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AULA 00 INTRODUCAO A CONTABILIDADE

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CONCEITOS E PRINCÍPIOS
ORIGEM DA CONTABILIDADE MODERNA
Conceitualmente, a Contabilidade é uma ciência social que
estuda, controla, administra e acompanha a evolução do patrimônio de
qualquer pessoa, objetivando representá-lo graficamente, evidenciando as
suas mutações por meio das Demonstrações Contábeis.
A Contabilidade moderna teve o seu início com a publicação de uma
coleção de conhecimentos de aritmética, geometria, proporção e
proporcionalidade, em 1494, por Luca Pacioli. Nesse documento histórico, o
monge franciscano Pacioli, que era um matemático de formação, trata do
mecanismo de partidas dobradas como princípio básico da Contabilidade,
destacando a necessidade do inventário sobre o patrimônio, de livros contábeis e
do registro das contas; apresentando, assim, uma base técnica, teórica e escrita
para que a arte contábil começasse a ser tratada como ciência.
O mecanismo de partidas dobradas, que é o princípio basilar da
Contabilidade, estabelece que, para toda aplicação de recursos, deve existir uma
origem, ou seja, deve ser informado para onde foi o recurso e de onde ele veio,
facilitando o controle sobre o patrimônio. Assim, em cada fato contábil, devem
existir, no mínimo, duas contas envolvidas, sendo a aplicação debitada e a origem
creditada. 
O trabalho apresentado por Luca Pacioli foi a origem da primeira
escola de pensamento contábil: o Contismo. Essa escola estabeleceu que a
Contabilidade tivesse como objeto a escrituração dos fatos, por meio de contas
contábeis. 
Por isso a essência do mecanismo de partidas dobradas é a
identificação das contas que representam, respectivamente, a aplicação e a origem
dos recursos.
Tendo como alicerce a orientação básica do mecanismo de partidas
dobradas, a Contabilidade foi objeto de vários estudos científicos
Esses estudos deram origem e fortaleceram a Escola Italiana, que
considerava como objeto da Contabilidade o patrimônio e a premissa básica de
que a Contabilidade tinha por objetivo o controle sobre o patrimônio.
Com a expansão da economia mundial, especialmente a norte-
americana, em 1887 surgiu a Escola Americana, que tinha como objetivo melhorar
a qualidade da informação contábil, de modo a torná-la mais útil para as empresas
e para os usuários das informações, sejam internos ou externos. Nesse período,
ocorreu a evolução da teoria para a prática contábil.
Como a Escola Italiana era muito teórica, tanto que é a base da
ciência contábil, a Escola Americana direcionou seu estudos para o fornecimento
de informações práticas para a tomada de decisão, padronizando a informação
contábil, de modo a facilitar a comparação entre o desempenho das várias
empresas por parte dos investidores. A essência da Escola Americana é o
fornecimento de informações confiáveis, oportunas e compreensíveis. Foi essa
escola a responsável pela divisão da Contabilidade em financeira e gerencial.
A Contabilidade financeira é voltada para geração de informações que atendam
aos anseios do público externo, essas informações são apresentadas por meio das
Demonstrações Contábeis. 
A Contabilidade gerencial visa fornecer informações aos
administradores da empresa, ou seja, ao público interno, por meio do fornecimento
de informações sobre os custos e despesas em geral.
As duas escolas, Italiana e Americana, se complementam, ou seja,
uma não contradiz a outra, o que existe é uma evolução do objetivo da
Contabilidade, passando de controlar o patrimônio para fornecer informações.
CENÁRIO BRASILEIRO ATUAL
A Contabilidade brasileira, inicialmente, seguia as bases da Escola
Italiana, pois a primeira Lei das Sociedades Anônimas (S/As), editada no Brasil, o
Decreto-Lei n° 2.627/1940, era nitidamente influenciada pela escola patrimonialista
italiana.
O Brasil passou a adotar, na década de 50, a Escola Americana. Essa
escola, no Brasil, foi a base da elaboração dos princípios de Contabilidade,
apresentados pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC) e da publicação da
Lei n° 6.404/1976, conhecida como Lei Societária, que trata das demonstrações
financeiras. Por isso podemos entender que a legislação contábil, no Brasil, com
essa lei, passou a ser embasada na Escola Americana, pois estabelece um padrão
para a estrutura das Demonstrações Contábeis de acordo com a forma norte-
americana de apresentação.
A Lei n° 6.404/1976 passou por uma grande atualização com a
apresentação da Lei n° 11.638/2007 e da Lei n° 11.941/2009. A Lei n° 11.638/2007
orienta, entre outros pontos, o equacionamento das normas contábeis brasileiras
às normas internacionais emitidas pelo International Accounting Standards Board
(Iasb). Essas normas destacam a necessidade de fornecer relatórios com
informações confiáveis e precisas que possam ser entendidas pelos usuários e
estejam de acordo com as normas aplicadas na maioria dos países. 
 
 
O Brasil vive hoje, portanto, um momento de nova transição e está
norteando seus rumos contábeis em direção às normas internacionais, afastando-
se das normas norte-americanas. Essa atualização na nossa legislação era
necessária, pois o Brasil é um país que recebe investimentos externos de todo o
mundo e o seu mercado mobiliário tem crescido consideravelmente.
