista como um meio de defesa social, ou seja, ela seria utilizada não apenas 
para castigar, mas para defender a sociedade dos criminosos, que eram vistos como doentes 
e anormais e só poderiam retornar à vida em liberdade quando estivessem curados, quando 
deixassem de representar uma ameaça. O instituto penal da medida de segurança, plenamente 
vigente, é considerado uma decorrência dos postulados positivistas. Na letra D, Ferri é, ao lado 
de Garofalo e Lombroso, expoente da Criminologia, mais especificamente na vertente socio-
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lógica. Ne letra E, o positivismo foi a escola responsável por trazer a pesquisa empírica para o 
método da Criminologia.
Letra b.
026. (MPE-SC/2019/PROMOTOR DE JUSTIÇA) Para Liszt, o fundamento da pena é orientado 
às finalidades de: a) ressocialização dos delinquentes suscetíveis de socialização; b) intimida-
ção dos que não têm necessidade de socialização e; c) neutralização dos não suscetíveis de 
socialização.
Liszt defendia que a pena justa é a pena necessária e que a finalidade preventiva especial (di-
rigida ao delinquente) da pena se cumpre dependendo do tipo de criminoso: para o criminoso 
ocasional (que não necessita ser ressocializado), a pena é uma intimidação, uma recordação 
de que ele não deve cometer crimes; para o criminoso corrigível, a pena deve ter o fim de 
ressocializar, de corrigir; para o criminoso habitual (que não é passível de ressocialização), 
a pena deve servir como neutralização, inocuização, para que ele, isolado, deixe de cometer 
novos crimes.
Certo.
027. (FCC/2019/DPE-SP/DEFENSOR PÚBLICO) A ideologia da defesa social abarca 
o Princípio
a) do interesse social, segundo o qual os interesses protegidos pelo Direito Penal são essen-
cialmente aqueles pertences à classe economicamente dominante, que detém o poder de 
definição.
b) da proporcionalidade, segundo o qual a sanção imposta ao condenado deve ser proporcio-
nal à gravidade do dano social causado pela prática do delito.
c) da finalidade, segundo o qual a pena tem a finalidade primordial de retribuir o mal causado 
pela prática do delito, não exercendo função preventiva, seja por ser incapaz de ressocializar o 
“delinquente” ou desestimular o comportamento ilícito.
d) do bem e do mal, segundo o qual o delito é um mal necessário para a sociedade e o “delin-
quente” um elemento funcional e essencial ao sistema, pois a violação da norma faz a socie-
dade reafirmar o seu valor, reforçando a coesão social.
e) do delito natural, segundo o qual o núcleo central dos delitos definidos nas legislações pe-
nais das nações civilizadas representa violação de interesses fundamentais, comuns a todos 
os cidadãos.
Segundo Alessandro Baratta, a ideologia de Defesa Social está calcada nos seguintes prin-
cípios: de legitimidade; do bem e do mal; de culpabilidade; da finalidade ou da prevenção; de 
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igualdade; do interesse social e do delito natural. De acordo com o princípio do interesse social 
e do delito natural, os crimes tipificados pelas nações civilizadas representam ofensa a inte-
resses sociais fundamentais, ou seja, a condições essenciais à existência de toda sociedade. 
Na letra A, o princípio do interesse social diz respeito aos interesses de todos, e não diz aos in-
teresses das pessoas pertencentes às classes econômicas dominantes. Na letra B, o princípio 
da proporcionalidade não rege a ideologia de Defesa Social. Na letra C, o princípio da finalidade 
ou da prevenção estabelece que a pena não tem, ou não tem somente, a função de retribuir, 
mas de prevenir o crime. Abstratamente prevista, ela é contramotivação ao comportamento 
criminoso. Aplicada concretamente, ela tem a finalidade de promover a ressocialização. Na 
letra D, o princípio do bem e do mal estabelece que o delito é um dano para a sociedade e o 
delinquente, um elemento disfuncional e negativo do sistema social.
Letra e.
