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Questão regional brasileira

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Questão regional brasileira
Apresentação
O Brasil é um país de extensões continentais, com características regionais diversas. É considerado 
o 5o maior do mundo com relação às suas dimensões territoriais e em função de sua população. 
Além de aspectos físicos — como clima e vegetação — que identificam as regiões brasileiras, estas 
também são marcadas por processos históricos que se refletem nos elementos socioeconômicos 
evidenciados em cada uma delas.
A importância da divisão regional e suas classificações vai além do fato de facilitar os estudos e 
análises dessas áreas a partir de suas características que, de certa forma, homogeneizam o interior 
delas e as diferem do entorno. Regionalizar um território como o do Brasil permite uma gestão mais 
eficaz e uma compreensão das particularidades de cada região.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai aprender sobre a questão regional brasileira, sua 
importância e relações com a política econômica do país, bem como a respeito da integração 
regional. Além disso, verá como se dá a gestão do território no Brasil.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Relacionar a política econômica e a questão regional no Brasil.•
Reconhecer a integração regional brasileira.•
Explicar a gestão do território no Brasil.•
Desafio
Para entender o espaço geográfico e suas dinâmicas, é preciso compreender as particularidades 
dele, tanto na esfera global quanto na nacional, regional ou local.
Para isso, a geografia conta com um grupo de conceitos ou categorias de análise importantes, 
dentre os quais o conceito de região. Este pode ser visto sob a perspectiva de diversos autores 
dessa área do saber, em que cada um deles o trabalha de acordo com a corrente do pensamento 
geográfico predominante no período.
Sintetizando a definição do termo "região" com base nas leituras feitas, é possível afirmar que se 
trata de uma área delimitada segundo critérios preestabelecidos que tem aspectos semelhantes 
dentro dela, mas que diverge do entorno. Com vistas à compreensão da questão regional brasileira, 
é necessário explorar tal conceito.
Assim, diante de um novo tema ou conteúdo, professores de geografia devem explorar o conceito 
geográfico (ou os conceitos geográficos) que norteia e que embasa tais assuntos. 
Como colega de Débora, você deve dar dicas sobre o modo de trabalhar o conceito de região e as 
questões regionais brasileiras, envolvendo os alunos em participação prática e atrativa. Qual 
método utilizaria? Justifique sua resposta.
Infográfico
O Brasil apresenta diferenças regionais significativas em seu território, marcadas pelo histórico de 
ocupação, colonização e povoamento, imigração, escravidão e outros fatores. Além dos 
aspectos culturais peculiares presentes em cada região, fatores físicos como clima e vegetação e 
suas características distinguem essas áreas. Para melhor gestão do território e considerando-se 
elementos semelhantes, o país está dividido em cinco regiões político-administrativas.
No Infográfico a seguir, você vai conhecer essas regiões, os estados que as compõem, 
pontos importantes e curiosidades delas.
Aponte a câmera para o 
código e acesse o link do 
conteúdo ou clique no 
código para acessar.
https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/7c4a8efd-d948-470d-bb1c-59a60d4cde29/837fc490-00b2-43f0-a25e-b88b1c73aab7.png
Conteúdo do livro
Conhecer a questão regional brasileira é fundamental para os estudos geográficos, pois 
possibilita entender as dinâmicas territoriais e socioespaciais do país ao longo do tempo, bem como 
sua configuração espacial atual. Com base no conceito de região, é possível delimitar áreas e 
mapear as mais diversas características geográficas, de acordo com o critério que se pretende 
mostrar e salientar na representação do espaço geográfico.
Além do mapeamento, regionalizar áreas e trabalhar com as regionalizações existentes para o 
território brasileiro torna possível fazer análises sobre os mais variados temas numa perspectiva 
regional. Soma-se a isso o fato de que propicia a compreensão das dinâmicas que aconteceram e 
acontecem no Brasil.
No capítulo Questão regional brasileira, base teórica desta Unidade de Aprendizagem, você vai 
estudar o conceito de região, a questão sob a perspectiva do espaço geográfico brasileiro e a 
integração regional brasileira. Além disso, conhecerá a respeito da gestão do território nacional e a 
distribuição oficial das regiões segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Boa leitura.
GEOGRAFIA DO 
BRASIL 
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
 > Relacionar a política econômica e a questão regional no Brasil.
 > Reconhecer a integração regional brasileira.
 > Explicar a gestão do território no Brasil.
Introdução
O espaço geográfico, objeto de estudo da geografia, é dinâmico e formado por um 
conjunto de objetos, ações e atores sociais que o caracterizam de acordo com o 
contexto histórico e socioeconômico no qual está inserido. Para a compreensão 
do espaço geográfico, a geografia se utiliza de categorias de análise ou conceitos 
para tentar explicar as partes e, por fim, entender o todo desse espaço em que se 
dá a história. Dentre as categorias utilizadas para o estudo do espaço, destacam-
-se a paisagem, o território, o lugar e a região, sendo a última objeto de análise 
e discussão neste capítulo.
A região é um conceito de fundamental importância para o entendimento do 
espaço geográfico, sendo utilizado desde a geografia tradicional e perpassando 
vários períodos históricos em que a própria ciência geográfica teve seus postulados 
reformulados. Assim como outros conceitos, esse conceito adquiriu significados 
diferentes em cada período, agregando conhecimentos e mudando o enfoque de 
acordo com o momento político e socioeconômico. Desde a geografia clássica até 
a geografia crítica e humanista, o conceito de região foi utilizado com diferentes 
significações e importância para a geografia brasileira.
