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Apostila Gestão

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GESTÃO E ORGANIZAÇÃO DE 
EVENTOS ESPORTIVOS 
 
 
MATERIAL DE ESTUDO EM SALA 
CAMILA SIMÕES SEGURO 
miaseguro@hotmail.com 
Goiânia\2018
SUMÁRIO 
 
EVENTOS ESPORTIVOS ............................................................................................ 5 
Conceito de Evento .......................................................................................................... 5 
O Que são Eventos em Educação Física ............................................................................. 5 
Tipos de Eventos Esportivos ............................................................................................. 5 
A Estrutura de Organização dos Esportes Dentro da Escola ............................................... 7 
Planejamento de Eventos Esportivos .................................................................................... 8 
MODELO DE PROJETO ESPORTIVO ..................................................................... 8 
Etapas para Organização de Eventos Esportivos ........................................................ 8 
Formação da Comissão Organizadora ................................................................................... 9 
Atribuições da Coordenação geral .................................................................................. 10 
Atribuições da Coordenação Técnica .............................................................................. 10 
Atribuições da Assessoria Administrativa ....................................................................... 10 
Atribuições das Coordenações de Modalidades .............................................................. 11 
Atribuições da Coordenação Financeira .......................................................................... 11 
Atribuições da Coordenação de Alimentação .................................................................. 11 
Atribuições da Coordenação de Divulgação .................................................................... 11 
Atribuições da Coordenação de Segurança ..................................................................... 12 
Atribuições da Coordenação Médica .............................................................................. 12 
Atribuições da Assessoria de Marketing.......................................................................... 12 
Elaboração de um Chek‐List para as Providências Necessárias ......................................... 12 
Atribuições da Assessoria de Infra‐Estrutura ................................................................... 12 
Montagem do Regulamento Geral .................................................................................. 12 
Protocolo ....................................................................................................................... 13 
Cerimonial ..................................................................................................................... 13 
Primazia da direita ......................................................................................................... 14 
Ordem dos discursos ...................................................................................................... 15 
Organização dos Cerimoniais de Abertura....................................................................... 15 
Significado dos aros olímpicos ..................................................................................... 16 
Lema Olímpico .............................................................................................................. 17 
Tocha Olímpica ............................................................................................................. 18 
Significado do Juramento Olímpico ........................................................................... 19 
Hino Olímpico ............................................................................................................... 19 
Definição do Quadro de arbitragem ........................................................................... 20 
Objetivos dos Juízes: ...................................................................................................... 20 
O Árbitro ....................................................................................................................... 20 
Responsabilidade do Árbitro .......................................................................................... 21 
Fases de uma competição ............................................................................................. 21 
Sistema de Disputas ...................................................................................................... 22 
Tipos de Sistemas de Disputa ......................................................................................... 23 
Sistema Básico de Disputa de Competição ......................................................................... 23 
Eliminatórias ........................................................................................................................ 23 
Rodízio ................................................................................................................................. 24 
Preparação dos Locais de Competição ............................................................................ 25 
Realização do Congresso Técnico .................................................................................... 25 
Cerimônia de premiação ................................................................................................ 26 
Comitê de premiação ..................................................................................................... 27 
Encerramento do Evento ................................................................................................ 27 
Pódio ............................................................................................................................. 28 
Cerimônia De Encerramento .......................................................................................... 31 
Pós‐evento .................................................................................................................... 31 
Elaboração de relatórios ................................................................................................ 32 
Prestação de contas ....................................................................................................... 32 
Cartas de Agradecimento ............................................................................................... 33 
Relatório Geral .............................................................................................................. 34 
Tópicos do relatório geral: .............................................................................................. 34 
A quem se agradece ? .................................................................................................... 34 
Avaliação da qualidade .................................................................................................. 35 
ANEXOS ....................................................................................................................... 36 
 
 
EVENTOS ESPORTIVOS 
Conceito de Evento 
Evento é uma reunião na qual, pessoas convidadas participam de uma palestra, 
de uma prática esportiva, de um show, de uma discussão técnica, de uma festa etc. 
Tem como características: 
• O fato de ser um acontecimento extraordinário, ou seja, não ser cotidiano e, por 
isso, possuir uma duração determinada; 
• O fato de gerar uma grande mobilização de pessoas, de grupos de pessoas e de 
comunidades. 
 
O Que são Eventos em Educação Física 
Eventos em Educação Física são acontecimentos realizados e que possuem como 
tema ou atividade principal algo ligado à Educação Física. 
 
 
Tipos de Eventos Esportivos 
Os eventos esportivos, antes preferencialmente institucionais,passaram a ter 
finalidades predominantemente econômicas (comerciais /promocionais) ‐ com a 
intensificação das disputas pelo mercado, em face da concorrência e da crescente 
dependência das empresas com relação à opinião pública. 
• Olimpíada: evento suis generis; é ao mesmo tempo gênero e espécie (tipo) de 
evento, dado o seu caráter singular. É uma competição que reúne várias 
modalidades esportivas e consome alguns dias na realização das diversas 
categorias. Tem periodicidade própria (na origem é das mais antigas). 
• Campeonato: forma de competição em que os concorrentes se enfrentam pelo 
menos uma vez e tem uma duração relativamente longa. Recomendável quando 
há disponibilidade de tempo e de recursos. 
• Torneio: competição de caráter eliminatório, que é realizada em um curto espaço 
de tempo. Neste tipo de competição, dificilmente ocorre o confronto entre todos 
os participantes. Recomendável quando se tem pouco tempo e um grande 
número de participantes. 
• Jogos: são competições nas quais são disputadas várias modalidades desportivas 
simultaneamente. Geralmente possuem curta duração, lembrando os torneios, 
podendo, ou não, apurar um vencedor geral, além dos vencedores por 
modalidades. São os Jogos Olímpicos, os Jogos Panamericanos, os Jogos 
Escolares, os Jogos Abertos do Estado, entre outros. 
 
 
• Taça ou Copa: uma variável dos torneios ou campeonatos; com exceção dos 
eventos mais tradicionais (como a Copa do Mundo de Futebol), normalmente é 
utilizada para prestar algum tipo de homenagem ou promover algum 
patrocinador, associando sua marca ou produto ao nome do evento. 
• Festival: atividade esportiva participativa e informal. Visa a integração e a 
promoção da modalidade, além de motivar os participantes e familiares. 
• Gincana: atividade esportiva recreativa que conta com diversas estações criativas 
e/ou objetivos a serem atingidos. Voltada para o lazer. 
• Desafios: atividade normalmente individual, que tem os processos de escala 
como referência. 
• Exibição: atividade de performance individual ou coletiva, em que são 
valorizadas as destrezas do(s) participante(s), sem finalidade competitiva. 
 
