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CONTEÚDO EPIDEMIO-13 ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS

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Estudos epidemiológicos: 
 
Estudos descritivos: estudam ocorrência de uma 
doença em uma população. 
Ocorrência, frequência, frequência por atributo, 
etc. 
 
Estudos analíticos: estudam frequência e 
associação entre fatores causais. Tem maior 
profundidade, determina a frequência da doença 
ou fatores dela em uma população. Investigação 
de causa dos fatores envolvidos. 
 
Frequência de qualquer fator relacionado a uma 
doença. 
 
Estudos analíticos transversais (seccionais): feito 
no momento do tempo. Estudo da prevalência, 
inquérito epidemiológico. 
Estudos analíticos longitudinais: casos controle, 
investigação da causa do fator suspeito e doença, 
também há o estudo experimental. 
 
Estudos transversais: 
Determinam a frequência de algum aspecto 
relativo a doença em uma população num 
determinado momento. 
Inquéritos epidemiológicos e estudos de 
prevalência. 
Resultado = (taxa de) prevalência. 
Usos: diagnóstico de situação, avaliação de 
programas de combate. 
 
Inquérito x levantamento: 
 Inquérito = ativo, vai na população e gera-
se o dado. 
 Levantamento = dados são pré-existentes, 
recolhe-se somente. 
 
Aspectos mais estudados: 
Prevalência de: 
 Doença – inquérito clínico. 
 Anticorpos (soroprevalência – frequência 
de anticorpos). 
 Infecção (presença do agente). 
 Fatores de risco – drogas, cigarro. 
 
Método: seleciona a população a ser estudada 
(amostra ou total). Testa-se o aspecto/fator 
desejado. 
Resultado = prevalência. 
Exemplo: bovino soropositivos para brucella sp; 
diabetes na população de SM. 
 
Acompanhamento nos dias seqüentes ou fazer 
uma segunda prevalência um tempo após. 
 
Estudos longitudinais: 
Fatores associados a ocorrência da doença ao 
longo do tempo. 
Uso: quando a causa ou fator suspeito não é 
evidente ou claro. 
Podem ser interventivos (experimentos) ou 
observacionais (coortes, caso-controle). 
Resultado = indicação da associação ou relação 
entre determinado fator suspeito e doença. 
 
Suspeita da relação causal: 
Fator – doença. 
Existe associação causal? 
 
Para ter significado causal: 
 Deve ser estatisticamente significativa. 
 Fazer sentido biológico. 
 Obedecer a sequência temporal lógica. 
 Apresentar relação dose-resposta. 
 
Investigação de fatores determinantes: 
 Método experimental (interventivo). 
 Método observacional (estudo de coortes, 
estudo de casos-controle; não 
interventivos). 
 
Método experimental: 
Como comprovar? 
Introduz fator suspeito – se mede o efeito. 
 
Efeito/parâmetro a ser medido: 
 Clínico (sinais, intensidade, frequência). 
 Morbidade. 
 Mortalidade. 
 Desempenho (ganho de peso, conversão 
alimentar). 
 Fertilidade. 
 
Compara com grupo controle ou testemunha – 
quase idêntico ao analisado. 
 
Vantagens do método experimental: 
 Condições são controladas (agente, meio 
ambiente e hospedeiro). 
 Elimina outras variáveis (idade, 
temperatura, tudo igual ou semelhante). 
 Deixa a relação simples entre fator e 
doença. 
 
Restrições: 
 Não reproduz condições naturais. 
 Aplicação restrita (ética) – para 
experimentação. 
 Custo elevado. 
 Doenças com longos períodos de 
incubação. 
 Por isso muitas vezes é inviável. 
 
Opções: estudos observacionais – estudos de 
coortes (longitudinais, prospectivos), estudos de 
casos-controle (longitudinais, retrospectivos). 
 
Em alguns dos casos, são a única alternativa. 
 
 Doença com longo período de incubação. 
 Doenças humanas. 
 Doenças com baixa incidência a exposição 
ao fator de risco. 
 Doenças com múltiplas causas/fatores 
determinantes. 
 
Exemplo: exposição solar e câncer de pele, 
alcoolismo e impotência sexual. 
 
Estudo de coortes: 
Estudo observacional, longitudinal, prospectivo 
(futuro). 
Objetivo: identificar o fator determinante/risco 
de doenças (investigação da causa). 
Identificar 2 grupos de indivíduos – 1 
naturalmente exposto e 1 não exposto. 
Acompanhamento desses grupos por certo 
tempo. 
Registra-se a incidência da doença nos expostos e 
não expostos. 
Calcula-se o risco relativo e risco atribuível. 
 
Risco relativo: incidência de expostos/ incidência 
de não expostos = número de chances (ex: 4x 
mais chances). Quanto maior o risco relativo, 
mais forte a associação. 
1 = sem relação. 
Abaixo de 1 = efeito contrário. 
 
Risco atribuível: parcela da incidência que posso 
atribuir ao fator suspeito. 
Incidência de expostos – incidência de não 
expostos. 
 
Propriedades: único método direto para 
determinar a incidência. Mesma lógica da

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