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Leucograma

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Parte do hemograma que se dedica ao estudo dos leucócitos. Composto especialmente 
por: 
Neutrófilos – Citoplasma com grânulos roxos 
Eosinófilos – Citoplasma com grânulos eosinofílico 
Basófilos - Citoplasma com grânulos basófilos 
Monócitos – Núcleo em formato de rim, sem grânulos, sendo o maior leucócito, aspecto 
basofílico e vira macrófago no citoplasma → Função de fagocitose. 
Linfócitos - T, B, NK, citoplasma escasso, núcleo redondo e rente á membrana celular. 
Também não contém grânulos. 
 
 
 
 
 
 
São classificados como polimorfonucleares e mononucleares 
 
Polimorfonucleares: Células com apenas 1 lóbulo e com grânulos coráveis, condensados 
e segmentados. 
 O núcleo em particular possui vários formatos e são chamados de granulócitos devido a 
grande quantidade de grânulos dentro do citoplasma (são lisossomas, contendo enzimas 
hidrolíticas, agentes antibacterianos e outros agentes). 
 
Leucograma 
Leucócitos – Responsáveis por combater processos inflamatórios e infecciosos, trabalhando de 
forma conjunta. São produzidos na medula óssea (mais precisamente nas epífises de osso 
longos na fase adulta). 
 
* Neutrófilos; 
* Eosinófilos; 
* Basófilos; 
 
Grânulos dos neutrófilos – Podem ser classificados como primários e secundários. 
 
 Primários – Sintetizados no citoplasma dos mieloblastos ou no pró-mielocito precoce. 
Secundários – Aparecem no estágio de mielócitos. 
 
Mononucleares: Possuem poucos grânulos que não são coráveis (não são vistos no 
citoplasma). O núcleo é de formato arredondado. 
 
* Linfócitos e monócitos; 
 
Pools - Compartimentos que abrigam os leucócitos (medular, sanguíneo e tecidual). 
 
Pool medular – Maturação e armazenamento. Subdivididos em: Mitóticos, maturação e 
estoque. 
 
Mitóticos – Armazenamento de células que estão em fase de mitose, ou seja, células 
capazes de se dividirem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pool sanguíneo - Classificados como marginal e circulante. 
O pool circulante, é o pool que é acessado no momento da coleta (sangue que é analisado 
nas amostras, é um compartimento rico em neutrófilos). 
Pool marginal – Leucócitos aderidos ao endotélio vascular, são liberados em situações de 
adrenalina e na presença de catecolaminas. Possui a capacidade de aumentar o pool 
circulante quando necessário (É uma forma de proteger o organismo contra infecções, pois 
o pool marginal libera mais leucócitos para destruir agentes agressores, sendo uma reserva 
rica especialmente em neutrófilos). 
Pool tecidual – Também são chamados de sentinelas. É o compartimento onde estão as 
células que chegaram via diapedese para realizar suas funções. É importante lembrar que 
é o último ciclo leucocitário (células são voltam a circulação. Se utilizadas, morrem, se não, 
ficam aguardando até entrar em apoptose). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Medular 
 
 
 
Marginal Circulante 
 
 
Tecidual Medular: mitótico, 
maturação e estoque. 
 
 
 
 Processo de formação dos granulócitos (ou polimorfonucleares), que é realizado de 
maneira extravascular da medula óssea a partir de uma célula pluripotente que se 
diferencia em uma unidade de colônia mieloide (UFC). 
 A unidade de colônia mieloide é compartilhada com → Granulopoiese, trombopoeise e 
eritropoiese. 
 
Unidade formadora de colônia (UFC) → Dá origem a UFC-G 
 
 
 
 
 
 Após sua ativação pelo fator estimulador de colônias, se diferencia em linha monocítica 
unipotente ou linha neutrofílica unipotente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Granulopoiese 
 
Granulocítica/monocítica: 
 BIPOTENTE 
 
 
 
 
 
 
Refere-se ao estudo da cinética das células granulócitos, especialmente os neutrófilos. 
 
 
Cinética dos neutrófilos 
 
 
 
 
 
Granulocinética 
 
1º compartimento medular 
Compartimento de proliferação/mitótico: 
Presentes as células com proliferação ativa, sendo 
elas: 
1 – Células pluripotentes; 
2 – Mieloblastos; 
3 – Pró – mielócito; 
4 - Mielócito; 
 
 O processo de proliferação da célula pluripotente (1º célula) até mielócitos (última 
célula), leva em torno de 2,5 dias, e é regulado pelos estimuladores de colônia secretada 
por linfócitos T. Sendo assim, o tempo de resposta medular por demanda de neutrófilos 
frente á um processo inflamatório demora em torno de 3/5 dias em cães e 5/7 dias em 
bovinos, pois é o tempo da junção do processo proliferativo + maturação. 
 
