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Estudos Epidemiológicos Prof. Dr. Jorge Gustavo VelProf. Dr. Jorge Gustavo Veláásquez Melsquez Melééndezndez Mestranda: Crizian Saar GomesMestranda: Crizian Saar Gomes MarMarçço / 2014o / 2014 Universidade Federal de Minas Gerais Escola de Enfermagem Exposição e Desfecho Um estudo considera dois fatores principais:Um estudo considera dois fatores principais: ExposiExposiçção:ão: refererefere--se ao fator que pode influenciar o se ao fator que pode influenciar o risco de um indivrisco de um indivííduo desenvolver uma determinada duo desenvolver uma determinada doendoençça/agravo;a/agravo; Desfecho:Desfecho: refererefere--se doense doençça/agravo apresentado a/agravo apresentado pelas pessoas (caso);pelas pessoas (caso); Definição de Caso Um conjunto de critUm conjunto de critéérios padronizados que devem rios padronizados que devem ser preenchidos para que uma pessoa seja ser preenchidos para que uma pessoa seja identificada como um caso de uma doenidentificada como um caso de uma doençça a especespecíífica;fica; Certifica que todas as pessoas que são consideradas Certifica que todas as pessoas que são consideradas casos realmente tenham a mesma doencasos realmente tenham a mesma doençça;a; Geralmente inclui critGeralmente inclui critéérios clrios clíínicos (resultados nicos (resultados laboratoriais, sinais e sintomas) e, laboratoriais, sinais e sintomas) e, ààs vezes, s vezes, restrirestriçções relativas a pessoa, lugar e tempo. ões relativas a pessoa, lugar e tempo. Excesso de Peso em adultos Exemplos HipHipóótese:tese: Pessoas que comeram no picnic da Pessoas que comeram no picnic da igreja estavam mais propensas a ficarem doentes.igreja estavam mais propensas a ficarem doentes. ExposiExposiçção:ão: ter comido no picnic da igrejater comido no picnic da igreja Desfecho:Desfecho: éé a doena doençça. Esta precisara. Esta precisaráá ser definida, ser definida, por exemplo: pessoas doentes são aquelas que tem por exemplo: pessoas doentes são aquelas que tem diarrdiarrééia e febre.ia e febre. Tipos de Estudo Duas categorias principais:Duas categorias principais: Estudos Experimentais: a exposiEstudos Experimentais: a exposiçção ão éé aplicada pelo pesquisadoraplicada pelo pesquisador Estudos Observacionais: a atribuiEstudos Observacionais: a atribuiçção da ão da exposiexposiçção não ão não éé aplicada, aplicada, éé autoauto--atribuatribuíídada Estudos Observacionais Três tipos de delineamento:Três tipos de delineamento: Estudos seccionais ou transversal;Estudos seccionais ou transversal; Estudos de coorte;Estudos de coorte; Estudos casoEstudos caso--controle.controle. Estudo Transversal Sinônimos:Sinônimos: Seccional;Seccional; Corte transversal;Corte transversal; Pontual;Pontual; Prevalência;Prevalência; Estudo epidemiolEstudo epidemiolóógico que fornece um diagngico que fornece um diagnóóstico stico instantâneo da situainstantâneo da situaçção de saão de saúúde de uma populade de uma populaçção, ão, com base na avaliacom base na avaliaçção individual do estado de saão individual do estado de saúúde de de cada um dos membros do grupo.de cada um dos membros do grupo. Coleta de informaColeta de informaçções sobre os sujeitos num ões sobre os sujeitos num momento definido ou num curto permomento definido ou num curto perííodo de tempo;odo de tempo; ÉÉ um corte no fluxo histum corte no fluxo históórico da doenrico da doençça, a, evidenciando as caracterevidenciando as caracteríísticas apresentadas por ela sticas apresentadas por ela naquele momento;naquele momento; Estudo Trasversal Estudo Transversal ExposiExposiçção