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MPC TCE-RO 2019

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||489_TCERO_DISC_001_01|| CEBRASPE – TCERO – Aplicação: 2019
PROVA DISCURSIVA
• Nesta prova, faça o que se pede, usando, caso deseje, os espaços para rascunho indicados no presente caderno. Em seguida, transcreva
os textos para o CADERNO DE TEXTOS DEFINITIVOS DA PROVA DISCURSIVA, nos locais apropriados, pois não serão
avaliados fragmentos de texto escritos em locais indevidos.
• Qualquer fragmento de texto que ultrapassar a extensão máxima de linhas disponibilizadas será desconsiderado. Também será
desconsiderado o texto que não for escrito na(s) folha(s) de texto definitivo correspondente(s).
• No Caderno de Textos Definitivos, identifique-se apenas no cabeçalho da primeira página, pois não será avaliado texto que tenha
qualquer assinatura ou marca identificadora fora do local apropriado. Caso queira assinar o texto do seu parecer, utilize apenas o nome
Procurador. Ao texto que contenha outra forma de assinatura será atribuída nota zero, correspondente à identificação do candidato
em local indevido.
• Em cada questão, ao domínio do conteúdo serão atribuídos até 20,00 pontos, dos quais até 1,00 ponto será atribuído ao quesito
apresentação (legibilidade, respeito às margens e indicação de parágrafos) e estrutura textual (organização das ideias em texto
estruturado). Na avaliação do parecer, esses valores corresponderão a 60,00 pontos e 3,00 pontos, respectivamente.
QUESTÃO 1
Redija um texto a respeito de fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da
administração direta e indireta, respondendo ao questionamento do item 1 e atendendo ao que se pede nos itens 2 e 3.
1 De acordo com a Constituição Federal de 1988, a quem compete realizar as fiscalizações dos tipos contábil, financeira,
orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta? [valor: 6,00 pontos]
2 Discorra, de forma detalhada, sobre os principais aspectos avaliados nas fiscalizações dos tipos contábil, financeira, orçamentária
e patrimonial. [valor: 6,50 pontos]
3 Discorra, de forma detalhada, sobre os principais aspectos avaliados na fiscalização do tipo operacional. [valor: 6,50 pontos]
QUESTÃO 1 – RASCUNHO
1
2
3
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5
6
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||489_TCERO_DISC_001_01|| CEBRASPE – TCERO – Aplicação: 2019
QUESTÃO 2
A Lei n.º 12.462/2011, ao instituir o regime diferenciado de contratações públicas (RDC), inovou em vários aspectos relacionados às
licitações no âmbito da administração pública. Entre essas inovações, cita-se a criação da pré-qualificação permanente. A respeito desse
assunto, redija um texto atendendo ao que se pede a seguir.
1 Conceitue pré-qualificação permanente [valor: 3,00 pontos] e esclareça as hipóteses em que é possível a sua aplicação
[valor: 6,00 pontos].
2 Discorra a respeito das regras que fundamentam a execução da pré-qualificação permanente. [valor: 10,00 pontos]
QUESTÃO 2 – RASCUNHO
1
2
3
4
5
6
7
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10
11
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14
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||489_TCERO_DISC_001_01|| CEBRASPE – TCERO – Aplicação: 2019
QUESTÃO 3
João, deputado federal, entendeu que havia vícios de inconstitucionalidade em uma proposta de
emenda constitucional prestes a ser votada na Câmara dos Deputados. De acordo com sua avaliação,
a proposta visava abolir cláusula pétrea prevista na Constituição Federal de 1988. Decidido a adotar, em
nome próprio, medida judicial que impedisse o prosseguimento do trâmite legislativo da proposta, João
sugeriu a Marcos, seu eleitor e não investido em mandato parlamentar, que, também em nome próprio,
buscasse medida semelhante.
Considerando a situação hipotética apresentada bem como a legislação pertinente e os entendimentos jurisprudenciais cabíveis, responda,
de forma fundamentada, aos questionamentos que se seguem.
1 Qual é a medida judicial adequada para impedir o prosseguimento do trâmite legislativo da proposta de emenda constitucional?
Justifique sua resposta, informando a finalidade de tal medida nessa situação. [valor: 8,00 pontos]
2 Em que espécie de controle judicial de constitucionalidade está inserida a referida medida judicial? [valor: 2,00 pontos]
