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Apostila_Aulas_de_Redes_Industriais

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ARA0157 – REDES INDUSTRIAIS 
Prof. Ms. Pedro Gabriel Calíope Dantas Pinheiro 
 
 
4. BARRAMENTOS E PROTOCOLOS MAIS UTILIZADOS 
O protocolo HART: 
O protocolo HART recebe essa sigla devido a seu nome em inglês, Highway Addressable Remote 
Transducer. Ele foi criado na década de 1980 pela empresa Rosemount Inc. e o principal objetivo de 
seu desenvolvimento foi integrar uma série de instrumentos de medição. Inicialmente o HART era um 
protocolo proprietário, ou seja, era necessária a aquisição perante a empresa para que fosse utilizado. 
Porém em 1990 ele foi disponibilizado para uso gratuito, o que ajudou consideravelmente a sua 
popularização. 
Após ser disponibilizado de maneira gratuita, foi formado o HART Users Group e, em 1993, a marca 
e todos os seus direitos referentes ao protocolo foram transferidos para a HART Communication 
Foundation. 
O HART é um protocolo que utiliza um padrão de comunicação bidirecional, que permite assim a 
troca de dados entre instrumentos de campo e sistemas de supervisão e controle. Uma de suas 
vantagens é a possibilidade do uso dos instrumentos sobre os cabos de circuitos 4-20mA. Em alguns 
casos, os circuitos 4-20mA podem ser utilizados simultaneamente ao protocolo HART. 
 
Mas o que seriam esses circuitos 4-20mA? 
São circuitos utilizados para interligar sensores de diversos tipos (pressão, tensão, corrente, nível, 
temperatura, entre outros). Eles recebem um sinal do transdutor e o convertem em um sinal de 
corrente da seguinte forma: 4mA para o valor mínimo e 20mA para o valor máximo a ser medido pelo 
sensor. 
Os valores intermediários normalmente são proporcionais, com função de transferência linear 
(reta). Se esse não for o caso, a função de transferência deve ser conhecida para que se efetue a devida 
correlação entre a corrente e a grandeza que está sendo medida. 
Assim, a corrente de 4mA corresponderia a 0% da medida em questão, o mínimo possível, e o valor 
de 20mA corresponderia a 100% dessa mesma medida, o valor máximo possível. Isso ocorre porque a 
medida em questão foi convertida para um sinal de corrente elétrica. 
 
 
 
ARA0157 – REDES INDUSTRIAIS 
Prof. Ms. Pedro Gabriel Calíope Dantas Pinheiro 
 
 
 
Outra questão levantada é o motivo de se utilizar a corrente em vez da tensão. 
 Os sinais de corrente não sofrem o efeito da queda de tensão na linha e nos demais elementos 
do circuito. 
Caso se optasse por um sinal de tensão, para cada comprimento de linha de transmissão seria 
necessário que fossem utilizadas diferentes quedas de tensão, o que traria complicações difíceis de 
superar. Assim, desde que a fonte de alimentação suporte o total das quedas de tensão, poderemos 
inserir elementos em série com a linha de transmissão, sem alterar o sinal que está sendo transmitido. 
O protocolo HART utiliza um sinal modulado em frequência, ou FSK (Frequency Shift Keying) e 
é sobreposto ao sinal analógico de 4-20mA. Quando se deseja enviar um bit qualquer, emprega-se um 
sinal senoidal de 1mA pico a pico. Para o bit 0 é utilizada uma frequência de 2400Hz e para o bit 1, a 
frequência de 1200Hz. 
A fim de utilizar o protocolo HART ao mesmo tempo que o circuito 4-20mA realiza suas funções 
originais, é possível fazer a ligação de apenas um escravo. Já quando é utilizado o método multdrop 
ou múltiplos escravos, o sinal analógico é desprezado. 
A corrente que era usada na comunicação analógica fica definida em 4mA para alimentar os 
dispositivos; já os sinais de controle são transmitidos nas frequências conhecidas 1200-2400KHz. Esse 
modo suporta até quinze dispositivos. 
 
