Buscar

CONTEÚDO EPIDEMIO COMPLETO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 32 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 32 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 32 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

03.05.22 
Epidemiologia 
 
TRÍADE EPIDEMIOLÓGICA: 
Ambiente, hospedeiro e agente. 
 
Fatores do hospedeiro condicionantes de 
enfermidades: 
Mecanismos defensivos e preventivos. 
 
Preventivos: 
- Provocar medo no impostor. 
- Cheiro (gambá). 
- Tamanho. 
- Pele, pelos – queratina, secreções, suor. 
 
Defensivos: 
- Garras, cascos, dentes, chifres. 
 
Anatômicos: 
Estruturas externas e internas. 
- Posição anatômica (nariz, boca). 
- Vibrissas – sistema digestório – sem elas os 
animais comem até objetos pontiagudos. 
- Muco – filtração. 
- Cornetos – temperatura. 
- Alvéolos – macrófagos. 
 
Fisiológicos: 
- Tosse, reflexo corneal, reflexo músculo-cutâneo, 
digestão, micção.. 
 
Imunológicos. 
 
Características próprias: 
Espécie – doenças espécie-específicas. 
Raça/linhagem/família. Ex: parvovirose e 
Hotweiler ou dobermann. 
Sexo – doenças ligadas ao genital ou aos 
hormônios. 
Idade. 
Imunológica. 
Susceptibilidade individual. 
 
Estado fisiológico. Ex: gestação. 
Utilização. 
Densidade. 
Outros: tamanho, pele (cor – sol). 
 
 
Fatores do agente condicionantes de 
enfermidades: 
Biológicos: 
Agentes sub-celulares. 
1 – príon (partículas protéicas infectivas). 
2 – viróides (RNA). Ex: plantas. 
3 – vírus (somente RNA ou DNA; enzimas – 
crescimento e multiplicação). 
 
Bactérias, fungos, protozoários. 
 
Parasitas: 
Endo, ecto, hemo-parasitas. 
Obrigatórios, facultativos.. 
 
Infectividade, patogenicidade, virulência, 
imunogenicidade, oportunistas. 
 
Agentes físicos: térmicos, mecânicos, radiações, 
sonoros, luz. 
 
Agentes químicos: tóxicos respiratórios, metais 
pesados, inseticidas, fungicidas, herbicidas, 
zoovenenos, solvente orgânico, fitovenenos, 
micotoxinas, material particulado. 
 
Agentes Psíquicos, estruturais. 
 
Fatores do ambiente condicionantes de 
enfermidades: 
Físico químicos: 
Água (dengue, fascíola hepática, toxoplasmose). 
Alimento. 
 
Clima (micro). 
Macro – temperatura, estações, umidade, 
radiação, chuvas, vento. 
Topografia. 
Solo (minerais, piso, cama). 
 
Agentes Biológicos: 
Flora. 
Fauna (direta e inditeta – teníase e hidatidose). 
 
Meios de disseminação: água, ar, alimento. 
 
Agentes sócio-econômicos: 
Estrutura de produção: 
Poder aquisitivo. 
Grau de educação. 
Conhecimento tecnológico. 
Consciência sanitária. 
Tipo de propriedade. 
 
Comercialização de animais. 
Consciência da comunidade. 
Vias de comunicação. 
Manejo – práticas, densidade, uso de pastagem, 
longevidade, ocupação. 
Higiene ambiental. 
Tecnificação agropecuária. 
Estresse (físico, infeccioso, mental, emocional). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A EVOLUÇÃO NO CONCEITO DE CAUSA: 
- PODERES SOBRENATURAIS (demônios, espíritos, 
bruxas). 
- PUNIÇÃO DIVINA (Velho Testamento, Astecas, 
Egípcios, Persas). 
- FORÇAS OCULTAS, ASTRAIS, ALÉM DO 
UNIVERSO FÍSICO. 
- FORÇAS NATURAIS (fatores climáticos – teoria 
do “Miasma”). 
- Final do Séc 19- 20 – Agentes transmissíveis – A 
teoria microbiana. 
- Século 20 – presente - O CONCEITO 
EPIDEMIOLÓGICO. 
 
A teoria microbiana: 
Visão simplista Agente – doença. 
Conceito epidemiológico: a multiplicidade causal 
entre meio ambiente, agente e hospedeiro. 
 
Teoria microbiana: agentes transmissíveis como 
causas de doenças. 
- Conceito surgido no final do século 19, início do 
século 20. 
- ênfase aos agentes (vírus, bactérias, fungos, 
protozoários) como a causa das doenças - surgiu 
na época de ouro da microbiologia, associada 
com importantes descobertas (koch, pasteur, 
henle). 
- atribuia aos agentes infecciosos – 
exclusivamente – a causalidade das doenças. 
- Paradigma: um agente, uma doença; uma 
doença, um agente - deu origem aos “postulados 
de henle - koch”. 
 
POSTULADOS DE HENLE-KOCH: 
Para um (micro)organismo ser considerado “ a 
causa” de uma doença, deve: 
- Estar presente em todos os casos da doença em 
questão; e não estar presente em casos de outras 
doenças; 
- Ser isolado em cultura pura de todos os casos da 
doença; 
- Quando inoculado experimentalmente em 
animais susceptíveis deve de reproduzir a doença 
na totalidade dos animais; 
- Deve ser isolado em cultura pura dos animais 
inoculados. 
 
ÊNFASE AO AGENTE COMO O ÚNICO 
DETERMINANTE DAS DOENÇAS. 
VISÃO SIMPLÍSTICA DA RELAÇÃO CAUSAL. 
 
RESTRIÇÕES DOS POSTULADOS DE KOCH 
- Desconsideravam infecções mistas; 
- Ignoravam a existência de doenças clinicamente 
iguais causadas por agentes diferentes; 
- Desconheciam a ocorrência de doenças 
diferentes causadas pelo mesmo agente; 
- Não contemplavam infecções subclínicas*; 
- Ignoravam a existência de agentes saprófitas; 
- Não se aplicavam a doenças genéticas e tóxicas; 
- Não consideravam os fatores do hospedeiro e 
do ambiente*; 
 
OU SEJA: 
- Eram incompletos; 
- Somente aplicáveis a doenças infecto-
contagiosas; 
- Não aplicáveis a muitos agentes infecciosos 
causadores de doenças; 
- Desconsideravam a participação de outros 
fatores; 
- Ênfase excessiva ao agente como 
determinante/causa das doenças. 
 
Postulados de Evans: completaram as lacunas do 
anterior. 
 
Agente – variantes. 
Ambiente – frio extremo, calor extremo, radiação 
extrema, chuva. 
Hospedeiro – imunidade. 
 
A multiplicidade causal: equilíbrio = saúde, 
desequilíbrio = doença. 
 
 
 
 
Conceito de AGENTE (de doenças) - O Agente 
Etiológico: 
 
“Qualquer ser (elemento, entidade, fator) capaz 
de produzir doença no hospedeiro”. 
É um determinante indispensável (o principal), 
mas não necessariamente suficiente para o 
desenvolvimento da doença (SIMON, 1960)”. 
Sem o AGENTE a doença não ocorre. Porém... A 
sua presença NÃO ASSEGURA necessariamente a 
ocorrência da doença! 
 
NATUREZA dos AGENTES ETIOLÓGICOS: 
- Agentes biológicos; 
- Agentes físicos; 
- Agentes químicos. 
Pela visão epidemiológica, os agentes não são as 
CAUSAS, e sim um dos fatores - o principal – que 
determinam as doenças. 
A sua presença é indispensável, mas não 
necessariamente suficiente para que a doença 
ocorra. 
 
Evolução da ênfase ao agente: o agente como um 
dos fatores causais. 
 
Ao invés de CAUSA, a epidemiologia prefere o 
termo FATOR DETERMINANTE* 
* Qualquer característica/propriedade do 
AGENTE, do AMBIENTE ou do HOSPEDEIRO que 
determina/influencia a ocorrência de uma 
doença. 
Os fatores determinantes podem ser classificados 
de três formas: 
- Primários (agente) ou secundários (ambiente, 
hospedeiro). 
- Intrínsecos (genética) ou extrínsecos 
(ambiente..). 
- Associados ao agente, ambiente ou hospedeiro. 
 
Fator de risco – característica (fator) do 
hospedeiro (meio, agente) cuja presença 
aumenta o risco de desenvolvimento e/ou de 
gravidade da doença (intrínseco x extrínseco). 
Exemplo: pele clara. 
 