Já o 3º compartimento, também chamado de “reserva”, é composto por células maduras, 
ou seja, os neutrófilos segmentados (núcleo que vai de 2 á 5 segmentos). Também é 
possível ver os neutrófilos bastões. O objetivo desse compartimento é liberar ás células para 
o sangue para “cobrir “as demandas teciduais. 
 
Neutrófilos segmentados: 
 
 São liberados antes dos bastões. Fisiologicamente, os 
neutrófilos ficam no compartimento de reserva por 4/8 dias antes da sua liberação para 
o sangue (pool sanguíneo), sendo que essa liberação ocorre especialmente por estimulo 
liberadores de neutrófilos (secretados por bactérias). 
 O compartimento circulante (onde são coletados os neutrófilos), durante a coleta 
sanguínea, é constituído em sua grande maioria por neutrófilos segmentados, que 
chegam ao tecido devido diapedese e ao estimulo de quimiotaxia. O compartimento 
circulante é subdividido em: 
 1 - Marginal; 
 2 – Circulante; 
Marginal - Composto por neutrófilos que estão aderidos transitoriamente ao endotélio dos 
capilares, vasos de pequenos diâmetros e principalmente dos neutrófilos em baço e 
pulmões. Esse compartimento pode ser rapidamente mobilizado sobre influência de 
adrenalina e corticoides, nas situações patológicas e fisiológicas (ex: estresse, exercício 
intenso, trauma, infecções e uso de corticoides terapêuticos). 
 A capacidade do compartimento marginal varia de acordo com cada espécie. Nos cães, 
bovinos e equinos, se tem aproximadamente 50% da capacidade, enquanto os gatos tem 
em torno de 2,5%. 
 
Circulante - Neutrófilos segmentados que ficam no sangue por até 7-14 horas (meia vida 
curta), e vão para os tecidos por meio de quimiotaxia e diapedese, não voltando mais para 
a circulação. Ambos os compartimentos mantém o equilíbrio hemodinâmico no 
organismo. 
 
Alterações de circulação dos neutrófilos: 
 
 Algumas situações exige que se tenha aumento da demanda de células de defesa no 
tecido, que é o caso dos neutrófilos. Ainda dentro de algumas situações específicas, é 
possível observar o aumento neutrófilos imaturos (bastões), e em maior gravidade, se 
tem também metamielócitos (precursor). 
Desvio á esquerda - É o aumento de células jovens no compartimento circulante 
(bastonetes, mielócitos, metamielócitos), podendo ser regenerativo ou degenerativo. 
Obs.: Vejo mais bastonetes do que segmentados!!!!! 
 
 
 
Regenerativo: > neutrófilos segmentados < bastonetes = bom prognóstico. 
 Significa que o organismo está respondendo bem. Entretanto, nos bovinos, a forma 
degenerativa não significa necessariamente um mau prognóstico pois pode ocorrer no 
inicio de algumas doenças infecciosas ou inflamatórias hiperagudas a agudas. Devido ao 
compartimento de reserva da medula óssea de bovinos ter um suprimento limitado de 
neutrófilos maturos. (só é considerado de fato degenerativo ruim, se o desvio a esquerda 
persistir porvários dias). 
Degenerativo: > bastões e/ou mielócito e <segmentados. 
 A hipersegmentação nuclear ocorre devido a presença circulante de corticosteróides, 
tanto endógenos como exógenos. A deficiência da Vitamina B12 também pode levar a 
hipersegmentação, mas é uma condição muito rara. 
 
Desvio á direita: Neutrófilos ficam no compartimento circulante por mais tempo ( + de 
7/14 horas), sendo esses neutrófilos maduros (segmentados, hipersegmentados +6 
núcleos). 
 
Principais causas de desvio á esquerda: Infecção severa, processo inflamatório 
generalizado, processos muito ativos (medula trabalhando excessivamente jogando células 
imaturas), e processos AGUDOS. Quanto mais jovem a célula, pior o prognóstico. 
 
Principais causas do desvio á direita: Processos crônicos, dor prolongada, uso prolongado 
de corticoides. 
 
