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Revisão filogenia e taxonomia 1- Liste em ordem, do mais inclusivo para menos inclusivo, as principais categorias linnaeunianas (táxons) atualmente aplicadas aos animais. R: São as seguintes: Reino → Filo → Classe → Ordem → Família → Gênero → Espécie. Mas dentre todas as mais utilizadas são: Gênero e Espécie. 2- Explique por que o sistema para nomear espécies que se originou com Linnaeus é “binomial”. R: Porque consiste em dois termos (binomial) que são usados para nomear cada espécie. O primeiro termo é o nome genérico, que se refere ao gênero ao qual a espécie pertence. O segundo termo é o epíteto específico, que é único para cada espécie dentro de um gênero. Juntos, esses dois termos formam o nome científico. O objetivo era tornar o nome único para evitar confusões devido a variação dos nomes populares dados em cada região. 3- Como o conceito biológico de espécie se diferencia dos conceitos iniciais tipológicos de uma espécie? Por que os biólogos evolutivos preferem o conceito biológico aos conceitos tipológicos de espécie? R: O conceito fenotípico diz que indivíduos muito semelhantes entre si e diferentes de outros são da mesma espécie, mesmo que estejam impedidos de se reproduzir. Já o conceito filogenético explica que organismos da mesma espécie compartilham uma única característica derivada que não está presente em outros grupos. Porque o conceito biológico é racional, organizado e exato como ciência, o tipológico não, pois pode adquirir características subjetivas e isso não interessante ao estudo evolutivo. 4- Que problemas foram identificados no conceito biológico de espécie? Como os outros conceitos de espécie tentam superar esses problemas? R: O conceito biológico de espécie é baseado na capacidade de indivíduos de uma população se reproduzirem entre si e gerarem descendentes férteis. No entanto, este conceito enfrenta alguns problemas, tais como: Híbridos: o conceito biológico não leva em consideração espécies que podem se reproduzir com outras, gerando híbridos férteis. Isso pode dificultar a identificação de limites claros entre espécies. Reprodução assexuada: algumas espécies se reproduzem assexuadamente, o que não se encaixa no conceito biológico de espécie. Fósseis: o conceito biológico é difícil de aplicar a fósseis, uma vez que é impossível observar a capacidade de reprodução de organismos extintos. Para superar esses problemas, foram propostos outros conceitos de espécie, como: Conceito de espécie filogenética: este conceito se baseia na análise de árvores filogenéticas, que mostram a relação evolutiva entre espécies. Uma espécie é definida como um grupo de organismos que compartilham um ancestral comum exclusivo. Conceito de espécie morfológica: este conceito se baseia nas características morfológicas dos organismos, ou seja, sua aparência externa e interna. Uma espécie é definida como um grupo de organismos que compartilham características morfológicas distintas. Conceito de espécie ecológica: este conceito se baseia na relação entre organismos e seu ambiente. Uma espécie é definida como um grupo de organismos que compartilham uma mesma função ecológica dentro de um ecossistema. Embora cada um desses conceitos tenha suas vantagens e desvantagens, o conceito de espécie filogenética é amplamente utilizado atualmente por permitir a inclusão de híbridos e considerar a evolução das espécies ao longo do tempo. 5- Como são reconhecidos os caracteres taxonômicos? Como esses caracteres são utilizados para construir um cladograma? R: Os caracteres taxonômicos e a fonte básica de informações para a elucidação da filogenia e/ou construção de uma classificação para um táxon são atributos* dos próprios organismos em estudo, e os atributos empregados na sistemática são chamados de caracteres. Os cladogramas são construídos a partir de três elementos básicos: os organismos de interesse (ou clados), isto é, aqueles sobre os quais deseja- se compreender a história e relações evolutivas; linhas, que representam o tempo evolutivo; e nódulos, que correspondem ao ponto de encontro entre duas linhas, revelando o ancestral comum entre dois grupos de organismos. Em alguns cladogramas, as linhas também são utilizadas como escala de tempo evolutivo, isto é, seu tamanho representa o maior (linhas maiores) ou menor (linhas menores) tempo entre o surgimento dos diferentes grupos. 6- Qual a diferença entre grupos monofiléticos, parafiléticos e polifiléticos? Como essas diferenças afetam a validade desses táxons para as taxonomias evolutiva e cladística? R: Os grupos monofiléticos são aqueles que incluem todos os descendentes de um ancestral comum. Já os grupos parafiléticos incluem alguns, mas não todos, os descendentes de um ancestral comum. Por fim, os grupos polifiléticos incluem espécies que não têm um ancestral comum recente. Na taxonomia evolutiva, apenas os grupos monofiléticos são considerados válidos, uma vez que representam um clado, ou seja, um grupo de espécies que compartilham um ancestral comum exclusivo e todas as suas descendentes. Os grupos parafiléticos e polifiléticos são considerados inválidos, pois não refletem a verdadeira relação evolutiva entre as espécies. Na cladística, a validade dos táxons é baseada apenas na presença de características derivadas compartilhadas (sinapomorfias), que são usadas para construir cladogramas. Os grupos monofiléticos são os únicos válidos na cladística, uma vez que refletem um clado. Grupos parafiléticos e polifiléticos são considerados inválidos na cladística porque não formam clados. 