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6 - Abordagens Teóricas da Contabilidade e5 - Estrutura da Contabilidade Brasileira

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Abordagens Teóricas da Contabilidade
Aula 1 Conceito, Objeto e Objetivo 
Tema 01 – Conceito, objeto e objetivo da contabilidade
O objetivo da contabilidade está relacionado ao reporte de informações sobre aspectos patrimoniais das entidades. Diante disso, pode-se dizer que o objetivo da contabilidade é fornecer informações úteis aos usuários tomadores de decisão. Também como linguagem dos negócios, a contabilidade irá fornecer informações úteis aos usuários acerca do patrimônio das entidades, o qual pode ser conceituado de forma mais prática como o conjunto de bens, direitos e obrigações de uma entidade, assim como o objeto da contabilidade é o patrimônio.
Tema 02 – Origem e evolução da contabilidade
O controle do patrimônio pode ser considerado como a origem da contabilidade, tendo se iniciado no momento em que o homem primitivo começou a desenvolver o pensamento de quantificar seus bens. A contabilidade passou por fases evolutivas até chegar ao patamar em que se encontra hoje, as quais acompanham a própria evolução das civilizações.
Primeira fase: história antiga ou da contabilidade empírica. Início das civilizações até 1.202 d.C. (obra de Leonardo Fibonacci);
Segunda fase: história média ou da sistematização da contabilidade de 1.202 d.C. (obra de Leonardo Fibonacci) até 1.494 d.C. (obra de Luca Pacioli);
Terceira fase: história moderna ou da literatura da contabilidade de 1.494 d.C. (obra de Luca Pacioli) até 1.840 d.C. (obra de Francesco Villa);
Quarta fase: história contemporânea ou científica da contabilidade de 1.840 d.C. (obra de Francesco Villa) até a atualidade.
A evolução da contabilidade é dividida em quatro períodos: 
História antiga ou da contabilidade empírica.
História média ou da sistematização da contabilidade. 
História moderna ou da literatura da contabilidade.
História contemporânea ou científica da contabilidade.
Tema 03 – Escola da contabilidade
Escola italiana de contabilidade: A Itália foi o berço da contabilidade, foi a primeira escola de contabilidade onde surgiram várias correntes de pensamento contábil (Escola contista; Escola personalista; Escola controlista; Escola aziendalista e Escola patrimonialista).
Algumas razões da queda da escola italiana: 
Excessivo culto à personalidade. 
Ênfase a uma contabilidade teórica. 
Pouca importância à auditoria. 
Queda no nível das principais faculdade.
Escola americana de contabilidade: Aprimoramento das técnicas contábeis para atender um número maior de usuários, tendo foco em informações econômicas e financeiras com destaque para técnicas de auditoria. Ênfase nos problemas econômico-administrativos. 
Algumas razões da ascensão da escola norte-americana: 
Ênfase ao usuário da informação contábil. 
Ênfase à contabilidade aplicada. 
Bastante importância à auditoria. 
Universidade em busca de qualidade.
Tema 04 – Tipos de informações: patrimoniais, financeiras e econômicas
As informações sobre a posição patrimonial dizem respeito ao conjunto de bens, direitos e obrigações da entidade, e são extraídas do Balanço Patrimonial. As informações financeiras abrangem dois aspectos muito importantes que dizem respeito à sobra ou à falta de dinheiro, e o principal demonstrativo para obtenção destas é o demonstrativo de fluxo de caixa.
As informações acerca da situação econômica da entidade dizem respeito basicamente às mutações ocorridas no patrimônio líquido desta, mais especificamente do resultado de um determinado exercício, e o principal demonstrativo para fornecimento dessas informações é o demonstrativo de resultado do exercício.
A contabilidade tem como objetivo gerar informações para que os diversos usuários possam tomar decisões. Eles podem ser desde pessoa física até pessoa jurídica.
A aplicação da contabilidade em determinada empresa busca o fornecimento de informações aos usuários sobre aspectos de natureza Patrimonial Financeira e Econômica.
Tema 05 – Enfoques prescritivo e descritivo
A teoria normativa se apoia no dedutivismo, e de forma prescritiva ela demonstra como a contabilidade deveria ser à luz dos objetivos e postulados contábeis, que são dados indiscutíveis. Nesse sentido, a teoria normativa impõe o que deve ser feito, fundamentada nos objetivos e postulados da contabilidade. 
Características: Apoia-se no dedutivismo; Diz como a contabilidade deve ser; Baseia-se nos objetivos e postulados contábeis; Impõe o que deve ser feito.
O enfoque descritivo (positivo) tem essência empírica. Nesse enfoque, a pesquisa se inicia com uma dúvida sistemática em torno de um determinado objeto. Para responder a essa dúvida, são elaboradas hipóteses que são submetidas a testes empíricos por meio de testes estatísticos, o que levaria a comprovar ou refutar a hipótese.
Características: Apoia-se no método indutivo; Tem essência empírica; Trabalha com testes de hipóteses; Utiliza-se de técnicas estatísticas.
Enquanto o enfoque prescritivo busca o desenvolvimento de técnicas de mensuração, o enfoque descritivo busca verificar o impacto da informação contábil para os usuários dessa informação.
Métodos que proporcionam bases lógicas para a investigação: Dedutivo (do geral ao particular) e Indutivo (do particular ao geral).
OBS
CONCEITO, OBJETO E OBJETIVO DA CONTABILIDADE
“A contabilidade é uma ciência social, pois estuda o comportamento das riquezas que se integram no patrimônio, em face das ações humanas (portanto, a contabilidade ocupa-se de fatos humanos)”.
Conceito de contabilidade: No mundo dos negócios, a informação é muito valiosa, pois é com base nela que todo o processo de decisão é desencadeado. Assim, os tomadores de decisões necessitam de informações sobre a empresa na qual possuem algum tipo de interesse, e a contabilidade é a principal fonte dessas informações. 
A contabilidade é responsável por registrar, estudar e interpretar os fatos financeiros e econômicos que afetam a situação patrimonial de determinada pessoa física ou jurídica. O campo de aplicação dessa ciências e estende a todas as entidades que possuam patrimônio, sejam físicas ou jurídicas, de fins lucrativos ou não.
Objetivo da contabilidade: As informações fornecidas pela contabilidade tendem a atender aos mais diversos usuários, qualquer pessoa física ou jurídica com interesse em conhecer dados de certa entidade pode ser considerada um usuário da informação contábil. Ainda conforme o autor, os usuários podem ser classificados em internos (gerentes, diretores, administradores, funcionários) ou externos à empresa (instituições financeiras, fornecedores, governo, sindicatos). 
O objetivo, o qual é dado pela resolução 774 do Conselho Federal de Contabilidade(CFC): “o objetivo científico da contabilidade manifesta-se na correta apresentação do patrimônio e na apreensão e análise das causas das suas mutações” (Brasil,1995).
Permitir aos usuários a avaliação da situação econômica e financeira da entidade, tanto num sentido estático quanto a fazer inferências sobre tendências financeiras. 
Diante disso, pode-se dizer que o objetivo da contabilidade é fornecer informações úteis aos usuários tomadores de decisão.
Objeto da contabilidade: É fornecer informações úteis aos usuários das informações contábeis, os quais geralmente tomam decisões baseados em tais informações. As informações fornecidas são relacionadas ao patrimônio das entidades, desse aspecto, o objeto da contabilidade passa a ser o patrimônio das entidades.
No texto dado pela resolução 774 do Conselho Federal de Contabilidade,o patrimônio é descrito de forma mais abrangente:
Na Contabilidade, o objeto é sempre o PATRIMÔNIO de uma Entidade, definido como um conjunto de bens, direitos e de obrigações para com terceiros, pertencente a uma pessoa física, a um conjunto de pessoas, como ocorre nas sociedades informais, ou a uma sociedade ou instituição de qualquer natureza, independentemente da sua finalidade, que pode, ou não, incluir o lucro.(Brasil, 1995).
ORIGEM E EVOLUÇÃO DA CONTABILIDADE
A contabilidade surgiu da necessidade de controle, tendo se iniciado ainda na antiguidade, quando o homem começou a pensare as civilizações começaram a se formar. A partir desse momento, à medida que a sociedade evoluia, a contabilidade passou a acompanhá-la.
Fases evolutivas da contabilidade: É divididas em quatro períodos:
1º período: história antiga ou da contabilidade empírica - Teve início nos primórdios da civilização, quando o homem começou a desenvolver a habilidade de pensar e começou a controlar seus bens, uma forma rudimentar de contabilidade. O primeiro período teve início com as primeiras civilizações e terminou em 1202 d.C.,com a obra de Leonardo Fibonacci.
2º período: história média ou da sistematização da contabilidade - A obra de Fibonacci foi o primeiro marco para a sistematização da contabilidade, mas,depois dela, outras apareceram. De acordo com Iudícibus (2010), as partidas dobradas começaram a aparecer já no século XIII, nos grandes empreendimentos, embora fossem técnicas incompletas. Segundo o autor, o surgimento da técnica pode ter ocorrido entre 1280 e 1335. 
3º período:história moderna ou da literatura da contabilidade - Com a publicação do livro de Pacioli, o método das partidas dobradas tornou-se conhecido por toda a Europa, e,com a expansão do comércio marítimo, passou a ser conhecido também nos outros continentes, sendo adotado por comerciantes de praticamente todo o mundo. A partir da obra de Pacioli, outros trabalhos começaram a surgir, nos quais os tratadistas faziam pequenos melhoramentos no método das partidas dobradas, na tentativa de aperfeiçoá-lo.Em 1840, uma nova publicação fez encerrar o terceiro período da contabilidade.
