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DESCRIÇÃO Apresentação das possibilidades de atuação do profissional engenheiro em inovações. PROPÓSITO Os caminhos para as soluções de problemas na sociedade nem sempre foram descobertos. Os próprios problemas também não são necessariamente recorrentes e já conhecidos. Muitos são os desafios encontrados para a atuação da engenharia, e inovar se faz necessário. Este conteúdo versa sobre as várias perspectivas de atuação do profissional engenheiro em inovações, o que pode ser bastante útil ao proporcionar ao aluno visão abrangente sobre o seu posicionamento profissional no mercado. OBJETIVOS MÓDULO 1 Identificar na atuação do engenheiro as possibilidades de transformação da sociedade MÓDULO 2 Relacionar as potencialidades de atuação do engenheiro em pesquisas e desenvolvimento tecnológico MÓDULO 3 Identificar as potencialidades de atuação do engenheiro em pesquisas e desenvolvimento tecnológico MÓDULO 4 Identificar a importância da gestão do conhecimento para fomentar a inovação A IMPORTÂNCIA DA ENGENHARIA NA CONDUÇÃO DE INOVAÇÕES AVISO: orientações sobre unidades de medida. Em nosso material, unidades de medida e números são escritos juntos (ex.: 25km) por questões de tecnologia e didáticas. No entanto, o Inmetro estabelece que deve existir um espaço entre o número e a unidade (ex.: 25 km). Logo, os relatórios técnicos e demais materiais escritos por você devem seguir o padrão internacional de separação dos números e das unidades. MÓDULO 1 Identificar na atuação do engenheiro as possibilidades de transformação da sociedade javascript:void(0) A ENGENHARIA PRODUZ SOLUÇÕES QUE TRANSFORMAM A SOCIEDADE CONSIDERAÇÕES INICIAIS Desde quando se começou a registrar a história, a sociedade evolui em sua capacidade de obter soluções para seus problemas por meio de técnicas. A própria capacidade de registro histórico se deu porque foi possível desenvolver a comunicação com imagens e símbolos. A capacidade criativa esteve presente desde os tempos antigos. Antes mesmo de se utilizar a palavra engenharia, a engenhosidade humana se fez presente na apresentação de várias soluções para problemas que surgiram nas sociedades ao longo da história. O grande instrumento sempre presente foi a mente humana, por meio da qual podemos pensar, raciocinar, nos abstrair da realidade para formularmos soluções para problemas. Parece que aprendemos a utilizar abstrações intuitivamente. Mas o que é abstração? DO ABSTRATO AO CONCRETO Segundo o dicionário Aurélio, abstração é uma... Operação mental através da qual elementos e aspectos são isolados, somente no pensamento, sendo que (na totalidade) não existem isoladamente. Criamos “um mundo paralelo” em nossas mentes, onde o abstrato opõe-se ao concreto. Não se relaciona com a experiência tangível. Olhando pela perspectiva da Filosofia, abstrato seria toda representação que não corresponde a nenhum dado sensorial. Modelos mentais são criados de maneira abstrata e servem como base para o desenvolvimento das estratégias para a solução de problemas concretos na sociedade. E o que seria um “modelo”? Segundo Paulo Sérgio Cougo, a definição é a seguinte: MODELO É A REPRESENTAÇÃO ABSTRATA SIMPLIFICADA DE UM SISTEMA REAL, COM O QUAL SE PODE EXPLICAR OU TESTAR O SEU COMPORTAMENTO EM SUA TOTALIDADE OU EM PARTES COUGO, 1997, p.7. Um modelo é uma abstração da realidade. Por ser mais simples do que a realidade, muitas vezes, preferível de se trabalhar. Ao se estudar um fenômeno por meio de um modelo validado (o qual possui representatividade mínima admissível da realidade), os estudos podem ser mais rápidos e baratos comparativamente às experimentações reais. A prática do uso de modelos abstratos para ajudar na solução de problemas concretos ocorre desde os primórdios na história. Pela abstração, construímos os modelos, observamos a conformidade desses com a realidade (validação), utilizamos os modelos para a solução de problemas concretos (em um mundo abstrato) e depois aplicamos as soluções obtidas de maneira prática na realidade. O pensamento abstrato e o desenvolvimento de modelos cooperam para o desenvolvimento de técnicas que ajudam nas soluções de problemas práticos em âmbito social. PENSAMENTO ABSTRATO E DESENVOLVIMENTO DE MODELOS DESENVOLVIMENTO DE TÉCNICAS SOLUÇÕES DE PROBLEMAS PRÁTICOS NA SOCIEDADE E o que seria técnica? RESPOSTA Técnica pode ser definida como o método adotado para realizar uma ação, ou várias ações. São procedimentos que visam obter determinados resultados. Quando pensamos em técnicas, pensamos em processos de transformação. Processos que podem ser definidos por meio de modelos lógicos e físicos, softwares e hardwares trabalhando de forma sistêmica em prol de soluções desejadas. A técnica dá respostas aos interesses e à vontade do homem de transformar seu ambiente, buscando novas e melhores maneiras de satisfazer suas necessidades. Outra palavra que convém lembrar é ferramenta. Uma ferramenta é um utensílio, um dispositivo ou mecanismo, utilizado como um meio em trabalhos das mais diversas naturezas. Esses dispositivos são usados porque oferecem alguma vantagem mental ou mecânica durante o desempenho de uma tarefa. Ferramentas podem ser abstratas ou físicas. A Engenharia destaca-se como uma área que utiliza muitas ferramentas para resolver problemas na sociedade. Com criatividade, podemos encontrar caminhos, técnicas, ferramentas e modelos para a solução dos problemas. Assim, podemos transformar nossa realidade. A NECESSÁRIA TRANSFORMAÇÃO DA SOCIEDADE A dinâmica de mudanças no mundo sempre ocorre na natureza. O planeta Terra gira em torno de si e em torno do Sol. A órbita elíptica percorrida pelo planeta em torno do Sol faz com que a distância entre ambos varie, dando origem às estações do ano. Existe ainda um satélite, a Lua, que gira em torno da Terra. As interações gravitacionais dão origem a modificações nos níveis das marés. A combinação de mudanças nas temperaturas dos ambientes associadas a mudanças na pressão atmosférica e na umidade relativa do ar provoca deslocamentos de massas de ar em todo o planeta. Ventos, chuvas e estiagens definem características geográficas que podem ser mais propícias à vida do homem na Terra, ou não. Somente essas constatações de mudanças no ambiente natural já seriam suficientes para justificar a necessidade de adaptação e sobrevivência do homem. Mas não para por aí. A sociedade não é apenas um conjunto de indivíduos, mas também é um sistema. O que caracteriza um sistema são algumas propriedades particulares associadas ao todo que transcendem o individual ou os elementos do sistema. Individualmente, podemos identificar necessidades comuns de adaptabilidade ao meio ambiente, de conforto, de proteção e de qualidade de vida. Também nos organizamos em grupos das mais diversas dimensões e naturezas que possuem necessidades características específicas. A complexidade desse sistema se percebe quando é difícil de se dissociar, separar, a demanda de um grupo ou indivíduo. Tudo isso não está em harmonia. Conflitos de interesses entre indivíduos e grupos ocorrem em uma dinâmica tão absurda que, muitas vezes, é impossível ter tempo suficiente para entender os problemas. Diante dessa realidade, o bom senso coletivo demanda equilíbrios no sistema social que promovam o bem-estar da coletividade. Precisamos