Outros exemplos de eventos esportivos: 
• Olimpíadas escolares; 
• Gincana recreativa; 
• Desafios esportivos – por exemplo, competição de lances livres no basquete; 
• Torneio de futsal na escola; 
• Festival de ginástica; 
• Palestra sobre a importância da educação física para a qualidade de vida das 
pessoas; 
• Torneio de voleibol; 
• Reunião com professor de educação física de uma escola que realizará relato de 
experiência sobre como é ser um profissional que trabalha no ensino; 
• Competição de natação. 
 
A Estrutura de Organização dos Esportes Dentro da Escola 
 
O esporte escolar contribuindo de forma ampla na formação do educando tem a 
sua natureza e finalidade estabelecido de acordo com a lei Pelé A Lei 9615/98 classifica 
o esporte da seguinte forma: 
Desporto educacional: é desporto praticado nos sistemas de ensino e em formas 
assistemáticas de educação, evitando‐se a seletividade, a hipercompetitividade de seus 
praticantes, com a finalidade de alcançar o desenvolvimento integral do indivíduo e a 
sua formação para o exercício da cidadania e a prática do lazer. O desporto educacional 
não deve ser praticado com o objetivo do rendimento (a vitória a qualquer custo), mas 
sim com o objetivo de preparar a criança e o jovem para a vida esportiva como forma de 
sociabilidade. 
Desporto de participação: é o desporto que é praticado de modo voluntário, 
compreendendo as modalidades desportivas praticadas com a finalidade de contribuir 
para a integração dos praticantes na plenitude da vida social, na promoção da saúde e 
educação e na preservação do meio ambiente. Não como competição, mas como 
desenvolvimento do cidadão já formado pelo desporto educacional, quando já estará 
apto a, através do esporte, colaborar até mesmo na preservação do meio ambiente. 
Desporto de rendimento: é o desporto praticado segundo normas gerais desta Lei 
e regras de prática desportiva, nacionais e internacionais, com a finalidade de “obter 
resultados” e integrar pessoas e comunidades do País e estas com as de outras nações. O 
desporto de rendimento pode ser organizado e praticado: 
 
Planejamento de Eventos Esportivos 
O planejamento para a realização de jogos, torneios, campeonatos ou eventos 
recreativos é fundamental. Saber como e com quem vou fazer aquilo que tenho de fazer: 
Organizar‐se. Influir sobre as pessoas que trabalham comigo para que cada uma faça o 
que tem de fazer. Dirigir, propriamente dito. 
 
MODELO DE PROJETO ESPORTIVO 
 
✓ Titulo do Projeto 
✓ Descrição da atividade proposta 
✓ Entidades envolvidas 
✓ Justificativa 
✓ Objetivos: Geral e Específico 
✓ Metas 
✓ Metodologia 
✓ Recursos: Humanos, Físicos, Materiais e Financeiros 
✓ Cronograma 
✓ Avaliação 
✓ Dados pessoais do(s) coordenador(es) e assinatura. 
 
Etapas para Organização de Eventos Esportivos 
 
1º) Formação da Comissão Organizadora 
2º) Elaboração de um Chek‐List para as Providências Necessárias 
3º) Montagem do Regulamento Geral 
4º) Organização dos Cerimoniais de Abertura 5º) Definição do Quadro de Arbitragem 
6º) Sistemas de Disputas nas Competições Esportivas 7º) Preparação dos Locais de 
Competição 
8º) Realização do Congresso Técnico 9º) Realização do Evento 
10º) Encerramento do Evento 11º) Avaliação do Evento 
 
Formação da Comissão Organizadora 
Como primeira ação a ser tomada, se faz necessário a montagem da comissão 
organizadora com a definição das funções necessárias ao evento para a devida divisão 
dos afazeres. 
O planejamento é um processo ligado diretamente à direção de uma organização. 
Evidentemente, não é o único fator que determina a natureza de um cargo de direção. 
Mas, provavelmente, é o primeiro e um dos mais importantes. 
Há quatro tarefas básicas que caracterizam a função diretiva, que são comuns a qualquer 
posto de direção, não importando se estamos falando de uma empresa multinacional ou 
clube escolar esportivo. 
✓ Saber onde estou e aonde quero chegar: Planejar 
✓ Saber como e com quem vou fazer aquilo que tenho de fazer: Organizar‐se. 
✓ Influir sobre as pessoas que trabalham comigo para que cada uma faça o que tem 
de fazer. Dirigir, propriamente dito. 
 
 
 
A seguir apresentamos uma sugestão (modelo) de coordenações e suas 
respectivas atribuições. Lembramos que a quantidade de pessoal e funções designadas é 
estabelecida de acordo com o tamanho do evento, portanto, considerando a realidade de 
eventos de pequeno e médio porte algumas funções podem não serem necessárias sendo 
consequentemente extraídas deste quadro ou dependendo ainda, pode‐se atribuir outras 
diferentes encargos de acordo com os seus objetivos e suas características. 
 
• Coordenação Geral 
• Coordenação técnica 
• Assessoria Administrativa 
• Assessoria de infra‐Estrutura 
• Coordenação de Modalidades 
• Coordenação Financeira 
• Coordenação de Alimentação 
• Coordenação de Divulgação 
• Coordenação Médica 
• Coordenação de Segurança 
• Coordenação de Hospedagem 
• Assessoria de Marketing; 
• Assessoria jurídica 
 
Atribuições da Coordenação geral 
Coordenar e supervisionar diretamente os trabalhos executados pelas 
Coordenações. Decidir acerca de questões próprias da administração, organização e 
regulamento do evento, juntamente com a Coordenação técnica; 
 
Atribuições da Coordenação Técnica 
Assessorar diretamente os trabalhos da Direção Geral Elaborar toda 
programação da competição, e encaminhar à Assessoria Administrativa para emissão 
dos respectivos boletins. 
Homologar os resultados e a classificação das equipes nas diversas modalidades; 
verificar junto a Assessoria de infra‐Estrutura e Assessorias de Modalidades às 
condições dos locais das competições antes e durante o período de realização das 
mesmas. 
 
Atribuiçõesda Assessoria Administrativa 
Divulgar todos os atos administrativos exigidos no evento, Boletins Oficiais, 
Notas Oficiais, Autorizações e outros; 
Organizar e elaborar o relatório final do evento; repassar aos Assessores de 
Modalidades todo o material administrativo necessário (súmulas, canetas, réguas, etc.); 
Digitar e conferir todos os resultados da competição nas diversas modalidades, sendo 
posteriormente homologados pela Coordenação técnica e emitidos em Boletim Oficial. 
 
• Emitir as súmulas das diversas modalidades; 
• Digitar a programação dos jogos. Assessorar diretamente os trabalhos da 
Coordenação técnica; 
• Entregar todo material esportivo necessário a competição aos Assessores de 
Modalidades. 
 
Atribuições das Coordenações de Modalidades 
Coordenar as escalas das equipes de arbitragem. Acompanhar as equipes de 
arbitragem nos locais de competição, verificando o desempenho das mesmas. Decidir 
quanto às consequências técnicas das interrupções de partidas ou provas, determinadas 
pela equipe de arbitragem. 
 