Questão regional 
brasileira
Érica Insaurriaga Megiato 
Neste capítulo, você vai estudar o conceito de região, os significados adquiridos 
em cada período de evolução da ciência geográfica, bem como a sua importância 
para os estudos da questão regional brasileira. Para entender a questão regional 
do Brasil, você vai verificar a relação desse conceito com a política econômica e 
reconhecer a integração regional do país. Por fim, a partir do conceito de região, 
você vai compreender como é feita a gestão do território brasileiro.
O conceito de região na geografia e a questão 
regional brasileira nos contextos político e 
socioeconômico
O conceito de região é uma importante categoria de análise para a geografia 
e tem sido utilizado desde a geografia clássica com diferentes significações, 
na tentativa de compreender o espaço geográfico e as suas particularidades. 
O termo “região” não é de uso único e exclusivo da geografia, sendo utilizado 
também por outras ciências ao longo do tempo, além de ser utilizado para 
representar ideias de senso comum. Cabe fazer um apanhado histórico sobre 
o significado de região e seu emprego na geografia durante os diferentes 
períodos vivenciados pela ciência e entender sua importância no contexto 
territorial brasileiro.
Ao procurar significados de “região” no dicionário Dicio de língua portu-
guesa, é possível encontrar diversos significados, sendo os principais:
[...] território que se diferencia do outro por possuir características próprias de 
localização, população, clima e etc.; Designação das cinco grandes áreas por meio 
das quais o Brasil se divide; Designação das camadas que dividem a atmosfera. 
(REGIÃO, 2020, documento on-line).
Ainda, apresentam-se significados para outras áreas, como a anato-
mia, em que o termo é utilizado para designar áreas do corpo humano. O 
dicionário ainda apresenta sinônimos para a palavra que remetem a país, 
província, pátria, nação e distrito — termos esses que são amplamenteutilizados para entender questões territoriais de determinado espaço 
geográfico.
Ao pesquisar sua etimologia, a palavra “região” aparece como derivada 
do latim regere, com o prefixo reg comum a outras palavras, como regra 
e regente, de acordo com Gomes (2011). De acordo com o autor, a palavra 
regione era utilizada para denominar áreas no Império Romano (Figura 
1) que respondiam a Roma, mas que possuíam uma administração local. 
Questão regional brasileira2
Gomes (2011) relaciona o surgimento do conceito de região no período com 
a interpretação de alguns filósofos que se propuseram a discutir a questão 
territorial dessa época. 
Alguns filósofos interpretam a emergência deste conceito como uma necessidade de 
um momento histórico em que, pela primeira vez surge, de forma ampla, a relação 
entre centralização do poder em um local e a extensão dele sobre uma área de 
grande diversidade social, cultural e espacial. (GOMES, 2011, p. 51).
Figura 1. Mapa mostrando o Império Romano e suas regiões ou províncias sob o domínio 
de Roma, em 117 d.C.
Fonte: Shutterstock.com/Peter Hermes Furian.
Assim como outros conceitos da geografia, o conceito de região passou 
por ressignificações desde a Antiguidade até os diversos períodos da ciência 
geográfica. Tais ressignificações foram dadas por cada contexto histórico, 
agregando novos significados de acordo com as questões territoriais, políticas, 
econômicas e sociais de cada período. Porém, sempre estiveram atreladas 
ao significado de região questões como: diversidade espacial, diversidade 
física, diversidade cultural, diversidade política, além de centralização de 
poder e regulação administrativa.
De acordo com Gomes (2011, p. 52), a partir do levantamento histórico do 
conceito de região, é possível perceber três consequências principais:
Questão regional brasileira 3
A primeira é que o conceito de região tem implicações fundadoras no campo 
da discussão política, da dinâmica do Estado, da organização da cultura e do 
estatuto da diversidade espacial; percebemos também que este debate sobre 
região (ou sobre seus correlatos como nação), possui um inequívoco componente 
espacial, ou seja, vemos que o viés na discussão destes temas , da política, da 
cultura, das atividades econômicas, está relacionado especificamente às pro-
jeções no espaço das noções de autonomia, soberania, direitos etc., e de suas 
representações; finalmente, em terceiro lugar , percebemos que a geografia foi 
o campo privilegiado destas discussões ao abrigar a região como um dos seus 
conceitos-chave e ao tomar a si a tarefa de produzir uma reflexão sistemática 
sobre este tema.
Ao fazer uma análise histórica sobre o pensamento geográfico e a sua 
evolução no tempo, é possível perceber transformações, rupturas e mu-
danças metodológicas e de significados na abordagem do conceito de 
região. Em parte, as discussões e os debates em torno do conceito de região 
acompanharam o desenvolvimento do pensamento científico e a evolução 
da ciência geográfica. De acordo com Carvalho (2002), mesmo antes da 
sistematização da geografia, a noção de região já aparecia com o filósofo 
Immanuel Kant, no século XVIII, atrelada à ideia de espaço geográfico. Para 
o autor, o espaço se dividia em regiões que representariam a história dos 
homens na superfície terrestre.
