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SETOR DE AGRIMENSURA E CARTOGRAFIA CURSO TÉCNICO EM GEOPROCESSAMENTO SUBSEQUENTE EaD Disciplina: Cartografia Básica Professor: Angelo Marcos Santos Oliveira AULA 01 1 – Conceituação, história e importância da Cartografia 2 - Forma da Terra 3 - Sistemas de coordenadas INCONFIDENTES-MG 2021 1 CONCEITUAÇÃO, HISTÓRIA E IMPORTÂNCIA DA CARTOGRAFIA 1.1 Cartografia “Mesmo considerando todos os avanços científicos e tecnológicos produzidos pelo homem através dos tempos, é possível, nos dias de hoje, entender a condição de perplexidade de nossos ancestrais, no começo dos dias, diante da complexidade do mundo a sua volta. Podemos também intuir de que maneira surgiu no homem a necessidade de conhecer o mundo que ele habitava. O simples deslocamento de um ponto a outro na superfície de nosso planeta, já justifica a necessidade de se visualizar, de alguma forma, as características físicas do “mundo”. É fácil imaginarmos alguns dos questionamentos que surgiram nas mentes de nossos ancestrais, por exemplo: como orientar nossos deslocamentos? Qual a forma do planeta? Entre outros. O conceito de Cartografia tem suas origens intimamente ligadas às inquietações que sempre se manifestaram no ser humano, no tocante a conhecer o mundo que ele habita.” (IBGE, 1999) O vocábulo CARTOGRAFIA, etimologicamente - descrição de cartas, foi introduzido na língua portuguesa, em 1839, pelo segundo Visconde de Santarém - Manoel Francisco de Barros e Souza de Mesquita de Macedo Leitão e Carvalhosa, (1791 – 1856) (IBGE, 1999). O segundo Visconde de Santarém foi um historiador, diplomata e estadista português que destacou- se como estudioso da antiga cartografia e historiador dos descobrimentos portugueses. A despeito de seu significado etimológico, a sua concepção inicial continha a ideia do traçado de mapas. No primeiro estágio da evolução o vocábulo passou a significar a arte do traçado de mapas, para em seguida, conter a ciência, a técnica e a arte de representar a superfície terrestre. O conceito da Cartografia, hoje aceito sem maiores contestações, foi estabelecido em 1966 pela Associação Cartográfica Internacional (ACI), e posteriormente, ratificado pela UNESCO, no mesmo ano: "A Cartografia apresenta-se como o conjunto de estudos e operações científicas, técnicas e artísticas que, tendo por base os resultados de observações diretas ou da análise de documentação, se voltam para a elaboração de mapas, cartas e outras formas de expressão ou representação de objetos, elementos, fenômenos e ambientes físicos e socioeconômicos, bem como a sua utilização." (IBGE, 1999) A CARTOGRAFIA é a ciência e a arte de expressar graficamente, por meio de mapas e cartas, o conhecimento humano da superfície da terra. É a ciência porque essa expressão gráfica, para alcançar exatidão satisfatória, procura um apoio científico que se obtém pelas coordenadas de determinações astronômicas e geodésicas com 2 levantamentos topográficos e geodésicos, além do uso de imagens de aerofotogrametria e Sensoriamento Remoto. A Cartografia é ciência. Ela envolve pesquisa, experimentação, investigação, método e observam-se avanços em suas técnicas. A Cartografia é técnica. Ela é executada com o uso de equipamentos apropriados, normas, rigor, regras e materiais adequados. A Cartografia é arte. Observam-se aspectos de estética, beleza, imitação da realidade, modelagem da realidade e escolha de formas, símbolos, cores, textos e dimensões que colaboram