Atribuições da Coordenação Financeira 
Receber valores financeiros, nas situações previstas no regulamento Geral. 
Efetuar pagamento das diárias das equipes de arbitragem, entre outros. Assessorar 
diretamente a Coordenação Geral nas questões financeiras. 
 
Atribuições da Coordenação de Alimentação 
Orientar às cozinheiras, quanto aos procedimentos relativos no preparo dos 
alimentos; Primar pela qualidade da alimentação servida aos participantes dos jogos; 
Efetuar a aquisição dos gêneros alimentícios, materiais de limpeza e outros necessários 
prestando contas à Coordenação Financeira. 
 
Atribuições da Coordenação de Divulgação 
Executar o trabalho de divulgação do evento junto à imprensa. 
 
Atribuições da Coordenação de Segurança 
Providenciar policiamento e/ou Agencias de segurança para locais de 
competição onde se fizer necessário, atendendo as informações da Coordenação Geral e 
técnica. 
 
Atribuições da Coordenação Médica 
Providenciar atendimento médico‐ hospitalar aos participantes. 
 
Atribuições da Assessoria de Marketing 
Elaborar o projeto de Marketing à procura de patrocínios para o evento. Planejar, 
supervisionar, orientar e fiscalizar a publicidade nos locais dos jogos. Atribuições da 
Assessoria Jurídica Assessorar a Comissão Organizadora nas questões jurídicas 
relativas ao evento. 
 
Elaboração de um Chek‐List para as Providências Necessárias 
 
Atribuições da Assessoria de Infra‐Estrutura 
Vistoriar e informar as condições dos locais de competição e também emitir 
relatórios com parecer acerca das condições dos referidos locais, que deverá ser 
entregue a Coordenação técnica. Após a definição da Comissão Organizadora do evento 
se faz necessário a formulação de uma lista de providências necessária à sua montagem 
e execução. Mesmo sendo um evento de pequeno ou médio porte de acordo com suas 
características, é importante estabelecer esta relação de serviços a serem executados 
para diminuir a possibilidade de erros, definindo assim já no inicio o direcionamento 
dos afazeres de cada integrante da desta comissão. 
 
Montagem do Regulamento Geral 
Dentro das providências necessárias, estabelecidas no check‐list, esta a 
montagem do regulamento geral do evento. Esta é uma ação que é geralmente uma das 
atribuições da coordenação técnica juntamente com a coordenação geral, para o 
posterior devido encaminhamento e divulgação aos convidados a participar do evento. 
 
 
 
Protocolo 
O vocábulo vem do grego aquela que possui maior precedência 
terá a primazia nos cerimoniais em que tomar parte, por exemplo
PROTÓKOLLON, sendo PROTO primeiro e KOLLON cola, assim, tem como 
significado a tira de papel que se fixava a um documento para classificá‐lo. 
É a padronização de Leis, regras, procedimentos, comportamentos, costumes e 
ritos de uma sociedade que visam organizar determinados acontecimentos. São 
utilizados diversos tipos de protocolos, por exemplo, federal, estadual, municipal, social 
e esportivo, entre outros. No meio esportivo pode‐se afirmar que o protocolo esportivo 
nasceu junto com a primeira edição dos jogos olímpicos em 776 a.C. na cidade de 
Olímpia na Grécia. 
O protocolo olímpico tem algumas diferenças do modelo sugerido, pois, além 
das peculiaridades do país sede, deve‐se levar em consideração que é uma abertura para 
mais de 200 países. Tradicionalmente, a abertura olímpica é o maior espetáculo dos 
jogos olímpicos e é televisionada para o mundo todo. 
 
Cerimonial 
Vem do latim CAERIMONIALES. É o conjunto de formalidades e normas, ou 
seja, a aplicação das regras dos mais variados protocolos em determinadas ocasiões. Os 
detalhes das cerimônias de abertura, de premiação e de encerramento são exemplos 
práticos dos protocolos esportivos. 
Em um planejamento para um determinado cerimonial, é básico verificar o local 
em que será realizado o ato e qual o dispositivo adotado ocupará lugar de honra, será a 
primeira a ser apresentada, terá o direito de discursar por último, entre outras 
prerrogativas da função que ocupa. Pode‐ se dizer que a precedência é o reconhecimento 
da primazia hierárquica dos participantes. Veja o exemplo da fórmula 1, o piloto com 
melhor tempo nos treinos oficiais terá direito a pole position, ou seja, terá a precedência 
sobre os demais carros e concorrentes com um lugar especial na largada. 
A ordem de precedência que normalmente se segue é: hierarquia, idade, sexo (a 
mulher tem precedência sobre o homem), antiguidade na função ou posto, data de 
criação (antiguidade histórica), titulação acadêmica (especialista, mestre e doutor), 
ordem alfabética e, naturalmente, o imprescindível bom senso. 
As solenidades federais são presididas pelo Presidente da República, em sua 
ausência, a presidência cabe ao Vice‐Presidente. 
As solenidades estaduais são presididas pelos Governadores, exceto quando o 
Presidente ou Vice‐Presidente estão presentes e, no município, o Prefeito sempre 
presidirá as solenidades as quais comparecer. 
Em geral, o anfitrião é o ponto de partida para organizar a precedência e, em 
casos especiais, a ordem de precedência deve ser ajustada pelo Chefe do Cerimonial 
para evitar dissabores e constrangimentos. 
Existe precedência até na utilização de automóveis, o lugar de honra é no banco de trás 
e à direita do motorista. Quem entra primeiro é o convidado e o anfitrião dá a volta e 
entra pela outra porta. 
 
Curiosidade: Nas eleições municipais de 2008, o município de Limoeiro, em Minas 
Gerais, teve dois candidatos a prefeitos empatados com 1.919 votos, assim, a vitória 
coube ao candidato que nasceu primeiro, ou seja, a precedência foi decidida na idade. 
 
Primazia da direita 
É a tradição protocolar de ceder o lado direito para a maior autoridade sempre 
que duas autoridades ocuparem um espaço similar. Sempre que possível, a maior 
autoridade ocupa o centro da mesa, do palco, etc. Em caso de duas autoridades em uma 
mesma mesa, a de menor precedência cederá o seu lado direito à maior autoridade como 
forma de cortesia protocolar. Considera‐se a direita e esquerda de um dispositivo 
usando‐se como referência um observador colocado no respectivo lugar e de frente para 
o público. Veja ainda os capítulos sobre bandeiras e pódio. A primazia da direita é 
considerada histórica, ou seja, a igreja católica sempre a utilizou. Segundo alguns 
autores, há claras passagens na bíblia que indicam a utilização deste princípio e, 
curiosamente, os manuais militares que versam sobre a disciplina, continência e sinais 
de respeito também regulamentam que o subordinado deverá ceder a sua direita às 
patentes superiores. 
 