028. (MPE-SC/2014/PROMOTOR DE JUSTIÇA) A “Nova Defesa Social”, inspirada na obra de 
Marc Ancel, foi um movimento extremista, caracterizado pela defesa de um corpo de doutrina 
estável, com uma programação acrítica.
A “Nova Defesa Social”, que tem no magistrado francês Marc Ancel o seu principal expoente, 
é uma corrente moderada no seio desse movimento. Em seu Programa Mínimo, não se trata 
somente de defender a sociedade dos criminosos, mas também de defender o criminoso do 
crime, de afastá-lo da reincidência. Trata-se de realizar a prevenção do crime com o tratamento 
humanitário dos delinquentes. Marc Ancel defendeu que o crime é um fato social e humano, 
de modo que é importante “desjuridizar”, ou seja, mitigar um pouco o valor do tecnicismo e da 
dogmática, em prol da valorização das ciências humanas e do desenvolvimento de uma polí-
tica criminal situada entre o Direito Penal e a Criminologia, que critique e busque o constante 
aperfeiçoamento da doutrina e das instituições penais.
Errado.
029. (MPE-SC/2014/PROMOTOR DE JUSTIÇA) No paradigma etiológico, modelado segundo 
uma matriz positivista derivada Das Ciências Naturais, a Criminologia é definida como uma 
Ciência causal-explicativa da criminalidade, isto é, que investiga as causas da criminalidade 
(seu objeto) segundo o método experimental.
A Escola Positivista defendiaa observação dos fenômenos criminais, com primazia para a 
experiência sensitiva humana. A ideia era aplicar, nas ciências humanas, métodos oriundos 
das ciências naturais. Essa Escola inaugura o paradigma etiológico, ou seja, um esquema de 
interesse pela razão que leva alguém ao cometimento de um crime. A Criminologia nasce no 
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Positivismo como ciência causal-explicativa da criminalidade, valendo-se do método de obser-
vação da realidade (empírico, experimental, indutivo e interdisciplinar).
Certo.
030. (VUNESP/2018/PC-SP/AUXILIAR DE PAPILOSCOPISTA POLICIAL) Em relação ao con-
ceito e ao objeto de estudo da Criminologia, assinale a alternativa correta.
a) O atual estágio de desenvolvimento da Criminologia exclui do seu conceito o estudo das 
causas exclusivamente individuais para a prática dos crimes, substituindo-o pela análise das 
dinâmicas sociais.
b) É um ramo de conhecimento do Direito Penal, não podendo ser definida como ciência pró-
pria, visto que se ocupa do mesmo objeto.
c) É uma ciência que tem por objetivo principal auxiliar a interpretação das normas criminais, 
sob o ponto de vista dogmático.
d) É uma ciência que estuda o crime sob o ponto de vista jurídico.
e) Após superar os equívocos das primeiras abordagens sobre o homem delinquente, exempli-
ficadas nos estudos de Lombroso, a Criminologia moderna mantém em seu conceito o estudo 
do criminoso.
A Criminologia possui como objetos de estudo o crime, o criminoso, a vítima e o controle 
social. As primeiras abordagens sobre o criminoso foram feitas pela Escola Positivista, inau-
gurada por Cesare Lombroso, que cometeu alguns equívocos metodológicos, sobretudo por: 
associar a criminalidade à selvageria, primitivismo, sendo que não há indícios de que nas popu-
lações selvagens a taxa de delinquência fosse maior; realizar seus estudos com base somente 
na população encarcerada, esquecendo-se que traços anatômicos que ele concluiu serem típi-
cos dos criminosos também podiam ser – e são – encontrados na população não criminosa; e 
por conceder muito enfoque aos fatores biológicos, quando, em realidade, pessoas com traços 
biológicos semelhantes podem enveredar ou não pela prática de delitos. Na letra A, as causas 
individuais nunca foram totalmente excluídas pela Criminologia. O que ocorreu foi um acrésci-
mo gradual de outros tipos de explicação da criminogênese. Na letra B, a Criminologia é uma 
ciência autônoma, com objeto, método e funções próprias. Nas letras C e D, a Criminologia se 
ocupa de observar a realidade, com emprego do método empírico, indutivo e interdisciplinar. 
