Buscar

PD VOLUME 1

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 188 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 188 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 188 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

LEITURA TÉCNICA DO MUNICÍPIO PARA 
REVISÃO DO PLANO DIRETOR 
Volume 1 
Caracterização geral do Município 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Secretaria de Urbanismo e Sustentabilidade 
2017 
 
 
Leitura técnica do Município para revisão do Plano Diretor 
 
Secretaria de Urbanismo e Sustentabilidade 2 
 
Ficha técnica 
 
Prefeito - Felício Ramuth
Vice-prefeito - Ricardo Nakagawa
Secretaria Urbanismo e Sustentabilidade
Marcelo Pereira Manara – Secretário Urbanismo e Sustentabilidade
Ronaldo Madureira - Diretor de Gestão Ambiental
Coordenação - Oswaldo Vieira da Paula Júnior - Diretor de Planejamento 
Urbano
Secretarias participantes
Apoio Social ao Cidadão - Edna Lúcia de Souza Tralli 
Educação e Cidadania - Cristine de Angelis Pinto 
Esporte e Qualidade de Vida - Paulo Sávio Rabelo da Silva 
Gestão Administrativa e Finanças - José de Mello Correa 
Gestão Habitacional e Obras - José Turano Júnior
Governança - Anderson Farias Ferreira
Inovação e Desenvolvimento Econômico - Alberto Alves Marques Filho
Manutenção da Cidade - Ricardo Minoru Iida 
Mobilidade Urbana - Paulo Roberto Guimarães Júnior
Proteção ao Cidadão - Antero Alves Baraldo
Saúde - Oswaldo Kenzo Huruta
Equipe técnica
Adalberto Silvestri dos Santos
Alberto de Vasconcelos Queiroz
Ana Paula Pereira Ribeiro
Andrea Sundfeld Penido
Bruno Correa Gastão 
Carolina Abrahão Alves
Daniela Freire Câmara Cunha
Débora Redondo
Deolinda Luíza Miranda de Araújo
Douglas dos Reis
Eder Leandro Nunes 
Elaine Cristina Rodrigues
Elaine Paula Pacheco Nanni da Silva
Elisa M. K. Farinha
Erllin Souza Monteiro 
Fábio Sant’anna Ribeiro
Ghislaine Virginia da Fonseca
Gilberto Cunha
Guilherme Veloso Rodrigues
Henrique Augusto Robortela
Isabela Janson
Isis Pereira Guimarães
João Roberto Quaggio Barreto
José Donizete dos Santos
Lorenzo Pfeil
Luciano Rodolfo de Moura Machado
Luís Paulo Rodrigues Melione
Maiara Resende Ribeiro
Marcelo da Silva Reis
Maria Angélica Braga de Avellar Silva
Maria Lígia Machado Torquato
Nádia Csoknyai Del Monte Kojiocnicos
Nirceu Eduardo Vicente
Paula Cabral
Paulo Eduardo de Oliveira Costa
Paulo Henrique Oliveira Caon
Pollyanna Horta Drumond
Priscila Veiga Vinhas
Rodrigo Romanini
Rogério Osvaldo Scavacini
Silvia Cristina Borges
Tania Cristina dos Santos Matias
Tatiana Araripe
Teles Eduardo Pivetta
Thatiana Pavan Benitez
Valdir Martimiano Dias
Valquiria Maria de Almeida Souza
Leitura técnica do Município para revisão do Plano Diretor 
 
Secretaria de Urbanismo e Sustentabilidade 3 
 
APRESENTAÇÃO 
 
Parte integrante da etapa inicial do processo de revisão do Plano Diretor de 
Desenvolvimento Integrado - PDDI de 2006, este documento apresenta uma primeira leitura do 
Município, desenvolvida sob a condução da Secretaria de Urbanismo e Sustentabilidade, a partir do 
entendimento dos técnicos de diversas áreas da administração municipal e contando também com 
a contribuição do IPPLAN. 
As análises focam a cidade hoje, mas destacam igualmente o período decorrido após a 
edição do último PDDI, buscando evidenciar processos e transformações. 
O Município como um todo é a unidade de estudo, porém, sempre que os dados 
permitiram, procurou-se alcançar o maior detalhamento possível na abordagem do território, 
chegando-se, em vários temas, à perspectiva das regiões, setores e agrupamentos de bairros. 
Este relatório está dividido em três volumes. O Volume I apresenta uma caracterização 
geral do Município e subdivide-se em sete partes. São abordados em sequência a história, a 
demografia, o patrimônio cultural, a estrutura administrativa, a organização territorial, e a 
ocupação urbana. O volume é finalizado com uma descrição das regiões urbanas na ótica 
socioeconômica e do uso e ocupação do solo. Já o Volume II desenvolve uma caracterização 
setorial, passando por dez temas: meio ambiente, habitação, regularização fundiária, 
mobilidade, educação saúde, assistência social, esporte e lazer, desenvolvimento econômico e 
inovação e serviços públicos. Finalizando o relatório, há o terceiro volume, dedicado ao 
Distrito de São Francisco Xavier. 
Cabe observar que a construção desta leitura do Município passou por dois momentos 
distintos: em 2016 foi elaborado um relatório preliminar a partir do qual evoluiu o documento ora 
apresentado. Muitos textos do trabalho inicial foram mantidos, outros atualizados, e novos temas 
foram incorporados. 
É preciso ressaltar, no entanto, que uma compreensão do Município não pode ser 
alcançada com base apenas na chamada leitura técnica. No processo de elaboração do Plano 
Diretor, a construção de um diagnóstico municipal requer olhares diversos sobre a realidade, 
sendo impreterível a perspectiva daquele que vive o cotidiano da cidade: o Cidadão. Colher essa 
perspectiva foi o objetivo das doze primeiras oficinas de leitura comunitária que ocorreram no final 
de 2016 em todas as regiões. Essa colheita prosseguirá em novos encontros com a população a 
serem realizados proximamente. 
 