Fator predisponente – característica do 
hospedeiro cuja presença aumenta o risco de 
desenvolvimento e/ou de gravidade da doença. 
 
Patógeno: todo agente biológico causador de 
doença. 
 
FATORES DO AGENTE - NATUREZA DO AGENTE 
(biológico, físico, químico) 
Para um determinado AGENTE BIOLÓGICO: 
- Classificação: vírus, bactéria, fungo, etc. 
- Gênero e espécie. 
- Cepa ou variante (fenótipo diferente). 
- Virulência. 
- Patogenicidade (atinge maior ou menor número 
de indivíduos). 
- Dose (dose de exposição). 
- Infectividade (infecta e se replica). 
- Perfil antigênico/variabilidade. 
- Transmissibilidade. 
- Resistência/viabilidade. 
 
 
FATORES DO HOSPEDEIRO: 
- Espécie animal. 
- Raça – Hereford e carcinoma de olho pela 
conjuntiva despigmentada. 
- Tipo físico ligado a raça também. 
- Background genético – vacinação, seleção dos 
mais resistentes. 
- Sexo. 
- Idade. 
↑ Características genéticas ou intrínsecas. 
- Via de penetração (agente). 
- Estado fisiológico – prenhez, mastites.- Condição nutricional – obesidade ou 
desnutrição, deficiência de Cálcio e fósforo – 
botulismo. 
- Status imunológico. 
- Utilização e propósito – cães de caça e lepto, 
cavalos de salto e problemas de locomotor. 
↑ Características variáveis ou extrínsecas. 
 
FATORES DO AMBIENTE: 
Componentes físicos: 
- Clima: temperatura, umidade/pluviometria, 
ventos, irradiação solar. 
- Geografia. 
- Hidrografia – disponibilidade. 
- Topografia – várzea – umidade e casco amolece. 
- Exposição a intempéries (abrigos naturais ou 
não). 
- Composição do solo. 
 
Componentes biológicos: 
- Fauna (espécies, número, densidade, hábitos). 
- Flora (cobertura vegetal, plantas tóxicas, 
natureza e qualidade de forragens, etc). 
 
Componentes sócio-econômicos: 
- Sistema de criação. 
- Manejo. 
- Instalações. 
- Nutrição. 
- Comércio/transporte, etc. 
- Infra-estrutura comunitária. 
- Sistema de diagnóstico e vigilância. 
- Legislação sanitária. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ECOLOGIA DAS DOENÇAS: 
Interações entre agente, meio ambiente e 
hospedeiro. 
 
Ecologia: 
Interações agente – meio ambiente. 
Interações ambiente – hospedeiro. 
 
Patogenia: 
Interações agente – hospedeiro. 
Resposta imunológica. 
 
Hospedeiro: qualquer ser vertebrado eu 
abrigue/hospede o agente. 
 
Hospedeiros naturais (primários) – espécies de 
origem. Relação menos nociva ao hospedeiro, 
normalmente não causando doença ou com 
poucos sinais. 
Cães/canídeos silvestres – natural – passa ao cão 
doméstico – secundário – humanos. 
 
Hospedeiros acidentais (secundários) – espécies 
acometidas que não são as naturais. As vezes o 
secundário atinge potência maior (adaptação) e 
passa a ser a principal. 
 
Hospedeiro definitivo – forma adulta reprodução 
sexuada. 
 
Hospedeiro intermediário – fase larvária. 
 
Hospedeiro terminal – onde o ciclo do agente 
termina – não infectante para dar continuidade 
ao ciclo. 
 
Reservatório (hospedeiro reservatório): 
Vertebrado que abriga um agente e transmite 
para outro. Macaco com febre amarela – 
reservarótio para humanos. Cães com cinomose – 
reservatório para espécies silvestres. 
 
Reservatório ecológico – as vezes adoece da 
doença e as vezes não. Infecção total subclínica – 
sem doença. 
Transmite sem adoecer. 
 
Reservatório epidemiológico – Transmite e 
adoece. 
Cães com leishmania – humanos. 
 
Vetor: insetos (artrópodes) que transportam a 
doença. 
 
Vetor mecânico: transporta mecanicamente. Não 
participa do ciclo. 
 
Vetor biológico: participam do ciclo replicativo 
biológico – multiplicação no intestino do inseto – 
quantidade suficiente do vírus para inocular. 
 
Zoonoses: Transmissíveis de animais para 
humanos e de humanos – animais. 
 
De acordo com sentido de transmissão: 
 Antropozoonoses – primariamente de 
animais que passam para humanos. 
 Zooantoponoses – primariamente de 
humanos que passam para animais. 
 Amphixenoses: não se sabe se era 
primariamente de animais ou humanos. 
 
De acordo com manutenção do agente na 
natureza: 
 Zoonoses diretas – só 1 espécie de 
hospedeiro para se manter na natureza. 
 Metazoonoses – 1 invertebrado e 1 vetor. 
 Ciclozoonoses – pelo menos 2 espécies 
(ex. fascíola hepática). 
 Saprozoonoses – 1 espécie e 1 tempo de 
vida livre (ex. tunga penetrum). 
 
A CADEIA EPIDEMIOLÓGICA: 
Sinônimos: 
Cadeia do processo infeccioso. 
Cadeia de transmissão. 
História natural das doenças. 
“É a série de etapas/eventos sequenciais/cíclicos 
que se sucedem para que a doença ocorra” 
É a série de etapas/eventos que precisam ocorrer 
para que os agentes se perpetuem na natureza. 
 
 
 
 
Fonte de infecção: qualquer vertebrado que 
abrigue o agente. isolamento. 
Excreção: deve seguir a via correta na hora 
correta. máscara, preservativo. 
Transmissão: combate de vetores (mais 
adequado para intervenção). 
Penetração: deve ser capaz de penetrar pelas 
vias corretas. EPI, luvas. 
Novo hospedeiro: vacinação (mas também pode 
transmitir – proteção parcial), isolamento. 
 
Todas essas etapas são passives de intervenção 
para cortar essa cadeia. A melhor = transmissão. 
 
Fontes de infecção (de acordo com 
manifestações clinicas): Hospedeiros infectados. 
 
 Doentes: com sinal clínico. 
 Doentes típicos: forma típica da doença. 
 Doentes atípicos: forma rara da doença. 
 Doentes prodrômicos: doença no início, 
sinais genéricos de qualquer doença – 
sinais inespecíficos. 
 
Portadores: Sem sinal clínico. 
Mais importantes pois não são reconhecidos. 
 Passivos: tem agente mas não transmite 
(vaca louca). 
 Ativos: 
 Portador ativo permanente – sempre 
excretando (FIV/FELV). 
 Portador ativo temporário – excreta em 1 
fase da vida. 
Em período de incubação (pré-sintomático), 
convalescença – antes de ter doença; transmite 
depois tem sinais clínicos (COVID). 
Intermitente – excreção intermitente (Herpes). 
 
 
Excreção coincide mais ou menos com o período 
clínico. 
 
Qual a via de infecção mais importante: 
Portadores (sem sinais) ativos permanentes 
(sempre excretando). 
 
 
 
Excreção: 
Deve ter quantidade suficiente e ser no momento 
correto. 
Eliminação do agente para ser disponível para 
transmissão. 
 
Vias de excreção: 
Locais do organismo por onde são excretados 
(portas de saída). 
Maioria usa mais de uma via, depende do local 
onde se replica (tropismo, predileção). 
 
Secreções oronasais: 
Agentes que replicam na cavidade oral e anexos, 
trato respiratório, Parte inicial do trato digestivo. 
- Vírus da Aftosa 
- Vírus da Raiva 
- BHV-1, micobacterium 
- Vírus da Cinomose 
- Influenza (gripe), resfriados 
- Sarampo/caxumba 
- Newcastle/rinotraqueite 
 
Fezes e urina: 
Fezes: agentes que replicam no trato digestivo e 
fígado. 
- Vírus (rota, corona, HepA, parvo, adenovírus) 
- Helmintos 
- Protozoários (eimeria, etc.) 
- Bactérias (coli, salmonela) 
- Vírus das hepatites. 
 
