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UNITPAC- CENTRO UNIVERSITÁRIO TOCANTINENSE PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS CURSO DE GRADUAÇÃO EM MEDICINA 3º Período JOSÉ ANTONIO DE SOUSA NETO MÓDULO: TICS PROFESSOR: MÁRIO DE SOUZA LIMA E SILVA GRANDES OBRAS NA AMAZÔNIA Araguaína – TO 2023 • Qual foi o impacto da ações estratégicas no controle da malária nos municípios impactados pela construção da Hidrelétrica de Belo Monte? A construção de hidrelétricas traz um influxo repentino de pessoas e de capital, além de provocar impactos ao meio ambiente, às condições de vida e, principalmente, à saúde da população, visto que estudos realizados sobre hidrelétricas na saúde humana e animal atestam o aumento no índice de doenças, de vetores e de reservatórios de doenças durante e após a finalização da construção. Nesse contexto, o Ministério da Saúde juntamente com a Secretaria Estadual de Saúde do Pará (SESPA), adotaram o Programa Nacional de Controle da Malária (PNCM) como ação estratégica de controle dessa doença, onde o diagnóstico e o tratamento adequado e imediato, aliado a medidas de controle de vetores, como a pulverização interna de inseticidas e o uso de mosquiteiros impregnados com inseticidas de longa duração em áreas suscetíveis culminaram na diminuição gradual do número de casos, hospitalizações e óbitos por malária no país. Além de aumento na construção de centros de saúde especializadas, implementação de tecnológica para os testes e tratamento de malária, aumento e capacitação de profissionais da saúde na região, aumentando a força de trabalho e a capacidade de atendimento. Outro ponto destaque, foi o fortalecimento da vigilância epidemiológica da região, que estrategicamente adotaram medidas iniciais de controle dos casos de malária e mapeando a possibilidade de possíveis surtos, mitigando sempre com ações de combate ao agente causador. O impacto dessas ações estratégicas foi a diminuição de 6.275 casos em 2011 para 79 casos em 2015 nos municípios localizados na área de influência da usina Hidrelétrica de Belo Monte, que são os municípios de Altamira, Anapu, Brasil Novo, Senador José Porfírio, Vitória do Xingu e Pacajá, todos no estado do Pará. RELAÇÃO TEÓRICO-PRÁTICA Na prática médica, a malária se apresenta com sintomas inespecíficos, sendo muitas vezes confundida por profissionais como uma simples febre alta, dor de cabeça, fadiga e sudorese e ao exame físico o paciente pode apresentar anemia, além de outros sinais sintomáticos. O diagnóstico é relaizado com uma boa anamnese, investigando locais de viagens para áreas endêmicas, além dos sinais e sintomas apresentados, é solicitado exames laboratoriais como PCR, esfregasso e hemograma completo. A partir desses exames, com a apresentação de anemias, insuficiência hepática, PCR positivo e a presença de patógeno é que se fecha dagnóstico de malária. Já sobre o tratamento, é realizado com a introdução de antiparasitários, sendo o mais comum a cloroquina e a mefloquina. Após toda a consulta, é importante que o médico oriente os pacientes sobre os métodos de prevenção da malária e controle do vetor, para qua não haja uma reinfecção e que assim, cumpra seu papel de promoção de saúde coletiva. REFERÊNCIAS GRISOTTI, MÁRCIA. A Construção de Relações de Causalidade em saúde no Contexto da Hidrelétrica de Belo Monte. Ambient. soc., São Paulo, v. 19, n. 2, p. 287- 304, June 2016. Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S14143X2016000200287&lng=en &nrm=iso>. Acesso em 28 de fevereiro de 2023. LADISLAU, José Lázaro de Brito et al. Controle da malária em área de construção de hidrelétrica no ecossistema amazônico pode dar certo?. Rev Pan-Amaz Saude, Ananindeua, v. 7, n. esp, p. 115-122, dez. 2016. Disponível em <http://scielo.iec.gov.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S217662232016000500115&ln g=pt&nrm=iso>. acesso em 28 de fevereiro de 2023.
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