Secretaria de Urbanismo e Sustentabilidade 
São José dos Campos, agosto de 2017 
 
Leitura técnica do Município para revisão do Plano Diretor 
 
Secretaria de Urbanismo e Sustentabilidade 4 
 
SUMÁRIO 
 
Volume 1 – Caracterização Geral do Município 
 
1. HISTÓRIA DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS ................................................................................. 6 
1.1. DAS ORIGENS À CIDADE PRESENTE ......................................................................................................... 6 
1.2. HISTÓRICO DOS PLANOS DIRETORES DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS .......................................................... 8 
2. ASPECTOS DEMOGRÁFICOS .................................................................................................. 21 
2.1. CRESCIMENTO POPULACIONAL DO MUNICÍPIO .................................................................................... 21 
2.2. MIGRAÇÃO ........................................................................................................................................... 24 
2.3. POPULAÇÃO E CRESCIMENTO POPULACIONAL NAS MACROZONAS E REGIÕES ..................................... 27 
2.4. DENSIDADE POPULACIONAL ................................................................................................................ 33 
2.5. ESTRUTURA ETÁRIA E DIFERENCIAIS INTRAURBANOS ........................................................................ 35 
2.6. RAZÃO DE DEPENDÊNCIA .................................................................................................................... 38 
2.7. PROJEÇÃO POPULACIONAL E PROJEÇÃO DA PIRÂMIDE ETÁRIA ........................................................... 41 
3. CULTURA E PATRIMÔNIO HISTÓRICO .............................................................................. 42 
3.1. BREVE HISTÓRICO DA GESTÃO DA CULTURA NO MUNICÍPIO ................................................................ 42 
3.2. POLÍTICA PÚBLICA DE PRESERVAÇÃO DO PATRIMÔNIO CULTURAL ..................................................... 43 
3.3. DIAGNÓSTICO DO PERÍODO ENTRE 2006 A 2016 ................................................................................ 48 
3.4. ESPAÇOS CULTURAIS DA FUNDAÇÃO CULTURAL CASSIANO RICARDO ................................................ 55 
4. ESTRUTURA ADMINISTRATIVA ........................................................................................... 60 
4.1. ADMINISTRAÇÃO DIRETA E INDIRETA .................................................................................................. 60 
4.2. SÃO JOSÉ DOS CAMPOS E A METROPOLIZAÇÃO................................................................................... 63 
5. ORGANIZAÇÃO TERRITORIAL .............................................................................................. 66 
5.1. MACROZONEAMENTO ........................................................................................................................... 66 
5.1.1. Histórico ...................................................................................................................................... 67 
5.2. A MACROZONA URBANA ...................................................................................................................... 77 
5.3. A MACROZONA RURAL .......................................................................................................................... 78 
5.3.1. Aspectos legais: Áreas de Proteção Ambiental em São José dos Campos ........................ 78 
5.3.2. Parcelamentos clandestinos e aglomerados rurais ............................................................ 86 
5.4. CARACTERIZAÇÃO DO TERRITÓRIO RURAL .......................................................................................... 90 
5.4.1. Rural Sul ..................................................................................................................................... 90 
5.4.2. Rural Norte Baixo ..................................................................................................................... 91 
5.4.3. Rural Norte Intermediário ...................................................................................................... 92 
5.4.4. Represa do Rio Jaguari ........................................................................................................... 92 
5.4.5. Distrito de São Francisco Xavier ........................................................................................... 93 
5.5. SETORIZAÇÃO ....................................................................................................................................... 95 
5.5.1. Regiões urbanas, setores socioeconômicos e áreas de ponderação .................................. 95 
6. OCUPAÇÃO URBANA .............................................................................................................. 104 
6.1. EXPANSÃO HORIZONTAL .................................................................................................................... 104 
6.2. VETORES DE EXPANSÃO 2006 – 2016 .............................................................................................. 108 
6.3. LOTEAMENTOS FECHADOS ................................................................................................................. 109 
6.4. VERTICALIZAÇÃO ............................................................................................................................... 112 
Leitura técnica do Município para revisão do Plano Diretor 
 