4º período: história contemporânea ou científica da contabilidade - Em 1840 Villa expôs que a contabilidade deveria ser utilizada não somente para a escrituração, mas também para a tomada de decisão. A contribuição de Villa para o desenvolvimento científico da contabilidade se destacou em diversas áreas: sobre o estudo dos meios patrimoniais, sobre a renda, sobre o regime de competência, entre outros”. 
Com a obra de Villa,a contabilidade deixa de ser uma simples técnica de escrituração/registro e se afirma como ciência. Seu estudo se torna necessário e sua fase científica, que se iniciou com Villa,permanece até os dias atuais.
ESCOLAS DA CONTABILIDADE
A escola italiana de contabilidade: Foi nas cidades italianas que começaram a surgir obras voltadas para o desenvolvimento e sistematização das técnicas de escrituração, em especial, o método das partidas dobradas. Após a divulgação do método das partidas dobradas por meio do livro do frei Luca Pacioli, a escola italiana ganhou grande impulso e se espalhou por toda a Europa.
Dentro da escola italiana, surgiram várias correntes de pensamento contábil, sendo as principais: 
Escola contista - Foi a primeira corrente do pensamento contábil da escola italiana, tendo surgido dos estudos acerca do método das partidas dobradas. A ideia central do contismo versava sobre o fato de se pensar que o comércio teria cinco objetivos principais que se denomina Teoria das Cinco Contas (Mercadorias; Dinheiro; Efeitos a receber; Efeitos a pagar; Lucros e perdas). 
De acordo com os autores supracitados, fazer lançamentos de débito ou crédito em uma dessas contas seria o mesmo que creditar o próprio comerciante, e essa personificação gerou críticas ao modelo,sendo Francesco Marchi um dos principais críticos da primeira escola italiana.
Escola personalista - A teoria personalista vincula as contas às pessoas responsáveis pelos fatos. Essas pessoas devem à empresa os valores correspondentes aos bens ou direitos sob sua responsabilidade, ou são credoras das obrigações assumidas pela empresa. A teoria personalista foi desenvolvida por Francesco Marchi, e,posteriormente,Giuseppe Cerboni estabeleceu seus princípios. 
A teoria divide as contas em três grupos: Contas do proprietário (o proprietário é a pessoa que entregou ao administrador o capital e, por isso, tem direito àquela parcela e suas variações. Essa conta diz respeito ao capital, lucro e perdas. As contas de lucro e perdas compreendiam as contas de receita.), Contas dos agentes consignatários (pessoas encarregadas pelo administrador de guardar os bens existentes no patrimônio, e possuem responsabilidade perante o administrador pelos valores que lhe forem entregues:dinheiro, mercadorias, bens, móveis, etc.) e Contas de correspondentes (pessoas que mantêm relações jurídicas com o administrador. As relações podem ser de ativo, quando representam direitos, ou de passivos, quando representam obrigações. Essas contas representam as relações com terceiros.).
Escola controlista - A teoria controlista considerava o objeto da contabilidade o controle econômico das aziendas, e esse controle envolvia um estudo dos fatores que provocam variações no patrimônio. A visão sobre a contabilidade diverge da visão da escola personalista, pois, as contas não eram abertas a pessoas, e sim para registrar valores. O controle em todas as fases do processo de geração de riqueza da entidade, denominando-as controle antecedente, controle concomitante e controle subsequente, cada uma com funções próprias, mas todas atuando de forma integrada. 
A proposta da teoria controlista de indicar o controle como objeto da contabilidade representou um avanço em termos de organização do processo contábil.No entanto, a teoria passou a ser criticada porque,embora o controle econômico seja uma das finalidades do sistema de escrituração, não abrange a sua totalidade como objeto da contabilidade.
Escola aziendalista - Pode ser conceituada como “o conjunto de bens, direitos e obrigações que constituem o patrimônio, sob ação administrativa do homem”. A escola aziendalista teve como percursor Gino Zappa, que defendia que o estudo da contabilidade estava muito restrito em face das ideias da corrente controlista e ampliou esse campo para o estudo da gestão. Assim, Zappa considerava a azienda como um complexo econômico,e não simplesmente a soma dos fenômenos. 
A teoria aziendalista procurava demonstrar que existe uma interdependência entre organização, administração e contabilidade, formando a ciência econômica aziendal. No entanto, esta também sofreu críticas, principalmente por Vincenzo Masi, que defendia o patrimônio como objeto da contabilidade.
Escola patrimonialista - A teoria patrimonialista de Vincenzo Masi tem como foco os estudos na essência dos fatos econômicos e dos seus efeitos sobre a riqueza patrimonial das aziendas. Segundo essa teoria, o patrimônio se transforma com o desenvolvimento das atividades econômicas, devendo ser conhecidos e analisados adequadamente os motivos das variações ocorridas dentro de determinado período. Masi considerava o patrimônio sob dois aspectos, o estático e o dinâmico. A estática patrimonial examinava a estrutura da riqueza patrimonial,e a dinâmica lidava com a movimentação dessa estrutura. Essa foi a primeira escola que definiu o patrimônio como objeto da contabilidade.
Escola americana - No fim do século XIX e início do século XX,a contabilidade teve sua expansão dada por uma série de acontecimentos, entre os quais o desenvolvimento do mercado de capitais e o rápido desenvolvimento do comércio e da indústria. Houvesse a necessidade de aprimoramento das técnicas contábeis, que deveriam atender um número muito maior de usuários, que pressionavam as organizações exigindo informações confiáveis para garantir a integridade de seus investimentos. 
O grande fluxo de capital estrangeiro que ingressou nos Estados Unidos, bem como o seu desenvolvimento industrial,fizeram com que esse país aprimorasse as técnicas contábeis, focando em informações econômicas e financeiras, e destacando-se principalmente em técnicas de auditoria.
A escola norte-americana dava grande ênfase aos problemas econômico-administrativos. Dessa forma, contribuiu grandemente para a formação de áreas como a contabilidade financeira, contabilidade gerencial, contabilidade de custos, controladoria, análise de demonstrações contábeis, finanças, orçamento etc. Devido a esses e outros aspectos, a escola norte-americana começoua ganhar destaque, superando a escola italiana.
Queda da escola italiana e ascensão da escola norte-americana
Apesar das diferenças entre as escolas, ambas foram e ainda são de suma importância para a contabilidade. A escola italiana deu início a tudo e levou ao desenvolvimento da ciência, e a norte-americana aprimorou as técnicas e deu outro rumo à contabilidade, expandindo seu campo de atuação e sua aplicação.
TIPOS DE INFORMAÇÕES: PATRIMONIAIS, FINANCEIRAS E ECONÔMICAS
O sistema de informação contábil é o meio utilizado para efetivar a contabilidade e a informação contábil dentro da organização, preocupando-se em disponibilizar informações úteis para a tomada de decisões para todos os usuários que possuem interesse na entidade em questão.
Os principais grupos de interesses nas informações contábeis são: Investidores (Os provedores de capital de risco e seus analistas que se preocupam com o risco inerente ao investimento e o retorno que ele produz. Eles necessitam de informações para ajudá-los a decidir se devem comprar, manter ou vender investimentos. Os acionistas também estão interessados em informações que os habilitem a avaliar se a entidade tem capacidade de pagar dividendos.) Empregados (Os empregados e seus representantes estão interessados em informações sobre a estabilidade e a lucratividade de seus empregadores. Também se interessam por informações que lhes permitam avaliar a capacidade que tem a entidade de prover sua remuneração, seus benefícios de aposentadoria e suas oportunidades de emprego.) Credores por empréstimos (Estes estão interessados em informações que lhes permitam determinar a capacidade da entidade em pagar seus empréstimos e os correspondentes juros no vencimento.) Fornecedores e outros credores comerciais (Os fornecedores e outros credores estão interessados em informações que lhes permitam avaliar se as importâncias que lhes são devidas serão pagas nos respectivos vencimentos. Os credores comerciais provavelmente estão interessados em uma entidade por um período menor do que os credores por empréstimos, a não ser que dependam da continuidade da entidade como um cliente importante) Clientes (Os clientes têm interesse em informações sobre a continuidade operacional da entidade, especialmente quando têm um relacionamento a longo prazo com ela, ou dela dependem como fornecedor importante.) Governo e suas agências (Os governos e suas agências estão interessados na destinação de recursos e, portanto, nas atividades das entidades. Necessitam também de informações a fim de regulamentar as atividades das entidades, estabelecer políticas fiscais e servir de base para determinar a renda nacional e estatísticas semelhantes.) Público (As entidades afetam o público de diversas maneiras. Elas podem, por exemplo, fazer contribuição substancial à economia local de vários modos, inclusive empregando pessoas e utilizando fornecedores locais. As demonstrações contábeis podem ajudar o público fornecendo informações sobre a evolução do desempenho da entidade e os desenvolvimentos recentes.)