3 Qual é o requisito presente na situação que configura hipótese de cabimento para a adoção da referida medida judicial e qual é
o dispositivo constitucional pertinente? [valor: 3,00 pontos]
4 João e Marcos estão legitimados para a propositura dessa medida judicial? [valor: 6,00 pontos]
QUESTÃO 3 – RASCUNHO
1
2
3
4
5
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||489_TCERO_DISC_001_01|| CEBRASPE – TCERO – Aplicação: 2019
PARECER
Em uma auditoria relativa à prestação de contas apresentada pelo prefeito do município Y do estado
de Rondônia, para o exercício de 201X, o TCE/RO identificou os seguintes achados.
N.º 1 – O anexo de metas fiscais da lei de diretrizes orçamentárias (LDO) do exercício 201X previa
meta de resultado primário de superávit de R$ 500.000, mas o resultado verificado foi de déficit de
R$ 200.000. Não houve nenhuma providência por parte do prefeito para a redução das despesas e o
consequente atingimento da meta.
N.º 2 – Ao final do exercício financeiro de 201X, a despesa com pessoal do Poder Executivo estava no
patamar de 60% da receita corrente líquida daquele município, sendo 35% do seu quadro de pessoal
composto de servidores comissionados sem vínculo efetivo com a prefeitura. Apesar do envio de
alertas por parte do TCE/RO a respeito da possibilidade de atingimento desses limites, não foi tomada
nenhuma providência para a redução dessas despesas.
N.º 3 – A previsão de receitas estava superestimada em 201X; uma frustração de receitas em
R$ 1.500.000 resultou em déficit orçamentário naquele exercício financeiro. Essa situação se repetiu
nos dois exercícios financeiros anteriores.
Em resposta ao TCE/RO acerca dos achados da auditoria, o prefeito do município Y apresentou as
seguintes informações.
N.º 1 – O descumprimento da meta de resultado primário previsto na LDO do exercício 201X se deve
à frustração de receitas naquele exercício financeiro.
N.º 2 – Não seria possível promover a redução das despesas de pessoal, haja vista que o município Y
não poderia abrir mão dos servidores comissionados sem prejuízo ao funcionamento da administração
pública.
N.º 3 – A frustração de receitas ocorreu em razão de uma crise econômica que atingiu o município no
exercício financeiro de 201X.
Após examinar as informações apresentadas pelo prefeito, a equipe de auditoria sugeriu voto pela
regularidade das contas.
Considerando essa situação hipotética, redija, na condição de procurador do Ministério Público de Contas junto ao TCE/RO, um parecer
opinativo a respeito da prestação de contas do chefe do Poder Executivo do município Y, destinado ao conselheiro relator designado para
a elaboração do respectivo parecer prévio. Dispense o relatório e não crie fatos novos.
Em seu parecer, atenda ao que se pede a seguir.
1 Informe a competência do TCE/RO para a elaboração do parecer prévio da prestação de contas do chefe do Poder Executivo do
município Y e esclareça se o parecer prévio vincula a decisão do Poder Legislativo municipal. [valor: 12,00 pontos]
2 Analise, de forma fundamentada, o mérito do achado n.º 1 da auditoria e a respectiva resposta do prefeito. [valor: 10,00 pontos]
3 Analise, de forma fundamentada, o mérito do achado n.º 2 da auditoria e a respectiva resposta do prefeito. [valor: 10,00 pontos]
4 Analise, de forma fundamentada, o mérito do achado n.º 3 da auditoria e a respectiva resposta do prefeito. [valor: 10,00 pontos]
5 Opine sobre a proposta de voto sobre as contas do prefeito apresentada pela equipe de auditoria, com determinações ao chefe
do Poder Executivo do município Y e demais providências de encaminhamento a serem tomadas pelo TCE/RO.
[valor: 15,00 pontos]
||489_TCERO_DISC_001_01|| CEBRASPE – TCERO – Aplicação: 2019
PARECER – RASCUNHO – 1/3
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1718
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||489_TCERO_DISC_001_01|| CEBRASPE – TCERO – Aplicação: 2019
PARECER – RASCUNHO – 2/3
31
32
33
34
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||489_TCERO_DISC_001_01|| CEBRASPE – TCERO – Aplicação: 2019
PARECER – RASCUNHO – 3/3
61
62
63
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68
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71
72
73
74
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78
79
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81
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84
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86
87
88
89
90
 