Secretaria de Urbanismo e Sustentabilidade 5 
 
6.5. CENTRALIDADES ................................................................................................................................ 120 
6.6. MACRODRENAGEM URBANA .............................................................................................................. 123 
6.6.1. Drenagem do Município ........................................................................................................ 126 
7. REGIÕES URBANAS................................................................................................................. 131 
7.1. REGIÃO CENTRO................................................................................................................................. 131 
7.1.1. Dinâmica populacional ........................................................................................................... 131 
7.1.2. Caracterização socioeconômica ............................................................................................ 131 
7.1.3. Uso e Ocupação do Solo .......................................................................................................... 137 
7.1.4. Áreas Verdes e Sistemas de Lazer Públicos ......................................................................... 140 
7.2. REGIÃO SUL ....................................................................................................................................... 141 
7.2.1. Dinâmica populacional .......................................................................................................... 141 
7.2.2. Caracterização socioeconômica ........................................................................................... 141 
7.2.3. Uso e Ocupação do Solo ......................................................................................................... 151 
7.2.4. Áreas Verdes e Sistemas de Lazer Públicos ........................................................................ 154 
7.3. REGIÃO LESTE ................................................................................................................................... 156 
7.3.1. Dinâmica populacional .......................................................................................................... 156 
7.3.2. Caracterização socioeconômica ........................................................................................... 156 
7.3.3. Uso e Ocupação do Solo ......................................................................................................... 163 
7.3.4. Áreas verdes e sistemas de lazer públicos ........................................................................... 166 
7.4. REGIÃO SUDESTE ............................................................................................................................... 168 
7.4.1. Dinâmica populacional .......................................................................................................... 168 
7.4.2. Caracterização socioeconômica ........................................................................................... 168 
7.4.3. Uso e Ocupação do Solo ......................................................................................................... 171 
7.4.4. Áreas verdes e sistemas de lazer públicos ........................................................................... 172 
7.5. REGIÃO OESTE .................................................................................................................................. 173 
7.5.1. Dinâmica populacional .......................................................................................................... 173 
7.5.2. Caracterização socioeconômica ........................................................................................... 173 
7.5.3. Uso e Ocupação do Solo ......................................................................................................... 176 
7.5.4. Áreas verdes e sistemas de lazer públicos ........................................................................... 177 
7.6. REGIÃO NORTE ................................................................................................................................. 178 
7.6.1. Dinâmica populacional .......................................................................................................... 178 
7.6.2. Caracterização socioeconômica ........................................................................................... 178 
7.6.3. Uso e Ocupação do Solo ......................................................................................................... 184 
7.6.4. Áreas verdes e sistemas de lazer públicos ........................................................................... 186 
7.7. REGIÃO DE SÃO FRANCISCO XAVIER ................................................................................................187 
7.7.1. Uso e Ocupação do solo .......................................................................................................... 187 
 
Leitura técnica do Município para revisão do Plano Diretor 
 
Secretaria de Urbanismo e Sustentabilidade 6 
 
1. HISTÓRIA DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS 
 
1.1. Das origens à cidade presente 
 
O aldeamento 
Parte do que hoje é território de São José dos Campos teria sido ocupado por uma 
fazenda de gado criada por padres jesuítas no final do século 16 às margens do Rio 
Comprido, hoje divisa natural entre São José dos Campos e Jacareí. A pecuária era um 
artifício usado pelos religiosos para evitar incursões de bandeirantes. 
A lei de 1611, que regulamentava a administração de aldeamentos de índios 
dispersos organizados por religiosos, transformou oficialmente a fazenda em missão de 
catequese. Os colonos paulistas viram-se então prejudicados, pois dependiam da 
exploração de mão de obra escrava indígena, o que culminou no conflito em que os 
jesuítas foram expulsos e os aldeãos espalhados. 
 Os jesuítas retornariam alguns anos mais tarde, instalando-se em uma planície 
distante, a cerca de 15 quilômetros da antiga aldeia, onde hoje é o centro da cidade. Do 
novo local tinha-se uma visão privilegiada da área que circundava a aldeia, garantindo 
maior segurança contra invasões e enchentes e permitindo boa ventilação e insolação. 
Mesmo sendo uma nova missão, era também tratada como fazenda de gado. 
Nos documentos, a aldeia aparece com o nome de Residência do Paraíba, em 1692, 
e Residência de São José, em 1696. Com a descoberta de ouro nas Minas Gerais, no início 
do século 18, o aldeamento passou por sérias dificuldades em razão da saída de mão de 
obra para o trabalho na mineração. 
Após a expulsão dos jesuítas do Brasil, em 1759, todos os bens dessa ordem 
religiosa – como fazendas, colégios e aldeias – passaram para a custódia da monarquia 
portuguesa. Esta delegou ao governador da província, Luís Antônio de Souza Botelho 
Mourão, conhecido como Morgado de Mateus, a incumbência de tornar produtivas as 
novas propriedades da Coroa, entendendo-se como tal a necessidade de ampliar a 
arrecadação de impostos. Foram assim criadas mais vilas e freguesias, entre elas São José. 
 