e desfecho são investigados ao mesmo ão e desfecho são investigados ao mesmo tempo tempo –– uma foto da situauma foto da situaçção; ão; Exemplos:Exemplos: -- Pesquisa Nacional sobre alimentaPesquisa Nacional sobre alimentaçção e nutrião e nutriçção ão (IBGE)(IBGE) -- TambTambéém incluem pesquisas de opinião e polm incluem pesquisas de opinião e polííticas ticas (IBOPE)(IBOPE) Delineamento de Estudo Transversal Abordagem analítica O Estudo transversal permite: O Estudo transversal permite: Calcular a Prevalência nos exposto e não expostos;Calcular a Prevalência nos exposto e não expostos; Comparar as prevalência entre aqueles com e sem Comparar as prevalência entre aqueles com e sem exposiexposiçção;ão; Examinar associaExaminar associaçções entre variões entre variááveis, usando Razão veis, usando Razão de Prevalência. de Prevalência. Abordagem analítica Abordagem analítica Abordagem analítica O que podemos dizer:O que podemos dizer: Prevalência entre os expostos:18/300=0,06Prevalência entre os expostos:18/300=0,06 Prevalência entre os não expostos:21/700= 0,03Prevalência entre os não expostos:21/700= 0,03 Razão de prevalência: 0,06/0,03=2Razão de prevalência: 0,06/0,03=2 InterpretaInterpretaçção: RP=2 significa que a ão: RP=2 significa que a prevalência de doenprevalência de doençça mental nos a mental nos expostos (migrantes) expostos (migrantes) éé 2 vezes a dos não 2 vezes a dos não expostos (nascidos no local).expostos (nascidos no local). Estudo Trasversal Importante: Se RP > 1, a prevalência de doença nos expostos excede a prevalência de doenças nos não expostos; Se RP = 1, a prevalência de doenças nos expostos é igual a prevalência de doenças nos não expostos; Se RP < 1, a prevalência de doença nos expostos é menor que a prevalência de doenças nos não expostos. Vantagens Estudo Transversal Representa a populaRepresenta a populaçção;ão; Conveniente e não muito caro;Conveniente e não muito caro; VVáárias exposirias exposiçções e doenões e doençças;as; DoenDoençças comuns e de longa duraas comuns e de longa duraçção: gera ão: gera hiphipóóteses.teses. Desvantagens Estudo Transversal Casos existente em um determinado tempo Casos existente em um determinado tempo (não novos casos);(não novos casos); Não pode estabelecer relaNão pode estabelecer relaçção causalão causal (E(E--------D ou DD ou D--------E);E); Inclui somente casos que sobrevivem Inclui somente casos que sobrevivem (dispon(disponííveis);veis); DoenDoençças de curta duraas de curta duraçção podem não ser ão podem não ser representativos.representativos. Estudos de Coorte Sinônimos:Sinônimos: Estudos longitudinais;Estudos longitudinais; Estudos de seguimento;Estudos de seguimento; Estudam populaEstudam populaçções agrupadas sobre a ões agrupadas sobre a base de uma exposibase de uma exposiçção;ão; Estudos de Coorte Desfecho não deve estar presente na linha de Desfecho não deve estar presente na linha de base (diagnbase (diagnóóstico);stico); Grupos são seguidos para determinar se eles Grupos são seguidos para determinar se eles desenvolvem o desfecho;desenvolvem o desfecho; Esses indivEsses indivííduos são monitorados ao longo do duos são monitorados ao longo do tempo para avaliar a tempo para avaliar a incidência de doende doençça ou de a ou de outro desfecho de interesse.outro desfecho de interesse. Estudos de Coorte Em estudos de coorte, o pesquisador defineEm estudos de coorte, o pesquisador define datas de indatas de iníício e de final do seguimento dos cio e de final do seguimento dos participantesparticipantes durante este intervalo são colhidas informadurante este intervalo são