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A EVOLUÇÃO NO CONCEITO DE CAUSA: - PODERES SOBRENATURAIS (demônios, espíritos, bruxas). - PUNIÇÃO DIVINA (Velho Testamento, Astecas, Egípcios, Persas). - FORÇAS OCULTAS, ASTRAIS, ALÉM DO UNIVERSO FÍSICO. - FORÇAS NATURAIS (fatores climáticos – teoria do “Miasma”). - Final do Séc 19- 20 – Agentes transmissíveis – A teoria microbiana. - Século 20 – presente - O CONCEITO EPIDEMIOLÓGICO. A teoria microbiana: Visão simplista Agente – doença. Conceito epidemiológico: a multiplicidade causal entre meio ambiente, agente e hospedeiro. Teoria microbiana: agentes transmissíveis como causas de doenças. - Conceito surgido no final do século 19, início do século 20. - ênfase aos agentes (vírus, bactérias, fungos, protozoários) como a causa das doenças - surgiu na época de ouro da microbiologia, associada com importantes descobertas (koch, pasteur, henle). - atribuia aos agentes infecciosos – exclusivamente – a causalidade das doenças. - Paradigma: um agente, uma doença; uma doença, um agente - deu origem aos “postulados de henle - koch”. POSTULADOS DE HENLE-KOCH: Para um (micro)organismo ser considerado “ a causa” de uma doença, deve: - Estar presente em todos os casos da doença em questão; e não estar presente em casos de outras doenças; - Ser isolado em cultura pura de todos os casos da doença; - Quando inoculado experimentalmente em animais susceptíveis deve de reproduzir a doença na totalidade dos animais; - Deve ser isolado em cultura pura dos animais inoculados. ÊNFASE AO AGENTE COMO O ÚNICO DETERMINANTE DAS DOENÇAS. VISÃO SIMPLÍSTICA DA RELAÇÃO CAUSAL. RESTRIÇÕES DOS POSTULADOS DE KOCH - Desconsideravam infecções mistas; - Ignoravam a existência de doenças clinicamente iguais causadas por agentes diferentes; - Desconheciam a ocorrência de doenças diferentes causadas pelo mesmo agente; - Não contemplavam infecções subclínicas*; - Ignoravam a existência de agentes saprófitas; - Não se aplicavam a doenças genéticas e tóxicas; - Não consideravam os fatores do hospedeiro e do ambiente*; OU SEJA: - Eram incompletos; - Somente aplicáveis a doenças infecto- contagiosas; - Não aplicáveis a muitos agentes infecciosos causadores de doenças; - Desconsideravam a participação de outros fatores; - Ênfase excessiva ao agente como determinante/causa das doenças. Postulados de Evans: completaram as lacunas do anterior. Agente – variantes. Ambiente – frio extremo, calor extremo, radiação extrema, chuva. Hospedeiro – imunidade. A multiplicidade causal: equilíbrio = saúde, desequilíbrio = doença. Conceito de AGENTE (de doenças) - O Agente Etiológico: “Qualquer ser (elemento, entidade, fator) capaz de produzir doença no hospedeiro”. É um determinante indispensável (o principal), mas não necessariamente suficiente para o desenvolvimento da doença (SIMON, 1960)”. Sem o AGENTE a doença não ocorre. Porém... A sua presença NÃO ASSEGURA necessariamente a ocorrência da doença! NATUREZA dos AGENTES ETIOLÓGICOS: - Agentes biológicos; - Agentes físicos; - Agentes químicos. Pela visão epidemiológica, os agentes não são as CAUSAS, e sim um dos fatores - o principal – que determinam as doenças. A sua presença é indispensável, mas não necessariamente suficiente para que a doença ocorra. Evolução da ênfase ao agente: o agente como um dos fatores causais. Ao invés de CAUSA, a epidemiologia prefere o termo FATOR DETERMINANTE* * Qualquer característica/propriedade do AGENTE, do AMBIENTE ou do HOSPEDEIRO que determina/influencia a ocorrência de uma doença. Os fatores determinantes podem ser classificados de três formas: - Primários (agente) ou secundários (ambiente, hospedeiro). - Intrínsecos (genética) ou extrínsecos (ambiente..). - Associados ao agente, ambiente ou hospedeiro. Fator de risco – característica (fator) do hospedeiro (meio, agente) cuja presença aumenta o risco de desenvolvimento e/ou de gravidade da doença (intrínseco x extrínseco). Exemplo: pele clara. Fator predisponente – característica do hospedeiro cuja presença aumenta o risco de desenvolvimento e/ou de gravidade da doença. Patógeno: todo agente biológico causador de doença. FATORES DO AGENTE - NATUREZA DO AGENTE (biológico, físico, químico) Para um determinado AGENTE BIOLÓGICO: - Classificação: vírus, bactéria, fungo, etc. - Gênero e espécie. - Cepa ou variante (fenótipo diferente). - Virulência. - Patogenicidade (atinge maior ou menor número de indivíduos). - Dose (dose de exposição). - Infectividade (infecta e se replica). - Perfil antigênico/variabilidade. - Transmissibilidade. - Resistência/viabilidade.
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