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Chá 50 Ervas

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA 
KÉSSIA SOUZA SANTOS 
 
 
 
 
 
 
 
CHÁ 50 ERVAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FEIRA DE SANTANA - BA 
2022 
KÉSSIA SOUZA SANTOS 
 
 
 
 
 
 
 
CHÁ 50 ERVAS 
 
 
 
Trabalho acadêmico apresentado à 
disciplina BIO339 – Farmacobotânica no 
curso de graduação de Farmácia, sob 
orientação da docente Dra. Tânia Regina 
dos Santos, como parte das exigências do 
componente curricular para fins 
avaliativos. 
 
 
 
 
 
 
FEIRA DE SANTANA - BA 
2022 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................................... 5 
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ................................................................................................ 5 
2.1 Abacateiro .............................................................................................................................. 5 
2.2 Chá Verde .............................................................................................................................. 7 
2.3 Chapéu de Couro .................................................................................................................... 9 
2.4 Jambolão .............................................................................................................................. 11 
2.5 Cavalinha ............................................................................................................................. 12 
2.6 Melissa ................................................................................................................................. 13 
2.7 Douradinha ........................................................................................................................... 14 
2.8 Salsa-Parrilha ....................................................................................................................... 15 
2.9 Erva de Bugre ...................................................................................................................... 17 
2.10 Carobinha ........................................................................................................................... 18 
2.11 Sene.................................................................................................................................... 19 
2.12 Dente De Leão ................................................................................................................... 20 
2.13 Funcho ............................................................................................................................... 23 
2.14 Cidreira .............................................................................................................................. 24 
2.15 Sete Sangrias ...................................................................................................................... 25 
2.16 Hibisco ............................................................................................................................... 26 
2.17 Graviola ............................................................................................................................. 27 
2.18 Boldo Do Chile .................................................................................................................. 29 
2.19 Jurubeba ............................................................................................................................. 31 
2.20 Angélica ............................................................................................................................. 32 
2.21 Pau Ferro ............................................................................................................................ 33 
2.22 Cajueiro .............................................................................................................................. 34 
2.23 Centela Asiática ................................................................................................................. 35 
2.24 Alcachofra .......................................................................................................................... 37 
2.25 Malva Branca ..................................................................................................................... 40 
2.26 Porangaba ........................................................................................................................... 40 
2.27 Velame ............................................................................................................................... 41 
2.28 Juá ...................................................................................................................................... 42 
2.29 Sucupira ............................................................................................................................. 43 
2.30 Ipê Roxo ............................................................................................................................. 44 
2.31 Jatobá ................................................................................................................................. 46 
2.32 Colágeno ............................................................................................................................ 47 
2.34 Glucomono ......................................................................................................................... 48 
2.35 Chá Vermelho .................................................................................................................... 49 
2.36 Valeriana ............................................................................................................................ 49 
2.37 Bugroon ............................................................................................................................. 51 
2.38 Chá Branco......................................................................................................................... 52 
2.39 Ciarella ............................................................................................................................... 52 
2.40 Berinjela ............................................................................................................................. 52 
2.41 Agar Agar .......................................................................................................................... 53 
2.42 Garcinia .............................................................................................................................. 54 
2.43 Castanha Da India .............................................................................................................. 54 
2.44 Capim Santo ....................................................................................................................... 56 
2.45 Vinagre De Maçã ............................................................................................................... 57 
3 CONCLUSÃO ....................................................................................................................... 58 
REFERENCIAS ....................................................................................................................... 59 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
As plantas medicinais têm um papel muito importante na saúde além de serem utilizadas 
para tratamento de enfermidades desde as primeiras civilizações. Ademais, a utilização de 
diversas plantas para emagrecer tem se tornado comum atualmente além de diversas capsulas 
que prometem diversas ervas e uma ação milagrosa na qual podem ocasionar a sérios problemas 
no organismo. 
Consoante a isso, o presente trabalho tem por objetivo identificar as ervas presentes no 
medicamento “Chá 50 Ervas” através de uma revisão bibliográfica e descritiva, contendoos 
nomes populares e os prováveis nomes científicos; nome da família; origem geográfica; 
prováveis usos e compostos químicos e suas ações. 
 
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 
2.1 Abacateiro 
Nomes populares: abacateiro, abacate, aguacate, palta, avocado (espanhol), avocato, 
avocado, alligator-pear (inglês). 
Nomes científicos: Laurus persea L., Persea americana var. angustifolia Miranda, 
Persea drymifolia Schltdl. & Cham., Persea leiogyna S.F. Blake., Persea nubigena L.O. 
Williams, Persea edulis Raf., Persea gratissima C.F. Gaertn. 
Nome da família: Lauraceae. 
Origem geográfica: América Tropical (Lorenzi e Matos). Segundo outros autores, 
Persea é Africana (SCORA, 1996). 
Prováveis usos: a polpa dos frutos, além de nutritiva devido aos teores de proteína, 
sais minerais e vitaminas, é considerada na medicina tradicional como carminativa, útil contra 
o ácido úrico e também é utilizada em casos de caspa, prurido e eczema do couro cabeludo 
associado com babosa (Aloe vera).enquanto os chás obtidos das folhas, da casca e das sementes 
raladas são considerados úteis como diurético, antirreumático, carminativo, anti-anêmico, 
antidiarreico e anti-infeccioso para os rins e bexiga, além de estimulante da vesícula biliar, 
estomáquico, emenagogo e balsâmico. A casca do fruto moída é recomendada contra as 
verminoses. 
Composição química: 
- Planta inteira: Avocadofuranos. 
- Flavonóides: Quercetina, afzelina, quercetin 3-O-d-arabinopiranosideo, catequina, 
epicatequina (componentes majoritarios das sementes) dentre outros; 
- Cumarinas: Persina, scopoletina (folhas). 
- Alcanóis: 1,2,4-trihidroxiheptadec-16-eno, 1,2,4-trihidroxiheptadec-16-ine e 1,2,4-
trihidroxinonadecane (frutas não maduras) e 1,2,4-trihidroxiheptadec-16-eno (folhas secas), 
(HAKANSSON, 2018). 
Ação farmacológica: destacam-se suas propriedades anti-inflamatórias, analgésicas, 
antimicrobianas, diuréticas e cosméticas, além de atividades imunomoduladora e antitumoral, 
essas em animais de laboratório (ALONSO, 2004). Na França foi desenvolvida uma formulação 
com as frações insaponificáveis do abacate (Persea americana) e da soja (Glycine max), para o 
tratamento da artrose. Um estudo em voluntários e pacientes hipercolesterolêmicos mostrou 
que o abacate pode ser uma fonte de ácidos graxos monoinsaturados (ácido oleico) em pessoas 
saudáveis que em substituição de gorduras saturadas, exerce efeitos benéficos tais como a 
redução dos níveis de colesterol total, de triglicerídeos e de LDL-colesterol. Em estudo cruzado, 
randomizado, duplo-cego e controlado por placebo foi visto que a polpa dos frutos do abacate 
melhora a recuperação cardiovascular e autonômica após corrida submáxima, reforçando a 
informação de que o consumo regular do abacate apresenta efeitos vantajosos no sistema 
cardiovascular (SOUSA, 2020). Um estudo sugere, após consulta em literatura (estudos in vitro, 
animais e humanos), que o gengibre (Zingiber officinale) e o abacate (Persea amaricana) podem 
ser considerados nutracêuticos úteis no tratamento da obesidade por efeitos antioxidantes e anti-
inflamatórios melhorando a atividade enzimática e modulando deficiências relacionadas à 
obesidade no sistema anti-inflamatório em diferentes tecidos. (TRAMONTIN, 2020.). 
Contraindicações: Não é recomendado a decocção das folhas do abacateiro para 
mulheres grávidas e que amamentam (ALONSO, 2004). 
Efeitos adversos e precauções: Os frutos do abacate são, em geral, bem tolerados 
para o consumo humano. Pode existir sensibilidade cruzada a alérgenos do látex de borracha 
natural. As cápsulas de insaponificáveis de abacate-soja são bem toleradas, no entanto, longe 
das refeições podem ocasionar regurgitações. Existem evidências que o consumo de folhas de 
abacate pode ser tóxico para animais, por exemplo cabras (ALONSO, 2004). 
 
 
 Figura 1 – Flores Figura 2 – Visão geral da planta com frutos 
 
 
Figura 3 - Frutos 
 
2.2 Chá Verde 
Nomes populares: Chá-preto, chá-branco, chá-vermelho, chá verde, chá da índia. 
Nomes científicos: Camellia sinensis (L.) Kuntze 
Nome da família: Theaceae 
Origem geográfica: espécie vegetal nativa da Ásia. 
Prováveis usos: Recentemente tem sido muito usada em dietas alimentares por suas 
propriedades antioxidantes, entretanto o preparo de plantas medicinais por diferentes métodos 
de produção pode alterar sua composição química, principalmente quantitativamente, o que 
pode atrapalhar o efeito benéfico esperado pelos consumidores. 
Composição química: As folhas de Camélia sinensis contém proteínas, glicídios, 
ácido ascórbico, vitaminas do complexo B e bases púricas, especialmente cafeína, polifenóis, 
além de taninos, flavonóides e flavonas, catecóis e epicatecóis livres e estereficados pelo ácido 
gálico (SIMÕES et al.; 2000) Dentre os compostos químicos da Camélia sinensis destaca-se os 
flavonóides e as catequinas como os mais importantes, por serem agentes antioxidantes. 
Ação farmacológica: estudos recentes têm demonstrado os benefícios à saúde 
humana ao consumir este chá, o qual contribui no tratamento de doenças através do seu 
potencial anticarcinogênico, propriedades antioxidantes, hipoglicemiante e anti-inflamatória. 
Se processa através de dois mecanismos, por um lado inibe as lipases pancreáticas e gástricas 
e por outro lado estimula a termogênese, o que resulta na redução e atraso da absorção de 
lipídeos e no incremento de gasto energético 
Contraindicações: não há referências na literatura consultada. 
Efeitos adversos e precauções: não há referências na literatura consultada 
 
Figura 4 – Chá verde 
 
Figura 5 - Etapas do processamento das folhas de Camellia sinensis para obtenção de 
cinco diferentes tipos de chás. 
 
