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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA KÉSSIA SOUZA SANTOS CHÁ 50 ERVAS FEIRA DE SANTANA - BA 2022 KÉSSIA SOUZA SANTOS CHÁ 50 ERVAS Trabalho acadêmico apresentado à disciplina BIO339 – Farmacobotânica no curso de graduação de Farmácia, sob orientação da docente Dra. Tânia Regina dos Santos, como parte das exigências do componente curricular para fins avaliativos. FEIRA DE SANTANA - BA 2022 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................................... 5 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ................................................................................................ 5 2.1 Abacateiro .............................................................................................................................. 5 2.2 Chá Verde .............................................................................................................................. 7 2.3 Chapéu de Couro .................................................................................................................... 9 2.4 Jambolão .............................................................................................................................. 11 2.5 Cavalinha ............................................................................................................................. 12 2.6 Melissa ................................................................................................................................. 13 2.7 Douradinha ........................................................................................................................... 14 2.8 Salsa-Parrilha ....................................................................................................................... 15 2.9 Erva de Bugre ...................................................................................................................... 17 2.10 Carobinha ........................................................................................................................... 18 2.11 Sene.................................................................................................................................... 19 2.12 Dente De Leão ................................................................................................................... 20 2.13 Funcho ............................................................................................................................... 23 2.14 Cidreira .............................................................................................................................. 24 2.15 Sete Sangrias ...................................................................................................................... 25 2.16 Hibisco ............................................................................................................................... 26 2.17 Graviola ............................................................................................................................. 27 2.18 Boldo Do Chile .................................................................................................................. 29 2.19 Jurubeba ............................................................................................................................. 31 2.20 Angélica ............................................................................................................................. 32 2.21 Pau Ferro ............................................................................................................................ 33 2.22 Cajueiro .............................................................................................................................. 34 2.23 Centela Asiática ................................................................................................................. 35 2.24 Alcachofra .......................................................................................................................... 37 2.25 Malva Branca ..................................................................................................................... 40 2.26 Porangaba ........................................................................................................................... 40 2.27 Velame ............................................................................................................................... 41 2.28 Juá ...................................................................................................................................... 42 2.29 Sucupira ............................................................................................................................. 43 2.30 Ipê Roxo ............................................................................................................................. 44 2.31 Jatobá ................................................................................................................................. 46 2.32 Colágeno ............................................................................................................................ 47 2.34 Glucomono ......................................................................................................................... 48 2.35 Chá Vermelho .................................................................................................................... 49 2.36 Valeriana ............................................................................................................................ 49 2.37 Bugroon ............................................................................................................................. 51 2.38 Chá Branco......................................................................................................................... 52 2.39 Ciarella ............................................................................................................................... 52 2.40 Berinjela ............................................................................................................................. 52 2.41 Agar Agar .......................................................................................................................... 53 2.42 Garcinia .............................................................................................................................. 54 2.43 Castanha Da India .............................................................................................................. 54 2.44 Capim Santo ....................................................................................................................... 56 2.45 Vinagre De Maçã ............................................................................................................... 57 3 CONCLUSÃO ....................................................................................................................... 58 REFERENCIAS ....................................................................................................................... 59 1 INTRODUÇÃO As plantas medicinais têm um papel muito importante na saúde além de serem utilizadas para tratamento de enfermidades desde as primeiras civilizações. Ademais, a utilização de diversas plantas para emagrecer tem se tornado comum atualmente além de diversas capsulas que prometem diversas ervas e uma ação milagrosa na qual podem ocasionar a sérios problemas no organismo. Consoante a isso, o presente trabalho tem por objetivo identificar as ervas presentes no medicamento “Chá 50 Ervas” através de uma revisão bibliográfica e descritiva, contendoos nomes populares e os prováveis nomes científicos; nome da família; origem geográfica; prováveis usos e compostos químicos e suas ações. 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 2.1 Abacateiro Nomes populares: abacateiro, abacate, aguacate, palta, avocado (espanhol), avocato, avocado, alligator-pear (inglês). Nomes científicos: Laurus persea L., Persea americana var. angustifolia Miranda, Persea drymifolia Schltdl. & Cham., Persea leiogyna S.F. Blake., Persea nubigena L.O. Williams, Persea edulis Raf., Persea gratissima C.F. Gaertn. Nome da família: Lauraceae. Origem geográfica: América Tropical (Lorenzi e Matos). Segundo outros autores, Persea é Africana (SCORA, 1996). Prováveis usos: a polpa dos frutos, além de nutritiva devido aos teores de proteína, sais minerais e vitaminas, é considerada na medicina tradicional como carminativa, útil contra o ácido úrico e também é utilizada em casos de caspa, prurido e eczema do couro cabeludo associado com babosa (Aloe vera).enquanto os chás obtidos das folhas, da casca e das sementes raladas são considerados úteis como diurético, antirreumático, carminativo, anti-anêmico, antidiarreico e anti-infeccioso para os rins e bexiga, além de estimulante da vesícula biliar, estomáquico, emenagogo e balsâmico. A casca do fruto moída é recomendada contra as verminoses. Composição química: - Planta inteira: Avocadofuranos. - Flavonóides: Quercetina, afzelina, quercetin 3-O-d-arabinopiranosideo, catequina, epicatequina (componentes majoritarios das sementes) dentre outros; - Cumarinas: Persina, scopoletina (folhas). - Alcanóis: 1,2,4-trihidroxiheptadec-16-eno, 1,2,4-trihidroxiheptadec-16-ine e 1,2,4- trihidroxinonadecane (frutas não maduras) e 1,2,4-trihidroxiheptadec-16-eno (folhas secas), (HAKANSSON, 2018). Ação farmacológica: destacam-se suas propriedades anti-inflamatórias, analgésicas, antimicrobianas, diuréticas e cosméticas, além de atividades imunomoduladora