para que os seus produtos, os mapas, sejam agradáveis à contemplação humana. Aspectos do “Novo Mundo” – mapa de 1573 (NYPL, 2021) 3 1.2 Importância da Cartografia Em 1949 a Organização das Nações Unidas já reconhecia a importância da Cartografia através da seguinte assertiva, lavrada em Atas e Anais: "CARTOGRAFIA - no sentido lato da palavra não é apenas uma das ferramentas básicas do desenvolvimento econômico, mas é a primeira ferramenta a ser usada antes que outras ferramentas possam ser postas em trabalho." (IBGE, 1999). De forma mais ampla, a Cartografia é indispensável ao Desenvolvimento Sustentável, uma vez que, por meio da representação do uso e ocupação da superfície terrestre, serve como ferramenta para os desenvolvimentos econômico, ambiental e social. Veja os exemplos de aplicação da Cartografia como ferramenta de auxílio, fundamental, para o Desenvolvimento Sustentável: Econômico: mapas de jazidas de ouro, ferro, carvão, urânio; mapas de produção agropecuária: arroz, feijão, soja, milho; bovino, equino, ovino. Ambiental: mapa do impacto do rompimento da barragem de Fundão em Mariana/MG; mapa de abrangência dos incêndios florestais ocorridos na Austrália entre os anos de 2019 e 2020; mapa de desmatamento do Cerrado brasileiro; mapa de rota dos agrotóxicos contrabandeados que entram no Brasil vindos do Paraguai e do Uruguai; mapa de ocorrência do caranguejo-uçá no litoral do Estado de Santa Catarina, Brasil. Social: mapa de densidade populacional dos municípios do Estado de Minas Gerais, Brasil; mapa da pobreza na Ásia; mapa do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) nos municípios do Estado do Maranhão, Brasil; mapa das principais regiões envolvidas na migração interna do Brasil. 2 FORMA DA TERRA 2.1 Histórico “O conhecimento do planeta Terra tem sido obra de centenas de civilizações. Os antigos gregos a chamavam GEIA, de onde veio GEO – TERRA. A forma e a dimensão da Terra é um tema que vem sendo pesquisado ao longo dos anos em várias partes do mundo. Muitas foram as interpretações e conceitos desenvolvidos para definir qual seria a forma da Terra. Houve um tempo em que os homens nada conheciam da forma e das dimensões da Terra. Cada povo tinha sua ideia própria e interpretava à sua maneira o planeta em que vivemos.” (AZEVEDO, s.d.) 4 Uma das mais antigas ideias que ocorreu aos que se dedicaram ao problema foi a da Terra Plana. Imaginava-se, por exemplo, que a Terra era um disco enorme, sobre o qual estavam os mares e continentes e o disco era suportado por uma dúzia de colunas. (AZEVEDO, s.d.) Outros povos imaginavam nosso planeta sob a forma de uma concha em forma de hemisfério, a qual descansava sobre quatro gigantescos elefantes que, por sua vez, pousavam sobre o casco de uma tartaruga descomunal. Os elefantes representavam os quatro pontos cardeais: Norte, Sul, Leste e Oeste. Alguns autores mencionam que ao redor de tudo isso havia uma imensa serpente mordendo a própria cauda, formando um círculo – símbolo da eternidade. (AZEVEDO, s.d.) Outras ideias surgiram. A Terra seria um imenso disco plano, dotado de uma quantidade infinita de raízes boiando no Oceano Universal. (AZEVEDO, s.d.) 5 O sábio grego Anaximandro (Séc. VI a.C.), concebia nosso planeta igual a um cilindro que flutuava no espaço e cujo diâmetro era três vezes maior que sua altura. Somente sua parte superior seria habitada. (AZEVEDO, s.d.) Platão, filósofo grego (Séc. IV a.C.), desenvolveu uma teoria segundo a qual a Terra seria um cubo, para