2.3 Chapéu de Couro 
Nomes populares: Chapéu-de-couro, aguapé, chá-do-brejo, chá-mineiro, chá-de-
campanha, erva-do-brejo, congonha-do-brejo, erva-do-pântano, cucharero, cucharón (ESP). 
Nomes científicos: Alisma floribundum Seub., Alisma grandiflorum Cham. & 
Schltdl., Echinodorus floribundus (Seub.) Seub., Echinodorus 
grandiflorus var. floribundus (Seub.) Micheli, Echinodorus argentinensis Rataj., Echinodorus 
grandiflorus (Cham. & Schltr.) Micheli subsp. grandiflorus. 
Nome da família: Alismataceae 
Origem geográfica:  Nativa do Brasil (Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica). 
Prováveis usos: O chá de suas folhas é um dos mais populares como diurético e 
depurativo do organismo. É usado como antirreumático, em problemas do trato urinário. 
Externamente, no tratamento de problemas cutâneos, inclusive para tirar manchas da pele. Na 
forma de bochechos e gargarejos para afecções da garganta, estomatite e gengivite. Também 
pode ser usado em banhos de assento, duas ou três vezes ao dia, para tratamento de prostatite. 
No Paraguai é utilizado como anti-hipertensivo. No Vale do Ribeira (SP) é referido o uso da 
infusão das folhas para o tratamento de problemas renais e hepáticos, como sedativo, em dores 
de cabeça, de barriga, nas costas, além de gripes e resfriados e como anti-helmíntico (Ascaris 
lumbricoides). A decocção das folhas é usada como analgésica especialmente contra dores de 
cabeça. As raízes maceradas são usadas externamente como cataplasma no tratamento de 
hérnias e como emplasto em casos de furúnculos, eczemas e dermatites. 
Composição química: Diterpenos (equinofilinas, equinodolideos, chapecoderinas); 
óleo essencial (fitol, E-cariofileno, a-humuleno e E-nerolidol); flavonóides; heterosídeos 
cardiotônicos; saponinas; taninos; alcalóides; sais minerais; derivados cumarínicos; iodo e 
resinas. 
Ação farmacológica: Alguns trabalhos de pesquisa com os extratos das folhas 
demonstraram efeitos anti-inflamatório, vasodilatador e anti-hipertensivos. O extrato hidro-
etanólico inibiu germes Gram negativos. Os equinodorosídeos exercem efeito inotrópico 
positivo em corações de cobaias. A planta possui atividade laxantenão irritativa 
presumivelmente por sua ação colagoga e colerética. Os alcalóides neutralizam enzimas 
presentes em venenos de algumas serpentes. Os flavonóides seriam os responsáveis por seu 
efeito diurético e os taninos demonstraram efeitos protetores e antissépticos sobre mucosas 
inflamadas. O conteúdo em iodo pode ser útil em zonas endêmicas de bócio. Um estudo indicou 
que o extrato metanólico dos rizomas possui propriedades analgésicas sobre o sistema nervoso 
periférico e central, apresentando componentes com ação antinociceptiva e anti-inflamatória. 
(Dutra et al, 2006 apud Lídio Coradin et al. Brasília, MMA, 2011). 
Contraindicações: Nas doses adequadas é segura para uso em humanos. Por falta de 
maiores estudos evitar o uso em grávidas. 
Efeitos adversos e precauções: Estudos toxicológicos em animais com a espécie em 
questão não demonstraram evidências nocivas. Por precaução, não deve ser usado 
cronicamente. Foram observados efeitos tóxicos com o uso crônico na espécie Echinodorus 
macrophyllus (Kunth.) Micheli (Costa Lopes et al., 2000 apud Di Stasi, 2002). 
 
 
 
Figura 6 - Echinodorus grandiflorus Figura 7 - Echinodorus grandiflorus 
 
2.4 Jambolão 
Nomes populares: Jambolão, ameixa-roxa, azeitona-do-nordeste, cereja, jamelão. 
Nomes científicos: Myrtus cumini L., Eugenia cumini (L.) Druce, Eugenia 
jambolana Lam., Syzygium jambolanum (Lam.) DC. 
Nome da família: Myrtaceae 
Origem geográfica: Segundo Lorenzi & Matos, é originária da Indomalásia, China e 
Antilhas, e cultivada em vários países, inclusive no Brasil. 
Prováveis usos: Os frutos são consumidos in natura e na fabricação de sucos. As 
cascas e sementes são usadas como medicação hipoglicemiante. 
Composição química: Nos extratos metanólico e etil-acetato de sementes de 
Syzygium cumini foram encontrados alcalóides, flavonóides, glicosídeos, fitoesteróis, 
saponinas, esteróides, taninos e triterpenóides. Nas folhas foi identificado o diterpeno Vulgarol 
A, com atividade antibacteriana contra Salmonella typhimurium, Pseudomonas aeruginosa e S. 
aureus. Outros compostos encontrados: lupeol, 12-oleanen-3-ol-3β-acetate, Stigmasterol, β-
sitosterol. 
Ação farmacológica: A administração oral de 2,5 e 5,0 g / kg de peso corporal do 
extrato aquoso da semente durante 6 semanas, resultou numa redução significativa da glucose 
no sangue e um aumento na hemoglobina total, mas no caso de 7,5 g / kg de peso corporal, o 
efeito não foi significativo. Também é mencionada as seguintes atividades: antibacteriana, anti-
inflamatória, analgésica. 
Contraindicações: não há referências na literatura consultada. 
Efeitos adversos e precauções: não há referências na literatura consultada 
 
 
Figura 8 - Syzygium cumini (L.) Skeels. Figura 9 – Exsicata 
 
2.5 Cavalinha 
Nomes populares: Cavalinha, cavalinha-gigante, cauda-de-cavalo, rabo-de-cavalo, 
erva-canudo, rabo-de-raposa, lixa-vegetal, cana-de-jacaré, etc. 
Nomes científicos: Equisetum pyramidale Goldm.; Equisetum martii Milde; 
Equisetum ramosissimum Kunth; Equisetum xylochaetum Mett. 
Nome da família: Equisetaceae 
Origem geográfica: A Equisetum giganteum é nativa de áreas pantanosas do Brasil. 
Prováveis usos: Como diurético, antidiarreico, para tratamento de infecção dos rins e 
bexiga, para a consolidação de fraturas ósseas, para eliminar o ácido úrico, contra anemia, etc. 
Composição química: Alcalóides piridínicos, nicotina e palustrina, flavonóides 
glicosilados da apigenina, quercetina e do campferol, derivados dos ácidos clorogênico, caféico 
e tartárico. Também foi constatada a presença da tiaminase, uma enzima que acelera a 
destruição da tiamina (Vitamina B1). Compostos tóxicos: são citadas como sendo o glicosídio 
flavônico articulatina e sua aglicona articulatidina ou gossipitrina e sua aglicona gossipetina. 
Ação farmacológica: Apresenta ação reguladora e adstringente do trato 
genitourinário, atuando como diurético e auxiliando no tratamento das infecções moderadas do 
trato urinário baixo. 
Contraindicações: Gravidez e lactação. Pacientes com disfunções cardíacas e renais. 
Gastrite e úlcera gastroduodenal. 
Efeitos adversos e precauções: Foram relatados casos de reações alérgicas, febre, 
batimentos cardíacos irregulares, fraqueza muscular, falta de coordenação dos movimentos, 
dermatite seborréica e perda de peso. 
 
Figura 10 - Cavalinha 
 
2.6 Melissa 
Nomes populares: Melissa, cidreira e erva-cidreira. 
Nomes científicos: Melissa officinalis L. 
Nome da família: Lamiaceae (Labiatae) 
Origem geográfica: originária do sul da Europa e introduzida como planta aromática 
noutras zonas do planeta, regiões meridionais da Europa, Ásia e Norte de África. Madeira 
(comum em jardins de ervas aromáticas, ocasional em estado selvagem). 
Prováveis usos: Anti-espasmódica, Antibactericida, Antimicrobiana, Antioxidante, 
Antiséptica, Antiviral, Carminativa, Cicatrizante, Digestiva, Emenagoga, Espasmolítico, 
Repelente, Sedativa, Tónica 
Composição química: óleos voláteis (citral, citronelal, citronelol, linalol, geraniol, 
neral, etc), taninos, flavonoides e ácidos fenólicos. 
Ação farmacológica: O extracto reduz o colesterol total, lipídios totais. Ajuda na 
doença de Elzheimer. Usada na aromaterapia. Falta de apetite, gastrites, espasmos 
gastroentestinais, meteorismo, vómitos e diarreias. Distonias neurovegetativas, ansiedade, 
melancolia e insónia. Hipertensão, taquicardia, enxaqueca e asma. Externamente, em afecções 
cutâneas, equimoses e para diminuir o efeito das picadas dos insetos, principalmente o óleo 
essencial. 
Contraindicações: É contraindicada durante a gravidez e em mulheres que estão 
amamentando e para crianças. 
Efeitos adversos e precauções: Os efeitos tóxicos estão relacionados com a ação da 
tiaminase, ou seja, destruição da tiamina ou Vitamina B1, a ingestão por tempo prolongado 
pode levar ao beribéri. 
 