 
CONCURSO PÚBLICO 
 
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE RONDÔNIA 
 
CARGO: PROCURADOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO DE CONTAS 
 
PROVA DISCURSIVA – PARECER 
Aplicação: 20/10/2019 
 
PADRÃO DE RESPOSTA DEFINITVO 
 
Parecer MPC n.º .................., de 201X 
Processo n.º ...................... 
Assunto: Prestação de contas do Poder Executivo do município Y – Exercício 201X. 
 
 
Relatório (dispensado) 
 
 
1 O TCE/RO é órgão competente para se pronunciar sobre as contas do prefeito do município Y, haja vista a inexistência 
de tribunal de contas dos municípios no estado de Rondônia e por força do disposto no art. 31, § 1.º, da Constituição Federal de 
1988 (CF), por meio de parecer prévio a ser submetido à câmara de vereadores do município Y. 
 Embora o art. 32, § 2.º, da CF afirme que o parecer prévio emitido pelo TCE/RO sobre a prestação de contas do chefe 
do Poder Executivo do município Y somente deixará de prevalecer por decisão de dois terços dos membros da câmara municipal, 
de acordo com a jurisprudência do STF, esse parecer tem força opinativa (Recursos Extraordinários nº 729.744 e nº 848.826). 
Portanto, o parecer técnico elaborado pelo TCE/RO tem natureza meramente opinativa e não vincula a Câmara de Vereadores 
do Município Y, a qual compete o julgamento das contas anuais do Chefe do Poder Executivo local. O parecer prévio emitido 
pelo TCE/RO sobre a prestação de contas do chefe do Poder Executivo do município Y tem força vinculativa para a decisão a 
ser tomada pelo Poder Legislativo municipal, uma vez que ele somente deixará de prevalecer por decisão de dois terços dos 
membros da câmara municipal. (art. 31, § 2.º, da CF) 
 
2 A Lei Complementar n.º 101/2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF), no seu art. 4.º, § 1.º, estabeleceu que a lei 
de diretrizes orçamentárias (LDO) deverá conter anexo de metas fiscais, em que serão estabelecidas metas anuais, em valores 
correntes e constantes, relativas a receitas, despesas, resultados nominal e primário e montante da dívida pública, para o exercício 
a que se referirem e para os dois seguintes. 
 Nas contas do exercício 201X do município Y, houve o descumprimento da meta de resultado primário, pois, em vez 
de superávit de R$ 500.000, o resultado verificado foi de déficit de R$ 200.000. Esse descumprimento pode representar a 
realização de despesas em desacordo com as normas financeiras pertinentes, o que se enquadra na hipótese prevista no art. 1.º, 
inciso V, do Decreto-lei n.º 201/1967, que trata dos crimes de responsabilidade dos prefeitos art. 5º, inciso III, da Lei nº 
10.028/2000, tratando-se de infração administrativa contra as leis de finanças públicas. 
 As alegações do prefeito do município Y de que o descumprimento da meta de resultado primário prevista na LDO do 
exercício 201X se deve a frustração de receitas naquele exercício financeiro não deve prosperar, haja vista que não houve nenhum 
esforço por parte do prefeito em reduzir as despesas daquele poder para que fossem atingidas essas metas como, por exemplo, a 
exoneração de servidores comissionados. O prefeito, em sua gestão, não tomou providências para providenciar a limitação de 
empenho e de movimentação financeira, na forma prevista no art. 9º da LRF, com o objetivo de fazer com que as metas fiscais 
estabelecidas na LDO fossem respeitadas. 
 
3 A LRF, em seu art. 20, inciso III, alínea “b”, estabelece o limite de despesas com pessoal para o Poder Executivo 
municipal, que é de 54% da sua receita corrente líquida. Mesmo após o envio de alertas por parte deste TCE/RO sobre a 
possibilidade de atingimento desses limites, nenhuma providência havia sido tomada pelo prefeito do município Y para que esse 
limite não fosse ultrapassado. Ressalta-se o fato de 35% do quadro de pessoal desse poder ser composto exclusivamente por 
servidores comissionados, sem vínculo com a prefeitura. Esse descumprimento dos limites de despesas com pessoal também é 
considerado uma infração administrativa contra as leis de finanças públicas, conforme disposto no art. 5º, inciso IV, da Lei nº 
10.028/2000. 
 As alegações apresentadas pelo prefeito de que não seria possível promover a redução das despesas de pessoal, pelo 
fato de o município Y não poder abrir mão dos servidores comissionados sem prejuízo ao funcionamento da administração 
pública, não devem ser aceitas, pois a situação em concreto indica que a máquina pública está sendo usada como um verdadeiro 
cabide de empregos, e isso não isenta o prefeito de atender às regras da LRF, para retorno das despesas aos limites previstos 
nessa lei. 
 Nessa situação, o prefeito deveria ter tomado, incialmente, as medidas previstas no art. 169, § 3º, incisos I e II, da CF, 
nessa ordem: redução em, pelo menos, 20% das despesas com cargos em comissão e funções de confiança; e exoneração dos 
servidores não estáveis. 
 Se, ainda assim, as despesas com pessoal estiverem acima dos limites previstos na LRF, deverá ser feita a exoneração 
dos servidores estáveis, por meio de ato normativo motivado de cada um dos Poderes, especifique a atividade funcional, o órgão 
ou a unidade administrativa objeto da redução de pessoal, nos termos do art. 169, § 4º, da CF. Nesse caso, o servidor terá direito 
a ser indenizado no montante de um mês de remuneração por ano de serviço (art. 169, § 5º, da CF). 
 