Urina: agentes que replicam no trato urinário 
(rins) e - Vírus sistêmicos 
- Leptospiras 
- Hantavírus 
- Arenavírus 
 
Secreções urogenitais: 
Agentes que replicam no trato genital: 
- Brucella sp 
- Campylobacter sp 
- Trichomonas sp 
- BHV-1 (IPV/IPB) 
- PRRSV (testículos) 
- BVDV (testículos), Zica vírus 
 
Agentes sistêmicos: 
- Vírus da Febre Aftosa 
- Vírus das hepatites B e C 
- HIV 
- Vírus da Leucose bovina (VLB) 
- CAEV 
 
Leite e colostro: 
Agentes que replicam na glândula mamária 
- Brucella sp 
- Micobacterium sp 
 Outras bactérias 
 
Agentes sistêmicos 
- Vírus da Aftosa 
- HIV, HBV 
- Leucose bovina 
- Leucemia felina 
- CAEV 
 
Sangue e linfa: 
Agentes sistêmicos: 
- Doença de Chagas 
- Babesiose/anaplasmose 
- Malária 
- Anemia Infecciosa Equina 
- HIV, HBV 
- Doença de Lyme 
- Dengue, Zica, Chikungunya 
- BVDV, VLB 
- Leucemia felina, FIV. 
Vetores, transmissão iatrogênica (procedimentos 
objetos contaminados), transfusão. 
 
Placenta, feto, líquidos fetais: ABORTOS. 
Infecções fetais ou genitais 
- Brucella sp 
- Trichomona 
- Campilobacter 
- BHV-1, BVDV 
- Neóspora 
 
Infecções sistêmicas: 
- HIV 
- Vírus das hepatites B e C 
 
EXSUDATOS, DESCAMAÇÕES CUTÂNEAS: 
Agentes que multiplicam na pele e anexos 
- Vírus (papiloma, ectima, varíola, BHV-2) 
- Sarna, piolho 
- Micoses 
 
Tecidos animais: 
Agentes que multiplicam em órgãos/tecidos 
internos 
- Equinococcose/hidatidose 
- Taeníase/cisticercose 
- TSEs 
- Carbúnculo hemático 
 
Porque é importante saber as vias de Excreção ? 
A VIA DE EXCREÇÃO DETERMINA A FORMA DE 
TRANSMISSÃO. 
 
 
TRANSMISSÃO: 
É a transferência/ transporte do agente entre 
hospedeiros. 
Etapa crítica para continuidade da cadeia. 
Pode ser imediata ou demorar meses/ anos 
(resistência no ambiente). 
Pode ser diretaentre hospedeiros ou envolver 
intermediários (pele, mucosas). 
Em algumas formas de transmissão, a 
resistência/viabilidade do agente é muito 
importante. 
É a etapa de eleição para interromper a cadeia. 
 
Transmissão Horizontal: 
Direta: ocorre entre indivíduos da mesma 
geração pela convivência. 
 
- Contato direto: não há intermediários entre 
fonte de infecção e hospedeiro. Ocorre pelo 
contato direto entre superfícies corporais. 
Exemplos: 
- Focinho-focinho (FMDV, brucelose, BHV-1) 
- Boca-boca (HBV, HepA) 
- Pele-pele (sarna, micoses, papiloma, poxvírus, 
herpesvírus). 
- Mucosa-mucosa (HIV, HBV, brucelose). 
- Transmissão venérea (vários vírus e 
bactérias) 
- Mordeduras (raiva, hantavirose entre 
roedores). 
Transmissão venérea: transmissão de agentes de 
doenças através da relação sexual. 
Humanos: HIV, HBV, sífilis, HPV, etc. 
Animais: brucelose, BHV-1, BVDV, tricomonose, 
etc. 
 
- Contato indireto: há intermediários entre fonte 
de infecção e hospedeiro. Pelo contato de 
superfícies corporais (pele, mucosas) com 
secreções, excreções contaminadas. 
Exemplos: 
- Gotículas (tosse, espirro). 
- Focinho-fezes, focinho-feto abortado (placenta). 
- Boca (nariz)-mão (Flu, HepA, resfriados). 
- Ex: infecções respiratórias, brucelose, TB. 
 
Indireta: transmissão do agente entre indivíduos 
com participação de seres inanimados (veículos, 
fômites) ou seres vivos (vetores). 
 
- Veículos: fômites (Secreções e excreções não 
são considerados veículos. São substratos 
orgânicos onde os agentes se encontram). 
- Água, solo, alimentos 
 - Material cirúrgico, instrumentos, agulhas 
 - Vestimentas, calçados 
 - Luvas, espéculos, pipetas de IA 
 - Cama, instalações, equipamentos 
 
Transmissão iatrogênica: transmissão 
involuntária de agentes de doenças por 
procedimentos médicos feitos de forma 
inadequada. 
Transmissão ou infecção nosocomial: 
transmissão de agentes em ambientes 
hospitalares. 
 
- Vetores: seres animados (artrópodes, insetos) 
que transmitem agentes de doenças. 
 Biológicos: Fazem parte do ciclo da 
doença. 
Triatoma infestans (Chagas), Aedes aegypty 
(dengue, febre amarela, zika chiKV), Boophilus 
microplus (babesia, anaplasma), malária, 
amblyoma (lyme), leishmaniose. 
 
 Mecânicos: apenas carream 
mecanicamente, não fazendo parte do 
ciclo. Moscas, mutuca (anemia infecciosa 
eqüina). 
 
Aérea: aerossóis, micropartículas suspensas no 
ar. 
 
Transmissão Vertical: É a transmissão de um 
agente de um indivíduo para a progênie; 
transmissão entre gerações; de mãe ou pai para 
filhos. 
 
- Transovariana: 
Alguns vírus 
 - Retrovírus murinos 
 - Leucose aviária 
 
Comum em artrópodes 
 - Vírus da Dengue, 
 - Vírus da Febre Amarela 
 - WNV, togavírus 
 - Anaplasma, babesia 
O GAMETA JÁ ESTÁ INFECTADO. 
 
- Transplacentária: 
Vários vírus 
 - BVDV, BHV-1, BLV 
 - Parvovírus suíno, PRRSV 
 - Herpesvírus eqüino 
 - HIV, rubéola, HBV 
 
Protozoários, bactérias 
 - Neóspora 
 - Brucella 
 - Trichomona 
 - Campilobacter 
 
- Perinatal: na hora ou logo após o parto. Contato 
do canal, fissuras. 
Vários vírus 
 - Herpesvírus canino 
 - HIV, HBV, herpes humano 
 - CAEV 
 - FeLV 
 
Outros patógenos: 
 - BSE, scrapie 
 - Cândida 
 - Amebíase 
Única forma natural de BSE (doença da vaca 
louca). 
 
- Colostro/leite: da mãe para filho é vertical. 
Se leite de outra vaca = transmissão horizontal 
direta. 
Alguns vírus 
 - VLB 
 - CAEV, maedi-visna 
 - HIV 
 - WNV, dengue (raro) 
 
Outros patógenos 
 - Brucella 
 - Micobacterium 
 
Porque é importante saber a forma de 
transmissão? 
É A ETAPA DE ELEIÇÃO PARA INTERROMPER A 
CADEIA DO PROCESSO INFECCIOSO. 
 
PENETRAÇÃO: 
Local onde penetram os agentes – porta de 
entrada. 
Depende de como é transmitido. 
Grande maioria tem mais de 1 via. 
 
Mucosa respiratória: mais abundante. 
Narinas, faringe, traquéia, brônquios, 
bronquíolos. 
Grande área de superfície do trato respiratório. 
Inspiração alta de ar contínua. 
Agentes: infecção respiratória ou com replicação 
respiratória e consequente infecção sistêmica. 
 
Mucosa conjuntival: 
Agentes que causam conjuntivite (adenovírus). 
Possui poucas defesas, e é extremamente 
irrigada. 
Porém há baixa incidência dessa via. 
 
Mucosa digestiva: 
Orofaríngea até intestinal. 
Segunda via mais comum. 
Grande área de superfície. 
Alta ingestão de água e alimentos. 
Agentes causam infecção digestivas ou 
sistêmicas. 
Na boca não muito comum. 
+ na faringe e intestinos. 
 
Mucosa urogenital: 
Agentes causam infecções genitais ou sistêmicas. 
 
Pele: vírus, ácaros, fungos. 
Iatrogênica. 
Vetores. 
 
NOVO HOSPEDEIRO: última etapa. 
Características e tributos: 
 
Susceptibilidade: condições que o hospedeiro 
oferece para que agente não se multiplique. 
Doença = sinais; infecção = replicação. 
 Susceptibilidade natural: na natureza é 
susceptível. 
 Susceptibilidade experimental: força-se a 
infecção em condições experimentais 
(coelhos e fungos Pithium, testes de 
vacinas). 
 