Da Vila à cidade 
Em 27 de julho de 1767, ainda antes de se tornar freguesia, a aldeia foi elevada à 
categoria de vila, com a denominação de São José do Paraíba. Levantou-se, então, o 
Leitura técnica do Município para revisão do Plano Diretor 
 
Secretaria de Urbanismo e Sustentabilidade 7 
 
pelourinho (na atual Rua Vilaça, próximo ao cemitério) e procedeu-se à eleição da 
Câmara, o que caracterizava a nova condição. 
A emancipação à categoria de vila não foi um fator determinante para o 
desenvolvimento local, já que por muitos anos quase nenhum progresso foi notado. A 
principal dificuldade apontada era o fato de a Estrada Real passar distante da vila. 
Em meados do século 19, São José do Paraíba já demonstrava alguns sinais de 
crescimento econômico, que era devido, em parte, à expressiva produção de algodão 
durante a década de 1860. Em 1864 a vila foi elevada à categoria de cidade, e em 1871 
recebeu a denominação de São José dos Campos. 
Mesmo sem uma participação significativa na produção cafeeira do Vale do 
Paraíba, São José dos Campos atingiu o auge da produção em 1886. Naquele momento a 
cidade já era atendida pela estrada de ferro, que fora inaugurada em 1877. 
A fase sanatorial 
No início do século 20, aumenta a procura para tratamento de tuberculose em São 
José dos Campos por causa das condições climáticas supostamente favoráveis. 
Gradativamente, foi sendo implantada uma estrutura de atendimento, com pensões e 
repúblicas. Em 1924, foi inaugurado o Sanatório Vicentina Aranha, o maior do país na 
época. 
Com a transformação em estância climatérica e hidromineral, em 1935, o 
Município passou a investir mais em infraestrutura, principalmente na área de 
saneamento básico. No futuro, isso viria a ser de grande importância para a atração de 
investimentos destinados ao desenvolvimento industrial, que começou a se acentuar a 
partir da década de 1940, com o declínio da fase sanatorial. 
A industrialização 
O processo de industrialização iniciou-se timidamente nos anos de 1920, com a 
concessão de incentivos fiscais. Destacou-se nesse período a instalação da Tecelagem 
Parahyba. O impulso maior veio com a instalação do Centro Técnico Aeroespacial (CTA) − 
hoje Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) − e do Instituto 
Tecnológico de Aeronáutica (ITA), em 1950. 
A inauguração da Rodovia Presidente Dutra, em 1951, também foi fator importante 
para a atração de indústrias nas décadas de 1950 a 1970. A industrialização acelerada 
nesse período fez com que São José dos Campos experimentasse um grande crescimento 
demográfico, que intensificou a urbanização. 
Leitura técnica do Município para revisão do Plano Diretor 
 
Secretaria de Urbanismo e Sustentabilidade 8 
 
A criação do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), em 1961 e o 
aprimoramento da estrutura educacional são sinais da vocação da cidade na área científica 
e tecnológica. 
O século 21 
O fortalecimento do setor terciário, que já vinha ocorrendo nos anos de 1990, 
avançou ainda mais e alcançou o século 21 consolidando São José dos Campos como um 
importante centro regional de comércio e serviços, atendendo uma população superior a 2 
milhões de habitantes. 
 O já destacado protagonismo regional de São José dos Campos se consolida com a 
implantação do Parque Tecnológico que, com seus diferentes centros de pesquisa e 
instituições de ensino, oferece condições favoráveis para a inovação tecnológica e promove 
ainda mais o desenvolvimento e a qualificação da mão de obra. 
No aspecto populacional, outra questão que se apresenta para os próximos anos é a 
mudança do perfil etário, apontada nos últimos censos. O aumento considerável da 
população adulta sugere a necessidade de ampliação de postos de trabalho. O segmento de 
idosos apresenta participação cada vez maior, demandando novas políticas públicas. 
A criação da Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte em 2011 e, 
posteriormente, a criação da Agência Metropolitana em 2015, propõem a São José dos 
Campos o desafio de participar da integração das funções públicas e dos projetos de 
desenvolvimento regional considerando as diferenças demográficas, socioeconômicas e 
culturais dos municípios que integram a região. 
 
