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NR 32

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BIOSSEGURANÇA E SEGURANÇA DO PACIENTE 
 
 
Maria é uma técnica de enfermagem muito experiente e trabalha no laboratório de um 
centro médico há 10 anos. Apesar de ser competente em seu ofício, Maria acha que, por ter 
muita experiência, não precisa tomar certos cuidados, como a utilização de equipamentos de 
proteção individual (EPI). Algumas vezes, seu trabalho fica tão técnico, repetitivo e prático, 
que ela perde a atenção no que realmente está fazendo. Em um dia comum de trabalho, um 
jovem foi até o centro médico onde Maria trabalha para realizar exames de rotina, solicitados 
pelo seu médico. A técnica de enfermagem confirmou os dados do paciente, colocou as etiquetas 
nos tubos e começou a conversar com ele, tentando distraí-lo, já que ele aparentava estar com 
medo e ansioso pelos exames. Porém, com a conversa, Maria também ficou dispersa e se 
esqueceu de colocar as luvas. Na sequência, ela fez a assepsia na área que seria puncionada, 
apalpou a rede venosa do paciente, garroteou o braço do jovem, pediu para que ele abrisse e 
fechasse a mão, fez a punção, coletou a quantidade de sangue necessária para a realização dos 
exames, retirou a agulha, mas se esqueceu de soltar o garrote, fazendo com que o sangue do 
paciente extravasasse. Naquele momento, Maria se deu conta da sua desatenção e percebeu seus 
erros, bem como os riscos que ela e o paciente estavam correndo. Rapidamente, ela soltou o 
garrote e aplicou pressão no sítio com um chumaço de algodão seco, controlando o sangramento 
do paciente. Após a coleta, Maria lavou suas mãos, que estavam com o sangue do paciente em 
razão do desuso das luvas, e permaneceu muito nervosa com a situação. No laboratório que 
Maria trabalha, seringa e agulha são utilizadas para a coleta dos exames de sangue. Desse modo, 
a técnica de enfermagem transferiu o sangue para os tubos de coleta e, quando foi descartar a 
agulha, percebeu que o coletor de material perfurocortante estava cheio, com as agulhas 
ultrapassando a linha tracejada. Maria, então, pediu para que uma colega substituísse o coletor 
de material perfurocortante e ficou segurando a seringa e a agulha contaminada à espera do 
novo coletor. Maria voltou a pensar nos erros cometidos, distraindo-se novamente. Com isso, a 
agulha contaminada caiu de sua mão e acabou perfurando o dorso do seu pé, uma vez que estava 
usando uma sandália aberta no momento do acidente de trabalho. Ressalta-se que a agulha era 
de grosso calibre, tinha sangue visível e a lesão no dorso do pé causada pela agulha foi 
profunda. 
 
A partir dessa situação, quais foram as falhas de biossegurança cometidas por 
Maria? Qual seria a sua conduta perante esse caso e como contribuir em parceria com os 
Núcleos de Qualidade e Segurança do Paciente e de Saúde do Trabalhador para que casos 
como esse sejam tratados no momento e no futuro? 
 
Houve a falha no uso de equipamentos adequados que garantissem sua segurança. 
Equipamentos de Proteção Individual são de uso individual utilizados para proteger o 
profissional do contato com agentes biológicos no seu ambiente de trabalho. 
A utilização do equipamento de proteção individual torna-se obrigatória durante todo 
atendimento. As atualizações em imunizações devem estar atualizadas pois reduzem o risco de 
infecção e protegem, não apenas a saúde dos trabalhadores, mas também a de seus clientes e 
familiares. 
Quando ocorre a exposição ao material biológico, geralmente ocasionado por agulhas 
ou material cortantes, o colaborador necessita de cuidados necessários ao manusear os material 
perfurocortante e biológico, possuir máxima atenção durante a realização de procedimentos 
invasivos, jamais e nunca reencapar as agulha da seringa, descartar agulhas nas caixas correta, 
utilizar os EPIs apropriados para os procedimentos conforme as normas da NR-32, e o principal 
usar sapatos fechados de couro ou material sintético não permeáveis. 
Quando se há o acidente imediatamente devemos acolher este trabalhador, analisar o 
cenário do ocorrido, realizar a coleta de dados, verificar a origem do paciente fonte, analisar o 
risco, notificar o acidente para o INSS, e realizar a orientação de manejo e medidas de cuidado 
com o local exposto ao funcionário. Caso a fonte seja conhecida, mas sem informação de seu 
status sorológico, é necessário realização de exames diagnósticos tendo a autorização do 
paciente para coleta da amostra. Realizar periodicamente treinamentos para que não haja casos 
decorrentes na empresa, e ser responsável por orientar e cobrar o uso de tais equipamentos 
diariamente. 
 
 
“Os RSS são classificados pela ANVISA na Resolução RDC nº 306, de 07 de dezembro 
de 2004, conforme disponível no anexo 01. Na instituição os resíduos gerados estão 
relacionados no quadro 01. Grupo A - Resíduos com a possível presença de agentes 
biológicos que, por suas características, podem apresentar risco de infecção. Grupo B - 
Resíduos contendo substâncias químicas que podem apresentar risco à saúde pública ou 
ao meio ambiente, dependendo de suas características de inflamabilidade, 
corrosividade, reatividade e toxicidade. Grupo E - Materiais perfurocortantes - 
Resíduos gerados na instituição conforme o grupo de classificação da RDC/ANVISA 
306 de 2004. Os materiais perfurocortantes devem ser descartados separadamente, no 
local de sua geração, imediatamente após o uso ou necessidade de descarte, em 
recipientes rígidos, resistentes à punctura, ruptura e vazamento, com tampa, 
identificados com símbolo internacional de risco biológico, acrescido da inscrição de 
“PERFUROCORTANTE”, sendo expressamente proibido o esvaziamento desses 
recipientes para o seu reaproveitamento. As agulhas descartáveis devem ser desprezadas 
juntamente com as seringas, quando descartáveis, sendo proibido reencapá-las, se 
necessária a sua retirada manualmente utilizar uma pinça. Os recipientes devem ser 
descartados quando o preenchimento atingir 2/3 de sua capacidade ou o nível de 
preenchimento ficar a 5 cm de distância da boca do recipiente.(NR-32,2005)”. 
 
 
REFERENCIAS 
SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO EM ESTABELECIMENTOS DE ASSISTÊNCIA A 
SAÚDE – NR-32. Disponívelem:<https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/acesso-a-
informacao/participacao-social/conselhos-e-orgaos-colegiados/ctpp/arquivos/normas-
regulamentadoras/NR-32.pdf>. Acesso em: 16, ABR e 2023.

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