Na obra do geógrafo Friedrich Ratzel, da corrente do determinismo, é 
abordada a noção de região natural, sendo considerada parte da geografia 
física e relacionada às questões da natureza. Isso porque, na concepção do 
determinismo, o meio ambiente influencia ou define as diferentes sociedades 
humanas. Já a obra do geógrafo Paul Vidal de La Blache, fundador da corrente 
do possibilismo, apresenta a noção de região geográfica. De acordo com 
Carvalho (2002, documento on-line):
Vidal de La Blache (1845- 1918) defendeu a região, enquanto entidade concreta, 
existente por si só. Aos geógrafos caberia delimitá-la e descrevê-la. Segundo 
ele, a geografia definiria seu papel através da identificação das regiões da 
superf ície terrestre. Nessa noção de região, acrescenta-se à presença dos 
elementos da natureza, caracterizadores da unidade e da individualidade, a 
presença do homem.
Outros autores que se destacam na abordagem do conceito de região são 
os geógrafos Alfred Hettner e Richard Hartshorne. Hettner considerava uma 
divisão das ciências em:
Questão regional brasileira4
 � ciências idiográficas (observação e descrição de fenômenos em de-
terminado lugar ou sobre algum tema); e
 � ciências nomotéticas (levantamento, classificação de fenômenos e 
elaboração de sínteses para explicação de fenômenos universais).
De acordo com Spósito (2004), as ideias de Hettner foram retomadas por 
Hartshorne em The Nature of Geography, em que se discute o método regional 
de estudo, abordando a distribuição e a localização espacial ao se estudar 
a região. Nas palavras de Spósito (2004), fazendo referência a Hartshorne, 
“[...] a região não é uma realidade evidente, mas um produto mental, uma 
forma de ver o espaço que coloca em evidência fundamentos da organização 
diferenciada do espaço, ou seja, síntese de relações complexas” (SPÓSITO, 
2004, p. 103). 
Outros autores e outras correntes do pensamento geográfico influen-
ciaram o conceito de região e a sua aplicação. Merece destaque a geografia 
neopositivista, que, segundo Spósito (2004), buscou a unidade metodológica 
e de discurso da ciência geográfica, considerando o conceito de região como 
uma divisão do espaço de acordo com critérios diferentes e criando o conceito 
de regiões funcionais e regiões homogêneas.
Também se destaca a noção de região dada pela geografia crítica, que 
considera a diferenciação do espaço como fruto da divisão do trabalho e do 
processo de acumulação de capital, diferenciando aqueles que o possuem 
daqueles que não o possuem. Nesse sentido, de acordo com Spósito (2004), 
o processo histórico passa a ser visível por meio do conceito de formação 
econômica. O autor busca no pensamento de Milton Santos (1978) sintetizado 
por Gomes (1995) o entendimento de que região é a síntese concreta e histórica 
desta instância espacial ontológica dos processos sociais, produto e meio da 
produção e reprodução de toda vida social (SANTOS, 1978 apud GOMES, 1995).
É possível perceber a questão regional brasileira, a sua concepção e a 
sua aplicação no território ao longo do tempo. Algumas regionalizações, de 
acordo com Haesbart (2020), eram referentes “[...] tanto às transformações 
histórico-geográficas concretas quanto — e às vezes de maneira dissociada 
— ao campo da história das ideias” (HAESBART, 2020, documento on-line). A 
primeira regionalização do Brasil data de 1913, com o propósito de regionalizar 
o país por meio dos aspectos físico-naturais como relevo, clima e vegeta-
ção, dividindo o país em cinco regiões: Setentrional, Norte Oriental, Central, 
Oriental e Meridional. Tal regionalização era utilizada para fins didáticos no 
ensino de geografia e foi proposta pelo geógrafo Delgado de Carvalho.
Questão regional brasileira 5
Segundo Haesbart (2020), foi somente depois da segunda metade do 
século XX que as regionalizações brasileiras passaram a agregar de forma 
mais efetiva as características econômicas e culturais em seus modelos e 
propostas. Antes desse período, as regionalizações existentes, como a de 
Delgado de Carvalho, eram influenciadas pela obra de Vidal de La Blache, que 
inicialmente considerava os aspectos naturais para delimitação das regiões. 
De acordo com Haesbart (2020, documento on-line):
É sintomático o debate envolvendo as propostas do Conselho Nacional de 
Geografia quando da definição da primeira regionalização oficial do país, 
em 1941. Segundo Lira (2017), travou-se à época um embate entre diferentes 
tradições da geografia, ‘uma vertente francesa e uma vertente norte ameri-
cana, representando também diferenças entre a escola paulista, formada por 
Monbeig, e a escola carioca, influenciada, após a passagem de Deffontaines,pela escola americana’. 
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 1945, propôs 
uma nova regionalização para o território nacional, baseando-se em aspectos 
físicos e socioeconômicos. Nessa divisão regional, o Brasil se dividia em 
sete regiões: Norte, Nordeste Oriental, Nordeste Ocidental, Centro-Oeste, 
Leste Setentrional, Leste Meridional e Sul. De 1950 a 1960, essas regiões se 
diferenciavam pela inserção ou exclusão de áreas, devido às transformações 
territoriais ocorridas no período. 
A regionalização oficial do IBGE atual foi desenhada em 1970, sendo o país 
dividido em cinco macrorregiões político-administrativas: Norte, Nordeste, 
Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Posteriormente, em 1990, com as mudanças da 
Constituição de 1988, essa divisão regional foi atualizada a partir de algumas 
mudanças territoriais que se configuraram.
