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BIOSSEGURANÇA E SEGURANÇA DO PACIENTE Maria é uma técnica de enfermagem muito experiente e trabalha no laboratório de um centro médico há 10 anos. Apesar de ser competente em seu ofício, Maria acha que, por ter muita experiência, não precisa tomar certos cuidados, como a utilização de equipamentos de proteção individual (EPI). Algumas vezes, seu trabalho fica tão técnico, repetitivo e prático, que ela perde a atenção no que realmente está fazendo. Em um dia comum de trabalho, um jovem foi até o centro médico onde Maria trabalha para realizar exames de rotina, solicitados pelo seu médico. A técnica de enfermagem confirmou os dados do paciente, colocou as etiquetas nos tubos e começou a conversar com ele, tentando distraí-lo, já que ele aparentava estar com medo e ansioso pelos exames. Porém, com a conversa, Maria também ficou dispersa e se esqueceu de colocar as luvas. Na sequência, ela fez a assepsia na área que seria puncionada, apalpou a rede venosa do paciente, garroteou o braço do jovem, pediu para que ele abrisse e fechasse a mão, fez a punção, coletou a quantidade de sangue necessária para a realização dos exames, retirou a agulha, mas se esqueceu de soltar o garrote, fazendo com que o sangue do paciente extravasasse. Naquele momento, Maria se deu conta da sua desatenção e percebeu seus erros, bem como os riscos que ela e o paciente estavam correndo. Rapidamente, ela soltou o garrote e aplicou pressão no sítio com um chumaço de algodão seco, controlando o sangramento do paciente. Após a coleta, Maria lavou suas mãos, que estavam com o sangue do paciente em razão do desuso das luvas, e permaneceu muito nervosa com a situação. No laboratório que Maria trabalha, seringa e agulha são utilizadas para a coleta dos exames de sangue. Desse modo, a técnica de enfermagem transferiu o sangue para os tubos de coleta e, quando foi descartar a agulha, percebeu que o coletor de material perfurocortante estava cheio, com as agulhas ultrapassando a linha tracejada. Maria, então, pediu para que uma colega substituísse o coletor de material perfurocortante e ficou segurando a seringa e a agulha contaminada à espera do novo coletor. Maria voltou a pensar nos erros cometidos, distraindo-se novamente. Com isso, a agulha contaminada caiu de sua mão e acabou perfurando o dorso do seu pé, uma vez que estava usando uma sandália aberta no momento do acidente de trabalho. Ressalta-se que a agulha era de grosso calibre, tinha sangue visível e a lesão no dorso do pé causada pela agulha foi profunda. A partir dessa situação, quais foram as falhas de biossegurança cometidas por Maria? Qual seria a sua conduta perante esse caso e como contribuir em parceria com os Núcleos de Qualidade e Segurança do Paciente e de Saúde do Trabalhador para que casos como esse sejam tratados no momento e no futuro? Houve a falha no uso de equipamentos adequados que garantissem sua segurança. Equipamentos de Proteção Individual são de uso individual utilizados para proteger o profissional do contato com agentes biológicos no seu ambiente de trabalho. A utilização do equipamento de proteção individual torna-se obrigatória durante todo atendimento. As atualizações em imunizações devem estar atualizadas pois reduzem o risco de infecção e protegem, não apenas a saúde dos trabalhadores, mas também a de seus clientes e familiares. Quando ocorre a exposição ao material biológico, geralmente ocasionado por agulhas ou material cortantes, o colaborador necessita de cuidados necessários ao manusear os material perfurocortante e biológico, possuir máxima atenção durante a realização de procedimentos invasivos, jamais e nunca reencapar as agulha da seringa, descartar agulhas nas caixas correta, utilizar os EPIs apropriados para os procedimentos conforme as normas da NR-32, e o principal usar sapatos fechados de couro ou material sintético não permeáveis. Quando se há o acidente imediatamente devemos acolher este trabalhador, analisar o cenário do ocorrido, realizar a coleta de dados, verificar a origem do paciente fonte, analisar o risco, notificar o acidente para o INSS, e realizar a orientação de manejo e medidas de cuidado com o local exposto ao funcionário. Caso a fonte seja conhecida, mas sem informação de seu status sorológico, é necessário realização de exames diagnósticos tendo a autorização do paciente para coleta da amostra. Realizar periodicamente treinamentos para que não haja casos decorrentes na empresa, e ser responsável por orientar e cobrar o uso de tais equipamentos diariamente. “Os RSS são classificados pela ANVISA na Resolução RDC nº 306, de 07 de dezembro de 2004, conforme disponível no anexo 01. Na instituição os resíduos gerados estão relacionados no quadro 01. Grupo A - Resíduos com a possível presença de agentes biológicos que, por suas características, podem apresentar risco de infecção. Grupo B - Resíduos contendo substâncias químicas que podem apresentar risco à saúde pública ou ao meio ambiente, dependendo de suas características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade e toxicidade. Grupo E - Materiais perfurocortantes - Resíduos gerados na instituição conforme o grupo de classificação da RDC/ANVISA 306 de 2004. Os materiais perfurocortantes devem ser descartados separadamente, no local de sua geração, imediatamente após o uso ou necessidade de descarte, em recipientes rígidos, resistentes à punctura, ruptura e vazamento, com tampa, identificados com símbolo internacional de risco biológico, acrescido da inscrição de “PERFUROCORTANTE”, sendo expressamente proibido o esvaziamento desses recipientes para o seu reaproveitamento. As agulhas descartáveis devem ser desprezadas juntamente com as seringas, quando descartáveis, sendo proibido reencapá-las, se necessária a sua retirada manualmente utilizar uma pinça. Os recipientes devem ser descartados quando o preenchimento atingir 2/3 de sua capacidade ou o nível de preenchimento ficar a 5 cm de distância da boca do recipiente.(NR-32,2005)”. REFERENCIAS SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO EM ESTABELECIMENTOS DE ASSISTÊNCIA A SAÚDE – NR-32. Disponívelem:<https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/acesso-a- informacao/participacao-social/conselhos-e-orgaos-colegiados/ctpp/arquivos/normas- regulamentadoras/NR-32.pdf>. Acesso em: 16, ABR e 2023.
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