Não se vale do método dogmático ou jurídico e tampouco tem como objetivo principal a in-
terpretação de normas. Estudos criminológicos podem ser feitos sem passar pela análise de 
qualquer diploma legal.
Letra e.
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031. (VUNESP/2014/PC-SP/AUXILIAR DE NECROPSIA) ____________ é considerado pai da Cri-
minologia, por ter utilizado o método empírico em suas pesquisas, revolucionando e inovando 
os estudos da criminalidade.
Assinale a alternativa que preenche corretamente a lacuna.
a) Enrico Ferri
b) Cesare Lombroso
c) Adolphe Quetelet
d) Emile Durkheim
e) Cesare Bonesana
Cesare Lombroso é considerado o pai da Criminologia, por ter inovado no emprego do mé-
todo empírico, de observação da realidade, para a compreensão do fenômeno criminal. Para 
a maioria dos autores, é com Lombroso que a Criminologia pode passar a ser considerada 
uma ciência.
Letra b.
032. (VUNESP/2014/PC-SP/INVESTIGADOR DE POLÍCIA) Cesare Bonesana, Francesco Car-
rara e Giovanni Carmignani foram autores da corrente doutrinária da história da Criminologia 
denominada.
a) Escola Clássica.
b) Terza Scuola Italiana.
c) Escola Moderna Alemã.
d) Escola Positiva.
e) Escola de Chicago.
Cesare Bonesana – o Marquês de Beccaria –, Francesco Carrara e Giovanni Carmignani são 
expoentes da escola clássica.
Letra a.
033. (VUNESP/2013/PC-SP/AGENTE DE POLÍCIA) A história da Criminologia conta com 
grandes autores que, com suas obras, contribuíram significativamente na construção desse 
ramo do conhecimento. É correto afirmar que Cesare Bonesana (1738~1794), o marquês de 
Beccaria, foi autor da obra
a) O Homem Delinquente.
b) Dos Delitos e das Penas.
c) Antropologia Criminal.
d) O Ambiente Criminal.
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Nascimento da Criminologia. Precursores. Iluminismo. Clássicos. Positivistas
CRIMINOLOGIA
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e) Sociologia Criminal.
Em 1764, Cesare Bonesana, jurista italiano conhecido como Marquês de Beccaria, lança a obra 
Dos delitos e das penas, marco para o Direito Penal Clássico e para a Criminologia. Na letra A, 
O Homem Delinquente foi escrito por Cesare Lombroso. Na letra C, Antropologia Criminal foi 
a ciência desenvolvida por Cesare Lombroso. Na letra D, O Ambiente Criminal não é uma obra 
consagrada na Criminologia. Na letra E, a obra Sociologia Criminal foi escrita por Enrico Ferri.
Letra b.
034. (VUNESP/2014/PC-SP/AUXILIAR DE NECROPSIA) Cesare Bonesana, o Marquês de 
Beccaria, pertenceu à seguinte escola dos estudos da Criminologia:
a) Clássica.
b) Moderna.
c) Positiva.
d) Política criminal ou moderna alemã.
e) Terza scuola italiana.
Marquês de Beccaria é o principal nome da Escola Clássica, que é, mais propriamente, uma 
Escola do Direito Penal e não, ainda, da Criminologia.
Letra a.
035. (VUNESP/2014/PC-SP/AUXILIAR DE NECROPSIA) Dos autores a seguir, o que perten-
ceu à Escola Positiva da Criminologia e foi chamado de “discípulo de Lombroso” foi
a) Enrico Ferri.
b) Francesco Carrara.
c) Giovanni Carmignani.
d) James Wilson.
e) Hans Gross.