Ordem dos discursos 
A ordem em que as autoridades falam é rigorosamente inversa a ordem geral de 
precedência. Exemplificando: quando vamos compor a mesa diretiva (mesa das 
autoridades) convidamos primeiro o governador, depois o prefeito e por últimoo 
vereador. Na hora dos discursos a ordem é inversa, fala primeiro o vereador, em seguida 
o prefeito e, por último, o governador. 
 
Organização dos Cerimoniais de Abertura 
A abertura de um evento esportivo é um momento fundamental para todos os 
envolvidos direta ou indiretamente. Quando bem planejada, ensaiada e realizada com 
sucesso se traduz em grande alegria, euforia e satisfação. 
Das cerimônias que envolvem o evento esportivo a abertura é a mais importante, 
além dos vários significados, tradições e simbolismos evocados, nesta fase, ainda existe 
a ansiedade dos organizadores, parceiros e público por ser este o momento que irá 
caracterizar o início oficial das competições. A utilização criativa dos símbolos, 
imagens, histórias, folclore interação com o público, quando bem arquitetada, fazem da 
cerimônia abertura um momento mágico e inesquecível. 
 
 
 
Os organizadores devem instituir uma comissão de cerimoniais para a realização 
e organização da cerimônia de abertura, encerramento e premiação. Esta comissão 
ficará encarregada de todo planejamento, pesquisa, avaliação e realização das 
cerimônias. Além dos aspectos operacionais e logísticos, a comissão deverá discutir e 
analisar o número de participantes nas cerimônias, criar normas, regulamentos e demais 
documentos afins. Também cabe à comissão colaborar na confecção dos convites às 
autoridades. Se for o caso, colaborar ainda na preparação e controle do quadro de 
medalhas e prestar apoio às equipes de premiação nas cerimônias específicas. 
Sequência básica de uma cerimônia de abertura: 
1º. Concentração das delegações em ordem alfabética 
2º. Concentração das autoridades em área VIP 
3º. Entrada da banda, fanfarra ou orquestra 
4º. Entrada das delegações em ordem alfabética 5º. Entrada da delegação anfitriã (Sede) 
6º. Entrada dos árbitros 
7º. Composição e/ou apresentação da mesa ou palanque 
8º. Entrada das bandeiras 
9º. Hasteamento das bandeiras 10º. Hino Nacional. 
11º. Entrada e hasteamento da bandeira do evento 12º. Entrada do fogo simbólico 
13º. Acendimento da pira* 14º. Declaração de abertura 15º. Juramento do atleta 16º. 
Juramento do árbitro 
17º. Saudações aos participantes 18º. Saídas das delegações 
19º. Eventos artísticos e apoteóticos 
 
* O acendimento da pira pode ser o último momento da cerimônia de abertura, 
entretanto, esta alteração só tem efeito quando este acendimento é realizado de maneira 
espetacular, quase mágica. As aberturas olímpicas e Pan‐americanas, em geral, são bons 
exemplos desta afirmação. Deve‐se investir neste momento, o fogo simbólico tem 
grande aceitação no imaginário do público em geral. 
20º. Encerramento do cerimonial e início das competições. 
 
Significado dos aros olímpicos 
Eles representam a união dos cinco continentes e pelo menos uma de suas cinco cores 
está presente na bandeira de cada um dos Comitês Olímpicos Nacionais vinculados ao 
COI. É a principal representação gráfica dos Jogos Olímpicos e a marca do próprio 
Comitê Olímpico Internacional. O símbolo do Comitê Olímpico Brasileiro une os aros 
olímpicos a uma representação da bandeira do Brasil. 
 
 
 
Os aros interligados simbolizam ainda o encontro dos atletas de todo o mundo 
durante a celebração dos Jogos Olímpicos. Interligados sobre um fundo branco, nas 
cores azul (Europa), amarela (Ásia), preta (África), verde (Oceania) e vermelha 
(América). Os aros olímpicos foram idealizados em 1914 pelo Barão Pierre de 
Coubertin. 
 
 
Lema Olímpico 
Assim como é comum encontrarmos slogans em nossa sociedade, os grandes 
eventos não fogem à regra e acompanham a tendência. Na Copa de 2006 criou‐se o 
slogan Tempo para fazer amigos, em Pequim 2008 o slogan era Um mundo um sonho. 
Em 2010, na Copa da África do Sul, foi utilizado o slogan: Chegou a hora de celebrar a 
humanidade da África. 
O movimento olímpico possui um tradicional lema: Citius, Altius, Fortius que 
significa, em latim, mais rápido, mais alto, mais forte. Essa citação, criada pelo Padre 
Didon, amigo do Barão Pierre de Coubertin, serve como lema do ideal olímpico e 
resume a postura que um atleta precisa ter para alcançar seus objetivos. Sua essência 
está na superação dos limites, ou seja, mais importante do que terminar em primeiro 
lugar é explorar o próprio potencial, dar o melhor de si e considerar isso uma vitória. 
 
Tocha Olímpica 
Que a Tocha Olímpica siga o seu curso através dos tempos para o bem da 
humanidade cada vez mais ardente, corajosa e pura (Barão Pierre de Coubertin). 
 
 
 
O fogo é um símbolo fundamental na história da humanidade para o olimpismo. 
É o elo entre os Jogos da Antigüidade e os Jogos da Era Moderna. A chama é acesa em 
Olímpia, na Grécia, onde se inicia o revezamento da Tocha, que passa por várias 
cidades do mundo até chegar à cidade‐sede. Nos jogos de Pequim o trajeto foi de 
137.000 km. 
O fogo sagrado, tido como elemento purificador, anuncia o começo dos Jogos e 
convoca o mundo a celebrá‐los em paz. A Tocha é transportada por atletas e cidadãos 
comuns até o local da cerimônia de abertura, quando a chama acende a Pira, no Estádio 
Olímpico, onde será apagada na cerimônia de encerramento. A cada edição, a 
cidade‐sede cria a sua própria Tocha, que ganha novos desenhos e formas e, o seu 
acendimento na cerimônia de abertura, costuma ser a grande sensação de todo o 
cerimonial. 
O acendimento do fogo simbólico costuma ser extremamente comovente nas 
aberturas esportivas, assim, dar uma atenção a este quesito é decisivo para podermos 
encantar os participantes de nosso evento e, principalmente, para não decepcioná‐ los já 
que, em geral, se espera sempre algo criativo e emocionante. 
Uma das maiores emoções ocorreu na abertura dos Jogos de 1964, em Tóquio no 
Japão. Em momento de grande expectativa Yoshinori Sakai adentra o estádio olímpico 
com a tocha em punho. O estádio olímpico de Tóquio treme com a explosão comovida 
do público. O jovem Sakai havia nascido em Hiroshima no dia em que a cidade foi 
destruída pela bomba atômica. Este é um exemplo explícito do simbolismo que existe 
no acendimento do fogo. 
Curiosidade: A primeira vez que se utilizou o fogo simbólico, na era moderna, 
foi em 1928, nas Olimpíadas de Amsterdã. O ritual foi repetido em Los Angeles, em 
1932. Nas duas ocasiões a chama foi; acesa no próprio Estádio Olímpico. O primeiro 
revezamento, que deu origem aos grandes périplos da chama, ocorreu em 1936 na 
cidade de Berlin. No dia 20 de julho de 1936, a chama foi acesa em Olímpia e entregue 
ao corredor grego Kostantin Kondylis, o mesmo teve a honra de correr o primeiro 
quilômetro de um revezamento de 3.075 km. 
 