Considerando-se o objetivo principal da contabilidade, a aplicação dessa ciência dentro de determinada empresa busca o fornecimento de informações aos usuários sobre aspectos de natureza patrimonial (As contas patrimoniais dizem respeito aos itens do patrimônio, ou seja, o conjunto de bens, direitos e obrigações. Dessa forma, as informações sobre a posição patrimonial da entidade são extraídas da principal demonstração contábil, o balanço patrimonial O balanço patrimonial é o demonstrativo que possibilita ao usuário ter uma visão geral do patrimônio. Por meio dele, é possível saber como anda a situação patrimonial da entidade, a qual diz respeito aos itens que compõem o patrimônio da empresa, o seu conjunto de bens, direitos e obrigações. As obrigações podem ser divididas em duas partes: capital de terceiros e capital próprio. O capital de terceiros é representado pelo passivo e demonstra quanto da origem de recursos vem de terceiros. A conta de capital próprio é representada pelo patrimônio líquido da empresa e diz respeito ao capital que sócios ou proprietários investiram no negócio.), financeira ( abrangem dois aspectos muito importantes que é a sobra e a falta de dinheiro, é necessário um conjunto de informações que possibilite antecipar problemas de ordem financeira. Balanço Patrimonial indicador da situação financeira da entidade, ou seja, a capacidade de pagamento da empresa. A simples comparação entre o Ativo Circulante e o Passivo Circulante propicia ao usuário do Balanço uma visão panorâmica da Situação Financeira da empresa a curto prazo. O Ativo Circulante é constituído de dinheiro disponível, e quase dinheiro e futuro dinheiro, e o Ativo Circulante for menor que o Passivo Circulante, a empresa comercial ou industrial terá dificuldade em solver seus compromissos; portanto, sua Situação Financeira não é boa. Embora o balanço patrimonial forneça informações financeiras sobre o patrimônio da entidade, a principal demonstração para essas informações é o Demonstrativo de Fluxos de Caixa (DFC), pois fornece informações detalhadas sobre as atividades de investimento, de financiamento e operacionais da empresa durante o período abrangido pelas demonstrações contábeis.) e econômica (As informações acerca da situação econômica da entidade dizem respeito às mutações ocorridas no patrimônio líquido, em decorrência dos resultados alcançados no decorrer de determinado período. “Uma forma de avaliar a situação econômica é observar o Patrimônio Líquido da empresa e sua variação. Evidentemente, o crescimento real do Patrimônio Líquido vem fortalecer sua situação econômica”.Assim, pode-se dizer que, se o patrimônio líquido apresentou crescimento de um período para outro em proporção maior que o passivo, a situação econômica da empresa melhorou. Os usuários da informação contábil tomam decisões econômicas relacionadas à capacidade da entidade em gerar caixa e equivalentes de caixa, se ela conseguirá pagar suas contas e também se conseguirá pagar dividendos.). 
ENFOQUES PRESCRITIVO E DESCRITIVO
A metodologia científica é a disciplina que instrumentaliza o processo de conhecimento científico, visando gerar caminhos que aperfeiçoem a civilização humana. A construção de conhecimento inicia com os métodos que proporcionam bases lógicas para a investigação. No caso da contabilidade, trabalharemos com os métodos indutivo e dedutivo.
Métodos que proporcionam bases lógicas para a investigação - Os métodos esclarecem os procedimentos lógicos a serem seguidos no processo de investigação científica dos fatos da natureza e da sociedade. Um item que deve ser considerado nas pesquisas científicas e que proporciona base lógica para a investigação é o argumento. Dois tipos de argumentos de grande importância para a pesquisa são a Dedução (começa do geral e desce ao particular, partindo de princípios reconhecidos como verdadeiros e indiscutíveis e possibilitando que se chegue a conclusões de maneira puramente formal, isto é, em virtude unicamente de sua lógica. Método proposto pelos racionalistas,segundo os quais apenas a razão é capaz de levar ao conhecimento verdadeiro, que decorre de princípios a priori evidentes e irrecusáveis. É mais utilizado por pesquisadores normativistas.) e a Indução (É um processo mental no qual o pesquisador parte de dados particulares constatados e infere uma verdade geral ou universal. O indutivo é o método proposto pelos empiristas, os quais acreditam na formação do conhecimento a partir das experiências humanas, desconsiderando muitas vezes normas e princípios estabelecidos. Esse tipo de pesquisador adota em suas pesquisas, geralmente, o enfoque positivista, o qual é relacionado aos acontecimentos do mundo real.) 
Assim, com base nesses dois métodos, temos as duas abordagens utilizadas em pesquisas científicas na contabilidade, o enfoque prescritivo ( A teoria normativa se apoia no dedutivismo, e de forma prescritiva ela demonstra como a contabilidade deveria ser à luz dos postuladoscontábeis, que são dados indiscutíveis.Nesse sentido, a teoria normativa impõe o que deve ser feito, fundamentada nos objetivos e postulados da contabilidade. “O processo normativo implica criatividade.” Dessa forma, pesquisas em contabilidade utilizando o enfoque prescritivo dizem respeito à criação de novos procedimentos, ou mesmo o aperfeiçoamento dos já existentes, para que se busque melhorar cada vez mais a ciência contábil. Dessa forma, o normativismo estaria elaborando novas normas, padrões e procedimentos, considerando a existência de objetivos e postulados, adotados e impostos pelos órgãos que regulamentam a contabilidade.) e o enfoque descritivo (O enfoque descritivo (positivo) tem essência empírica. Nele, a pesquisa se inicia com uma dúvida sistemática em torno de determinado objeto. Para responder a essa dúvida, são elaboradas hipóteses e estas são submetidas a testes empíricos e estatísticos, o que leva a comprová-las ou refutá-las.) 
Assim, os dois enfoques vão para lados opostos. Enquanto o enfoque prescritivo busca o desenvolvimento de técnicas de mensuração, o descritivo busca verificar o impacto da informação contábil nos usuários dessa informação.
Aula 2 Classificação Patrimonial 
Tema 01 – Autonomia patrimonial
O patrimônio da entidade é reconhecido como sendo o objeto da contabilidade, mas o princípio da entidade determina que deve haver a autonomia patrimonial, ou seja, ele deve estar sob o controle da entidade e não deve confundir-se com o patrimônio dos sócios-proprietários. Também deve-se levar em conta que a autonomía patrimonial apresenta sentido unívoco. Por consequência, o patrimônio pode ser decomposto em parte segundo os mais variados critérios, tanto em termos quantitativos quanto qualitativos. Mas nenhuma classificação, mesmo que dirigida sob ótica setorial, resultará em novas entidades (Resolução CFC n. 774/94).
Reconhece o patrimônio como objeto da contabilidade.
Afirma a autonomia patrimonial.
Reconhece a necessidade da diferenciação de um patrimônio particular no universo dos patrimônios existentes.
Entidade contábil: Unidade econômica que exerce controle sobre recursos, aceita responsabilidade por assumir e cumprir compromissos e conduz a atividade econômica.
Sentido unívoco do patrimônio: O patrimônio pode ser decomposto em partes. Podem ser utilizados variados critérios para a divisão. Novas classificações não resultarão em novas entidades.
Tema 02 – Classificação patrimonial: bens, direitos e obrigações
Antes de fazer os lançamentos contábeis, deve-se fazer a classificação dos itens para que não haja inconsistência na elaboração das demonstrações e evitar a divulgação de informações não confiáveis aos usuários. Os bens e direitos são classificadas no ativo da empresa. 
Os bens representam itens passíveis de avaliação monetária, os quais podem satisfazer necessidades do ser humano. Podem ser classificados de dois pontos de vista: do contábil e da composição física. 
Os direitos representam os valores que a empresa tem a receber de terceiros, provenientes de suas atividades operacionais. 
As obrigações são valores que a empresa deve a terceiros e são classificados no passivo da entidade, e, conforme sua natureza, a representação da conta pode ter sua nomenclatura acompanhada da expressão a pagar ou a recolher.
Tema 03 – Classificação patrimonial: patrimônio líquido
O patrimônio líquido representa as obrigações da empresa para com seus sócios/ proprietários e, por esse motivo, esse grupo é também conhecido como passivo não exigível. A diferença é que o passivo representa as obrigações da empresa e por esse motivo é também chamado de passivo exigível.
De acordo com a Lei n. 11.638/2007, para as sociedades por ações a divisão do patrimônio líquido é feita da seguinte forma: capital social; reservas de capital; ajustes de avaliação patrimonial; reservas de lucros; ações em tesouraria; prejuízos acumulados.
Tema 04 – Equação patrimonial básica
A teoria do débito e do crédito, o total de origem de recursos deve ser igual ao total de aplicações. Temos uma equação que representa o patrimônio da entidade. A estrutura patrimonial, apresentada pelo Balanço Patrimonial, demonstra o equilíbrio entre as contas positivas e as contas negativas. 
Equação patrimonial básica da contabilidade: 
Ativo = passivo + patrimônio líquido (A = P + PL)
Partindo da equação patrimonial, a situação patrimonial líquida da entidade pode ser demonstrada por meio da seguinte fórmula:
Ativo – passivo = situação patrimonial líquida 				
Com base nessa equação, a situação patrimonial líquida das empresas pode se apresentar como sendo positiva, negativa ou nula. Positiva (A > P), Negativa (A < P) e Nula (A = P).
Tema 05 – Mutações na situação patrimonial
Existem dois tipos de eventos que ocorrem nas empresas em decorrência de decisões tomadas e que podem ou não alterar o patrimônio.
Atos administrativos: são eventos que não provocam alterações no patrimônio.
Por exemplo: admitir empregados, assinar documentos etc.
Fatos administrativos: são também chamados de fatos contábeis e se caracterizam por fazer modificações no patrimônio. Por exemplo: compras, vendas, pagamentos, despesas etc.
· Fatos permutativos;
· Fatos modificativos – aumentativos ou diminutivos; 
· Fatos mistos – aumentativos ou diminutivos.
OBS
AUTONOMIA PATRIMONIAL
A Resolução CFC n. 750,os princípios constituem a condição de legitimidade das Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC), e representam a essência das doutrinas e teorias relativas à Ciência da Contabilidade.
“O Princípio da ENTIDADE reconhece o Patrimônio como objeto da Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação de um patrimônio particular no universo dos patrimônios existentes, independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins lucrativos. Por consequência, nesta acepção, o patrimônio não se confunde com aqueles dos seus sócios ou proprietários, no caso de sociedade ou instituição.”
Não usar o patrimônio da empresa para fins pessoais, pois isso compromete os bens dela.