Os métodos utilizados no protocolo HART são: 
 
Mestre-escravo: Este é o método padrão. Os ciclos de pedido e recebimento de dados dura 
aproximadamente 500ms, o que implica a leitura de apenas dois valores por segundo. Com o uso do 
modo Burst ou broadcast, o dispositivo passa a poder enviar de forma periódica o valor de uma 
variável. No intervalo entre esses envios o mestre pode executar um ciclo de pergunta e resposta. A 
taxa de transmissão nesse caso se eleva para três ou quatro por segundo. O mestre pode enviar uma 
mensagem para interromper esse envio contínuo de mensagens segundo sua conveniência. Cada 
mensagem pode comunicar o valor de até quatro variáveis. Cada dispositivo HART pode ter até 256 
variáveis; 
 
 
ARA0157 – REDES INDUSTRIAIS 
Prof. Ms. Pedro Gabriel Calíope Dantas Pinheiro 
 
 
Mestre-escravo em multidrop: Quando usando uma topologia do tipo multidrop,a rede HART suporta 
até quinze instrumentos de campo. Apenas o modo mestre-escravo pode ser utilizado. Nesse caso o 
valor da corrente é mantido no seu nível mínimo de 4mA e o valor da PV deve ser lido através de uma 
mensagem explícita. 
A estrutura física do protocolo HART utiliza cabos de par trançado, que podem ser ou não 
blindados, e isso interfere de maneira significativa na distância de transmissão. Os blindados podem 
transmitir a uma distância de até 3km; já os não blindados têm um limite de 1,5 km. 
 
O protocolo MODBUS 
 
O protocolo MODBUS foi desenvolvido em 1979 pela Modicon, atualmente Schneider Electric. 
Mais tarde, em 2004, a Schneider transferiu o gerenciamento do protocolo para a Modbus 
Organization. Inicialmente esse protocolo foi criado visando o uso em seus próprios dispositivos. 
Apesar de a princípio ser um protocolo proprietário, o MODBUS passou a ser um protocolo aberto, 
podendo assim ser utilizado por qualquer empresa. Isso acabou sendo de grande importância para a 
popularização do 
protocolo, que hoje é considerado um dos mais utilizados no meio industrial, sendo aplicado por 
milhares de indústrias. 
Após ser inicialmente projetado para comunicação serial entre controladores lógicos programáveis 
(PLC), foi expandido para ser utilizado na comunicação entre dispositivos como sensores e atuadores 
e até mesmo sistemas supervisórios. 
Apesar de o protocolo não ter a camada física definida, modos usuais de comunicação como o RS-
232, RS-485 e Ethernet costumam ser aplicados. O mecanismo de controle de acesso é do tipo mestre-
escravo ou cliente-servidor. O mestre, comumente representado por um PLC ou um sistema 
supervisório, envia mensagens solicitando aos escravos que enviem os dados lidos pelos instrumentos 
de campo ou envia sinais a serem escritos nas saídas para o controle dos atuadores. Esse protocolo 
possui códigos específicos para comunicação, entradas e saídas, por dados digitais ou analógicos. 
O MODBUS é um protocolo mestre-escravo. Nesse caso os escravos não podem se comunicar de 
maneira direta, e toda comunicação precisa obrigatoriamente ser enviada ao mestre para que ele 
encaminhe para outro escravo, pois os mestres podem enviar ou solicitar informações dos escravos. 
ARA0157 – REDES INDUSTRIAIS 
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Esse envio ou solicitação pode ocorrer de maneira isolada ou pelo método broadcast, em que a 
solicitação é enviada a todos de simultaneamente. 
Para enviar ou solicitar uma informação de determinado escravo, é necessário o uso de um 
endereço, visto que todos estão ligados em uma rede bidirecional em barramento. Cada escravo terá 
um endereço, que pode variar de 1 a 247. Logo, até 247 escravos podem ser utilizados em uma rede 
desse tipo. 
✓ MODBUS RTU: Todos os dados do quadro são transmitidos em binário, seguidos de um CRC. O 
modo RTU também é chamado de ModBus-B ou Modbus binário e é o modo preferencial. 
✓ MODBUS ASCII: As mensagens contêm dados do quadro codificados em ASCII. Os dados no 
protocolo MODBUS são enviados por meio de um quadro de dados, que é formado pelos 
seguintes campos: 
Quadro do mestre 
✓ Endereço (ou Address): neste é definido o endereço do escravo desejado, de 1 a 247, ou é 
utilizado 0 para que o comando 
chegue a todos os escravos, broadcast. 
✓ Código de função (ou Function Code): determina um dado comando de leitura ou escrita no 
escravo.✓ Dados (ou Data): dados a serem escritos no escravo caso o comando seja de escrita, ou dados 
específicos de leitura caso o comando seja de leitura. 
✓ Palavra de controle (ou CRC): dois bytes calculados para detectar erros de transmissão, 
utilizando CRC-16. Esse valor é calculado a partir de todos os grupos de 16 bits (2 bytes) do 
quadro, excluindo obviamente o próprio CRC. No escravo, esse valor é calculado outra vez e 
comparado ao valor enviado. 
Quadro do escravo 
✓ Dados (ou Data): dados solicitados ao escravo caso o comando executado tenha sido de leitura, 
ou o eco do valor escrito caso o comando tenha sido de escrita. 
✓ Palavra de controle (ou CRC): dois bytes calculados para detectar erros de transmissão, 
utilizando CRC-16. Esse valor é calculado a partir de todos os grupos de 16 bits (2 bytes) do 
quadro, excluindo obviamente o próprio CRC. No mestre, este valor é calculado outra vez e 
comparado ao valor enviado. 
ARA0157 – REDES INDUSTRIAIS 
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Foundation Fieldbus: 
A Foundation Fieldbus (FF) é um padrão aberto o qual engloba diversas tecnologias aplicadas 
no controle de processos e automação industrial: 
✓ Processamento distribuído 
✓ Diagnóstico avançado 
✓ Redundância 
 