As Demonstrações Contábeis, que compõem o conjunto das
informações contábeis, devem ser preparadas em uma linguagem acessível ao
maior número possível de usuários da informação contábil, especialmente aos
usuários externos.
O grande problema da divulgação de informações para os
interessados reside no fato de que, em alguns países, as diferenças de normas
contábeis são significativas e, quando aplicadas, as Demonstrações Contábeis
seguem estruturas e critérios de avaliação diferentes, apresentando situações
financeiras, econômicas e patrimoniais diferentes. O resultado econômico
informado por uma empresa no Brasil pode ser diferente daquele informado pela
empresa de acordo com as regras internacionais, tendo como consequência uma
dificuldade de análise quanto à comparabilidade das Demonstrações Contábeis.
A importância de que todos os mercados utilizassem a mesma
linguagem contábil levou à criação de uma entidade conhecida como International
Accounting Standard Committee (Iasc), em 1973, por representantes da Austrália,
Canadá, França, Alemanha, Japão, México, Holanda, Reino Unido Irlanda e
Estados Unidos.
Em 2001, foi fundada em Londres, Inglaterra, a International
Accounting Standards Board (Iasb), entidade sucessora da Iasc. Atualmente, as
normas emanadas pelo Iasb são aceitas em mais de 160 países.
O Iasb tem como compromisso principal desenvolver um modelo único
de normas contábeis internacionais de alta qualidade, que requeiram transparência
e comparabilidade na elaboração de Demonstrações Contábeis, e que atendam ao
público interessado nas informações contábeis, sejam investidores,
administradores, analistas, pesquisadores ou quaisquer outros usuários e leitores
de tais demonstrações.
O Iasb emite pronunciamentos contábeis de abrangência internacional,
que são denominados de International Financial Reporting Standards (IFRS).
O QUE É CONTABILIDADE? 
Sabemos que existem diversos tipos de entidades (sociedades
limitadas, sociedades anônimas, associações, fundações, órgãos públicos, etc.),
correto? Essas pessoas jurídicas realizam diversos tipos de operações: compram
matéria-prima, vendem mercadorias, pagam a conta de luz, pagam funcionários,
movimentam dinheiro em banco. A contabilidade estuda e cuida do controle, do
registro, de todos esses fatos.
CONCEITO DE CONTABILIDADE
Por definição, Contabilidade é a ciência que estuda e controla o
patrimônio, com o objetivo de representá-lograficamente,
evidenciando suas variações e estabelecendo normas para sua
interpretação, análise e auditagem, e serve como instrumento
básico para a tomada de decisões de todos os setores direta ou
indiretamente envolvidos com a empresa.
Para Franco (1997, p. 19), É a ciência que estuda os fenômenos
ocorridos no patrimônio das entidades, mediante o registro, a classificação, a
demonstração expositiva, a análise e a interpretação desses fatos, com o fim
de oferecer informações e orientação – necessárias à tomada de decisões –
sobre a composição do patrimônio, suas variações e o resultado econômico
decorrente da gestão da riqueza patrimonial.
Então, diante da conceituação de Franco, pode-se inferir que
Contabilidade é o instrumento que fornece o máximo de informações úteis
para a tomada de decisões dentro e fora da empresa (entidade).
Entidade é qualquer pessoa física ou jurídica proprietária de um
patrimônio. Entendamos por Pessoa Física, todos nós pessoas
humanas, indivíduos (art. 40 do Código Civil Brasileiro). Por Pessoa
Jurídica, o indivíduo de existência abstrata, que nasce da reunião de
duas ou mais pessoas físicas ou jurídicas, que se associam com um
determinado fim (CREPALDI, 2008).
O termo pessoa fisica é usado ao se fazer distinção de entre seres
humanos e empresas. Uma pessoa física precisa ter documentos, prestar
informações ao governo e arcar com a responsabilidade das suas próprias dívidas.
Termo utilizado para fazer referência às pessoas e indivíduos, ou seja, todo
cidadão é uma pessoa física. As pessoas físicas são registradas quando nascem,
por meio da Certidão de Nascimento e além disso, recebem documentos de
controle e identificação, como o CPF – Cadastro de Pessoas Físicas e o RG –
Registro Geral.
O termo pessoa jurídica corresponde a uma entidade (empresa,
sociedade, organização etc) formada por uma ou mais Pessoas Físicas, com
propósitos e finalidades específicos, e direitos e deveres próprios e característicos.
Para Crepaldi (2008, p. 2): Contabilidade é um instrumento da
função administrativa que tem como finalidade:
• Controlar o patrimônio das entidades;
• Apurar o resultado das entidades;
• Prestar informações sobre o patrimônio e sobre o resultados das entidades
aos diversos usuários das informações contábeis.
Ela é muito antiga e surgiu para auxiliar as pessoas a tomarem
decisões. Os próprios governantes, há muito tempo, começaram a utilizá-la para
arrecadar impostos e tornar obrigatório para a maioria das empresas o registro de
seus eventos econômicos.
Ressalta-se, entretanto, que a Contabilidade não deve ser feita
visando basicamente a atender às exigências do governo, mas para auxiliar as
pessoas a tomarem decisões.
Todas as movimentações possíveis de mensuração monetária são
registradas pela Contabilidade, que, em seguida, resume os dados registrados em
forma de relatórios contábeis (MARION, 2010).