 
 
 
No compartimento tecidual, os neutrófilos ficam de 2/3 dias em processos patológicos, e 
são destruídos por hemocaterese pelos macrófagos teciduais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Os leucócitos de maneira geral, nascem a partir do leucopoiese 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Colônia mieloide: Monócitos, eosinófilos, neutrófilos e basófilos (células nucleadas). 
 
Colônia linfoide: Formadora de linfócitos (B/T/NK). 
 
 Apenas metade dos linfócitos são gerados na fase embrionária (saco vitelino), depois os 
leucócitos se multiplicam por meio de clonagem de outros leucócitos e nos tecidos 
linfoides. Sendo assim, a leucopoiese não é completa. 
 
 
 
 
Funções celulares 
 
 
 
Linfócitos – Conjunto de subpopulações presentes no tecido sanguíneo. NÃO são 
diferenciados no esfregaço sanguíneo. São inibidos por corticoides. 
 
 
Linfócito B: Participa da resposta imune humoral; 
Linfócito T: Participa da resposta imune celular, e podem ser subdivididos em TCD4 e 
TCD8; 
 Possuem núcleo arredondado a oval que ocupam grande parte do citoplasma, com 
tamanhos variados entre pequenos, intermediários e grandes. São oriundos de órgãos 
linfoides, como: 
* Timo; 
* Baço; 
* Linfonodos; 
 
 NÃO vai para os tecidos por meio de pools, mas sim por via hematogênica, e volta por 
via linfática. São produtos de anticorpos e por não haver diferença entre os linfócitos no 
esfregaço, é utilizado para meios de reconhecimento, anticorpos mononucleares que 
reconhecem marcadores celulares expressos na membrana plasmática. 
 
Linfócitos B - Se transformam em plasmócitos (maiores produtores de hemoglobulinas). 
 
Mononucleares 
Linfócitos T - Produtores de linfocinas e estimuladoras ou atenuantes da produção dos 
anticorpos via linfócito B - imunidade humoral. 
 As células tronco pluripotentes se diferenciam em célula tronco linfoide, seguida por 
linfoblastos. (os demais tipos celulares da linhagem são os pró – linfócitos e os linfócitos 
maduros). Os linfócitos possuem receptores de membranas para reconhecer antígenos e 
fazer imunidade humoral e celular, regula imunidade, atividade citotóxica e secreção de 
linfocinas. 
 
Monócitos – Célula ligada a inflamação crônica. 
 
 Podem ter núcleo oval ou em forma de rim (irregular), com citoplasma basofílico, sendo 
a maior célula entre os leucócitos. Viram macrófagos. 
 
Entre suas funções estão: 
* Fagocitose de bactérias e apresentação de antígenos; 
* Fagocitose de grandes microrganismos como leveduras e protozoários; 
* Eliminação de tecidos mortos e lesados; 
* Eliminação de materiais estranhos; 
* Regulação da imunidade; 
* Destruição de células cancerígenas; 
 Os monócitos surgem a partir da UFC – monocítica dando origem aos monoblastos e as 
outras células dessa linhagem são os pro monócitos. 
 
Macrófagos – Oriundas dos monócitos, podem ser chamadas de células de kupffer, 
macrófagos alveolares e macrófagos de baço, medula óssea e linfonodos. 
 
 
A medula óssea libera monócitos no sangue na ausência ou na presença da inflamação. 
Após sua após sua distribuição nos tecidos, os macrófagos são raramente vistos no sangue 
e podem ser vistos no esfregaço sanguíneo nos quadros de: 
* Erlichia; 
* Histoplasmose; 
* Leishmaniose; 
 
 Os macrófagos também apresentam antígenos e dão origem aos epítopos, criando 
anticorpos para os mesmos. 
Epítopos **** Menor partícula capaz de gerar imunidade. 
 
 
 
 
 
Polimorfonucleares 
Eosinófilos – 
 
 
 
 
 
 
Possuem grânulos vermelhos e alaranjados e que se coram de maneira eosinofílica. 
Também são conhecidos como acidófilos e com função semelhante aos neutrófilos. 
 Fazem quimiotaxia por alguns mastócitos e leucócitos, participando ativamente de : 
* Reações alérgicas; 
* Reações anafiláticas; 
* Reações parasitárias; 
 
 Os grânulos fazer danos as membranas de parasitas (eliminação), e defesa contra os 
estágios larvais e infecções parasitárias. A ação fagocitária e bactericida são pouco 
eficazes. 
 