A FF é um sistema heterogêneo e distribuído. O sistema é composto por softwares de 
configuração e supervisão, equipamentos de campo, interfaces de comunicação e supervisão e 
usa como fonte de alimentação a própria rede de conexão. 
 
Os equipamentos de campo têm como uma de suas principais funções executar a aplicação de 
controle e supervisão do usuário que foi distribuída pela rede. Esta função pode ser descrita como 
sendo a principal diferença entre FF e outras tecnologias como Hart ou Profibus, as quais tem uma 
dependência de um controlador central para executar os algoritmos. 
 
Algumas características do sistema analógico 4 – 20mA foram mantidas 
pelo FF: 
✓ Interface física padronizada do cabeamento; 
✓ Dispositivos alimentados por um único par de cabos; 
✓ Opções de segurança intrínseca. 
Apesar destas características mantidas do sistema 4 – 20mA a FF também oferece alguns 
benefícios adicionais e funcionalidades aos usuários. 
 
➢ Alimentação pelo par de cabos do sistema e possibilidade de segurança intrínseca para uso 
em áreas perigosas; 
➢ Estruturação com topologia em barramento ou árvore, podendo fazer uso de múltiplos 
mestres no barramento de comunicação; 
➢ Comportamento determinístico, mantendo a redundância em vários níveis; 
➢ Interfaces padronizada para facilitar a interoperabilidade; 
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➢ Possibilidade de modelagem de aplicações a partir do uso de linguagem de blocos funcionais; 
➢ Recomenda-se o uso de cabos de par trançado com blindagem STP. 
 