Ribeiro (2005) afirma que a Contabilidade é uma ciência social que
tem por objeto o patrimônio das entidades econômico-administrativas, tendo como
objetivo principal controlar esse patrimônio em decorrência de suas variações, pois
as entidades são dinâmicas.
Existem, ainda, muitos outros conceitos de Contabilidade, mas,
neste momento, apresenta-se o primeiro conceito oficial formulado no
primeiro Congresso Brasileiro de Contabilidade, realizado no Rio de Janeiro,
de 17 a 27 de agosto de 1924: “a ciência que estuda e pratica as funções de
orientação, de controle e de registro relativas à administração econômica”.
Portanto, definiu-se que a Contabilidade é uma ciência factual e
social. A natureza social da Contabilidade se traduz na preocupação pela
compreensão da maneira com que os indivíduos ligados à área contábil criam,
modificam e interpretam os fenômenos contábeis, sobre os quais informam seus
usuários; representa a realidade que deve ser observada por esse ramo do
conhecimento humano.
Você sabia que a Contabilidade, mesmo que de forma não sistemática,
existe desde 4000 a.C.? Entretanto, não existe unanimidade sobre sua natureza.
Para alguns, ela se classifica como arte; para outros, como técnica ou, ainda,
como ciência. Mas, apesar desses posicionamentos controversos, optou-se pela
classificação da Contabilidade como uma disciplina de natureza científica,
enquadrando-a como uma ciência factual e social, considerando que o fator social
é preponderante na atividade contábil.
DESENVOLVIMENTO DA CIÊNCIA CONTÁBIL
A Contabilidade atinge sua maturidade entre os séculos XIII e XVI d.C.
(comércio com as Índias, burguesia, Renascimento, mercantilismo, etc.),
consolidando-se no trabalho elaborado pelo frade franciscano Luca Paccioli, que
publicou, na Itália, em 1494, um trabalho sobre Contabilidade que ainda hoje é de
grande utilidade no meio contábil. Assim, nasceu a Escola Italiana de
Contabilidade, que dominou o cenário mundial até o início do século XX (MARION,
2010).
Entretanto, o desenvolvimento da Contabilidade como ciência foi
notório nos Estados Unidos, no século XX, principalmente após a Depressão de
1929, com a acentuação de pesquisas nessa área para melhor informar o usuário
da Contabilidade. 
A ascenção cultural e econômica dos EUA, o crescimento do mercado
de capitais e, consequentemente, da auditoria, a preocupação em tornar a
Contabilidade algo útil para a tomada de decisão, a atuação acentuada do Instituto
dos Contadores Públicos americanos, a clareza didática da exposição dos autores
em Contabilidade foram, entre outros, fatores que contribuíram para a formação da
Escola Contábil Americana, que domina nosso cenário contábil atual. O Brasil,
inclusive, segue o modelo de Contabilidade dos Estados Unidos, apesar de ela ter
nacido na Escola Italiana (MARION, 2010).
Então, é possível perceber a importância da Contabilidade enquanto
instrumento que registra e informa o patrimônio das entidades, sejam elas pessoas
físicas ou jurídicas, que buscam nela respostas para a tomada de decisões.
A Contabilidade é uma ciência que registra as operações de uma
entidade em andamento, em continuidade, que funcionará por prazo
indeterminado. 
É o grande instrumento que auxilia a administração a tomar decisões.
Na verdade, ela coleta todos os dados econômicos, mensurando-os
monetariamente, registrando-os e sumarizando-os em forma de relatórios ou de
comunicados, que contribuem sobremaneira para a tomada de decisões.
ENTENDENDO O CONCEITO
Contabilidade é CIÊNCIA: ao contrário do que muitos pensam, a
Contabilidade não é uma ciência exata. Segundo a doutrina, trata-se de uma
ciência social, haja vista que tem como foco o patrimônio que envolve um
conjunto de pessoas dentro da sociedade, com implicações internas e
externas, pois variações nesse patrimônio afetam de alguma forma o meio ao
qual está inserido.
A Contabilidade orienta, controla e registra os atos e fatos: A fim
de atingir a sua finalidade básica, qual seja, a de fornecer informações sobre
a situação financeira e patrimonial da entidade, a Contabilidade utiliza-se de
técnicas que permitem orientar, controlar e registrar os atos e fatos contábeis da
entidade.
Outro conceito interessante destacado pela doutrina é o seguinte:
“Contabilidade é, objetivamente, um sistema de informação
e avaliação destinado a prover seus usuários com
demonstrações e análises de natureza econômica,
financeira, física e de produtividade, com relação à entidade
objeto de contabilização”.
A contabilidade é uma ciência! Cuidado com questões que a
definem como técnica, metodologia, e até mesmo arte! 
A contabilidade pode ser entendida como um instrumento
gerencial de tomada de decisão.
OBJETO DE ESTUDO DA CONTABILIDADE
Já percebemos, pelo exposto atéaqui que a Contabilidade surgiu da
necessidade de controlar o patrimônio das entidades sejam elas físicas ou
jurídicas. Então, o patrimônio de uma entidade é o objeto da Contabilidade,
definido como o conjunto de bens, direitos e obrigações para com terceiros,
pertencente a uma pessoa física, ou a um conjunto de pessoas, chamada de
pessoa jurídica.