Resistência: poucas oportunidades são oferecidas 
para replicação. 
 Resistência natural: não tem memória, 
independe de exposição prévia. 
 Resistência adquirida: extremamente 
especifica, depende de exposição prévia e 
da memória. 
 
Refratariedade: grau absoluto de resistência de 
determinada espécie a um agente. 
Denominação não se aplica a indivíduos. 
Aves são refratárias do vírus da raiva. 
 
Infecção: penetração e multiplicação. Mais para 
organismos unicelulares e vírus – geralmente 
replicam nos tecidos. 
 
Infestação: agentes se multiplicam em superfícies 
do hospedeiro. Mais para organismos 
metazoários (fungos, ácaros). 
 
Infestação (maioria consegue combater sem 
sinais clínicos) – doença (com sinais clínicos). 
 
PATOGENIA: interações do agente com 
hospedeiro. 
Mecanismos de produção da doença, origem. 
 
Infecção subclínica = maioria (sabe-se pela 
sorologia de populações e dedução). 
 
Doença clínica suave/moderada. 
Doença clínica grave/morte. 
 
Tipos de infecção: 
Manifestações clínicas (sintomas): 
 Infecções subclínicas. 
 Infecções clínicas (doença): 
 Doença típica (forma clássica). 
 Doença atípica (forma rara). 
 
Duração e magnitude (intensidade): 
 Infecções agudas: evolução rápida e curta 
duração. 
 Infecções persistentes (crônicas): 
evolução e duração longas. 
Qualquer uma dessas pode ser clínica ou 
subclínica. 
 
Forma de infecção persistente: 
- Infecções latentes: não está em replicação mas 
pode voltar a se replicar. 
 
Infecções localizadas: 
Próximo do local de entrada. 
Restritas a 1 ou poucos órgãos próximos do local 
de penetração. 
Respiratório (traqueobronquite), GI, Derme 
(sarna), conjuntivite (adenovírus), genital 
(tricomonose). 
 
Infecções disseminadas (sistêmicas): 
Vários órgãos e sistemas. 
Local de penetração e replicação inicial (primária) 
– disseminação via nervosa, linfática ou 
hematógena – replicação secundária no órgão 
alvo (tropismo). 
 Disseminação nervosa: herpesvírus, raiva 
(local da mordedura, trajeto até encéfalo, 
direção centrípeta), arbovirus. 
 
 
 
 
 
 
 
FASES DO PROCESSO INFECCIOSO/DOENÇA: 
 Período de incubação: desde infecção até 
início dos sinais clínicos. Depende de 
vários fatores. 
 Período prodrômico: início da doença 
com sinais inespecíficos, período final de 
incubação. 
 Período clínico = doença. 
 Período de convalescença: começa a se 
recuperar e diminuir sinais e sintomas. 
 Período pré-patente: independente se 
tem doença u não. Período entre doençae início da excreção. Depende do ciclo 
replicativo do agente e dose. 
 Período patente (transmissibilidade ou 
comunicabilidade): está excretando o 
agente. Geralmente coincide com o 
período clínico. 
HIV tem período patente para resto da vida – 
sempre excretando. 
 
Sinais clínicos x sintomas (humanos tem os 2). 
 
Síndrome febre: 
Conjunto de sinais. 
Hipertermia. 
Anorexia (apetite). 
Apatia. 
Polidipsia, poliúria. 
Taquicardia, taquipneia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DOENÇAS EM POPULAÇÕES: 
 
POPULAÇÃO (definição): 
“Grupo de indivíduos (unidades populacionais) no 
qual se está estudando aspectos relacionados à 
saúde e doença” 
 
As populações objeto de estudos epidemiológicos 
podem variar muito em número e variabilidade 
de indivíduos, área que habitam, densidade, grau 
de controle ou acesso, etc. 
 
Qualquer grupo de indivíduos ou unidades 
populacionais que está se estudando aspectos 
relacionados a saúde e doença. 
 
Utilizar de Métodos de amostragem. 
 
População aberta: não se tem restrição de 
entrada e saída de indivíduos, animais, 
subprodutos. Ex: população humana. 
Surgimento de doenças de alastramento rápido 
pela falta de restrição. 
 
Populações fechadas: há restrições de entrada e 
saída de indivíduos que possam vincular agentes. 
Animais de interesse econômico. Rebanho – 
estado. 
 
População local: localizadas que compõem a 
metapopulação dos municípios. Rebanhos. 
Grupo de indivíduos que habita uma determinada 
área, exposto às mesmas condições e cujos 
indivíduos interagem frequentemente entre si. 
São subpopulações da metapopulação 
 
Metapopulação: mais abrangente, população 
grande em área grande. Composta por várias 
subpopulações (populações locais). 
 
População total: totalidade. 
 
População de risco: parcela da população que é 
susceptível a um determinado agente ou doença. 
Exemplo: mastite bovina – vacas lactantes. 
As vezes a população de risco equivale a total. 
 
Adenocarcinoma de mama em cães – fêmeas. 
HIV no Brasil – todas as pessoas. 
Cinomose canina em SM – todos os cães de SM. 
 
Diferentes grupos tem diferentes riscos: 
Alto risco – cães jovens não vacinados. 
Menor risco – cães mais velhos vacinados. 
 
Os indicadores de saúde deve sempre considerar 
a frequência de casos em relação à POPULAÇÃO 
DE RISCO. 
Importância – denominador. 
 
Características populacionais importantes: 
 Número de indivíduos. 
 Densidade populacional. 
 Distância social (densidade + 
oportunidades de transmissão) – 
facilidade de transmissão. 
 
Determinação/ estimativas de tamanho de 
populações: 
 Censos periódicos. 
 Censo inicial seguido de registros de 
saídas/entradas. 
 Estimativa por amostragem (captura-
marca-libera). 
 Métodos indiretos – pegadas, fezes 
(onças). 
 
 
 
Doenças em populações: 
Conceitos e definições: 
 Caso de doença: indivíduo afetado por 
uma condição patológica. 
 Caso suspeito: caso de doença em que a 
etiologia ainda não foi confirmada. 
Geralmente está sob investigação. 
 Caso confirmado: caso de doença em que 
a etiologia já foi confirmada. 
 
Foco: local que possui indivíduo ou grupo de 
indivíduos afetados por uma determinada doença 
(localização geográfica). 
Surto (ou epidemia): número excessivamente 
alto de casos de doença em uma população em 
um determinado período. 
Depende da frequência dessa doença. 
 
 Caso autóctone: caso de doença adquirida 
no próprio local. 
 Caso importado: caso de doença que foi 
adquirida em outro local. Ex: varíola de 
macacos – homem em Guarulhos. 
 Caso índice (paciente zero): primeiro caso 
da doença ocorrido em uma população 
(geralmente importado). 
 Casos primários: casos da doença 
ocorridos por transmissão local na 
população (a partir do paciente zero). 
 Casos secundários: casos surgidos após o 
período pré-patente mínimo do agente; 
surgem pela transmissão do agente a 
partir dos casos primários. 
 
O número de casos secundários reflete a 
transmissibilidade e infectividade do agente e a 
difusibilidade da doença (taxa R0). 
Quanto maior a taxa R0 maior a velocidade de 
transmissão – progressão geométrica. 
 
TAXA R0 (taxa de reprodutibilidade): número 
estimado de indivíduos infectados a partir de um 
caso (taxa de contágio, de transmissão). 
 
TAXA R0 = β.k.D. 
β = probabilidade de transmissão do agente. 
K = frequência de contato entre o infectado e 
susceptíveis. Componente que pode ser 
modificado (medidas de afastamento, máscaras, 
etc). 
D = período de transmissibilidade. 
 
R0 < 1 = menos de um indivíduo é infectado a 
partir de um caso 
R0 > 1 = mais de um indivíduo é infectado a partir 
de um caso 
 
“Quanto maior o R0, maior a 
transmissibilidade/contágio da doença”. 
 
 
 
 Transmissão local: é possível rastrear de 
quem cada 1 pega. Capacidade de 
rastreamento. 
 
 Transmissão comunitária: não é possível 
rastrear de onde/quem pegou a doença. 
 
Quantificação de doenças em populações: 
Indicadores de saúde e doença: 
 
Quantificação de doença: 
É um componente essencial da Epidemiologia. 
Indicadores geralmente são expressos como 
frequências relativas (taxas, coeficientes - estes 
mais eficientes). 
Nas frequências relativas, o numerador é o 
número de casos e o denominador sempre é a 
População de risco. 
As taxas/coeficientes são denominadas 
“Indicadores de Saúde”. 
 