4 No exercício de 201X e nos dois exercícios financeiros anteriores, houve superestimativa de receitas, que, 
posteriormente, viram-se frustradas durante a execução orçamentária. Pela recorrência dessa situação, é possível concluir que 
essa superestimativa tem sido usada de forma sistemática para justificar a abertura de despesas na LDO sem a devida fonte de 
custeio para compensar a sua criação, desrespeitando-se o princípio do equilíbrio orçamentário, previsto no art. 1.º, § 1.º, c/c art. 
4.º, inciso I, alínea “a”, da LRF. 
 A simples alegação por parte do prefeito de que a frustração de receitas decorreu de uma crise econômica vivenciada 
no exercício 201X, por si só, não deve ser considerada plausível, haja vista a recorrência dessa situação nos últimos anos. Dessa 
forma, a prefeitura deve fazer ajustes nas previsões de receita em suas futuras leis de orçamento anuais, para que elas reflitam as 
reais condições econômicas do município Y, e deve promover o contingenciamento de despesas para evitar o desequilíbrio entre 
receitas e despesas durante a execução da lei orçamentária anual (LOA), com base no art. 9.º da LRF. 
 
5 VOTO 
 
Opção 1 – Voto pela não aprovação das contas do prefeito 
 
 Considerando as informações identificadas na auditoria sobre a prestação de contas do município Y, e as alegações 
apresentadas pelo prefeito, entende-se que as irregularidades identificadas são graves, pois refletem a falta de compromisso do 
prefeito com a boa gestão dos recursos públicos municipais, e ensejam, per si, a reprovação das contas anuais, o que reforça o 
entendimento de que essas contas não merecem aprovação. 
 Nesse sentido, o Ministério Público de Contas opina pela emissão de PARECER PRÉVIO COM VOTO PELA NÃO 
APROVAÇÃO das contas anuais do município Y, exercício de 201X, de responsabilidade do prefeito. 
 Opina ainda para que sejam tomadas as seguintes providências: 
 
1) Determinar à prefeitura do município X que: 
1.1) de acordo com o art. 23 da LRF, adote medidas para a eliminação do percentual excedente das despesas com 
pessoal, nos dois quadrimestres seguintes, sendo pelo menos um terço no primeiro, adotando-se, entre outras, as 
providências previstas nos §§ 3.ºe 4.º do art. 169 da Constituição Federal de 1988; 
1.2) passe a utilizar metodologia de previsão de receitas nas próximas propostas da LOA, considerando a arrecadação 
verificada nos últimos exercícios financeiros, de modo a refletir as reais condições econômicas verificadas no 
município Y e realize a fixação das despesas na LOA utilizando essa metodologia, de modo a garantir o princípio do 
equilíbrio orçamentário. 
1.3) realize a limitação de empenho e movimentação financeira, com base no art. 9.º da LRF, sempre que for verificado 
que a realização da receita poderá não comportar o cumprimento das metas de resultado primário ou nominal 
estabelecidas no anexo de metas fiscais da LDO municipal. 
2) Remessa de cópia dos autos após a deliberação desta corte de contas: 
2.1) à câmara de vereadores do município Y, para julgamento das contas; 
2.2) ao Ministério Público Estadual, para fins de inquérito criminal relativo ao crime de responsabilidade previsto no 
art. 1.º, inciso V, do Decreto-lei n.º 201/1967, com fulcro em seu art. 2.º, § 1.º. 
 
Opção 2 – Voto pela aprovação das contas do prefeito com ressalvas 
 
 Considerando as informações identificadas na auditoria sobre a prestação de contas do município Y, e as alegações 
apresentadas pelo prefeito, entende-se que as irregularidades identificadas não ensejam, por si só, a reprovação das contas anuais. 
As circunstâncias verificadas podem indicar que há uma falha nos controles contábeis do município, em especial na previsão de 
receitas. Em que pese à falta de providências para que essas irregularidades sejam sanadas, as contas do Poder Executivo podem 
ser aprovadas com ressalvas. 
 Nesse sentido, o Ministério Público de Contas opina pela emissão de PARECER PRÉVIO COM VOTO PELA 
APROVAÇÃO COM RESSALVAS das contas anuais do município Y, exercício de 201X, de responsabilidade do prefeito. 
 Opina ainda para que sejam tomadas as seguintes providências: 
 
1) Determinar à prefeitura do município X que: 
1.1) de acordo com o art. 23 da LRF, adote medidas para a eliminação do percentual excedente das despesas com 
pessoal, nos dois quadrimestres seguintes, sendo pelo menos um terço no primeiro, adotando-se, entre outras, as 
providências previstas nos §§ 3.º e 4.º do art. 169 da Constituição Federal de 1988; 
1.2) passe a utilizar metodologia de previsão de receitas nas próximas propostas de LOA, considerando a arrecadação 
verificada nos últimos exercícios financeiros, de modo a refletir as reais condições econômicas verificadas no 
município Y e realize a fixação das despesas na LOA utilizando essa metodologia, de modo a garantir o princípio do 
equilíbrio orçamentário. 
1.3) realize a limitação de empenho e movimentação financeira, com base no art. 9.º da LRF, sempre que for verificado 
que a realização da receita poderá não comportar o cumprimento das metas de resultado primário ou nominal 
estabelecidas no anexo de metas fiscais da LDO municipal. 
2) Remessa de cópia dos autos após a deliberação desta corte de contas: 
2.1) à câmara de vereadores do município Y, para julgamento das contas; 
2.2) ao Ministério Público Estadual, para fins de inquérito criminal relativo ao crime de responsabilidade previsto no 
art. 1.º, inciso V, do Decreto-lei n.º 201/1967, com fulcro em seu art. 2.º, § 1.º. 
 