 Basófilos 
 
 
 
 
 
 Possuem funções pouco conhecidas, e raramente são encontrados no sangue periférico 
(mais comum em gatos e cavalos). Participam das reações alérgicas (grânulos de 
histamina e heparina), citoplasma arroxeado e grânulos basofílicos. 
Neutrófilos 
Neutrófil 
 Neutrófilos 
 
 
Mais abundantes no sangue, são a primeira linha de defesa. Saem da medula óssea e 
migram para o sangue periférico até os locais de inflamação por meio de quimiotaxia. 
Da medula para o sangue : Neutrófilos maturos geralmente vão para o sangue entre 3 e 
5 dias nos cães e 4 á 6 nos bovinos. O compartimento de reserva é extenso e pode suprir 
os cães por 4 ou 8 dias. Os neutrófilos desse compartimento podem ser rapidamente 
mobilizados no caso de demandas corporais, e sua depleção reflete em uma neutropenia 
+ desvio a esquerda em medula óssea e sangue periférico. 
 Os fatores que estimulam a liberação de neutrófilos são multifatoriais, podendo incluir 
o microambiente medular e a localização anatômica, sendo que os primeiros a migrarem 
são os neutrófilos maturos. 
Compartimento dos neutrófilos: O compartimento marginal é localizado no baço e nos 
pulmões, com leucócitos aderidos de maneira transitória em paredes de capilares e 
pequenos vasos sanguíneos. 
 A capacidade desse compartimento variam de acordo com a espécie, sendo nos cães, 
cavalos e bovinos de tamanho intermediário, e nos gatos em até 2,5 x. Os neutrófilos no 
sangue fazem equilíbrio dinâmico. O compartimento marginal tem seus neutrófilos 
rapidamente mobilizados sob influencia de adrenalina e corticoides endógenos em 
situações fisiológicas ou patológicas, como estresse, exercício intenso, trauma e 
infecções. 
 
 Função dos neutrófilos: 
 A principal função dos neutrófilos é fagocitose e morte dos microrganismos. Os 
neutrófilos também podem causar danos teciduais e exercer efeito citotóxico, como 
atividade contra parasitas mediado por anticorpos e tumoricida. Além disso, atuam 
contra as bactérias, fungos, protozoários e materiais estranhos. Estão inteiramente ligados 
nos casos de inflamação do tipo aguda, e tem suas ações conhecidas em: 
Quimiotaxia: Leucócitos se direcionam a um alvo por meio de substâncias quimiotáticas. 
Fagocitose e degranulação + atividade antimicrobiana + exocitose 
 
Anormalidades funcionais e morfológicas dos neutrófilos – neutrófilos tóxicos 
 
 
Os neutrófilos tóxicos indicam a presença de um processo infeccioso (infecção bacteriana, 
septicemia, inflamação aguda ou extensiva destruição tecidual), com resquício de organelas 
que estão no citoplasma dos neutrófilos (neutrófilos são neutros, então geralmente não se 
ver seu citoplasma com facilidade), sendo a indicação de um neutrófilo que não está 
devidamente maduro e foi enviado pela medula (pois já se sabe que se tem uma infecção 
em curso). Os neutrófilos tóxicos aparecem antes de uma leucocitose ou desvio a 
esquerda.Características dos neutrófilos tóxicos: Na lâmina pode se observar um ponto que indica 
granulação (corpúsculo de Döhle), citoplasma azurofílicos (chamados de basofilia 
citoplasmática), vacuolização (cuidado com os vacúolos, pois também aparecem como um 
artefato de células que ficaram muito expostos ao EDTA. Se for visto apenas eles na lâmina, 
podem não ser um neutrófilo tóxico), núcleo hipersegmentado, e neutrófilos produzidos de 
maneira grandes e gigantes. 
 
 
 
 
A leucocitose pode ser fisiológica, reativa ou proliferativa. 
Leucocitose fisiológica: Ocorre por resposta a adrenalina, no qual o compartimento 
circulante marginal de neutrófilos e/ou linfócitos são mobilizados para a circulação 
geral, aumentado o número de leucócitos, neutrófilos absolutos e/ou linfócitos. 
(estresse agudo) 
Leucocitose induzida por corticoides e estresse: Nesse caso, a leucocitose pode ocorrer de 
forma patológica ou fisiológica. A liberação de glicocorticoides endógenas ou exógenas 
(terapêutico), causa consideráveis mudanças fisiológicas os índices hematológicos. 
Leucocitose 
 
Tipicamente se ver leucocitose por neutrofilia, sem desvio a esquerda, linfopenia e 
eosinopenia e monocitose nos cães. (estresse crônico – dor/doença crônica). 
 