e antitumoral, essas em animais de laboratório (ALONSO, 2004). Na França foi desenvolvida uma formulação com as frações insaponificáveis do abacate (Persea americana) e da soja (Glycine max), para o tratamento da artrose. Um estudo em voluntários e pacientes hipercolesterolêmicos mostrou que o abacate pode ser uma fonte de ácidos graxos monoinsaturados (ácido oleico) em pessoas saudáveis que em substituição de gorduras saturadas, exerce efeitos benéficos tais como a redução dos níveis de colesterol total, de triglicerídeos e de LDL-colesterol. Em estudo cruzado, randomizado, duplo-cego e controlado por placebo foi visto que a polpa dos frutos do abacate melhora a recuperação cardiovascular e autonômica após corrida submáxima, reforçando a informação de que o consumo regular do abacate apresenta efeitos vantajosos no sistema cardiovascular (SOUSA, 2020). Um estudo sugere, após consulta em literatura (estudos in vitro, animais e humanos), que o gengibre (Zingiber officinale) e o abacate (Persea amaricana) podem ser considerados nutracêuticos úteis no tratamento da obesidade por efeitos antioxidantes e anti- inflamatórios melhorando a atividade enzimática e modulando deficiências relacionadas à obesidade no sistema anti-inflamatório em diferentes tecidos. (TRAMONTIN, 2020.). Contraindicações: Não é recomendado a decocção das folhas do abacateiro para mulheres grávidas e que amamentam (ALONSO, 2004). Efeitos adversos e precauções: Os frutos do abacate são, em geral, bem tolerados para o consumo humano. Pode existir sensibilidade cruzada a alérgenos do látex de borracha natural. As cápsulas de insaponificáveis de abacate-soja são bem toleradas, no entanto, longe das refeições podem ocasionar regurgitações. Existem evidências que o consumo de folhas de abacate pode ser tóxico para animais, por exemplo cabras (ALONSO, 2004). Figura 1 – Flores Figura 2 – Visão geral da planta com frutos Figura 3 - Frutos 2.2 Chá Verde Nomes populares: Chá-preto, chá-branco, chá-vermelho, chá verde, chá da índia. Nomes científicos: Camellia sinensis (L.) Kuntze Nome da família: Theaceae Origem geográfica: espécie vegetal nativa da Ásia. Prováveis usos: Recentemente tem sido muito usada em dietas alimentares por suas propriedades antioxidantes, entretanto o preparo de plantas medicinais por diferentes métodos de produção pode alterar sua composição química, principalmente quantitativamente, o que pode atrapalhar o efeito benéfico esperado pelos consumidores. Composição química: As folhas de Camélia sinensis contém proteínas, glicídios, ácido ascórbico, vitaminas do complexo B e bases púricas, especialmente cafeína, polifenóis, além de taninos, flavonóides e flavonas, catecóis e epicatecóis livres e estereficados pelo ácido gálico (SIMÕES et al.; 2000) Dentre os compostos químicos da Camélia sinensis destaca-se os flavonóides e as catequinas como os mais importantes, por serem agentes antioxidantes. Ação farmacológica: estudos recentes têm demonstrado os benefícios à saúde humana ao consumir este chá, o qual contribui no tratamento de doenças através do seu potencial anticarcinogênico, propriedades antioxidantes, hipoglicemiante e anti-inflamatória. Se processa através de dois mecanismos, por um lado inibe as lipases pancreáticas e gástricas e por outro lado estimula a termogênese, o que resulta na redução e atraso da absorção de lipídeos e no incremento de gasto energético Contraindicações: não há referências na literatura consultada. Efeitos adversos e precauções: não há referências na literatura consultada Figura 4 – Chá verde Figura 5 - Etapas do processamento das folhas de Camellia sinensis para obtenção de cinco diferentes tipos de chás. 2.3 Chapéu de Couro Nomes populares: Chapéu-de-couro, aguapé, chá-do-brejo, chá-mineiro, chá-de- campanha, erva-do-brejo, congonha-do-brejo, erva-do-pântano, cucharero, cucharón (ESP). Nomes científicos: Alisma floribundum Seub., Alisma grandiflorum Cham. & Schltdl., Echinodorus floribundus (Seub.) Seub., Echinodorus grandiflorus var. floribundus (Seub.) Micheli, Echinodorus argentinensis Rataj., Echinodorus grandiflorus (Cham. & Schltr.) Micheli subsp. grandiflorus. Nome da família: Alismataceae Origem geográfica: Nativa do Brasil (Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica). Prováveis usos: O chá de suas folhas é um dos mais populares como diurético e depurativo do organismo. É usado como antirreumático, em problemas do trato urinário. Externamente, no tratamento de problemas cutâneos, inclusive para tirar manchas da pele. Na forma de bochechos e gargarejos para afecções da garganta, estomatite e gengivite. Também pode ser usado em banhos de assento, duas ou três vezes ao dia, para tratamento de prostatite. No Paraguai é utilizado como anti-hipertensivo. No Vale do Ribeira (SP) é referido o uso da infusão das folhas para o tratamento de problemas renais e hepáticos, como sedativo, em dores de cabeça, de barriga, nas costas, além de gripes e resfriados e como anti-helmíntico (Ascaris lumbricoides). A decocção das folhas é usada como analgésica especialmente contra dores de cabeça. As raízes maceradas são usadas externamente como cataplasma no tratamento de hérnias e como emplasto em casos de furúnculos, eczemas e dermatites. Composição química: Diterpenos (equinofilinas, equinodolideos, chapecoderinas); óleo essencial (fitol, E-cariofileno, a-humuleno e E-nerolidol); flavonóides; heterosídeos cardiotônicos; saponinas; taninos; alcalóides; sais minerais; derivados cumarínicos; iodo e resinas. Ação farmacológica: Alguns trabalhos de pesquisa com os extratos das folhas demonstraram efeitos anti-inflamatório, vasodilatador e anti-hipertensivos. O extrato hidro- etanólico inibiu germes Gram negativos. Os equinodorosídeos exercem efeito inotrópico positivo em corações de cobaias. A planta possui atividade laxantenão irritativa presumivelmente por sua ação colagoga e colerética. Os alcalóides neutralizam enzimas presentes em venenos de algumas serpentes. Os flavonóides seriam os responsáveis por seu efeito diurético e os taninos demonstraram efeitos protetores e antissépticos sobre mucosas inflamadas. O conteúdo em iodo pode ser útil em zonas endêmicas de bócio. Um estudo indicou que o extrato metanólico dos rizomas possui propriedades analgésicas sobre o sistema nervoso periférico e central, apresentando componentes com ação antinociceptiva e anti-inflamatória. (Dutra et al, 2006 apud Lídio Coradin et al. Brasília, MMA, 2011). Contraindicações: Nas doses adequadas é segura para uso em humanos. Por falta de maiores estudos evitar o uso em grávidas. Efeitos adversos e precauções: Estudos toxicológicos em animais com a espécie em questão não demonstraram evidências nocivas. Por precaução, não deve ser usado cronicamente. Foram observados efeitos tóxicos com o uso crônico na espécie Echinodorus macrophyllus (Kunth.) Micheli (Costa Lopes et al., 2000 apud Di Stasi, 2002). Figura 6 - Echinodorus grandiflorus Figura 7 - Echinodorus grandiflorus 2.4 Jambolão Nomes populares: Jambolão, ameixa-roxa, azeitona-do-nordeste, cereja, jamelão. Nomes científicos: Myrtus cumini L., Eugenia cumini (L.) Druce, Eugenia jambolana Lam., Syzygium jambolanum (Lam.) DC. Nome da família: Myrtaceae Origem geográfica: Segundo Lorenzi & Matos, é originária da Indomalásia, China e Antilhas, e cultivada em vários países, inclusive no Brasil. Prováveis usos: Os frutos são consumidos in natura e na fabricação de sucos. As cascas e sementes são usadas como medicação hipoglicemiante. Composição química: Nos extratos metanólico e etil-acetato de sementes de Syzygium cumini foram encontrados alcalóides, flavonóides, glicosídeos, fitoesteróis, saponinas, esteróides, taninos e triterpenóides. Nas folhas foi identificado o diterpeno Vulgarol A, com atividade antibacteriana contra Salmonella typhimurium, Pseudomonas aeruginosa e S. aureus. Outros compostos encontrados: lupeol, 12-oleanen-3-ol-3β-acetate, Stigmasterol, β- sitosterol. Ação farmacológica: A administração oral de 2,5 e 5,0 g / kg de peso corporal do extrato aquoso da semente durante 6 semanas, resultou numa redução significativa da glucose no sangue e um aumento na hemoglobina total, mas no caso de 7,5 g / kg de peso corporal, o efeito não foi significativo. Também é mencionada as seguintes atividades: antibacteriana, anti- inflamatória, analgésica. Contraindicações: não há referências na literatura consultada. Efeitos adversos e precauções: não há referências na literatura consultada Figura 8 - Syzygium cumini (L.) Skeels. Figura 9 – Exsicata 2.5 Cavalinha Nomes populares: Cavalinha, cavalinha-gigante, cauda-de-cavalo, rabo-de-cavalo, erva-canudo, rabo-de-raposa, lixa-vegetal, cana-de-jacaré, etc. Nomes científicos: Equisetum pyramidale Goldm.; Equisetum martii Milde; Equisetum ramosissimum Kunth; Equisetum xylochaetum Mett. Nome da família: Equisetaceae Origem geográfica: A Equisetum giganteum é nativa de áreas pantanosas do Brasil. Prováveis usos: Como diurético, antidiarreico, para tratamento de infecção dos rins e bexiga, para a consolidação de fraturas ósseas, para eliminar o ácido úrico, contra anemia, etc. Composição química: Alcalóides piridínicos, nicotina e palustrina, flavonóides glicosilados da apigenina, quercetina e do campferol, derivados dos ácidos clorogênico, caféico e tartárico. Também foi constatada a presença da tiaminase, uma enzima que acelera a destruição da tiamina (Vitamina B1). Compostos tóxicos: são citadas como sendo o glicosídio flavônico articulatina e sua aglicona articulatidina ou gossipitrina e sua aglicona gossipetina. Ação farmacológica: Apresenta ação reguladora e adstringente do trato genitourinário, atuando como diurético e auxiliando no tratamento das