Enrico Ferri foi genro e sucessor de Lombroso. Em sua obra Sociologia criminal, de 1900, de-
fendia, assim como o sogro, que o livre-arbítrio era uma ficção, mas reconhecia a existência, na 
criminogênese, de fatores antropológicos, físicos e também sociais. Nas letras B e C, Carrara 
e Carmignani integram a Escola Clássica. Na letra D, James Q. Wilson insere-se na política cri-
minal de Direito Penal máximo, com a teoria das janelas quebradas. Na letra E, Hans Gross é 
considerado o pai da Criminalística e um dos precursores da vitimologia.
Letra a.
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Nascimento da Criminologia. Precursores. Iluminismo. Clássicos. Positivistas
CRIMINOLOGIA
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036. (VUNESP/2014/PC-SP/INVESTIGADOR DE POLÍCIA) A escola criminológica que surgiu 
no século XIX, tendo,entre seus principais autores, Rafaelle Garofalo, e que pode ser dividida 
em três fases (antropológica, sociológica e jurídica) é a:
a) Escola Positiva.
b) Terza Scuola Italiana.
c) Escola de Política Criminal ou Moderna Alemã.
d) Escola Clássica.
e) Escola de Lyon.
Raffaele Garofalo pertence ao positivismo, que pode ser dividido em fase antropológica, de 
Lombroso; fase sociológica, de Ferri; e fase jurídica, de Garofalo.
Letra a.
037. (VUNESP/2013/PC-SP/PAPILOSCOPISTA POLICIAL) Este autor foi o criador da cha-
mada “sociologia criminal”. Para ele, a criminalidade derivava de fenômenos antropológicos, 
físicos e culturais. Trata-se de
a) Francesco Carrara.
b) Cesare Lombroso.
c) Rafael Garófalo.
d) Enrico Ferri.
e) Franz von Lizst.
Enrico Ferri foi genro e sucessor de Lombroso. Em sua obra Sociologia criminal, de 1900, de-
fendia, assim como o sogro, que o livre-arbítrio era uma ficção, mas reconhecia a existência, 
na criminogênese, de fatores antropológicos, físicos e também sociais. Ferri, ao dar o devido 
peso aos fatores sociais, é considerado o pai da Sociologia criminal.
Letra d.
038. (VUNESP/2013/PC-SP/PAPILOSCOPISTA POLICIAL) Pode-se afirmar que estão entre 
os princípios fundamentais da escola clássica da Criminologia:
a) o crime, na escola clássica, é um ente jurídico, não é uma ação, mas sim uma infração; a 
punibilidade deve ser baseada no livre-arbítrio; adota-se o método e raciocínio lógico-dedutivo.
b) a pena, que é um instrumento de defesa social; a escola clássica, que se utiliza do método 
indutivo-experimental; os objetos de estudo da ciência penal, que são o crime, o criminoso, a 
pena e o processo.
c) o crime é visto como um fenômeno social e individual na escola clássica; a pena tem caráter 
aflitivo, cuja finalidade é a defesa social.
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Nascimento da Criminologia. Precursores. Iluminismo. Clássicos. Positivistas
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d) o Direito Penal, que é uma obra humana; a responsabilidade social que decorre do determi-
nismo social; o delito, que é um fenômeno natural e social.
e) a distinção entre imputáveis e inimputáveis existente na escola clássica; a responsabilidade 
moral baseada no determinismo (quem não tiver a capacidade de se levar pelos motivos deve-
rá receber uma medida de segurança).
Para a escola clássica, o crime é um ente jurídico que deve ser apenado com base no livre-arbí-
trio, a partir do método dedutivo de aplicar a lei (uma regra geral) ao caso concreto (infração). 
Na letra B, somente a partir do positivismo a pena é vista como instrumento de defesa social e 
o método empregado pela Criminologia é o indutivo-experimental. Na escola clássica, o objeto 
de estudo se limitava ao crime, aí incluídas as penas e o processo respectivo, sem que esses 
últimos configurassem categorias de objetos da ciência. De todos os modos, o delinquente 
ainda não é objeto de estudo, o que viria a ocorrer somente com o positivismo. Na letra C, o 
crime passa a ser visto como fenômeno social a partir de Enrico Ferri, dentro do positivismo 
criminológico. A pena passa a ser vista como tendo finalidade de defesa social igualmente na 
Escola Positivista. Na letra D, a Escola Clássica defendia o livre-arbítrio, e não o determinismo. 