Significado do Juramento Olímpico 
Compromisso solene feito em público, o juramento olímpico acontece desde os 
Jogos de Antuérpia em 1920. Os primeiros juramentos de 
atletas e árbitros foram escritos pelo Barão Pierre de Coubertin. Os gregos antigos já 
tinham o hábito de fazer orações no templo de Zeus para que as competições fossem 
justas e positivas. O texto atual do juramento do atleta foi modificado e atualizado pelo 
COI nos Jogos de Sidney 2000. Assim, a partir de Sidney, passou a ter uma referência 
ao desejo de competir sem recorrer às drogas. O objetivo da mudança foi ressaltar a 
importância de competir sem doping. O atual juramento, realizado durante a cerimônia 
de abertura, é o seguinte: "Em nome de todos os competidores, prometo participar 
destes Jogos Olímpicos, respeitando e cumprindo com as normas que o regem, me 
comprometendo com um esporte sem doping e sem drogas, no verdadeiro espírito 
esportivo, pela glória do esporte em honra às nossas equipes". 
Juramento da Special Olympics: Quero vencer. Mas se não puder vencer, quero 
ser valente na tentativa. 
 
Hino Olímpico 
E executado em todas as cerimônias olímpicas oficiais. Na maioria das vezes ao 
lado da bandeira olímpica. Em muitas cerimônias ele é interpretado ao vivo e emGrego. 
Foi criado na Grécia em 1896 pelo compositor Spirou Samara, com letra do músico 
Cositis Palamas. O Hino Olímpico foi adotado definitivamente pelo COI em 1958. 
 
Definição do Quadro de arbitragem 
A Comissão Organizadora designada pela entidade promotora deve ter jurisdição 
sobre todas as matérias não consignadas nas regras com referência ao Árbitro, Juízes ou 
outros oficiais e deve ter poderes para adiar competições e fixar normas de acordo 
com as regras adotadas a fim de conduzir qualquer competição. 
 
Objetivos dos Juízes: 
Promover e melhorar o evento esportivo; 
Desenvolver o interesse e a participação da competição; 
Encorajar aptidão física e melhorar a qualidade da competição; 
Promover atitudes positivas; 
Ampliar oportunidades de treinar e ganhar experiência; 
Exercer honestidade e integridade; 
Encorajar franqueza; 
Reconhecer o uso do bom julgamento; 
Demonstrar certeza; 
Admitir erros. 
O Árbitro 
Ao arbitrar, usa a personalidade da função e se transforma num personagem da 
maior importância na competição. Deve estar barbeado, limpo, higienizado, tênis limpo, 
com o melhor aspecto visual possível. Deve estar consciente do personagem – 
Respeitar para ser respeitado (o respeito adquire‐se) reler sempre as regras, decidir 
sempre com a lei e na falta dela com o bom senso, na dúvida decidir sempre a favor do 
réu. 
Observar sempre as regras e as disciplinares do Código de Justiça Desportivo – 
não favorecer nunca, julgar somente com a sua consciência, não premeditar, não pré 
julgar. Manter o moral elevado, tomar atitudes positivas e ter o cuidado para passar sem 
ser notado. Quanto ao público, não tomar nenhuma atitude (é impessoal), ouvir e calar, 
não discutir, não brigar. 
 
 
 
Responsabilidade do Árbitro 
Fazer com que a competição transcorra normalmente até o final, ficar atento a 
todos os detalhes na área da competição. Mudar, desde que, para beneficiar a rotina da 
competição. Suspender o desenrolar da competição a qualquer momento, para 
salvaguardar a integridade física dos juízes, auxiliares e atletas, por motivo de 
intempéries (vendaval, tempestade etc.) ou conflito, brigas etc. 
Conferir depois de prontos, os resultados e, só então, autorizar sua publicação. 
Só iniciar uma competição depois de vistoriar toda a área de competição. Providenciar 
socorro médico à atleta acidentado (fazendo uso do microfone). Chamar a atenção de 
modo sutil a algum auxiliar desatento. Observar com cuidado sua conduta, sua postura 
no desempenho do seu papel, não ser arbitrário, não cometer arbitrariedade. Enfim, não 
querer ser mais do que pode ser. 
 
Fases de uma competição 
As etapas em que ocorre uma competição são denominadas “fases” e começam 
com a fase inicial e culminam com a fase final. Essas fases possuem uma nomenclatura 
própria e são originadas por uma fração matemática. Por isso, quando se refere a uma 
fase da competição, como, por exemplo, oitavas de final, isso não ocorre em função da 
quantidade de participantes que estão competindo naquele momento, mas de uma 
questão técnica relacionada diretamente com a etapa do evento esportivo. Veja o quadro 
abaixo. 
 
 
Fase da 
competição 
 
Número de 
fases 
Fração que 
define a fase 
 
Nome da fase 
0 1 1/20= 1 Fase final ou fase única 
1 2 1/21= 1/2 Fase semifinal ou fase meia final 
2 3 1/22= 1/4 
Fase quarta de final ou fase um quarto 
de final 
3 4 1/23= 1/8 
Fase oitava de final ou fase um oitavo 
de final 
4 5 
1/24= 
1/16 
Fase décima sexta de final ou fase u 
décimo sexto de final 
Quadro adaptado de Nóbrega, 1991. 
 
 
O nome das fases deriva da fração que forma esta divisão, sendo o numerador o 
algarismo 1 e como divisor o algarismo 2 elevado ao número de divisões efetuadas na 
competição. 
 
Sistema de Disputas 
Sistema de disputa é um processo de apuração das classificações desejadas e 
estabelecidas nos regulamentos das competições. O seu principal objetivo é definir o 
critério para se apurar o vencedor da competição. 
 
 
 
Tipos de Sistemas de Disputa 
Existem tres tipos de sistemas de disputa: 
 
Sistema Básico de Disputa de Competição 
O sistema básico, como o próprio nome declara, foi o precursor e possibilitou a 
criação do sistema misto e do sistema derivado. É composto por duas formas de disputa: 
eliminatórias e rodízios. 
 