infecções moderadas do trato urinário baixo. Contraindicações: Gravidez e lactação. Pacientes com disfunções cardíacas e renais. Gastrite e úlcera gastroduodenal. Efeitos adversos e precauções: Foram relatados casos de reações alérgicas, febre, batimentos cardíacos irregulares, fraqueza muscular, falta de coordenação dos movimentos, dermatite seborréica e perda de peso. Figura 10 - Cavalinha 2.6 Melissa Nomes populares: Melissa, cidreira e erva-cidreira. Nomes científicos: Melissa officinalis L. Nome da família: Lamiaceae (Labiatae) Origem geográfica: originária do sul da Europa e introduzida como planta aromática noutras zonas do planeta, regiões meridionais da Europa, Ásia e Norte de África. Madeira (comum em jardins de ervas aromáticas, ocasional em estado selvagem). Prováveis usos: Anti-espasmódica, Antibactericida, Antimicrobiana, Antioxidante, Antiséptica, Antiviral, Carminativa, Cicatrizante, Digestiva, Emenagoga, Espasmolítico, Repelente, Sedativa, Tónica Composição química: óleos voláteis (citral, citronelal, citronelol, linalol, geraniol, neral, etc), taninos, flavonoides e ácidos fenólicos. Ação farmacológica: O extracto reduz o colesterol total, lipídios totais. Ajuda na doença de Elzheimer. Usada na aromaterapia. Falta de apetite, gastrites, espasmos gastroentestinais, meteorismo, vómitos e diarreias. Distonias neurovegetativas, ansiedade, melancolia e insónia. Hipertensão, taquicardia, enxaqueca e asma. Externamente, em afecções cutâneas, equimoses e para diminuir o efeito das picadas dos insetos, principalmente o óleo essencial. Contraindicações: É contraindicada durante a gravidez e em mulheres que estão amamentando e para crianças. Efeitos adversos e precauções: Os efeitos tóxicos estão relacionados com a ação da tiaminase, ou seja, destruição da tiamina ou Vitamina B1, a ingestão por tempo prolongado pode levar ao beribéri. Figura 11 - Melissa 2.7 Douradinha Nomes populares: douradinha, douradinha-do-campo. Nomes científicos: Waltheria communis A. St. Hil. (= Waltheria douradinha A. St.-Hil.) Nome da família: Malvaceae (Sterculiaceae). Origem geográfica: nativa do Brasil, ela ocorre no sul (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul), no sudeste (Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo), no centro-oeste (Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso), no norte (Tocantins) e no nordeste (Alagoas e Bahia). Fora do Brasil, ocorre no Uruguai, na Argentina e no Paraguai. Costuma ser encontrada em campos limpos ou sujos, em solos rochosos e arenosos. Prováveis usos: eficiente para a limpeza do sangue, ela é depurativa e muito utilizada por pessoas com pressão alta e dores do estômago, além de combater bronquite e laringite. Possui ação estimulante, sudorífica, antitussígena, antiblenorrágica, emética, diurética, emoliente e cicatrizante. Para uso interno, utiliza-se a tintura das cascas como tônico cardíaco; as folhas e a casca dos ramos, por sua vez, são diuréticas e hipotensoras. Externamente, é indicada para tratar feridas, amolecer tumores e úlceras Composição química: flavonoides, alcaloides (quinolônicos: antidesmona, waltheriona-A, waltheriona-B, alcaloide VG8; ciclopeptídicos: waltherina-A, chamaedrina), amida (O)-metilembamida, saponinas, taninos, triterpenos, esteróis, mucilagens. Os extratos brutos de toda a planta apresentaram atividade antioxidante e antimicrobiana contra Staphylococcus aureus, S. epidermidis, S. setubal. Klebsiella penumoniae, Bacillus subtilis, Pseudomonas aeruginosa e Eschericha coli. Ação farmacológica: Contraindicações: não há referências na literatura consultada. Efeitos adversos e precauções: não há referências na literatura consultada Figura 12 - Douradinha 2.8 Salsa-Parrilha Nomes populares: salsa-parrilha. Nomes científicos: Smilax longifolia Rich; Smilax áspera L.; Herreria salsaparrilha Mart.;Nome da família: Smilacaceae Origem geográfica: Segundo Dahlgren, Clifford e Yeo (1985), o gênero Herreria ocorre em áreas temperadas e subtropicais da América do Sul. Herreria salsaparrilha é comum em muitas florestas do Nordeste do Brasil. Prováveis usos: urética, sífilis, nefrite, reumatismo e redução do colesterol (Andreata et al., 2007; Imura et al., 2017). Composição química: compostos dibenzílicos, saponinas (Andreata et al., 2007; Imura et al., 2017). Ação farmacológica: antimicrobiana (Andreata et al., 2007; Imura et al., 2017). Contraindicações: não há referências na literatura consultada. Efeitos adversos e precauções: produz náuseas em doses elevadas. Figura 13 - Salsaparrilha 2.9 Erva de Bugre Nomes populares: Chá-de-bugre, guaçatonga, erva-de-lagarto. Nomes científicos: Casearia sylvestris Sw. Nome da família: Salicaceae Origem geográfica: nativa de matas e capões do Brasil, ocorre no sul (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul), no sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo), no centro-oeste (Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do sul e Mato Grosso), no norte (Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins) e no nordeste (Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe). Fora do Brasil, é encontrada desde o México e as Antilhas até o Uruguai e a Argentina. Prováveis usos: possui ação antidiarreica, antimicrobiana, antipirética (antifebril), anti-inflamatória, antirreumática, antisséptica, antitumoral, cicatrizante, depurativa, diurética. Usada para tratar distúrbios digestivos (gastrites e úlceras) e da orofaringe (aftas, herpes, mau hálito); feridas; eczemas; pruridos; distúrbios da pele; picadas de insetos e picadas de cobra. Composição química: óleo essencial (terpenos), saponinas, ácidos graxos, taninos, antocianinas, resinas e flavonoides. Ação farmacológica: Pesquisas constataram que o processo de cicatrização interna e externa evolui bem no tratamento com C. sylvestris, devido ao óleo essencial e sua ação cicatrizante, antisséptica, antimicrobiana e fungicida. Reduz o volume de ácido clorídrico e acidez, auxiliando na atividade anti ulcerogênica. Os taninos formam revestimentos protetores nas mucosas e na pele, dificultando infecções. Estudos com ratos, utilizando o extrato da sua casca, mostraram atividade anti-inflamatória, conferindo proteção contra o veneno da cobra jararaca (Bothrops jararaca). Estudos com diterpenos isolados demonstraram ação inibitória sobre tumores. Contraindicações: não utilizar durante a gravidez e a lactação. Efeitos adversos e precauções: devido à ação antagonista da vitamina K, evitar a utilização prolongada (mais de 100 dias), pois podem ocorrer hemorragias. Possui, também, atividade sobre a musculatura lisa uterina e possível ação abortiva. Dor e lesões, inclusive de herpes labial, como antisséptico e cicatrizante tópico, dispepsia, gastrite e halitose. Figura 14 – Erva-de-Bugre 2.10 Carobinha Nomes populares: Caroba; Carobinha. Nomes científicos: Jacaranda brasiliana (Lam.) Pers.; Jacaranda jasminoides (Thunb.); Jacaranda puberula Cham. Nome da família: Bignoniaceae. Origem geográfica: nativa, sua distribuição geográfica se dá no Norte (Pará, Tocantins), Nordeste (Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe), Centro-Oeste (Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso), Sudeste (Minas Gerais). Prováveis usos: o caule e as folhas são usados em afecções na pele e úlceras externas (Macedo e Ferreira, 2004). Usada no tratamento de pressão alta, tratamento de dor de urina e dor de bexiga e tratamento de lesões de pele. Planta usada no tratamento de coceira no corpo Composição química: não há registros. Ação farmacológica: não há registros. Contraindicações: não há referências na literatura consultada. Efeitos adversos e precauções: não há referências na literatura consultada Figura 15 - Carobinha 2.11 Sene Nomes populares: Sene, sena, sene-da-Índia, sene-de-Alexandria, hindi sana (Índia), sen (Espanha). Nomes científicos: Cassia senna L., Cassia acutifolia Delile, Cassia alexandrina (Gersault.)Thell., Cassia angustifolia Vahl., Senna acutifolia (Delile)Batka, Senna alexandrina Gersault., Senna angustifolia (Vahl.)Batka. Nome da família: Fabaceae Origem geográfica: Nordeste da África e do Oriente Médio. Prováveis usos: As folhas secas de sene e os frutos são largamente usados como laxante para o tratamento de constipação aguda. Composição química: Antraquinonas ou derivados antracênicos: diantron-glicosídeos ou antrocenosídeos, destacando-se os senosídeos A e B, senosídeos C e D, também se encontram antraquinonas livres em menor quantidade (aloe-emodina, crisofanol, reína e seus respectivos glicosídeos). Outras substâncias presentes: Hidratos de carbono (arabinose, galactose, ácido galacturônico, ramnosa); galactomanano (galactose e manose) e açúcares livres (frutose, glicose, pinitol e sucarose). Flavonóides (kempferol e isoramnetina); óleo essencial (traços); saponina; resina; fitoesterois; minerais e derivados naftalénicos. A fração lipofílica das folhas contém 80% de clorofila e 10% de ceras. Antraquinonas: Senosídeo A – D, madagascina, 3- geraniloxiemodina, 6 – hidroximusicina glicosídeo e glicosideo de tinevelina, Aloe – emodina, emodina e reína. Flavonoides: Canferol e isoramnetina. Ação farmacológica: Laxativo. Contraindicações: O sene é contraindicado nas seguintes situações: obstrução intestinal, apendicite, abdômen agudo, hipocalemia, enterite, enfermidade de Crohn, colite ulcerosa, hemorroidas, crianças menores de 10 anos. Contraindicado também em gestantes e lactantes Efeitos adversos e precauções: O uso prolongado ou excessivo do sene provoca inicialmente diarreia com espoliação de potássio e diminuição na concentração de globulinas séricas. A longo prazo pode causar nefrite, colite ou constipação paradoxal. Figura 16 - Sene 2.12 Dente De Leão Nomes populares: Dente-de-leão, dente-de-leão-dos-jardins, serralha, taraxaco, chicória-silvestre, alface-de-cão, alface-de-coco, soprão, salada-de-toupeira, amargosa, amor- dos-homens, chicória-louca, pára-quedas, radite-bravo. Nomes científicos: Leontodon taraxacum L., Leontodon vulgare Lam., Taraxacum dens-leonis Desf., Taraxacum vulgare Schrank. Nome da família: Asteraceae Origem geográfica: Originária da Europa e Ásia. Prováveis usos: Considerada popularmente como uma das melhores plantas diuréticas, com efeitos laxativo, colagogos e coleréticos. A infusão da raiz fresca é utilizada em casos de cálculos biliares, estágios iniciais de cirrose e hepatite. Indicada para dispepsias como tônico amargo e utilizada em tratamento coadjuvante em processos reumáticos e obesidade e também para tratar o excesso de ácido úrico, gota e hipertensão. Indicada para dores reumáticas, prisão de ventre, astenia, diabetes e para afecções de pele, além das enfermidades do fígado, icterícia, afecções do baço e diarreia crônica. Em algumas regiões, suas folhas são consumidas como saladas (Lorenzi & Matos, 2002; Drescher, 2001; Stuart, 1981). Composição química: Raiz: inulina (25-38%), derivados triterpênicos pentacíclicos provenientes do látex (isolactucerol, taraxerol, taraxasterol, acetatos e seus 16-HO-derivados), lactonas sesquiterpênicas (taraxicina, derivados do ácido taraxínico, 11-b-13-dihidrolactucina, ixerina D, ainslioside), uma resina ácida (taraxerina), goma, mucilagem (1%), fitoesterois (beta- sitosterol, estigmasterol), tiamina, ácidos graxos (ácido mirístico, palmítico, linoleico, linolenico), ácidos fenilcarboxílicos (ácido cafeico, clorogênico e p-hidrofenilacético), água (10-14%), frutose (até 18% na primavera), saponinas, glucosídeos benzílicos, beta- frutofuranosidase (enzima que despolimeriza a inulina), dihidroconiferina,siringina, dihidrosiringina, carotenóides, vitaminas (A, B, C, D, ácido nicotínico, nicotinamida) e sais minerais (8-10%): manganês, magnésio, ferro, silício, cromo e potássio, principalmente. Folhas: flavonoides (apigenina, luteolina), vitaminas B, C e D, provitamina A (em concentração maior que a da cenoura), potássio, germanólidos, carotenoides (luteína, violoxantina), taraxacina (princípio amargo do grupo das lactonas sesquiterpênicas), aminoácidos (asparagina, glutamina) e cumarinas. Flores: lecitina, carotenoides (criptoxantina, crisantomaxantina, violaxantina, flaxantina, luteína, luteína-epóxido, criptoxantina-epóxido), taraxacina, beta-amirina, beta- sitosterol, vitamina B2, arnidiol, farnidiol, lipídeos (acilglicerídeos e ácidos graxos). Látex: de cor branca e amargo, contém álcool cerílico, glicerol, ácido tartárico, lactucerol alfa e beta, derivados triterpênicos pentacíclicos descritos na raiz. Pólen: cicloartenol, cicloartanol, 31-norcicloartanol, pollinastanol. Análise proximal para cada 100 g de folhas: calorias 45; água 85,6%; proteínas 2,7g; gorduras 0,7g; carboidratos 9,2g; fibras 1,6g; cálcio 187mg; fósforo 66mg; ferro 3,1mg; sódio 76mg; potássio 297mg; ácido ascórbico 35mg; riboflavina 0.26mg; tiamina 0.19mg; beta- caroteno 8.400 microg. (Alonso, 2004). Ação farmacológica: Planta com efeito diurético importante, confirmado em estudos com seres humanos (Clare, et al., 2009). O taraxaco, um composto do dente-de-leão, aumenta a secreção dos sucos gástrico e salivar, estimula a liberação de bile da vesícula biliar e do fígado, e atua como laxativo leve. Os resultados obtidos de estudos em animais e em seres humanos mostraram melhora na icterícia, hepatite e inflamação do ducto biliar. Num pequeno grupo de paciente, a raiz do dente-de-leão foi utilizada com sucesso no tratamento da colite inespecífica crônica, produzindo alívio da dor abdominal, constipação e diarreia (Fetrow & Avila, 1999). A planta possui atividade anti-inflamatória e anti-nociceptiva através da inibição da produção de óxido nítrico e expressão de COX-2 e atividade antioxidante (Jeon, et al., 2008). Contraindicações: A planta tem sido usada em alimentos por vários anos, sem quaisquer efeitos colaterais. Entretanto, não deve ser ingerida em quantidades maiores do que aquelas normalmente presentes em alimentos ou bebidas alcoólicas. (Fetrow & Avila, 1999). Doses elevadas podem provocar hiperacidez e, consequentemente, vômitos (Drescher, 2001). O dente-de-leão pode causar reações alérgicas quando tomado via oral ou colocado sobre a pele em pessoas sensíveis ou que tenham história de alergia com outras plantas como crisântemos e margaridas (Natural Medicines Comprehensive Database, 2011). Efeitos adversos e precauções: Evitar o uso da planta por gestantes ou lactantes, pois os efeitos não são conhecidos. Pessoas com cálculos biliares, inflamações na vesícula ou obstrução do trato gastrointestinal também não devem utilizá-la (Fetrow & Avila, 1999). Contraindicado para menores de 2 anos (Alonso, 2004). Pessoas que utilizam medicamentos como anti-hipertensivos, antidiabéticos e diuréticos devem ter atenção ao início de sintomas de hipoglicemia, hipotensão e desidratação com o uso concomitante da planta com as medicações. (Fetrow & Avila, 1999). Figura 17 – Dente de leão 2.13 Funcho Nomes populares: Funcho, erva-doce, erva-doce-de-cabeça, falsa-erva-doce, falso- anís, funcho-bastardo, funcho-comum, funcho-doce, funcho-italiano, funho-vulgar, fiolho, anís, cilantrillo, hinojo (Esp.) finocchio (Engl., EUA). Nomes científicos: Anethum foeniculum L., Foeniculum officinale All., Meum foeniculum (L.) Spreng. Nome da família: Apiaceae Origem geográfica: Nativa da Europa e amplamente cultivada em todo o Brasil. Prováveis usos: Desconfortos gastrointestinais, como dispepsia, flatulência, eructação e dores decorrentes de transtornos digestivos funcionais. Também utilizada para auxiliar a eliminação de catarro das vias respiratórias superiores. Suas raízes são utilizadas para facilitar as funções de eliminação urinária e digestiva e de eliminação renal de água, como em situação de edemas, hipertensão arterial, afecções geniturinárias e certos reumatismos. Situações de amenorreia, dismenorreia e perturbações associadas ao climatério, e ainda para aumentar o leite materno. Externamente os frutos e folhas são utilizados em inflamações das mucosas ocular e da orofaringe e para perfumar o hálito. É também aromática e comestível. Composição química: Óleo essencial composto por anetol 90-95%, metilchavicol, anisaldeído, linalol e outros derivados terpênicos oxigenados; óleo fixo; proteínas; carboidratos; ácidos málico, caféico e clorogênico; cumarinas; flavonóides; esteróides e miristicina. Minerais como potássio (K), vitaminas A,B,C,E , ácido fólico. Ação farmacológica: Carminativa, antiespasmódica, galactogoga, estrogênica, aperiente, eupética, relaxamento dos esfíncteres do trato gastrointestinal, anti-séptica, inseticida, antifúngica, antimicrobiana, antiinflamatória, expectorante. Suas raízes têm ação diurética, e suas folhas têm propriedades cicatrizantes e anti-sépticas. Contraindicações: Na farmacopéia alemã não se recomenda o óleo essencial de funcho em grávidas, lactentes e crianças pequenas, nem em pessoas com antecedentes de epilepsia ou convulsões. Para as infusões não haveria contra-indicações. Não usar em, alcoolistas e diabéticos, em função do teor alcoólico na formulação. Não usar em pessoas com síndromes associadas ao hiperestrogenismo. Pode reduzir o efeito de medicamentos anticoncepcionais. É contraindicado para pessoas com refluxo; o uso prolongado deve ter acompanhamento médico Efeitos adversos e precauções: Em casos específicos, pode ocorrer reação alérgica da pele e do trato respiratório. O anetol e a miristicina presentes no óleo essencial podem, em altas doses, originar efeitos convulsivantes e/ou alucinatórios. As cumarinas podem ser fototóxicas, provocando, à exposição solar, o aparecimento de vesículas, edema ou hiperpigmentação cutânea. Pode promover efeitos estrogênicos, inclusive aumento na lactação. Figura 18 - Funcho 2.14 Cidreira Segundo consultas em bibliografias o nome popular cidreira refere-se a Melissa Officinalis L. que já foi citada anteriormente, entretanto, pelo nome popular Melissa. 2.15 Sete Sangrias Nomes populares: Sete-sangrias, erva-de-sangue, pé-de-pinto, guanxuma-vermelha. Nomes científicos: Balsamona pinto Vand., Cuphea balsamona Cham. & Schltdl., Lythrum carthagenense Jacq., Cuphea pinto Koehne. Nome da família: Lythraceae Origem geográfica: É nativa de toda a América do Sul e ocorre como planta ruderal de crescimento espontâneo em pastagens e terrenos baldios de todo o Brasil, sendo considerada indesejada pelos agropecuaristas. Prováveis usos: É utilizada para tratar hipertensão arterial, palpitações do coração, aterosclerose, febres intermitentes e afecções da pele. Além disso, é muito indicada para a melhora da circulação sanguínea Composição química: óleos essenciais, taninos, pigmentos, mucilagens, saponinas, flavonoides.Um estudo farmacológico do extrato bruto mostrou efeito hipotensor e anti colinesterásico em animais, além de significativa atividade estimulante da contração da musculatura lisa. Ação farmacológica: possui ação depurativa, sedativa do coração, diaforética, laxativa, antissifilítica, anti-inflamatória das mucosas, antitérmica, hipotensora, anti colinesterásica e antirreumática. Contraindicações: Estudos em ratos não mostraram alterações na gestação, não significando que possa ser usada em humanos sem mais pesquisas. Também não é indicado seu uso em crianças. Efeitos adversos e precauções: A literatura consultada não informa sobre efeitos adversos nas doses recomendadas. Doses altas podem causar diarréia (Terra, água e chá 1995); não éindicado o uso em crianças (LORENZI 2008). Figura 19 – Sete-sangrias 2.16 Hibisco Nomes populares: Hibisco, rosela, rosélia, azedinha, azeda-da-guiné, caruru-da- guiné, chá-da-jamaica, pampulha, papoula-de-duas-cores. Nomes científicos: Sabdariffa rubra Kostel., Hibiscus cannabinus L., Hibiscus cruentus Bertol., Hibiscus fraternus L., Hibiscus palmatilobus Baill. Nome da família: Malvaceae Origem geográfica: Sudeste da Ásia, Índia e seus vizinhos a leste e ao sul do Himalaia. Foi introduzido no Egito, Sri Lanka, Tailândia, Jamaica e México, e difundida para vários países de clima tropical. Prováveis usos: As folhas são usadas popularmente como emolientes, estomáquicas, febrífugos, hipo-tensoras e antiescorbúticas. Os cálices ou frutos, são refrescantes, coleréticos, diuréticos e laxantes suaves. As sementes são diuréticas, tônicas e tidas como afrodisíacas. A raiz é estomáquica, aperitiva, amarga e tônica. Composição química: Cálice e flores: antocianidinas (hibiscina, cianidina, crisantenina e delfinidina), flavonóides (hibiscina, gossipetina, hibiscetina e sabdaretina), ácido protocatechuico (é um ácido fenólico), polissacarídeos mucilaginosos, ácidos orgânicos (ácido hibístico e cítrico), vitamina C, pectina, fitosteróis (b-sitosterol, campesterol, ergosterol, estigmasterol). As folhas são ricas em proteínas e sais minerais. Apresentam alto nível de ferro e zinco, além de cálcio, carotenos e vitamina C. Raízes: principalmente ácido tartárico e saponinas. Ação farmacológica: Planta com propriedades antiescorbútica, adstringente, diurética, febrífuga e estomáquica. É uma planta aromática, sedativa. As folhas são muito mucilaginosas e são utilizadas como emoliente e como calmante da tosse. É usada externamente como um cataplasma sobre abscessos, tem efeitos diurético e colérico, diminuindo a viscosidade do sangue, reduzindo a pressão arterial e estimulando a peristáltia intestinal. As folhas e flores são usadas internamente como um tônico digestivo e renal. Os cálices são diuréticos e antiescorbúticos, cozidos em água, são usados como uma bebida no tratamento da bílis. As sementes são diuréticas, laxantes e tônicas, são usadas no tratamento de debilidade. A raiz é amarga aperitiva e tônica. A planta também é relatada por ser antisséptica, afrodisíaca, adstringente, colagoga, demulcente, digestiva, purgativa e resolvente. Contraindicações: Portadores de doenças cardíacas graves devem limitar o consumo, devido à eliminação de eletrólitos que pode ocorrer com seu uso. Não é recomendado seu uso, sem orientação médica, durante a gravidez e lactação, pois foi identificada certa ação mutagênica em estudos preliminares. Efeitos adversos e precauções: O óleo obtido das sementes apresenta mutagenicidade(ALONSO, J., 2004; SILVA JUNIOR, 2003). Figura 20 - Hibisco 2.17 Graviola Nomes populares: Graviola, araticum, araticum-de-comer, jaca-do-pará, jaqueira- mole, pinha, fruta-do-conde, curaçau, ata-de-lima, ata, coração-da-rainha, guanabana (Peru, Cuba, México), anon (Haiti), sap-sap (África). Nomes científicos: Annona bonplandiana Kunth, Annona cearensis Barb. Rodr., Annona muricata var. borinquensis Morales, Guanabanus muricatus M. Gómez. Nome da família: Annonaceae Origem geográfica: México e América tropical. No Brasil é amplamente cultivada nos estados do Nordeste. Prováveis usos: O chá das folhas é usado contra problemas do coração, insônia, febre, malária, hepatite, diarreia, mal de sete dias (tétano)(Ming, Lin Chao, 2006); os frutos em estado verde são usados para combater a disenteria e tratar aftas das crianças (sapinho); no Brasil come-se como legume, cozidos, assados ou fritos em fatias. Depois de maduro, a polpa tem sabor agradável e ligeiramente ácido, sendo constituída por quase pura celulose de difícil digestão, por isso o uso é mais bem aproveitado com a extração do suco para o preparo de bebidas, sorvetes, geleias. São consideradas peitorais, antiescorbútica, diuréticas e febrífugos. O óleo essencial extraído das folhas e dos frutos verdes, de cheiro desagradável, associado ao óleo de amêndoas, é indicado em fricções nos casos de nevralgias e reumatismo. As folhas amassadas e misturadas com azeite quente servem para resolver os furúnculos e abcessos. No Pará, a graviola foi indicada popularmente para tratamento de diabetes, como calmante e antiespasmódico (BERG, Maria Elisabeth van den:). As folhas são usadas para eliminar vermes (Hoehne, 1919). As folhas da graviola são sudoríficas e peitorais (Dias da Rocha, 1919). Composição química: Acetogeninas – são tetrahidrofuranos presentes nas sementes e folhas, dentre as que destacam-se: annomuricinas A,B e C, gigantetrocinas A e B, gigantetronenina (cis e trans), annonacinas e isoannonacinas, muricinas, muricatetrocinas, annocatalina, solamina, xilomaticina, etc. Alcalóides: annomonicina, annomurina, annonaína, annoniína, asimilobina (do tipo isoquinolínico), etc. Outros alcalóides: muricinina, estefarina, coreximina, aterospermina e aterosperminina. Outros: amida N-p-coumaroil-tiramina, taninos, compostos polifenólicos (ácido caféico, ácido p-cumárico, leucoantocianinas, ácido hidrociânico, ácido ascórbico, sacarose, fitoesteróis (B-sitosterol, estigmasterol, arronol, ipuranol), ácido y-aminobutírico, ácido málico e óleo fixo nas sementes (Alonso, J., 2004). Ação farmacológica: Extratos das folhas tem poderoso efeito hipotensor em cobaias. (MILLIKEN, William et all., 1992; CAVALCANTE, Paulo B., 2006 apud CARRARA, D., 2010). Pesquisas recentes na UFC reconhecem o potente efeito hipoglicemiante das folhas da graviola. Possui atividades antitumorais e antiparasitárias. (Alonso, J., 2004). Contraindicações: Contraindicado na gravidez e para hipotensos. Efeitos adversos e precauções: Annonacinas estão relacionadas ao risco de neurotoxicidade. Figura 21 - Graviola 2.18 Boldo Do Chile Nomes populares: Boldo, Boldo-do-Chile. Nomes científicos: Boldea boldus (Molina) Looser²; Boldu boldus (Molina) Lyons. Nome da família: Monimiaceae Origem geográfica: Chile. Prováveis usos: No Chile e nos países importadores emprega-se a infusão de suas folhas como regulador digestivo, colagogo, colerético, calmante, anti-helmíntico, e na forma de cataplasma a ser aplicado nas dores reumáticas Composição química: Alguns compostos são: ascaridol, cineol, benzoato de bencilo,fenchona, carvona, canfeno, farnesol, α-terpineol, γ-terpineol, p-cimeno, eugenol, limoneno; boldina, isoboldina, kampferol, boldoglucina, ácido cítrico, taninos, cumarina¹, 6a,7- dehidroboldina , proaporfina, linalol, terpineno-4-ol, α-pineno, β-pineno, alcanfor. Óleo essencial: Terpinol, p-cimeno, eucaliptol, dióxido de limoneno, canfeno, ascaridol (tóxico), dentre outros. Alcalóides: Boldina, secoboldina, esparteína (toxico), dentre outros. Ação farmacológica: Atividade hepatovesicular, hepatoprotetora, eupéptica, colerética, digestiva, atividade antioxidante, atividade antimicrobiana, anti-helmíntica, ação diurética discreta¹, colagoga, anti-séptica, sedativa, antiinflamatória. Mostrou, in vitro contra Malassezia furfur. Contraindicações: Não deve ser utilizado por pessoas com doença hepática aguda ou severa, colecistite séptica, espasmos do intestino e íleo e câncer hepático. Não deve ser utilizado por pessoas com obstrução das vias biliares, doenças severas no fígado e nos casos de gravidez. A presença de alcaloides desaconselha o uso infantil (até seis anos) e durante a lactação. O óleo essencial, devido ao seu alto conteúdo de ascaridol (tóxico), não deve ser prescrito sem exclusiva vigilância profissional. Efeitos adversos e precauções: Doses maiores que 100mg do extrato seco por vez podem causar alucinações cromáticas e auditivas, vômitos, diarreias, letargia e convulsões. Doses altas da essência podem causar irritação renal, vômitos diarreia, efeitos narcóticos,paralisantes e convulsivantes. Entre os elementos tóxicos em altas doses estão a paquicarpina, o ascaridol e o terpineol. Figura 22 - Boldo 2.19 Jurubeba Nomes populares: Jurubeba, jurubeba-verdadeira Nomes científicos: Solanum paniculatum L. Nome da família: Solanaceae Origem geográfica: nativa do Brasil, ocorre no sul (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul), no sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo), no centro-oeste (Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso), no norte (Pará) e no nordeste (Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do 48 Norte e Sergipe). É cultivada ou encontrada em beira de matos e estrada. Prováveis usos: diabetes, anemia, febre, hepático, condições inflamatórias em geral, bronquite, tosse, artrite e intoxicações no fígado (Lorenzi, 2002; Trojan-Rodrigues et al., 2012). Composição química: alcaloides (solanidina, solasodina), saponinas esterólicas nitrogenadas (paniculina, jurubina), outras saponinas (isojuropidina, isojurubidina, isopaniculidina, jurubidina), mucilagens, resinas (jurubidina, jurubepina), óleo essencial, ceras, ácidos orgânicos (ácido clorogênico) Ação farmacológica: possui ação tônica, diurética, descongestionante, estomáquica, febrífuga, colagoga, emenagoga e cicatrizante. É comumente utilizada no tratamento de dispepsia, afecções do fígado (icterícia, hepatite, insuficiência hepática), inflamação do baço, prisão de ventre, anemias, cistites, diabetes, tumores uterinos, feridas e úlceras. Possui ação estimulante das funções digestivas, sendo bastante utilizada contra ressaca, após o consumo exagerado de álcool ou de comida. Contraindicações: não há referências na literatura consultada. Efeitos adversos e precauções: utilizar sempre na dose recomendada, evitando períodos prolongados, caso contrário, pode haver intoxicação, que causará sintomas como náuseas, vômitos, diarreias, cólicas abdominais e dores