“A pessoa física ou pessoa natural é o ser humano, o
indivíduo. [...] A pessoa jurídica é um indivíduo de
existência dotada, que nasce da reunião de duas ou mais
pessoas físicas, ou jurídicas, que se associam a um
determinado fim.” (CREPALDI, 2008, p.2-3).
O objeto da contabilidade é o PATRIMÔNIO. Mas, o que a
Contabilidade entende por patrimônio? Patrimônio é conjunto de bens, direitos
e obrigações de uma determinada entidade, que a contabilidade estuda tanto
sob o aspecto quantitativo qu anto qualitativo
Assim, por meio da Contabilidade, podemos ter controle sobre o
patrimônio da entidade: saber o quantitativo de mercadorias no estoque da
empresa, a quantidade de veículos disponíveis, as despesas administrativas
incorridas pela empresa, tais como salários, aluguéis, etc.
Para conhecer a situação do patrimônio em determinado momento,
bem como suas variações e os efeitos da ação administrativa sobre a riqueza
patrimonial, a Contabilidade registra, classifica, demonstra, analisa e interpreta os
fatos ocorridos no patrimônio, evidenciando seus aspectos específicos e
quantitativos, para fins de orientação administrativa.
O aspecto específico, também chamado qualitativo, considera as
espécies de bens, direitos e obrigações que compõem a riqueza patrimonial, tais
como: dinheiro, mercadorias, móveis, máquinas, imóveis, instalações e contas a
receber ou a pagar. 
O aspecto quantitativo evidencia a quantidade de cada componente,
expressa em moeda, como, por exemplo: dinheiro em caixa $500, mercadorias
$1.000, móveis $200, máquinas $300, imóveis $2.000, instalações $250, contas a
receber $100, e contas a pagar $150.
As variações patrimoniais são qualitativamente representadas pelos
diversos tipos de receitas (também chamadas ingressos) e de despesas (gastos ou
saídas de bens) e, quantitativamente, por seus respectivos valores.
O patrimônio também é objeto de outras ciências sociais – por
exemplo, da Economia, da Administração e do Direito – que, entretanto, o estudam
sob ângulos diversos daquele da Contabilidade, que o estuda nos seus aspectos
quantitativos e qualitativos.
Diante do exposto até aqui já podemos afirmar que o objeto da
Contabilidade é o patrimônio das entidades.
FINALIDADE DA CONTABILIDADE
A Contabilidade alcança sua finalidade através do registro, da
classificação, da demonstração, da auditoria, da análise e da interpretação de
todos os fatos relacionados com a formação, a movimentação e as variações do
patrimônio administrado vinculado à entidade. 
Sua finalidade é, pois, assegurar o controle desse patrimônio,
fornecendo a seus administradores informações e orientações necessárias à
ação administrativa, bem como a seus titulares (proprietários do patrimônio)
e demais pessoas a eles relacionadas, as informações e interpretações sobre
o estado patrimonial e o resultado das atividades desenvolvidas pela
entidade para alcançar seus fins.
A finalidade da Contabilidade, como podemos perceber, é um
dos principais sistemas de controle e informação das empresas.
Através das demonstrações contábeis de uma entidade pode-se
verificar a sua situação, sob os mais diversos enfoques, tais
como análise da estrutura de capital, da evolução, da solvência,
da garantia dos pagamentos a seus fornecedores, empregados,
etc. (CREPALDI, 2008).
A finalidade principal da ciência contábil, que algumas vezes pode
também ser chamada de objetivo é fornecer a seus usuários informações
sobre a situação patrimonial e financeira da entidade.
A finalidade da Contabilidade, como podemos perceber, é um
dos principais sistemas de controle e informação das empresas.
Através das demonstrações contábeis de uma entidade pode-se
verificar a sua situação, sob os mais diversos enfoques, tais
como análise da estrutura de capital, da evolução, da solvência,
da garantia dos pagamentos a seus fornecedores, empregados,
etc. (CREPALDI, 2008).
OBJETIVO DA CONTABILIDADE
Como vocês puderam perceber, a Contabilidade é considerada um
sistema de informação destinado a prover seus usuários de dados para
ajudá-los a tomar decisões. Para atingir seus objetivos, a Contabilidade fornece
informações importantes para seus usuários, que podem ser quaisquer pessoas
(físicas ou jurídicas) que tenham interesse no conhecimento fornecido por ela.
O objetivo meio da contabilidade é controlar o patrimônio, ao
passo que o objetivo fim ( finalidade ) da contabilidade é fornecer
informação sobre esse patrimônio controlado.
O objetivo científico da Contabilidade manifesta-se na correta
representação do patrimônio e na apreensão e análise das causas de suas
mutações.
Já sob a ótica pragmática, a aplicação da Contabilidade a uma
entidade particularizada busca prover os usuários com informações sobre aspectos
de natureza econômica, financeira e física do patrimônio da entidade e suas
mutações, o que compreende registros, demonstrações, análises, diagnósticos e
prognósticos, expressos sob a forma de relatos, pareceres, tabelas, planilhas e
outros meios.
Assim, ouve-se com frequência que um dos objetivos da Contabilidade
é o acompanhamento da evolução econômica e financeira de uma entidade. No
caso, o adjetivo “econômico” é empregado para designar o processo de formação
de resultado, isto é, as mutações quantitativo-qualitativas do patrimônio, as que
alteram o valor do patrimônio líquido, para mais ou para menos, correntemente
conhecidas como “receitas” e “despesas”. Já os aspectos qualificados como
“financeiros” concernem, em última instância, aos fluxos de caixa.