 
Figura 11 - Melissa 
 
2.7 Douradinha 
Nomes populares: douradinha, douradinha-do-campo. 
Nomes científicos: Waltheria communis A. St. Hil. (= Waltheria douradinha A. St.-Hil.) 
Nome da família: Malvaceae (Sterculiaceae). 
Origem geográfica: nativa do Brasil, ela ocorre no sul (Paraná, Santa Catarina e Rio 
Grande do Sul), no sudeste (Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo), no centro-oeste (Distrito 
Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso), no norte (Tocantins) e no nordeste 
(Alagoas e Bahia). Fora do Brasil, ocorre no Uruguai, na Argentina e no Paraguai. Costuma ser 
encontrada em campos limpos ou sujos, em solos rochosos e arenosos. 
Prováveis usos: eficiente para a limpeza do sangue, ela é depurativa e muito utilizada 
por pessoas com pressão alta e dores do estômago, além de combater bronquite e laringite. 
Possui ação estimulante, sudorífica, antitussígena, antiblenorrágica, emética, diurética, 
emoliente e cicatrizante. Para uso interno, utiliza-se a tintura das cascas como tônico cardíaco; 
as folhas e a casca dos ramos, por sua vez, são diuréticas e hipotensoras. Externamente, é 
indicada para tratar feridas, amolecer tumores e úlceras 
Composição química: flavonoides, alcaloides (quinolônicos: antidesmona, 
waltheriona-A, waltheriona-B, alcaloide VG8; ciclopeptídicos: waltherina-A, chamaedrina), 
amida (O)-metilembamida, saponinas, taninos, triterpenos, esteróis, mucilagens. Os extratos 
brutos de toda a planta apresentaram atividade antioxidante e antimicrobiana contra 
Staphylococcus aureus, S. epidermidis, S. setubal. Klebsiella penumoniae, Bacillus subtilis, 
Pseudomonas aeruginosa e Eschericha coli. 
Ação farmacológica: 
Contraindicações: não há referências na literatura consultada. 
Efeitos adversos e precauções: não há referências na literatura consultada 
 
Figura 12 - Douradinha 
 
2.8 Salsa-Parrilha 
Nomes populares: salsa-parrilha. 
Nomes científicos: Smilax longifolia Rich; Smilax áspera L.; Herreria salsaparrilha 
Mart.;Nome da família: Smilacaceae 
Origem geográfica: Segundo Dahlgren, Clifford e Yeo (1985), o gênero Herreria 
ocorre em áreas temperadas e subtropicais da América do Sul. Herreria salsaparrilha é comum 
em muitas florestas do Nordeste do Brasil. 
Prováveis usos: urética, sífilis, nefrite, reumatismo e redução do colesterol (Andreata 
et al., 2007; Imura et al., 2017). 
Composição química: compostos dibenzílicos, saponinas (Andreata et al., 2007; 
Imura et al., 2017). 
Ação farmacológica: antimicrobiana (Andreata et al., 2007; Imura et al., 2017). 
Contraindicações: não há referências na literatura consultada. 
Efeitos adversos e precauções: produz náuseas em doses elevadas. 
 
Figura 13 - Salsaparrilha 
 
 
2.9 Erva de Bugre 
Nomes populares: Chá-de-bugre, guaçatonga, erva-de-lagarto. 
Nomes científicos: Casearia sylvestris Sw. 
Nome da família: Salicaceae 
Origem geográfica: nativa de matas e capões do Brasil, ocorre no sul (Paraná, Santa 
Catarina e Rio Grande do Sul), no sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São 
Paulo), no centro-oeste (Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do sul e Mato Grosso), no norte 
(Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins) e no nordeste (Alagoas, 
Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe). Fora do 
Brasil, é encontrada desde o México e as Antilhas até o Uruguai e a Argentina. 
Prováveis usos: possui ação antidiarreica, antimicrobiana, antipirética (antifebril), 
anti-inflamatória, antirreumática, antisséptica, antitumoral, cicatrizante, depurativa, diurética. 
Usada para tratar distúrbios digestivos (gastrites e úlceras) e da orofaringe (aftas, herpes, mau 
hálito); feridas; eczemas; pruridos; distúrbios da pele; picadas de insetos e picadas de cobra. 
Composição química: óleo essencial (terpenos), saponinas, ácidos graxos, taninos, 
antocianinas, resinas e flavonoides. 
Ação farmacológica: Pesquisas constataram que o processo de cicatrização interna e 
externa evolui bem no tratamento com C. sylvestris, devido ao óleo essencial e sua ação 
cicatrizante, antisséptica, antimicrobiana e fungicida. Reduz o volume de ácido clorídrico e 
acidez, auxiliando na atividade anti ulcerogênica. Os taninos formam revestimentos protetores 
nas mucosas e na pele, dificultando infecções. Estudos com ratos, utilizando o extrato da sua 
casca, mostraram atividade anti-inflamatória, conferindo proteção contra o veneno da cobra 
jararaca (Bothrops jararaca). Estudos com diterpenos isolados demonstraram ação inibitória 
sobre tumores. 
Contraindicações: não utilizar durante a gravidez e a lactação. 
Efeitos adversos e precauções: devido à ação antagonista da vitamina K, evitar a 
utilização prolongada (mais de 100 dias), pois podem ocorrer hemorragias. Possui, também, 
atividade sobre a musculatura lisa uterina e possível ação abortiva. Dor e lesões, inclusive de 
herpes labial, como antisséptico e cicatrizante tópico, dispepsia, gastrite e halitose. 
 
 
Figura 14 – Erva-de-Bugre 
 
2.10 Carobinha 
Nomes populares: Caroba; Carobinha. 
Nomes científicos: Jacaranda brasiliana (Lam.) Pers.; Jacaranda jasminoides 
(Thunb.); Jacaranda puberula Cham. 
Nome da família: Bignoniaceae. 
Origem geográfica: nativa, sua distribuição geográfica se dá no Norte (Pará, 
Tocantins), Nordeste (Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio 
Grande do Norte, Sergipe), Centro-Oeste (Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso), Sudeste 
(Minas Gerais). 
Prováveis usos: o caule e as folhas são usados em afecções na pele e úlceras externas 
(Macedo e Ferreira, 2004). Usada no tratamento de pressão alta, tratamento de dor de urina e 
dor de bexiga e tratamento de lesões de pele. Planta usada no tratamento de coceira no corpo 
Composição química: não há registros. 
Ação farmacológica: não há registros. 
Contraindicações: não há referências na literatura consultada. 
Efeitos adversos e precauções: não há referências na literatura consultada 
 
Figura 15 - Carobinha 
 
2.11 Sene 
Nomes populares: Sene, sena, sene-da-Índia, sene-de-Alexandria, hindi sana (Índia), 
sen (Espanha). 
Nomes científicos: Cassia senna L., Cassia acutifolia Delile, Cassia alexandrina 
(Gersault.)Thell., Cassia angustifolia Vahl., Senna acutifolia (Delile)Batka, Senna alexandrina 
Gersault., Senna angustifolia (Vahl.)Batka. 
Nome da família: Fabaceae 
Origem geográfica: Nordeste da África e do Oriente Médio. 
Prováveis usos: As folhas secas de sene e os frutos são largamente usados como 
laxante para o tratamento de constipação aguda. 
Composição química: Antraquinonas ou derivados antracênicos: diantron-glicosídeos ou 
antrocenosídeos, destacando-se os senosídeos A e B, senosídeos C e D, também se encontram 
antraquinonas livres em menor quantidade (aloe-emodina, crisofanol, reína e seus respectivos 
glicosídeos). Outras substâncias presentes: Hidratos de carbono (arabinose, galactose, ácido 
galacturônico, ramnosa); galactomanano (galactose e manose) e açúcares livres (frutose, 
glicose, pinitol e sucarose). Flavonóides (kempferol e isoramnetina); óleo essencial (traços); 
saponina; resina; fitoesterois; minerais e derivados naftalénicos. A fração lipofílica das folhas 
contém 80% de clorofila e 10% de ceras. Antraquinonas: Senosídeo A – D, madagascina, 3-
geraniloxiemodina, 6 – hidroximusicina glicosídeo e glicosideo de tinevelina, Aloe – 
emodina, emodina e reína. Flavonoides: Canferol e isoramnetina. 
Ação farmacológica: Laxativo. 
Contraindicações: O sene é contraindicado nas seguintes situações: obstrução 
intestinal, apendicite, abdômen agudo, hipocalemia, enterite, enfermidade de Crohn, colite 
ulcerosa, hemorroidas, crianças menores de 10 anos. Contraindicado também em gestantes e 
lactantes 
Efeitos adversos e precauções: O uso prolongado ou excessivo do sene provoca 
inicialmente diarreia com espoliação de potássio e diminuição na concentração de globulinas 
séricas. A longo prazo pode causar nefrite, colite ou constipação paradoxal. 
 
Figura 16 - Sene 
 
 
2.12 Dente De Leão 
Nomes populares: Dente-de-leão, dente-de-leão-dos-jardins, serralha, taraxaco, 
chicória-silvestre, alface-de-cão, alface-de-coco, soprão, salada-de-toupeira, amargosa, amor-
dos-homens, chicória-louca, pára-quedas, radite-bravo.  
Nomes científicos: Leontodon taraxacum L., Leontodon vulgare Lam., Taraxacum 
dens-leonis Desf., Taraxacum vulgare Schrank. 
Nome da família: Asteraceae 
Origem geográfica: Originária da Europa e Ásia. 
Prováveis usos: Considerada popularmente como uma das melhores plantas 
diuréticas, com efeitos laxativo, colagogos e coleréticos. A infusão da raiz fresca é utilizada em 
casos de cálculos biliares, estágios iniciais de cirrose e hepatite. Indicada para dispepsias como 
tônico amargo e utilizada em tratamento coadjuvante em processos reumáticos e obesidade e 
também para tratar o excesso de ácido úrico, gota e hipertensão. Indicada para dores reumáticas, 
prisão de ventre, astenia, diabetes e para afecções de pele, além das enfermidades do fígado, 
icterícia, afecções do baço e diarreia crônica. Em algumas regiões, suas folhas são consumidas 
como saladas (Lorenzi & Matos, 2002; Drescher, 2001; Stuart, 1981). 
Composição química: Raiz: inulina (25-38%), derivados triterpênicos pentacíclicos 
provenientes do látex (isolactucerol, taraxerol, taraxasterol, acetatos e seus 16-HO-derivados), 
lactonas sesquiterpênicas (taraxicina, derivados do ácido taraxínico, 11-b-13-dihidrolactucina, 
ixerina D, ainslioside), uma resina ácida (taraxerina), goma, mucilagem (1%), fitoesterois (beta-
sitosterol, estigmasterol), tiamina, ácidos graxos (ácido mirístico, palmítico, linoleico, 
linolenico), ácidos fenilcarboxílicos (ácido cafeico, clorogênico e p-hidrofenilacético), água 
(10-14%), frutose (até 18% na primavera), saponinas, glucosídeos benzílicos, beta-
frutofuranosidase (enzima que despolimeriza a inulina), dihidroconiferina,siringina, 
dihidrosiringina, carotenóides, vitaminas (A, B, C, D, ácido nicotínico, nicotinamida) e sais 
minerais (8-10%): manganês, magnésio, ferro, silício, cromo e potássio, principalmente. 
Folhas: flavonoides (apigenina, luteolina), vitaminas B, C e D, provitamina A (em 
concentração maior que a da cenoura), potássio, germanólidos, carotenoides (luteína, 
violoxantina), taraxacina (princípio amargo do grupo das lactonas sesquiterpênicas), 
aminoácidos (asparagina, glutamina) e cumarinas. 
Flores: lecitina, carotenoides (criptoxantina, crisantomaxantina, violaxantina, 
flaxantina, luteína, luteína-epóxido, criptoxantina-epóxido), taraxacina, beta-amirina, beta-
sitosterol, vitamina B2, arnidiol, farnidiol, lipídeos (acilglicerídeos e ácidos graxos). Látex: de 
cor branca e amargo, contém álcool cerílico, glicerol, ácido tartárico, lactucerol alfa e beta, 
derivados triterpênicos pentacíclicos descritos na raiz. 
Pólen: cicloartenol, cicloartanol, 31-norcicloartanol, pollinastanol. 
Análise proximal para cada 100 g de folhas: calorias 45; água 85,6%; proteínas 2,7g; 
gorduras 0,7g; carboidratos 9,2g; fibras 1,6g; cálcio 187mg; fósforo 66mg; ferro 3,1mg; sódio 
76mg; potássio 297mg; ácido ascórbico 35mg; riboflavina 0.26mg; tiamina 0.19mg; beta-
caroteno 8.400 microg. (Alonso, 2004). 
Ação farmacológica: Planta com efeito diurético importante, confirmado em estudos 
com seres humanos (Clare, et al., 2009). O taraxaco, um composto do dente-de-leão, aumenta 
a secreção dos sucos gástrico e salivar, estimula a liberação de bile da vesícula biliar e do fígado, 
e atua como laxativo leve. Os resultados obtidos de estudos em animais e em seres humanos 
mostraram melhora na icterícia, hepatite e inflamação do ducto biliar. Num pequeno grupo de 
paciente, a raiz do dente-de-leão foi utilizada com sucesso no tratamento da colite inespecífica 
crônica, produzindo alívio da dor abdominal, constipação e diarreia (Fetrow & Avila, 1999). A 
planta possui atividade anti-inflamatória e anti-nociceptiva através da inibição da produção de 
óxido nítrico e expressão de COX-2 e atividade antioxidante (Jeon, et al., 2008). 
Contraindicações: A planta tem sido usada em alimentos por vários anos, sem 
quaisquer efeitos colaterais. Entretanto, não deve ser ingerida em quantidades maiores do que 
aquelas normalmente presentes em alimentos ou bebidas alcoólicas. (Fetrow & Avila, 1999). 
Doses elevadas podem provocar hiperacidez e, consequentemente, vômitos (Drescher, 2001). 
O dente-de-leão pode causar reações alérgicas quando tomado via oral ou colocado sobre a pele 
em pessoas sensíveis ou que tenham história de alergia com outras plantas como crisântemos e 
margaridas (Natural Medicines Comprehensive Database, 2011). 
Efeitos adversos e precauções: Evitar o uso da planta por gestantes ou lactantes, pois 
os efeitos não são conhecidos. Pessoas com cálculos biliares, inflamações na vesícula ou 
obstrução do trato gastrointestinal também não devem utilizá-la (Fetrow & Avila, 1999). 
Contraindicado para menores de 2 anos (Alonso, 2004). Pessoas que utilizam medicamentos 
como anti-hipertensivos, antidiabéticos e diuréticos devem ter atenção ao início de sintomas de 
hipoglicemia, hipotensão e desidratação com o uso concomitante da planta com as medicações. 
(Fetrow & Avila, 1999). 
 