de cabeça. A intoxicação se dá devido à quantidade de alcaloides e esteroides que a planta contém. Figura 23 - Jurubeba 2.20 Angélica Nomes populares: Angélica Nomes científicos: Angelica archangelica L. Nome da família: Apiaceae Origem geográfica: Norte da Europa e Ásia, preferindo lugares frios e úmidos perto de rios e pântanos. Atualmente seu cultivo é muito expandido. Prováveis usos: Angélica tem sido utilizada para reduzir espasmos musculares, asma e bronquite. Também tem sido utilizado com muita eficiência para inflamações reumáticas, para regular fluxo menstrual e como um estimulante do apetite. Os talos são adoçados para uso culinário. Antiespasmódico promove fluxo menstrual. As folhas e sementes também podem ser utilizadas. As folhas são colhidas e secas no final da primavera, antes do florescimento. Composição química: Óleo volátil com predominância de hidrocarbonetos monoterpênicos, cumarinas, lactonas macrocíclicas, ácidos fenólicos, flavonoides e esteroides. Ação farmacológica: Antiespasmódica, aperiente, carminativa, diaforética, diurética, expectorante, estimulante, estomáquica, tônica. Contraindicações: Angélica é contraindicada a pessoas com tendência a diabetes, pois pode aumentar os níveis de açúcar na urina. Esta planta não deve ser prescrita para mulheres grávidas, nem o suco deve entrar em contato com os olhos Efeitos adversos e precauções: não há referências na literatura consultada. Figura 24 - Angélica 2.21 Pau Ferro Nomes populares: Jucá; Pau-ferro. Nomes científicos: Caesalpinia ferrea Mart. Nome da família: Leguminosaecompo Origem geográfica: nativa, Nordeste (Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe) Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro) Prováveis usos: As folhas da planta são usadas contra males do fígado e estômago. As sementes são usadas para diabete, como analgésico, anti-inflamatório e para ferimentos. Composição química: não encontrado nas referências utilizadas. Ação farmacológica: Cicatrizante, antisséptico, fortificante, febrífugo, antidiarreico, béquico, antidiabético, desobstruente, anticatarral. Contraindicações: não há referências na literatura consultada. Efeitos adversos e precauções: não há referências na literatura consultada Figura 25 – Pau-ferro 2.22 Cajueiro Nomes populares: Cajueiro, ou simplesmente Caju, em referência ao nome de seu fruto; no entanto, várias outras denominações são usadas para a espécie, tais como Acajaíba, Acajuíba, Cajumanso, Caju-manteiga, Caju-da-praia, Caju-de-casa, entre outras. Nomes científicos: Anacardium occidentale L. Nome da família: Anacardiaceae Origem geográfica: nativa, sua distribuição Norte (Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Roraima, Tocantins), Nordeste (Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe), Centro-Oeste (Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso), Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo). Prováveis usos: Na região de estudo foi relatado que a casca é usada no tratamento de hemorroidas e diarreias graves. O broto do caju é utilizado contra dores de estômago e problemas digestivos e deve ser fervido com broto de goiaba. Outros usos catalogados no Brasil referem à utilização da casca como tônico e estimulante medular, contra glicosúria e poliúria na forma de banho; contra aftas e inflamação da garganta na forma de gargarejo. A resina é usada como depurativo e expectorante. O suco das folhas serve como antiescorbútico, é eficiente contra aftas e cólicas intestinais. As flores são afrodisíacas, e a raiz, purgativa. No Brasil ocorre ainda o uso da fruta contra sífilis, como um diurético, estimulante e afrodisíaco, além de o chá de folhas ser usado como líquido para limpeza bucal e gargarejo em úlceras de boca, tonsilite e problemas de garganta, e a maceração de folhas para tratar diabete, astenia, debilidade muscular, desordens urinárias e asma. Composição química: apresentam concentrações consideráveis de compostos fenólicos, mais especificamente flavonoides, taninos, triterpenos, saponinas, alcaloides, cumarinas, antroquinonas e óleos essenciais Ação farmacológica: não encontrado nas referências utilizadas. Contraindicações: deverá ser utilizado com cautela na gravidez, utilizar em pequenas doses até cessar os sintomas. Efeitos adversos e precauções: não utilizar em conjunto com anticoagulantes, corticoides e anti-inflamatórios. Figura 26 - Cajueiro 2.23 Centela Asiática Nomes populares: Centela, centela-da-ásia, centela-asiática, hidrocótila, bevuláqua, cairu-su, pé-de-cavalo, dinheiro-em-penca, pata de elefante, pata-de-cavalo, corcel, pata-de- mula, pata-de-burro, cairuçu-asiático, erva-de-tigre, codagem. Nomes científicos: Hydrocotyle asiatica L., Centella asiatica (L.) Urban. Nome da família: Apiaceae Origem geográfica: Nativa da Ásia. Prováveis usos: Ativação da circulação sanguínea como coadjuvante no tratamento das doenças vasculares (insuficiência venosa), auxiliar na digestão estomacal e intestinal, antidepressiva. Uso externo como cicatrizante para eczemas, úlceras, pruridos e feridas pós- cirúrgicas, para eliminação da celulite, como estimulante cutâneo e da irrigação sanguínea, em úlceras venosas e para irritação vaginal. Prevenção de rugas e flacidez, para hemorroidas, úlceras cutâneas, queimaduras, erisipela e infecção cutânea, tosse e catarro amarelo, febres em infecções bacterianas. Indicada como complemento na massagem de cicatrizes fibrosas e hipertróficas. Composição química: Saponosídeo triterpênico (asiaticosídeo), saponinas, flavonóides, quercetina, aminoácidos, sais minerais, açúcares, ácidos graxos, ácidos triterpênicos (ácido indocentóico e ácido madecásico), resinas, taninos, óleo essencial (cineol, alcanfor, farnesol, felandreno, germacreno D, n-dodecano,α-pineno, p-cimol, β-cariofileno), β-caroteno , vitamina C (13,8mg/100g), fitosteróis, alcalóide (hidrocotilina). • Triterpenos pentacíclicos: Ácido asiático, ácido madecássico, ácido madasiático, ásiaticosideo A-F, braminosideo, madasiaticosideo, dentre outros. • Óleo essencial: β-Cariofileno, α‐humuleno, terpineno-pineno, dentre outros. • Flavonóides: Canferol, astragalina, catequina, rutina, naringina, glicosídeo de quercetina, dentre outros. • Sesquiterpenos: Bicicloelemeno, trans- farneseno, ermacreno, dentre outros. • Esteroides: Campesterol, estigmasterol, sitosterol, dentre outros. Ação farmacológica: Anti-inflamatória, cicatrizante, depurativa, digestiva, tônica, lipolítica (anticelulítica), diurética, reconstituinte, expectorante, resolutiva, venotrópica (estimulante circulatória), febrífuga, antibacteriana, psicotrópica. Contraindicações: Contraindicada em crianças, em casos de epilepsia, hiperlipidemia e durante a gravidez. Não se recomenda seu uso oral por mais de seis semanas consecutivas, principalmente em casos de gastrite ou úlcera duodenal. Efeitos adversos e precauções: Em altas doses por via oral pode causar fotossensibilidade, sonolência, fraqueza, cefaléia, vertigem, gastrite, hipotensão arterial e estado narcótico leve a moderado. Em alguns pacientes observou-se elevação do colesterol total. A aplicação do pó sobre feridas dérmicas pode causar sensação ardente. Pode originar dermatite de contato. Figura 27 - Centela 2.24 Alcachofra Nomes populares: Alcachofra, alcachofra-comum, alcachofra-cultivada, alcachofra- da-horta, alcachofra-rosa, carciofo, artichaut etc. Nomes científicos: Cynara cardunculus L., Cynara cardunculus subsp. cardunculus L., Cynara scolymus L. Nome da família: Asteraceae (antiga Compositae) Origem geográfica: Originária do Mediterrâneo Prováveis usos: Por terem uma concentração maior dos componentes da planta as folhas são a principal parte da planta quando se trata do uso medicinal, mas as brácteas tem um importante valor nutricional. São utilizadas para fins medicinais envolvendo principalmente queixas no sistema digestivo, dispepsia, melhora no metabolismo lipídico, colagogo, náuseas, flatulência, diurético, urticária, asma e eczema além de melhorar o sistema urinário também. Tem uma grande capacidade de diminuir a glicose pós prandial, diminuir os níveis de colesterol, triglicerídeos e LDL além de aumentar os níveis HDL, o que está associado ao seu uso para emagrecimento e controle de peso, auxiliando consequentemente no controle de comorbidades associadas com os níveis lipídicos como problemas cardiovasculares. É também muito usada pela sua capacidade hepato protetora, sendo inclusive responsável pela normalização de marcadores de danos hepáticos em estudos com ratos em uso de altas doses de paracetamol. Composição química: Extensivos estudos têm se debruçado sobre a composição química das partes da alcachofra haja visto a sua importância na medicina cultural. Todos os estudos relatam uma quantidade grande de compostos fenólicos, flavonoide e taninos na composição de todas as partes desta planta mas principalmente nas folhas, substâncias que são responsáveis pelos efeitos fitoterápicos da planta. Em um estudo realizado com plantas cultivadas na Mongólia foram avaliadas a composição de flores, folhas e raízes em relação a quantidade de proteínas, carboidratos, lipídios e vitamina C; além de realizar uma análise fotoquímica comprovando a presença de compostos fenólicos, flavonoides e saponinas em todas as partes da planta, quantidade dos compostos foi avaliada também, sendo evidenciado diferentes concentrações nas partes, sendo as folhas da planta onde se encontravam em maior concentração. Outro estudo, mais focado na caracterização dos compostos fenólicos presentes no extrato metanólico de folhas de Cynara scolymus compradas na região de Granada na Espanha, conseguiu identificar cerca de 61 compostos fenólicos, dentre os quais 34 foram