mudar sucessivamente a busca do novo ponto de equilíbrio, algo que nunca vai acabar. A imagem a seguir recapitula os principais pontos tratados aqui e estabelece a inter-relação entre eles. DINÂMICA DE MUDANÇAS NO MUNDO SEMPRE OCORREM NA NATUREZA NECESSIDADE DE ADAPTAÇÃO E SOBREVIVÊNCIA DO HOMEM CONFLITOS DE INTERESSES ENTRE INDIVÍDUOS E GRUPOS EQUILÍBRIOS NO SISTEMA SOCIAL QUE PROMOVAM O BEM-ESTAR DA SOCIEDADE Uma característica importante a ser considerada na sociedade é o crescimento populacional. Os recursos em nosso planeta são finitos. O contínuo aumento da população pode ameaçar o delicadoequilíbrio na natureza. A sociedade precisa de transformações que promovam e não ameacem esse delicado equilíbrio. Nesse cenário, a engenharia se faz cada vez mais necessária para o desenvolvimento de soluções inteligentes que promovam o bem da humanidade. A ENGENHARIA E OS DESAFIOS ENERGÉTICOS Muitos são os desafios energéticos para a manutenção equilibrada da vida no nosso planeta. Nesses desafios energéticos, podemos incluir as diversas fontes que visam ao bem-estar da população mundial, que não para de crescer. As novas tecnologias desenvolvidas para substituir a “energia suja”, que carregam o ônus de causar muita poluição ao se fornecer energia, ainda não são facilmente acessíveis para a maioria da população. É necessário buscar eficiência energética com mínimo de impacto ambiental. O emprego de energias sustentáveis tem sido um grande desafio, e a engenharia tem trabalhado muito nesse sentido. A matriz energética brasileira se constitui na diversidade de fontes de energia utilizadas para suprir a demanda energética do país. No Brasil, a matriz energética é bastante diversificada. Às vezes, algumas pessoas confundem matriz energética com matriz elétrica. Veja a diferença: Matriz energética Constitui-se no conjunto de fontes de energia disponíveis que incluem combustíveis fósseis, biocombustíveis, gás natural, eletricidade etc. Matriz elétrica É formada pelo conjunto de fontes disponíveis apenas para a geração de energia elétrica, ou seja, é um subconjunto da matriz energética. Os desafios energéticos estão relacionados ao suprimento suficiente de energia em uma matriz energética que incorpore o máximo de fontes sustentáveis. A engenharia tem colaborado para o desenvolvimento de fontes de energia não poluentes, ou seja, que causem o mínimo de impacto ao meio ambiente. Um dos grandes desafios da energia elétrica é o seu armazenamento em baterias portáteis, seguras e com alta confiabilidade. Associado à eletricidade está todo o avanço das tecnologias digitais. A chamada Indústria 4.0 avança com propostas de expansão da chamada Internet das Coisas (IoT), com vasta dependência de computação em nuvem e Big Data (Ciência de Dados). Esses recursos viabilizam as chamadas Cidades Inteligentes que poderão conter centenas de milhares de sistemas que utilizam sensores interconectados. A inteligência também está associada ao consumo e à distribuição de energia. A proposta das Smart Grids, redes elétricas inteligentes, é controlar o sistema de distribuição de energia elétrica com inteligência. Com uma vasta rede de sensores e atuadores, as Smart Grids conseguem gerir a distribuição de maneira otimizada, identificando falhas e atuando quando necessário. Na rede de iluminação pública, já há um bom tempo as lâmpadas de LED instaladas nos postes têm proporcionado uma grande economia de energia comparativamente às lâmpadas utilizadas no passado. Sistemas inteligentes de sinalização do trânsito nas vias públicas podem proporcionar um fluxo otimizado de veículos, economizando tempo e gasto de combustível. No interior das instalações, em residências ou locais de trabalho, sensores de presença podem regular a iluminação para não desperdiçar energia. Também visando economizar energia, sensores térmicos podem regular, de forma automatizada, os aparelhos de ar-condicionado. Em todos esses exemplos, a presença da engenharia se faz presente. Os desafios energéticos somente podem ser vencidos por meio de trabalho sinérgico obtido com a colaboração das várias especialidades nas engenharias. TRANSFORMAÇÃO DA SOCIEDADE POR MEIO DE INOVAÇÕES TECNOLÓGICAS O que é inovação? Ao considerarmos as questões associadas à transformação da sociedade por meio da inovação, não podemos deixar de estabelecer algumas bases conceituais que fundamentam o assunto. A inovação relaciona-se com aplicação comercial de ideias ou invenções e tem um viés de utilidade. Segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), uma inovação é... A IMPLEMENTAÇÃO DE UM PRODUTO (BEM OU SERVIÇO) NOVO OU SIGNIFICATIVAMENTE MELHORADO, OU UM PROCESSO, OU UM NOVO MÉTODO DE MARKETING, OU UM NOVO MÉTODO ORGANIZACIONAL NAS PRÁTICAS DE NEGÓCIOS, NA ORGANIZAÇÃO DO LOCAL DE TRABALHO OU NAS RELAÇÕES EXTERNAS 2018, p.55. A história da engenharia no mundo se confunde com as descobertas tecnológicas do homem. A própria história divide-se com referências a descobertas revolucionárias que marcaram época. A Idade da Pedra e a Idade do Bronze são termos relativos às descobertas tecnológicas. Esses termos foram escolhidos para dividir, em linha temporal, as épocas dessas evoluções tecnológicas. Tais tecnologias marcaram suas respectivas sociedades e contribuíram para a consolidação do conhecimento atual. Nas engenharias, a gestão de tecnologias, muitas vezes, é abordada junto com a gestão da inovação, uma vez que tecnologias normalmente estão associadas a inovações. Porém, inovações não ocorrem exclusivamente associadas a novas tecnologias. As revoluções industriais nos dizem muito sobre essa relação entre inovação e tecnologia. A Primeira Revolução Industrial caracterizou-se pela transição de métodos de produção artesanal e pelo uso crescente de energia por meio das máquinas a vapor no final do século XVIII e início do século XIX, quando ocorreram mudanças em produtos e em processos produtivos. A palavra revolução é apropriada, uma vez que a mudança no modo de trabalhar impactou a sociedade como um todo. Uma verdadeira reação em cadeia se deu à medida que novas formas de aproveitamento da energia gerada pelas máquinas a vapor surgiam. Benefícios imediatos foram observados na indústria têxtil e no setor de transportes com o surgimento de ferrovias. A Segunda Revolução Industrial caracterizou-se pelo surgimento da automação industrial no início do século XX. Pessoas como Ford, Taylor e Fayol participaram ativamente dessa nova revolução com contribuições na linha de produção associada ao automóvel, na abordagem da administração científica, em estudo de tempos e métodos, na produção em escala e na especialização funcional. Henry Ford foi um engenheiro mecânico fundador da Ford Motor Company. Implementou a manufatura em linha de produção. Tal metodologia de fabricação, marcou a Primeira Revolução Industrial e ficou conhecida como Fordismo. Frederick W. Taylor foi um engenheiro mecânico conhecido como o pai da administração científica, propondo teorias de Administração que utilizam métodos científicos cartesianos. Jules H. Fayol foi um engenheiro de minas e um teórico das ciências administrativas clássicas. Autor do famoso livro Administração Industrial e Geral. Ao final do século XX, o surgimento das tecnologias de informação e comunicações (TIC) caracterizou a Terceira Revolução