 
 
Eliminatórias 
A eliminatória é uma forma básica de disputa que prevê a eliminação de 
competidores após uma ou duas derrotas, permanecendo na competição apenas os 
vencedores. Constitui‐se de uma série de jogos em que o vencedor é definido pela 
eliminação dos vencidos. 
Todos os jogos de uma competição realizada sob a forma de eliminatória devem 
ter um vencedor. No caso de ocorrer empate, o regulamento da competição deve definir 
critérios para o desempate. 
As eliminatórias podem ser simples, duplas, consolação e Bagnall‐Wild. Na 
eliminatória simples, uma equipe é eliminada após a primeira derrota, e na eliminatória 
dupla uma equipe é eliminada após a segunda derrota. 
Rodízio 
O rodízio é a forma básica de disputa. 
 
Sistema Básico de Disputa de Competição 
O sistema básico, como o próprio nome declara, foi o precursor e possibilitou a 
criação do sistema misto e do sistema derivado. É composto por duas formas de disputa: 
eliminatórias e rodízios em que cada participante disputa pelo menos um jogo contra 
cada adversário. 
Ou seja, todos jogam contra todos. É também conhecida internacionalmente 
como poule. Por exemplo, numa competição escolar de voleibol entre as 7as séries do 
Ensino Fundamental, supondo que existam quatro equipes, o rodízio simples ficaria 
assim definido: 
 
Turno único 
1ª rodada 2ª rodada 3ª rodada 
7ª série A x 7ª série 
D 
7ª série B x 7ª série 
A 
7ª série D x 7ª série 
B 
7ª série B x 7ª série 
C 
7ª série C x 7ª série 
D 
7ª série C x 7ª série 
A 
 
Perceba que cada equipe jogou com as demais por uma vez, o que caracteriza o 
rodízio simples. Se todas as equipes se enfrentarem duas vezes na mesma competição, 
tem‐se o que é denominado rodízio duplo. 
No rodízio duplo a mesma competição teria a seguinte composição: 
Turno (ou 1º turno) 
1ª rodada 2ª rodada 3ª rodada 
7ª série A x 7ª série 
D 
7ª série B x 7ª série 
A 
7ª série D x 7ª série 
B 
7ª série B x 7ª série 7ª série C x 7ª série 7ª série C x 7ª série 
C D A 
Returno (ou 2º turno) 
1ª rodada 2ª rodada 3ª rodada 
7ª série D x 7ª série 
A 
7ª série A x 7ª série 
B 
7ª série B x 7ª série 
D 
7ª série C x 7ª série 
B 
7ª série D x 7ª série 
C 
7ª série A x 7ª série 
C 
 
Note que na 1ª rodada do turno, a 7ª série A jogou em casa enfrentando a 7ª série 
D, e na 1ª rodada do returno foi a vez de a 7ª série D jogar em casa contra a mesma 7ª 
série A. Assim foi entre todas as equipes participantes. 
Quando a competição é dividida em fases e os participantes separados em 
grupos, os encontros podem acontecer apenas entre os participantes do mesmo grupo. 
Quando as equipes forem de cidades diferentes. No caso do rodízio duplo, quando se 
tratar de equipes de cidades diferentes, cada equipe realiza um jogo em sua cidade e 
outro jogo na cidade do adversário. 
 
Preparação dos Locais de Competição 
 
A avaliação dos locais de competição deve ser realizada por uma Comissão de 
Vistoria que estará analisando ou observando os aspectos técnicos exigidos pela 
competição ou evento, com relação à infra‐estrutura, capacidade, custos, acessibilidade, 
transporte disponível, estacionamento, sinalização do local. 
 
Realização do Congresso Técnico 
 
 
O congresso técnico é uma reunião que antecede o evento principal, sendo mais 
característico de um evento esportivo, e tem por meta, entre outras: 
• Fazer a apresentação e a integração de dirigentes e alguns atletas das equipes 
participantes; 
• Efetivar o credenciamento de equipes e atletas inscritos; 
• Apresentar, discutir, esclarecere aprovar o regulamento e as demais normas 
técnicas do evento; 
• Realizar sorteio de equipes ou atletas, nas tabelas dos sistemas de disputa 
adotados na competição; 
• Discutir e deliberar acerca de questões novas e relevantes sobre aspectos 
técnicos da disputa; 
 
Adotar outras decisões que se fizerem necessárias para o bom andamento do 
evento. O congresso técnico deve ser bem planejado, e a data de sua realização ser 
informada oficialmente a todos os participantes, com antecedência compatível, para 
evitar atrasos e faltas de representantes, o que poderá comprometer a efetivação do 
evento. 
Deve ser bem definida a quantidade de dirigentes e até de outros participantes, 
como técnicos, atletas, palestrantes (se for relevante a participação destes) e a indicação 
de quem terá direito a opinar e a votar nas decisões que serão adotadas. O sistema de 
votação também deve ser definido logo no início dos trabalhos e seguido até o final. Por 
exemplo, pode ser definido que as decisões serão tomadas por votação no sistema aberto 
e não secreto; ou outro que for aprovado. 
 
Cerimônia de premiação 
A Cerimônia de Premiação é muitas vezes tão emocionante como a disputa da 
modalidade. A tradicional entrega das medalhas de ouro, prata e bronze nem sempre 
ocorreram como hoje em dia. Nos Jogos de 1896, em Atenas (Início das Olimpíadas da 
Era Moderna) não havia a medalha de ouro. 
 
 
Ao primeiro colocado era dada uma medalha de prata e uma coroa de louros; ao 
segundo colocado cabia uma medalha de bronze e uma coroa de louros. Já o terceiro 
colocado voltava para casa sem medalhas e sem a coroa de louros, de mãos vazias. Em 
1908, nos Jogos de Londres, pela primeira vez foi realizada a cerimônia com a entrega 
das medalhas de ouro, prata e bronze. Este modelo é seguido até hoje. 
A cerimônia de premiação é um dos momentos mais significativos de um evento 
esportivo. Deve‐se utilizar este momento para enaltecer o feito dos atletas e, sendo 
oportuno, agradecer o apoio de todos que ajudaram na realização da prova e na 
premiação. 
 
Comitê de premiação 
 
 
Nos eventos esportivos de médio e grande porte é recomendado criar um comitê 
específico para gerenciar todas as atividades de premiação. Assim, o conceito de 
premiação, com sua formalidade e importância, será amplamente divulgado e 
compreendido por todos com a eficiência e eficácia que um grupo especializado pode 
oferecer ao evento. 
 
Encerramento do Evento 
Em relação às cerimônias de encerramento, poderão ser realizadas com as 
seguintes atividades: 
• Desfile dos representantes das delegações que serão premiadas 
• Premiação aos melhores classificados (de acordo com o regulamento) 
• Procedimento de apagar a Pira Olímpica e/ou simbólica passagem da tocha 
olímpica ao promotor da próxima edição da competição. 
• Procedimento de arreamento das bandeiras e/ou passagem da bandeira oficial 
dos jogos ao promotor da próxima edição. 
• Declaração de encerramento pelo responsável geral. 
 