Figura 17 – Dente de leão 
 
2.13 Funcho 
Nomes populares: Funcho, erva-doce, erva-doce-de-cabeça, falsa-erva-doce, falso-
anís, funcho-bastardo, funcho-comum, funcho-doce, funcho-italiano, funho-vulgar, fiolho, 
anís, cilantrillo, hinojo (Esp.) finocchio (Engl., EUA). 
Nomes científicos: Anethum foeniculum L., Foeniculum officinale All., Meum 
foeniculum (L.) Spreng. 
Nome da família: Apiaceae 
Origem geográfica: Nativa da Europa e amplamente cultivada em todo o Brasil. 
Prováveis usos: Desconfortos gastrointestinais, como dispepsia, flatulência, eructação 
e dores decorrentes de transtornos digestivos funcionais. Também utilizada para auxiliar a 
eliminação de catarro das vias respiratórias superiores. Suas raízes são utilizadas para facilitar 
as funções de eliminação urinária e digestiva e de eliminação renal de água, como em situação 
de edemas, hipertensão arterial, afecções geniturinárias e certos reumatismos. Situações de 
amenorreia, dismenorreia e perturbações associadas ao climatério, e ainda para aumentar o leite 
materno. Externamente os frutos e folhas são utilizados em inflamações das mucosas ocular e 
da orofaringe e para perfumar o hálito. É também aromática e comestível. 
Composição química: Óleo essencial composto por anetol 90-95%, metilchavicol, 
anisaldeído, linalol e outros derivados terpênicos oxigenados; óleo fixo; proteínas; carboidratos; 
ácidos málico, caféico e clorogênico; cumarinas; flavonóides; esteróides e miristicina. Minerais 
como potássio (K), vitaminas A,B,C,E , ácido fólico. 
Ação farmacológica: Carminativa, antiespasmódica, galactogoga, estrogênica, 
aperiente, eupética, relaxamento dos esfíncteres do trato gastrointestinal, anti-séptica, 
inseticida, antifúngica, antimicrobiana, antiinflamatória, expectorante. Suas raízes têm ação 
diurética, e suas folhas têm propriedades cicatrizantes e anti-sépticas. 
Contraindicações: Na farmacopéia alemã não se recomenda o óleo essencial de 
funcho em grávidas, lactentes e crianças pequenas, nem em pessoas com antecedentes de 
epilepsia ou convulsões. Para as infusões não haveria contra-indicações. Não usar em, 
alcoolistas e diabéticos, em função do teor alcoólico na formulação. Não usar em pessoas com 
síndromes associadas ao hiperestrogenismo. Pode reduzir o efeito de medicamentos 
anticoncepcionais. É contraindicado para pessoas com refluxo; o uso prolongado deve ter 
acompanhamento médico 
Efeitos adversos e precauções: Em casos específicos, pode ocorrer reação alérgica 
da pele e do trato respiratório. O anetol e a miristicina presentes no óleo essencial podem, em 
altas doses, originar efeitos convulsivantes e/ou alucinatórios. As cumarinas podem ser 
fototóxicas, provocando, à exposição solar, o aparecimento de vesículas, edema ou 
hiperpigmentação cutânea. Pode promover efeitos estrogênicos, inclusive aumento na lactação. 
 
Figura 18 - Funcho 
 
2.14 Cidreira 
Segundo consultas em bibliografias o nome popular cidreira refere-se a Melissa 
Officinalis L. que já foi citada anteriormente, entretanto, pelo nome popular Melissa. 
2.15 Sete Sangrias 
Nomes populares: Sete-sangrias, erva-de-sangue, pé-de-pinto, guanxuma-vermelha. 
Nomes científicos: Balsamona pinto Vand., Cuphea balsamona Cham. & 
Schltdl., Lythrum carthagenense Jacq., Cuphea pinto Koehne. 
Nome da família: Lythraceae 
Origem geográfica: É nativa de toda a América do Sul e ocorre como planta ruderal 
de crescimento espontâneo em pastagens e terrenos baldios de todo o Brasil, sendo considerada 
indesejada pelos agropecuaristas. 
Prováveis usos: É utilizada para tratar hipertensão arterial, palpitações do coração, 
aterosclerose, febres intermitentes e afecções da pele. Além disso, é muito indicada para a 
melhora da circulação sanguínea 
Composição química: óleos essenciais, taninos, pigmentos, mucilagens, saponinas, 
flavonoides.Um estudo farmacológico do extrato bruto mostrou efeito hipotensor e anti 
colinesterásico em animais, além de significativa atividade estimulante da contração da 
musculatura lisa. 
Ação farmacológica: possui ação depurativa, sedativa do coração, diaforética, 
laxativa, antissifilítica, anti-inflamatória das mucosas, antitérmica, hipotensora, anti 
colinesterásica e antirreumática. 
Contraindicações: Estudos em ratos não mostraram alterações na gestação, não 
significando que possa ser usada em humanos sem mais pesquisas. Também não é indicado seu 
uso em crianças. 
Efeitos adversos e precauções: A literatura consultada não informa sobre efeitos 
adversos nas doses recomendadas. Doses altas podem causar diarréia (Terra, água e chá 1995); 
não éindicado o uso em crianças (LORENZI 2008). 
 
Figura 19 – Sete-sangrias 
 
2.16 Hibisco 
Nomes populares: Hibisco, rosela, rosélia, azedinha, azeda-da-guiné, caruru-da-
guiné, chá-da-jamaica, pampulha, papoula-de-duas-cores. 
Nomes científicos: Sabdariffa rubra Kostel., Hibiscus cannabinus L., Hibiscus 
cruentus Bertol., Hibiscus fraternus L., Hibiscus palmatilobus Baill. 
Nome da família: Malvaceae 
Origem geográfica: Sudeste da Ásia, Índia e seus vizinhos a leste e ao sul do 
Himalaia. Foi introduzido no Egito, Sri Lanka, Tailândia, Jamaica e México, e difundida para 
vários países de clima tropical. 
Prováveis usos: As folhas são usadas popularmente como emolientes, estomáquicas, 
febrífugos, hipo-tensoras e antiescorbúticas. Os cálices ou frutos, são refrescantes, coleréticos, 
diuréticos e laxantes suaves. As sementes são diuréticas, tônicas e tidas como afrodisíacas. A 
raiz é estomáquica, aperitiva, amarga e tônica. 
Composição química: Cálice e flores: antocianidinas (hibiscina, cianidina, 
crisantenina e delfinidina), flavonóides (hibiscina, gossipetina, hibiscetina e sabdaretina), ácido 
protocatechuico (é um ácido fenólico), polissacarídeos mucilaginosos, ácidos orgânicos (ácido 
hibístico e cítrico), vitamina C, pectina, fitosteróis (b-sitosterol, campesterol, ergosterol, 
estigmasterol). As folhas são ricas em proteínas e sais minerais. Apresentam alto nível de ferro 
e zinco, além de cálcio, carotenos e vitamina C. Raízes: principalmente ácido tartárico e 
saponinas. 
Ação farmacológica: Planta com propriedades antiescorbútica, adstringente, 
diurética, febrífuga e estomáquica. É uma planta aromática, sedativa. As folhas são muito 
mucilaginosas e são utilizadas como emoliente e como calmante da tosse. É usada externamente 
como um cataplasma sobre abscessos, tem efeitos diurético e colérico, diminuindo a 
viscosidade do sangue, reduzindo a pressão arterial e estimulando a peristáltia intestinal. As 
folhas e flores são usadas internamente como um tônico digestivo e renal. Os cálices são 
diuréticos e antiescorbúticos, cozidos em água, são usados como uma bebida no tratamento da 
bílis. As sementes são diuréticas, laxantes e tônicas, são usadas no tratamento de debilidade. A 
raiz é amarga aperitiva e tônica. A planta também é relatada por ser antisséptica, afrodisíaca, 
adstringente, colagoga, demulcente, digestiva, purgativa e resolvente. 
Contraindicações: Portadores de doenças cardíacas graves devem limitar o consumo, 
devido à eliminação de eletrólitos que pode ocorrer com seu uso. Não é recomendado seu uso, 
sem orientação médica, durante a gravidez e lactação, pois foi identificada certa ação 
mutagênica em estudos preliminares. 
Efeitos adversos e precauções: O óleo obtido das sementes apresenta 
mutagenicidade(ALONSO, J., 2004; SILVA JUNIOR, 2003). 
 