Causa da neutrofilia: Ocorre por mobilização dos neutrófilos segmentados ao 
compartimento de reserva da medula óssea e diminuição da diapedese para os tecidos. 
Linfopenia: Ocorre especialmente por linfolise dos linfócitos T (sensíveis aos esteroides 
no sangue periférico e nos tecidos), ou por marginação e sequestro dos linfócitos em 
locais extravasculares (são bloqueados ara tecidos, ficando na circulação e/ou mobilização 
no ducto torácico). 
Eosinopenia: Geralmente ocorre por diminuição de sua saída pela medula óssea, devido 
interferência do efeito quimiotático da histamina e dos eosinófilos. 
 
** a causa da monocitose permanece desconhecida a resposta dos basófilos são 
semelhantes ao dos neutrófilos, porém é pouco conhecida uma vez que se ver poucos 
basófilos no sangue. 
* Pico após o uso de corticoide – 4 á 8 horas → resolver em 24 horas; 
* Durante tratamento → uso por mais de 10 dias → 2-3 dias de resolução 
 
 
 Sempre lembrar que corticoides são imunossupressores e derrubam os níveis de 
linfócitos e eosinófilos no sangue (pois isso é indicado em caso de alergias e processos 
inflamatórios e/ou infecciosos). 
 
 
 
 
Leucograma de estresse: 
Estresse agudo: Provocado pela adrenalina/catecolaminas (interfere na cinética dos 
leucócitos). 
 
 Mistura pool marginal + circulante = Neutrofilia madura (não é uma neutrofilia por 
aumento da produção), podendo ter discreto desvio a ESQUERDA + linfocitose 
(porque os linfócitos não entram nos órgãos, ficam na circulação – muito marcante 
em gatos, pois os mesmos fazem até 20.000 linfócitos absolutos no estresse agudo, 
sendo eles maduros). 
 
Estresse crônico: Por cortisol (então vejo em caso de dor e/ou doenças crônicas) 
 
Cortisol bloqueia neutrófilos (ou seja, não saem dos vasos devido o efeito anti-
inflamatório do corticoide, logo eu vejo uma neutrofilia que não é por aumento de 
produção) → Leucocitose por neutrofilia (maduros na maioria das vezes) + discreto 
desvio a esquerda e neutrófilos hipersegmentados. 
 
 
 O cortisol induz a apoptose dos linfócitos → Linfopenia! Pode ter eosinofilia, porém não 
é tão marcante porque são encontrados em baixas quantidades no sangue. 
 
Leucocitose reativa: 
Resposta as doenças, sendo um padrão de resposta único (N:L), independente da espécie. 
 Ocorre com ou sem desvio a esquerda, e com grau de resposta N:L que varia de acordo 
com a espécie. O N:L significa um relação relativa entre neutrófilos e linfócitos, onde a 
resposta N:L é mais alta do que a resposta N:L dos equinos e bovinos. 
 
A resposta reativa pode ocorrer junto as respostas induzidas ao corticoide (estresse), ou 
de maneira menos comum, a adrenalina (aguda), sendo diferenciada quando se encontra 
1 ou mais dos seguintes critérios: Leucocitose com ou sem desvio a esquerda, 
Hiperfibrinogenemia;, monocitose (exceto nos cães pois para essa espécie precisa vir 
acompanhada de um ou mais dos critérios descritos + e uma contagem absoluta de monócito 
maior que o habitual) + ausência de linfopenia e eosinopenia. 
 
Leucocitose proliferativa: É a leucocitose por resposta a neoplasias da célula 
pluripotencial (leucemias: linfocíticas, mielógenas, monocíticas e meiolomonocíticas), 
basofilicas e eosinofilicas são raras. É importante saber que esse tipo de leucemia pode não 
se apresentar uma leucocitose, ou seja, leucócitos podem se apresentar normais. 
 
 
 
Leucocitose por neutrofilia: 
 
 
 
Outras variáveis incluem: Medo, exercícios intensos, excitação, gestação, processos 
inflamatórios e intoxicação por chumbo, mercúrio, adrenalina e veneno. 
 
Leucocitose por Eosinofilia: 
 
Outras causas incluem: Granuloma eosinofílico felino, gastroenterite eosinofílica 
mastocitomas, linfomas; 
Leucocitose por basofilia: 
 
 
Leucocitose por monocitose: 
Outras causas incluem: 
Fase de recuperação de infecções e inflamação, inflamação crônica inespecífica, leucemia 
monocítica e protoozes e infecções em geral. 
 