 
 É o parecer. 
 Local e data. 
 
 
Quesito 2.1 
0 – Não informou a competência do TCE/RO para a elaboração do parecer prévio da prestação de contas do chefe do Poder 
Executivo do município Y nem esclareceu que o parecer prévio não vincula a decisão do Poder Legislativo municipal. 
1 – Informou que o TCE/RO era competente para a elaboração do parecer prévio da prestação de contas do chefe do Poder 
Executivo do município Y, mas não esclareceu que o parecer prévio não vincula a decisão do Poder Legislativo municipal, 
tampouco citou fundamento legal OU não informou que o TCE/RO era competente para a elaboração do parecer prévio da 
prestação de contas do chefe do Poder Executivo do município Y, mas esclareceu que o parecer prévio não vincula a decisão do 
Poder Legislativo municipal, sem citar fundamento legal. 
2 - Informou que o TCE/RO era competente para a elaboração do parecer prévio da prestação de contas do chefe do Poder 
Executivo do município Y, esclareceu que o parecer prévio não vincula a decisão do Poder Legislativo municipal, mas não citou 
fundamento legal. 
3 - Informou que o TCE/RO era competente para a elaboração do parecer prévio da prestação de contas do chefe do Poder 
Executivo do município Y, esclareceu que o parecer prévio não vincula a decisão do Poder Legislativo municipal e citou 
fundamento legal. 
 
Quesito 2.2 
0 – Não analisou o mérito do achado n.º 1 da auditoria nem a resposta apresentada pelo prefeito. 
1 – Abordou, sem fundamento legal, o descumprimento das metas de superávit primário da LDO para o exercício 201X, mas 
não informou que isso seria crime de responsabilidade infração administrativa contra as leis de finanças públicas, nem analisou 
a resposta apresentada pelo prefeito, nem explicou as providências que deveriam ter sido tomadas pelo prefeito. 
2 – Abordou, com fundamento legal, o descumprimento das metas de superávit primário da LDO para o exercício 201X e 
informou que isso seria crime de responsabilidade infração administrativa contra as leis de finanças públicas, mas não analisou 
a resposta apresentada pelo prefeito, nem explicou as providências que deveriam ter sido tomadas pelo prefeito. 
3 – Abordou, sem fundamento legal, o descumprimento das metas de superávit primário da LDO para o exercício 201X, informou 
que isso seria crime de responsabilidade infração administrativa contra as leis de finanças públicas e analisou a resposta 
apresentada pelo prefeito, informando apenas que a alegação não deve prosperar, sem explicação mas não explicou as 
providências que deveriam ter sido tomadas pelo prefeito. 
4 – Abordou, com fundamento legal, o descumprimento das metas de superávit primário da LDO para o exercício 201X, informou 
que isso seria crime de responsabilidade infração administrativa contra as leis de finanças públicas e analisou a resposta 
apresentada pelo prefeito, informando que a alegação não deve prosperar, com a devida explicação, e explicou as providências 
que deveriam ter sido tomadas pelo prefeito. 
 
Quesito 2.3 
0 – Não analisou o mérito do achado n.º 2 da auditoria nem a resposta apresentada pelo prefeito. 
1 – Abordou, sem fundamento legal, o descumprimento dos limites de despesa com pessoal da LRF, mas não informou quais 
providências deveriam ser tomadas pelo prefeito, nem analisou a resposta apresentada pelo prefeito, nem explicou as 
providências que deveriam ter sido tomadas pelo prefeito. 
2 – Abordou, com fundamento legal, o descumprimento dos limites de despesa com pessoal da LRF e informou quais 
providências deveriam ser tomadas pelo prefeito, mas não analisou a resposta apresentada pelo prefeito, nem explicou as 
providências que deveriam ter sido tomadas pelo prefeito. 
3 – Abordou, sem fundamento legal, o descumprimento dos limites de despesa com pessoal da LRF, informou quais providências 
deveriam ser tomadas pelo prefeito, analisou a resposta apresentada pelo prefeito, informando apenas que a alegação não deve 
ser aceita, sem explicação sem explicar as providências que deveriam ter sido tomadas pelo prefeito. 
4 – Abordou, com fundamento legal, o descumprimento dos limites de despesa com pessoal da LRF, informou quais providências 
deveriam ser tomadas pelo prefeito e analisou a resposta apresentada pelo prefeito, informando que a alegação não deve ser 
aceita, com a devida explicação e explicou as providências que deveriam ter sido tomadas pelo prefeito. 
 