1.2. Histórico dos planos diretores de São José dos Campos 
 
As inaugurações do CTA (1950) e da Rodovia Presidente Dutra (1951) e o processo 
de industrialização dessa década causaram uma intensa urbanização, marcada por 
grandes fluxos migratórios, que alteraram significativamente os hábitos de vida e a 
configuração física espacial de São José dos Campos. 
Em 1954 ocorre a promulgação do primeiro Código de Obras e Edificações do 
Município. 
Posteriormente, em 1958, sob a coordenação do Centro de Pesquisas Urbanísticas 
(CPEU) da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo – FAU-
USP dá-se início a elaboração do primeiro Plano Diretor e de seus Planos Setoriais. 
 
Leitura técnica do Município para revisão do Plano Diretor 
 
Secretaria de Urbanismo e Sustentabilidade 9 
 
1º PDDI – O Plano CPEU - USP 
O Centro de Pesquisas Urbanísticas (CPEU), criado e dirigido por Anhaia Mello, 
elaborou o Plano Diretor para o Município de São José dos Campos em função do Decreto 
Estadual n° 28.399, de 1957, do então governador Jânio Quadros, que vinculava as 
dotações orçamentárias para Estâncias Hidromineraisàs discriminações contidas nos 
Planos Diretores. 
Segundo o IBGE, em 1950 o Município contava com uma população de 44.804 
habitantes, sendo 26.600 na Zona Urbana e 18.204 na Zona Rural. Em 1960, a população 
total atingiu 77.533 habitantes, sendo 56.882 na Zona Urbana e 20.651 na Zona Rural. 
Nesse período a área urbanizada se concentrava basicamente na região central da 
cidade. A malha urbana já apresentava um grau de dispersão considerável ao sul da 
Rodovia Presidente Dutra, em especial, na região Leste, onde atualmente encontra-se a 
Refinaria Henrique Lage - REVAP e na região Sul, nas imediações da Estrada Velha Rio - 
São Paulo, local atual do loteamento Parque Industrial. 
Conforme relatado no Plano Preliminar, o desenvolvimento do Município vinha se 
dando de forma caótica e desordenada em função da instalação de novas indústrias, sem 
qualquer critério técnico ou urbanístico de localização, prejudicando as populações locais. 
Esse plano teve como premissa coibir os abusos de especuladores imobiliários, 
limitando áreas passíveis de serem loteadas, ordenando sumariamente os vários usos do 
solo urbano e reestruturando o sistema viário através de propostas de alterações e 
melhoramentos viários. 
Em face do desenvolvimento desordenado do Município e do crescimento 
projetado, a prioridade foi propor a delimitação das áreas urbanas e de expansão urbana. 
A área urbana foi planejada obedecendo a um “zoneamento de massa” distribuído em: 
zonas residenciais, industriais e áreas verdes. Este zoneamento também previa como 
diretriz destinar grandes áreas no Município para futuros parques distritais, que visavam 
segregar as atividades industriais consideradas incômodas e, assim, preservar os bolsões 
residenciais. 
Os aspectos relevantes abordados no Plano Diretor CPEU-USP abrangeram 
também o planejamento regional, as questões de ordem urbanística, as relativas à 
habitação, planejamento viário, saneamento, aspectos sociais, finanças, administração e 
gestão do plano. 
Com relação ao sistema viário, após um extenso diagnóstico, concluiu-se que os 
problemas de circulação de São José dos Campos poderiam ser sanados se fossem 
Leitura técnica do Município para revisão do Plano Diretor 
 
Secretaria de Urbanismo e Sustentabilidade 10 
 
resolvidos, inicialmente, os problemas relativos ao tráfego de passagem e ao 
congestionamento da Zona Central. 
Cabe ressaltar que este Plano Diretor de 1961 trouxe o reconhecimento da 
importância do meio físico, das questões ambientais e uma intensa preocupação dos 
possíveis efeitos que o processo de desenvolvimento industrial poderia causar à 
população. O resultado disto foi a formulação de leis disciplinadoras com relação ao 
crescimento urbano, fixando o perímetro urbano e rural do Município, a obrigatoriedade 
de implantação pelos loteadores de infraestrutura mínima de água e luz nos novos 
loteamentos1 e regulamentação de um “zoneamento de massa”. Ressaltam-se, ainda, 
disposições em relação à proteção do Rio Paraíba do Sul, entendendo-o como manancial 
de abastecimento, a proteção dos fundos de vale através da reserva de faixas destinadas a 
abrigar avenidas-parque, garantindo a drenagem natural e a passagem de emissários de 
esgotos e águas pluviais, e o início do processo de estruturação do sistema viário. 
Entre os anos de 1961 e 1964 foram elaborados pelo CEPEU-USP os Planos 
Setoriais para diversas áreas da cidade. Destacam-se: uma proposta de zoneamento 
industrial e um plano urbanístico para a área central de São José dos Campos. 
O Plano Diretor CEPEU-USP não foi transformado em lei. 
 