Utilidades da quantificação de doença: 
 Informa sobre o estado de saúde da 
população. 
 Permite saber a ocorrência e frequência. 
 Permite saber a dinâmica da doença 
 Informa sobre possível origem, causa, 
determinantes. 
 Permite estimar o impacto econômico e 
avaliar custo-benefício. 
 Determina e direciona ações e medidas de 
combate. 
 
Método de prevenção – ainda não existem casos. 
Métodos de controle – para diminuição dos 
casos. 
Métodos de erradicação – para erradicar poucos 
casos existentes. 
 
Principais indicadores: 
Taxas/indicadores de morbidade. 
 
Prevalência: 
É o número ou porcentagem de casos de doença 
numa população em um determinado momento. 
Representa um medição/indicador 
transversal/seccional. 
Por isso é um dado estático. 
Pode-se quantificar qualquer aspecto (doença, 
anticorpos, agente). 
 
Taxa de prevalência = (número de casos/ 
população de risco) x 100. 
Abaixo de 1 expressar em proporção. 
Acima de 1 expressar em percentual. 
 
Incidência: 
É o número ou porcentagem de novos casos de 
doença que ocorrem na população em um 
intervalo de tempo. 
Representa uma medição/dado longitudinal. 
Dado dinâmico. 
Também chamada de taxa de ataque. 
 
Taxa de incidência = [número de casos / 
(população de risco/tempo)] x 100 
 
Como descobrem: seguir e contar por métodos 
diretos ou indiretos (estimar prevalência). 
 
 
 
Outros indicadores de saúde/doença: 
 
Taxa de morbidade: percentual ou fração de 
indivíduos expostos a um determinado agente 
que desenvolve a doença. 
Taxa de morbidade = (número de doentes/ 
população exposta) x 100. 
 
Taxa de mortalidade: percentual ou fração de 
indivíduos expostos a um determinado agente 
que vai a óbito. 
Taxa de mortalidade = (número de óbitos/ 
população exposta) x 100. 
 
Taxa de letalidade: percentual ou fração de 
indivíduos doentes que vai a óbito. 
Taxa de letalidade = (número de óbitos/ número 
de doentes) x 100. 
É uma medida da gravidade/ severidade da 
doença. 
 
______________________________________ 
 
CURVA EPIDÊMICA 
 
 
Número de novos casos em relação ao tempo. 
Curva de incidência de casos de doença. 
 
Tempo pode se expressar em horas, dias, 
semanas, anos 
 
Pode ser usada em epidemias como em doenças 
que acontecem ao longo do tempo. 
Toda e qualquer gráfico que lustre novos casos 
em relação aotempo. 
 
Curva de linhas e pontos ou polígono de 
sequencias. 
 
 
 
Número de novos casos em marrom de acordo 
com a semana. 
Bege – número de óbitos. 
Mesma curva epidêmica pode expressar vários 
indicadores. 
 
Semanas epidemiológicas 
 
Dengue grande variância de incidência 
 
Séries históricas 
Da dengue, zika e chikungunha 
Abrangem longos espaços de tempo – anos. 
 
Universalização do diagnóstico 
 
Exemplos curvas epidêmicas 
 
Curva epidêmica (utilidades): 
 Curso da doença (início, final, duração). 
 Incidência/dinâmica. 
 Origem agente/tipo de doença. 
 Forma/tipo de contágio/transmissão. 
 
 
 
A = numero explosivo de casos em pequeno 
espaço de tempo 
Alta transmissão 
Transmissão simultânea 
 
B = Aumento gradual 
Doenças infectocontagiosas 
Transmissão contato direto, indireto 
 
PERÍODO DE INCUBAÇÃO 
VARIAÇÃO DO PERÍODO DE INCUBAÇÃO 
 
Curva epidêmica: Definição/sinonímia, tipos e 
utilidades. 
 
Gráfico linha ou em barra 
Padrões temporais de ocorrência das doenças: 
Doenças infecto e parasitarias apresentam 3 
padrões principais de acordo com sua incidência 
 
Esporádica 
Padrão endêmico 
Padrão epidêmico 
 
 
Aquela doença naquela população 
Pode ter outra classificação em outro local. 
 
DOENÇAS ESPORÁDICAS 
Doença de ocorrência rara, esporádica, numa 
população. 
Casos isolados ou pequenos surtos ocorrem a 
intervalos variáveis, imprevisíveis. 
Podem ser infecto-contagiosas, genéticas ou 
tóxicas. 
Sinônimo – doença rara (ou paraendêmica). 
Plavras-chave: imprevisível, rara. 
Nos intervalos, onde está o agente? 
Hospedeiros, reservatórios, ambiente, latência, 
 
DOENÇAS ENDÊMICAS 
DOENÇAS QUE OCORREM CONTINUAMENTE NA 
POPULAÇAÕ, SEMPRE PRESENTES. 
 
Doenças que ocorrem continuamente, com 
variações limitadas de incidência ao longo do 
tempo numa população. 
Estão sempre presentes na população. 
Componentes necessários? 
Agente, hospedeiros susceptíveis em 
determinada proporção, meios de transmissão. 
 
Endemia: doenças de ocorrência contínua, 
sempre presentes na população. 
Palavras-chave: regularidade, previsibilidade. 
 
Toxoplasmose no RS em humanos 
Historicamente – regularidade – previsibilidade 
 
 
 
Pode ser endêmica em diferentes níveis 
 
Brucelose em bovinos hipoendemica 
 
Parasitoses gastrointestinais, infestação por 
carrapato – holoendemicas. Acima de 80% da pop 
de bovinos 
 
 
Pode ter variação de incidência no máximo 1.96 
de desvio padrão acima da média. 
Acima disso – Epidemia 
 
Leptospirose em humanos endêmica 
 
DOENÇA EPIDÊMICA: 
DOENÇAS QUE OCORREM NAS POPULAÇÕES SOB 
A FORMA DE SURTOS OU EPIDEMIAS. 
 
Surto ou epidemia – aumento do numero de 
casos numa população num espaço de tempo. 
 
Surto – populações pequenas. 
Bairro, escolas. 
Epidemia – populações grandes cidade, região, 
estado, país. 
 
Não existe definição clara. 
 
Epidemia (surto): 
Aumento significativo do número de casos de 
uma doença em uma população em um 
determinado período. 
 
Parâmetros necessários para definir. 
 Frequência – aumento significativo de 
casos. 
 Espaço – em uma determinada população. 
 Tempo – em um período de tempo. 
 
PANDEMIA – grande extensão 
Não significa gravidade 
Tipos: 
Epidemia em ponto (torre, fonte comum, hídrica). 
Epidemia de propagação. 
 
 
 
 
Epidemia em ponto: 
Sinonímia: epidemia em torre, maciça, de fonte 
comum, hídrica. 
Número grande de casos em um curto espaço de 
tempo. 
Sugere exposição simultânea de vários indivíduos 
ao agente. 
Típicas em intoxicações alimentares ou hídricas: 
ou exposição simultânea a agentes altamente 
transmissíveis. 
 
Epidemia de propagação: 
Novos casos surgem progressivamente, 
gradativamente. 
 
 
Sugere doença infecto-contagiosa ou parasitária, 
transmitida por contato direto ou indireto. 
A inclinação da curva depende da forma de 
transmissão, transmissibilidade do agente, 
período pré-patente, proporção de susceptíveis e 
distância social. 
 
Aérea – curva mais vertical. 
Quanto tempo demora a excretar agente 
 
AIDS: epidemia ou endemia? 
As 2 coisas estão certas, depende da perspectiva 
com que se olha 
 
 
Longo espaço de tempo – epidemia. 
Aumento de casos – epidemia de propagação. 
 
Platô – mais ou menos de forma endêmica. Vista 
num curto espaço de tempo recentemente. 
 
O que determina o final de uma epidemia? 
 
 
Na maioria das vezes ocorre por intervenção 
humana. 
Nunca duram para sempre. Terminam por 
Quanto todos morrer ou ficar todos imunes. 
 
São autolimitantes. 
Esgotamento dos susceptíveis. 
 
 
 
Outros padrões de ocorrência: 
Flutuações/variações endêmicas. 
 
Sazonais (estacionais). 
Verão aumentam um pouco de frequência, por 
ex. 
Estação do ano. 
Doenças respiratórias – inverno. 
Tem no ano inteiro, mas aumenta no inverno. 
Infestação por carrapato – verão. 
 