O padrão FF segue o padrão IEC 61158 e apresenta dois tipos de aplicação: H1 e HSE. 
FF H1: 
✓ Observa-se uma rede de transmissão de dados em tempo real para comunicação com 
equipamentos de instrumentação e controle de plantas industriais. 
✓ Entre esses equipamentos podem ser observados transmissores atuadores e controladores, 
podendo ser utilizados em aplicações que tenham demanda de especificações com relação 
aos requisitos de segurança. 
✓ A taxa de transmissão verificada é de 31,25kbps e interconecta dispositivos de campo. 
 
FF High Speed Ethernet (HSE): 
✓ Pode ser observada uma rede de transmissão mais veloz, a qual pode trabalhar a 100Mbits/s. 
✓ Este tipo também fornece integração de controladores de alta velocidade (CLP), servidores, 
subsistemas FF por meio de dispositivos de acoplamento e estações de trabalho. 
 
Interbus: 
✓ Uma das primeiras plataformas FieldBus a adquirir popularidade. 
✓ Continua a ser popular, principalmente por causa da sua versatilidade, velocidade, capacidade de 
diagnóstico e autoendereçamento. 
✓ Cada nó escravo tem dois conectores, um para receber dados e outro que passa o dado para o 
próximo escravo. 
✓ A informação de endereçamento não está contida neste protocolo. 
✓ Os dados neste protocolo são passados na rede de uma maneira circular e o mestre é capaz de 
determinar que nó está sendo lido ou escrito. Isso é realizado a partir da identificação da sua 
posição no anel. Portanto, o protocolo tem uma sobrecarga mínima. 
✓ Para instalações típicas que incorporam algumas dezenas de nós, e talvez uma dúzia de entradas e 
saídas por nó, poucos barramentos são tão rápidos quanto o Interbus. 
✓ Devido a sua topologia, o Interbus tem duas outras vantagens: 
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➢ Um mestre pode ser configurado sozinho devido à topologia em anel 
➢ Possibilidade de se obter informações precisas sobre a falha ocorrida. 
 
✓ O uso do Interbus facilita de maneira significativa o uso de entradas e saídas digitais e analógicas. 
✓ É encontrado em máquinas de montagens, solda e manipulação de materiais. 
 
✓ Outros exemplos onde pode ser verificado o uso do Interbus: 
➢ Sensores multientrada; 
➢ Válvulas pneumáticas; 
➢ Leitores de código de barras; 
➢ Drivers; 
➢ Interfaces com o operador. 
 
✓ A tabela a seguir apresenta algumas características do protocolo Interbus: 
 
 
PROFIBUS (Process Field Bus): 
✓ O PROFIBUS surgiu em 1987 na Alemanha a partir de uma iniciativa conjunta de fabricantes e 
usuários juntamente com o governo alemão. 
✓ É um protocolo aberto utilizado em plantas industriais para diversas aplicações em automação de 
processos. 
✓ Destaca-se por atuar nos diversos níveis do processo industrial: ambiente de fábrica, processo e 
gerência. 
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✓ Oferece características diversas de protocolos de comunicações, as quais são observadas nos tipos 
descritos a seguir: 
➢ PROFIBUS DP (Descentralized Peripherical): é o mais usado dentre os protocolos, ele é 
caracterizado pela velocidade, eficiência e baixo custo de conexão. Foi projetado 
especialmente para comunicação entre sistemas de automação e periféricos distribuídos; 
➢ PROFIBUS FMS (Field Message Specification): é um protocolo de comunicação geral para as 
tarefas de comunicações solicitadas. FMS oferece muitas funções sofisticadas de aplicações 
para comunicação entre dispositivos inteligentes; 
➢ PROFIBUS PA (Process Automation): Este protocolo define os parâmetros e blocos de funções 
dos dispositivos de automação de processo, tais como transdutores de medidas, válvulas e IHM 
(Interface Human Machine); 
➢ PROFINet (Profibus for Ethernet): Comunicação entre CLPs e PCs usando Ethernet/TCP-IP; 
➢ PROFISafe: para sistemas relacionados a segurança; 
➢ PROFIDrive: para sistemas relacionados a controle de movimento. 
 