Via o crime como uma conduta individual baseada em escolhas, e não como fenômeno natural 
ou social. Na letra E, a distinção entre imputáveis e inimputáveis se torna possível a partir do 
positivismo criminológico, com seu conceito de periculosidade e com a suposta necessidade 
de cura ou tratamento dos delinquentes.
Letra a.
039. (VUNESP/2013/PC-SP/AGENTE DE POLÍCIA) Cesare Lombroso (1835~1909), médico 
e cientista italiano, foi considerado um dos expoentes da corrente de pensamento denominada
a) Escola Positiva.
b) Escola Clássica.
c) Escola Jusnaturalista.
d) Terza Scuola.
e) Escola de Política Criminal ou Moderna Alemã.
Cesare Lombroso foi um dos principais expoentes do positivismo criminológico.
Letra a.
040. (PC-SP/2010/ESCRIVÃO DE POLÍCIA CIVIL) A Escola Clássica
a) Tem em Garófalo um dos seus precursores.
b) baseia-se no método empírico-indutivo.
c) crê no livre arbítrio.
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Nascimento da Criminologia. Precursores. Iluminismo. Clássicos. Positivistas
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d) surge na etapa científica da Criminologia.
e) criou a figura do criminoso nato.
A Escola Clássica reconhece que as pessoas possuem livre-arbítrio, ou seja, podem fazer esco-
lhas. Para eles, o criminoso é considerado genericamente, abstratamente, uma pessoa como 
outra qualquer. O cometimento de um crime é fruto de uma decisão que implica quebra do 
pacto social de convivência pacífica. Na letra A, Garofalo foi um dos expoentes da vertente 
jurídica do positivismo. Na letra B, o método empírico e indutivo foi trazido para a Criminologia 
pelos autores positivistas. Na letra D, o positivismo inaugura a etapa científica da Criminologia. 
Ne letra E, a figura do criminoso foi inicialmente abordada pelos precursores frenologistas, 
especialmente pelo linguista espanhol Mariano Cubí y Soler. Essa categoria foi aprofundada e 
difundida por Cesare Lombroso, no positivismo criminológico.
Letra c.
041. (VUNESP/2014/PC-SP/INVESTIGADOR DE POLÍCIA) A explicação acerca das causas 
da conduta delitiva possui fundamentos biológicos, dentre outros. Assinale a alternativa que 
corresponde a uma das teorias biológicas da criminalidade.
a) Teoria das Funções.
b) Teoria Analítica.
c) Estrutural-Funcionalismo.
d) Teoria dos Instintos.
e) Teoria do Consenso
Questão complexa porque não se costuma associar Freud diretamente às teorias biológicas. 
A Teoria dos Instintos, de Sigmund Freud, pode ser considerada psicológica e biológica. Na 
primeira etapa do pensamento de Freud, de cunho mais psicológico, a agressividade era vista 
como um instinto sexual, de natureza reativa, defensiva, não determinada biologicamente. Por 
volta de 1920, Freud muda de opinião, optando por um enfoque mais biológico para sua teoria 
dos instintos. A partir daí, ele passa a considerar a destrutividade um fenômeno primário da 
vida, de origem biológica.
Letra d.
042. (VUNESP/2014/PC-SP/INVESTIGADOR DE POLÍCIA) A obra Dos Delitos e Das Penas 
de 1764 foi escrita por:
a) Adolphe Quetelet.
b) Francesco Carrara
c) Giovanni Carmignani.
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Nascimento da Criminologia. Precursores. Iluminismo. Clássicos. Positivistas
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d) Cesare Bonesana
e) Cesare Lombroso
Dos delitos e das Penas é a mais importante obra de Cesare Bonesana, conhecido como Mar-
quês de Beccaria e um dos principais expoentes da Escola Clássica.