ele a mais perfeita das formas geométricas. (AZEVEDO, s.d.) De acordo com a concepção egípcia da antiguidade, a Terra era representada pelo deus Geb (a Terra), deitado; sobre ele arqueava-se Nut (a deusa do céu), cujo corpo era recoberto de estrelas. No centro, o deus Shu, filho de Ra, o Sol, sustentava a abóbada estrelada sobre a Terra. (AZEVEDO, s.d.) “Muitas outras ideias surgiram no correr dos tempos: a Terra teria a forma de uma pirâmide, em cujas arestas se localizariam os continentes; assemelhar-se-ia a uma pêra, e assim por diante. Pitágoras em 528 a.C. introduziu o conceito de forma esférica para o planeta (IBGE, 1999). Durante quase dois mil anos essa ideia foi admitida com verdadeira, não conseguindo sobrepor-se, entretanto, à de Terra plana, profundamente arraigada nas camadas menoscultas das civilizações. Em fins do século XVII, começou-se a suspeitar que a forma esférica perfeita não atendia bem à realidade. A Terra deveria ser uma esfera achatada nos polos, apresentando pois, a forma de um esferoide (um tipo semelhante à esfera). As medidas realizadas pelos cientistas dos séculos XVII e XVIII levaram à conclusão de que a Terra tem a forma geométrica aproximada de um ELIPSOIDE DE REVOLUÇÃO.” (AZEVEDO, s.d.) 6 Vista do Planeta Terra (NASA, 2021) A esfericidade da Terra já foi largamente demonstrada. Algumas das possibilidades para se comprovar este fato são: a) pelas viagens de circunavegação do Globo; b) pelas projeções da sombra da Terra na Lua (durante os eclipses), e c) mais recentemente, pelas imagens de satélites artificiais tomadas a grande altura; Aliás, todos os astros, estrelas, planetas e satélites naturais apresentam forma esferoidal, não havendo motivo para que a Terra constituísse uma exceção à regra. O ELIPSOIDE DE REVOLUÇÃO é uma superfície matemática simplificada para representar a forma da Terra. “O matemático alemão CARL FRIEDRICH GAUSS (1777-1855), introduziu um conceito científico para definir a forma do planeta, a partir de equilíbrio de forças. Gauss definiu o GEOIDE como a superfície correspondente ao nível médio do mar homogêneo (ausência de correntezas, ventos, variação de densidade da água etc.) supostamente prolongado por sob continentes. Essa superfície se deve, principalmente, às forças de atração (gravidade) e força centrífuga (rotação da Terra). Os diferentes materiais que compõem a superfície terrestre possuem diferentes densidades, fazendo com que a força gravitacional atue com maior ou menor intensidade em locais diferentes. As águas do oceano procuram uma situação de equilíbrio, ajustando-se às forças que atuam sobre elas, inclusive no seu suposto prolongamento. A interação (compensação gravitacional) de forças 7 buscando equilíbrio, faz com que o GEOIDE tenha o mesmo potencial gravimétrico em todos os pontos de sua superfície.” (IBGE, 1999) A SUPERFÍCIE TERRESTRE (superfície natural ou topográfica) sofre frequentes alterações devido à natureza (movimentos tectônicos, condições climáticas, erosão etc.) e à ação do homem, portanto, ela não serve para definir a forma sistemática da Terra. Modelar a Terra segundo o conceito do GEOIDE também é muito complexo, por isso, para “desenhar” a Terra utiliza-se o ELIPSOIDE DE REVOLUÇÃO. Ele é a superfície de referência utilizada nos cálculos que fornecem subsídios para a elaboração de uma representação cartográfica (IBGE, 1999). O ELIPSOIDE DE REVOLUÇÃO, é um volume, um sólido geométrico gerado a partir do giro ou rotação da figura geométrica