identificados pela primeira vez. Dentre os compostos fenólicos caracterizados no estudo estão classificados em hidroxibenzóicos; hidroxicinâmicos (Ácido clorogênico, Ácido monocaffeoilquinico, Ácido dicafeoilquínico e derivados); flavonol (Rutin I e II); flavona (Luteolina, Apigenina, Cinaroside, Veronicastroside e derivados) e lignana. Ação farmacológica: As ações farmacológicas derivadas da Cynara scolymus são provenientes dos seus compostos majoritários ou de possíveis sinergias que aconteça com os compostos presentes no extrato. Estudos tentam elucidar como os componentes majoritários já identificados possam atuar nas células a fim de proporcionar os efeitos obtidos, alguns desses modelos atribuem a os efeitos redutores de peso a capacidade do extrato de inibir enzimas digestivas como a 𝛂-amilase, bloquear enzimas digestivas é uma maneira eficiente de diminuir a absorção de açúcares e proporciona uma sensação de saciedade. A modulação do perfil lipídico pelo extrato das folhas acontece principalmente pela ação do ácido clorogênico e luteolin nas células hepáticas. Luteolin consegue diminuir a expressão de HNF4α (fator nuclear de hepatócito 4α) que consequentemente diminui a síntese de colesterol pela inibição da SREBP-2 (Proteínas de Ligação a Elemento Regulador de Esterol) e HMG-CoA Redutase. A redução na expressão de HNF4α também diminui a síntese de apolipoproteína B, diminuindo os níveis de LDL e VLDL. O ácido clorogênico consegue também diminuir a síntese de de colesterol por estimular AMPK e consequentemente diminuir a SREBP-2, é possível que o ácido clorogênico ainda tenha a capacidade de diminuir os níveis de triglicerídeos através da estimulação de Carnitina Palmitoil Transferase (CPT) que aumenta a β-oxidação e inibe a malonil-CoA. A alcachofra ainda tem uma capacidade de modulação do sistema antioxidante nos hepatócitos, visto principalmente pelos resultados positivos no níveis de transaminases e ROS encontrados em experimentos com administração de extrato de folhas, os compostos mais prováveis de serem os responsáveis por esse efeito sendo o ácido cafeoilquínico e luteolin, estas têm potencial de diminuir a cascata de sinais da TLR4, que ativa a NF-κB. A NF-κB no núcleo consegue estimular várias citocinas pró-inflamatórias que vão danificar a célula e sua membrana consequentemente levando ao aumento dos níveis de transaminases no sangue. Outra substância encontrada em abundância na alcachofra é o Inulin, este tem capacidade de modular o perfil lipídico através do ciclo entero hepático, quando ingerida em quantidade suficiente a inulina no intestino aumenta a demanda de sais biliares in situ, e diminui o retorno ao fígado fazendo assim com que o fígado aumente a bioconversão de colesterol em sais biliares e a sua excreção, levando a uma diminuição nos níveis de VLDL e LDL. Contraindicações: A alcachofra é contraindicada na gravidez pelo seu efeito emenagogo e na lactação pela possibilidade de o leite materno ficar amargo. Além disso, para casos de cálculo biliar. Igualmente, em caso de fermentação intestinal ou alergias à alcachofra ou a outras plantas da mesma família, a utilização é igualmente contraindicada. Efeitos adversos e precauções: A alcachofra está na cultura alimentar e medicinal de várias populações pelos séculos, a evidência da sua segurança é clara pela falta de relatos de intoxicações, apesar de reações alérgicas já terem sido reportadas em doses recomendadas. Apesar disso, a sua dose letal (LD50) foi identificada como sendo cerca de 2000 mg/Kg em ratos wistar. Figura 28 - Alcachofra 2.25 Malva Branca Nomes populares: Malva, malva branca, guanxuma-branca. Nomes científicos: Sida cordifolia L. Nome da família: Malvaceae Origem geográfica: planta nativa da América tropical. Atualmente encontra-se em diversas regiões de clima tropical e subtropical do mundo. Nas Américas,ocorre do sul dos Estados Unidos até a Argentina. Prováveis usos: No Brasil, tem sido usada na inflamação, antirreumáticos, antipiréticos, laxante, diurético, analgésico, hipoglicemiantes, antiviral, bactericida e antifúngica. Além de ser usada para estomatite, gonorreia, congestão nasal e asma brônquica. Composição química: A malva possui principalmente alcaloides, óleos, esteroides, resinas ácidas, mucina e nitrato de potássio. Ação farmacológica: não encontrado nas referencias utilizadas. Contraindicações: não há referências na literatura consultada. Efeitos adversos e precauções: não há referências na literatura consultada Figura 29 – Malva branca 2.26 Porangaba Nomes populares: chá-de-bugre, porangaba, cafezinho, café-do-mato, chá-de-frade, louro-salgueiro e louro-mole. Nomes científicos: Cordia salicifolia Cham., Cordia ecalyculata Vell. Nome da família: Boraginaceae. Origem geográfica: frequente no Brasil, em regiões desde Minas Gerais até o Rio Grande do Sul, com maior incidência no Sul do Brasil, e tendo sido também encontrada na Argentina e no Paraguai. Prováveis usos: de uma forma geral a planta em questão é utilizada para emagrecimento, “desinchar”, “limpar o sangue” e diminuir os níveis sanguíneos de colesterol. Composição química: Cafeína, princípios amargos, óleo essencial, potássio, alantoína, cristais de cálcio, ácido alantoínico e taninos. Ação farmacológica: Em relação ao emagrecimento em humanos, não foi confirmada a redução de gordura, sendo que a redução de medidas pode estar associada apenas ao efeito diurético, por mecanismos desconhecidos até então (FRYDMAN et al., 2008). Em estudos com camundongos submetidos a dieta hiperlipidêmica, e posteriormente o uso da planta, observou- se a diminuição dos níveis séricos de colesterol (SIQUEIRA, 2006). Assim, o uso popular para diminuição dos níveis de colesterol no organismo apresenta comprovação científica Contraindicações: não há referências na literatura consultada. Efeitos adversos e precauções: não há referências na literatura consultada Figura 30 - Porangaba 2.27 Velame Nomes populares: Velame do campo, Velame Nomes científicos: Croton campestris Nome da família: Euphorbiaceae Origem geográfica: nativa, sua distribuição Norte (Pará, Tocantins), Nordeste (Alagoas, Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí), Centro-Oeste (Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul), Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro) e Sul (Paraná, Rio Grande do Sul) Prováveis usos: Um dos melhores depurativos do sangue, combate doenças nos ossos e o reumatismo. A C. campestris possui largo emprego popular como poderoso depurativo, usado no combate à escrofulose, doenças venéreas, impingens, tumores, moléstias de pele, reumatismo, úlcera do útero, diarreia e artritismo. Composição química: presença de compostos potencialmente bioativos nos extratos avaliados, como taninos flabobênicos, flavonas, flavonóis, xantonas, chalconas, auronas, flavononas, alcalóides, terpenos, catequinas e flavononóis. Ação farmacológica: não encontrado nas referências utilizadas. Contraindicações: não há referências na literatura consultada. Efeitos adversos e precauções: não há referências na literatura consultada Figura 31 - Velame 2.28 Juá Nomes populares: : na Bahia, joazeiro, juá-babão e juá-de-boi; no Ceará, joá-mirim e joazeiro; na Paraíba, joazeiro e juazeiro; em Pernambuco: juá; no Rio Grande do Norte: juareiro; no Estado do Rio de Janeiro: juá-bravo; no Estado de São Paulo, joazeiro e em Sergipe, juazeiro Nomes científicos: Ziziphus joazeiro Mart. Nome da família: Rhamnaceae Origem geográfica: Ziziphus joazeiro ocorre de forma natural no Brasil Prováveis usos: Utilizada para tratamentos de dermatoses, sangramento gengival, cicatrizante de feridas, agente de limpeza de cabelos e dentes, tônico capilar, dispepsia, antipirético, anti-inflamatório, tratamento de bronquite, tosse e ulceras gástricas. Composição química: na casca, é citada a presença de estearato de glicerila, dos triterpenóides ácido betulínico e lupeol, cafeína, um alcalóide, a amfibina-D e, como principais substâncias, as saponinas chamadas jujubosídios (SOUSA et al., 1991; KATO et al., 1997). Ação farmacológica: não encontrado nas referências utilizadas. Contraindicações: não há referências na literatura consultada. Efeitos adversos e precauções: não há referências na literatura consultada Figura 32 - Juá 2.29 Sucupira Nomes populares: sucupira-branca. Nomes científicos: Pterodon emarginatus Vogel. Nome da família: Fabaceae (Leguminosae) Origem geográfica: nativa sua distribuição: Norte (Rondônia, Tocantins), Nordeste (Bahia, Ceará, Maranhão, Piauí), Centro-Oeste (Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso) e Sudeste (Minas Gerais, São Paulo) Prováveis usos: antibiótico, reumatismo, infecção de garganta, emagrecimento e tratamento de acne. Composição química: terpenoides (Dutra et al., 2012). Ação farmacológica: antimicrobiana, cicatrizante, citotóxica, antiulcerogênica, anti- inflamatória (Bustamante et al., 2010; Dutra et al., 2009; Dutra et al., 2012) Contraindicações: não há referências na literatura consultada. Efeitos adversos e precauções: não há referências na literatura consultada Figura 33 – Sucupira 2.30 Ipê Roxo Nomes populares: Ipê, ipê roxo, Ipê cavatan, Ipê Comum, Ipê de São Paulo, Ipeuva, Aipe, Cavatan, Guiraiba, Lapacho, Pau d’Arco Roxo, Pau d’Arco Vermelho, Peuva, Peuva Roxa, Piúva , Queraiba ou Upeuva no Brasil; Lapacho ou Lapacho negro na Argentina; Lapacho no Paraguai; Tayihú no Guarani; e Taheebo na antiga Inca (Hashimoto 1962;. da Silva et al, 1977; Accorsi 1988). Nomes científicos: Tabebuia avellanedae Lorentz ex Griseb. Tabebuia impetiginosa (Mart. ex DC.) Standl., Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos, Handroanthus avellanedae (Lorentz ex Griseb.) Mattos, Tabebuia