Letra d.
043. (VUNESP/2014/PC-SP/INVESTIGADOR DE POLÍCIA) A corrente do pensamento crimi-
nológico, que teve por precursor Filippo Gramatica e fundador Marc Ancel, a qual apregoa que 
o delinquente deve ser educado para assumir sua responsabilidade para com a sociedade, a 
fim de possibilitar saudável convívio de todos (pedagogia da responsabilidade),é denominada.
a) Janelas Quebradas (Broken Windows).
b) Escola Antropológica Criminal.
c) Nova Defesa Social.
d) Criminologia Crítica
e) Lei e Ordem.
A Nova defesa social tem como ideia central articular a defesa da sociedade mediante a ação 
coordenada do Direito Penal, da Criminologia e da Ciência Penitenciária, valendo-se de bases 
científicas e pretensamente humanitárias ao mesmo tempo. A meta não é castigar o delin-
quente, mas proteger eficazmente a sociedade por meio de estratégias não penais. Nas letras 
A e E constam movimentos político-criminais de recrudescimento penal. Na letra B, a antropo-
logia criminal tem como precursor Cesare Lombroso e se baseia no estudo da história natural, 
da anatomia e da fisiologia dos criminosos, considerados uma espécie distinta de seres huma-
nos. Na letra D, a Criminologia Crítica defende que o sistema penal é ilegítimo porque reproduz 
e aprofunda as desigualdades sociais.
Letra c.
044. (VUNESP/2013/PC-SP/AUXILIAR DE PAPILOSCOPISTA POLICIAL) São considerados 
autores que desenvolveram trabalhos na Escola Clássica:
a) Manuel Carnevale, Bernardino Alimena e João Impallomeni.
b) Cesare Bonesana, Francesco Carrara e Giovanni Carmignani.
c) Enrico Ferri, Cesare Lombroso e Marquês de Pombal.
d) Franz von Lizst, Adolphe Prins e Von Hammel.
e) Cesare Lombroso, Paul Topinard e Rafael Garófalo.
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Nascimento da Criminologia. Precursores. Iluminismo. Clássicos. Positivistas
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Cesare Bonesana – o Marquês de Beccaria –, Francesco Carrara e Giovanni Carmignani são 
expoentes da escola clássica. Na letra A, aparecem autores da Terza Scuola italiana. Na letra C, 
Enrico Ferri e Cesare Lombroso foram expoentes do positivismo. Na letra D, aparecem os fun-
dadores da União Internacional de Direito Penal em 1889. Na letra E, Cesare Lombroso e Rafael 
Garófalo são nomes do positivismo italiano, enquanto Paul Topinard foi médico e antropólogo 
francês que empregou o termo “Criminologia” pela primeira vez.
Letra b.
045. (VUNESP/2014/PC-SP/INVESTIGADOR DE POLÍCIA) Assinale a alternativa correta em 
relação a Enrico Ferri.
a) Foi filósofo, sustentou que a Criminologia é fruto da disparidade social; portanto, riqueza e 
pobreza estão ligadas ao crime.
b) Foi escritor, criou a teoria da escola clássica da Criminologia; utilizou o método lógico 
dedutível.
c) Publicou o livro O Homem Delinquente em 1876, descrevendo o determinismo biológico 
como fonte da personalidade criminosa.
d) Foi jurista, afirmou que o crime estava no homem e que se revelava como degeneração deste.
e) Foi autor da obra Sociologia Criminal; para ele a criminalidade deriva de fenômenos antro-
pológicos, físicos e sociais.
Enrico Ferri foi genro e sucessor de Lombroso. Com sua obra Sociologia Criminal, de 1900, 
inaugurou a fase sociológica do positivismo criminológico. Defendia, assim como o sogro, que 
o livre-arbítrio era uma ficção, mas reconhecia a existência de fatores antropológicos, físicos e 
sociais que influenciavam no cometimento de um crime.
Letra e.