Os meios de transmissão mais aplicados nos protocolos PROFIBUS são: 
✓ RS-485: Destaca-se por utilizar um cabo de par trançado, possibilitando taxas de transmissão de 
até́ 12Mbps; 
✓ RS-485-IS: É um meio de transmissão a 4 fios para uso em instalações de risco; 
✓ MBP (Manchester Code Bus Powered): É um meio de transmissão usado em aplicações na 
automação de processos que necessitem de alimentação através do barramento e segurança 
intrínseca dos dispositivos; 
✓ Fibra Ótica: É ́utilizada em áreas com alta interferência eletromagnética ou onde grandes distâncias 
são necessárias. 
 
 
 
 
 
 
 
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Prof. Ms. Pedro Gabriel Calíope Dantas Pinheiro 
 
 
Comparação entre os meios de transmissão: 
 
 
✓ O protocolo PROFIBUS utiliza um modelo de comunicação mestre-escravo. Este modelo pode 
utilizar apenas um mestre (monomestre) ou múltiplos mestres (multimestre). 
✓ Para que seja possível utilizar o modelo multimestre, faz-se necessário o uso do token. 
 
✓ O token controla o acesso dos mestres ao barramento. A comunicação entreos mestres e os 
escravos é feita através do processo de varredura. Versões mais avançadas permitem a 
comunicação acíclica entre mestres e escravos, além da possibilidade de comunicação entre os 
escravos, o que diminui o tempo de resposta na comunicação. 
 
Actuator Sensor Interface (AS-I) 
✓ Desenvolvida por um consórcio de 11 empresas europeias e introduzido no mercado em 1993. 
Esta interface prometia uma solução inovadora para o controle de sensores e atuadores em redes 
industriais. 
✓ Inicialmente foi concebida para interligar via rede, elementos periféricos que requerem uma 
informação mínima para operar, como sensores e atuadores. 
✓ Utiliza o princípio do cabo comum, onde são conectados todos os elementos periféricos. 
✓ O cabo é composto por dois condutores não blindados e é utilizado também para alimentação dos 
escravos, podendo ter até́ 100 metros de comprimento. 
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✓ Através do uso de repetidores é possível expandir esse comprimento até 500 metros. 
✓ A tecnologia AS-I é compatível com a maioria dos barramentos de campo ou rede. 
✓ Existem gateways para ligação a CAN/Open, Profibus, Interbus, FIP, LON, RS485, RS232 e E/S 
remotas. 7 
✓ Desenvolvida como um sistema mestre/escravo utilizando apenas um mestre por rede para 
controlar a troca de dados. 
✓ O mestre executa uma varredura cíclica dos escravos, de maneira a solicitar uma resposta de cada 
escravo de maneira sequencial. O mestre possibilita as funções de diagnóstico, monitoramento 
contínuo da rede, reconhecimento de falhas e atribuição de endereço correto quando um nó é 
removido para manutenção. 
 
 
 
✓ Além disso, a AS-I possibilita a troca ou adição de escravos durante uma situação normal de 
operação, sem afetar na comunicação com os outros nós. Cada dispositivo tem um endereço único 
na rede. 
 
ControlNet 
✓ Desenvolvida por uma empresa do grupo Rockwell Automation chamada Allen-Bradley em 1995. 
✓ Inicialmente desenvolvida como um protocolo proprietário, tornou-se um protocolo aberto já em 
1996. 
✓ Passou a ser controlada pela ControlNet International. 
 
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✓ Características compatíveis com as aplicações que necessitam de determinismo, repetibilidade, 
alta taxa de transmissão (throughput), envio de dados a grandes distâncias (chegando a 30km) e 
sincronismo. 
✓ Redes com este protocolo encontram-se no nível de controle, com transferência de dados em 
tempo real, provendo transportes de dados críticos de entradas e saídas e mensagens, incluindo o 
upload e download de programação e configuração de dispositivos. 
✓ Os meios físicos utilizados em redes deste tipo são cabo coaxial com conector bnc e fibra ótica. 
 