INSUFLAÇÃO CÍCLICA 
Intervalos de 3,5,7 anos picos de casos. 
Febre amarela em primatas não humanos. 
 
 
Quando tem grande pico de casos a maior parte 
da população fica imune – redução gradativa da 
imunidade na população. 
 
Doenças epiendêmicas: 
Dentro de uma endemia tem picos de epidemia 
 
Doenças com tendência secular: 
Incidência diminuindo lentamente ou 
aumentando muito lentamente 
Sedentarismo, fast food – 
 
 
 
 
Febre amarela 
 
 
 
 
Endêmicas na maior parte do tempo 
 
 
 
 
 
 
Distribuição espacial das doenças: 
 
Padrões de distribuição espacial: 
 Aleatório – ao acaso, sem concentração 
de casos. 
 Infeccioso/contagioso – com aglomeração 
de casos, focos. 
 
 Clusters – aglomeração anormal de casos 
no espaço. 
Sugere presença de fontes de infecção/meios de 
transporte. 
A identificação favorece o rastreamento da 
origem dos casos. 
Indica a presença de fatores determinantes de 
risco. 
Direciona/concentra ações de combate. 
Ex: clusters de casos de COVID em matadouros 
inicialmente. 
Dengue em casos de porto alegre. 
Leishmaniose em alguns bairros. 
 
Estudos clássicos: 
Cólera no século 19 – se observou a concentração 
dos casos e através de observações notou-se que 
o fornecimento de água nessa região era 
diferente. 
 
Febre afotsa: umidade, temperatura e vento – 
transmissão pelo ar até 10km. 
 
Utilidades da distribuição espacial: 
 Informar local onde iniciou a doença. 
 Possíveis fatores determinantes ou 
agentes. 
 Tipo de doença e forma de transmissão. 
 Padrão de disseminação. 
 Medidas de combate. 
 
Geografia das enfermidades: 
Fatores determinantes: 
 Presença do agente. 
 Presença do hospedeiro susceptível. 
 Presença de vetores/meios de 
transmissão. 
 Presença de reservatórios. 
 Condições ambientais (hidrografia, clima, 
condição da vegetação). 
 Barreiras naturais (montanha) ou 
artificiais (ações de barreira sanitária pelo 
homem). 
 
 Doença de distribuição mundial. 
 Doença de certa limitação geográfica 
(geralmente climática). 
 Doenças restritas/ nichos ecológicos 
(restrita a determinada região). 
 
Áreas livres naturais. 
 
Áreas livres produzidas pelo homem – aftosa no 
Brasil. 
Nunca teve ou foi erradicada. 
Livre do agente e área indene da doença. 
 
Doença exótica – nunca existiu em uma região ou 
não ocorre há mais de 100 anos por exemplo. 
 
Vigilância epidemiológica: 
Sistema de informação – fonte dessa informação, 
notificações mensais e obrigatórias, 
acompanhamento. 
 
Conjunto de atividades ou ações que permite 
conhecer a cada momento a situação atual de 
uma doença em uma população. 
 
Objetivos: conhecer a situação atual de uma 
doença, detectar ou prever no ecossistema e 
fatores determinantes, recomendar medidas 
necessárias a prevenção. 
 
Componentes da vigilância epidemiológica: 
 Informação: denúncia, notificações. 
 Decisão: serviço oficial. 
 Ação. 
 
Histórico da vigilância: 
Campanhade erradicação da varíola. 
 
Vigilância em saúde (saúde pública): 
 Vigilância epidemiológica – doenças de 
notificação obrigatórias. 
 Vigilância sanitária – estabelecimentos 
com alimentos, medicamentos, 
estabelecimentos de saúde, clínicas de 
estética. 
 Saúde do trabalhador. 
 Vigilância ambiental – água/saneamento, 
vetores, animais sinantrópicos, animais 
peçonhentos, zoonoses. 
 
Órgãos envolvidos: 
Saúde pública: 
 Ministério da saúde. 
 Secretarias estaduais: CEVS (centro 
estadual de vigilância em saúde). 
 FUNASA, SVS, Departamento de vigilância 
ambiental. 
 
Saúde animal: 
 MAPA. 
 Secretariais estaduais de agricultura. 
 
Atividades da vigilância epidemiológica: 
 Coleta e processamento de dados. 
 Análise e interpretação dos dados. 
 Investigação epidemiológica dos casos e 
surtos. 
 Recomendação de medidas apropriadas. 
 Promoção de medidas apropriadas. 
 Avaliação da eficácia. 
 Divulgação de informações pertinentes. 
 
Cassação por omissão de suspeita de doenças de 
notificação obrigatória. 
 
Fonte dos dados: 
 Atividades a partir da ocorrência de 1 caso 
ou suspeita de doença sob vigilância. 
 Profissionais de saúde – serviço oficial de 
saúde. 
 Laboratórios, clínicas/universidades. 
 Inspeção em matadouros. 
 Proprietários, população, imprensa. 
 Investigação epidemiológica (vigilância 
ativa). 
 
Notificação: principal fonte de informação. 
 
Qualquer profissional de saúde ou cidadão para 
fins de adoção de medidas de intervenção. 
 
Vigilância epidemiológica – humanos: 
SNVE coordena a vigilância do país, secretaria de 
saúde. 
 
Doenças de notificação obrigatória: 
Critérios: 
 Magnitude (frequência, importância). 
 Potencial de disseminação. 
 Transcendência (letalidade, severidade, 
impacto socioeconômico). 
 Vulnerabilidade. 
 Acordos/ compromissos internacionais. 
 
Doenças de animais: MAPA. 
Sistema nacional de informação zoossanitária. 
Obter o máximo de informações. 
SIZ, SISBRAVET. 
 
Doenças de notificação obrigatórias: 
 Doenças exóticas. 
 Doenças que ameacem a economia do 
país. 
 Problemas de saúde pública e meio 
ambiente. 
 Zoonoses. 
 
Categorias: 
4 categorias no país. 
3 categorias no RS. 
 
Rio grande do sul: 
1 – doença notificação imediata em caso de 
suspeita ou diagnóstico laboratorial. 
2 – doença de notificação imediata em casos 
confirmados. 
3 – doença de notificação mensal em caso 
confirmado. 
 
Vigilância ativa – busca ativa de casos. 
Parte vem da periferia ou da investigação. 
Vigilância de estabelecimentos comerciais de 
alimentos. 
 
Investigação de surtos de intoxicação alimentar. 
Busca domiciliar/armadilhas de criatórios de 
mosquitos (dengue). 
Investigação da mortalidade de bugios em áreas 
rurais. 
Casos em propriedades vizinhas a surtos (PSC). 
 
Vigilância – fluxo das ações: 
Casos de doença – diagnóstico clínico ou suspeita 
– comunicação ao órgão competente – visita ao 
local, coleta de material, envio ao laboratório – 
diagnóstico, interpretação dos achados – 
recomendações. 
 
Componentes da vigilância epidemiológica: 
Informação, decisão e ações. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Estudos epidemiológicos: 
 
Estudos descritivos: estudam ocorrência de uma 
doença em uma população. 
Ocorrência, frequência, frequência por atributo, 
etc. 
 
Estudos analíticos: estudam frequência e 
associação entre fatores causais. Tem maior 
profundidade, determina a frequência da doença 
ou fatores dela em uma população. Investigação 
de causa dos fatores envolvidos. 
 
Frequência de qualquer fator relacionado a uma 
doença. 
 
Estudos analíticos transversais (seccionais): feito 
no momento do tempo. Estudo da prevalência, 
inquérito epidemiológico. 
Estudos analíticos longitudinais: casos controle, 
investigação da causa do fator suspeito e doença, 
também há o estudo experimental. 
 
Estudos transversais: 
Determinam a frequência de algum aspecto 
relativo a doença em uma população num 
determinado momento. 
Inquéritos epidemiológicos e estudos de 
prevalência. 
Resultado = (taxa de) prevalência. 
Usos: diagnóstico de situação, avaliação de 
programas de combate. 
 
Inquérito x levantamento: 
 Inquérito = ativo, vai na população e gera-
se o dado. 
 Levantamento = dados são pré-existentes, 
recolhe-se somente. 
 
Aspectos mais estudados: 
Prevalência de: 
 Doença – inquérito clínico. 
 Anticorpos (soroprevalência – frequência 
de anticorpos). 
 Infecção (presença do agente). 
 Fatores de risco – drogas, cigarro. 
 