Industrial. Surgia, assim, a sociedade baseada em informação. Progressivos avanços tecnológicos na eletrônica e nas telecomunicações culminaram no surgimento da internet. O uso das TIC viabilizou o surgimento de modelos de javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) gestão mais intensivos em informação e conhecimento. Assim, foi possível integrar cadeias de suprimento no mundo todo, aproximando consumidores e fornecedores em diversos níveis. Neste século, vivemos na chamada Quarta Revolução Industrial. A proposta é a fusão do mundo físico com o mundo virtual com extenso uso de inteligência artificial e outras tecnologias inovadoras. Além da inteligência artificial, figuram a ciência de dados (data analytics, big data), nanotecnologia, internet das coisas (IoT), sensores, manufatura aditiva (impressão 3D com vários materiais), biotecnologia, realidade virtual e aumentada, bitcoin (criptomoedas), blockchain e robótica avançada. A Quarta Revolução Industrial, às vezes denominada de Indústria 4.0, tem abordagem ampla na economia. A inserção de inovações no mercado, no contexto das engenharias, normalmente, está associada a aplicações de novas tecnologias. Ações de engenhariasão necessárias e urgentes e devem ser oportunas. Trata-se de um livro-razão totalmente bloqueado. É impossível de mudar as informações nele contida. Ele é compartilhado via web para registrar ações e rastrear ativos. RESUMO A engenharia provê soluções que podem impactar em maior ou menor grau o dia a dia das pessoas. Agindo de maneira ampla, ela tem o poder de transformação da vida dos indivíduos na sociedade. A abrangência das transformações inclui até mesmo o aumento de expectativa de tempo de vida das pessoas, uma vez que tecnologias relacionadas à área biomédica, muitas vezes, são desenvolvidas por engenheiros. Muitos são os desafios relacionados a soluções de engenharia na sociedade. Buscam-se intensamente soluções relativas a energias limpas e sustentáveis, assim como inovações tecnológicas para alcançar o desenvolvimento sustentável. Diante da atual revolução industrial denominada de Indústria 4.0, a atuação da engenharia se torna ainda mais oportuna. VEM QUE EU TE EXPLICO! Modelos abstratos para solução de problemas na engenharia javascript:void(0) A engenharia e os desafios energéticos VERIFICANDO O APRENDIZADO MÓDULO 2 Relacionar as potencialidades de atuação do engenheiro em pesquisas e desenvolvimento tecnológico COMO EMPREENDER A PARTIR DE INOVAÇÕES TECNOLÓGICAS? Agora que aprendemos o conceito de inovação e a sua importância para as necessárias transformações da sociedade, convém aprofundarmos a questão sobre como as inovações podem se tornar mais efetivas. É verdade que soluções inovadoras não se restringem a atividades empreendedoras, mas podem ser mais bem desenvolvidas em ambientes assim. O ENGENHEIRO EMPREENDEDOR Inovações não se restringem a produtos, podendo estar associadas a processos e a negócios. Uma vez que as inovações se caracterizam pela sua utilidade junto à sociedade, o modo como se direciona a entrega de valor oriundo da inovação pode ocorrer por meio de um novo negócio. A história está repleta de exemplos de empreendimentos bem-sucedidos que tiveram início mediante inovações tecnológicas. Muitas vezes, um produto inovador motiva o empreendedor a criar um novo negócio. São muito altas as chances de engenheiros empreenderem em inovações tecnológicas. Outras vezes, a inovação pode estar justamente na forma de entregar algum produto ou serviço para o cliente. Mesmo nesses casos, o uso intensivo de tecnologias, normalmente, habilita o funcionamento dos novos processos. Alguns casos são relativamente recentes e bastante impactantes. A UBER A empresa Uber, por exemplo, a partir do desenvolvimento de um aplicativo instalado em smartphones, conseguiu revolucionar o transporte urbano. Os tradicionais motoristas de taxi, autônomos ou não, seguiram o exemplo e passaram a utilizar aplicativos semelhantes para não perderem mais mercado. O RAMO HOTELEIRO De modo semelhante, o ramo hoteleiro aparece com exemplos inovadores de negócios baseados em internet. Podemos citar como exemplos o conceito do sistema da rede Ibis e os aplicativos de reserva de acomodações em hotéis ou propriedades particulares, como o Airbnb. Essas redes competem no mercado anunciando por meio de aplicativos e anúncios na internet. Nesses vários exemplos, encontramos tecnologias inovadoras impulsionando novos empreendimentos que trazem valor para a sociedade. O caminho para empreender na engenharia normalmente passa pelo trabalho em Pesquisa e Desenvolvimento. Uma vez que a P&D esteja acontecendo na academia, é comum o empreendedor iniciar seu negócio em empresas júnior ou em startups. Polos de Ciência e Tecnologia são solo fértil para inovações e surgimento de novos negócios. O governo federal dispõe de incentivos para apoio a novos empreendedores. Tais incentivos vão desde modalidades especiais de tipo de empresas que recolhem impostos a taxas mais baixas até financiamentos associados a empreendimentos que usam tecnologias inovadoras. Tais incentivos também são comuns nos governos estaduais. Editais públicos costumam divulgar essas iniciativas. Uma vez que um empreendimento embrionário ganha ajuda semelhante, o chamado “empurrãozinho”, a empresa tem mais chances de se desenvolver e de se destacar junto ao seu mercado particular. Startup é um termo para descrição de empresa emergente, que tem por objetivo aprimorar um modelo de negócio. OPORTUNIDADES REGIONAIS PARA INOVAR E EMPREENDER NO BRASIL Onde estão as oportunidades para inovação no Brasil? Vamos explorar esse assunto contextualizado o conceito de inovação com uma visão nacional. javascript:void(0) Uma referência útil é o Mapa da Inovação, da FINEP. Essa plataforma interativa utiliza recursos do Google Maps para localizar empresas e instituições financiadas pela FINEP ou reconhecidas com o selo de inovação do Prêmio FINEP. O mapa é organizado com projetos com referências geográficas (georreferenciamento). Isso habilita o usuário a selecionar sua área de interesse, pesquisando por tema ou por localização geográfica de interesse. Acessando o site, é possível encontrar a descrição de cada uma das iniciativas espalhadas por todos os estados do país. Essas iniciativas estão dispostas em dez categorias: (1) agro; (2) defesa; (3) energia; (4) indústria; (5) infraestrutura; (6) mobilidade; (7) saúde; (8) Tecnologia Social, (9) Tecnologia da Informação e (10) Comunicação (TIC) / Telecomunicações. Vejamos exemplos regionais de inovação em quatro das dez categorias listadas. INFRAESTRUTURA Na categoria infraestrutura, em Curitiba, Paraná, uma máquina de manufatura aditiva foi obtida. A máquina utiliza a técnica de sinterização seletiva a laser para o processamento de materiais poliméricos puros ou poliméricos compósitos. Os componentes são fabricados camada por camada. Utiliza, ainda, feixe de laser de alta precisão para produção de componentes para a indústria de mecânica de precisão. Assim como a aquisição dessa máquina, muitos outros equipamentos foram financiados pela FINEP em diversas universidades pelo país. As oportunidades de inovação surgem à medida que projetos conjuntos com essas universidades são criados. ENERGIA Na categoria energia, é possível observar na cidade de Jaguaribara, no Ceará, um