7- Quantos clados diferentes de duas ou mais espécies são possíveis para as espécies A-H, mostradas na Figura 10.6A? 8- Qual a diferença entre um cladograma e uma árvore filogenética? Dado um cladograma para um grupo de espécies, que tipo de interpretação adicional é necessário para transformá-lo em uma árvore filogenética? R: Um cladograma é um tipo de diagrama que representa as relações evolutivas entre um grupo de organismos, mostrando a história de seu surgimento e diversificação ao longo do tempo. Ele é construído a partir de características compartilhadas entre os diferentes grupos de organismos, chamados de clados. Já uma árvore filogenética é uma representação gráfica das relações evolutivas entre os organismos, indicando as distâncias evolutivas entre eles e a ordem de surgimento dos clados. Diferentemente do cladograma, a árvore filogenética incorpora informações sobre a cronologia da evolução, mostrando não apenas quais grupos estão relacionados, mas também quando se separaram e quanto tempo se passou desde então. Para transformar um cladograma em uma árvore filogenética, é necessário incluir informações sobre a divergência temporal entre os clados representados. Isso pode ser feito, por exemplo, utilizando dados de fósseis ou estimativas de divergência molecular, que permitem determinar a ordem e a duração das ramificações ao longo do tempo evolutivo. Com essa informação adicional, é possível construir uma árvore filogenética mais precisa e completa, que retrata de forma mais fiel a história evolutiva dos organismos estudados. 9- Qual a diferença na interpretação de taxonomistas evolutivos e cladistas quanto à declaração de que os humanos evoluíram dos símios, os quais evoluíram dos outros macacos? R: Taxonomistas evolutivos e cladistas podem ter diferentes interpretações em relação à declaração de que os humanos evoluíram dos símios, os quais evoluíram dos outros macacos. Os taxonomistas evolutivos, geralmente, classificam os organismos com base em suas características morfológicas e evolutivas e tendem a criar categorias taxonômicas tradicionais. Eles podem, portanto, classificar os humanos, símios e outros macacos em diferentes táxons, dependendo das características que considerarem relevantes. Por outro lado, os cladistas se concentram nas relações filogenéticas entre os organismos e buscam criar gruposmonofiléticos com base em caracteres compartilhados derivados. Assim, para os cladistas, a declaração de que os humanos evoluíram dos símios, que evoluíram dos outros macacos, significa que esses organismos devem ser colocados em um grupo monofilético, ou seja, um clado. Portanto, eles tendem a agrupar humanos, símios e outros macacos em um único táxon, o que pode não ocorrer na taxonomia evolutiva tradicional. 10- Que práticas taxonômicas baseadas no conceito tipológico de espécie ainda são, atualmente, utilizadas em sistemática? Como mudou sua interpretação? R: Algumas práticas taxonômicas baseadas no conceito tipológico de espécie ainda são utilizadas atualmente em sistemática, especialmente em grupos de organismos fósseis ou em que a distinção entre espécies é difícil. Por exemplo, a descrição de novas espécies baseia-se muitas vezes em uma análise morfológica, que pode ser interpretada como uma abordagem tipológica. No entanto, a interpretação desses dados evoluiu, e hoje há uma ênfase maior na variação dentro das espécies e em uma abordagem integrada que combina dados morfológicos, moleculares e ecológicos. Outra prática que ainda é utilizada é a atribuição de um único nome científico para cada táxon, embora existam diferentes variações morfológicas ou filogenéticas dentro dele. Isso pode levar à criação de táxons parafiléticos ou polifiléticos, que são rejeitados pela sistemática filogenética, mas ainda são usados em algumas áreas da biologia. Em resumo, embora o conceito tipológico de espécie não seja mais considerado válido na sistemática moderna, algumas práticas associadas a esse conceito ainda são utilizadas, mas sua interpretação mudou para incorporar uma abordagem mais integrada e evolutiva. 11- Quais são os cinco reinos determinados por Whittaker? Como sua determinação está em conflito com os princípios da taxonomia cladística? R: Whittaker propôs um sistema de classificação de seres vivos em cinco reinos em 1969, que são: • Monera (bactérias e cianobactérias) • Protista (protozoários, algas unicelulares e fungos unicelulares) • Fungi (fungos) • Plantae (plantas) • Animalia (animais) Esse sistema de classificação é baseado em características morfológicas, fisiológicas e ecológicas. No entanto, a determinação dos reinos de Whittaker está em conflito com os princípios da taxonomia cladística, que se baseia em relações filogenéticas. Por exemplo, os protistas são um grupo muito diverso e polifilético, que inclui organismos que compartilham poucas características além de serem unicelulares. Além disso, muitos grupos que são considerados monofiléticos pelos cladistas (como os fungos, por exemplo) são incluídos em um mesmo grupo nos reinos de Whittaker. Portanto, embora os reinos de Whittaker tenham sido uma importante contribuição para a classificação de seres vivos, eles não refletem a filogenia e a evolução dos organismos de forma precisa e adequada. Para aprofundar seu raciocínio. Se um taxonomista constrói uma árvore filogenética enraizada para um grupo de espécies atuais, a estrutura da árvore em si pode ser utilizada para distinguir as hipóteses da monofilia e não monofilia de um subgrupo em particular. Se a monofilia é rejeitada para um subgrupo em particular, a topologia da árvore em si não pode diferenciar a parafilia da polifilia. Que informação adicional é necessária para distinguir a parafilia da polifilia? R: Para distinguir a parafilia da polifilia, é necessário incluir informações sobre as espécies fósseis e seus relacionamentos filogenéticos no grupo em questão. Isso pode ser feito através da análise de características morfológicas, genéticas ou moleculares de espécimes fósseis e compará-las com as espécies atuais na árvore filogenética. Se as espécies fósseis preencherem a lacuna entre as espécies atuais que foram agrupadas em uma hipótese de parafilia, então o grupo pode ser considerado monofilético. No entanto, se as espécies fósseis mostram que o grupo não é um clado natural, ou seja, não é monofilético, então pode ser considerado um grupo polifilético.
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