046. (PC-SP/2010/ESCRIVÃO DE POLÍCIA CIVIL) A associação entre hereditariedade / delito 
e anomalias cromossômicas / comportamento criminal inserem-se no modelo da
a) Biologia Criminal.
b) Sociologia Criminal.
c) Psicologia Criminal.
d) Psiquiatria Criminal.
e) Frenologia Criminal.
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Nascimento da Criminologia. Precursores. Iluminismo. Clássicos. Positivistas
CRIMINOLOGIA
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No modelo da Biologia Criminal há uma busca constante e detalhada das razões do crime no 
corpo do criminoso. São teorias que partem do princípio positivista da diversidade (que consi-
dera que o ser humano delinquente é diferente do não delinquente). Muitos autores das teorias 
biológicas depositam forte peso na hereditariedade, relacionando fatores biológicos e cromos-
sômicos – alguns deles transmissíveis de geração a geração – ao comportamento criminal. 
Na letra B, a Sociologia Criminal procura compreender o delito analisando a sociedade em que 
ele ocorre. Na letra C, a Psicologia A Psicologia estuda os processos mentais e os comporta-
mentos humanos. Na letra D, a Psiquiatria ou Psicopatologia delimita os conceitos de enfermi-
dades mentais, tentando estabelecer a correlação entre doenças psíquicas e crimes. Na letra 
E, a Frenologia se debruçava especificamente sobre p cérebro humano.
Letra a.
047. (PC-SP/2010/ESCRIVÃO DE POLÍCIA CIVIL) A Escola Positiva:
a) crê no determinismo e defende o tratamento do criminoso.
b) tem em Bentham um de seus precursores.
c) foi consolidada por Carrara.
d) baseia-se no método dogmático e dedutivo.
e) surgiu na etapa pré-científica da Criminologia.
Para os positivistas, o livre-arbítrio era uma ilusão. O delinquente era escravo do determinismo 
biológico ou do determinismo social. É característica do pensamento positivista a adoção de 
medidas de segurança com finalidade curativa, de tratamento, pelo tempo em que persistisse 
a patologia. Na letra B, Jeremy Bentham, filósofo inglês dos séculos XVIII e XIX, que defendeu 
a construção de panópticos, pode ser catalogado como pertencente ao utilitarismo ou à Es-
cola Clássica. Na letra C, Francesco Carrara é um dos expoentes da Escola Clássica. Na letra 
D, a Criminologia positivista tem como um de seus principais méritos o fato de ter introduzido 
o emprego do método indutivo e empírico na análise do fenômeno criminal. Os métodos dog-
mático e dedutivo são típicos do Direito Penal. Na letra E, foi com a Escola Positivista que a 
Criminologia se firmou como ciência, portanto não se trata de etapa pré-científica.
Letra a.
048. (PC-SP/2010/ESCRIVÃO DE POLÍCIA CIVIL) Complete com a alternativa correta:
Considerado o principal idealizador da Sociologia Criminal………… tem como obra prin-
cipal…………….
a) Lombroso – “O Homem Delinquente”
b) Garofalo – “O Ambiente Criminal”
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Nascimento da Criminologia. Precursores. Iluminismo. Clássicos. Positivistas
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c) Ferri – “Sociologia Criminal”
d) Carrara – “Sociedade e Crime”
e) Lacassagne – “Sociedade e Miséria”
Enrico Ferri é considerado o pai da Sociologia Criminal. Em 1900 publicou a obra Sociologia 
Criminal, em que defendeu a análise de muitos fatores que atuam na criminogênese, dentre os 
quais mencionava a influência do ambiente físico e social onde o delinquente vive.
Letra c.
049. (PC-SP/2010/ESCRIVÃO DE POLÍCIA CIVIL) O período antropológico de estudo da cri-
minalidade foi iniciado pelo médico
a) Enrico Ferri.
b) Cesare Lombroso.
c) Cesare Bonesana.
d) Emile Durkheim.
e) Hans von Hentig.