Devemos ter em mente a autonomia patrimonial, pois o patrimônio da empresa a ela pertence e deve ser diferenciado do patrimônio de seus sócios ou proprietários, assim se determina o princípio da entidade
A Entidade Contábil - consiste em determinar a unidade econômica que exerce controle sobre recursos, aceita responsabilidade por assumir e cumprir compromissos e conduz a atividade econômica. 
A Resolução CFC n. 774/1994, defende que a entidade poderá ser desde uma pessoa física, a qualquer tipo de sociedade, instituição ou conjunto de pessoas, como: 
Famílias; Empresas; Governos; Sociedades beneficentes, religiosas, culturais, esportivas, de lazer, técnicas; Sociedades cooperativas; Fundos de investimento e outras modalidades.
Para a contabilidade é necessário que haja a autonomia patrimonial, que é declarada por meio da formalização da entidade na forma jurídica, conforme disposto da Resolução CFC n. 774/1994.
A pessoa jurídica como uma entidade tem o objetivo de explorar organizadamente uma atividade qualificada como comum, sendo assim, passível de direitos e obrigações distintos das pessoas físicas. 
Sentido unívoco do patrimônio - Impede a formação de novas entidades a partir da divisão do patrimônio para fins de controles gerenciais. Sobre esse assunto, a Resolução CFC n. 774/1994.
Relacionado à questão da garantia jurídica de propriedade, o que dá autonomia ao patrimônio da entidade, uma vez que garante a ela o direito de exercício de poder patrimonial.
CLASSIFICAÇÃOPATRIMONIAL: BENS, DIREITOS E OBRIGAÇÕES
O patrimônio tem sentido amplo: por um lado significa o conjunto de bens e direitos pertencente à uma pessoa ou empresa, por outro lado inclui as obrigações a serem pagas.
O conjunto de bens, direitos e obrigações forma as contas patrimoniais, que são demonstradas no Balanço Patrimonial da entidade, a principal demonstração contábil existente.
O balanço demonstrao patrimônio da entidade, seu conjunto de bens, direitos e obrigações.
Bens - Representa itens passíveis de avaliação monetária, os quais podem satisfazer necessidades do ser humano. Podem ser classificados sob dois pontos de vista: o contábil e o da composição física, sofrendo subclassificações.
Aspecto contábil: 
· Bens de troca: São os que tem por finalidade ser trocados por outros bens, direitos e até obrigações. Geralmente conhecidos por mercadorias, o dinheiro constitui-se em um bem que pode ser trocado por qualquer patrimônio. 
· Bens de uso: São utilizados pela empresa de maneira permanente, ou seja, durante o processo de utilização não desaparecem e podem ser utilizados novamente. Exemplos: balcões, veículos,imóveis, computadores, etc.
· Bens de consumo: São aqueles que, durante o processo em que são utilizados pela empresa, desaparecem, ou seja, são consumidos e não podem ser reutilizados. Exemplos: embalagem, combustível, tinta para impressão, etc.
Estrutura física: 
· Materiais: tem corpo físico, concretos e tangíveis. Classificados em bens móveis ou imóveis.
· Bens Móveis:são aqueles que podem mudar de lugar, sem que haja alteração em seu estado original, ou seja, podem mover-se sem que mudem suas características físicas. Exemplos: veículos, mesas, cadeiras, computadores, balcões, etc.
· Bens imóveis:aqueles que não podem ser deslocados de seu lugar original, sem causar danos em sua forma física. Exemplos: prédios, terrenos, barracões, etc.
· Imateriais: Não tem corpo físico, são conhecidos também como incorpóreos, abstratos e intangíveis. Representam determinados gastos que a empresa realizou e que, por sua característica, devem fazer parte do patrimônio. Não são muito comuns, devido à sua natureza. Exemplos: marcas e patentes, fundo de comércio.
Direitos - representa os valores que a empresa tem a receber de terceiros, provenientes de suas atividades operacionais. Alguns exemplos de direitos são: duplicatas a receber, notas promissórias a receber, aluguéis a receber, impostos a recuperar, adiantamento a fornecedores, adiantamento a empregados.
Pode-se dizer que o direito e a obrigação nasceram no mesmo momento, pois para que alguém tenha um direito, outra pessoa tem que ter uma obrigação.
Obrigações - são os valores que a empresa deve aos terceiros, são classificadas no passivo da entidade, pode ter sua nomenclatura acompanhada da expressão a pagar ou a recolher.
Que são: duplicatas a pagar, notas promissórias a pagar, salários a pagar, seguros a pagar, impostos a recolher, etc.
CLASSIFICAÇÃOPATRIMONIAL: PATRIMÔNIO LÍQUIDO
De acordo com a Lei n. 11.638/2007, para as sociedades por ações, a divisão do Patrimônio Líquido é feita da seguinte forma:
· Capital social: Representa o valor inicial pelo qual a empresa iniciou suas atividades e incorpora também acréscimos posteriores que podem ocorrer, tanto por aporte de novos recursos, quanto por meio de reinvestimento de parte dos lucros.
· Reservas de capital: Representam valores recebidos que não transitam pelo resultado, como acontece com as receitas. Isso acontece porque os valores destinados às reservas de capital não têm relação com a entrega de bens ou serviços da empresa.
· Ajuste de avaliação patrimonial: Essa conta é decorrente das contrapartidas de aumentos ou diminuições de valores atribuídos a elementos do ativo e do passivo
· Reservas de lucros: Essa conta é formada por valores que dizem respeito à parcela de lucros não distribuídos pela empresa com objetivo específico definido. Compostas pelas seguintes contas - Reserva legal; Reservas estatutárias; Reservas para contingências; Reservas de lucros para expansão; Reservas de lucros a realizar.
· Ações em tesouraria: esta conta é redutora do Patrimônio Líquido. Nela são registrados os valores relacionados às compras que a empresa faz de suas próprias ações no mercado.
· Prejuízos acumulados: Representam valores negativos que a empresa retifica no seu Patrimônio Líquido, reduzindo assim, o valor do mesmo.
O Patrimônio Líquido é o primeiro grupo de contas que recebe valores no Balanço Patrimonial, e a partir dele, as outras contas começam a “ter vida”, pois no momento em que o capital social da empresa começa a ser integralizado, o ativo começa a receber valores, tornando possível a visualização da igualdade entre as contas credoras e devedoras, um dos atributos da equação patrimonial básica.
EQUAÇÃO PATRIMONIAL BÁSICA
O Balanço Patrimonial tem representação em forma de T, justamente por apresentar as contas conforme o método das partidas dobradas, ou seja, as contas do ativo (lado esquerdo) são de natureza devedora, e as contas do passivo e Patrimônio Líquido (lado direito), de natureza credora.
Origens e aplicações de recursos - Num primeiro momento, a origem de recursos será sempre o capital social da empresa, e na medida em que operações forem sendo realizadas, ela também terá as contas do passivo como origem de recursos, pois trabalhará com compras a prazo, pagamento de funcionários, impostos, empréstimos, financiamentos, etc. Por outro lado, todos os bens e direitos adquiridos com as atividades operacionais serão classificados no ativo, compondo a aplicação dos recursos.
Equação patrimonial básica da contabilidade - As contas patrimoniais dispostas no balanço possuem naturezas diferentes. De um lado, temos o ativo, representando as contas positivas, e do outro lado, temos o passivo, representando as contas negativas. A diferença entre as contas positivas e negativas irá evidenciar a situação líquida da entidade, ou, o Patrimônio Líquido. A equação patrimonial demonstra a relação entre as contas e evidencia o verdadeiro significado do Patrimônio Líquido, demonstrando a situação líquida da entidade naquele determinado momento. Ativo = Passivo + Patrimônio Líquido (A = P + PL)
Situações patrimoniais líquidas - essas obrigações com os donos da empresa são denominadas de situação líquida e se modificam com as alterações no capital e apurações do resultado (lucros ou prejuízos). Ativo - Passivo = Situação Patrimonial Líquida
Situação patrimonial líquida positiva - ocorre quando o ativo é maior que o passivo, evidenciando um Patrimônio Líquido positivo. Essa situação pode ser representada de duas formas: 
· Quando o ativo for maior que o passivo, sendo o passivo maior que zero, representada da seguinte forma: A > P sendo o P > 0.
Embora haja dívidas para com terceiros, os valores do ativo são suficientes para quitá-las, havendo ainda sobra de recursos para os proprietários.
· Quando o ativo for maior que o passivo, sendo o passivo igual a zero, representada da seguinte forma: A > P sendo o P = 0. 
A entidade não possui dívidas com terceiros, sendo os valores do ativo integralmente revertidos aos proprietários.
Situação patrimonial líquida negativa - quando o total de obrigações exigíveis (passivo) é maior que o total da soma de bens e direitos (ativo). Também conhecida como desfavorável ou deficitária, revela que há dívidas para com terceiros e que os valores do ativo não são suficientes para quitá-las, sendo necessário um incremento financeiro por parte dos proprietários. A empresa apresenta prejuízos acumulados.
Situação patrimonial líquida nula - o total de bens e direitos é igual ao total das obrigações exigíveis. Essa situação é também conhecida como equilibrada, pois não existe riqueza própria. 
ssa situação revela que há dívidas para com terceiros e os valores dos ativos são suficientes para quitá-las, mas não sobrando valores para os proprietários. 
Com base na situação patrimonial líquida, é possível ao sócio ou proprietário saber como anda o seu investimento inicial na empresa, possibilitando um acompanhamento da evolução do seu capital no decorrer dos exercícios subsequentes,desde o surgimento da empresa.