 
 
✓ Com relação ao modo de envio de dados, as conexões possuem dois tipos: 
➢ Unscheduled (Não Agendada): Dados enviados pelo usuário do programa ou pela interface 
homem/máquina por solicitação em demanda. A conexão é fechada quando não utilizada por 
um determinado intervalo de tempo; 
➢ Scheduled (Agendada): Dados são enviados repetidamente em taxas configuradas e 
predeterminadas. A conexão permanece aberta enquanto o gerador da conexão estiver ativo. 
✓ Utiliza o protocolo de acesso ao meio denominado de Concurrent Time Domain Multiple Access, 
onde as informações críticas são enviadas durante a parte agendada do intervalo da rede. 
✓ A largura do intervalo de acesso a rede pode ser determinada pelo usuário através da seleção de 
um parâmetro chamado NUT (Network Update Time). 
✓ O valor mínimo adotado para este valor é de 2ms. 
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DeviceNet 
✓ Desenvolvida pela Allen-Bradley, em 1994. 
✓ É uma rede a nível operacional, a qual foi desenvolvida com base no 
protocolo CAN (Controler Area Network), o qual apresenta boa velocidade 
de resposta e elevada confiabilidade. 
✓ Este protocolo se tornou aberto a partir da criação da Open DeviceNet 
Vendors Association. 
✓ Ele permite conectar diversos dispositivos industriais (sensores de 
posição, fotoelétricos, interfaces homem-máquina) a uma rede. 
✓ Assim, torna-se possível a comunicação entre dispositivos e o diagnóstico 
de falhas. 
✓ O DeviceNet apresenta algumas características importantes, como a 
possibilidade de remover e substituir equipamentos em redes 
energizadas. 
 
 
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Prof. Ms. Pedro Gabriel Calíope Dantas Pinheiro 
 
 
✓ Principais vantagens do DeviceNet 
➢ Baixo custo; 
➢ Alta confiabilidade; 
➢ Uso eficiente da rede; 
➢ Alimentação disponível na rede. 
 
✓ Principais vantagens do DeviceNet 
➢ Alcance máximo; 
➢ Limite do tamanho da mensagem; 
➢ Limite de largura de banda. 
 
Rede Controller Area Network (CAN) 
✓ Sistema de comunicação serial, desenvolvido pela empresa Bosch, concebida inicialmente para 
aplicações distribuídas de sistemas automotivos. 
✓ Posteriormente padronizado pela SAE (Society of Automotive Engineers) e pela ISO (International 
Organization for Standardization). 
✓ Seu sucesso em aplicações automotivas foi tamanho que logo chamou a atenção da indústria de 
processos e transformação, que começou a adotá-lo em diversas aplicações. 
➢ Veículos; 
➢ Sistema de Controle Industrial; 
➢ Automação Predial; 
➢ Aplicações Específicas 
 
 
 
 
 
 
 
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Características do CAN: 
✓ Acesso à rede baseado em conceito multimestre: Todos os módulos podem ter acesso ao 
barramento e transmitir uma mensagem assim que o barramento estiver livre. Além disso, vários 
módulos podem solicitar à rede simultaneamente. No momento da transmissão simultânea de 
vários módulos, o que tiver a mais alta prioridade momentânea recebe o direito de acesso à rede; 
✓ Transmissão do tipo multicast: neste tipo de transmissão, todos os módulos enviam ao mesmo 
tempo. Para selecionar as informações, um filtro é aplicado para identificar as informações 
importantes para cada módulo; 
✓ Arbitragem do barramento sem perda: esta é uma filosofia de acesso ao meio CSMA/BA (Carrier 
Sense Multiple Access with Bit Wise Arbitration), na qual é feita uma análise da prioridade de 
transmissão. O que tiver prioridade maior continuará enviando a sua mensagem; 
✓ Taxa de transmissão programável entre 5Kbps e 1Mbps; 
✓ Protocolo digital e comunicação serial síncrono; 
✓ Protocolo de detecção de erros; 
✓ Retransmissão automática de mensagens corrompidas. 
 