CAMPO DE APLICAÇÃO DA CONTABILIDADE 
A contabilidade é aplicada a todas as entidades que possuem um
patrimônio a ser controlado, ou seja, a contabilidade se aplica às aziendas, que
são entidades econômico-administrativas. 
Assim, a Contabilidade se aplica tanto em entidades que possuam fins
lucrativos (empresários), como também naquelas em que não há fins lucrativos,
(União, Estados, associações, por exemplo).
A doutrina costuma classificar a azienda, quanto ao fim a que se destina, em três
tipos:
• Azienda econômica: A finalidade é a obtenção de lucro. Exemplos:
sociedades comerciais e industriais.
• Aziendas econômico-sociais: São aquelas que, além das finalidades sociais,
visam também ao lucro, com o objetivo de prestar serviços, pecúlios e
benefícios às pessoas que contribuíram para sua formação.
• Aziendas sociais: São entidades que não visam lucro na execução de suas
atividades. Exemplos: entidades beneficentes e instituições sem fins
lucrativos de apoio à cultura.
Quanto aos seus proprietários as aziendas classificam-se em:
• Aziendas públicas: pertencem à sociedade, porém podem estar sob a
administração do poder público ou privado. Exemplo: sindicatos, fundações
e o próprio Estado; e
• Aziendas particulares: propriedades particulares pertencentes a uma pessoa
ou a um grupo de pessoas, como as sociedades civis ou comerciais ou o
próprio patrimônio de uma família.
FUNÇÕES DA CONTABILIDADE 
Segundo a doutrina, a Contabilidade possui duas funções, quais
sejam: a função administrativa e a função econômica. Vejamos objetivamente cada
uma delas.
FUNÇÃO ADMINISTRATIVA
A contabilidade tem por função administrativa o controle do
patrimônio da entidade mediante registro dos fatos contábeis em livrosapropriados. Os principais livros são o Diário e o Razão.
FUNÇÃO ECONÔMICA
A contabilidade tem por função econômica a apuração do
resultado líquido (rédito), o qual pode ser positivo (lucro líquido) ou negativo
(prejuízo líquido).
USUÁRIOS DA INFORMAÇÃO CONTÁBIL 
Como vimos, a Contabilidade é um sistema de informações que
processa e traduz os dados, produzindo relatórios e demonstrações contábeis que
colocados à disposição dos usuários internos e externos à entidade mostram-lhes
a situação patrimonial da entidade em que se tem interesse.
O termo usuários pode ser considerado como qualquer
pessoa (física ou jurídica) que tenha interesse em
conhecer dados (normalmente fornecidos pela
Contabilidade) de uma entidade (MARION, 2009). 
A doutrina costuma classificar os usuários da informação contábil em
dois grandes grupos: internos e externos.
Os usuários internos estão ligados aos objetivos e às atividades da
entidade. Como a própria classificação indica, são internos à entidade. Eles
influenciam na gestão administrativa da entidade (funções de planejamento,
aspectos gerenciais, como políticas de preços, gestão de pessoal, etc).
Basicamente, são os administradores e acionistas/sócios controladores. Os
usuários internos são representados pelos administradores dos diversos níveis da
administração (gerentes, administradores, diretores, funcionários em geral)
Os usuários externos, por sua vez, não compõem como regra a
estrutura da entidade. Estão interessados em diversas informações, de acordo
com o seu objetivo. Basicamente, englobam os acionistas/sócios não
controladores (investidores), bancos, fornecedores, governo, entre outros.
As demonstrações contábeis elaboradas dentro do que prescreve esta
Estrutura Conceitual objetivam fornecer informações que sejam úteis na tomada de
decisões econômicas e avaliações por parte dos usuários em geral, não tendo o
propósito de atender a finalidade ou a necessidade específica de determinados
grupos de usuários.
As demonstrações contábeis elaboradas com tal finalidade satisfazem
as necessidades comuns da maioria dos seus usuários, uma vez que quase todos
eles utilizam essas demonstrações contábeis para a tomada de decisões
econômicas, tais como:
• Decidir quando comprar, manter ou vender instrumentos patrimoniais;
• Avaliar a administração da entidade quanto à responsabilidade que lhe tenha
sido conferida e quanto à qualidade de seu desempenho e de sua prestação
de contas;
• Avaliar a capacidade de a entidade pagar seus empregados e proporcionar-
lhes outros benefícios;
• Avaliar a segurança quanto à recuperação dos recursos financeiros
emprestados à entidade;
• Determinar políticas tributárias;
• Determinar a distribuição de lucros e dividendos;
• Elaborar e usar estatísticas da renda nacional; ou
• Regulamentar as atividades das entidades.
Entre os usuários das demonstrações contábeis incluem-se
investidores atuais e potenciais, empregados, credores por empréstimos,
fornecedores e outros credores comerciais, clientes, governos e suas agências e o
público. Eles usam as demonstrações contábeis para satisfazer algumas das suas
diversas necessidades de informação. Essas necessidades incluem:
• Investidores: Os provedores de capital de risco e seus analistas que se
preocupam com o risco inerente ao investimento e o retorno que ele produz.