MUTAÇÕES NA SITUAÇÃO PATRIMONIAL
Existem dois tipos de eventos que acontecem nas empresas em decorrência de decisões tomadas, que podem ou não alterar o patrimônio. São eles:
· Atos administrativos: eventos que não provocam alterações no patrimônio. Exemplos: admitirempregados, assinar documentos, etc.
· Fatos administrativos: Também chamados de fatos contábeis e se caracterizam por provocarem modificações no patrimônio. Exemplos: compras, vendas, pagamentos, despesas, etc. 
Podem ser classificados em: Fatos permutativos; Fatos modificativos (aumentativos ou diminutivos); Fatos mistos (aumentativos ou diminutivos). 
Fatos permutativos - não alteram o Patrimônio Líquido, fazendo somente com que ocorram trocas entre os elementos do patrimônio, como: bens por bens (Compra de mercadorias à vista), bens por obrigações (Compra de instalações a prazo), direitos por bens (Recebimento de direitos), bens por obrigações (Pagamento de obrigações), etc. 
Geram modificações nos saldos das contas que representam os bens, direitos e obrigações, mas sem alterar a situação líquida.
Fatos modificativos - provocam alterações no patrimônio das entidades, modificando a situação líquida. Podem ser aumentativos,quando aumentam o patrimônio, e diminutivos, quando diminuem o patrimônio. Exemplos: Receitas de aluguel (fato modificativo aumentativo); Receitas de juros (fato modificativo aumentativo); Despesas de salários (fato modificativo diminutivo); Despesas financeiras (fato modificativo diminutivo).
Esses fatos têm relação com contas de resultado. Dessa forma, considera-se que quando ocorrerem, irão afetar uma conta patrimonial relacionada à bens, direitos ou obrigações, e a contrapartida será uma conta de resultado, receitas ou despesas, que afetarão no lucro e, consequentemente, no Patrimônio Líquido.Exemplos: Pagamento de despesas = Saída de dinheiro do caixa = Diminuição do ativo. Reconhecimento de uma despesa = Diminuição do lucro = Diminuição do Patrimônio Líquido.
Fatos mistos - são combinações dos fatos permutativo com os de modificativa, ao mesmo tempo que provocam modificações na composição dos bens, direitos e obrigações a pagar, alteram também a situação líquida.
Exemplos: Venda de mercadorias com lucro (entrou dinheiro no caixa, saiu mercadoria – modificações no ativo) e houve aumento do Patrimônio Líquido.Pagamento de duplicatas com juros (saiu dinheiro do caixa - ativo), diminuiu as obrigações (passivo) e houve uma despesa (os juros pagos), diminuindo o Patrimônio Líquido.
Aula 3 Classificação de Contas de Resultado 
Tema 01 - Classificação de contas de resultados
Contas patrimoniais geram entradas (receitas) de recursos, enquanto outras geram saídas (despesas ou custos) de recursos.
O resultado do período é evidenciado fazendo a confrontação das receitas e despesas/custos auferidos pela entidade num determinado período. 
O resultado (ou crédito) de uma entidade, num determinado período, poderá ser lucro ou prejuízo. Será lucro se o total de receitas auferidas pela entidade for maior que o total de despesas, caso contrário será prejuízo.
Tema 02 - Regimes de escrituração: competência
Os registros dos fatos administrativos ou contábeis também são chamados de escrituração contábil.
Momento econômico: provoca alterações no patrimônio no momento em que ocorre - fator gerador) 
Momento financeiro: modifica o patrimônio no momento em que há entradas ou saídas de dinheiro - caixa e/ou equivalentes de caixa. 
Os fatos contábeis e os registros podem ocorrer em momentos distintos.
A lei determina que a escrituração deve estar de acordo com os princípios de contabilidade, e evidencia o regime de competência no qual os fatos contábeis devem ser registrados no momento em que ocorre o fator gerador de sua ocorrência, e não no momento em que ocorrem as respectivas entradas e saídas de caixa relacionadas a esses fatos. 
Regime de competência - O Princípio da Competência determina que os efeitos das transações e outros eventos sejam reconhecidos nos períodos a que se referem, independentemente do recebimento ou pagamento, (Resolução CFC n. 750, de 29 de dezembro de 1993).
Tema 03 - Regimes de escrituração: caixa
É uma sistemática de registro contábil que considera apenas os pagamentos e os recebimentos da empresa, de acordo com a data de entrada e de saída dos recursos financeiros – ou seja, somente no ato da movimentação financeira.
Pelo regime de caixa, o reconhecimento de despesas e receitas é realizado somente na data do seu pagamento ou recebimento. Esse regime não é aceito pela legislação brasileira, pois ele não atende aos princípios contábeis e nem às normas internacionais de contabilidade (Não considera os direitos e Não considera as obrigações). O regime de caixa não permite o registro de fatos que ainda não ocorreram, enquanto que o regime de competência faz os registros independentemente de pagamentos e recebimentos.
Tema 04 - Conteúdo informacional dos accruals
Os lucros são constituídos, basicamente, pelos fluxos de caixa e pelos accruals (ajustes temporários aos fluxos de caixa), representam a diferença entre o lucro líquido e o fluxo de caixa operacional líquido da entidade.
Alguns exemplos de contas que podem ser classificadas como accruals em decorrência da apuração de resultado pelo regime de competência: clientes a receber; depreciação; provisões do ativo; fornecedores; provisões do passivo. 
Todas essas contas serão lançadas na demonstração de resultados para a apuração do lucro/prejuízo do período. 
Conceito de accruals - Representam a diferença entre o lucro líquido e o fluxo de caixa operacional líquido da entidade ( Fluxo de caixa + Accruals = Resultado contábil– lucro/prejuízo). 
Tema 05 - Aspectos conceituais do método de partidas dobradas
A ideia central desse método consiste no fato de que, em qualquer operação realizada, haverá para cada débito um crédito de igual valor. 
Saldo devedor é matematicamente inverso a saldo credor;
Um lançamento a débito aumenta um saldo devedor; 
Um lançamento a débito diminui um saldo credor;
Um lançamento a crédito aumenta um saldo credor;
Um lançamento a crédito diminui um saldo credor;
Um débito é inverso a um crédito.
OBS
CLASSIFICAÇÃO DE CONTAS DE RESULTADO
A obrigação é uma conta patrimonial, mas deverá ser paga em algum momento. No momento em que a empresa incorrer no pagamento dessa obrigação, ela é baixada do grupo patrimonial e se transforma em uma conta de resultado, classificando-se como despesa. 
Algumas contas patrimoniais geram entradas de recursos, enquanto outras geram saídas de recursos. O resultado do período é evidenciado fazendo a confrontação das receitas e despesas/custos auferidos pela entidade num determinado período. 
As contas de resultado são importante medida de desempenho da entidade, pois evidenciam a quantidade de receitas auferidas e todos os custos e despesas incorridos na obtenção dessas receitas. 
REGIMES DE ESCRITURAÇÃO: COMPETÊNCIA
Os registros dos fatos administrativos ou contábeis são também chamados de escrituração contábil, cuja técnica foi divulgada pelo frei Luca Pacioli,em 1.494,com o nome de método das partidas dobradas. 
O registro de cada fato chama-se lançamento, e cada lançamento é efetuado nos livros contábeis.
Regimes de Escrituração Contábil - Se os fatos contábeis ocorrem em momentos diferentes, em qual eles devem ser registrados? 
O regime de escrituração a ser utilizado pelas empresas é determinado pelas leis, normas e princípios que regem a contabilidade. Existem dois regimes de escrituração, sendo eles: Regime de Competência e Regime de Caixa. 
Regime de Competência: Art. 9º determina que os efeitos das transações e outros eventos sejam reconhecidos nos períodos a que se referem, independentemente do recebimento ou pagamento. Dessa forma, entende-se que o regime de competência deve escriturar os fatos pelo momento econômico e não pelo momento financeiro. 
Diante de todo o exposto, o regime de competência é o regime de escrituração que registra os fatos contábeis no momento em que ocorre o fato gerador da ocorrência, ou seja, no momento econômico. Diante disso, o regime de competência é o que deve ser utilizado pelas empresas na escrituração dos fatos contábeis, conforme determina a lei.
REGIMES DE ESCRITURAÇÃO: CAIXA 
É um sistemática de registro contábil queconsidera apenas os pagamentos e os recebimentos da empresa, de acordo com a data de entrada e de saída dos recursos financeiros –ou seja, somente no ato da movimentação financeira. 
Não é aceito pela legislação brasileira, pois não atende aos princípios contábeis e nem às normas internacionais de contabilidade.
Pode ser utilizado pelas empresas para contabilidade auxiliar, como valioso instrumento de controle e decisão. Considerando como receita do exercício aquela que efetivamente foi recebida dentro do período, assim como as despesas, somente aquelas que foram pagas dentro do exercício.
Motivos da escolha do Regime de Competência para a Escrituração - Só o regime de competência identifica o momento da geração do evento econômico. O regime de competência, ao identificar o momento da geração do econômico, automaticamente identifica a geração de um direito ou de uma obrigação, permitindo o controle posterior desses direitos e dessas obrigações no Balanço Patrimonial.
Também visa a evidenciação de informações que são de suma importância para os usuários da informação contábil, pois o regime de caixa não demonstraria as contas relacionadas a pagamentos e recebimentos futuros da entidade.
O lucro sempre será apurado pelo regime de competência.
CONTEÚDO INFORMACIONAL DOS ACCRUALS
Conceito de lucro - está relacionado aos fatos ocorridos no momento econômico, não importa se a empresa já recebeu todos os valores referentes à venda de seus produtos, mercadorias ou serviços, nem se ela já pagou por todas as suas despesas; mas o que importa mesmo é saber o quanto ela vendeu e o quanto gastou dentro de um determinado período.