projeto para uso de óleo obtido da tilápia para produção de biodiesel e ração animal. Em Tefé, no estado do Amazonas, um projeto inovador intitulado “Sistema de bombeamento e abastecimento de água com energia solar”, conduzido pelo Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, abordou uma tecnologia que facilita a convivência com a grande variação do nível do rio entre as estações de seca e cheia. Para evitar longos deslocamentos para captação da água, foi desenvolvido um sistema de energia solar composto por um módulo solar (placas que convertem diretamente a energia solar em elétrica) e uma bomba solar, que utiliza a eletricidade para movimentar a água durante o dia até um reservatório, de onde é distribuída para todas as casas. Essa inovação mostra que nem sempre é preciso estar trabalhando com tecnologias muitíssimo novas para se criar valor para a sociedade. Oportunidades de inovação encontram- se, muitas vezes, ao se utilizar tecnologias “dominadas” de maneira inusitada. A integração sistêmica aparece como uma característica de inovação ao proporcionar o uso de várias tecnologias de forma conjunta e nova. Ainda na categoria energia, em Santa Rosa, no Rio Grande do Sul, uma empresa trabalhou com um projeto inovador focado na produção de biodiesel a partir de óleos e gorduras residuais (OGRs) – óleo de cozinha. A empresa que conduziu o projeto fornece equipamentos e serviços para a indústria de bioenergia e outros segmentos econômicos. O projeto envolveu a formação de arranjos produtivos locais focados na coleta de OGRs para sua posterior conversão em biodiesel por meio de miniusinas. Nesse exemplo de inovação, é possível observar o fator multiplicador da inovação na economia. Uma ideia inovadora transformada em projeto concreto é capazde alavancar outros setores periféricos à tecnologia inovadora, gerando renda para a população local. MOBILIDADE Na categoria mobilidade, uma empresa paranaense criou um processo de fabricação de carrocerias de ônibus, carros, furgões e outros automóveis utilizando materiais compósitos. Esse processo inovador resultou na produção de veículos mais leves, resistentes e duráveis do que os convencionais, proporcionando maior economia de combustível e mais facilidade para a reciclagem. Em Pelotas, no Rio Grande do Sul, uma empresa desenvolveu uma cadeira de rodas para jogadores de basquete a partir de padrões de biotipos estabelecidos por metodologia de captura de movimentos tridimensionais, processo inovador no mercado mundial. O projeto concebeu a fabricação da cadeira em alumínio liga 7000 (no Brasil, liga é usada apenas pela Embraer na fabricação de aviões), material usado pelas principais equipes internacionais dessa modalidade. Ainda na categoria mobilidade, uma empresa em São José dos Campos, São Paulo, desenvolveu o primeiro avião elétrico da América Latina. Ele possui dois lugares e foi fabricado com estrutura de fibra de carbono. Tem autonomia de uma hora e meia de voo, com velocidade de cruzeiro de 190km/h e velocidade máxima de 340km/h. Um dos objetivos do projeto foi aprofundar os estudos sobre materiais compostos usados no setor aeronáutico, considerados fundamentais para a redução do peso dos veículos elétricos. Esse exemplo de inovação mostra como a empresa criada aproveitou a expertise associada à engenharia de materiais para criar um produto inovador com potenciais utilizações em várias outras aplicações. AGRO Na categoria Agro, uma empresa de Recife, Pernambuco, desenvolveu projeto inovador relacionado a tratamento de descarte de frutos do mar. O tratamento de descarte gera soluções em forma de rações para animais, películas para uso medicinal, colas para construção civil, conservadores naturais para alimentos e até uma cachaça com propriedades antioxidantes. O projeto já tem quatro patentes e trabalhos divulgados no exterior. Ainda na categoria Agro, em Cuiabá, Mato Grosso, foi desenvolvido um projeto para transformação de resíduos em compostos orgânicos. O comércio de alimentos gera riquezas e empregos, mas também produz toneladas de resíduos orgânicos. O projeto apresentou uma proposta inovadora para interromper esse ciclo de degradação e propiciar renda a chefes de família ao transformar os resíduos em composto orgânico que voltam para as gôndolas das lojas em forma de alimentos cultivados. A tecnologia aplicada mostrou como é possível gerar renda e, ao mesmo tempo, proteger o meio ambiente. Apesar de, no mapa, constarem projetos que a FINEP já financiou, é interessante perceber onde se encontram os centros de excelência que conseguiram obter os financiamentos. Os editais que oferecem os recursos possuem critérios muito rígidos. Observando os projetos contemplados, é possível inferir sobre as capacidades tecnológicas de instituições distribuídas pelo vasto território nacional. Uma vez que as categorias estão organizadas em setores da economia, é importante entender que algumas tecnologias têm aplicação multissetorial. Nas regiões Sul e Sudeste, é possível observar uma grande concentração de projetos associados à indústria. Em Foz do Iguaçu, uma indústria trabalhou com inovação relacionada ao processo de produção de tintas. Ainda em relação à indústria, em Santa Catarina, na cidade de Caçador, uma empresa trabalhou com um projeto de um secador para lâminas de madeira, com base em um modelo alemão, no qual foi feita uma série de adaptações que possibilitou ganhos de mais de 20% na produtividade e no consumo de energia. A secagem das lâminas de madeira aumenta sua resistência mecânica, melhora a estabilidade dimensional e as propriedades físicas, térmicas e acústicas. Também associado à indústria, em Duque de Caxias, Rio de Janeiro, a FINEP financiou a obtenção do microscópio Titan pelo INMETRO. Esse microscópio de varredura e transmissão permite medidas em nível subatômico. O aparelho realiza leituras na escala angström, equivalente a um décimo de nanômetro, que, por sua vez, é um milionésimo de milímetro. Pesquisas em nanometrologia vêm sendo cada vez mais estratégicas para avaliar incertezas em medições nessas escalas, especialmente com o crescente avanço da nanotecnologia. Oportunidades para inovar em nanotecnologia normalmente estão associadas a parcerias entre órgãos públicos federais e estaduais e entidades privadas. Muitas vezes, startups são criadas a partir de ideias inovadoras que se tornam negócios altamente rentáveis trazendo prosperidade para o país. Os dados no Mapa da Inovação mostram que oportunidades para inovação estão em todas as regiões do Brasil. O aluno do curso de graduação em Engenharia deve ter em mente que os seus horizontes são muito mais amplos. RESUMO Inovar não é ter ideias inovadoras, e sim transformar ideias em contribuições para a sociedade. As oportunidades de inovação são muitas. A sociedade brasileira carece de soluções para problemas específicos que somente as engenharias podem resolver. Empreender a partir de inovações tecnológicas, normalmente, requer investimentos. Nesse sentido, o governo federal e os governos estaduais promovem ações de fomento aos novos negócios que utilizam tecnologias de ponta. Créditos para aquisição da infraestrutura necessária ao novo empreendimento, ofertados a baixas taxas de juros, são um atrativo, assim como regimes especiais de tributação dependendo do tipo de empresa a ser