chamada ELIPSE em torno do seu eixo menor. Elipsoide de Revolução (GRIPP JR., 1996) “Muitos foram os intentos realizados para calcular as dimensões do ELIPSOIDE DE REVOLUÇÃO que mais se aproxima da forma real da Terra, e muitos foram os resultados obtidos.” (IBGE, 1999) No Sistema Geodésico Brasileiro (denominado SIRGAS2000), o elipsoide de revolução utilizado para modelar a Terra é o GRS80, que possui os seguintes parâmetros (REVISTA PONTO DE REFERÊNCIA, 2006): semieixo maior “a” = 6 378 137,000 m semieixo menor “b” = 6 356 752,314 m achatamento “α” = 1/298,257 222 101 8 3 SISTEMAS DE COORDENADAS 3.1 Construção dos Sistemas de Coordenadas Os sistemas de coordenadas são necessários para expressar a posição de pontos sobre uma superfície, seja ela um elipsoide, uma esfera ou um plano. Segundo IBGE (1999), quando se trabalha sobre o elipsoide, emprega-se o Sistema de Coordenadas Geodésicas Cartesiano e Curvilíneo e, quando se trabalha sobre a esfera, emprega-se o Sistema de Coordenadas Geográficas Cartesiano e Curvilíneo. As linhas de referências serão os paralelos e os meridianos. Quando se trabalha sobre a superfície plana, usa-se geralmente um Sistema de Coordenadas Cartesianas (X e Y). 3.2 Paralelos e Meridianos Meridiano Equador Paralelo Linhas imaginárias de referências sobre o globo terrestre (RIBEIRO, 2007) PARALELOS – São círculos que cruzam os meridianos perpendicularmente, isto é, em ângulos retos. Apenas um é um círculo máximo, o Equador (0º). Os outros, tanto no hemisfério Norte quanto no hemisfério Sul, vão diminuindo de tamanho à proporção que se afastam do Equador, até se transformarem em cada polo, num ponto (90º ). MERIDIANOS – Se considerarmos a superfície da Terra como sendo uma esfera, os meridianos serão a metade do círculo máximo que passa pelos dois polos do globo. Cada meridiano terrestre é contado de um a outro polo do globo. Sendo assim, todos os meridianos se cruzam entre si, em ambos os polos. A união do meridiano com o seu antimeridiano forma o círculo máximo que, em consequência, descreve uma circunferência que delimita duas partes iguais da superfície da TERRA. O meridiano de origem é o de GREENWICH (0º) (ele é também conhecido como Meridiano zero ou Primeiro Meridiano e passa na cidade de Londres, Inglaterra). 9 3.3 Sistema de Coordenadas Geográficas Curvilíneas Segundo IBGE (1999), quando se trabalha sobre a esfera, emprega-se o Sistema de Coordenadas Geográficas Cartesiano e Curvilíneo. Sistema de Coordenadas Geográficas Curvilíneo (adaptado de IBGE, 1999) Neste sistema ficam definidas as seguintes coordenadas geográficas curvilíneas: LATITUDE GEOGRÁFICA: É o arco contado sobre o meridiano do lugar e que vai do Equador até o lugar considerado. A latitude quando medida no sentido do polo Norte é chamada Latitude Norte ou Positiva. Quando medida no sentido Sul é chamada Latitude Sul ou Negativa. Sua variação é de 0º à 90º N (ou de 0º à + 90º) e de 0º à 90º S (ou de 0º à – 90º). É comum utilizar a letra grega ϕ (phi – lê-se “fi”) como indicativo da coordenada latitude. Por exemplo, ϕ = 20º 19’ 30” S, indica a latitude de 20 graus, 19 minutos e 30 segundos Sul. LONGITUDE GEOGRÁFICA: É o arco contado sobre o Equador e que vai de GREENWICH (Meridiano Zero ou Primeiro Meridiano) até o Meridiano do referido lugar. A Longitude pode ser contada no sentido Oeste, quando é chamada LONGITUDE OESTE DE GREENWICH (W Gr.) ou NEGATIVA. Se contada no sentido Este (ou Leste), é chamada LONGITUDE ESTE DE GREENWICH (E Gr.) ou POSITIVA. A Longitude varia de 0º à 180º W Gr. (ou de 0º à – 180º) e de 0º à 180º E Gr. (ou 0º à + 180º). Nota: Pode-se também, usar apenas os símbolos W e E, sem o acompanhamento da abreviatura “Gr.”