Uma regionalização que se destaca pela preocupação em inserir questões 
de ordem econômica e formas de ocupação do espaço no Brasil é a divisão 
regional proposta por Pedro Geiger em 1964, chamada regiões geoeconômicas 
ou complexos regionais. Nessa regionalização, o autor dividiu o Brasil em 
três grandes regiões, com base nas atividades econômicas predominantes 
e no histórico de ocupação e organização do espaço: Amazônia, Nordeste e 
Centro-Sul (Figura 2).
Questão regional brasileira6
 Figura 2. Regiões geoeconômicas do Brasil — proposta de regionalização de Pedro Geiger 
(1964).
Fonte: Adaptada de Divisão... (2021, documento on-line).
Santos e Silveira (2001), no livro O Brasil — Território e sociedade no século 
XXI, faz uma proposição de divisão regional do território brasileiro a partir das 
diferenciações territoriais dadas pela difusão diferenciada do meio técnico-
-científico-informacional e pelas heranças do passado em diferentes regiões 
do Brasil. Nesse sentido, o autor propõe, a partir das rugosidades do espaço, 
a existência de quatro Brasis:
 � uma Região Concentrada, abrangendo Sul e Sudeste;
 � o Brasil do Nordeste;
 � o Centro-Oeste; e
 � a Amazônia. 
As diferentes regionalizações apresentadas mostram como podem ser 
propostos diversos mapeamentos e análises a partir do conceito de região. 
Para regionalizar uma área, é preciso levar em consideração aspectos im-
Questão regional brasileira 7
portantes como a escala e os critérios que serão utilizados para mostrar as 
peculiaridades das áreas mapeadas. Além das regionalizações aqui mostradas, 
existem outros tipos de mapeamentos realizados em escala nacional, estadual 
e até mesmo local, com a utilização de variados critérios, desde aspectos da 
geografia física até aspectos da geografia humana.
Outras regionalizações foram propostas para dividir o Brasil com base 
em critérios específicos. Uma delas é a regionalização apresentada 
por Manuel Diégues Júnior, que propõe uma divisão do território brasileiro em 
regiões culturais. Para saber mais sobre as regionalizações brasileiras, acesse 
o artigo de Rogério Haesbart intitulado “Regiões Brasileiras: antigos legados e 
novos desafios” (HAESBART, 2020).
A integração regional brasileira: 
particularidades regionais no território
O espaço físico e geográfico motivou disputas em todos os lugares do mundo 
e em todos os períodos da história. Não é surpresa que a maior parte das 
guerras se deu em busca de extensão de um território inicial que precisava 
expandir seu comércio ou aumentar seu poderio político e militar. Comu-
mente, a expansão desorganizada dos espaços acabava por criar uma série 
de distorções de toda ordem — religiosa, cultural, econômica etc. 
O Brasil é fruto da necessidade de expansão do Império português, e, 
como sabemos, as distorções perduraram entre metrópole e colônia até a 
transferência do reinado para o Brasil, culminando com a Independência em 
1822. Contudo, já no Império do Brasil, considerando-se as mesmas dimensões 
do Brasil atual, percebia-se que o grande território apresentava distorções 
seríssimas, uma vez que tinha toda a sua estrutura política e econômica 
centralizada na capital e em pouquíssimas outras localidades litorâneas.
O interior do país estava intocado. À época, em 1823, José Bonifácio en-
tregou a Dom Pedro, então imperador do Brasil, um memorial. Preocupado 
com a fragilidade da capital do Império frente a ataques externos — a capital 
estava localizada na atual cidade do Rio de Janeiro —, Bonifácio propunha a 
construção de uma nova capital, no interior do país, muito próxima da atual, 
Brasília, que só veio a ser construída em 1960.
A organização política, econômica e regional do país, contudo, só aconte-
ceria após a Proclamação da República, especialmente no período do Estado 
Questão regional brasileira8
Novo, instaurado pelo presidente Getúlio Vargas (1937-1946). Aqui, o eixo 
econômico e político já havia se deslocado para além do Rio de Janeiro, ainda 
sede do governo, alcançando Rio Grande do Sul, São Paulo e Minas Gerais. 
A despeito dos novos eixos, não havia ainda um direcionamento estatal de 
políticas específicas para as diferentes regiões do país.
Foi apenas nos anos 1950, sob as políticas desenvolvimentistas do presi-
dente Juscelino Kubitscheck (JK) — que incentivaram a indústria, o setor dos 
transportes e a energia e substituíram as importações —, que o Brasil organi-
zou, pela primeira vez, uma clara política de organização e desenvolvimento 
regional. De acordo com Megiato (2014, documento on-line):
Entre os economistas, há quase um consenso sobre o papel decisivo da inovação 
e da difusão tecnológica no aumento da produtividade. No longo prazo, como se 
sabe, o crescimento tecnológico anda lado a lado com a elevação da produtivi-
dade de um país. Enquanto economistas ortodoxos atribuem a todos os setores 
da economia o mesmo peso para explicar o comportamento da produtividade, 
os economistas chamados de estruturalistas identificam na indústria um papel 
central nesse processo.
As decisões econômicas no Brasil na metade do século XX foram am-
plamente inspiradas ou conduzidas pelo economista Celso Furtado, um de-
senvolvimentista e regionalista, grande entusiasta e teórico da Comissão 
Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL). Furtado defendia, e 
ainda defende, por meio de sua obra e seu legado, políticas integracionistas 
e de colaboração para o desenvolvimento do subcontinente. De acordo com 
Colistete (2001), com o passar do tempo, é possível avaliar os impactos e 
significados das teses elaboradas pelo grupo de economistas e cientistas 
sociais na criação da CEPAL.