colhidas informaçções ões sobre a exposisobre a exposiçção de interesse, sobre ão de interesse, sobre covaricovariááveis e sobre o desfechoveis e sobre o desfecho Estudos de Coorte Tipos de estudos de coorte:Tipos de estudos de coorte: ExposiExposiççãoão DesfechoDesfecho ProspectivoProspectivoCaracterizada no inCaracterizada no iníício cio do estudodo estudo Acompanhamento do Acompanhamento do desenvolvimento futuro desenvolvimento futuro do desfechodo desfecho RetrospectivoRetrospectivo Caracterizada num Caracterizada num mesmo ponto no mesmo ponto no passadopassado Desfecho jDesfecho jáá ocorreuocorreu Estudos de Coorte Finalidades: Finalidades: Avaliar a etiologia de uma doenAvaliar a etiologia de uma doençça: determinar se a: determinar se fumantes têm um risco maior de desenvolver câncer fumantes têm um risco maior de desenvolver câncer de pulmão;de pulmão; IntervenIntervençções diagnões diagnóósticas: impacto da realizasticas: impacto da realizaçção ão de colpocitologia (Papanicolaou ) sobre a de colpocitologia (Papanicolaou ) sobre a mortalidade por câncer de colo uterino;mortalidade por câncer de colo uterino; IntervenIntervençções terapêuticas: impacto do tratamento ões terapêuticas: impacto do tratamento da HA sobre o infarto agudo do miocda HA sobre o infarto agudo do miocáárdio.rdio. Delineamento dos Estudos de Coorte Estudos de Coorte Abordagem analítica dos Estudos de Coorte O Estudo de coorte permite: O Estudo de coorte permite: Calcular a Incidência no grupo exposto e não Calcular a Incidência no grupo exposto e não exposto;exposto; Comparar a incidência entre aqueles com e sem Comparar a incidência entre aqueles com e sem exposiexposiçção;ão; Examinar associaExaminar associaçções entre variões entre variááveis, usando Risco veis, usando Risco Relativo.Relativo. Estudos de Coorte Estudos de Coorte Exemplo:Exemplo: 34440 m34440 méédicos britânicos foram seguidos;dicos britânicos foram seguidos; O tempo de seguimento foi de 10 anos.O tempo de seguimento foi de 10 anos. A exposiA exposiçção era o fumo.ão era o fumo. O desfecho era doenO desfecho era doençça isquêmica do coraa isquêmica do coraçção (DIC).ão (DIC). 2768 dos 28585 fumantes morreram de DIC.2768 dos 28585 fumantes morreram de DIC. 423 dos 5855 não fumantes morreram de DIC. 423 dos 5855 não fumantes morreram de DIC. Fonte: Doll e HiFonte: Doll e Hill (1964). ll (1964). ““Mortalidade e Fumo: 10 anos de observaMortalidade e Fumo: 10 anos de observaçções ões de mde méédicos britânicos.dicos britânicos.”” Brit Med J, 1: 1399Brit Med J, 1: 1399--1410.1410. Estudos de Coorte O que podemos dizer:O que podemos dizer: Incidência entre os expostos: 2768/28585 =0,09Incidência entre os expostos: 2768/28585 =0,09 Incidência entre os não expostos: 423 dos 5855 Incidência entre os não expostos: 423 dos 5855 =0,07=0,07 Risco Relativo: 0,09/0,07= 1,28Risco Relativo: 0,09/0,07= 1,28 InterpretaInterpretaçção: RR=1,28 significa que a risco ão: RR=1,28 significa que a risco de doende doençça (incidência) nos expostos a (incidência) nos expostos éé 1,28 1,28 vezes a dos não expostos. vezes a dos não expostos. Estudos de Coorte Importante:Importante: Se RR > 1, a incidência de doença nos expostos excede a incidência de doenças nos não expostos; Se RP = 1, a incidência de doenças nos expostos é igual a incidência de doenças nos não expostos; Se RP < 1, a incidência de doença nos expostos é menor que a incidência de doenças nos não expostos; Vantagens dos Estudos de Coorte Permite estimativa direta de risco Permite estimativa direta de risco (incidência);(incidência); São importantes para exposiSão importantes