Método: seleciona a população a ser estudada 
(amostra ou total). Testa-se o aspecto/fator 
desejado. 
Resultado = prevalência. 
Exemplo: bovino soropositivos para brucella sp; 
diabetes na população de SM. 
 
Acompanhamento nos dias seqüentes ou fazer 
uma segunda prevalência um tempo após. 
 
Estudos longitudinais: 
Fatores associados a ocorrência da doença ao 
longo do tempo. 
Uso: quando a causa ou fator suspeito não é 
evidente ou claro. 
Podem ser interventivos (experimentos) ou 
observacionais (coortes, caso-controle). 
Resultado = indicação da associação ou relação 
entre determinado fator suspeito e doença. 
 
Suspeita da relação causal: 
Fator – doença. 
Existe associação causal? 
 
Para ter significado causal: 
 Deve ser estatisticamente significativa. 
 Fazer sentido biológico. 
 Obedecer a sequência temporal lógica. 
 Apresentar relação dose-resposta. 
 
Investigação de fatores determinantes: 
 Método experimental (interventivo). 
 Método observacional (estudo de coortes, 
estudo de casos-controle; não 
interventivos). 
 
Método experimental: 
Como comprovar? 
Introduz fator suspeito – se mede o efeito. 
 
Efeito/parâmetro a ser medido: 
 Clínico (sinais, intensidade, frequência). 
 Morbidade. 
 Mortalidade. 
 Desempenho (ganho de peso, conversão 
alimentar). 
 Fertilidade. 
 
Compara com grupo controle ou testemunha – 
quase idêntico ao analisado. 
 
Vantagens do método experimental: 
 Condições são controladas (agente, meio 
ambiente e hospedeiro). 
 Elimina outras variáveis (idade, 
temperatura, tudo igual ou semelhante). 
 Deixa a relação simples entre fator e 
doença. 
 
Restrições: 
 Não reproduz condições naturais. 
 Aplicação restrita (ética) – para 
experimentação. 
 Custo elevado. 
 Doenças com longos períodos de 
incubação. 
 Por isso muitas vezes é inviável. 
 
Opções: estudos observacionais – estudos de 
coortes (longitudinais, prospectivos), estudos de 
casos-controle (longitudinais, retrospectivos). 
 
Em alguns dos casos, são a única alternativa. 
 
 Doença com longo período de incubação. 
 Doenças humanas. 
 Doenças com baixa incidência a exposição 
ao fator de risco. 
 Doenças com múltiplas causas/fatores 
determinantes. 
 
Exemplo: exposição solar e câncer de pele, 
alcoolismo e impotência sexual. 
 
Estudo de coortes: 
Estudo observacional, longitudinal, prospectivo 
(futuro). 
Objetivo: identificar o fator determinante/risco 
de doenças (investigação da causa). 
Identificar 2 grupos de indivíduos – 1 
naturalmente exposto e 1 não exposto. 
Acompanhamento desses grupos por certo 
tempo. 
Registra-se a incidência da doença nos expostos e 
não expostos. 
Calcula-se o risco relativo e risco atribuível. 
 
Risco relativo: incidência de expostos/ incidência 
de não expostos = número de chances (ex: 4x 
mais chances). Quanto maior o risco relativo, 
mais forte a associação. 
1 = sem relação. 
Abaixo de 1 = efeito contrário. 
 
Risco atribuível: parcela da incidência que posso 
atribuir ao fator suspeito. 
Incidência de expostos – incidência de não 
expostos. 
 
Propriedades: único método direto para 
determinar a incidência. Mesma lógica da 
experimentação (mas sem intervenção). Grupo 
exposto enão exposto. 
Pode estudar relação de fator com várias doenças 
simultaneamente ou outros fatores. 
Condições são naturais. 
 
Limitações: dificuldade de acompanhamento dos 
indivíduos (desistência, mortes). 
Longa duração, qualidade da informação. 
 
Estudo de casos-controles: observacional, 
longitudinal, retrospectivo. 
 
Exemplo: 
Uso de contraceptivos e tumor de mama: 
Usou – doentes e sadios. 
Com tumor de mama – usou, não usou. 
 
Objetivo: identificação do fator de risco. 
Procedimento: parte dos casos já diagnosticados 
(controle) e sadios. Busca no passado a 
frequência de exposição ao fator de risco. 
 
Risco de chance: doentes expostos/sadios 
expostos. 
 
Fonte de informação: entrevistas, questionários, 
registros médicos, registros oficiais. 
 
Aplicação: 
 Doenças crônicas, baixa incidência. 
 Longo período de incubação. 
 Pode estudar vários fatores 
simultaneamente. 
 Baixo custo e execução rápida. 
 
Limitações: 
 Qualidade de informação, falta de 
registros. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
COMBATE ÀS ENFERMIDADES 
 
Deve levar em conta: 
 Impacto da doença (social – pequenos 
animais e pessoas, econômico – grandes 
animais). 
Pequenos impactos muitas vezes 
negligenciados. 
 
 Custo-benefício (econômico – grandes 
animais, rebanhos; compensa tratar?). 
 
 Exequibilidade/ viabilidade técnica – é 
possível?. 
 
 Aspectos sócio-culturais (mormo – 
produtores não aceitam sacrificar; 
Leishmaniose – não tratam e não 
eutanasam). 
 
 Ética (abate, sacrifício). 
 
 ENDEMICIDADE (mais importante, 
determina o tipo de medida). 
 
 
 
Ações de combate: 
De acordo com a finalidade, alcance e grau de 
cobertura as ações de combate dividem-se em: 
 
Medidas/ações táticas (ou Campanhas): 
“ Ação localizada, pontual, temporária, que visa 
atuar sobre uma ou mais etapas da cadeia do 
processo infeccioso, interrompendo a sua 
continuação” 
 
Medidas/ações estratégicas (ou Programas): 
“ Conjunto de ações planejadas, sistemáticas e 
contínuas que visa produzir alterações 
permanentes no ecossistema de modo a 
desfavorecer (ou excluir) o agente.” 
- Afeta todos os componentes do ecossistema. 
 
 
 
Campanhas (exemplos) 
- Campanhas de vacinação: objetivo de imunizar 
contra aftosa, brucelose, poliomielite, influenza, 
F. Amarela, HPV, etc. 
 
Vacinação indireta – vacina da poliomielite – 
eliminação do vírus vivo através de secreções. 
Vacina da gotinha – cria infecção controlada no 
intestino. 
 
- Distribuição de preservativos/conscientização 
para a importância de sexo seguro durante o 
carnaval. 
 
- Conscientização e combate ao Aedes sp. 
 
- Outubro rosa/novembro azul/julho amarelo. 
 
- Combate a morcegos em furnas. 
 
- Campanha de vacinação anti-rábica. 
 
Programa nacional de controle e erradicação da 
brucelose e da tuberculose animal. 
Contém campanhas dentro das ações. 
 
Programa nacional de erradicação e prevenção da 
febre aftosa. 
 
Etapas de um programa: 
 Diagnóstico de situação – radiografia. 
 Planejamento. 
 Execução. 
 Avaliação – compara diagnósticos de 
situações. 
 
Tendência das campanhas virarem programas; só 
apagar incêndio não é efetivo, deve-se retirar a 
causa. 
 
Métodos de combate – conjunto de medidas: 
 
De acordo com a finalidade estratégica: 
 Prevenção – quando ainda não existe a 
doença. 
 Controle – existe. 
 Erradicação – existe em pequeno nível. 
Dependem da endemicidade. 
 
De acordo com o nível primário (HUMANOS): 
Nível primário – sem doença e devemos impedir 
que entre. 
Nível secundário – reduzir transmissão. 
Nível terciário – minimizar prejuízos. 
 
De acordo com a etapa da cadeia infecciosa em 
que atuam: 
Fonte de infecção. 
Transmissão. 
Novo hospedeiro. 
 
Profilaxia (ou prevenção): 
“ Conjunto de medidas com o objetivo de 
preservar a saúde, prevenir ou reduzir a 
ocorrência de casos de doença”. 
 
Medidas profiláticas: 
“ Medidas utilizadas para evitar/prevenir ou 
reduzir a ocorrência de casos de doença”. 
Vacinação, flúor na água, isolamento, máscara. 
 
Métodos de combate: 
Métodos de prevenção: Conjunto de medidas 
que visam impedir a introdução do agente em 
áreas livres (ou proteger as populações em 
regiões onde a doença já ocorre). 
 
Usos/aplicações: áreas livres de determinado 
agente (rebanhos, regiões, estados, países, 
continentes). 
 