. 10 É comum utilizar a letra grega λ (lambda – lê-se “lâmbida”) como indicativo da coordenada longitude. Por exemplo, λ = 46º 20’ 40” W, indica a longitude de 46 graus, 20 minutos e 40 segundos Oeste. Latitudes e Longitudes Geográficas (IBGE, 1999) 3.4 Sistema de Coordenadas Geodésicas Curvilíneas Segundo IBGE (1999), quando se trabalha sobre o elipsoide, emprega-se o Sistema de Coordenadas Geodésicas Cartesiano e Curvilíneo. Sistema de Coordenadas Geodésicas Curvilíneo (adaptado de IBGE, 1999) 11 Neste sistema ficam definidas as seguintes coordenadas geodésicas curvilíneas: LATITUDE GEODÉSICA: É o ângulo formado pela normal ao elipsoide (linha perpendicular à superfície do elipsoide) de um determinado ponto e o plano do Equador. LONGITUDE GEODÉSICA: É o ângulo formado pelo plano meridiano do lugar e o plano meridiano tomado como origem (GREENWICH ou Meridiano Zero ou Primeiro Meridiano). 3.5 Altitudes – definições clássicas Para amarrar a posição de um ponto no espaço complementam-se as coordenadas bidimensionais com uma terceira coordenada denominada ALTITUDE. A ALTITUDE ORTOMÉTRICA (H) de um ponto qualquer sobre a superfície terrestre é a distância contada a partir do geoide (que é a superfície de referência para contagem das altitudes ortométricas). É resultante de nivelamento geométrico e corresponde à distância medida sobre a linha vertical. A ALTITUDE GEOMÉTRICA ou ALTITUDE GEODÉSICAou ALTITUDE ELIPSOIDAL (h) é a distância do ponto na superfície física à superfície do elipsoide, contada sobre a linha reta perpendicular ao elipsoide (normal), que não corresponde à linha vertical. NOTA: Alguns autores afirmam que o termo “ALTITUDE” deve ser usado apenas para a ALTITUDE ORTOMÉTRICA. Assim, eles recomendam usar o termo “ALTURA GEOMÉTRICA” ao invés de ALTITUDE GEOMÉTRICA. À distância do geoide ao elipsoide, denomina-se ondulação do geoide (N) ou altura geoidal. Por simplificação e pela pequena diferença entre ambas, pode-se considerar: H = h – N (para o caso do geoide acima do elipsoide o MAPGEO2015 (IBGE, 20021) considera N positivo) Altitudes Ortométricas e Geométricas – conceito clássico (IBGE, 2021) 12 Nota: Em junho de 2018, o IBGE lançou uma publicação definindo um novo conceito de altitude, a Altitude Normal, que terá como referência uma superfície denominada Quase-geoide. Pretende-se que esta se torne o padrão de altitudes usadas pela comunidade científica mundial para os próximos anos, com vistas ao estabelecimento de um Sistema Internacional de Referência de Altitudes (IHRS). 3.6 Sistema de Coordenadas Geodésicas Cartesianas Tridimensionais As coordenadas geodésicas cartesianas tridimensionais de um ponto de coordenadas curvilíneas ϕ e λ, são as suas coordenadas retilíneas referidas a um sistema de eixos cartesianos tridimensionais. Considerando o caso em que o ponto P está sobre a superfície física da Terra, a altitude geométrica (“h”, distância do ponto ao elipsoide) deve ser considerada, e as coordenadas geodésicas cartesianas tridimensionais, que inclusive são as fornecidas pelos receptores GNSS (GPS, GLONASS etc.), podem ser obtidas por: Xp = (GN + h) • cos ϕ • cos λ Yp = (GN + h) • cos ϕ • sen λ Zp = (PN + h) • sen ϕ Sistema de Coordenadas Geodésicas Cartesianas Tridimensionais (adaptado de GRIPP JR., 