Um dos consensos emergentes após todos esses anos é o de que, mais que um 
‘manifesto’ pelo desenvolvimento latino-americano, os autores cepalinos desen-
volveram uma estrutura conceitual própria, que deu suporte e legitimidade às 
propostas de política econômica oriundas da CEPAL. Esse conjunto de proposições 
teóricas e de políticas econômicas deu substância ao que passou a ser chamado 
de desenvolvimentismo cepalino, referindo-se o termo às teses dos autores da 
CEPAL que propunham que a industrialização apoiada pela ação do Estado seria a 
forma básica de superação do subdesenvolvimento latino-americano. (COLISTETE, 
2001, documento on-line).
Naquela época, e hoje ainda mais, tanto o pensamento cepalino quanto 
o de Celso Furtado (FURTADO, 1969) foram influenciados pelo economista 
John Maynard Keynes. Este, apesar de não tratar do regionalismo, defendia o 
Questão regional brasileira 9
papel do governo em intervir na economia com o intuito de corrigir eventuais 
distorções causadas em um regime de livre mercado no curto prazo. Esse era 
o pensamento vigente em todo o mundo à época. No Brasil, o pensamento 
foi bem recepcionado, e, a partir do governo central, uma série de ações, a 
começar pela adoção da nova capital, Brasília, foram desencadeadas por 
todo o país. 
O marco desse novo momento no Brasil foi, sem dúvidas, o Plano de 
Metas, um conjunto de 31 metas de integração e desenvolvimento nacional 
que deveriam ser realizadas em cinco anos.Tal era a velocidade das ações 
que se convencionou chamar o plano de “50 anos em 5”. O país tinha pressa 
e precisava avançar, ainda que as consequências — e houve muitas — de um 
avanço tão rápido não tivessem sido dimensionadas.
Apesar dos avanços positivos para a época, algumas regiões ainda con-
tinuavam à margem. Diante disso, o governo propôs a criação de superin-
tendências regionais, a fim de promover o desenvolvimento estruturado em 
todo o país. Dessa forma, ainda no governo JK, surgiu a Superintendência 
para o Desenvolvimento do Nordeste, um órgão voltado a uma região pouco 
desenvolvida, mas promissora, segundo demonstram os documentos de sua 
fundação em 1957.
Já no período militar, outras ações econômicas e de integração re-
gionais foram propostas. Seguindo a mesma linha desenvolvimentista, 
surgiram a Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia e a Supe-
rintendência para o Desenvolvimento do Centro-Oeste, ambas fundadas 
em 1967. No mesmo ano, com o objetivo de industrializar a Região Amazô-
nica, foi criada a Superintendência da Zona Franca de Manaus, uma área 
de incentivo fiscal para empresas, especialmente indústrias com algum 
grau de tecnologia.
Posteriormente, já na década de 1970, dois novos planos foram criados 
a partir da experiência do Plano de Metas: o I Plano Nacional de Desen-
volvimento (I PND) e o II PND. Novamente, objetivava-se uma planificação 
econômica nacional. O país vivia o melhor momento econômico já registrado, 
conhecido como “milagre econômico”. Nesse período, importantes estatais 
foram fundadas, dentre elas a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária 
(Embrapa), inaugurada pelo presidente Médici. Essa empresa possuía em sua 
gênese o planejamento para uma atuação de acordo com as potencialidades 
e particularidades de cada região brasileira. A Embrapa talvez seja o melhor 
exemplo sustentável de uma política de integração e de desenvolvimento 
regional já criado no Brasil. 
Questão regional brasileira10
A discussão sobre políticas regionais está intimamente ligada à economia. 
Uma vez que tal função é delegada ao Estado, com este estando em crise de 
qualquer natureza, isso acaba por prejudicar a continuidade das políticas 
regionais. É isso o que se viu no Brasil já nos anos 1980. A política desenvol-
vimentista perdeu fôlego com o endividamento do Estado, o seu principal 
financiador. A situação foi tão dramática que a própria Constituição de 1988 
pouco tratou das regiões. 
Nos anos 1990, novamente o regionalismo perdeu espaço na pauta nacio-
nal, agora para a necessária estabilização econômica. Assim, alguns estados 
passaram a discutir o regionalismo no âmbito de seus territórios, como é o 
caso do Rio Grande do Sul, com os Conselhos Regionais de Desenvolvimento, 
entre outros estados. Também em âmbito estadual, passaram a ser utilizados 
outros tipos de regionalizações, como as regiões das secretarias estaduais 
de saúde, que mapeiam as coordenadorias regionais de saúde e as suas 
respectivas regiões. Esse mapeamento regional tem sido amplamente utili-
zado, como no Modelo de Distanciamento Controlado proposto pelo estado 
do Rio Grande do Sul na tentativa de conter o avanço da pandemia do novo 
coronavírus causador da covid-19, em 2020.
Para saber mais sobre as políticas recentes de ordenamento ter-
ritorial e planejamento territorial, leia o artigo “Políticas recentes 
de ordenamento territorial e planejamento territorial em Portugal e no Brasil: 
características, semelhanças e particularidades”, de Silveira e Pereira (2018), 
da Revista Brasileira de Gestão e Desenvolvimento Regional.