Lucro, é o montante que pode ser consumido sem reduzir o capital. O lucro representa o rendimento atribuído especificamente ao capital investido diretamente por uma empresa. A lucratividade pode ser medida a partir de um conjunto de operações dentro de um prazo de tempo devidamente estabelecido, sendo o lucro o resultado.
Os lucros são constituídos, basicamente, pelos fluxos de caixa e pelos accruals. Os componentes de fluxos de caixa englobam receitas e despesas que corresponderam a efetivas entradas ou saídas de recursos financeiros no período. Por outro lado, os accruals são ajustes temporários aos fluxos de caixa.
Conceito de accruals - representam a diferença entre o lucro líquido e o fluxo de caixa operacional líquido da entidade. Para o autor, o conceito representa todas as contas que entram na contabilização do resultado do período, mas que não implicam na movimentação de disponibilidades. Fluxo de caixa + Accruals = Resultado contábil (lucro/prejuizo).
Podemos considerar como accruals todos os valores referentes a itens que se formaram nas contas patrimoniais e que serão lançados na demonstração de resultados para a evidenciação do resultado do exercício. 
os accruals podem ser caracterizados como as contas patrimoniais que dizem respeito a direitos e obrigações da entidade e que tendem a impactar no resultado do exercício em decorrência da escrituração dos fatos pelo regime de competência.
Devemos considerar que os valores da conta de clientes a receber serão reconhecidos como receita do período, mesmo não tendo movimentado caixa ainda. Do mesmo modo, as provisões, os fornecedores e a depreciação serão lançados como despesas do período, mesmo ainda não tendo sido pagas. Dessa forma, tem-se a configuração dessas contas em accruals quando da apuração do resultado do exercício pelo regime de competência.
ASPECTOS CONCEITUAIS DO MÉTODO DE PARTIDAS DOBRADAS
No método das partidas dobradas, o registro de um fato administrativo exige a movimentação de, no mínimo, duas contas. Por esta razão o somatório dos valores creditados, em todas as contas, a qualquer época, será sempre igual aos valores debitados. O lançamento em duplicidade, de um débito e um crédito, sempre de mesmo valor, dá uma garantia relativa de que estes foram efetuados corretamente. No método das partidas dobradas, o lançamento a débito sempre corresponde à aplicação e o crédito à origem, considerando que o fato administrativo sempre apresenta esta situação. De forma simplificada, poderíamos dizer: o dinheiro sai de um lugar (origem) e vai para outro (aplicação). 
Dívidas, devedores, debêntures e débitos, por exemplo, são palavras que resultada da base debere, ou dever, cuja contração é dr, nos lançamentos de diário. Créditos vêm da mesma raiz da palavra credo, ou seja, algo em que se acredita, depositamos nelas nossa confiança, emprestando-lhes dinheiro. 
De modo geral, essa é a lógica do método das partidas dobradas: “no mínimo duas contas são alteradas por um fato contábil. Dessa maneira, desenvolveu-se o hábito de chamar de partida o registro contábil na primeira conta alterada e de contrapartida o registro da segunda conta alterada.
Aula 4 Itens Patrimoniais e de Resultado 
Tema 01 – Ativos: aspectos conceituais
Pelo CPC 00, o ativo é um recurso controlado pela entidade como resultado de eventos passados e do qual se espera que fluam futuros benefícios econômicos para a entidade. 
A lei n. 6404/76 e suas alterações determina que as contas devem ser dispostas em ordem decrescente de grau de liquidez (quem gera lucros primeiro) que aparecem no Balanço Patrimonial. 
 
A classificação dos itens do ativo é dividido em duas partes, sendo elas: 		
· Ativo circulante (AC) engloba os bens que serão vendidos nos próximos 365 dias após o fechamento do balanço patrimonial.
· Ativo não circulante (ANC) engloba as demais contas.
Tema 02 – Passivos: aspectos conceituais		
O CPC 00 define o passivo como uma obrigação presente da entidade, derivada de eventos passados, cuja liquidação se espera que resulte na saída de recursos da entidade capazes de gerar benefícios econômicos”. Os passivos também devem ser dispostos no balanço patrimonial seguindo o critério de grau de exigibilidade.As contas do passivo são classificadas de ordem decrescente de sua exigibilidade, devendo ser ordenadas conforme seu prazo de vencimento, sendo dispostas primeiro as contas que vencem antes.	
As contas com vencimento para até 365 dias após a data de fechamento do balanço são classificadas no passivo circulante(curto prazo). Já o passivo não circulante (longo prazo) compreende as contas com vencimentos que excedem os 365 dias após o fechamento do balanço patrimonial.
	
Tema 03 – Patrimônio líquido: aspectos conceituais
O CPC 00 o define como interesse residual nos ativos da entidade depois de deduzidos todos os seus passivos. Porém passa a demonstrar direitos: 
· Interesses residuais em casos de liquidação;
· Interesses e particular em distribuições de dividendos;
· Interesses sobre direitos de participação no patrimônio líquido de uma entidade em continuidade.
A lei n. 11.638/2007, divide o PL da seguinte maneira: 
· Capital social
· Reservas de capital
· Ajustes de avaliação patrimonial
· Reservas de lucros
· Ações em tesouraria
· Prejuízos acumulados
Tema 04 – Receitas e ganhos: aspectos conceituais				
Receitas são aumentos nos benefícios econômicos durante o período contábil, sob a forma da entrada de recursos ou do aumento de ativos ou diminuição de passivos, que resultam em aumentos do patrimônio líquido, e que não estejam relacionados com a contribuição dos detentores dos instrumentos patrimoniais (CPC 00). 
Surge no curso das atividades usuais da entidade e é designada por uma variedade de nomes, tais como vendas, honorários, juros, dividendos, royalties, aluguéis”.
O ganho representa um resultado líquido favorável resultante de transações ou eventos não relacionados às operações normais do empreendimento. Embora sejam muito parecidos os conceitos de receitas e ganhos, e ambos tenham o mesmo efeito sobre patrimônio, é importante manter separado os valores referentes a ganhos e os referentes a receitas.
Tema 05 – Despesas e perdas: aspectos conceituais
Despesas são decréscimos nos benefícios econômicos durante o período contábil, sob a forma da saída de recursos ou da redução de ativos ou assunção de passivos,que resultam em decréscimo do patrimônio líquido, e que não estejam relacionados com distribuições aos detentores dos instrumentos patrimoniais (CPC 00). Importante ressaltar que as despesas são gastos voluntários, e sua incorrência é conhecida e acontece por vontade dos gestores da entidade, fato esse que diferencia as despesas das perdas.				
Perdas decorrem de transações incidentais ou periféricas e de outros eventos que podem estar além do controle da forma. 
A diferença entre despesas e perdas é a questão da forma de ocorrência, ou seja, as despesas ocorrem de forma normal e voluntária, enquanto as perdas são gastos anormais e involuntários.
OBS
Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido, ou seja, o conjunto de bens, direitos e obrigações que se configuram como origem e aplicação de recursos.
ATIVOS: ASPECTOS CONCEITUAIS
O ativo compõe o conjunto de bens e direitos de uma entidade, configurando-se como o lado de aplicações de recursos, e por conta disso, suas contas possuem natureza devedora. 
Definição de ativo - Definido pelo CPC 00, o ativo é um recurso controlado pela entidade como resultado de eventos passados e do qual se espera que fluam futuros benefícios econômicos para a entidade. 
Recurso controlado pela Entidade: está relacionado aos benefícios que tal ativo pode proporcionar. Segundo o CPC 00, embora a capacidade da entidade de controlar os benefícios econômicos normalmente resulte da existência de direitos legais, o item pode, contudo, satisfazer à definição de ativo mesmo quando não houver controle legal. Assim, o CPC coloca que na determinação da existência do ativo, o direito de propriedade não é essencial.
Resultado de eventos passados: para que um determinado item possa ser considerado um ativo, a transação que o originou já deve ter ocorrido, ou seja, deve ser oriundo de um evento que já passou. Conforme explica o CPC 00: transações ou eventos previstos para ocorrer no futuro não dão origem, por si só, ao surgimento de ativos.Desse modo, por exemplo, a intenção de adquirir estoques não atende, por si só, à definição de ativo.
Futuros benefícios econômicos: o benefício econômico futuro incorporado a um ativo é o seu potencial em contribuir, direta ou indiretamente, para o fluxo de caixa ou equivalentes de caixa para a entidade. 
O ativo pode ser:
Usado isoladamente ou em conjunto com outros ativos na produção de bens ou na prestação de serviços a serem vendidos;
Trocado por outros ativos;Usado para liquidar um passivo; 
Distribuído aos proprietários da entidade.
Classificações de ativos quanto ao Grau de Liquidez - a Lei n.6.404/1976 e suas alterações determina que as contas devem ser dispostas em ordem decrescente do Grau de Liquidez. O ativo possui contas que já se converteram em dinheiro (caixa, bancos), as de maior liquidez devem ser dispostas primeiro no Balanço Patrimonial. 
Classificações de ativos em Circulante e Não Circulante - o CPC 26 determina que a entidade deve apresentar ativos Circulantes e Não Circulantes, e Passivos Circulantes e Não Circulantes, como grupos de contas separados no Balanço Patrimonial. 
O Ativo Circulante da entidade, deve seguir os seguintes critérios:
(a) espera-se que seja realizado, ou pretende-se que seja vendido ou consumido no decurso normal do ciclo operacional da entidade;
(b) está mantido essencialmente com o propósito de ser negociado;
(c) espera-se que seja realizado até doze meses após a data do balanço;
(d) é caixa ou equivalente de caixa (conforme definido no Pronunciamento Técnico CPC 03 –Demonstração dos Fluxos de Caixa), a menos que sua troca ou uso para liquidação de passivo se encontre vedada durante pelo menos doze meses após a data do balanço.