criada. Os vários exemplos de inovação apresentados em diversos setores e localidades no Brasil podem servir de inspiração. É sempre bom lembrar que a oportunidade favorece aqueles que estão preparados. VEM QUE EU TE EXPLICO! O engenheiro empreendedor Oportunidades regionais para inovar e empreender no Brasil VERIFICANDO O APRENDIZADO QUAL A IMPORTÂNCIA DA PESQUISA PARA O DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO? MÓDULO 3 Identificar as potencialidades de atuação do engenheiro em pesquisas e desenvolvimento tecnológico Quais os resultados práticos das pesquisas desenvolvidas na academia ou em empresas? O que motiva o desenvolvimento de uma pesquisa? Apenas curiosidade? O que justificaria investimentos de recursos para pesquisar? Essas questões são importantes para podermos melhor entender essa relação entre pesquisa e desenvolvimento, assim como o papel da engenharia para a inovação. A IMPORTÂNCIA DAS PESQUISAS Antes de começarmos este módulo, é importante entendermos que podemos dividir as pesquisas em duas classes. Pesquisa básica Normalmente, é realizada na academia no contexto das ciências também consideradas como básicas. As áreas da Física e da Química servem de pesquisas básicas na busca da expansão do conhecimento de fenômenos naturais. Sem compromisso com solução imediata de problemas, o mérito da pesquisa básica está no eventual novo conhecimento gerado. Podemos dizer que é “o conhecimento pelo conhecimento”, ou seja, as pesquisas têm seu valor mesmo que não se vislumbre uma aplicação do conhecimento obtido para gerar solução prática para problemas da sociedade. Pesquisa aplicada Inclui uma preocupação com soluções práticas de problemas ou desafios apresentados. Nas engenharias, normalmente, o tratamento desses desafios inclui aplicações de tecnologias para que as respectivas soluções possam ser obtidas. As pesquisas são então planejadas com o objetivo de desenvolver “caminhos práticos” de solução de problemas ou desafios. Nas pesquisas aplicadas, a prática laboratorial é essencial para que testes possam ser feitos em busca de validar, ou não, as hipóteses ou suposições enunciadas. A metodologia científica é a base essencial que legitima as pesquisas. A IMPORTÂNCIA DO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO O domínio de tecnologias viabiliza abordagens inovadoras na busca e implementação de solução de problemas. Quando tratamos de melhorentender as pesquisas aplicadas, observamos que a sua efetividade se dá na medida em que geram soluções para os problemas da sociedade. Um avanço em tecnologia não acompanha necessariamente um avanço no conhecimento, e vice-versa, mas é fácil perceber a correlação entre ciência e tecnologia. Normalmente, é mais fácil saber o porquê (Know Why – ciência), ou seja, explicar algum fenômeno, do que saber como (Know How – tecnologia) esse conhecimento pode se tornar algo prático e que agregue valor à sociedade. Às vezes, se descobre alguma técnica antes de se saber explicar o seu funcionamento. A ciência pode facilmente explicar como funciona um detector de radiação no espectro infravermelho. Mas pode ser um enorme desafio para a engenharia desenvolver um chip miniaturizado que mapeie a leitura da radiação e a transforme em sinais elétricos que possam ser convertidos em sinais luminosos no espectro de luz visível ou encapsular tudo isso em um monóculo de visão termal que continue funcionando mesmo que caia no chão de uma altura de 1,5 metros. O grau de complexidade para o desenvolvimento de tecnologias pode ser muito alto. Em uma siderúrgica, alguém pode, acidentalmente, misturar componentes químicos em um aço, dentro de certos parâmetros de temperatura, e obter um aço com propriedades mecânicas muito superiores aos materiais já conhecidos. Talvez, a ciência demore muito a explicar por que tal mistura é capaz de aumentar tanto a resistência do aço, porém, de posse dessa “receita”, a tecnologia inovadora tem potencial imediato de ampla utilização para a sociedade. O EMPIRISMO NO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO Aquilo que é empírico está associado a experimentações. O próprio método científico se alicerça, em parte, na reprodutibilidade de experimentos, no caso de pesquisas que envolvem fenômenos físicos. Os alquimistas caracterizavam-se pelo intenso uso de experimentações na busca de um elixir para prolongar a vida e de obter ouro manipulando materiais na natureza. Nessas práticas experimentais, muitas vezes, caracterizadas por misturas de substâncias e observações de resultados, mesmo sem alcançar seus objetivos, foi possível se estabelecer as bases para o desenvolvimento das áreas de Química e de ciência de materiais. O caminho para o desenvolvimento tecnológico nas engenharias passa por experimentações laboratoriais. A infraestrutura necessária para a condução de pesquisas requer investimentos muitas vezes milionários. A base para o avanço tecnológico está na capacidade de medição, ou seja, é impossível melhorar se não se sabe medir. O PAPEL DA METROLOGIA PARA O DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO A metrologia é a ciência das medições, das medidas. Sua abrangência inclui aspectos relativos à teoria e prática de “saber medir”. Envolve tanto ciência quanto tecnologia e é tratada globalmente. A busca por padrões de comparação não é assunto recente na humanidade. A necessidade de proporcionar a adequada comunicação e garantir trocas justas no comércio motiva o aprimoramento da capacidade de medir. Associado à necessidade de medições está o conceito abrangente da qualidade que possui várias dimensões. Dentre essas dimensões, está a conformidade, que busca obter produtos e serviços que atendam a normas estabelecidas pela sociedade, na maioria das vezes motivadas por questões de segurança. As medições funcionam como uma “terceira parte” que se pronuncia de forma exata e isenta, ou seja, sem nenhuma tendenciosidade para favorecer quem queira fazer comparações com um padrão. É importante que 100kg de um produto exportado pelo Brasil seja pesado no destino e obtenha a mesma leitura de 100kg. Não há lugar para subjetividade nas trocas comerciais, assim como não é admissível errar na aplicação de uma dose prescrita de determinado medicamento. Na administração da produção de produtos, os aspectos metrológicos afetam a eficiência dos processos, o que pode redundar em custos desnecessários. Máquinas que não estejam calibradas podem causar a reprovação de lotes inteiros de produção. A intercambiabilidade de peças também é uma preocupação para o perfeito encaixe entre componentes sistêmicos. A Metrologia Científica, cuidando da ciência na busca da melhor precisão e exatidão de medidas, propicia a correta calibração de equipamentos industriais (Metrologia Industrial) por meio de laboratórios acreditados, acarretando na adequada rastreabilidade aos padrões internacionais de medidas (Sistema Internacional de Medidas – SI). A área da metrologia é abordada de maneira distinta nos diversos países. Porém, como ciência, essencialmente é organizada de modo a destacar a parte que trata de aspectos metrológicos legais nas relações de comércio (Metrologia Legal) e as partes da Metrologia Científica e Industrial. A Metrologia Legal atua em uma camada sistêmica mais próxima aos consumidores, dirimindo eventuais dúvidas relacionadas