Quesito 2.4 
0 – Não analisou o mérito do achado n.º 3 da auditoria, nem a resposta apresentada pelo prefeito, nem explicou as providências 
que deveriam ter sido tomadas pelo prefeito. 
1 – Abordou, sem fundamento legal, a superestimativa de receitas municipais e o desrespeito ao princípio do equilíbrioorçamentário, mas não comentou sobre a recorrência da situação e suas possíveis motivações, nem analisou a resposta 
apresentada pelo prefeito, nem explicou as providências que deveriam ter sido tomadas pelo prefeito. 
2 – Abordou, com fundamento legal, a superestimativa de receitas municipais e o desrespeito ao princípio do equilíbrio 
orçamentário, comentou sobre a recorrência da situação e suas possíveis motivações, mas não analisou a resposta apresentada 
pelo prefeito, nem explicou as providências que deveriam ter sido tomadas pelo prefeito. 
3 – Abordou, sem fundamento legal, a superestimativa de receitas municipais o desrespeito ao princípio do equilíbrio 
orçamentário, comentou sobre a recorrência da situação e suas possíveis motivações e analisou a resposta apresentada pelo 
prefeito, informando apenas que a alegação não deve ser considerada plausível, sem explicação mas não explicou as providências 
que deveriam ter sido tomadas pelo prefeito. 
4 – Abordou, com fundamento legal, a superestimativa de receitas municipais o desrespeito ao princípio do equilíbrio 
orçamentário, comentou sobre a recorrência da situação e suas possíveis motivações e analisou a resposta apresentada pelo 
prefeito, informando que a alegação não deve ser considerada plausível, com a devida explicação e explicou as providências 
que deveriam ter sido tomadas pelo prefeito. 
 
Quesito 2.5 
0 – Não apresentou manifestação sobre o parecer prévio, opinando pela não aprovação / aprovação com ressalvas das contas do 
Poder Executivo do município Y, e não apresentou determinações ao prefeito para sanar as irregularidades, tampouco apresentou 
remessa da cópia dos autos à câmara de vereadores do município Y para julgamento das contas, nem ao Ministério Público 
Estadual para apurar crime de responsabilidade. 
1 – Apresentou manifestação sobre o parecer prévio, opinando pela não aprovação / aprovação com ressalvas das contas do 
Poder Executivo do município Y, mas não apresentou determinações ao prefeito para sanar as irregularidades, sem detalhar as 
providências a serem tomadas, nem determinou remessa da cópia dos autos à câmara de vereadores do município Y para 
julgamento das contas nem ao Ministério Público Estadual para apurar crime de responsabilidade. 
2 – Apresentou manifestação sobre o parecer prévio, opinando pela não aprovação / aprovação com ressalvas das contas do 
Poder Executivo do município Y, apresentou determinações ao prefeito para sanar as irregularidades, citando somente UMA das 
providências listadas nos itens 1.1 a 1.3 da opinião sobre o voto, mas não determinou a remessa dos autos à câmara de vereadores 
do município Y para julgamento das contas nem ao Ministério Público Estadual para apurar crime de responsabilidade. 
3 – Apresentou manifestação sobre o parecer prévio, opinando pela não aprovação / aprovação com ressalvas das contas do 
Poder Executivo do município Y, apresentou determinações ao prefeito para sanar as irregularidades, citando DUAS das 
providências listadas nos itens 1.1 a 1.3 da opinião sobre o voto e determinou a remessa dos autos à câmara de vereadores do 
município Y para julgamento das contas, mas não ao Ministério Público Estadual para apurar crime de responsabilidade. 
4 – Apresentou manifestação sobre o parecer prévio, opinando pela não aprovação / aprovação com ressalvas das contas do 
Poder Executivo do município Y, apresentou determinações ao prefeito para sanar as irregularidades, citando as TRÊS 
providências listadas nos itens 1.1 a 1.3 da opinião sobre o voto, determinou a remessa da cópia dos autos à câmara de vereadores 
do município Y para julgamento das contas e ao Ministério Público Estadual para apurar crime de responsabilidade. 
 
 
CONCURSO PÚBLICO 
 
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE RONDÔNIA 
 
CARGO: PROCURADOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO DE CONTAS 
 
PROVA DISCURSIVA – QUESTÃO 1 
Aplicação: 20/10/2019 
 
PADRÃO DE RESPOSTA DEFINITIVO 
 
1 De acordo com o disposto no art. 70 da Constituição Federal de 1988 (CF), a fiscalização contábil, financeira, 
orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta, quanto a legalidade, 
legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante 
controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada poder. Assim, o controle externo é exercido pelo Poder Legislativo, 
com auxílio do Tribunal de Contas da União (TCU), nos termos do art. 71 da CF, e dos órgãos de controle interno de cada um 
dos poderes. Portanto, em âmbito federal, esse tipo de fiscalização compete ao Congresso Nacional (Poder Legislativo), com 
auxílio do TCU, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada um dos poderes. 
 