A monocitopenia não tem significado clínica 
 
Leucocitose por linfocitose: 
 
 
 
 
 A leucopenia, em muitos animais, é derivada da neutropenia e linfopenia. 
A neutropenia é causada primariamente em animais com relação N:L maior que 1, 
enquanto a linfopenia é comum em animais com relação <1. A neutropenia é vista 
especialmente em casos de infecções bacterianas e a linfopenia nas reações de infecções 
Leucopenia 
Outras causas incluem: 
Uso de corticoides; 
Fase aguda de infecções virais; 
Processos infecciosos graves; 
Doenças imunossupressoras; 
Radiação; 
Perda de linfa; 
virais. Severas infecções bacterianas e virais podem levas a leucopenia associada a 
neutrofilia e linfopenia, e ambas podem reduzir o número total dos leucócitos. 
 A Salmonelose em cavalos é um exemplo clássico de neutropenias, a mastite 
caliciforme de infecção bacteriana que leva a neutropenia e linfopenia, e por fim a 
panleucopnia é um exemplo de infecção viral. 
 O retorno de linfócitos e eosinófilos no sangue, indica convalescência, sendo um bom 
prognóstico. A leucopenia pode ser vista nos casos inicias de cinomose e é seguida por 
uma leucocitose por infecção bacteriana secundária. 
 
 Tipos de leucopenia 
Sobrevivência reduzida de neutrófilos maduros 
Neutrofilias com desvio a esquerda degenerativo. 
 
Produção reduzida pela medula óssea: 
 Associada a falência primária de medula óssea, sendo os neutrófilos se desvio a esquerda, 
podendo acometer as demais linhagens leucocitárias. Pode ocorrer por doenças virais 
(parvovirose, erlichia, FIV/FELV), ou de origem por drogas (quimioterápicos por exemplo), e 
hematopoiese cíclica dos collies cinzas. 
 
Produção ineficiente: 
 Neutropenia imunomediada com sobrevivência reduzida, sem desvio a esquerda e 
compartimento do estoque na medula parece normal, sem alteração nos exames. 
 
Neutropenia por sequestro: 
 Ocorre com choque anafilático e endotoxinas, causando rápido desvio do 
compartimento marginal. As endotoxinas acionam a via complemento fazendo agregação e 
sequestro de neutrófilos e plaquetas nos capilares pulmonares. 
 
 
 
 
 Alterações leucocitária quantitativas 
 As alterações quantitativas dos leucócitos são as leucocitoses e a leucopenia. 
 
Leucopenia por neutrofilia: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Outras causas incluem: Infecções graves, gravidez, doenças autoimune, intoxicação por 
estrógeno, hematopoiese clínica canina e erliquiose. 
 
Leucopenia por eosinopenia: 
 
 
Outras causas incluem: Pouco significativo, pois já tem pouco no sangue. 
Leucopenia por linfopenia:Alterações qualitativas: 
 
Granulação tóxica; corpúsculo de Dohle; neutrófilos multissegmentados; linfócitos 
ativados; Inclusões e outros achados. 
 
Alterações morfológicas leucocitárias: 
 
Linfócitos reativos: Geralmente associado a resposta imunológicas e podem ser 
observadas em qualquer animal, especialmente em jovens e recém vacinados, ou em 
doenças virais. Apresentam tamanhos variados e citoplasma basofílico podendo ter 
alguns vacúolos, núcleo pleomórfico e agregado a cromatina. 
 
Neutrófilos hipersegmentados: 
 Neutrófilos com mais de 5 lobos. São células que estão na circulação por mais tempo que o 
normal, e uma causa é a ação de glicocorticoides que prejudicam a diapedese (não vão 
para tecidos). Quando associado as leucocitoses indicam aumento na produção de 
corticoides endógenos ou stress crônico. Também pode ocorrer por uso de corticoides. 
 
Linfócitos granulares: 
 Apresentam pequenos grânulos vermelhos em uma área de citoplasma. São 
possivelmente, as células NK ou T citotóxicas e sem encontram em pequenas quantidades. 
 O aumento pode ser visto em reação reativas como a infecção. 
 
Monócitos ativos: 
Indicador de atividades fagocíticas. Vacúolos citoplasmáticos associados geralmente a 
infecções graves , neoplasia e lesão celular, tecidual ou hemostático.

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