Figura 20 - Hibisco 
 
2.17 Graviola 
Nomes populares: Graviola, araticum, araticum-de-comer, jaca-do-pará, jaqueira-
mole, pinha, fruta-do-conde, curaçau, ata-de-lima, ata, coração-da-rainha, guanabana (Peru, 
Cuba, México), anon (Haiti), sap-sap (África). 
Nomes científicos: Annona bonplandiana Kunth, Annona cearensis Barb. 
Rodr., Annona muricata var. borinquensis Morales, Guanabanus muricatus M. Gómez. 
Nome da família: Annonaceae 
Origem geográfica: México e América tropical. No Brasil é amplamente cultivada 
nos estados do Nordeste. 
Prováveis usos: O chá das folhas é usado contra problemas do coração, insônia, febre, 
malária, hepatite, diarreia, mal de sete dias (tétano)(Ming, Lin Chao, 2006); os frutos em estado 
verde são usados para combater a disenteria e tratar aftas das crianças (sapinho); no Brasil 
come-se como legume, cozidos, assados ou fritos em fatias. Depois de maduro, a polpa tem 
sabor agradável e ligeiramente ácido, sendo constituída por quase pura celulose de difícil 
digestão, por isso o uso é mais bem aproveitado com a extração do suco para o preparo de 
bebidas, sorvetes, geleias. São consideradas peitorais, antiescorbútica, diuréticas e febrífugos. 
O óleo essencial extraído das folhas e dos frutos verdes, de cheiro desagradável, associado ao 
óleo de amêndoas, é indicado em fricções nos casos de nevralgias e reumatismo. As folhas 
amassadas e misturadas com azeite quente servem para resolver os furúnculos e abcessos. No 
Pará, a graviola foi indicada popularmente para tratamento de diabetes, como calmante e 
antiespasmódico (BERG, Maria Elisabeth van den:). As folhas são usadas para eliminar vermes 
(Hoehne, 1919). As folhas da graviola são sudoríficas e peitorais (Dias da Rocha, 1919). 
Composição química: Acetogeninas – são tetrahidrofuranos presentes nas sementes 
e folhas, dentre as que destacam-se: annomuricinas A,B e C, gigantetrocinas A e B, 
gigantetronenina (cis e trans), annonacinas e isoannonacinas, muricinas, muricatetrocinas, 
annocatalina, solamina, xilomaticina, etc. Alcalóides: annomonicina, annomurina, annonaína, 
annoniína, asimilobina (do tipo isoquinolínico), etc. Outros alcalóides: muricinina, estefarina, 
coreximina, aterospermina e aterosperminina. Outros: amida N-p-coumaroil-tiramina, taninos, 
compostos polifenólicos (ácido caféico, ácido p-cumárico, leucoantocianinas, ácido 
hidrociânico, ácido ascórbico, sacarose, fitoesteróis (B-sitosterol, estigmasterol, arronol, 
ipuranol), ácido y-aminobutírico, ácido málico e óleo fixo nas sementes (Alonso, J., 2004). 
Ação farmacológica: Extratos das folhas tem poderoso efeito hipotensor em cobaias. 
(MILLIKEN, William et all., 1992; CAVALCANTE, Paulo B., 2006 apud CARRARA, D., 
2010). Pesquisas recentes na UFC reconhecem o potente efeito hipoglicemiante das folhas da 
graviola. Possui atividades antitumorais e antiparasitárias. (Alonso, J., 2004). 
Contraindicações: Contraindicado na gravidez e para hipotensos. 
Efeitos adversos e precauções: Annonacinas estão relacionadas ao risco de 
neurotoxicidade. 
 
Figura 21 - Graviola 
 
2.18 Boldo Do Chile 
Nomes populares: Boldo, Boldo-do-Chile. 
Nomes científicos: Boldea boldus (Molina) Looser²; Boldu boldus (Molina) Lyons. 
Nome da família: Monimiaceae 
Origem geográfica: Chile. 
Prováveis usos: No Chile e nos países importadores emprega-se a infusão de suas 
folhas como regulador digestivo, colagogo, colerético, calmante, anti-helmíntico, e na forma de 
cataplasma a ser aplicado nas dores reumáticas 
Composição química: Alguns compostos são: ascaridol, cineol, benzoato de 
bencilo,fenchona, carvona, canfeno, farnesol, α-terpineol, γ-terpineol, p-cimeno, eugenol, 
limoneno; boldina, isoboldina, kampferol, boldoglucina, ácido cítrico, taninos, cumarina¹, 6a,7-
dehidroboldina , proaporfina, linalol, terpineno-4-ol, α-pineno, β-pineno, alcanfor. 
 Óleo essencial: Terpinol, p-cimeno, eucaliptol, dióxido de limoneno, canfeno, 
ascaridol (tóxico), dentre outros. 
Alcalóides: Boldina, secoboldina, esparteína (toxico), dentre outros. 
Ação farmacológica: Atividade hepatovesicular, hepatoprotetora, eupéptica, 
colerética, digestiva, atividade antioxidante, atividade antimicrobiana, anti-helmíntica, ação 
diurética discreta¹, colagoga, anti-séptica, sedativa, antiinflamatória. Mostrou, in vitro contra 
Malassezia furfur. 
Contraindicações: Não deve ser utilizado por pessoas com doença hepática aguda ou 
severa, colecistite séptica, espasmos do intestino e íleo e câncer hepático. Não deve ser utilizado 
por pessoas com obstrução das vias biliares, doenças severas no fígado e nos casos de gravidez. 
A presença de alcaloides desaconselha o uso infantil (até seis anos) e durante a lactação. O óleo 
essencial, devido ao seu alto conteúdo de ascaridol (tóxico), não deve ser prescrito sem 
exclusiva vigilância profissional. 
Efeitos adversos e precauções: Doses maiores que 100mg do extrato seco por vez 
podem causar alucinações cromáticas e auditivas, vômitos, diarreias, letargia e convulsões. 
Doses altas da essência podem causar irritação renal, vômitos diarreia, efeitos narcóticos,paralisantes e convulsivantes. Entre os elementos tóxicos em altas doses estão a paquicarpina, 
o ascaridol e o terpineol. 
 
Figura 22 - Boldo 
2.19 Jurubeba 
Nomes populares: Jurubeba, jurubeba-verdadeira 
Nomes científicos: Solanum paniculatum L. 
Nome da família: Solanaceae 
Origem geográfica: nativa do Brasil, ocorre no sul (Paraná, Santa Catarina e Rio 
Grande do Sul), no sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo), no 
centro-oeste (Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso), no norte (Pará) e no 
nordeste (Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do 48 
Norte e Sergipe). É cultivada ou encontrada em beira de matos e estrada. 
Prováveis usos: diabetes, anemia, febre, hepático, condições inflamatórias em geral, 
bronquite, tosse, artrite e intoxicações no fígado (Lorenzi, 2002; Trojan-Rodrigues et al., 2012). 
Composição química: alcaloides (solanidina, solasodina), saponinas esterólicas 
nitrogenadas (paniculina, jurubina), outras saponinas (isojuropidina, isojurubidina, 
isopaniculidina, jurubidina), mucilagens, resinas (jurubidina, jurubepina), óleo essencial, ceras, 
ácidos orgânicos (ácido clorogênico) 
Ação farmacológica: possui ação tônica, diurética, descongestionante, estomáquica, 
febrífuga, colagoga, emenagoga e cicatrizante. É comumente utilizada no tratamento de 
dispepsia, afecções do fígado (icterícia, hepatite, insuficiência hepática), inflamação do baço, 
prisão de ventre, anemias, cistites, diabetes, tumores uterinos, feridas e úlceras. Possui ação 
estimulante das funções digestivas, sendo bastante utilizada contra ressaca, após o consumo 
exagerado de álcool ou de comida. 
Contraindicações: não há referências na literatura consultada. 
Efeitos adversos e precauções: utilizar sempre na dose recomendada, evitando 
períodos prolongados, caso contrário, pode haver intoxicação, que causará sintomas como 
náuseas, vômitos, diarreias, cólicas abdominais e dores de cabeça. A intoxicação se dá devido 
à quantidade de alcaloides e esteroides que a planta contém. 
 
Figura 23 - Jurubeba 
 
2.20 Angélica 
Nomes populares: Angélica 
Nomes científicos: Angelica archangelica L. 
Nome da família: Apiaceae 
Origem geográfica: Norte da Europa e Ásia, preferindo lugares frios e úmidos perto 
de rios e pântanos. Atualmente seu cultivo é muito expandido. 
Prováveis usos: Angélica tem sido utilizada para reduzir espasmos musculares, asma 
e bronquite. Também tem sido utilizado com muita eficiência para inflamações reumáticas, para 
regular fluxo menstrual e como um estimulante do apetite. Os talos são adoçados para uso 
culinário. Antiespasmódico promove fluxo menstrual. As folhas e sementes também podem ser 
utilizadas. As folhas são colhidas e secas no final da primavera, antes do florescimento. 
Composição química: Óleo volátil com predominância de hidrocarbonetos 
monoterpênicos, cumarinas, lactonas macrocíclicas, ácidos fenólicos, flavonoides e esteroides. 
Ação farmacológica: Antiespasmódica, aperiente, carminativa, diaforética, diurética, 
expectorante, estimulante, estomáquica, tônica. 
Contraindicações: Angélica é contraindicada a pessoas com tendência a diabetes, 
pois pode aumentar os níveis de açúcar na urina. Esta planta não deve ser prescrita para 
mulheres grávidas, nem o suco deve entrar em contato com os olhos 
Efeitos adversos e precauções: não há referências na literatura consultada. 
 