para exposiçção rara;ão rara; Permite avaliaPermite avaliaçções de mões de múúltiplos desfechos de ltiplos desfechos de uma uma úúnica exposinica exposiçção;ão; Estabelece relaEstabelece relaçção causal (E antecede o D);ão causal (E antecede o D); Desvantagens dos Estudos de Coorte Geralmente necessitam de uma grande Geralmente necessitam de uma grande amostra quando o desfecho amostra quando o desfecho éé raro;raro; São caros e de longa duraSão caros e de longa duraçção;ão; Não usuais para desfechos raros;Não usuais para desfechos raros; Perda de seguimento pode induzir vieses.Perda de seguimento pode induzir vieses. Estudos de Caso Controle Retrospectivo, Retrospectivo, ““de trde tráás para frentes para frente””, ap, apóós o fato s o fato consumado;consumado; PopulaPopulaçção estudada ão estudada éé agrupada de acordo com o agrupada de acordo com o desfecho.desfecho. Estudos de Caso Controle Casos são pessoas que têm o desfecho; Casos são pessoas que têm o desfecho; Controles são pessoas que não têm o Controles são pessoas que não têm o desfecho: compardesfecho: comparáável com os casos;vel com os casos; A exposiA exposiçção anterior ão anterior éé então determinada; então determinada; Estudos de Caso Controle Os estudos de casoOs estudos de caso--controle são de natureza controle são de natureza retrospectiva , na qual o ponto de partida retrospectiva , na qual o ponto de partida éé o o DOENTE, o seu objetivo DOENTE, o seu objetivo éé esclarecer a esclarecer a relarelaçção entre exposião entre exposiçção e a doenão e a doençça.a. SituaSituaçções que um estudo Caso controle ões que um estudo Caso controle éé convenientes:convenientes: Dados de exposiDados de exposiçção são difão são difííceis ou caros de obter;ceis ou caros de obter; DoenDoençça a éé rara;rara; A doenA doençça tem um pera tem um perííodo de latência longo;odo de latência longo; Pouco Pouco éé conhecido sobre a doenconhecido sobre a doençça (pode avaliar + a (pode avaliar + de uma hipde uma hipóótese).tese). Estudos de Caso Controle Estudos Caso-Controle População Estudada Casos Controles Com Exposição Com Exposição Sem Exposição Sem Exposição Delineamento do Estudo Caso Controle Num estudo casoNum estudo caso--controle, o risco da controle, o risco da doendoençça não pode ser calculado diretamente a não pode ser calculado diretamente porque a populaporque a populaçção de onde surgiram os ão de onde surgiram os casos não casos não éé conhecida; conhecida; OR OR éé uma medida usada em estudos casouma medida usada em estudos caso-- controlecontrole Abordagem analítica em Estudos Caso Controles Estudos Caso Controles Estudos Caso Controles Estudos Caso Controles O que podemos dizer:O que podemos dizer: Chance dos caso terem sido expostos: Chance dos caso terem sido expostos: 1350/7=192,81350/7=192,8 Chance dos controles terem sido expostos: Chance dos controles terem sido expostos: 1296/61= 21,241296/61= 21,24 Razão de chance ou Odds Ratio: Razão de chance ou Odds Ratio: 192,8/21,24=9,07192,8/21,24=9,07 InterpretaInterpretaçção: OR=9,07 significa que a ão: OR=9,07 significa que a chance de doenchance de doençça nos expostos a nos expostos éé 9,07 9,07 vezes a dos não expostos. vezes a dos não expostos. Estudos Caso Controles Importante:Importante: Se OR > 1, a exposição pode ser causa contribuinte para a doença; Se OR = 1, não há relação causa e efeito; Se OR < 1, a exposição pode ser causa protetora para a doença; Vantagens dos Estudos de Caso Controle Barato;Barato; RRáápido;pido; Estudos Coorte X Caso-Controle Estudo de CoorteEstudo de Coorte Estudo CasoEstudo Caso--ControleControle Preferido