A gestão territorial do Brasil e suas regiões 
político-administrativas
O Brasil é um país que possui um vasto território, com uma extensão de 
8.515.759 km², sendo o 5º maior país em extensão territorial do mundo e 
também em população, com uma estimativa de 212.433.654 habitantes. O 
Brasil se divide com relação às questões político-administrativas em cinco 
grandes regiões: Norte, Nordeste, Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Ele possui em 
seu território 26 estados (Figura 3) e um distrito federal e tem os municípios 
como unidades de menor hierarquia dentro de sua organização político-
-administrativa (IBGE, 2021).
Questão regional brasileira 11
Figura 3. Mapa político do Brasil.
Fonte: IBGE (2021, documento on-line).
De acordo com o IBGE (2021), a divisão regional do Brasil se baseia no 
agrupamento de estados e municípios em regiões. Os objetivos são possi-
bilitar o conhecimento regional do país e definir uma base territorial para 
levantamentos e divulgações de dados estatísticos, com o intuito de auxiliar 
a implantação e a gestão de políticas públicas e investimentos nos âmbitos 
federal, estadual e municipal. Para o IBGE (2021), a ideia de regionalização 
prevalece desde o início do Instituto, no intuito de promover um conheci-
mento aprofundado sobre o território brasileiro e subsidiar o planejamento 
e o ordenamento territorial, cada vez mais inserindo regionalizações mais 
detalhadas do país.
No IBGE, as divisões regionais se estabeleceram em diversas escalas de abrangência 
ao longo do tempo, conduzindo, em 1942, à agregação de Unidades da Federação 
em Grandes Regiões definidas pelas características físicas do território brasileiro 
e institucionalizadas com as denominações de: Região Norte, Região Meio-Norte, 
Região Nordeste Ocidental, Região Nordeste Oriental, Região Leste Setentrional, 
Região Leste Meridional, Região Sul e Região Centro-Oeste. Em consequência das 
Questão regional brasileira12
transformações ocorridas no espaço geográfico brasileiro, nas décadas de 1950 
e 1960, uma nova divisão em Macrorregiões foi elaborada em 1970, introduzindo 
conceitos e métodos reveladores da importância crescente da articulação econô-
mica e da estrutura urbana na compreensão do processo de organização do espaço 
brasileiro, do que resultaram as seguintes denominações: Região Norte, Região 
Nordeste, Região Sudeste, Região Sul e Região Centro-Oeste, que permanecem em 
vigor até o momento atual. (IBGE, 2021, documento on-line).
As cinco regiões oficiais do Brasil (Figura 4) apresentam em seus territórios, 
além de diferenciações do meio físico — com características distintas de 
relevo, clima, vegetação e hidrografia —, diferenciações socioeconômicas e 
culturais, reflexos dos processos de produção do espaço que figuraram em 
cada região no tempo histórico e nos contextos político e social. 
Figura 4. Divisão regional do Brasil: em verde, região Norte; em azul, região Nordeste; em 
amarelo, região Centro-Oeste; em vermelho, região Sudeste; em laranja, região Sul.
Fonte: Regiões… (2020, documento on-line).
No Quadro 1, a partir da relação dos estados brasileiros e as respectivas 
regiões político-administrativas a que pertencem, é possível perceber como 
esse agrupamento é feito.
Questão regional brasileira 13
Quadro 1. Regiões brasileiras e seus respectivos estados
Norte Nordeste Sul Sudeste Centro-Oeste
Acre Alagoas Paraná São Paulo Mato Grosso
Amapá Bahia Santa Catarina Rio De Janeiro Mato Grosso 
Do Sul
Amazonas Ceará Rio Grande Do 
Sul
Minas Gerais Goiás
Tocantins Maranhão Espírito Santo Distrito Federal
Pará Paraíba
Rondônia Pernambuco
Roraima Piauí
Rio Grande 
Do Norte
Sergipe
O Brasil possui um território extenso, com características regionais 
marcantes, não somente com relação aos aspectos naturais, ricos em sua 
diversidade de relevos, hidrografias, vegetações e climas. O país também 
possui uma grande riqueza com relação à sua cultura. Quando observadas 
as diferentes culturas que existem no Brasil, marcadas pelos processos 
históricos e socioeconômicos que ocorreram em cada região brasileira, nos 
deparamos com diversos Brasis, como citam Santos e Silveira (2001) em sua 
obra O Brasil: Território e Sociedade no início do século XXI. Cada região do 
Brasil deve ser analisada e estudada de acordo com suas peculiaridades e 
particularidades regionais.
Referências
CARVALHO, G. L. Região: a evoluçãode uma categoria de análise da geografia. Boletim 
Goiano de Geografia, v. 22, n. 1, p. 135–153, 2002. Disponível em: http://dx.doi.org/10.5216/
bgg.v22i1.15381. Acesso em: 6 jan. 2021.
COLISTETE, R. P. O desenvolvimento cepalino: problemas teóricos e a influência no 
Brasil. Estudos Avançados, v. 15, n. 41, p. 21–34, 2001. Disponível em: https://www.
scielo.br/pdf/ea/v15n41/v15n41a04.pdf. Acesso em: 6 jan. 2021.
REGIÃO. In: DICIO. [S. l.: s. n.], 2021. Disponível em: https://www.dicio.com.br/regiao/. 