a medidas nas relações de compra e venda. É o caso das balanças em estabelecimentos comerciais e das bombas de combustível em postos de abastecimento. O desenvolvimento tecnológico no Brasil acontece tanto em instituições públicas quanto em privadas. Entretanto, os investimentos em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) no setor privado é muito tímido em comparação com os investimentos nas instituições públicas. A participação do Estado é essencial, pois, muitas vezes, o retorno sobre os investimentos em infraestrutura laboratorial se torna impraticável para empresas privadas. A FINEP, empresa pública Financiadora de Estudos e Projetos, costuma fomentar o desenvolvimento e a manutenção de infraestrutura laboratorial por meio de aporte de recursos para aquisição e manutenção de equipamentos. Já o INMETRO, Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia, procura fomentar o desenvolvimento e a manutenção da infraestrutura da qualidade necessária para empresas públicas e privadas no Brasil, mais diretamente para o mercado consumidor. Há ainda no Brasil outros centros de pesquisa. No estado de São Paulo, destacam-se as cidades de Campinas e São José dos Campos como polos tecnológicos de maior relevância, além de vários outros centros de excelência distribuídos por todo o território nacional. CAMINHOS PARA O DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO Uma vez entendido que há uma forte correlação entre pesquisa e desenvolvimento tecnológico, o que fazer para gerir adequadamente esse processo de construção de soluções de engenharia para a sociedade? Não existe uma solução única, e sim uma metodologia muito utilizada na Gestão de Desenvolvimento de Produtos/Sistemas, que aborda o Projeto Desenvolvimento de Produto segundo uma visão de Ciclo de Vida utilizando conceitos da Engenharia de Sistemas. Considerando o desenvolvimento de tecnologias, a abordagem mais utilizada é a metodologia de medida de níveis de prontidão, desenvolvida pela Agência Nacional de Aviação e Espaço norte-americana (NASA), intitulada Technology Readiness Level (TRL). Apesar de ter sido desenvolvida visando aos sistemas espaciais, a abordagem de medição de maturidade de tecnologias da NASA tem sido utilizada amplamente como auxílio na gestão de desenvolvimento de produtos. Para desenvolver tecnologias, a gestão do tempo é uma grande incógnita, uma vez que as pesquisas envolvem alto nível de incertezas quanto a resultados. Incluem-se ainda riscos relacionados a investimentos, que costumam ser altos em pesquisas dessa natureza. A ideia da subdivisão em níveis de maturidade é acompanhar o desenvolvimento das tecnologias de forma a se otimizar a gestão dos recursos, auxiliando na tomada de decisão. A escala de maturidade do TRL apresenta nove níveis: O PRIMEIRO NÍVEL Diz respeito ao início do desenvolvimento, quando uma pesquisa básica começa a ter aplicação. É o nível que trata de pesquisas relacionadas a princípios básicos de determinada tecnologia embrionária. O SEGUNDO NÍVEL Trata do encaminhamento da aplicação da tecnologia, mas ainda é conceitual e analítico.O TERCEIRO NÍVEL Envolve a prova do conceito formulado no nível anterior. A experimentação passa a ser muito intensa para que se possa avaliar as potencialidades da tecnologia. É o que se costuma tratar como a prova do conceito formulado. O QUARTO NÍVEL Nele, ocorre a validação do conceito formulado de maneira integrada em ambiente laboratorial. O NÍVEL CINCO Corresponde a uma evolução do anterior com demonstração da tecnologia em um patamar mais próximo à realidade da aplicação almejada. O SEXTO NÍVEL Já deve existir um protótipo em ambiente mais realista, porém ainda não completamente no ambiente operacional. O SÉTIMO NÍVEL Requer demonstração do funcionamento do protótipo no ambiente operacional previsto ou com simulação compatível. A estabilidade do funcionamento é testada, e questões relativas à confiabilidade são avaliadas. O OITAVO NÍVEL A tecnologia pode ser considerada madura, uma vez que são feitos diversos testes operacionais para demonstração da capacidade do sistema desenvolvido conforme especificado. O NONO NÍVEL A comprovação da capacidade de funcionamento é plena, tendo a determinada tecnologia atingido a maturidade necessária para ser usada amplamente conforme o planejado. O desenvolvimento tecnológico utilizando métricas de maturidade, como os níveis de TRL, baseia-se em conceito da Engenharia de Sistemas. O desenvolvimento do produto e o processo de fabricação devem ser simultâneos. Muitos são os requisitos de projeto oriundos das necessidades identificadas na concepção de determinado produto. A capacidade de funcionamento no ambiente operacional especificado requer altos níveis de robustez. Não basta conseguir que determinada tecnologia funcione adequadamente dentro de um laboratório. Muitas vezes, o ambiente operacional inclui temperaturas extremas (muito altas e/ou muito baixas), muita vibração, alta humidade, entre outras características. Um protótipo desenvolvido que consiga funcionar em um ambiente assim é apenas uma etapa do desenvolvimento. Dependendo da quantidade de itens a serem produzidos, algumas opções de fabricação podem ser mais econômicas do que outras. Isso demanda avaliação operacional de amostra de itens produzidos, ou seja, a reprodutibilidade do desempenho adequado do protótipo em testes de rusticidade não é garantia de sucesso dos testes de desempenho de itens produzidos em série. RESUMO A engenharia tem sua origem e existência ligadas à entrega de soluções de problemas identificados na sociedade. Como os problemas nunca acabam, esse trabalho não tem fim. Os problemas identificados estão ligados ao ambiente onde ocorrem. Tudo muda muito rapidamente. Soluções concebidas no passado não são mais aplicáveis no ambiente atual. A engenharia busca na ciência e na tecnologia os meios para resolver problemas da sociedade e, assim, gerar soluções inovadoras com impacto na melhoria do bem-estar. Caso haja tecnologia disponível, cabe aos engenheiros buscar desenvolver o que falta. O caminho para a geração de soluções tecnológicas não é imediato e requer investimentos, dedicação e tempo. Porém, no intervalo entre a percepção de um problema até o encaminhamento da solução, é possível que o problema percebido já tenha se modificado. Logo, a engenharia também precisa ser ágil o suficiente para entregar à sociedade soluções oportunas. VEM QUE EU TE EXPLICO! O papel da metrologia para o desenvolvimento tecnológico Caminhos para o Desenvolvimento Tecnológico VERIFICANDO O APRENDIZADO MÓDULO 4 Identificar a importância da gestão do conhecimento para fomentar a inovação POR QUE A GESTÃO DO CONHECIMENTO É TÃO IMPORTANTE PARA A INOVAÇÃO? GESTÃO DE CONHECIMENTO E INOVAÇÃO O atendimento das demandas da sociedade por soluções de engenharia está intimamente relacionado com a capacidade criativa, inventiva e realizadora dos engenheiros. Para isso, gerir o conhecimento é essencial nas organizações. A epistemologia é a ciência que estuda o conhecimento, a ciência da ciência, sendo nela que se estruturam as pesquisas científicas. Uma característica importante a ser destacada é que o conhecimento não é estático, ou seja, ele evolui no tempo. Os limites de vida humana são muito curtos em comparação com a história da humanidade. Cada nova geração