Preferido Quando...Quando... Membros são facilmente Membros são facilmente identificados e acessidentificados e acessííveisveis ExposiExposiçção ão éé rararara Pode ter vPode ter váárias doenrias doençças as envolvidasenvolvidas Identificar e acessar uma Identificar e acessar uma coorte inteira seria muito coorte inteira seria muito caro e demandaria tempocaro e demandaria tempo DoenDoençça a éé rararara Grupo de EstudoGrupo de Estudo Pessoas PessoasExpostasExpostas Pessoas com a doenPessoas com a doençça a (casos)(casos) Grupo de Grupo de ComparaComparaççãoão Pessoas Pessoas não expostasnão expostas Pessoas sem a doenPessoas sem a doençça a (controles)(controles) Estudos Experimentais Estudos de intervenEstudos de intervençção; prospectivo;ão; prospectivo; A exposiA exposiçção ão éé aplicada pelo pesquisador: aplicada pelo pesquisador: pesquisador aloca os participantes no grupo de pesquisador aloca os participantes no grupo de tratamento ou no grupo controle;tratamento ou no grupo controle; Participantes são acompanhados ao longo do Participantes são acompanhados ao longo do tempo com o objetivo de determinar o efeito do tempo com o objetivo de determinar o efeito do tratamento.tratamento. AleatorizaAleatorizaçção: ão: Todos os participantes tem a mesma chance de Todos os participantes tem a mesma chance de serem alocados para cada um dos grupos de estudo;serem alocados para cada um dos grupos de estudo; Aumenta a probabilidade de que grupos controle e Aumenta a probabilidade de que grupos controle e tratamento sejam similares quanto aos outros fatores tratamento sejam similares quanto aos outros fatores que podem potencialmente influenciar o resultado;que podem potencialmente influenciar o resultado; Exemplo: Exemplo: InternaInternaçção em dia par ão em dia par –– tratamento A; tratamento A; internainternaçção em dia ão em dia íímpar mpar –– tratamento B.tratamento B. Estudos Experimentais Mascaramento:Mascaramento: ÉÉ o processo utilizado para que o paciente e o o processo utilizado para que o paciente e o investigador não tenham conhecimento sobre a investigador não tenham conhecimento sobre a alocaalocaçção individual dos participantes aos grupos de ão individual dos participantes aos grupos de tratamento; tratamento; ÉÉ necessnecessáário para evitar virio para evitar viéés de observas de observaçção durante ão durante o seguimento clo seguimento clíínico laboratorial mantendonico laboratorial mantendo--se assim se assim completa imparcialidade na avaliacompleta imparcialidade na avaliaçção dos efeitos. ão dos efeitos. Estudos Experimentais Exemplos de Estudos Experimentais Ensaio ClEnsaio Clíínico Randomizado: nico Randomizado: O tratamento O tratamento éé alocado em indivalocado em indivííduos ;duos ; Ex: determinar se administrar sulfato de magnEx: determinar se administrar sulfato de magnéésio sio a mulheres gra mulheres gráávidas no trabalho de parto vidas no trabalho de parto prematuro diminui o risco dos recprematuro diminui o risco dos recéémm--nascidos nascidos desenvolverem dano cerebral.desenvolverem dano cerebral. Exemplos de Estudos Experimentais Ensaio ComunitEnsaio Comunitáário Randomizadorio Randomizado :: O tratamento O tratamento éé alocado em um grupo grande de alocado em um grupo grande de pessoas (escola, uma cidade ou um bairro);pessoas (escola, uma cidade ou um bairro); A unidade de anA unidade de anáálise lise éé o no núúmero de grupos ao mero de grupos ao invinvéés do ns do núúmero total de indivmero total de indivííduos no estudo; duos no estudo; Ex: Estudo da eficEx: Estudo da eficáácia da fluoretacia da fluoretaçção da ão