Acesso em: 6 jan. 2021. 
Questão regional brasileira14
DIVISÃO geoeconômica do Brasil. In: WIKIPEDIA. [S. l.: s. n.], 2021. Disponível em: https://
pt.wikipedia.org/wiki/Divis%C3%A3o_geoecon%C3%B4mica_do_Brasil. Acesso em: 6 
jan. 2021.
FURTADO, C. Formação econômica da América Latina. Rio de Janeiro: LIA, 1969.
HAESBART, R. Regionalizações brasileiras: antigos legados e novos desafios. Confins 
– Revista Franco Brasileira de Geografia, n. 44, 2020. Disponível em: https://journals.
openedition.org/confins/26401. Acesso em: 6 jan. 2021.
IBGE. Divisão político-administrativa e regional. Brasília: IBGE, 2021. Disponível em: 
https://educa.ibge.gov.br/jovens/conheca-o-brasil/territorio/18310-divisao-politico-
-administrativa-e-regional.html. Acesso em: 6 jan. 2021.
GOMES, P. C. da C. O conceito de região e sua discussão. In: CASTRO, I. E.; GOMES, P. 
C.; CORRÊA, R. L. Geografia: conceitos e temas. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1995. 
p. 49–76.
GOMES, P. C. da C. O conceito de região e sua discussão. In: CASTRO, I. E.; GOMES, P. 
C.; CORRÊA, R. L. Geografia: conceitos e temas. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2011.
MEGIATO, E. I. Impactos da integração do Brasil com a União Européia através de um 
modelo de equilíbrio geral. 2014. Dissertação (Mestrado em Economia)- Universidade 
do Vale do Rio dos Sinos, São Leopoldo, 2014. Disponível em: http://www.reposito-
rio.jesuita.org.br/bitstream/handle/UNISINOS/3636/Ezequiel+Insaurriaga+Megiato.
pdf;jsessionid=517AEC943115CD3AD6C957B47F79924F?sequence=1. Acesso em: 6 
jan. 2021.
REGIÕES do Brasil. In: WIKIPEDIA. [S. l.: s. n.], 2020. Disponível em: https://pt.wikipedia.
org/wiki/Regi%C3%B5es_do_Brasil. Acesso em: 11 jan. 2021.
SANTOS, M.; SILVEIRA, M. L. Brasil território e sociedade no início do século 21. 19. ed. 
São Paulo: Record, 2001.
SILVEIRA, R. L. L.; PEREIRA, M. Políticas recentes de ordenamento territorial e planeja-
mento regional em Portugal e no Brasil: características, semelhanças e particularidades. 
Revista Brasileira de Gestão e Desenvolvimento Regional, v. 14, n. 5, 2018. Disponível 
em: https://www.rbgdr.net/revista/index.php/rbgdr/article/view/4101/728. Acesso 
em: 6 jan. 2021.
SPÓSITO, E. S. Geografia e filosofia: contribuição para o ensino do pensamento geo-
gráfico. São Paulo: Editora UNESP, 2004.
Leituras recomendadas
ANDRADE, M. C. Geopolítica do Brasil. Campinas: Papirus, 2001.
CASTRO, I. E. et al. (org.). Geografia: conceitos e temas. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 
1995. 
COSTA, W. M. O estado e as políticas territoriais no Brasil. São Paulo: Contexto, 1997.
RIBEIRO, D. O povo brasileiro: a formação e o sentido do Brasil. São Paulo: Companhia 
das Letras, 1995.
WELMOWICKI, J. Cidadania ou classe? O movimento operário da década de 80. São 
Paulo: Ed. Instituto José Luís e Rosa Sundermann, 2004.
Questão regional brasileira 15
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integralidade das informações referidas em tais links.
Questão regional brasileira16
Dica do professor
"Região" é um conceito-chave da geografia, A partir dele, é possível fazer diversas regionalizações 
conforme o propósito desejado. O Brasil, por exemplo, possui várias, as quais foram criadas por 
diferentes autores e que mostram características específicas de seu território. 
Além da regionalização proposta pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 1969, 
existe aquela de 1960, defendida pelo geógrafo Pedro Pichas Geiger, que divide o Brasil em três 
regiões geoeconômicas ou grandes complexos regionais.
Nesta Dica do Professor, você vai conhecer um pouco sobre a regionalização dos complexos 
regionais, como o mapa é dividido a partir desse modelo e as características das regiões.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
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Exercícios
1) O conceito de região é amplamente utilizado na geografia e faz parte dos que são usados 
como categorias de análise da ciência geográfica. Assim como outros, o termo "região" vem 
adquirindo novos significados ao longo do tempo histórico.
De acordo com o que você aprendeu nesta UA, assinale a alternativa que indica 
corretamente as questões às quais o significado de região sempre esteve vinculado.
A) Diversidade espacial, diversidade física, diversidade cultural e diversidade política, além de 
centralização de poder e regulação administrativa.
B) Diversidade sociocultural e diversidade espacial somente.
C) Diversidade dos componentes físicos e abióticos e diversidade de climas somente.
D) Diversidade de vegetação, diversidade climática e diversidade de relevo.
E) Diversidade política e diversidade cultural apenas.
2) Ao se fazer uma análise histórica sobre o pensamento geográfico e sua evolução no tempo, é 
possível perceber transformações, rupturas e mudanças metodológicas e de significados na 
abordagem do conceito de região.