Pódio 
Os gregos inventaram os Jogos Olímpicos; os alemães o revezamento 
do fogo simbólico e os americanos foram os inventores da cerimônia de recebimento de 
medalhas no pódio com o hasteamento das bandeiras dos três primeiros colocados e a 
execução do hino nacional do vencedor. 
O pódio é cada vez mais popular e valorizado pela televisão e marketing 
explícito nas competições esportivas. Além disso, é o marco da celebração de mais um 
momento emocionante. É ainda, mais uma oportunidade para mostrar a competência da 
organização e as parcerias do evento (back‐drop). É uma chance de ouro para envolver 
algumas personalidades presentes pedindo para que ajudem na entrega dos prêmios e 
envolvendo‐as nas comemorações de um momento ímpar na vida de um atleta: o 
decantado louro da vitória. 
A ordem ou precedência em que os atletas (competições individuais) ou equipes 
são dispostos no pódio é a mesma do protocolo das bandeiras e da mesa diretiva, 
também é a mesma que adotam na coletiva de imprensa. É um padrão internacional, 
fácil de ser verificado em qualquer evento de qualidade, de qualquer segmento. O 
primeiro lugar ao centro e o terceiro colocado cedendo o seu lado direito ao segundo 
lugar (do ponto de vista dos atletas laureados). Esse posicionamento pode ser facilmente 
verificado nas entrevistas protocolares que ocorrem com os pilotos classificados nas três 
primeiras posições, logo após o término das corridas de Fórmula 1. 
Na hora da premiação o atleta campeão (ou equipe) perfila‐se atrás do pódio e os 
demais do lado esquerdo e direito, de acordo com a classificação. Assim postados, 
aguardam a chamada nominal do mestre de cerimônias para então subir no local 
reservado no pódio. 
A chamada dos atletas ao pódio é feita do terceiro colocado para o primeiro, pois 
a ideia é justamente valorizar o primeiro colocado e causar expectativa antes de 
informar oficialmente o nome do vencedor e, desta maneira, destacar também o terceiro 
e segundo colocados. O melhor é esperar a subida de todos laureados no pódio e só 
então iniciar a entrega dos prêmios. A ideia é valorizar ao máximo possível este 
momento especial. 
A Fórmula 1 tem como tradição premiar primeiro o campeão da prova e em 
seguida o segundo e depois o terceiro, recomenda‐se justamente o contrário, ou seja, 
que se comece pelo terceiro colocado. Ainda na F‐1, é tocado primeiro o Hino do piloto 
vencedor e, em seguida, o Hino do país sede da equipe vencedora. Aí sim! O protocolo 
é correto. 
É recomendável que se entregue primeiramente as medalhas e/ou troféus e em 
seguida as flores e prêmios afins. No caso de premiação para equipes, é melhor que 
sejam entregues primeiro os prêmios de destaques individuais (artilheiro, melhor 
jogador, troféu fair play, cestinha, etc.) e logo após as medalhas de bronze, prata e ouro 
para as equipes campeãs. Na liga mundial de vôlei se faz o contrário, possivelmente, 
para criar um clima sobre as escolhas individuais e atender a televisão. Vale insistir 
neste ponto, pensando em precedência e usando o exemplo olímpico como referência, 
comece com a premiação de menor prioridade e vá até o prêmio maior. 
A equipe de premiação deve organizar os atletas laureados, as autoridades, que 
farão a entrega dos prêmios, e a equipe de apoio com as bandejas, medalhas e outros 
prêmios. De prontidão, e, em sintonia com a locução da premiação, deve ficar a equipe 
responsável pelo hasteamento das bandeiras dos países dos respectivos atletas 
premiados. Assim, logo após a entrega das medalhas a equipe do hasteamento entra em 
ação. A coordenação da premiação deve providenciar com antecedência os hinos ou 
músicas que serão tocados durante a premiação ou hasteamento. 
Também deve ser estudada a possibilidade de fazer uma entrega conjunta para 
homens e mulheres. A corrida de São Silvestre, realizada no último dia do ano em São 
Paulo, fornece um excelente exemplo dessa possibilidade ao premiar conjuntamente os 
cinco melhores de ambas as categorias. 
Considere ainda, a possibilidade de usar a coroa de louros. Alguns atletas, 
desconhecendo o valor histórico e tradicional de tal ato, não apreciam muito a coroa. 
Desse modo, vale lembrar que a coroa de louros representava a vitória na Grécia e 
Roma antigas. Entre os romanos, quando um comandante ganhava uma batalha, enviava 
para o Senado um pergaminho envolto em folhas de louro, informando a vitória 
ocorrida. Na Grécia antiga os atletas não recebiam medalhas e sim a coroa de louros. 
Atualmente em Atenas, quando se usa tal honraria como símbolo de distinção e glória, a 
coroa é feita de ramos de oliveira, árvore símbolo e protetora da cidade. Curiosidade: 
Tenha muita atenção ao entregar prêmios que possuem a categoria escrita. Entregar o 
prêmio com a categoria errada é muito comum nos eventos, bem como, é um equívoco 
fácil de ser evitado. Em Pequim, César Cielo conquistou a primeira medalha deouro da 
história da natação brasileira, entretanto, os organizadores se equivocaram e entregaram 
a ele uma medalha escrita "50 m livre feminino". Após o pódio, hino e fotos, os 
organizadores foram informados do equívoco e corrigiram a falha rapidamente. 
Segue quadro com a posição correta dos pódios para o momento da premiação. 
O pódio, como parte integrante de um evento esportivo, ainda é pouco explorado do 
ponto de vista da criatividade. Recentemente a ginástica artística, com muita 
criatividade, inovou ao criar a ideia de não divulgar antecipadamente o nome da 
campeã, ou seja, as duas melhores da prova se dirigiam para o pódio e aguardavam a 
subida mecânica do mesmo, a campeã era apresentada ao público pela altura que o 
pódio atingia e parava. Deste modo, a atleta que estava no pódio mais alto era aclamada 
campeã. 
Já no hipismo, a tradição manda que o cavaleiro vá receber o prêmio montado 
em seu cavalo. Ao chegar próximo ao local da premiação, o cavaleiro desmonta e segue 
até o pódio para receber suas honrarias. Enquanto ocorre a cerimônia o cavalo 
permanece o tempo todo próximo ao local. 
Outra possibilidade a ser analisada é incluir na premiação a cerimônia das flores, 
ou seja, logo após a competição os atletas vencedores se dirigem a um pódio específico 
e no local recebem algumas flores pelas conquistas. A premiação oficial ocorrerá só 
depois de algumas horas em local festivo e adequadamente preparado para uma 
premiação exclusiva ou várias premiações relativas ao dia de competição. 
Por se tratar de um momento tradicional, recomenda‐se um traje elegante. Na 
maioria das vezes um bonito agasalho desportivo resolve o problema. Como a 
premiação, em geral, é feita logo após o jogo final, recomenda‐se um pequeno intervalo 
para o atleta fazer uma rápida higiene, trocar de roupa e voltar pronto para a cerimônia, 
foto, televisão e, quiçá, para a história. 
 