Todos os demais ativos devem ser classificados como não circulantes.
Conforme o CPC 26, o Ativo Não Circulante deve ser subdividido em: realizável a longo prazo, investimentos, imobilizado e intangível. Possui em suas contas bens e direitos de naturezas distintas.
Disponibilidade:caixa, dinheiro em conta corrente.
Direitos realizáveis:clientes a receber, duplicatas a receber. 
Estoques: mercadorias, matéria-prima, material de escritório.
Realizável a longo prazo:direitos a receber no longo prazo.
Investimentos:ações em outras companhias.
Imobilizados:móveis, utensílios, veículos, instalações.
Intangíveis:marcas, patentes, fórmulas
PASSIVOS: ASPECTOS CONCEITUAIS
As obrigações para com terceiros da entidade compõem o passivo no Balanço Patrimonial. 
Definição de passivo - é uma obrigação presente da entidade, derivada de eventos passados, cuja liquidação se espera que resulte na saída de recursos da entidade capazes de gerar benefícios econômicos.
Obrigação presente: representam um dever ou responsabilidade de agir ou de desempenhar uma dada tarefa, e podem ser legalmente exigíveis em consequência de contrato ou de exigências estatutárias. O CPC 00 explica que as obrigações também podem ser oriundas de práticas usuais do negócio, de usos e costumes e do desejo de manter boas relações comerciais ou agir de maneira equitativa.
Derivada de Eventos Passados: para que um determinado item possa ser considerado um passivo, a transação que o originou já deve ter ocorrido, ou seja, deve ser oriundo de um evento que já passou.
Liquidação resulta em saída de recursos: a empresa deve entregar para a outra parte algum recurso (Ativo) que possa lhe gerar recursos econômicos futuros. 
CPC 00 pontua que a liquidação de uma obrigação presente pode ocorrer de diversas maneiras, por exemplo, por meio de:
a.Pagamento em caixa: o passivo será liquidado por meio de numerários, ou seja, pagamento em dinheiro.
b.Transferência de outros ativos: caso haja negociação entre as partes, a empresa pode liquidar a obrigação entregando outros ativos para a outra parte, funcionando como uma espécie de “troca”.
c.Prestação de serviços: caso seja do interesse da outra parte, a empresa que possui a obrigação poderá oferecer algum tipo de serviço para a liquidação da obrigação.
d.Substituição da obrigação por outra: para a liquidação da obrigação, caso não possua outra saída, a empresa pode fazer um empréstimo bancário para quitar a dívida. Por exemplo, é comum hoje em dia uma pessoa que tem um carro financiado fazer um refinanciamento do mesmo em caso de encontrar dificuldades no pagamento das prestações.
e.Conversão da obrigação em item do Patrimônio Líquido: em caso de não encontrar outra saída, o valor da obrigação presente pode se converter em uma participação no Patrimônio Líquido da entidade, levando a outra parte a se tornar sócia com o valor da dívida sendo convertido em capital social.
Classificações de passivos quanto ao Grau de Exigibilidade e divisão em Circulante e Não Circulante - as contas do passivo são classificadas de acordo com a ordem decrescente de sua exigibilidade, devendo ser ordenadas conforme a o seu prazo de vencimento, sendo dispostas primeiro as contas que vencem antes, como expõe.
O passivo deve ser classificado como Circulante quando satisfizer qualquer um dos seguintes critérios:
(a) espera-se que seja liquidado durante o ciclo operacional normal da entidade;
(b) está mantido essencialmente para a finalidade de ser negociado;
(c) deve ser liquidado no período de até doze meses após a data do balanço;
d) a entidade não tem direito incondicional de diferir a liquidação do passivo durante, pelo menos, doze meses após a data do balanço. Os termos de um passivo que podem, à opção da contraparte, resultar na sua liquidação por meio da emissão de instrumentos patrimoniais não devem afetar a sua classificação.Todos os outros passivos devem ser classificados como não circulantes.
Existem diferenças entre o Passivo e o Patrimônio Líquido, pois enquanto o primeiro representa as obrigações com terceiros (obrigações exigíveis), o segundo representa as obrigações com os sócios ou proprietários da entidade, apresentando características distintas.
PATRIMÔNIO LÍQUIDO: ASPECTOS CONCEITUAIS
O CPC 00 define Patrimônio Líquido como “o interesse residual nos ativos da entidade depois de deduzidos todos os seuspassivos”. Esse conceito nos remete basicamente à equação básica da contabilidade, na qual: A = P + PL.
Se invertermos a equação, teremos: PL = A –P, o que nos remete justamente ao termo “residual” dado pelo CPC, no qual o pagamento de todas as obrigações da entidade para com terceiros irá evidenciar o valor que deverá ser dividido entre os sócios ou proprietários, em caso de descontinuidade da entidade.
· Interesses residuais em casos de liquidação:se a empresa entrar em processo de descontinuidade, os sócios ou acionistas somente terão direito ao que sobrar do patrimônio após a empresa pagar todos os seus passivos.
· Interesses em particular em distribuições de dividendos: se o acionista tiver direito à distribuição de dividendos, ele terá interesse em acompanhar a evolução do PL, visando a sua participação na distribuição dos dividendos, conforme estabelecido no estatuto.
· Interesses sobre direitos de participação no patrimônio líquido de uma entidade em continuidade: aqui, o interesse dos acionistas está relacionado à venda ou aumento de sua participação na entidade, conforme estiver estabelecido no estatuto.
Composição do Patrimônio Líquido - O Patrimônio Líquido é a primeira conta do Balanço Patrimonial, em que são reconhecidos os valores disponibilizados pelos sócios na constituição da empresa, na forma de capital social. 
Capital Social: representa o valor investido pelos sócios na abertura da empresa. Na integralização do capital social, os valores investidos por cada sócio na entidade são integralizados em moeda ou em itens do ativo, como máquinas, equipamentos, móveis, veículos, instalações, etc. 
Reservas de Capital: essas reservas são constituídas por valores recebidos pela empresa, mas que não se referem à entrega de bens ou serviços pela mesma. A Lei n. 6.404/1976 e alterações feitas pela Lei n. 11.638/2007 determinam quais contas devem compor as reservas de capital.
Ajustes de avaliação patrimonial: conta destinada para contrapartida em alterações de contas de itens patrimoniais. Muitas contas patrimoniais (ativos e passivos) são reavaliados à valor justo no decorrer das atividades da entidade. Quando existe variação nessas contas, ela é registrada no Patrimônio Líquido em ajustes de avaliação patrimonial.
Reservas de lucros: visando atender a algumas finalidades, seja por força da lei ou mesmo por propostas administrativas, a companhia poderá constituir reservas com parte dos lucros do período.
Ações em tesouraria: essa é uma conta redutora do Patrimônio Líquido destinada para o registro de ações da própria companhia adquiridas por ela.
Prejuízos acumulados: conta redutora do Patrimônio Líquido que demonstra resultados negativos de exercícios passados (prejuízos acumulados).
RECEITAS E GANHOS: ASPECTOS CONCEITUAIS
Definição de receitas - receitas são aumentos nos benefícios econômicos durante o período contábil, sob a forma da entrada de recursos ou do aumento de ativos ou diminuição de passivos, que resultam em aumentos do Patrimônio Líquido, e que não estejam relacionados com a contribuição dos detentores dos instrumentos patrimoniais.
Aumentos nos benefícios econômicos durante o período contábil: quando a empresa vende seus bens ou serviços, seja à vista ou a prazo, automaticamente acontece um aumento nos benefícios econômicos dessa entidade, pois caso a venda seja à vista, haverá um aumento de valores no caixa, caso seja a prazo, haverá um aumento de valores na conta clientes.
Entrada de recursos ou do aumento de ativos, ou diminuição de passivos:é a mesma ideia do item anterior, pois ao vender seus bens ou serviços, a empresa incorre em entrada de recursos (na venda à vista, por gerar dinheiro no caixa) ou simplesmente em aumento do ativo (na venda a prazo, pois embora não entre dinheiro no caixa, há um aumento do ativo, pois a venda é registrada na conta clientes). 
Valores que não estejam relacionados com a contribuição dos detentores dos instrumentos patrimoniais: os valores que compõe as receitas não podem estar relacionados com o capital integralizado pelos sócios na empresa. Dessa forma, o capital social integralizado não é considerado como receita do período. 
Importante ressaltar que elas surgem justamente dos bens ou serviços vendidos pela entidade, ou seja, dizem respeito à ingressos de bens ou direitos provenientes da atividade fim da empresa, sendo essa a diferença entre receitas e ganhos.
Definição de ganhos - não tem relação com as operações normais do empreendimento, ou seja, não está diretamente relacionado com o objeto social da entidade.
DESPESAS E PERDAS: ASPECTOS CONCEITUAIS
Assim como o patrimônio pode ser aumentado por meio de receitas ou ganhos, o mesmo também pode ser diminuído por meio de despesas e perdas.
Definição de despesas - está intimamente relacionada com o pagamento de contas associadas às atividades operacionais da entidade. As despesas são gastos relativos tanto à estrutura da empresa, quanto aos valores destinados à busca de obtenção de receitas.
A liquidação desses itens, ao serem lançados no demonstrativo de resultados, configuram-se em despesas, as quais serão confrontadas com as receitas para a evidenciação do resultado.
Importante ressaltar que as despesas são gastos voluntários, e sua incorrência é conhecida e acontece por vontade dos gestores da entidade.
Definição de perdas - um gasto anormal e involuntário, ou seja, não acontece com a intenção de gerar receitas e nem se relaciona com os gastos operacionais da entidade. 