 
2 Os principais aspectos avaliados nas fiscalizações dos tipos contábil, financeira, orçamentária e patrimonial são as 
verificações de conformidade e legalidade no que se refere a lançamentos e escrituração contábil, execução orçamentária, 
gerência financeira e guarda e administração patrimonial, e até mesmo aspectos relativos a licitações e contratos administrativos, 
planejamento e execução de obras públicas, arrecadação das receitas e execução das despesas, entre outros. Em suma, essas 
fiscalizações têm foco na avaliação da legalidade, e da legitimidade e economicidade da gestão pública. 
 
3 Os principais aspectos avaliados na fiscalização do tipo operacional são a economicidade, a eficiência, a eficácia e a 
efetividade da gestão pública. Por meio da avaliação de políticas, programas, projetos, atividades e sistemas governamentais 
ou de órgãos e unidades jurisdicionados, a fiscalização operacional busca identificar os gargalos no desempenho da administração 
pública, de modo a melhorar esses três aspectos. 
 
 
Quesito 2.1 
0 – Não abordou o quesito OU forneceu resposta incorreta. 
1 – Mencionou apenas a competência do Congresso Nacional (Poder Legislativo), com auxílio do TCU, mediante controle 
externo, OU apenas a competência do sistema de controle interno de cada poder. 
2 – Abordou a competência do Congresso Nacional (Poder Legislativo), com auxílio do TCU, mediante controle externo, E a 
competência do sistema de controle interno de cada poder. 
 
Quesito 2.2 
0 – Não abordou o quesito OU forneceu resposta incorreta. 
1 – Limitou-se a apenas mencionar aspecto(s) em apreço (legalidade e, legitimidade e economicidade da gestão pública), SEM 
detalhar sua resposta. 
2 – Abordou de forma incompleta os aspectos em apreço, fornecendo algum detalhamento a sua resposta. 
3 – Discorreu de forma completa sobre os aspectos em apreço E detalhou sua resposta. 
 
Quesito 2.3 
0 – Não abordou o quesito OU forneceu resposta incorreta. 
1 – Limitou-se a apenas mencionar aspecto(s) em apreço (economicidade, eficiência, eficácia e efetividade da gestão pública), 
SEM detalhar sua resposta. 
2 – Abordou de forma incompleta os aspectos em apreço, fornecendo algum detalhamento a sua resposta. 
3 – Discorreu de forma completa sobre os aspectos em apreço E detalhou sua resposta. 
 
 
 
CONCURSO PÚBLICO 
 
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE RONDÔNIA 
 
CARGO: PROCURADOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO DE CONTAS 
 
PROVA DISCURSIVA – QUESTÃO 2 
Aplicação: 20/10/2019 
 
PADRÃO DE RESPOSTA DEFINITIVO 
 
1 A pré-qualificação permanente consiste em um procedimento auxiliar das licitações no âmbito do regime diferenciado 
de contratações públicas estabelecido pela Lei n.º 12.462/2011. A lei previu a pré-qualificação subjetiva, destinada a identificar 
fornecedores que reúnam condições de habilitação exigidas para o fornecimento de bem ou a execução de serviço ou obra nos 
prazos, locais e condições previamente estabelecidos, e a pré-qualificação objetiva, destinada a identificar bens que atendam 
às exigências técnicas e de qualidade da administração pública (cf. art. 29, inc. I, e art. 30, incisos I e II, da Lei n.º 12.462/2011). 
 
2 De acordo com a Lein.º 12.462/2011, art. 30, parágrafos 1.º, 2.º, 3.º, 4.º e 5.º, a pré-qualificação permanente é executada 
com base nas seguintes regras: (i) o procedimento de pré-qualificação ficará permanentemente aberto aos interessados; (ii) a pré-
qualificação poderá ser realizada por grupos ou segmentos de especialidade; (iii) a pré-qualificação poderá ser parcial ou total, 
abrangendo todos ou apenas alguns requisitos de habilitação ou técnicos necessários à contratação; (iv) a pré-qualificação terá 
validade de um ano; (v) a pré-qualificação licitação pode ser restrita aos pré-qualificados. 
 
 
Quesito 2.1.1 
0 – Não apresentou o conceito correto de pré-qualificação permanente. 
1 – Conceituou corretamente pré-qualificação permanente. 
 
Quesito 2.1.2 
0 – Não mencionou nenhuma das hipóteses de aplicação da pré-qualificação permanente. 
1 – Abordou apenas uma das hipóteses: pré-qualificação subjetiva OU pré-qualificação objetiva. 
2 – Abordou pré-qualificação subjetiva E pré-qualificação objetiva. 
 
Quesito 2.2 
0 – Não citou nenhuma das regras apontadas na legislação. 
1 – Abordou apenas uma regra. 
2 – Abordou apenas duas regras. 
3 – Abordou apenas três regras. 
4 – Abordou quatro ou cinco regras. 
 