Figura 24 - Angélica 
 
2.21 Pau Ferro 
Nomes populares: Jucá; Pau-ferro. 
Nomes científicos: Caesalpinia ferrea Mart. 
Nome da família: Leguminosaecompo 
Origem geográfica: nativa, Nordeste (Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, 
Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe) Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio 
de Janeiro) 
Prováveis usos: As folhas da planta são usadas contra males do fígado e estômago. 
As sementes são usadas para diabete, como analgésico, anti-inflamatório e para ferimentos. 
Composição química: não encontrado nas referências utilizadas. 
Ação farmacológica: Cicatrizante, antisséptico, fortificante, febrífugo, antidiarreico, 
béquico, antidiabético, desobstruente, anticatarral. 
Contraindicações: não há referências na literatura consultada. 
Efeitos adversos e precauções: não há referências na literatura consultada 
 
Figura 25 – Pau-ferro 
 
2.22 Cajueiro 
Nomes populares: Cajueiro, ou simplesmente Caju, em referência ao nome de seu 
fruto; no entanto, várias outras denominações são usadas para a espécie, tais como Acajaíba, 
Acajuíba, Cajumanso, Caju-manteiga, Caju-da-praia, Caju-de-casa, entre outras. 
Nomes científicos: Anacardium occidentale L. 
Nome da família: Anacardiaceae 
Origem geográfica: nativa, sua distribuição Norte (Acre, Amazonas, Amapá, Pará, 
Roraima, Tocantins), Nordeste (Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, 
Rio Grande do Norte, Sergipe), Centro-Oeste (Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, 
Mato Grosso), Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo). 
Prováveis usos: Na região de estudo foi relatado que a casca é usada no tratamento de 
hemorroidas e diarreias graves. O broto do caju é utilizado contra dores de estômago e 
problemas digestivos e deve ser fervido com broto de goiaba. Outros usos catalogados no Brasil 
referem à utilização da casca como tônico e estimulante medular, contra glicosúria e poliúria 
na forma de banho; contra aftas e inflamação da garganta na forma de gargarejo. A resina é 
usada como depurativo e expectorante. O suco das folhas serve como antiescorbútico, é 
eficiente contra aftas e cólicas intestinais. As flores são afrodisíacas, e a raiz, purgativa. No 
Brasil ocorre ainda o uso da fruta contra sífilis, como um diurético, estimulante e afrodisíaco, 
além de o chá de folhas ser usado como líquido para limpeza bucal e gargarejo em úlceras de 
boca, tonsilite e problemas de garganta, e a maceração de folhas para tratar diabete, astenia, 
debilidade muscular, desordens urinárias e asma. 
Composição química: apresentam concentrações consideráveis de compostos 
fenólicos, mais especificamente flavonoides, taninos, triterpenos, saponinas, alcaloides, 
cumarinas, antroquinonas e óleos essenciais 
Ação farmacológica: não encontrado nas referências utilizadas. 
Contraindicações: deverá ser utilizado com cautela na gravidez, utilizar em pequenas 
doses até cessar os sintomas. 
Efeitos adversos e precauções: não utilizar em conjunto com anticoagulantes, 
corticoides e anti-inflamatórios. 
 
Figura 26 - Cajueiro 
 
2.23 Centela Asiática 
Nomes populares: Centela, centela-da-ásia, centela-asiática, hidrocótila, bevuláqua, 
cairu-su, pé-de-cavalo, dinheiro-em-penca, pata de elefante, pata-de-cavalo, corcel, pata-de-
mula, pata-de-burro, cairuçu-asiático, erva-de-tigre, codagem.  
Nomes científicos: Hydrocotyle asiatica L., Centella asiatica (L.) Urban. 
Nome da família: Apiaceae 
Origem geográfica: Nativa da Ásia. 
Prováveis usos: Ativação da circulação sanguínea como coadjuvante no tratamento 
das doenças vasculares (insuficiência venosa), auxiliar na digestão estomacal e intestinal, 
antidepressiva. Uso externo como cicatrizante para eczemas, úlceras, pruridos e feridas pós-
cirúrgicas, para eliminação da celulite, como estimulante cutâneo e da irrigação sanguínea, em 
úlceras venosas e para irritação vaginal. Prevenção de rugas e flacidez, para hemorroidas, 
úlceras cutâneas, queimaduras, erisipela e infecção cutânea, tosse e catarro amarelo, febres em 
infecções bacterianas. Indicada como complemento na massagem de cicatrizes fibrosas e 
hipertróficas. 
Composição química: Saponosídeo triterpênico (asiaticosídeo), saponinas, flavonóides, 
quercetina, aminoácidos, sais minerais, açúcares, ácidos graxos, ácidos triterpênicos (ácido 
indocentóico e ácido madecásico), resinas, taninos, óleo essencial (cineol, alcanfor, farnesol, 
felandreno, germacreno D, n-dodecano,α-pineno, p-cimol, β-cariofileno), β-caroteno , 
vitamina C (13,8mg/100g), fitosteróis, alcalóide (hidrocotilina). 
• Triterpenos pentacíclicos: Ácido asiático, ácido madecássico, ácido madasiático, 
ásiaticosideo A-F, braminosideo, madasiaticosideo, dentre outros. 
• Óleo essencial: β-Cariofileno, α‐humuleno, terpineno-pineno, dentre outros. 
• Flavonóides: Canferol, astragalina, catequina, rutina, naringina, glicosídeo de 
quercetina, dentre outros. 
• Sesquiterpenos: Bicicloelemeno, trans- farneseno, ermacreno, dentre outros. 
• Esteroides: Campesterol, estigmasterol, sitosterol, dentre outros. 
Ação farmacológica: Anti-inflamatória, cicatrizante, depurativa, digestiva, tônica, 
lipolítica (anticelulítica), diurética, reconstituinte, expectorante, resolutiva, venotrópica 
(estimulante circulatória), febrífuga, antibacteriana, psicotrópica. 
Contraindicações: Contraindicada em crianças, em casos de epilepsia, hiperlipidemia 
e durante a gravidez. Não se recomenda seu uso oral por mais de seis semanas consecutivas, 
principalmente em casos de gastrite ou úlcera duodenal. 
Efeitos adversos e precauções: Em altas doses por via oral pode causar 
fotossensibilidade, sonolência, fraqueza, cefaléia, vertigem, gastrite, hipotensão arterial e 
estado narcótico leve a moderado. Em alguns pacientes observou-se elevação do colesterol 
total. A aplicação do pó sobre feridas dérmicas pode causar sensação ardente. Pode originar 
dermatite de contato. 
 
Figura 27 - Centela 
 
2.24 Alcachofra 
Nomes populares: Alcachofra, alcachofra-comum, alcachofra-cultivada, alcachofra-
da-horta, alcachofra-rosa, carciofo, artichaut etc. 
Nomes científicos: Cynara cardunculus L., Cynara cardunculus subsp. cardunculus 
L., Cynara scolymus L. 
Nome da família: Asteraceae (antiga Compositae) 
Origem geográfica: Originária do Mediterrâneo 
Prováveis usos: Por terem uma concentração maior dos componentes da planta as 
folhas são a principal parte da planta quando se trata do uso medicinal, mas as brácteas tem um 
importante valor nutricional. São utilizadas para fins medicinais envolvendo principalmente 
queixas no sistema digestivo, dispepsia, melhora no metabolismo lipídico, colagogo, náuseas, 
flatulência, diurético, urticária, asma e eczema além de melhorar o sistema urinário também. 
Tem uma grande capacidade de diminuir a glicose pós prandial, diminuir os níveis de colesterol, 
triglicerídeos e LDL além de aumentar os níveis HDL, o que está associado ao seu uso para 
emagrecimento e controle de peso, auxiliando consequentemente no controle de comorbidades 
associadas com os níveis lipídicos como problemas cardiovasculares. É também muito usada 
pela sua capacidade hepato protetora, sendo inclusive responsável pela normalização de 
marcadores de danos hepáticos em estudos com ratos em uso de altas doses de paracetamol. 
Composição química: Extensivos estudos têm se debruçado sobre a composição 
química das partes da alcachofra haja visto a sua importância na medicina cultural. Todos os 
estudos relatam uma quantidade grande de compostos fenólicos, flavonoide e taninos na 
composição de todas as partes desta planta mas principalmente nas folhas, substâncias que são 
responsáveis pelos efeitos fitoterápicos da planta. Em um estudo realizado com plantas 
cultivadas na Mongólia foram avaliadas a composição de flores, folhas e raízes em relação a 
quantidade de proteínas, carboidratos, lipídios e vitamina C; além de realizar uma análise 
fotoquímica comprovando a presença de compostos fenólicos, flavonoides e saponinas em 
todas as partes da planta, quantidade dos compostos foi avaliada também, sendo evidenciado 
diferentes concentrações nas partes, sendo as folhas da planta onde se encontravam em maior 
concentração. Outro estudo, mais focado na caracterização dos compostos fenólicos presentes 
no extrato metanólico de folhas de Cynara scolymus compradas na região de Granada na 
Espanha, conseguiu identificar cerca de 61 compostos fenólicos, dentre os quais 34 foram 
identificados pela primeira vez. Dentre os compostos fenólicos caracterizados no estudo estão 
classificados em hidroxibenzóicos; hidroxicinâmicos (Ácido clorogênico, Ácido 
monocaffeoilquinico, Ácido dicafeoilquínico e derivados); flavonol (Rutin I e II); flavona 
(Luteolina, Apigenina, Cinaroside, Veronicastroside e derivados) e lignana. 
Ação farmacológica: As ações farmacológicas derivadas da Cynara scolymus são 
provenientes dos seus compostos majoritários ou de possíveis sinergias que aconteça com os 
compostos presentes no extrato. Estudos tentam elucidar como os componentes majoritários já 
identificados possam atuar nas células a fim de proporcionar os efeitos obtidos, alguns desses 
modelos atribuem a os efeitos redutores de peso a capacidade do extrato de inibir enzimas 
digestivas como a 𝛂-amilase, bloquear enzimas digestivas é uma maneira eficiente de diminuir 
a absorção de açúcares e proporciona uma sensação de saciedade. A modulação do perfil 
lipídico pelo extrato das folhas acontece principalmente pela ação do ácido clorogênico e 
luteolin nas células hepáticas. Luteolin consegue diminuir a expressão de HNF4α (fator nuclear 
de hepatócito 4α) que consequentemente diminui a síntese de colesterol pela inibição da 
SREBP-2 (Proteínas de Ligação a Elemento Regulador de Esterol) e HMG-CoA Redutase. A 
redução na expressão de HNF4α também diminui a síntese de apolipoproteína B, diminuindo 
os níveis de LDL e VLDL. O ácido clorogênico consegue também diminuir a síntese de de 
colesterol por estimular AMPK e consequentemente diminuir a SREBP-2, é possível que o 
ácido clorogênico ainda tenha a capacidade de diminuir os níveis de triglicerídeos através da 
estimulação de Carnitina Palmitoil Transferase (CPT) que aumenta a β-oxidação e inibe a 
malonil-CoA. A alcachofra ainda tem uma capacidade de modulação do sistema antioxidante 
nos hepatócitos, visto principalmente pelos resultados positivos no níveis de transaminases e 
ROS encontrados em experimentos com administração de extrato de folhas, os compostos mais 
prováveis de serem os responsáveis por esse efeito sendo o ácido cafeoilquínico e luteolin, estas 
têm potencial de diminuir a cascata de sinais da TLR4, que ativa a NF-κB. A NF-κB no núcleo 
consegue estimular várias citocinas pró-inflamatórias que vão danificar a célula e sua 
membrana consequentemente levando ao aumento dos níveis de transaminases no sangue. 
Outra substância encontrada em abundância na alcachofra é o Inulin, este tem capacidade de 
modular o perfil lipídico através do ciclo entero hepático, quando ingerida em quantidade 
suficiente a inulina no intestino aumenta a demanda de sais biliares in situ, e diminui o retorno 
ao fígado fazendo assim com que o fígado aumente a bioconversão de colesterol em sais biliares 
e a sua excreção, levando a uma diminuição nos níveis de VLDL e LDL. 
Contraindicações: A alcachofra é contraindicada na gravidez pelo seu efeito 
emenagogo e na lactação pela possibilidade de o leite materno ficar amargo. Além disso, para 
casos de cálculo biliar. Igualmente, em caso de fermentação intestinal ou alergias à alcachofra 
ou a outras plantas da mesma família, a utilização é igualmente contraindicada. 
Efeitos adversos e precauções: A alcachofra está na cultura alimentar e medicinal de 
várias populações pelos séculos, a evidência da sua segurança é clara pela falta de relatos de 
intoxicações, apesar de reações alérgicas já terem sido reportadas em doses recomendadas. 
Apesar disso, a sua dose letal (LD50) foi identificada como sendo cerca de 2000 mg/Kg em 
ratos wistar. 
 