da áágua na gua na incidência de cincidência de cááries dentais.ries dentais. Delineamento de um Estudo Experimental Abordagem analítica dos estudos experimentais ComparaComparaçção das caracterão das caracteríísticas bsticas báásicas entre sicas entre os grupos de que receberam e não receberam os grupos de que receberam e não receberam a intervena intervençção ão Incidência entre os expostosIncidência entre os expostos Incidência entre os não expostosIncidência entre os não expostos Risco RelativoRisco Relativo Exemplo Ensaio Clínico EficEficáácia do arroz fortificado com ferro para cia do arroz fortificado com ferro para tratamento de criantratamento de criançças com anemia carencialas com anemia carencial Objetivo: Avaliar a eficObjetivo: Avaliar a eficáácia de uma intervencia de uma intervençção ão experimental no controle da anemia ferropriva entre experimental no controle da anemia ferropriva entre criancriançças, utilizando a fortificaas, utilizando a fortificaçção de arroz em doses ão de arroz em doses terapêuticas de ferro em crianterapêuticas de ferro em criançças de 6 a 24 meses de as de 6 a 24 meses de idade dos municidade dos municíípios de Vespasiano e Santa Luzia pios de Vespasiano e Santa Luzia -- Minas Gerais.Minas Gerais. Pessoa, MC; 2009Pessoa, MC; 2009 Exemplo Ensaio Clínico Exemplo Ensaio Clínico Vantagens dos Estudos experimentais Estabelecimento de relaEstabelecimento de relaçção temporal;ão temporal; AleaorizaAleaorizaçção;ão; Desvantagens dos Estudos Experimentais Alto custo;Alto custo; Longa duraLonga duraçção;ão; Limitado para desfechos com histLimitado para desfechos com históória natural ria natural de alta durade alta duraçção;ão; Resumindo... O pesquisador atribuiu exposição: Estudo Experimental Estudo Observacional Alocação aleatória Grupo de Comparação SIM NÃO Ensaio controlado randomizado Ensaio controlado não randomizado SIM NÃO SIM NÃO Estudo Analítico Estudo Descritivo Direção Estudo de Coorte Estudo Caso-Controle Estudo Transversal Exposição → Desfecho Exposição ← Desfecho Exposição e desfecho ao mesmo tempo Epidemiologia Analítica Medidas de AssociaMedidas de Associaçção ão e e Testes EstatTestes Estatíísticossticos Medidas de Associação Mede a forMede a forçça de associaa de associaçção entre uma exposião entre uma exposiçção e o ão e o desfecho de interesse;desfecho de interesse; Estima a probabilidade de um grupo desenvolver Estima a probabilidade de um grupo desenvolver uma doenuma doençça, quando comparado com outro grupo;a, quando comparado com outro grupo; Medidas são comumente usadas:Medidas são comumente usadas: Risco Relativo (RR);Risco Relativo (RR); Odds Ratio (OR);Odds Ratio (OR); Razão de Prevalências (PR).Razão de Prevalências (PR). Tabelas 2 x 2 Utilizadas para resumir nUtilizadas para resumir núúmeros da doenmeros da doençça e da a e da exposiexposiçção com o objetivo de calcular a associaão com o objetivo de calcular a associaççãoão aa bb cc dd SIM SIM NÃO NÃO Exposição Desfecho A + C B + D A + B C + D Testes de Significância Indicam se uma determinada associaIndicam se uma determinada associaçção observada ão observada éé estatisticamente significante. estatisticamente significante. Quando o valor de p Quando o valor de p éé <= 0,05, a diferen<= 0,05, a diferençça a observada observada éé estatisticamente significativa, ou seja, estatisticamente significativa, ou seja, não ocorre por acaso;não ocorre por acaso; Responde a questão Responde a questão ““Qual a probabilidade da Qual a probabilidade da associaassociaçção observada não seja por acasoão observada não seja por acaso??”” ((Ex. p< 0,05 indica