1996) Nas equações anteriores, • GN é a grande normal que corresponde à distância do ponto P´ (que está na superfície do elipsoide) até o ponto B (que está no eixo do elipsoide), e que pode ser calculado por: 13 GN= a [1−e2⋅(sinϕ )2] 1 2 • PN é a pequena normal que corresponde à distância do ponto P´ (que está na superfície do elipsoide) até o ponto A (que está no plano equatorial), e que pode ser calculado por: PN = GN • (1 – e²) • a é o semieixo maior do elipsoide • e é a primeira excentricidade do elipsoide e2= a 2−b2 a2 • b é o semieixo menor do elipsoide As equações que permitem calcular as coordenadas geodésicas cartesianas tridimensionais de um ponto genérico P´ (na superfície do elipsoide), são as seguintes: Xp´ = GN • cos ϕ • cos λ Yp´ = GN • cos ϕ • sen λ Zp´ = PN • sen ϕ 14 4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AZEVEDO, Rubens de. Na era da Astronáutica. São Paulo: Editora do Brasil, [s.d.]. GRIPP JR., J. Representações Cartográficas. Notas de aulas – Curso de Engenharia de Agrimensura, Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, 1996. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Modelo de Ondulação Geoidal – MAPGEO2015. Rio de Janeiro: IBGE. 1 imagem. Disponível em: https://www.ibge.gov.br/geociencias/informacoes-sobre-posicionamento-geodesico/servicos-para- posicionamento-geodesico/10855-modelo-de-ondulacao-geoidal.html?=&t=sobre. Acesso em: 14 jun. 2021. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Noções básicas de Cartografia. Rio de Janeiro: IBGE, 1999. NATIONAL AERONAUTICS AND SPACE ADMINISTRATION. Satellite View of the Americas on Earth Day. Washington, DC: NASA, 22 abril 2014. 1 imagem. Disponível em: https://www.nasa.gov/sites/default/files/13989104603_c57e9de5cf_o.jpg. Acesso em: 13 junho 2021. NEW YORK PUBLIC LIBRARY. Americae sive novi orbis, nova descriptio. New York: NYPL, [1573?]. 1 mapa, color. Disponível em: https://digitalcollections.nypl.org/items/510d47db-afff- a3d9-e040-e00a18064a99. Acesso em: 13 jun. 2021. REVISTA PONTO DE REFERÊNCIA. Rio de Janeiro: IBGE, ano 1, n. 1, 21 ago. 2006. Disponível em: https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/periodicos/200/preferencia_2006_n1_ago.pdf. Acesso em: 14 jun. 2021. RIBEIRO, C. A. A. S. Sistemas de Informações Geográficas. Notas de aulas – Curso de Pós- graduação em Ciência Florestal, Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, 2007. 15 https://www.ibge.gov.br/geociencias/informacoes-sobre-posicionamento-geodesico/servicos-para-posicionamento-geodesico/10855-modelo-de-ondulacao-geoidal.html?=&t=sobre https://www.ibge.gov.br/geociencias/informacoes-sobre-posicionamento-geodesico/servicos-para-posicionamento-geodesico/10855-modelo-de-ondulacao-geoidal.html?=&t=sobre https://digitalcollections.nypl.org/items/510d47db-afff-a3d9-e040-e00a18064a99 https://digitalcollections.nypl.org/items/510d47db-afff-a3d9-e040-e00a18064a99 https://www.nasa.gov/sites/default/files/13989104603_c57e9de5cf_o.jpg 1 Conceituação, história e importância da Cartografia 1.1 Cartografia 1.2 Importância da Cartografia 2 Forma da Terra 2.1 Histórico 3 Sistemas de Coordenadas 3.1 Construção dos Sistemas de Coordenadas 3.2 Paralelos e Meridianos 3.3 Sistema de Coordenadas Geográficas Curvilíneas 3.4 Sistema de Coordenadas Geodésicas Curvilíneas 3.5 Altitudes – definições clássicas 3.6 Sistema de Coordenadas Geodésicas Cartesianas Tridimensionais 4 Referências Bibliográficas
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