se aproveita da “herança” dos conhecimentos transmitidos pelas gerações anteriores. Isso nos ajuda, por exemplo, a não termos que “reinventar a roda” a cada geração. É nessa efetividade de compartilhamento de conhecimento que a sua gestão se faz ainda mais necessária. Ainda que individualmente cada pessoa possa contribuir com uma nova perspectiva ou leitura da natureza e de seus fenômenos, existe o risco de se perder um novo conhecimento obtido se este não for integrado ao conhecimento coletivo. Gerir conhecimento envolve capacidades relacionadas à efetividade na comunicação. Os recursos humanos são os bens mais importantes em uma organização. As competências necessárias para o desempenho das funções organizacionais são aprimoradas de modo proporcional ao tempo ou à experiência no trabalho. Logo, substituir um trabalhador pode ser algo muito difícil de ser feito sem que haja perda no desempenho de um setor. O conhecimento é um bem valioso, logo deve ser preservado e protegido. Surge então um dilema entre a necessidade de se compartilhar internamente um conhecimento e a necessidade de restringir a disseminação desse conhecimento para que esse “bem” não perca seu valor associado à sua originalidade, pela sua eventual popularização junto aos concorrentes. Todas essas questões fazem parte daquilo que chamamos de gestão do conhecimento. Mas o que é conhecimento? Conhecimento não deve ser confundido com informação, muito menos com dado. O que é passível de ser observado pode ter significado ou não. Veja, a seguir, a distinção entre dado, informação e conhecimento. DADO O que é passível de ser observado, porém não possui significado. INFORMAÇÃO O que é passível de ser observado e possui significado. CONHECIMENTO Informação que “passa” pelo crivo da metodologia científica, sendo validada e integrada em um contexto científico. Uma vez que um novo conhecimento possa ser organizado de modo a constituir uma parte que se integre a algum conhecimento anteriormente obtido, podemos dizer que houve uma expansão no conhecimento. Essa integração deve ser reconhecida, e assim o novo conhecimento é validado. Atualmente, a área de Tecnologia de Informações ajuda muito disponibilizando capacidades de armazenamento e transferência rápida de dados. Porém, o maior depósito de conhecimentos é o ser humano. Nem tudo se encontra nos computadores. Ferramentas de busca podem ser “censuradas” ou intencionalmente “manipuladas” para que determinado conhecimento não seja acessado. Já a mente humana ainda não é totalmente conhecida pela ciência. Cada trabalhador, ao longo de anos exercendo determinada profissão, armazena em sua mente muito mais do que dados e informações. Quando esse colaborador se vai, carrega consigo um bem muito valioso que, em parte, pode ser “retido” ou não por meio de registros digitais. Outra característica peculiar do conhecimento é que ele pode ser compartilhado entre indivíduos, e não simplesmente transferido. Quem transfere um bem material para outra pessoa deixa de ter a sua posse. Por outro lado, quando há compartilhamento de conhecimento, esse não se apaga de sua origem. O compartilhamento de conhecimento pode ocorrer de diversas maneiras. As comunidades científicas costumam se reunir periodicamente para, em conjunto, avaliar a evolução do conhecimento sobre determinado tema. Normalmente, o compartilhamento de conhecimento científico ocorre com pouquíssimas restrições. Algumas áreas, como a nuclear, podem sofrer restrições por serem consideradas “sensíveis”. Já o conhecimento tecnológico, associado ao “como” fazer determinada ciência fornecer bens e serviços úteis para a sociedade, costuma ser compartilhado de modorestrito dentro das organizações. Tanto o conhecimento científico quanto o tecnológico precisam ser geridos em prol do bem-estar da sociedade. O CONHECIMENTO TÁCITO E O CONHECIMENTO EXPLÍCITO Em uma empresa, existem os colaboradores que acumulam conhecimentos à medida que progridem na prática profissional (conhecimento tácito); e, aqueles cujos conhecimentos já são registrados e disponibilizados na organização (conhecimento explícito). A seguir, explicamos melhor. Conhecimento tácito Reside no indivíduo, sendo implícito e não visível se não for revelado. Conhecimento explícito É registrado por meio de mapas de processos ou de outras formas de representação. Ele pode ser rastreado, organizado, consultado, gerido conforme melhor convier. Cada tipo de conhecimento se faz importante para o sucesso da organização. A criação de conhecimento é reconhecida quando esse é explicitado e se torna disponível. Nesse processo, é importante dispor de meios adequados para que se possa explicitar o conhecimento tácito de maneira segura, abrangente e completa. Entendendo esses dois tipos de conhecimento presentes em uma organização, como se dá o processo de geração do conhecimento? Em uma primeira abordagem, podemos considerar os possíveis fluxos que podem ocorrer entre os conhecimentos tácitos e explícitos, os quais vemos a seguir. FLUXO DE CONHECIMENTO DO TÁCITO PARA O EXPLÍCITO Um indivíduo na organização busca compartilhar o seu conhecimento. Basicamente, a comunicação acontece por meio de verbalização e uso de modelos abstratos. A linguagem escrita pode ser utilizada, assim como o uso de figuras e gráficos. O registro se faz importante, uma vez que caracteriza a absorção daquilo que era apenas presente no indivíduo e passa a fazer também parte da organização. FLUXO DE CONHECIMENTO DO EXPLÍCITO PARA O TÁCITO Muitas vezes, um novo colaborador, ao ingressar na empresa, precisa interiorizar o conhecimento latente da organização para desenvolver o seu próprio. A capacitação se faz necessária e se dá por meio de treinamentos onde todo o acervo de conhecimento explícito pode ser exposto ao destinatário, de modo que este possa absorvê-lo. O uso de diversos recursos de mídia pode ser meios de difusão. Palestras, cursos, treinamentos e oficinas podem ser utilizados. FLUXO DE CONHECIMENTO DO TÁCITO PARA O TÁCITO Sem que necessariamente o conhecimento seja explicitado, indivíduos podem trocar informações, e conhecimentos podem ser gerados. Esse repasse “boca a boca” não é considerado o ideal, pois a permanência do conhecimento transmitido acaba sendo pouco estável, uma vez que sua manutenção depende das capacidades de interlocução e da presença das pessoas que trocaram informações na organização. FLUXO DE CONHECIMENTO DO EXPLÍCITO PARA O EXPLÍCITO Uma vez documentados os conhecimentos, muitas são as possibilidades de arranjos e combinações que proporcionem novas instâncias de conhecimentos. Os colaboradores na organização são a origem e o destino dos conhecimentos. As interações entre as pessoas na organização tendem a proporcionar o aperfeiçoamento do conhecimento explícito, uma vez que pode ser periodicamente revisto e ajustado de acordo com as naturais evoluções necessárias. Outra abordagem considerando o fluxo do conhecimento explícito está relacionada à transferência de tecnologia. Nessa abordagem, consideramos que o conhecimento é uma mercadoria que pode ser comercializada. Instrumentos legais entre empresas regulam a forma e a extensão como o compartilhamento do conhecimento comercializado deve ser feito. Apesar de o fluxo estar formalizado na transferência (compartilhamento) explícita, é razoável que o processo