ipe var. integra (Sprague) Sandwith. Nome da família: Bignoniaceae Origem geográfica: É nativa da América do Sul, do Brasil até o norte da Argentina (Williams 1936; Hashimoto 1962; da Silva et al 1977). Prováveis usos: Diurético, adstringente, anti-infeccioso, antifúngico. É usado no tratamento caseiro de impetigo, câncer de pele, lupus, doença de Parkinson, psoríase e alergias. Composição química: As naftoquinonas lapachol, B-lapachona e xiloidona são consideradas importantíssimas. O Ipê-roxo também contém quercetinas, lapachenol, carnosol, indol, coenzyma Q, alcalóides como tecomina, ácidos hidroxibenzóicos, e saponinas. Naftoquinonas (lapachol, lapachona e derivados), lapachenol, quercetina e o ácido hidroxibenzóico. Ação farmacológica: O lapachol e outras substâncias isoladas,apresentaram, em ensaios biológicos, atividade antineoplásica, antimicrobiana, anti-inflamatória e anticoagulante. O Ipê-roxo também demonstra atividades anti-parasitária e anti-virais, e tem se mostrado efetivo como fungicida no tratamento de infestações por Candida albicans e micoses. Contraindicações: não há referências na literatura consultada. Efeitos adversos e precauções: não há referências na literatura consultada Figura 34 – Ipê Roxo 2.31 Jatobá Nomes populares: Jatobá, nome dado à planta em quase todo o Brasil. Também é chamada de Jatobá-mirim, Jatobazeiro, Jutaí-açu, Abati-tambaí, Algarobo, Jatai, Jutaí, Jatobá- de-anta, Jatobá-de-porco, Jatobá-roxo, Jutaí-café, Jutaí-peba, Jutaí-do-campo, Olhode-boi, entre outros. Nomes científicos: Hymenaea courbaryl L. Nome da família: Fabaceae (Leguminosae) Origem geográfica: Brasil. Distribuição geográfica: Amazônia a Bahia, e de Minas Gerais a São Paulo. Prováveis usos: Na região da Mata Atlântica, a infusão das folhas é usada internamente contra bronquites, especialmente em crianças, enquanto o xarope da casca do caule, além do uso contra bronquite, éeficaz contra tosses. O macerado das folhas em aguardente é usado contra bronquites e asma e como estimulante do apetite. A infusão da casca é usada como tônico para crianças, e o fruto ainda é comestível e amplamente consumido na região do Vale do Ribeira. A espécie não foi referida nem encontrada na região amazônica. Corrêa (1984) refere que a casca serve como adstringente, vermífugo, sedativo e peitoral, e a seiva é excelente tônico para crianças, estimulando a digestão e fortificando o organismo. Composição química: terpenoides, ácidos graxos, oligossacarídeos, flavonoides (Maranhão et al., 2013; Orsi et al., 2012) Ação farmacológica: gastroprotetiva, anti-helmíntica, antimicrobiana, antioxidante, cicatrizante (Figueiredo, 2014; Matuda et al., 2005; Maranhão et al., 2013) Contraindicações: não há referências na literatura consultada. Efeitos adversos e precauções: não há referências na literatura consultada Figura 35 - Jatobá 2.32 Colágeno Trata-se de uma proteína composta por 3.000 aminoácidos dispostos em três correntes moleculares entrelaçadas, formando uma espécie de hélice tripla flexível e robusta. Ele tem inúmeros atributos: deixa a pele resistente e elástica, reforça tendões e ligamentos que unem os músculos aos ossos e sustenta os órgãos internos. Ossos e dentes são feitos pela adição de minerais à matriz de colágeno, e 75% da pele é colágeno e existem diversos tipos e é utilizado para fins estéticos. Contraindicações: não há referências na literatura consultada. Efeitos adversos e precauções: não há referências na literatura consultada Figura 36 – Colágeno comestível 2.33 Espirulina As bactérias Spirulina são cianobactérias. Anteriormente, as cianobactérias eram classificadas como cianobactérias. Existem várias espécies de Spirulina, incluindo S. platensis, S. maxima, S. fusiformis e S. major. S. platensis e S. maxima são as espécies mais estudadas utilizadas na alimentação humana porque seu conteúdo nutricional os torna ideais como suplementos alimentares. Atuam na hiperlipidemia, obesidade, diabetes mellitus, hipertensão, sistema imunológico, toxidade renal, radioprotetor, no câncer, antiviral e na microbiota intestinal de forma positiva. Contraindicações: não há referências na literatura consultada. Efeitos adversos e precauções: não há referências na literatura consultada Figura 37 – Ilustração spirulina 2.34 Glucomono Nomes populares: Glucomannan ou glucomanan. Nomes científicos: Amorphophallus konjac Koch Nome da família: Araceae Origem geográfica: Nativa do Sudeste Asiático, do Japão e da China até ao sul da Indonésia. Prováveis usos: Esta fibra é um inibidor natural do apetite porque juntamente com a água forma um gel no sistema digestivo que atrasa o esvaziamento gástrico, sendo excelente para combater a fome e a esvaziar o intestino, diminuindo o inchaço abdominal e melhorando, assim, a prisão de ventre. Composição química: O glucomanano é o principal componente do tubérculo konjac em base seca, cuja dosagem é de cerca de 30% -50% e varia de acordo com os tipos de konjac, sendo o restante celulose, amido, proteína, açúcares solúveis, sais inorgânicos, alcalóides, vitaminas e etc. Ação farmacológica: Atua preenchendo o estômago, fazendo com que o indivíduo sinta menos fome. O alimento se mistura com o Glucomannan viscoso formando uma massa macia que facilmente passará através do aparelho gastrointestinal. A digestão com o Glucomannan é gradual, ajudando a manter os níveis de açúcar normal sem altas variações nos níveis sanguíneos. Contraindicações: não há referências na literatura consultada. Efeitos adversos e precauções: Recomenda-se a ingestão de uma boa quantidade de líquidos. Evitar superdosagem, pois pode causar constipação intestinal. Figura 38 - Glucomano 2.35 Chá Vermelho Segundo as referências trata-se da mesma espécie do chá verde a Camellia sinensis. 2.36 Valeriana Nomes populares: Valeriana, baldriana, erva-de-são-jorge, erva-de-amassar, erva-de- gato, valeriana-menor, valeriana-selvagem, valeriana-silvestre Nomes científicos: Valeriana officinalis L. Valeriana alternifolia Bunge, Valeriana baltica Pleijel. Nome da família: Caprifoliaceae Origem geográfica: Europa e Ásia. Naturalizada na América do Norte. Prováveis usos: Afirma-se que a valeriana apresenta propriedades sedativas, hipnóticas, antiespasmódicas, carminativas e hipotensoras. Ela é usada tradicionalmente em estados histéricos, excitabilidade, insônia, hipocondria, enxaqueca, cólica, cólica intestinal, dores reumáticas, dismenorreia e, especificamente, para condições que apresentam excitação nervosa (BARNES,J. et al.,2012). Composição química: Óleos voláteis: monoterpenos (A-pineno, B-pineno, canfeno, borneol, eugenol, isoeugenol); ésteres, sesquiterpenos (B-bisaboleno, cariofileno, valeranona, ledol, pacifigorgiol, álcool de patchouli, valerianol, valerenol, etc.). Iridóides (valepotriatos) Valtratos (valtrato, valtrato de isovaleroxiidrina, acevaltrato, valeclorina), di-hidrovaltratos e isovaltratos. Os Valepotriatos são instáveis e se decompõem com armazenamento ou processamento; os principais produtos da degradação são baldrinal e homobaldrina. Os baldrinais podem reagir ainda mais e é pouco provável que estejam presentes em produtos acabados. (BARNES, J. et al.,2012) Alcalóides piridínicos: (actinidina, chatinina, esquiantina, valerianina e valerina). Esteróides: (B-sitosterol, clionasterol 3-B-O-glicosídeo, etc.) Outros constituintes: aminoácidos (arginina, ácido Gama-aminobutírico (GABA), glutamina, tirosina), polifenóis (ácidos cafeico e clorogênico), metil 2-pirrolcetona, colina, taninos, goma e resina. Ação farmacológica: As propriedades sedativas e hipnóticas são as mais observadas em estudos pré-clínicos e clínicos, contudo, as evidências científicas disponíveis são fortes e ainda não se determinaram exatamente quais constituintes de valeriana são responsáveis por essas propriedades observadas. Contraindicações: O uso de valeriana durante a gravidez e lactação deve ser evitado devido a falta de estudos sobre a segurança durante esses períodos. O consumo de formulações de valeriana não é recomendado (até 2 horas) antes da condução de veículos ou operação de máquinas. Não ingerir álcool durante o tratamento com valeriana, pois o álcool pode intensificar o efeito. Efeitos adversos e precauções: São poucos dados clínicos sobre aspectos de segurança das formulações de valeriana, e sobre a segurança do uso a longo prazo. Os relatos sobre efeitos adversos em ensaios randomizados e controlados com placebo, eram leves e transitórios. Figura 39 - Valeriana 2.37 Bugroon Trata-se de um chá com mistura de algumas ervas como Chá branco (Camellia Simensis / folhas e talos), Chá verde (Camellia Simensis / folhas e talos), Hibisco (Hibiscus Sabdariffa L. / flores), Camomila (Matricaria Recutita / capítulos florais), Capim cidreira (Cymbopogon Citratus Stapf / folhas), Boldo (Pneumus Boldus molina / folhas), Hortelã (Mentha Piperita L. / folha e ramos), Limão (Citrus limmonia O. / folhas), Erva Doce (Pimpinella Anisum L. / sementes) e Estévia (Stevia rebaundiana Bert / folhas). O mesmo promete auxiliar na perda de peso, ajuda a regular o sistema digestivo, colesterol, ácido úrico, má digestão e problemas renais, má articulação, produto natural e é um diurético. Contraindicações: não há referências na literatura consultada. Efeitos adversos e precauções: não há referências na literatura consultada Figura 40 – Bugroon 2.38 Chá Branco Segundo as referências trata-se da mesma espécie do chá verde e vermelho a Camellia sinensis. 2.39 Ciarella Não encontrei nas referências consultadas 2.40 Berinjela Nomes populares: Berinjela; Beringela. Nomes científicos: Solanum melongena L. Nome da família: Solanaceae Origem geográfica:
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