Eles necessitam de informações para ajudá-los a decidir se devem comprar,
manter ou vender investimentos. Os acionistas também estão interessados
em informações que os habilitem a avaliar se a entidade tem capacidade de
pagar dividendos.
• Empregados: Os empregados e seus representantes estão interessados em
informações sobre a estabilidade e a lucratividade de seus empregadores.
Também se interessam por informações que lhes permitam avaliar a
capacidade que tem a entidade de prover sua remuneração, seus benefícios
de aposentadoria e suas oportunidades de emprego. 
• Credores por empréstimos: Estes estão interessados em informações que
lhes permitam determinar a capacidade da entidade em pagar seus
empréstimos e os correspondentes juros no vencimento.
• Fornecedores e outros credores comerciais: Os fornecedores e outros
credores estão interessados em informações que lhes permitam avaliar se
as importâncias que lhes são devidas serão pagas nos respectivos
vencimentos. Os credores comerciais provavelmente estarão interessados
em uma entidade por um período menor do que os credores por
empréstimos, a não ser que dependam da continuidade da entidade como
um cliente importante.
• Clientes: Os clientes têm interesse em informações sobre a continuidade
operacional da entidade, especialmente quando têm um relacionamento a
longo-prazo com ela, ou dela dependem como fornecedor importante.
• Governo e suas agências: Os governos e suas agências estão interessados
na destinação de recursos e, portanto, nas atividades das entidades.
Necessitam também de informações a fim de regulamentar as atividades das
entidades, estabelecer políticas fiscais e servir de base para determinar a
renda nacional e estatísticas semelhantes.
• Público: As entidades afetam o público de diversas maneiras. Elas podem,
por exemplo, fazer contribuição substancial à economia local de vários
modos, inclusive empregando pessoas e utilizando fornecedores locais. As
demonstrações contábeis podem ajudar o público fornecendo informações
sobre a evolução do desempenho da entidade e os desenvolvimentos
recentes. 
TÉCNICAS CONTÁBEIS 
Segundo a doutrina, as técnicas contábeis são o conjunto de
procedimentos utilizados pela contabilidade para registrar ou levantar os fatos
contábeis. Nesse sentido, as técnicas são as seguintes: 
ESCRITURAÇÃO 
É a técnica contábil que se encarrega do registro dos fatos que
alteram o patrimônio de uma entidade, vale dizer, toda vez que ocorrer alguma
alteração nos bens, direitos e obrigações de uma entidade, essas alterações
devem ser registradas por meio da técnica de escrituração. O registro de todas as
ocorrências patrimoniais é feito pela Contabilidade através de técnica que lhe é
própria, que chamamos Escrituração. 
E o conceito de técnica é esclarecido por Santos et al. (2004, p. 23).
Técnica representa um processo ordenado, isto é,
segundo regras, de qualquer atividade humana. Em sua
acepção original, técnica significa toda realização de
coisas sensorialmente perceptíveis a serviço de uma
necessidade ou de uma ideia; denota, por conseguinte, a
habilitação ou destreza, tanto para o necessário (produzir
coisas) quanto para o belo (tornar visível uma ideia). 
ELABORAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTABEIS
Técnica que possui, basicamente, o objetivo de evidenciar os
fatos contábeis escriturados. A técnica das demonstrações contábeis está
voltada a elaboração de relatórios resumidos apresentando a situação
patrimonial em determinada data ( balanço patrimonial ), a demonstração do
resultado do exercicio, a demonstração dos fluxos de caixa, a demonstração
dos lucros ou prejuizos acumulados além de outros demonstrativos.
As demonstrações contábeis obrigatórias segundo a Lei 6404/1976
( Lei das S/A ), são: balanço patrimonial, demonstração do resultado do exercício,
demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados, demonstração dos fluxos de
caixa, e demonstração do valor adicionado ( S/A de capital aberto ).
Como o simples registro dos fatos não é um elemento suficientemente
informativo e orientador, a Contabilidade reúne os fatos registrados, também
segundo procedimento próprio, em demonstrações expositivas, que recebem a
designação genérica de demonstrações contábeis e denominações específicas
de inventário, Balanços Patrimoniais (BP),Demonstrações de Resultados do
Exercício (DRE), Demonstrações dos Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA),
das Demonstrações das Mutações do Patrimônio Líquido (DMLP) e, com as
alterações da Lei n. 6.404/76 pela Lei n. 11.638/07 de 28 de dezembro de 2007,
passaram a ser obrigatórias as Demonstrações do Valor Adicionado (DVA) e a
dos Fluxos de Caixa (DFC), sendo que a Demonstração das Origens e
Aplicações de Recursos (DOAR) deixou de ser obrigatória, apesar de ser um
instrumento de análise.
AUDITORIA 
A Contabilidade ainda se utiliza de mais uma técnica especializada,
com o fim de confirmar a exatidão dos registros e das demonstrações
contábeis, a auditoria que constitui atualmente uma das mais importantes
especializações do profissional da área.
A Auditoria possui o objetivo de examinar a escrituração e
evidenciação das informações financeiras verificando se essas informações foram
elaboradas de acordo com as normas vigentes e os princípios contábeis.