Figura 28 - Alcachofra 
 
2.25 Malva Branca 
Nomes populares: Malva, malva branca, guanxuma-branca. 
Nomes científicos: Sida cordifolia L. 
Nome da família: Malvaceae 
Origem geográfica: planta nativa da América tropical. Atualmente encontra-se em 
diversas regiões de clima tropical e subtropical do mundo. Nas Américas,ocorre do sul dos 
Estados Unidos até a Argentina. 
Prováveis usos: No Brasil, tem sido usada na inflamação, antirreumáticos, 
antipiréticos, laxante, diurético, analgésico, hipoglicemiantes, antiviral, bactericida e 
antifúngica. Além de ser usada para estomatite, gonorreia, congestão nasal e asma brônquica. 
Composição química: A malva possui principalmente alcaloides, óleos, esteroides, 
resinas ácidas, mucina e nitrato de potássio. 
Ação farmacológica: não encontrado nas referencias utilizadas. 
Contraindicações: não há referências na literatura consultada. 
Efeitos adversos e precauções: não há referências na literatura consultada 
 
Figura 29 – Malva branca 
 
2.26 Porangaba 
Nomes populares: chá-de-bugre, porangaba, cafezinho, café-do-mato, chá-de-frade, 
louro-salgueiro e louro-mole. 
Nomes científicos: Cordia salicifolia Cham., Cordia ecalyculata Vell. 
Nome da família: Boraginaceae. 
Origem geográfica: frequente no Brasil, em regiões desde Minas Gerais até o Rio 
Grande do Sul, com maior incidência no Sul do Brasil, e tendo sido também encontrada na 
Argentina e no Paraguai. 
Prováveis usos: de uma forma geral a planta em questão é utilizada para 
emagrecimento, “desinchar”, “limpar o sangue” e diminuir os níveis sanguíneos de colesterol. 
Composição química: Cafeína, princípios amargos, óleo essencial, potássio, 
alantoína, cristais de cálcio, ácido alantoínico e taninos. 
Ação farmacológica: Em relação ao emagrecimento em humanos, não foi confirmada 
a redução de gordura, sendo que a redução de medidas pode estar associada apenas ao efeito 
diurético, por mecanismos desconhecidos até então (FRYDMAN et al., 2008). Em estudos com 
camundongos submetidos a dieta hiperlipidêmica, e posteriormente o uso da planta, observou-
se a diminuição dos níveis séricos de colesterol (SIQUEIRA, 2006). Assim, o uso popular para 
diminuição dos níveis de colesterol no organismo apresenta comprovação científica 
Contraindicações: não há referências na literatura consultada. 
Efeitos adversos e precauções: não há referências na literatura consultada 
 
Figura 30 - Porangaba 
 
2.27 Velame 
Nomes populares: Velame do campo, Velame 
Nomes científicos: Croton campestris 
Nome da família: Euphorbiaceae 
Origem geográfica: nativa, sua distribuição Norte (Pará, Tocantins), Nordeste 
(Alagoas, Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí), Centro-Oeste (Distrito Federal, Goiás, 
Mato Grosso do Sul), Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro) e Sul (Paraná, Rio 
Grande do Sul) 
Prováveis usos: Um dos melhores depurativos do sangue, combate doenças nos ossos 
e o reumatismo. A C. campestris possui largo emprego popular como poderoso depurativo, 
usado no combate à escrofulose, doenças venéreas, impingens, tumores, moléstias de pele, 
reumatismo, úlcera do útero, diarreia e artritismo. 
Composição química: presença de compostos potencialmente bioativos nos extratos 
avaliados, como taninos flabobênicos, flavonas, flavonóis, xantonas, chalconas, auronas, 
flavononas, alcalóides, terpenos, catequinas e flavononóis. 
Ação farmacológica: não encontrado nas referências utilizadas. 
Contraindicações: não há referências na literatura consultada. 
Efeitos adversos e precauções: não há referências na literatura consultada 
 
Figura 31 - Velame 
 
2.28 Juá 
Nomes populares: : na Bahia, joazeiro, juá-babão e juá-de-boi; no Ceará, joá-mirim 
e joazeiro; na Paraíba, joazeiro e juazeiro; em Pernambuco: juá; no Rio Grande do Norte: 
juareiro; no Estado do Rio de Janeiro: juá-bravo; no Estado de São Paulo, joazeiro e em Sergipe, 
juazeiro 
Nomes científicos: Ziziphus joazeiro Mart. 
Nome da família: Rhamnaceae 
Origem geográfica: Ziziphus joazeiro ocorre de forma natural no Brasil 
Prováveis usos: Utilizada para tratamentos de dermatoses, sangramento gengival, 
cicatrizante de feridas, agente de limpeza de cabelos e dentes, tônico capilar, dispepsia, 
antipirético, anti-inflamatório, tratamento de bronquite, tosse e ulceras gástricas. 
Composição química: na casca, é citada a presença de estearato de glicerila, dos 
triterpenóides ácido betulínico e lupeol, cafeína, um alcalóide, a amfibina-D e, como principais 
substâncias, as saponinas chamadas jujubosídios (SOUSA et al., 1991; KATO et al., 1997). 
Ação farmacológica: não encontrado nas referências utilizadas. 
Contraindicações: não há referências na literatura consultada. 
Efeitos adversos e precauções: não há referências na literatura consultada 
 
Figura 32 - Juá 
 
2.29 Sucupira 
Nomes populares: sucupira-branca. 
Nomes científicos: Pterodon emarginatus Vogel. 
Nome da família: Fabaceae (Leguminosae) 
Origem geográfica: nativa sua distribuição: Norte (Rondônia, Tocantins), Nordeste 
(Bahia, Ceará, Maranhão, Piauí), Centro-Oeste (Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, 
Mato Grosso) e Sudeste (Minas Gerais, São Paulo) 
Prováveis usos: antibiótico, reumatismo, infecção de garganta, emagrecimento e 
tratamento de acne. 
Composição química: terpenoides (Dutra et al., 2012). 
Ação farmacológica: antimicrobiana, cicatrizante, citotóxica, antiulcerogênica, anti-
inflamatória (Bustamante et al., 2010; Dutra et al., 2009; Dutra et al., 2012) 
Contraindicações: não há referências na literatura consultada. 
Efeitos adversos e precauções: não há referências na literatura consultada 
 
Figura 33 – Sucupira 
 
2.30 Ipê Roxo 
Nomes populares: Ipê, ipê roxo, Ipê cavatan, Ipê Comum, Ipê de São Paulo, Ipeuva, 
Aipe, Cavatan, Guiraiba, Lapacho, Pau d’Arco Roxo, Pau d’Arco Vermelho, Peuva, Peuva 
Roxa, Piúva , Queraiba ou Upeuva no Brasil; Lapacho ou Lapacho negro na Argentina; Lapacho 
no Paraguai; Tayihú no Guarani; e Taheebo na antiga Inca (Hashimoto 1962;. da Silva et al, 
1977; Accorsi 1988). 
Nomes científicos: Tabebuia avellanedae Lorentz ex Griseb. Tabebuia 
impetiginosa (Mart. ex DC.) Standl., Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) 
Mattos, Handroanthus avellanedae (Lorentz ex Griseb.) Mattos, Tabebuia 
ipe var. integra (Sprague) Sandwith. 
Nome da família: Bignoniaceae 
Origem geográfica: É nativa da América do Sul, do Brasil até o norte da Argentina 
(Williams 1936; Hashimoto 1962; da Silva et al 1977). 
Prováveis usos: Diurético, adstringente, anti-infeccioso, antifúngico. É usado no 
tratamento caseiro de impetigo, câncer de pele, lupus, doença de Parkinson, psoríase e alergias. 
Composição química: As naftoquinonas lapachol, B-lapachona e xiloidona são 
consideradas importantíssimas. O Ipê-roxo também contém quercetinas, lapachenol, carnosol, 
indol, coenzyma Q, alcalóides como tecomina, ácidos hidroxibenzóicos, e saponinas. 
Naftoquinonas (lapachol, lapachona e derivados), lapachenol, quercetina e o ácido 
hidroxibenzóico. 
Ação farmacológica: O lapachol e outras substâncias isoladas,apresentaram, em 
ensaios biológicos, atividade antineoplásica, antimicrobiana, anti-inflamatória e 
anticoagulante. O Ipê-roxo também demonstra atividades anti-parasitária e anti-virais, e tem se 
mostrado efetivo como fungicida no tratamento de infestações por Candida albicans e micoses. 
Contraindicações: não há referências na literatura consultada. 
Efeitos adversos e precauções: não há referências na literatura consultada 
 