2º PDDI - O Plano SERETE 
O término do primeiro PD e de seus Planos Setoriais elaborados para o Município 
de São José dos Campos coincidem com o início de uma nova fase de profundas 
transformações político-institucionais do País, a ditadura militar. Nesse período, já sob o 
governo do General Castelo Branco, o Estado iniciou a gestão de uma política nacional 
voltada para a questão urbana, com a criação do Banco Nacional da Habitação (BNH) e do 
Serviço Federal de Habitação e Urbanismo (SERFHAU). Um dos objetivos desta política 
era estabelecer critérios de âmbito nacional para a execução dos programas habitacionais 
para a chamada habitação de interesse social. 
O SERFHAU atuava como órgão financiador de Planos de Desenvolvimento Local 
Integrado, que passou a ser a expressão utilizada para caracterizar tanto a integração dos 
planos locais aos demais, como entre os aspectos físico, social, econômico e institucional. 
Somente com a apresentação desses planos as Prefeituras capacitavam-se aos 
financiamentos governamentais, objetivando a construção de conjuntos habitacionais e 
obras de saneamento. 
 
1 Vale dizer que a lei foi promulgada anteriormente à Lei Federal nº 6.766/79, que regulamenta até hoje as 
normas e condições para parcelamento do solo urbano no Brasil. 
Leitura técnica do Município para revisão do Plano Diretor 
 
Secretaria de Urbanismo e Sustentabilidade 11 
 
No Estado de São Paulo, esta ingerência foi reforçada com a aprovação, em 1967, 
da Lei Orgânica dos municípios, que condicionou o empréstimo, ou auxílio financeiro do 
Estado à existência de Plano Diretor, regularmente aprovado nos municípios (Lei Estadual 
9.842 de 19/3/1967), ampliando a regra que vigorava desde 1957, restrita às Estâncias 
Hidrominerais. 
Nesse período, o processo de urbanização das cidades se intensificou em função do 
crescimento econômico e o Governo buscou, por meio dos Planos Diretores, equacionar 
em longo prazo os problemas das cidades. Dentro desse contexto histórico foi elaborado o 
segundo Plano Diretor de São José dos Campos, aprovado pela Lei 1.623 de 30 de 
novembro de 1971. 
A empresa SERETE S.A. Engenharia foi contratada em 1968 pela Prefeitura 
Municipal para executar e coordenar os trabalhos quanto aos aspectos socioeconômicos, 
de infraestrutura e institucionais e a empresa Jorge Wilheim Arquitetos Associados foi 
responsável pelos aspectos urbanísticos do Plano Diretor. 
O Município, segundo a Sinopse Demográfica do Vale do Paraíba do Sul, contava, 
em 1968, com uma população de 109.578 habitantes. Nessa década, continuava o processo 
de instalação de grandes indústrias, a exemplo da Alpargatas (1960), Matarazzo e 
Amplimatic (1964), Avibrás (1965), Embraer (1969) e a National e Bundy Tubing (1970). O 
destaque desse período foi a implantação do Instituto de Pesquisas Espaciais (INPE) no 
ano de 1961. 
Naquele momento, a cidade começava a avançar para a região ao Sul da Rodovia 
Presidente Dutra (Kanebo, Parque Industrial, Satélite Industrial, Jardim da Granja e 
Jardim Motorama). 
Verificou-se que havia um grande adensamento na região Leste, principalmente, 
nos bairros da Vila Industrial e Jardim Ismênia, devido a implantação de diversos 
conjuntos habitacionais, tais como: os conjuntos residenciais Tatetuba, Integração e 
Planalto. 
A implantação de equipamentos públicos e as melhorias nestes loteamentos 
ocorreram através do projeto CURA, financiado pelo BNH, promovendo uma radical 
transformação na região, em termos de infraestrutura básica e de equipamentos para 
educação, saúde e lazer. 
A população estimada pelo Plano Diretor para o ano de 1972 era de cerca de 140 
mil habitantes; este número, porém foi ultrapassado, e São José dos Campos atingiu mais 
de 170 mil habitantes nesse ano. 
Leitura técnica do Município para revisão do Plano Diretor 
 