A auditoria contabil compreende o exame de documentos, livros
contabeis, registros, além de realização de inspeções e obtenção de fontes
internas e externas, tudo relacionado com o controle do patrimônio da entidade
auditada. A auditoria tem por objetivo averiguar a exatidão dps registros contábeis
e das demonstrações contábeis no que se refere aos eventos que alteram o
patrimônio e a representação desse patrimônio, buscando a detecção de erros e
fraudes. Também são verificados o cumprimento dos principios contábeis pela
entidade. 
Além de ser uma técnica contábil, a auditoria também pode ser
entendida como um ramo da contabilidade.
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 
Outra técnica especializada, chamada Análise das Demonstrações
Contábeis, conhecida como análise de balanços, também é utilizada pela
Contabilidade. Utiliza métodos e processo permite decompor, comparar e
interpretar o conteúdo das demonstrações contábeis, fornecendo
informações analíticas, orientadoras e úteis à tomada de decisões s
específicos,, não somente para administradores e titulares do patrimônio, mas
também para investidores financiadores e todos os que com eles mantêm relações
de interesse.
Depois que as demonstrações foram publicadas e auditadas, os seus
usuários têm interesse nas informações nelas contidas. Um investidor desejará
saber, por exemplo, o quanto essa empresa está dando de retorno para cada ação
do capital social.
O credor por empréstimo desejará saber o quanto tem de garantia
para poder conceder tranquilamente o empréstimo que deseja, e assim por diante.
Tudo isso é feito através da técnica contábil chamada de análise das
demonstrações contábeis ou análise de balanços.
A análise das demonstrações contábeis possui o objetivo de extrair
informações sobre a situação financeira, econômica e patrimonial da entidade, a
fim de subsidiar o processo de tomada de decisões. 
É técnica que se utiliza de métodos e processos cientificos (estatistica)
na decomposição, comparação e interpretação do conteudo das demonstrações
contábeis, para a obtenção de informações analíticas. Cita-se como exemplo, o
grau de endividamento e de liquidez de uma empresa, que auxiliam na tomada de
decisões da mesma.
COMPONENTES DO PATRIMÔNIO 
O Patrimônio é o conjunto de bens, direitos e obrigações de uma
entidade. A partir deste momento, chamaremos o conjunto de bens e direitos de
ativo. Por seu turno, as obrigações serão chamadas de passivo.
➔ ATIVOS = BENS E DIREITOS
➔ PASSIVO = OBRIGAÇÕES 
BENS 
Por bens entende-se o conjunto de coisas que possuem valor
econômico e que podem ser convertidos em dinheiro; normalmente, são
utilizados na realização do objetivo principal da empresa. Esses bens podem ser
tangíveis ou intangíveis. Vale lembrar que os bens são também chamados de
direitos reais. 
Um bem intangível apresenta complicação na sua identificação, pois
não tem corpo e, assim, não é identificado visualmente. A sua identificação é feita
por meio de contratos, documentos ou outra forma que evidencie a sua existência.
Contudo, quando identificado e controlado pela empresa, pode ser registrado.
Como exemplo de bens intangíveis há o capital intelectual, a marca, um direito de
exploração de um espaço comercial, direito de explorar uma franquia.
O “dinheiro no bolso”, ou o dinheiro que está na tesouraria, ou seja, o
dinheiro em espécie em contabilidade é chamado de caixa. 
O dinheiro que está na conta-corrente do banco é chamado de banco
conta movimento, isto é, é o dinheiro que está lá no banco porque lá eu tenho uma
conta de livre movimentação. 
A conta banco movimento é um bem também, veiculos, máquinas,
equipamentos, móveis, utensilios, terrenos, edifícios, casa, avião, iate, moto,
celular. 
Os bens que nós podemos tocar são denominados bens tangiveis
ou corpóreos, mas também existem os bens intangiveis ou incorpóreos. 
Existem empresas em que o bem mais precioso é a marca, que é um
bem intangível ou incorpóreo, sistemas de computador ( software ), o direito de
explorar determinada atividade, por exemplo, um avião, é um bem corpóreo mas o
direito de explorar determinada rota aérea por exemplo a Ponte Aérea Rio-São
Paulo é um bem intangivel ou incorpóreo, ou por exemplo, um táxi é um bem
corpóreo mas a licença para esse motorista trabalhar no aeroporto por exemplo, é
um bem intangível ou incorpóreo. 
Exemplo de bens intangíveis ou incorpóreos são as marcas ou seja, o
direito de de usar determinada marca, o direito de explorar determinada patente,
softwares, etc. 
Não custa lembrar que todos esses exemplos citados acima são
apenas exemplificativos, não são exaustivos. 
DIREITOS 
Quando falamos em direitos, devemos lembrar que existem os direitos
reais que são os direitos sobre a coisa própria. Os direitos reais são os chamados
bens. Os direitos pessoais são os valores a receber / recuperar / a compensar,
contas a receber, duplicatas a receber, notas promissórias a receber, titulos a
receber, empréstimo concedido, adiantamento a empregado ou a funcionário,
adiantamento a fornecedor, ICMS a recuperar, IPI a recuperar, PIS a recuperar,
COFINS a recuperar, Clientes, ou seja, seja lá o que for que eu tiver a receber é
um direito.
Direitos são os recursos que a empresa tem a receber ou a
recuperar junto a terceiros. Representam os créditos da empresa junto aos
terceiros. Só existe direito em uma empresa porque alguém deve alguma coisa
para ela. Os direitos também integram o grupo que estamos chamando de
ativo. 