O Positivismo Criminológico teve três fases principais: antropológica (de Cesare Lombroso), 
jurídica (de Raffaele Garofalo) e sociológica (de Enrico Ferri). Na letra A, Ferri é o pai da Socio-
logia Criminal. Na letra C, Cesare Bonesana, ou Marquês de Beccaria, é o principal expoente 
da Escola Clássica. Na letra D, Durkheim formulou a Teoria da Anomia. E na letra E, Hans vonHentig é um dos principais autores da Vitimologia.
Letra b.
050. (VUNESP/2013/PC-SP/AUXILIAR DE PAPILOSCOPISTA) A _________surgiu na Europa, 
influenciada pelos fisiocratas e iluministas; possui três fases: antropológica, sociológica e jurí-
dica; priorizou os interesses sociais aos individuais. Em 1876, foi publicado o livro “O homem 
delinquente”, que instaurou um período científico de estudos criminológicos, assim, é conheci-
da ainda como “surgimento da fase científica da Criminologia”.
Assinale a alternativa que completa corretamente a lacuna do texto.
a) Escola Clássica
b) Terza Scuola
c) Escola Criminológica
d) Escola Positiva
e) Escola Política Criminal ou Moderna Alemã
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O Positivismo criminológico, ou Escola Positiva, surgiu na Itália, no século XIX. Foi influen-
ciada pelos postulados positivistas. Possui três fases principais: antropológica (de Cesare 
Lombroso), jurídica (de Raffaele Garofalo) e sociológica (de Enrico Ferri). Antropólogo italiano, 
Lombroso foi autor da célebre obra O homem delinquente, de 1876, em que aplicou o método 
empírico e indutivo para analisar o fenômeno criminal. Para a maioria dos autores, é com Lom-
broso que a Criminologia pode passar a ser considerada uma ciência. Para o positivismo, o 
criminoso é anormal, doente. É característica do pensamento positivista a adoção de medidas 
de segurança com finalidade curativa, pelo tempo em que persistisse a patologia. A medida 
de segurança é uma medida de defesa social (defesa da sociedade) contra o criminoso. Prio-
rizam-se, assim, no positivismo os interesses da sociedade, em detrimento, por exemplo, dos 
direitos e garantias dos delinquentes.
Letra d.
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SOCIETÉ INTERNATIONALE DE DÉFENSE SOCIALE. La Societé Internationale de Défense So-
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VIANA, Eduardo. Criminologia. 6. ed. Salvador, BA: JusPodium, 2018.
Mariana Barreiras
Servidora pública federal desde 2009. Graduada em Direito e Mestre em Direito Penal e Criminologia pela 
Universidade de São Paulo (USP). Professora de Legislação de Interesse da Atividade de Inteligência, Direito 
Penal e Criminologia em cursos preparatórios para concurso público. Autora do livro “ABIN - Legislação de 
Inteligência Sistematizada e Comentada”, publicado pela editora JusPodivm. Foi Assessora Técnica da 
Comissão Nacional da Verdade da Presidência da República (2012 a 2014). Foi Agente de Promotoria do 
Ministério Público do Estado de São Paulo (2006-2009). Lecionou as disciplinas Direito Penal e Criminologia 
na Faculdade de Direito da USP, dentro do Programa de Aperfeiçoamento do Ensino. Foi membro de diversas 
coordenações do Instituto Brasileiro de Ciências Criminais, tendo orientado pesquisas do Laboratório de 
Iniciação Científica. Coautora do livro “Criminologia e os problemas da atualidade” e autora de artigos nos 
temas de Direito Penal e Criminologia.
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	Nascimento da Criminologia. Precursores. Iluminismo. Clássicos. Positivistas
	Nascimento da Criminologia. Escola Clássica e Positivista. Modelos Teóricos.
	Iluminismo
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	1. Modelo Clássico e Neoclássico da Opção Racional
	2. Modelo Positivista
	3. Modelo da Reação Social
	4. Enfoque Dinâmico
	Resumo
	Mapas Mentais
	Questões de Concurso
	Gabarito
	Gabarito Comentado
	Referências
	AVALIAR 5: 
	Página 101:

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