Aula 5 Contabilidade e tomada de decisão 
Tema 01 – Contabilidade e tomada de decisão
De todos os tomadores de decisão com base nas informações contábeis, os que mais podem causar impacto na continuidade da entidade são os investidores, pois caso eles deixem de investir na empresa, automaticamente ela deixa de ter capital para dar continuidade à suas operações.
Os relatórios internos são gerados para fins internos, ou seja, para fornecimento de informações gerenciais a gestores e demais tomadores de decisões internos à entidade. Em contrapartida, os relatórios externos são direcionados a outros tomadores de decisões, externos à entidade que reporta a informação.
Tema 02 – Teoria da divulgação
Quanto mais informações a empresa divulgar, maior seu grau de confiabilidade devido à transparência de suas operações.
A divulgação (disclosure) pode se apresentar de duas formas:
				
· Compulsória: envolve as informações requeridas por lei para registro das companhias abertas e demais informações periódicas exigidas por órgãos reguladores.
· Voluntária: compreende as informações que não são obrigatórias por lei, porém fornecem uma maior transparência para a organização no âmbito corporativo. Considera a divulgação como um processo endógeno, ou seja, são considerados os incentivos que os gestores e/ou as empresas têm para divulgar as informações.
Tema 03 – Desempenho da firma sob a perspectiva da informação
O contexto relacionado à importância da informação para a tomada de decisão aborda outro fator de extrema importância para o mercado de capitais: o desempenho da firma. Diz respeito ao resultado alcançado por uma empresa em função de suas atividades operacionais, mais especificamente o lucro ou prejuízo do período. 
É necessário que as informações divulgadas sejam confiáveis, íntegras, completas, pois, caso não seja assim, o analista provavelmente irá fazer previsões errôneas sobre a entidade que reporta tal informação.
Atributos para a informação evidenciar o desempenho corretamente: Disponibilidade; Atualidade; Formato; Integridade e Precisão.
Tipos de desempenho: Medíocre; Estável e Superior.
Tema 04 – Transparência
O disclosure não pode ser somente de informações positivas, pois a transparência envolve também informações negativas; possibilita que os usuários possam tomar decisões com base em julgamentos que considerem adequados.
Características: informações completas, informações objetivas, informações confiáveis, informações de qualidade, acesso fácil à informação, compreensão da informação, canais totalmente abertosde comunicação, algo por meio do qual se permite ver. Todas se mostram com potencial em auxiliar a caracterização da definição de transparência.
A transparência é uma obrigação que a empresa deveria cumprir, seja por questões legais, seja por questões éticas. A transparência também pode ser considerada uma forma de prestação de contas, ou, em seu termo em inglês, accountability.
Tema 05 – Accountability
Pode ser entendido como o ato de prestação de contas de forma responsável.
No contexto agente-principal, significa que os gestores precisam demonstrar que exercitaram corretamente os poderes que lhes foram concedidos, alcançando as metas e objetivos conforme o acordado e usando eficazmente os recursos que lhes foram confiados.
O significado do conceito envolve responsabilidade (objetiva e subjetiva), controle, transparência, obrigação de prestação de contas, justificativas para as ações que foram ou deixaram de ser empreendidas, premiação e/ou castigo.
O significado do conceito envolve: Responsabilidade; Controle;Transparência; Obrigação de prestação de contas; Justificativas para as ações que foram ou deixaram de ser empreendidas e Premiação e/ou castigo.
OBS
Essa informação, ao ser gerada, pode servir a dois tipos de usuários:internos e externos. O tomador de decisões internas pode ser representado pelos gestores e demais funcionários que usam as informações operacionais como base para a tomada de decisão na realização de suas funções. Os tomadores de decisões externas podem ser quaisquer usuários externos à empresa (inclusive os próprios funcionários) que tomam decisões com base em informações divulgadas por ela. O principal usuário externo é o investidor, que usa as informações para decidir se é viável investir na entidade e quais riscos ele estará correndo com esse investimento.
CONTABILIDADE E TOMADA DE DECISÃO
Os usuários internos usam a informação contábil para fins de tomada de decisão interna, ou seja, fins gerenciais (gerentes, supervisores, coordenadores, encarregados, diretores, estoquistas, operadores de máquinas, mecânicos etc.).
A informação gerada para os tomadores de decisão interna é direcionada, o que significa dizer que essa informação é feita sob encomenda (não são divulgadas ao público externo).
A contabilidade gerencial fornece informações de aspecto operacional. Alguns dos principais relatórios gerenciais são: análises de custos; margem de contribuição; ponto de equilíbrio; margem de segurança; alavancagem operacional; alavancagem financeira; mark-up; orçamentos; análises de investimentos; controles de despesas; controle de contas a pagar e contas a receber; análise do ambiente interno e externo; necessidade de capital de giro; indicadores de vendas.
As informações produzidas para os usuários internos é que elas não precisam seguir normas ou padrões para a elaboração dos relatórios. 
Os usuários externos são os credores, investidores, governos, fornecedores, concorrentes, a comunidade de modo geral, funcionários etc. A informação produzida para atender usuários externos é também chamada de informação financeira.
Tem a informação regulamentada, não é feita sob encomenda, mas sim elaborada segundo as normas, regulamentos, leis e pronunciamentos que regem a contabilidade, e é fornecida por uma área da contabilidade conhecida como contabilidade financeira.
TEORIA DA DIVULGAÇÃO
A opção compulsória diz respeito às informações que a empresa deve divulgar por força da lei e dos órgãos reguladores (do contrário, pode sofrer penalidades). Dessa forma, as informações compulsórias representam o mínimo de informações que empresas devem divulgar.
Torna-se claro que a lei e os órgãos reguladores focam principalmente nas sociedades anônimas, visando fornecer ao investidor as informações mínimas relevantes que podem impactar na tomada de decisão. 
A teoria da divulgação voluntária ocorre a ampliação do processo de divulgação das informações conforme as empresas percebem incentivos pela disponibilização dessas informações, seja de natureza econômica (seletividade de investimentos) ou institucional (construção e valorização de marca e imagem institucional) junto ao mercado e stakeholders.
DESEMPENHO DA FIRMA SOB A PERSPECTIVA DA INFORMAÇÃO
O desempenho diz respeito ao resultado alcançado por uma empresa em função de suas atividades operacionais, mais especificamente, o lucro ou prejuízo do período.
O gerenciamento de resultado pode ocorrer quando o agente (administrador) que está divulgando a informação possui interesse em algum resultado específico, que pode ser um lucro maior ou menor.
Podemos considerar os conceitos de cada tipo de categoria de desempenho na qual o lucro da entidade no período venha a se encaixar:
Medíocre: a empresa apresenta lucro baixo e resultados insatisfatórios.
Estável: pode-se dizer que o lucro da empresa não varia em relação a períodos anteriores e encontra-se dentro do que foi previsto.
Superior: o lucro revela resultado satisfatório, maior do que o previsto.
As informações divulgadas de forma voluntárias podem ajudar, em alguns aspectos, se trouxerem detalhes tais como critérios utilizados para apropriação de custos, bases para reconhecimentos de ativos, passivos e despesas, e assim por diante. Acima de tudo, pode-se dizer que a divulgação voluntária é também uma forma de transparência.
TRANSPARÊNCIA
A assimetria da informação (assimetria da informação é quando, em um modelo de informação financeira ou econômica, algum agente possui informação sobre certa empresa ou ativo superior a outro agente) ocorre mais amplamente entre agentes e principais. O agente é o administrador da empresa, pode ser o presidente, diretor, gerente ou outro cargo de confiança que foi dado pelo principal. O principal, por sua vez, é o proprietário da empresa, podendo ser uma única pessoa ou um grupo de acionistas, os quais determinam e delegam poderes para um agente representá-los na administração da empresa.
Assim, para cada uma destas características encontradas foi identificada uma definição como apresentado a seguir:
a) Informação completa: Todas as informações estão disponíveis sem restrição;
b) Informação objetiva: A informação responde diretamente às perguntas feitas;
c) Informação confiável: A informação é correta, consistente e precisa; 
d) Informação de qualidade: A informação é correta, íntegra, consistente e precisa;
e) Acesso fácil à informação: O mecanismo usado para acessar tem tempo de resposta e funcionalidades adequadas;
f) Compreensão da informação: A informação não causa dúvidas. Todos podem compreender; g) Canais totalmente abertos de comunicação: Acesso livre e fácil às informações.
ACCOUNTABILITY
O accountability é mais relacionado com o setor público, pois é o termo utilizado quando se fala em prestação de contas no setor.Contudo,também pode ser utilizado para os casos em que o agente tenha de prestar contas ao principal no setor privado. 
Aula 6 Órgãos normativos 
Tema 01 – Órgãos normativos da contabilidade – CVM
É um órgão do governo federal cujo papel é regular o mercado de valores mobiliários, sobretudo para as empresas e agentes que atuam na bolsa de valores, objetivando, principalmente, garantir a segurança do mercado e a proteção dos investidores.
As funções da CVM têm repercussão em três grandes grupos, sendo eles:
· Instituições de mercado
· Companhias abertas
· Investidores
A CVM também é um dos órgãos convidados a participar de reuniões e decisões sobre do CPC (Comitê de Pronunciamento Contábeis).
A CVM pode:
Examinar livros e documentos e exigir informações e esclarecimentos de qualquer órgão público. Obrigar as companhias abertas a republicar suas demonstrações financeiras.
Abrir inquéritos administrativos para apurar atos ilegais e práticas não equitativas cometidas pelas administrações das companhias abertas ou de qualquer participante do mercado.
Tema 02 – Órgãos normativos da contabilidade – CFC
O Conselho Federal de Contabilidade – CFC – é uma Autarquia Especial Corporativa dotada de personalidade jurídica de direito público, criado por meio

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