também envolva a interiorização tácita na empresa receptora da tecnologia. ATENÇÃO Os fluxos entre o conhecimento tácito e o explícito ocorrem simultaneamente na organização. Considerando as atividades laborais feitas em grupo, é possível perceber a importância de os conhecimentos tácitos serem compartilhados e consolidados formalmente na organização. Isso permite que procedimentos e normas sejam estabelecidos com vistas à excelência em seu desempenho. A capacidade da organização está intimamente relacionada com a gestão do conhecimento organizacional. O próprio departamento de Recursos Humanos necessita de gestão de conhecimento para que seja possível alocar, de maneira otimizada, as pessoas em todo o tempo. PRÁTICAS E FERRAMENTAS QUE PROMOVEM A GESTÃO DO CONHECIMENTO Os necessários fluxos de conhecimento na organização podem ser facilitados por meio do uso de ferramentas ou mecanismos de comunicação usualmente utilizados em diversas atividades laborais. Na prática, esquemas de abstração das mais variadas origens e naturezas podem ser bastante úteis na disseminação de informações e conhecimento. Não são ferramentas próprias da gestão do conhecimento e nem se originaram com a própria área de conhecimento associada à gestão do conhecimento. Dentre muitas ferramentas que podem ser utilizadas, vamos destacar alguns mapas. MAPAS DE PROCESSOS O fluxo do trabalho na organização que promove soluções para seus clientes internos e externos é possível de ser mapeado com utilização de fluxogramas. Nos mapas, é possível identificar o fluxo lógico das atividades que geram valor para os clientes. Uma vez que esse conhecimento se torna disponível, é possível que muitos colaboradores se beneficiem aprendendo como melhor desempenhar suas funções. Os mapas de processos são uma forma visual de registro do conhecimento sobre os processos organizacionais. MAPAS DE COMPETÊNCIAS Desconhecer o potencial latente das pessoas que trabalham em uma organização pode implicar desperdícios de talentos. Além dessa visão de otimizar o aproveitamento, o mapa de competências viabiliza um planejamento cirúrgico dos processos de aquisição de recursos humanos. Os mapas de competências explicitam tudo aquilo que é necessário dispor no corpo organizacional. A partir deles, também é possível melhor planejar capacitações na empresa. MAPAS MENTAIS Mapas mentais são uma excelente forma de disseminação de conhecimento. Por meio deles, é possível enxergar graficamente as inter-relações e correlações existentes entre vários entes que compõem determinado conhecimento. Muitas outras ferramentas poderiam ser mencionadas. Os métodos utilizados, muitas vezes, estão associados a alguma técnica utilizada em determinada área, mas podem ser aproveitados e incluídos no rol de ferramentas promotoras da gestão do conhecimento. O importante é que o conhecimento acumulado das pessoas não se perca por falta de registros e compartilhamentos. RESUMO O desenvolvimento de processos criativos não segue um padrão determinístico e é multifatorial, ou seja, são vários os “insumos” ou entradas nos processos que agem no sentido de promover inovações. Importante lembrar que uma inovação envolve a entrega de soluções práticas para problemas na sociedade. Quando se gera uma inovação, é comum que a ela esteja associada uma patente ou um segredo industrial. Organizar os esforços individuais e coletivos associados à Pesquisa e Desenvolvimento, por exemplo, requer uma gestão do conhecimento que vise, ao mesmo tempo, à proteção desse novo conhecimento e à disseminação interna pelas partes envolvidas na geração da inovação. A fim de que a gestão do conhecimento possa verdadeiramente apoiar processos de inovação, é importante que a alta administração esteja comprometida. Sem planejamento estratégico ou políticas claras de desenvolvimento institucional, esforços na direção de organizar o conhecimento organizacional podem se perder por falta de integração. É preciso “alinhar os vetores” para que a resultante aponte para a inovação bem-sucedida, ou seja, para que os resultados estejam alinhados com a missão e a visão da organização. A busca pela melhor maneira de gerir conhecimento em prol da inovação pode até mesmo recomendar que parcerias sejam feitas entre empresas. A visãodo mercado é importante para que tais possibilidades possam ser avaliadas e postas em prática com vistas a benefícios mútuos. Uma vez que o conhecimento esteja organizado, gerido e apoiado com políticas e protocolos de segurança, baseado em sistemas informatizados, a organização pode estar mais segura sobre a manutenção e a proteção desse importantíssimo bem. VEM QUE EU TE EXPLICO! O conhecimento tácito e o conhecimento explícito Práticas e Ferramentas que promovem a gestão do conhecimento VERIFICANDO O APRENDIZADO CONSIDERAÇÕES FINAIS Como vimos, as possibilidades de os profissionais engenheiros atuarem em processos de desenvolvimento de soluções que envolvam inovações são muitas. Os métodos utilizados para o desenvolvimento de produtos e serviços nas várias áreas das engenharias têm ampla aplicação quando esses produtos e serviços são inovadores. Os desafios que se apresentam para que soluções sejam desenvolvidas com uso de tecnologias são amplos. A dinâmica das mudanças que ocorrem no ambiente e na sociedade é cada vez maior, o que demanda constantes adaptações e necessárias intervenções por parte de profissionais engenheiros. Seja trabalhando como empregado em uma empresa, seja sendo o seu próprio patrão, os engenheiros tendem a se organizar de maneira cooperativa na busca por avanços tecnológicos. Tanto a academia quanto as empresas podem formar parcerias nessa busca por desenvolvimento. CONCLUSÃO A gestão do conhecimento se faz necessária para que as empresas possam administrar os seus recursos de maneira otimizada. Tanto conhecimentos tácitos quanto explícitos são administrados de modo a proteger, a manter e a expandir os valorosos conhecimentos adquiridos por todos. Um ambiente assim é importante para que as inovações prosperem. PODCAST Agora, o especialista Beniamin Achilles Bondarczuk encerra o conteúdo falando sobre os principais tópicos abordados. AVALIAÇÃO DO TEMA: REFERÊNCIAS CHIN, K. Technology readiness levels (TRL). Mka Insights, 2019. Consultado na Internet em: 05 out. 2021. COUGO, P. Modelagem Conceitual e Projeto de Bancos de Dados. Rio de Janeiro, RJ: Campus, 1997. DICIONÁRIO ONLINE DE PORTUGUÊS. DICIO. Abstração. 7Graus, 2021. Consultado na internet em: 08 out. 2021. FINANCIADORA DE ESTUDOS E PROJETOS. FINEP. Mapa da Inovação. Consultado na internet em: 05 out. 2021. ORGANIZATION FOR ECONOMIC CO-OPERATION AND DEVELOPMENT. OECD. Manual de Oslo: Diretrizes para coleta e interpretação de dados sobre inovação. Brasília, DF: FINEP / OECD, 2005. Consultado na internet em: 05 out. 2021. ORGANIZATION FOR ECONOMIC CO-OPERATION AND DEVELOPMENT. OECD. Oslo Manual: guidelines for collecting and interpreting innovation data, 2018. Consultado na internet em: 05 out. 2021. EXPLORE+ Pesquisar a dissertação de mestrado O aspecto da inovação na engenharia como instrumento de desenvolvimento social no site da Universidade Federal de Santa Catarina e ver como a inovação pode ser orientada para o desenvolvimento social. Pesquisar o Mapa da Inovação, disponível no portal do FINEP. CONTEUDISTA Beniamin Achilles Bondarczuk.