Em parte, as discussões e debates em torno desse conceito se devem ao:
A) costume do povo a quem o conceito foi aplicado.
B) desenvolvimento do pensamento científico e à evolução da ciência geográfica.
C) papel do autor do conceito de região na ciência.
D) estudo sobre os mapeamentos diversos.
E) conceito de espaço geográfico e sua abordagem.
Para entender a questão regional brasileira, é preciso primeiro estudar o conceito de região 
e conhecer a perspectiva dos autores sobre o tema. Vidal de La Blache, o pai do possibilismo, 
apresenta a noção de região geográfica.
3) 
De acordo com essa corrente do pensamento geográfico, Carvalho (2002) afirma que o autor 
Vidal de La Blache defendeu o conceito de região: 
A) de acordo com o método regional de estudo, abordando a distribuição e a localização espacial 
ao pesquisar tal conceito na geografia e em outras áreas.
B) como entidade concreta, existente por si só; aos geógrafos, caberia delimitá-la e descrevê-la. 
Segundo ele, a geografia definiria seu papel mediante a identificação das regiões da superfície 
terrestre.
C) buscando a unidade metodológica e de discurso da ciência geográfica, considerando o 
conceito de região como uma divisão do espaço de acordo com critérios diferentes.
D) dizendo que o conceito é a síntese concreta e histórica dessa instância espacial ontológica 
dos processos sociais, produto e meio da produção e reprodução de toda vida social.
E) considerando a diferenciação do espaço como fruto da divisão do trabalho e do processo de 
acumulação de capital, distinguindo aqueles que o possuem dos que não o possuem.
4) Para entender a questão regional brasileira, é necessário buscar o conhecimento sobre o 
conceito de região, porém ele é apenas uma das categorias de análise do espaço. O espaço 
geográfico, objeto de estudo da geografia, é dinâmico e formado por um conjunto de 
objetos, ações e atores sociais que o caracterizam conforme o contexto histórico e 
socioeconômico no qual está inserido. 
Para compreender o espaço, a geografia: 
A) vai adquirindo novos significados de acordo com questões territoriais, políticas, econômicas e 
sociais do período em que surgiu e passou a ser discutida.B) usa a noção de região natural, sendo considerada parte da geografia física e relacionada às 
questões da natureza.
C) considera uma divisão das ciências em idiográficas e nomotéticas (levantamento, classificação 
de fenômenos e elaboração de sínteses para explicações de fenômenos universais).
D) se utiliza de categorias de análise ou conceitos para tentar explicar as partes e por fim 
entender o todo desse espaço onde se dá a história da humanidade.
E) busca fazer um apanhado histórico sobre o significado de região e seu emprego na ciência 
durante os diferentes períodos.
5) Milton Santos (2001), no livro O Brasil – Território e sociedade no século XXI, faz uma 
consideração sobre a proposição de divisão regional do território brasileiro com base 
nas diferenciações territoriais dadas pela difusão diferenciada do meio técnico-científico-
informacional e pelas heranças do passado em diversas regiões do Brasil.
Nesse sentido, o autor propõe, a partir das rugosidades do espaço, a existência de:
A) dois Brasis — um do norte e outro do sul —, com diferenças significativas devido às condições 
climáticas de cada região.
B) quatro Brasis: a Região Concentrada, abrangendo o Sul e o Sudeste; o Brasil do Nordeste; o 
Centro-Oeste; e a Amazônia.
C) três Brasis — um do norte, um do sul e outro, central —, com diferenciações territoriais 
características.
D) dois Brasis — um do sudeste e outro do nordeste —, com diferenças significativas devido ao 
histórico socioeconômico de cada região.
E) um único Brasil, pois a divisão do território em regiões não é importante para analisar as 
rugosidades espaciais.
Na prática
É importante conhecer as características das regiões brasileiras para compreender as dinâmicas do 
espaço geográfico do país. Além dos aspectos físicos e culturais, é fundamental entender as 
questões socioeconômicas que caracterizam as regiões.
Neste Na Prática, você vai ver os tipos de produtos e a logística de distribuição das mercadorias 
consumidas diariamente nas casas a partir de um exercício realizado por uma professora de 
geografia do 7o ano do ensino fundamental.
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https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/9230211a-423b-4359-a24d-ca8578c69586/10292bfe-dc8d-426d-a3b5-975d4d95ae2d.png
Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja a seguir as sugestões do professor:
Divisão regional do Brasil
No site do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) — Seção Geociências / Organização 
do Território —, você vai conhecer mais sobre as regiões brasileiras e suas características.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
Os conceitos de região e regionalização: aspectos de sua 
evolução e possíveis usos para a regionalização da saúde
Neste artigo, você poderá entender o conceito de região e sua aplicação na área da saúde, que está 
em evidência na atualidade devido à pandemia do coronavírus.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
Mapas do IBGE
No link a seguir, você vai encontrar e baixar materiais que podem ser aplicados em sala de aula do 
ensino fundamental. Trata-se de conteúdos referentes às regiões brasileiras.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
https://www.ibge.gov.br/geociencias/organizacao-do-territorio/divisao-regional/15778-divisoes-regionais-do-brasil.html?=&t=o-que-e
 https://www.scielo.br/pdf/sausoc/v24n2/0104-1290-sausoc-24-02-00447.pdf
https://mapas.ibge.gov.br/escolares/publico-infantil/grandes-regioes.html

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