Objetivo: Evitar a introdução do agente/manter a 
região livre do agente. 
 
Ações/medidas: barreiras sanitárias, quarentena, 
higiene ambiental, Vacinação maciça, diagnóstico 
precoce e sacrifício. 
 
Método de PREVENÇÃO (medidas): 
Barreiras sanitárias – toda e qualquer restrição a 
movimentação de entrada de pessoas, animais ou 
subprodutos – qualquer meio que posa introduzir 
agente. Próximo a fronteiras, aeroportos, portos. 
 
Quarentena – período de observação; indivíduo 
observado até que desenvolve ou não sinais 
clínicos. Tempo vai depender da doença. 2X 
período médio de incubação no mínimo. 
Pode ser feita no Local de origem e local de 
destino. 
 
Higiene ambiental – não impede que entre. 
Medidas que visam criar condições desfavoráveis 
à sobrevivência do agente no ambiente. 
Desfavorece a perpetuação caso entre. 
Alimentos, estabelecimentos. 
- Tratamento de água. 
- Coleta e tratamento de esgoto. 
- Coleta e destinação de lixo. 
- Higiene/desinfecção de instalações. 
- Limpeza/desinfecção de equipamentos. 
- Tratamento/eliminação de excreções/restos. 
- Inspeção de alimentos. 
- Controle de roedores, vetores, animais 
sinantrópicos. 
 São medidas/ações muitos eficazes, de baixo 
custo e sem contra-indicações ou restrições. 
 
Diagnóstico precoce e sacrifício – febre aftosa – 
sacrifício e destruição da carcaça – rifles 
sanitários (câmara de gás, veneno, arma de fogo; 
sacrifício e eliminação da carcaça com fins 
sanitários). 
 
Vacinação maciça – vacinar toda população 
receptiva; o máximo que conseguir da população. 
 
Vacinar ou não em áreas livres? Há risco de 
introdução do agente? 
Custo. 
Introdução do agente em população virgem. 
Mascaramento – maciça. 
 
Imunidade de rebanho: percentual alto de 
imunizados protege os não imunizados, para que 
o agente não consiga de perpetuar. 
 
Métodos de controle: 
Conjunto de medidas/ações destinadas a reduzir 
a ocorrência de uma doença já presente na 
população 
Objetivo é reduzir a transmissão e ocorrência de 
novos casos. 
As medidas podem ser direcionadas às fontes de 
infecção, à transmissão e aos susceptíveis (novos 
hospedeiros)*. 
 
Medidas direcionadas às Fontes de Infecção: 
Isolamento e imobilização: 
Evita que transmita; facilita o acesso, 
monitoramento, desinfecção de instalações. 
Isolamento pode ser individual, coletivo (em 
grupos; acantonamento) ou em área 
(propriedade, região). 
 
Interdição é o isolamento de uma área, região ou 
propriedade. 
 
A transmissibilidade define o nível de interdição 
da propriedade. 
Bloquear entrada e saída de todos? 
 
Quimioprofilaxia e terapia – reduz a carga 
parasitária; reduz tempo e quantidade da 
excreção do agente. 
Curativo e profilático. 
 
- Tratamento contra endo e ectoparasitas - 
Inseticidas - Antibióticos - Antifúngicos, etc... 
 
 Ação curativa - Reduzem a evolução do 
quadro clínico, antecipando a recuperação 
e reduzindo as perdas associadas com a 
doença. 
 Ação profilática - Reduzem o período de 
transmissibilidade e a quantidade do 
agente excretado, reduzindo a 
contaminação do ambiente e a 
transmissão. 
 
Diagnóstico e sacrifício – População interditada 
até que se tomem as medidas. Sem tratamento, 
alvos de erradicação e zoonoses. 
Sacrifício de indivíduos, grupos ou mesmo de 
populações de animais que tenham sido expostos 
a um agente de doença grave e transmissível.Realizado em casos de doença grave, zoonóticas 
ou não, objetos de programas oficiais de controle 
e/ou erradicação. 
Elimina-se os animais doentes e/ou infectados. 
Mormo, leishmaniose, tuberculose, brucelose, 
anemia infecciosa eqüina. 
 
Controle de reservatórios – raiva herbívora; telas 
para captura do morcego; aplicação de warfarina 
(anticoagulante) – morcego se limpa e limpam 
uns aos outros e morrem. Permitido esse 
controle somente por profissionais da secretaria. 
 
Foco. 
Zona infectada: vizinhos diretos e perifocal (ao 
redor). 
Zona de vigilância – risco ou tampão. 
3 e 10 km. 
 
Medidas direcionadas às Vias de Transmissão: 
- Higiene ambiental/ tratamento de água, 
equipamentos. 
- Higiene e inspeção de alimentos. 
- Limpeza e desinfecção de instalações e 
ambientes. 
- Coleta e destinação/tratamento de lixo e 
esgoto, etc. 
- Controle de vetores, sinantrópicos, etc. 
 
Controle de vetores: 
 Combate químico (inseticidas, larvicidas). 
 Vigilância e controle de criatórios. 
 Saneamento básico (esgoto sanitário e 
pluvial). 
 Controle biológico. 
Dengue. 
 
Medidas direcionadas aos susceptíveis (Novos 
Hospedeiros): 
Isolamento/segregação – evitar que tenha 
contato. 
Uso de EPI’s (humanos). 
 
Vacinação: 
De acordo com a cobertura/abrangência pode 
ser: 
 Maciça: vacina toda população 
susceptível. 
 Estratégica: vacina parcelas da população 
(idosos). Dividida em: 
- Vacina seletiva: Brucelose fêmeas 3-8meses; 
HPV meninas de 13 anos (+susceptíveis). 
- Vacina de bloqueio: em resposta a circulação do 
agente; casos. Baixa disseminação. 
 Focal - dentro do foco, contato com 
pessoa doente e contatos adjacentes. 
 Perifocal - ao redor do foco; vizinhos, 
propriedades, imunidade ao redor. 
 Regional – região do foco. 
Grupos de risco, profissionais de saúde com 
contato com doentes. 
 
Métodos de erradicação: 
Conjunto de ações com o objetivo de eliminar 
uma doença de um determinado território ou 
população. 
Objetivo: excluir de forma definitiva um 
agente/doença de uma determinada população. 
Usos/aplicações: doenças de 
incidência/prevalência baixas, quando o 
custo/benefício for favorável. 
Ações/medidas complementares às medidas de 
CONTROLE. 
 
Eliminar agente da população permanentemente. 
Incidência baixa. 
Se incidência for alta – tentar reduzir para depois 
erradicar. 
 
 Eliminação de fontes de infecção. 
 Eliminação de vetores. 
 Erradicação de reservatórios. 
 
Evolução natural dos ecossistemas: 
Áreas livres (indene) – paraendêmico (recebe 
introdução do agente; as vezes tem doença) – 
endêmico (exposição frequente) – epiendêmico 
(endêmica na maior parte do tempo; picos da 
doença; áreas endêmicas secundárias). 
 
Combate as enfermidades – essas ordens devem 
ser invertidas até tornar a área livre novamente. 
 
Ecossistemas livres: 
- áreas livres naturais ou produzidas pelo homem 
- o agente não está presente - em geral, são 
pouco dependentes do meio externo - a 
introdução do agente resulta em epidemia/surto 
- pode possuir os outros componentes 
(hospedeiros, meios de transmissão) 
 
Ecossistemas endêmicos (áreas endêmicas 
primárias): 
- possuem agente-hospedeiros-meios de 
transmissão. 
- o agente está permanentemente presente. 
- podem apresentar tendências estacionais. 
- são a origem do agente para outras áreas. 
- geralmente não apresentam surtos/epidemias. 
- quando ocorrem – se devem á alterações 
marcantes no ecossistema. 
 
Ecossistemas paraendêmicos: 
 - não apresenta a doença na maior parte do 
tempo. 
- a doença ocorre raramente, esporadicamente. 
- deve-se a introdução do agente, de hospedeiros 
ou de meios de transmissão. 
- são muito dependentes do meio externo. 
- doença ocorre em forma de surtos. 
 
Ecossistemas epiendêmicos (áreas endêmicas 
secundárias): 
 - apresentam o agente-hospedeiros - meios 
transmissão. 
- a doença é endêmica a maior parte do tempo. 
- picos da doença - por influências externas 
(cepas do agente, novos hospedeiros) ou internas 
(variações climáticas, ecológicas). 
- são dependentes do meio externo - muito 
influenciados pela ação do homem.

Continue navegando