Camada Física: 
✓ Meio: Par trançado blindado ou 2 ou 4 fios (para fonte auxiliar). 
✓ Topologia: Barramento, Derivações curtas, Resistor de terminação 120 ohm. 
✓ Distância máxima: 1000m. 
✓ Taxa de transferência: 10kbps para 1000m até 1Mbps para 25m. 
✓ Número máximo de dispositivos: 128, sendo 1 mestre e 127 escravos 
✓ Conectores: 
➢ DB-9: Conector 9 pinos DIN41652. 
➢ RJ-45: Par trançado de 8 vias. 
➢ Micro M-12: Conector circular 5 pinos. 
➢ Combicon 5: Conector aberto de 5 pinos. 
 
 
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Camada de Enlace: 
✓ Método de acesso: 
➢ CSMA/CA: 
o Cada dispositivo envia dados quando o barramento está disponível. 
o Há um identificador de prioridade em cada mensagem que depende do endereço do 
dispositivo e do tipo de dado enviado. 
 
✓ Modelo de comunicação: 
➢ Produtor/Consumidor. 
o Um identificador contido no início da mensagem informa aos 
o receptores o tipo de dado em cada mensagem. Cada receptor 
o decide se vai aceitar o dado. 
➢ Modelos de comunicação: 
o Transmissão na mudança de estado. 
o Comunicação cíclica. 
o Comunicação Mestre/Escravo. 
➢ Tamanho máximo de dados por mensagem: 8 bytes. 
 
Vantagens: 
✓ Custo por ponto de conexão. 
✓ Ampla gamade dispositivos. 
✓ Resistência a interferência. 
✓ Protocolo aberto. 
✓ Flexibilidade. 
 
Desvantagens: 
✓ Comprimento a 1Mbps de 25m. 
✓ Não determinística. 
ARA0157 – REDES INDUSTRIAIS 
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REFERÊNCIAS 
✓ Filippo Filho, Guilherme. Automação de processos e de sistemas. São Paulo: Érica, 2014. Disponível em: 
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788536518138/cfi/2!/4/4@0.00:0.00 
✓ Filippo Filho, Guilherme. Automação de processos e de sistemas. São Paulo: Érica, 2014. Disponível em: 
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788536518138/cfi/2!/4/4@0.00:0.00 
✓ Moraes, Alexandre Fernandes de. Redes industriais para automação industrial: ASI, PROFIBUS e PROFINET. São Paulo: 
Érica, 2019. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788536532042/cfi/1!/4/4@0.00:0.00 
✓ MORAES, Alexandre.Fernandes. REDES DE COMPUTADORES: FUNDAMENTOS. São Paulo: Saraiva, 2020. Disponível em: 
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788536532981 
✓ Alves, Jose Luiz Loureiro. Instrumentação, controle e automação de processos. 2ª Ed. Rio de Janeiro: LTC, 2017. 
Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788521619178/cfi/4!/4/4@0.00:67.2 
✓ Barrett, Diane. Redes de computadores. Rio de Janeiro: LTC, 2010. Disponível em: 
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788521635338/cfi/6/10!/4/16/6/2@0:100 
✓ Filippo Filho, Guilherme. Automação de processos e de sistemas. São Paulo: Érica, 2014. Disponível em: 
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788536518138/cfi/2!/4/4@0.00:0.00 
✓ Prudente, Francesco. Automação industrial PLC: teoria e aplicações: curso básico. Rio de Janeiro: LTC, 2015. Disponível 
em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788521620235/cfi/5!/4/4@0.00:61.9 
✓ Tanenbaum. Andrew S. Redes de Computadore. São Paulo: Pearson, 2011. Disponível em: 
https://plataforma.bvirtual.com.br/Leitor/Publicacao/2610/pdf

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