Secretaria de Urbanismo e Sustentabilidade 12 
 
Enquanto o novo direcionamento da cidade ocorria no sentido da região da Vila 
Industrial e Vista Verde, em 1974, por determinação do governofederal, instalou-se na 
região Leste a refinaria da Petrobrás, denominada Henrique Lage - REVAP, ocupando 
uma área aproximada de oito milhões de metros quadrados sobre uma extensa área 
anteriormente ocupada por loteamentos que foram desapropriados. 
O Plano Diretor teve como premissa não incentivar a expansão horizontal, à 
exceção dos vazios urbanos entre as áreas já urbanizadas e o adensamento das áreas 
dotadas de infraestrutura urbana. 
As diretrizes urbanísticas propostas por este plano, em relação ao uso e ocupação 
do solo, indicavam que a diminuição dos custos de infraestrutura se daria na medida em 
que se concentrasse a densidade. 
O Plano Diretor demonstrou uma nítida preocupação com o aspecto paisagístico da 
cidade, buscando promover sua integração física e social por meio de propostas para 
implantação de diversos parques por todo o seu território. Neste sentido, elaborou-se um 
minucioso planejamento, considerando as diversas escalas urbanas para sua implantação, 
desde os parques regionais e os de bairros até os parques de vizinhanças, formando um 
sistema de áreas verdes. 
Com o objetivo de hierarquizar o sistema viário, foi elaborado um projeto de 
reestruturação viária, atuando como espinha dorsal do Plano Diretor, destinado a dar 
unidade e organicidade ao todo urbano, conduzindo e induzindo a ocupação do solo. 
O plano da SERETE destacava ainda a necessidade de consolidar o Município 
como polo econômico da Região do Vale do Paraíba. Ao final dos anos de 1970, o 
Município já era considerado o maior do polo, com 21,4% de sua população. A taxa de 
urbanização era de 96% e a cidade abrigava 485 estabelecimentos industriais, empregando 
47% da População Economicamente Ativa (PEA). Ao final da década de 1980, este número 
eleva-se para 638 estabelecimentos. Todo o planejamento foi pensado e executado para o 
desenvolvimento econômico, a industrialização e a modernização. 
 
Leitura técnica do Município para revisão do Plano Diretor 
 
Secretaria de Urbanismo e Sustentabilidade 13 
 
3º PDDI - O Plano da Cidadania 
Com a promulgação da Constituição Federal em 1988, o instrumento básico da 
política de desenvolvimento e de expansão da Cidade passou a ser o Plano Diretor, 
obrigatório para municípios com mais de 20.000 habitantes. 
A Constituição do Estado de São Paulo, em seu Artigo 181, entretanto, ampliou esta 
obrigatoriedade para todos os municípios. 
A Lei Orgânica do Município de São José dos Campos passou a vigorar em 05 de 
abril de 1990. Em seu Artigo 110 dispõe que o Poder Público Municipal organizará sua 
administração e exercerá suas atividades dentro de um processo de planejamento 
permanente, atendendo às peculiaridades locais, aos princípios técnicos convenientes ao 
desenvolvimento da comunidade e aos objetivos e diretrizes estabelecidos no Plano 
Diretor. Dispõe ainda, em seu Artigo 112, que o Município elaborará seu Plano Diretor de 
Desenvolvimento Integrado - PDDI, levando em consideração os aspectos físicos, 
econômicos, sociais e administrativos, devendo observar o diagnóstico ambiental, que 
estabelecerá os parâmetros para a execução do zoneamento. 
Dentro deste contexto, tem início, a partir do segundo semestre de 1988, o terceiro 
Plano Diretor de São José dos Campos, conduzido sob a coordenação da Secretaria de 
Planejamento e Meio Ambiente, e assessoria da UNESP de Rio Claro, que seria aprovado 
em 09 de Junho de 1995 através da Lei Complementar 121/95. 
Com relação às diretrizes do desenvolvimento Físico-Territorial, o PDDI de São 
José dos Campos foi elaborado a partir dos dados do Projeto denominado 
Macrozoneamento da Região do Vale do Paraíba e Litoral Norte do Estado de São Paulo 
(MAVALE), realizado pelo INPE a pedido do Consórcio para o Desenvolvimento Integrado 
do Vale do Paraíba (CODIVAP) em 1992. Esse trabalho teve como objetivo dar suporte à 
formulação de diretrizes para ordenamento territorial da região a partir do diagnóstico 
ambiental do meio físico e socioeconômico. Com base neste trabalho, o Plano Diretor de 
São José dos Campos aprofundou o conhecimento a nível local dos aspectos 
fisicogeográficos, sociais e econômicos, definindo as potencialidades e limitações para o 
seu desenvolvimento, culminando na elaboração da Carta de Unidades Territoriais. 
A partir desta Carta foi definido o novo perímetro urbano e de expansão urbana e 
rural do Município, bem como, as áreas que deveriam ser especialmente protegidas e que 
foram transformadas em quatro Áreas de Proteção Ambiental (APA), gerando a Carta 
denominada “Macrozoneamento”. 
O PDDI apontou o vetor de crescimento urbano para a região Leste em função das 
condições físicas favoráveis dessa região e a proximidade com a Rodovia Carvalho Pinto. 
Leitura técnica do Município para revisão do Plano Diretor 
 