Figura 34 – Ipê Roxo 
 
2.31 Jatobá 
Nomes populares: Jatobá, nome dado à planta em quase todo o Brasil. Também é 
chamada de Jatobá-mirim, Jatobazeiro, Jutaí-açu, Abati-tambaí, Algarobo, Jatai, Jutaí, Jatobá-
de-anta, Jatobá-de-porco, Jatobá-roxo, Jutaí-café, Jutaí-peba, Jutaí-do-campo, Olhode-boi, 
entre outros. 
Nomes científicos: Hymenaea courbaryl L. 
Nome da família: Fabaceae (Leguminosae) 
Origem geográfica: Brasil. Distribuição geográfica: Amazônia a Bahia, e de Minas 
Gerais a São Paulo. 
Prováveis usos: Na região da Mata Atlântica, a infusão das folhas é usada 
internamente contra bronquites, especialmente em crianças, enquanto o xarope da casca do 
caule, além do uso contra bronquite, éeficaz contra tosses. O macerado das folhas em 
aguardente é usado contra bronquites e asma e como estimulante do apetite. A infusão da casca 
é usada como tônico para crianças, e o fruto ainda é comestível e amplamente consumido na 
região do Vale do Ribeira. A espécie não foi referida nem encontrada na região amazônica. 
Corrêa (1984) refere que a casca serve como adstringente, vermífugo, sedativo e peitoral, e a 
seiva é excelente tônico para crianças, estimulando a digestão e fortificando o organismo. 
Composição química: terpenoides, ácidos graxos, oligossacarídeos, flavonoides 
(Maranhão et al., 2013; Orsi et al., 2012) 
Ação farmacológica: gastroprotetiva, anti-helmíntica, antimicrobiana, antioxidante, 
cicatrizante (Figueiredo, 2014; Matuda et al., 2005; Maranhão et al., 2013) 
Contraindicações: não há referências na literatura consultada. 
Efeitos adversos e precauções: não há referências na literatura consultada 
 
Figura 35 - Jatobá 
2.32 Colágeno 
Trata-se de uma proteína composta por 3.000 aminoácidos dispostos em três correntes 
moleculares entrelaçadas, formando uma espécie de hélice tripla flexível e robusta. Ele tem 
inúmeros atributos: deixa a pele resistente e elástica, reforça tendões e ligamentos que unem os 
músculos aos ossos e sustenta os órgãos internos. Ossos e dentes são feitos pela adição de 
minerais à matriz de colágeno, e 75% da pele é colágeno e existem diversos tipos e é utilizado 
para fins estéticos. 
Contraindicações: não há referências na literatura consultada. 
Efeitos adversos e precauções: não há referências na literatura consultada 
 
Figura 36 – Colágeno comestível 
 
2.33 Espirulina 
As bactérias Spirulina são cianobactérias. Anteriormente, as cianobactérias eram classificadas 
como cianobactérias. Existem várias espécies de Spirulina, incluindo S. platensis, S. maxima, S. 
fusiformis e S. major. S. platensis e S. maxima são as espécies mais estudadas utilizadas na alimentação 
humana porque seu conteúdo nutricional os torna ideais como suplementos alimentares. Atuam na 
hiperlipidemia, obesidade, diabetes mellitus, hipertensão, sistema imunológico, toxidade renal, 
radioprotetor, no câncer, antiviral e na microbiota intestinal de forma positiva. 
Contraindicações: não há referências na literatura consultada. 
Efeitos adversos e precauções: não há referências na literatura consultada 
 
Figura 37 – Ilustração spirulina 
 
2.34 Glucomono 
Nomes populares: Glucomannan ou glucomanan. 
Nomes científicos: Amorphophallus konjac Koch 
Nome da família: Araceae 
Origem geográfica: Nativa do Sudeste Asiático, do Japão e da China até ao sul da 
Indonésia. 
Prováveis usos: Esta fibra é um inibidor natural do apetite porque juntamente com a 
água forma um gel no sistema digestivo que atrasa o esvaziamento gástrico, sendo excelente 
para combater a fome e a esvaziar o intestino, diminuindo o inchaço abdominal e melhorando, 
assim, a prisão de ventre. 
Composição química: O glucomanano é o principal componente do tubérculo konjac 
em base seca, cuja dosagem é de cerca de 30% -50% e varia de acordo com os tipos de konjac, 
sendo o restante celulose, amido, proteína, açúcares solúveis, sais inorgânicos, alcalóides, 
vitaminas e etc. 
Ação farmacológica: Atua preenchendo o estômago, fazendo com que o indivíduo 
sinta menos fome. O alimento se mistura com o Glucomannan viscoso formando uma massa 
macia que facilmente passará através do aparelho gastrointestinal. A digestão com o 
Glucomannan é gradual, ajudando a manter os níveis de açúcar normal sem altas variações nos 
níveis sanguíneos. 
Contraindicações: não há referências na literatura consultada. 
Efeitos adversos e precauções: Recomenda-se a ingestão de uma boa quantidade de 
líquidos. Evitar superdosagem, pois pode causar constipação intestinal. 
 
Figura 38 - Glucomano 
 
2.35 Chá Vermelho 
Segundo as referências trata-se da mesma espécie do chá verde a Camellia sinensis. 
 
2.36 Valeriana 
Nomes populares: Valeriana, baldriana, erva-de-são-jorge, erva-de-amassar, erva-de-
gato, valeriana-menor, valeriana-selvagem, valeriana-silvestre 
Nomes científicos: Valeriana officinalis L. Valeriana alternifolia Bunge, Valeriana 
baltica Pleijel. 
Nome da família: Caprifoliaceae 
Origem geográfica: Europa e Ásia. Naturalizada na América do Norte. 
Prováveis usos: Afirma-se que a valeriana apresenta propriedades sedativas, 
hipnóticas, antiespasmódicas, carminativas e hipotensoras. Ela é usada tradicionalmente em 
estados histéricos, excitabilidade, insônia, hipocondria, enxaqueca, cólica, cólica intestinal, 
dores reumáticas, dismenorreia e, especificamente, para condições que apresentam excitação 
nervosa (BARNES,J. et al.,2012). 
Composição química: Óleos voláteis: monoterpenos (A-pineno, B-pineno, canfeno, 
borneol, eugenol, isoeugenol); ésteres, sesquiterpenos (B-bisaboleno, cariofileno, valeranona, 
ledol, pacifigorgiol, álcool de patchouli, valerianol, valerenol, etc.). 
Iridóides (valepotriatos) Valtratos (valtrato, valtrato de isovaleroxiidrina, acevaltrato, 
valeclorina), di-hidrovaltratos e isovaltratos. 
Os Valepotriatos são instáveis e se decompõem com armazenamento ou processamento; os 
principais produtos da degradação são baldrinal e homobaldrina. Os baldrinais podem reagir 
ainda mais e é pouco provável que estejam presentes em produtos acabados. (BARNES, J. et 
al.,2012) Alcalóides piridínicos: (actinidina, chatinina, esquiantina, valerianina e valerina). 
Esteróides: (B-sitosterol, clionasterol 3-B-O-glicosídeo, etc.) Outros constituintes: aminoácidos 
(arginina, ácido Gama-aminobutírico (GABA), glutamina, tirosina), polifenóis (ácidos cafeico 
e clorogênico), metil 2-pirrolcetona, colina, taninos, goma e resina. 
 
Ação farmacológica: As propriedades sedativas e hipnóticas são as mais observadas 
em estudos pré-clínicos e clínicos, contudo, as evidências científicas disponíveis são fortes e 
ainda não se determinaram exatamente quais constituintes de valeriana são responsáveis por 
essas propriedades observadas. 
Contraindicações: O uso de valeriana durante a gravidez e lactação deve ser evitado 
devido a falta de estudos sobre a segurança durante esses períodos. O consumo de formulações 
de valeriana não é recomendado (até 2 horas) antes da condução de veículos ou operação de 
máquinas. Não ingerir álcool durante o tratamento com valeriana, pois o álcool pode intensificar 
o efeito. 
Efeitos adversos e precauções: São poucos dados clínicos sobre aspectos de 
segurança das formulações de valeriana, e sobre a segurança do uso a longo prazo. Os relatos 
sobre efeitos adversos em ensaios randomizados e controlados com placebo, eram leves e 
transitórios. 
 
Figura 39 - Valeriana 
 
2.37 Bugroon 
Trata-se de um chá com mistura de algumas ervas como Chá branco (Camellia 
Simensis / folhas e talos), Chá verde (Camellia Simensis / folhas e talos), Hibisco (Hibiscus 
Sabdariffa L. / flores), Camomila (Matricaria Recutita / capítulos florais), Capim cidreira 
(Cymbopogon Citratus Stapf / folhas), Boldo (Pneumus Boldus molina / folhas), Hortelã 
(Mentha Piperita L. / folha e ramos), Limão (Citrus limmonia O. / folhas), Erva Doce 
(Pimpinella Anisum L. / sementes) e Estévia (Stevia rebaundiana Bert / folhas). 
O mesmo promete auxiliar na perda de peso, ajuda a regular o sistema digestivo, 
colesterol, ácido úrico, má digestão e problemas renais, má articulação, produto natural e é um 
diurético. 
Contraindicações: não há referências na literatura consultada. 
Efeitos adversos e precauções: não há referências na literatura consultada 
 
Figura 40 – Bugroon 
2.38 Chá Branco 
Segundo as referências trata-se da mesma espécie do chá verde e vermelho a 
Camellia sinensis. 
 
2.39 Ciarella 
Não encontrei nas referências consultadas 
 
2.40 Berinjela 
Nomes populares: Berinjela; Beringela. 
Nomes científicos: Solanum melongena L. 
Nome da família: Solanaceae 
Origem geográfica:

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