 
Cerimônia De Encerramento 
A cerimônia de encerramento não possui o glamour da abertura, e ainda, muitas 
vezes é vinculada à cerimônia de premiação dos eventos esportivos. O ideal é separar a 
cerimônia de premiação da cerimônia de encerramento. Ê claro que se deve pensar nas 
variáveis: objetivo, dinheiro, retorno, interesse, perfil do evento, entre outros. 
É na cerimônia de encerramento que se entregam as últimas premiações da 
competição e se destacam os principais atletas nas diversas categorias previstas pelo 
regulamento. E um momento ímpar para agradecer as instituições e entidades que 
apoiaram o evento, bem como, dar um destaque especial aos voluntários que, 
tradicionalmente, participam de maneira decisiva e motivada na organização da maioria 
dos eventos. 
Sequência básica da Cerimônia de Encerramento: 
1. Entrada dos atletas presentes 
2. Premiação dos destaques 
3. Premiação final 
4. Homenagens aos parceiros do evento 
5. Arriamento das Bandeiras 
6. Passagem da bandeira, flâmula ou símbolo do evento aos organizadores da 
próxima edição 
7. Saudação e agradecimento 
8. Extinção do fogo simbólico 
9. Retirada dos atletas 
10. Apresentações artísticas e confraternização. 
 
Pós‐evento 
Uma das características mais interessantes dos eventos esportivos é a 
possibilidade de o patrocinador, sua marca ou seu produto tornarem‐se partes 
integrantes da experiência, da identificação e das emoções vividas pelos torcedores, 
durante a realização de uma dada competição esportiva. 
Ao associar a imagem do empreendimento às marcas que investiram na sua 
realização, forma‐se um elemento decisivo na estratégia de valorização, divulgação e se 
necessário, rejuvenescimento das empresas e de seus produtos e serviços. 
Para coroar de êxito tal experiência, dando legitimidade e concretude aos 
objetivos eventualmente alcançados, é fundamental que os organizadores consagrem 
tempo e esforços à tarefa de consolidação final do evento, promovendo atividades de 
encerramento das ações desenvolvidas. 
 
Elaboração de relatórios 
Existem formulas bastante plurais de confeccionar relatórios de avaliação de 
eventos. Das mais simples às mais sofisticadas, as possibilidades irão variar em função 
da dimensão do empreendimento, no nível de competência dos envolvidos, dos recursos 
alocados para a finalidade, dentre outro fatores. 
• Regulamentos, códigos e normas técnicas 
• Locais das competições e demais atividades 
• Tabela de jogos e resultados 
• Relação de vencedores e premiados 
• Classificação final 
• Estimativa de público 
• Registro de cerimonial e apresentações artísticas 
• Material gráfico e outros formatos de divulgação 
• Prestação de contas 
• Custo estimado e final 
• Bens adquiridos 
• Cronograma e execução 
• Ofícios e cartas de agradecimento 
• Clipping (eletrônico e impresso) 
• Pesquisas de avaliação (satisfação, recall) 
 
Prestação de contas 
A supervisão financeira terá administrado os fluxos de recursos econômicos do 
evento, perpassando todas as fases do trabalho de organização, desde o período anterior, 
de planejamento, passando pela sua execução, até finalizá‐lo. Seu papel é crucial no 
fechamento e avaliação de toda a empreitada. Da supervisão financeira e sua 
administração resultam as condições materiais de viabilidade. 
Itens do relatório de contas: 
1. Entradas e saídas 
2. Saldo bancário 
3. Contas a receber 
4. Contas a pagar 
5. Notas fiscais 
6. Tributos 
7. Resumo financeiro (balanço) 
 
Cartas de Agradecimento 
Outro mecanismo importante de conclusão do evento é a formalização, através 
de ofícios solenes, dos agradecimentos a todos aqueles que, de alguma maneira 
contribuíram para sua realização. 
 
Relatório Geral 
A proposta básica do relatório é reunir, ao final de cada evento, uma gama de 
variáveis com a avaliação dos resultados obtidos. Tudo que tenha ocorrido de relevante 
poderá interessar à confecção do relatório. O que determinará a inclusão ou a supressão 
de informações é o objetivo dos organizadores. 
 
Tópicos do relatório geral: 
• Pesquisa inicial 
• Memorial do projeto 
• Membros do comitê organizador 
• Patrocínios e convênios 
• Relação de participantes 
 
Da equipe de colaboradores aos participantes, dos prestadores de 
serviços aos patrocinadores, enfim, o retorno conferido aqueles que colaboraram para a 
efetivação da atividade não pode faltar. 
O formato, bem como o conteúdo do documento que irá exteriorizar o 
agradecimento é variável. 
De uma simples carta manuscrita (com o papel timbrado do evento) a recursos 
mais elaborados, como vídeos editados (com as imagens do evento), álbuns de fotos ou 
mesmo algum outro tipo de lembrança (de um bom presente a um simples souvenir) o 
objetivo é registrar a importância daquele a quem se está agradecendo para o sucesso do 
empreendimento. 
 
A quem se agradece ? 
• Autoridades 
• Participantes 
• Colaboradores (equipes de trabalho) 
• Prestadores de serviço 
• Patrocinadores, apoiadores e demais parceiros 
• Imprensa 
Avaliação da qualidade 
De certa forma, um evento começa com uma pesquisa e termina com outra. E 
embora as propostas de uma e outra sejam distintas, ambas acabam conferindo ao 
organizador, subsídios fundamentais a realização do evento. 
Uma pesquisa visa a construção de conhecimentos, que tem como metas 
principais gerar novos conhecimentos e/ou corroborar ou refutar algum conhecimento 
pré‐existente. É basicamente um processo de aprendizagem tanto do indivíduo que a 
realiza quanto do empreendimento no qual esta se desenvolve. 
A principal razão que atende a pesquisa de avaliação final do evento é 
corroborar de maneira instrumental os acentos e erros do evento, podendo ainda se 
voltar para delinear novas perspectivas de ação para iniciativas futuras. 
O objeto da pesquisa de avaliação pode ser qualitativo ou quantitativo, 
dependendo do objetivo dos organizadores do evento –isto é, do que se quer saber. A 
mensuração da satisfação dos participantes podeser um diferencial de eventos bem 
sucedidos em relação a outros. A organização precisa ter essa mensuração externa por 
uma ou todas as razões seguintes: Satisfação é frequentemente equiparada a qualidade; 
O compromisso com um programa de pesquisa demonstra responsabilidade; apenas 
mensurações internas podem ser inadequadas ou impróprias; Ouvindo o 
“cliente” o evento passa a ser uma voz ativa no mercado; Um programa de satisfação é 
uma poderosa ferramenta para estimular a melhoria dos produtos ou serviços; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANEXOS

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