 
 
CONCURSO PÚBLICO 
 
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE RONDÔNIA 
 
CARGO: PROCURADOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO DE CONTAS 
 
PROVA DISCURSIVA – QUESTÃO 3 
Aplicação: 20/10/2019 
 
PADRÃO DE RESPOSTA DEFINITIVO 
 
1 Segundo a jurisprudência predominante no STF, a tramitação da referida proposta de emenda constitucional poderá ser 
impedida a partir da impetração de mandado de segurança no STF, com vistas à garantia do devido processo legislativo 
constitucional. Embora tido como excepcional pela jurisprudência do STF, o mandado de segurança em questão visa garantir 
aos parlamentares o direito líquido e certo de não participarem de processo legislativo inconstitucional. 
 
2 Trata-se de medida inserida no âmbito do controle difuso (incidental ou concreto), de constitucionalidade, posto que 
uma vez que, inexistindo lei formalmente válida, não há que se falar em controle concentrado de constitucionalidade nessa 
ocasião. 
 
3 De acordo com o entendimento do STF, a ofensa a cláusulas pétreas constitucionais configura hipótese de cabimento 
do referido mandado de segurança. Assim, confirmada pela corte constitucional a avaliação do parlamentar sobre a ofensa a uma 
ou a várias cláusulas constantes no § 4.º do art. 60 da Constituição Federal de 1988, será possível a concessão da segurança para 
barrar o prosseguimento da tramitação da proposta de emenda constitucional. 
 
4 Ainda segundo o entendimento do STF, somente os parlamentares estão legitimados para a propositura da medida, 
sendo possível a João o manejo do writ em questão. Em relação a Marcos, embora haja correntes minoritárias que também 
defendam a legitimidade do cidadão na hipótese, o STF não reconhece a terceiros, que não os parlamentares, o direito público 
subjetivo de interferência no processo legislativo. Dessa forma, Marcos não dispõe de legitimidade para impetrar o aludido 
mandado de segurança ou qualquer outra medida judicial que vise impedir a continuidade da tramitação da proposta. 
 
 
Quesito 2.1 
0 – Não respondeu qual é a medida adequada. 
1 – Limitou-se a responder que a medida adequada é o mandado de segurança, sem informar a finalidade de tal medida. 
2 – Respondeu que a medida adequada é o mandado de segurança e informou que a finalidade de tal medida é garantir aos 
parlamentares o direito líquido e certo de não participarem de processo legislativo inconstitucional. 
 
Quesito 2.2 
0 – Não tratou do assunto ou tratou de forma equivocada. 
1 – Limitou-se a classificar a medida como inserida no âmbito do controle difuso de constitucionalidade, sem justificar sua 
resposta. 
2 – Classificou a medida como inserida no âmbito do controle difuso (incidental ou concreto) de constitucionalidade e justificou 
sua resposta. 
 
Quesito 2.3 
0 – Não respondeu qual seria o requisito ou respondeu de forma equivocada. 
1 – Indicou corretamente o requisito, mas não mencionou o dispositivo constitucional. 
2 – Indicou corretamente o requisito e o dispositivo constitucional. 
 
Quesito 2.4.1 
0 – Não tratou da legitimidade de João ou tratou de forma equivocada. 
1 – Informou que João tem legitimidade para propor a medida, mas não justificou. 
2 – Informou que João tem legitimidade para propor a medida e justificou. 
 
 
Quesito 2.4.2 
0 – Não tratou da legitimidade de Marcos ou respondeu que Marcos tem legitimidade para propor a medida. 
1 – Informou que Marcos não tem legitimidade para propor a medida, mas não justificou. 
2 – Informou que Marcos não tem legitimidade para propor a medida e justificou. 
 
 
 
 
 A questão pretende que o candidato demonstre conhecimento sobre o mandado de segurança, medida judicial adequada 
e excepcional, para impedir o prosseguimento de trâmite legislativo de proposta de emenda constitucional que visa abolir cláusula 
pétrea, como, também, a espécie de controle judicial de constitucionalidade cabível, o fundamento constitucional, assim como 
os legitimados, no caso hipotético para propositura do mandado de segurança. 
 A arguição de descumprimento de preceito fundamental não é a ação adequada para coibir a prática exposta no 
enunciado, na medida em que a ADPF pressupõe a pretensa vigência de “lei ou ato normativo federal, estadual ou municipal” 
(CF, art. 102, § 1º; Lei 9.882, 3 dez. 1989, art. 1º, par. ún., inc. I). 
 Esclarece-se, ainda, que a pretensão já se encontra inserida no padrão de resposta, por entender que controle de 
constitucionalidade incidental, concreto ou difuso são conceitos tratados como sinônimos. Não há que se falar de controle 
concentrado, pois tal controle só seria possível se houvesse lei formalmente válida, o que não é o caso. 
 Por fim, para o candidato pontuar integralmente os itens 2.4.1 e 2.4.2, deverá responder se os dois (João e Marcos) estão 
legitimados para a propositura do mandado de segurança, e fundamentar no entendimento do STF. A resposta de legitimidade 
de um não pressupõe a ilegitimidade do outro. 
 
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