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Urgência e Emergência: Como Definir e Agir

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Mas como poderemos definir se existe urgência ou emergência em determinado evento?
Urgência: Urgência é toda situação que necessita de intervenção rápida, entretanto, não confere risco imediato à vida do indivíduo.
Emergência: é toda situação que necessita de intervenção imediata, pois confere risco imediato à vida do indivíduo.
Deixar de prestar socorro, direta ou indiretamente a um indivíduo, em situação de emergência, é crime previsto em lei 2.848, segundo o artigo 135 do Código Penal Brasileiro.  
É claro que o socorro prestado deverá ser de acordo com suas habilitações, ou seja, alguns procedimentos realizados pelo socorrista leigo (não profissional de Saúde), serão diferentes dos procedimentos realizados por um médico ou um enfermeiro, e para assegurar legalmente o socorrista que não é profissional da Saúde, em suas ações, foram criados protocolos, ou seja, diretrizes, definindo passo a passo o que deverá ser feito por essa vítima, dentro das limitações de cada um.
Mas o que é o atendimento pré-hospitalar (APH)? O APH e os primeiros socorros são basicamente a mesma coisa, entretanto utilizamos o termo primeiros socorros para referir às ações imediatas, em uma situação de emergência, envolvendo pouco recurso e realizadas por indivíduo leigo sem treinamento; e atendimento pré-hospitalar é utilizado para designar o atendimento realizado com alguns recursos e equipamentos apropriados por um indivíduo com treinamento para tal.
Antes de tudo, o mais importante é garantir a segurança dos socorristas, pois este indivíduo é considerado o personagem mais importante do cenário, jamais este profissional deverá arriscar sua vida, pois se algo lhe acontecer, quem irá realizar o socorro?!
Alguns produtos podem ser voláteis e tóxicos mesmo que não entrem em contato com você, por isso se posicione sempre com o vento vindo por trás de seu corpo. 
Sempre que não for possível controlar a segurança da cena, como, grandes incêndios, locais energizados por fios soltos e outros, aguarde socorro especializado.
Cinemática do trauma: Após ser garantida a segurança da cena, é necessário avaliar qual foi o mecanismo do trauma e qual foi a cinemática envolvida (cinemática do trauma), ou seja, o que aconteceu e como aconteceu, assim como a utilização de dispositivos de segurança (cinto de segurança, airbag, capacete).
Essa ação permite você definir se o evento foi traumático (atropelamento, lesão por arma de fogo, colisão de veículos, lesão por arma branca, agressão, queda e outros), ou se foi um evento de origem clínica (mal súbito), assim como a energia cinética dispersada.
Isso dará ideia da gravidade do evento, impedindo que subestime as lesões potencialmente graves que não pode ver.
A abordagem da vítima de trauma é diferente da abordagem da vítima de mal súbito (emergência clínica), pois as causas que levam ao óbito são diferentes, sendo assim as prioridades no atendimento são outras.
Em uma vítima de trauma, quanto maior a energia envolvida, maior será a gravidade de suas lesões, mesmo que não possamos vê-las, por exemplo, em um evento de capotamento, onde há grande dispersão de energia cinética, mesmo que a vítima esteja fora do veículo andando e falando, não significa que ela não apresente lesões internas que possam evoluir com gravidade.
Possíveis lesões: Além de sugerir a gravidade das lesões, a avaliação da cinemática do trauma também nos sugere as possíveis lesões que poderemos encontrar
Podemos sugerir que em uma colisão frontal, a vítima poderá apresentar as seguintes lesões:
· trauma de crânio;
· trauma no pescoço;
· trauma no tórax;
· trauma no abdome;
· trauma no quadril;
· trauma na coxa;
· trauma na perna.
Avaliação do número de vítimas: A avaliação do número de vítimas no cenário também é imprescindível, pois o protocolo de atendimento que utilizaremos para atender uma vítima é diferente do protocolo que utilizaremos para acidente com múltiplas vítimas. 
Após avaliar e garantir a segurança da cena, avaliar a cinemática do trauma e o número de vítimas, devemos nos proteger quanto aos riscos oferecidos pelo corpo do paciente, ou seja, os riscos biológicos.
Riscos biológicos são aqueles oriundos de vírus, bactérias, fungos e outros microrganismos causadores de doenças, que poderão estar presentes no sangue, secreção e outros fluidos corporais.
Biossegurança: Para nos protegermos dos risos biológicos devermos respeitar as normas de biossegurança.
Segundo a ANVISA, biossegurança é:
“Condição de segurança alcançada por um conjunto de ações destinadas a prevenir, controlar, reduzir ou eliminar riscos inerentes às atividades que possam comprometer a saúde humana, animal e o meio ambiente”.
No caso dos socorristas, a norma de biossegurança mais importante a ser seguida é a utilização das precauções universais.
As precauções universais, ou precauções padrão, são medidas de proteção contra a contaminação por fluidos corporais como sangue, saliva e secreções.
A utilização de equipamentos de proteção individual (EPI) faz parte desse conjunto de precauções e confere esta proteção que é de extrema importância para a saúde do socorrista.
EPI: Entre os EPIs que o socorrista precisa ter, para realizar um atendimento, estão:
· Luvas
· Máscaras 
· Óculos de proteção

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