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Atenção Primária á Saúde: POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO BÁSICA: Como vimos na introdução, novas estratégias de organização dos cuidados primários à saúde foram desenvolvidas em todo o território nacional, tendo em vista a Declaração de Alma-Ata e a Constituição Federal 1988. A Atenção Primária à Saúde (APS) também conhecida com Atenção Básica (AB) tornou-se essência e eixo central na organização do Sistema Único de Saúde (SUS), devendo funcionar como o primeiro contato do usuário com a rede de saúde, ou seja, a porta de entrada no Sistema Único de Saúde. A APS é representada pelos serviços ambulatoriais direcionados a responder às necessidades de saúde mais comuns de uma população. A Atenção Primária à Saúde constitui-se em um conjunto de ações que dão consistência prática ao conceito de Vigilância em Saúde, articulando conhecimentos técnicos oriundos da epidemiologia, do planejamento e das ciências sociais em saúde, redefinindo as práticas em saúde, articulando as bases de promoção, proteção e assistência, a fim de garantir a integralidade do cuidado. O Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS) foi um dos pioneiros nesse sentido, juntamente com o Programa Saúde da Família (PSF), que, posteriormente, passou a ser Estratégia Saúde da Família (ESF). Esses programas e estratégias foram importantes para que os princípios estabelecidos pelo SUS fossem respeitados e a prática assistencial conseguisse ser mais consistente, alcançando, assim, a população mais necessitada de cuidados. A seguir, destacam-se algumas ações, programas e estratégias e suas respectivas datas de criação. 1991: Criação do Programa de Agentes Comunitários de Saúde. 1994: Criação do Programa Saúde da Família. 1998: Implantação do piso de Atenção Básica (montante de recursos financeiros federais destinados à viabilização de ações de Atenção Básica à Saúde nos municípios, em substituição ao pagamento por produção). Criação do Sistema de Informação da Atenção Básica. 1999: Publicação da Política Nacional de Alimentação e Nutrição. 2001: Implantação da saúde bucal no Programa Saúde da Família. 2003: Projeto de Expansão e Consolidação da Saúde da Família I. Criação do Programa Bolsa Família. 2004: Criação da Política Nacional de Saúde Bucal. 2005: Instituição da autoavaliação para melhoria do acesso e da qualidade da Atenção Básica. 2006: Regulamentação profissional dos agentes comunitários de saúde. Publicação da Política Nacional de Atenção Básica, da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde e da Política Nacional de Promoção da Saúde. Programa Saúde da Família torna-se Estratégia Saúde da Família. 2007: Criação do Programa Saúde na Escola. 2008: Criação do Núcleo de Apoio à Saúde da Família. Inclusão do microscopista na Estratégia Saúde da Família. 2009: Projeto de Expansão e Consolidação da Saúde da Família II. 2010: Criação das equipes de saúde da família ribeirinhas e custeio de unidades básicas de saúde fluviais. 2011: Reformulação da Política Nacional de Atenção Básica. Criação do Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica, do Programa de Requalificação de Unidades Básicas de Saúde, do Programa Melhor em Casa, do Programa Academia da Saúde; das equipes de Consultório na Rua; do Telessaúde Brasil Redes e do Brasil Sorridente Indígena; revisão da Política Nacional de Alimentação e Nutrição. 2012: Criação do Programa de Valorização do Profissional da Atenção Básica. 2013: Criação do Programa Mais Médicos e substituição do Sistema de Informação da Atenção Básica pela estratégia e-SUS Atenção Básica. 2014: Publicação da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das Pessoas Privadas de Liberdade. Revisão da Política Nacional de Promoção da Saúde. 2017: Reformulação e publicação da nova Política Nacional de Atenção Básica. Dilemas e Perspectivas sobre a política nacional de atenção básica: A Política Nacional de Atenção Básica (PNAB) elaborada em 2006 pelo Ministério da Saúde estabeleceu os atributos da Atenção Primária à Saúde como prioridades, destacando a abrangência da APS, e reconheceu a Saúde da Família como modelo substitutivo e de reorganização da Atenção Básica. Determinou também que as ações precisam ser desenvolvidas por meio de uma equipe multidisciplinar, em um território geograficamente definido e com sua respectiva população, tornando-se o primeiro ponto de contato da população com o sistema de saúde. Segundo a PNAB, a Atenção Básica possui suas diretrizes pautadas em um conjunto de ações de saúde em âmbito individual e coletivo, que abrange a promoção e a proteção da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação, a redução de danos e a manutenção da saúde. Tendo como objetivo desenvolver uma atenção integral que impacte na situação de saúde e autonomia das pessoas e nos determinantes e condicionantes de saúde das coletividades. Verificando o Aprendizado 1. A partir dos assuntos estudados a respeito do Sistema Único de Saúde (SUS), identificamos que muitos são os princípios e as diretrizes envolvidos nesse sistema. Assinale a alternativa que corresponde ao princípio da Atenção Básica. R: Possibilitar o acesso universal e contínuo a serviços de saúde de qualidade e resolutivos, caracterizados como a porta de entrada aberta, acolhendo as pessoas e promovendo a vinculação e corresponsabilização pela atenção às suas necessidades de saúde. · A Atenção Básica apresenta seus princípios pautados no SUS e a Política Nacional de Atenção Básica (PNAB), revisada e publicada em 2012, determina que um dos princípios desse sistema é a universalidade, que possibilita o acesso universal e contínuo a serviços de saúde, de qualidade e resolutivos. De acordo com a PNAB, a Atenção Básica é um sistema de porta aberta, que visa ao acolhimento e à promoção a todos, proporcionando a atenção integral às suas necessidades de saúde. 2. A Política Nacional de Atenção básica (PNAB) foi elaborada em 2006 com o objetivo de ampliar e regulamentar as ações do SUS, sendo, portanto, um documento norteador para as ações da Atenção Básica no Brasil. Ao passar dos anos, a PNAB teve duas atualizações que determinaram os parâmetros a seguir, exceto: R: A Portaria nº 2.436, de 21 de setembro de 2017, destacou a necessidade da criação de um modelo de assistência à saúde direcionado à população com doenças crônicas não transmissíveis. · As atualizações que aconteceram na PNAB foram essenciais para ampliar as ações do SUS no âmbito individual e coletivo, abrangendo as ações de promoção e a proteção da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação, a redução de danos e a manutenção da saúde. Nesse sentido, a Portaria nº 2.436, de 21 de setembro de 2017, não destaca a necessidade de um modelo de assistência específico a um grupo da população.
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