OBRIGAÇÕES 
Quando uma questão de prova, ou um livro mencionar o termo
“obrigações” sem maiores detalhes, subentende-se que são “obrigações para com
terceiros”, porque o Cebraspe também entende que há obrigações para com os
proprietários ( sócios ). Nesta situação, aqui, digamos assim, são as obrigações
“normais”, as dívidas para com terceiros. 
Um exemplo clássico, ocorre quando pedimos dinheiro emprestado, ou
temos que pagar algo a alguém, quando pedimos algo emprestado ou adiantado. 
Outro exemplo ocorre quando estamos “devendo para o Governo”, e
nesse caso, são os tributos a pagar, tributos a recolher, ou seja, todas as
obrigações representam dividas. 
Podemos citar como exemplos de obrigações: contas a pagar,
duplicatas a pagar, titulos a pagar, nota promissória a pagar, empréstimos obtidos
( ou apenas empréstimo ), financiamentos obtidos ( ou apenas financiamento ),
Imposto de renda a pagar, CSLL a pagar, ICMS a recolher, IPI a recolher, PIS a
recolher, COFINS a recolher, fornecedores, adiantamento, adiantamento de
clientes, 
Uma observação importante ocorre quando aparece o termo
“empréstimo” em uma prova, lembre-se de que já está convencionado, já é praxe o
entendimentode que empréstimo está referindo-se ao empréstimo obtido, ou
empréstimo a pagar. 
As obrigações representam os débitos, é um exigível, aquilo que
empresa terá que pagar para alguém. As obrigações compõem o grupo que
chamamos de passivo.
CONTAS 
O que são as contas ? Conta é cada item que compõe o
patrimônio, ou o resultado. 
Existem 5 grandes grupos de contas, também chamados de elementos
das demonstrações contábeis.
• Ativo
• Passivo
• Patrimônio líquido
• Receita
• Despesa
No ativo, nós temos os bens e os direitos sob o controle da
empresa, ao passo que no passivo, nós temos as obrigações com terceiros.
( dividas ).
Desse modo, podemos perceber que o ativo e o passivo
representam o patrimônio de uma entidade, já que o patrimônio é o
conjunto de bens, direitos e obrigações de uma entidade.
O ativo, passivo e o patrimônio liquido mantém relação com o
patrimônio, ao passo que a receita e a despesa mantém uma relação com o
resultado. 
Na contabilidade, o controle é mais importante do que a propriedade.
Porque muitas vezes, a entidade pertence á A, mas que detém o controle, quem
usufrui é B, então, para fins de contabilidade, está no ativo de B. 
Geralmente, é o proprietário é quem controla, mas se houver uma
situação, em que o proprietário é uma pessoa, mas quem controla é outra pessoa,
vai para o ativo de quem controla. 
ATIVO
No ativo, encontramos os bens, os direitos, os recursos
econômicos controlados pela entidade. Então, todo bem, todo direito, tudo
isso são contas do ativo. 
Exemplo de contas do ativo: caixa, banco conta movimento, estoque,
mercadorias, produtos, matéria-prima, material de consumo, máquinas,
equipamentos, móveis, utensilios, veiculos, terrenos, edificações, imóveis, casa,
apartamento, marcas, patentes, softwares, adiantamento a funcionário,
adiantamento a diretor, aplicações financeiras, poupança, clientes, contas a
receber, duplicatas a receber, titulos a receber etc.
PASSIVO
Representa o conjunto de obrigações perante terceiros. ( dividas ).
Exemplo de contas do passivo:: contas a pagar, duplicatas a pagar, titulos a pagar,
notas promissórias a pagar, fornecedores a pagar, empréstimos, financiamentos,
adiantamento de clientes, tributos a pagar, tributos a recolher, dividendos a pagar,
juros sobre capital próprio a pagar, etc.
COMO REGISTRAR UM FATO CONTÁBIL ? 
Registrar nesse caso, significa dizer quais itens do patrimônio do
foram afetados. 
Então, ao nos depararmos com os livros de uma entidade (e
entendam por livros comerciais ou contábeis – tratem como sinônimos –
principalmente o livro diário e razão), encontraremos todos esses fatos.
Na Contabilidade, como regra, os fatos contábeis são registrados pelo
Método das partidas dobradas, também conhecido como Método Veneziano
ou digrafia. Por esse método, o total dos lançamentos a débito e a crédito se
equivalem e, por consequência, não há devedor sem que haja credor e vice-
versa.
Método das partidas dobradas: o total dos débitos sempre terá
de ser igual ao total dos créditos!
O método das partidas simples, também conhecido como unigrafia,
é pouco usado na Contabilidade atualmente e é considerado incompleto, pois não
possibilita o controle do resultado e da situação líquida.
ORIGENS X APLICAÇÕES 
Todo e qualquer fato contábil vai mexer com pelo menos 2 itens ( 2
contas ) do patrimônio, porque existe um item representando a origem e outro item
representando a aplicação. 
Em qualquer fato as origens são iguais ás aplicações. Sempre em
qualquer evento que afete o patrimônio, observaremos para cada origem uma
aplicação. O que importa é que em um mesmo fato, otal da origem será sempre
igual ao total das aplicações.

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