que existe alta probabilidade da Ex. p< 0,05 indica que existe alta probabilidade da associaassociaçção não tenha ocorrido por acaso)ão não tenha ocorrido por acaso) Testes de Significância Dois tipos de teste: Dois tipos de teste: Intervalo de confianIntervalo de confiançça 95%;a 95%; Valores de pValores de p Intervalo de Confiança (IC) 95% O IC de 95% O IC de 95% éé o intervalo de valores da o intervalo de valores da medida de associamedida de associaçção (RR , OR ou RP) que ão (RR , OR ou RP) que possui o verdadeiro valor populacional de possui o verdadeiro valor populacional de RR,OR ou RP.RR,OR ou RP. PodePode--se afirmarcom 95% de confianse afirmar com 95% de confiançça que o a que o valor populacional dessa razão estvalor populacional dessa razão estáá contida contida no intervalono intervalo Exemplo de IC 95% DoenDoenççaa Odds RatioOdds Ratio IC 95%IC 95% GonorrGonorrééiaia 2,42,4 1,3 1,3 –– 4,44,4 TricomonTricomonííasease 1,91,9 1,3 1,3 –– 2,82,8 CandidCandidííasease 1,31,3 1,1 1,1 –– 1,71,7 Outras VaginitesOutras Vaginites 1,71,7 1,1 1,1 –– 2,72,7 Herpes Herpes 0,90,9 0,5 0,5 –– 1,81,8 CondilomaCondiloma 0,40,4 0,2 0,2 –– 0,90,9 Interpretação do IC 95% Para ter uma associaPara ter uma associaçção significante entre ão significante entre exposiexposiçção e desfecho, o IC 95% ão e desfecho, o IC 95% não pode não pode incluir o 1incluir o 1 O IC abaixo de 1 sugere menor risco de O IC abaixo de 1 sugere menor risco de ocorrer o desfecho na populaocorrer o desfecho na populaçção expostaão exposta O IC 95% acima de 1 sugere um risco maior O IC 95% acima de 1 sugere um risco maior de ocorrer o desfecho na populade ocorrer o desfecho na populaçção expostaão exposta Valores de p O valor de p O valor de p éé uma medida da probabilidade de uma medida da probabilidade de ocorrência da associaocorrência da associaçção observada seja devida ao ão observada seja devida ao acaso.acaso. Quando o valor de p Quando o valor de p éé <= 0,05, a diferen<= 0,05, a diferençça a observada observada éé estatisticamente significativa, ou seja, estatisticamente significativa, ou seja, não ocorre por acaso.não ocorre por acaso. HHáá vváários testes estatrios testes estatíísticos para calcular o valor de sticos para calcular o valor de p, o uso depende do tipo de dados e o que estp, o uso depende do tipo de dados e o que estáá sendo comparadosendo comparado Valores de p Se o valor do quiSe o valor do qui--quadrado quadrado éé pequeno, os valores pequeno, os valores observados dos esperados não são distantes, então o observados dos esperados não são distantes, então o valor de p fica grande.valor de p fica grande. Se o valor do quiSe o valor do qui--quadrado quadrado éé grande, isto grande, isto geralmente significa um valor de p pequeno, então a geralmente significa um valor de p pequeno, então a diferendiferençça pode não ser significativa. a pode não ser significativa. Adcionalmente:Adcionalmente: Um valor p muito pequeno significa que Um valor p muito pequeno significa que éé muito muito provprováável que o RR ou OR indique uma associavel que o RR ou OR indique uma associaçção ão verdadeira.verdadeira. Exemplo do valor de p DoenDoenççaa OROR IC 95%IC 95% Valor de pValor de p GonorrGonorrééiaia 2,42,4 1,3 1,3 –– 4,44,4 0,0040,004 TricomonTricomonííasease 1,91,9 1,3 1,3 –– 2,82,8 0,0010,001 CandidCandidííasease 1,31,3 1,1 1,1 –– 1,71,7 0,040,04 Outras VaginitesOutras Vaginites 1,71,7 1,1 1,1 –– 2,72,7 0,040,04 Herpes Herpes 0,90,9 0,5 0,5 –– 1,81,8 0,80,8 CondilomaCondiloma 0,40,4 0,2 0,2 –– 0,90,9 0,050,05 OBRIGADA!OBRIGADA!
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