Secretaria de Urbanismo e Sustentabilidade 14 
 
O perímetro de expansão urbana foi estendido na face sul do Município até a 
Rodovia Carvalho Pinto, e em sua face norte até o limite definido na Carta de Unidades 
Territoriais com potencial para ocupação urbana. 
Ressalta-se que na redefinição dos perímetros foram incorporados ao perímetro de 
expansão urbana cerca de 80 loteamentos clandestinos ou irregulares que estavam 
situados na Zona Rural do Município, em áreas passíveis de ocupação urbana pela 
condição geomorfológica dos terrenos e glebas vazias, com o objetivo de aproximar a 
infraestrutura urbana desses loteamentos e propiciar uma futura regularização fundiária e 
urbanística dos mesmos. O perímetro de expansão urbana foi estendido nas faces sul, 
sudeste e leste do Município até a Rodovia Carvalho Pinto; e em sua face norte, abrangeu 
parte dos terrenos da Bacia Hidrográfica do Rio Buquira, até os limites definidos na Carta 
de Unidades Territoriais, documento integrante do PDDI-95. 
O Plano Diretor de 1995 traçou como uma de suas diretrizes a implementação de 
uma política habitacional que possibilitasse o acesso da população de baixa renda à 
cidade, associada a uma política de desenvolvimento urbano abrangente que trabalhasse 
com a cidade real e não apenas a cidade legal. 
 O PDDI de 1995 propôs as seguintes diretrizes para a área habitacional: a) 
Elaboração e implantação de plano de regularização urbanística e fundiária em favelas, 
loteamentos clandestinos e irregulares; b) Criação de banco de terras destinado à 
habitação popular; c) Implantação de plano de gerenciamento e recuperação de áreas de 
risco; d) Reformulação da lei de parcelamento e uso do solo e do código de obras, 
adequando-os à realidade local; e) Elaboração de lei específica sobre habitação de 
interesse social; f) Implantação de sistemas de financiamento baseados em critérios 
sociais compatíveis com a realidade da população beneficiada e g) Criação das Zonas 
Especiais de Interesse Social (ZEIS). 
 Durante o período de vigência do PDDI-95 (1995 a 2005) foi promulgada a Lei de 
Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo do Município (LC 165/97) que definiu os 
parâmetros de uso e ocupação do solo para a expansão urbana na região norte, tendo sido 
admitido o parcelamento para fins de chácaras de recreio, e foram definidas as 
demarcações das ZEIS. Por ocasião dos estudos técnicos para revisão do PDDI-95 
concluiu-se que não houve uma maior utilização desses terrenos pelo mercado imobiliário 
para implantação de loteamentos de chácaras de recreio. As características topográficas, 
as dificuldades de acessibilidade e as restrições da legislação ambiental vigentes à época 
em que incidiam sobre a região norte, contribuíram para essa realidade. Entre 1997 e 
2006 foram aprovados dois loteamentos de chácaras de recreio, Residencial Espelho D’ 
Leitura técnica do Município para revisãodo Plano Diretor 
 
Secretaria de Urbanismo e Sustentabilidade 15 
 
Água e Residencial Colinas do Parayba, ao longo da Estrada Municipal Pedro Moacir de 
Almeida (SJC-050) na Vargem Grande. 
Quanto aos aspectos relativos ao desenvolvimento econômico, o PDDI-95 observou 
que o desenvolvimento urbano a partir da década de 50 foi pautado por maciços 
investimentos externos, oriundos dos governos Federal e Estadual, sempre centrado na 
grande indústria. Isto fez com que o Município não desenvolvesse uma política autônoma. 
Face à crise que o Município atravessava, buscou-se redirecionar a economia para as 
pequenas e médias empresas. Neste sentido, propôs a criação de Distritos Empresariais 
para abrigar micro e pequenas empresas nos setores industrial, comercial e de serviços; 
distritos estes que poderiam ser executados pelo Poder Público, pela iniciativa privada ou 
em parceria. 
O plano tinha ainda como diretriz a construção de novas vias estruturais, o que 
resultou na Carta denominada Macroestrutura Viária, que propôs a criação de anéis 
perimetrais periféricos, que permitiriam assegurar a médio e longo prazo a acessibilidade 
e integração de todas as regiões da Cidade. 
Propôs-se também a criação das Unidades de Planejamento - UPs para que o 
planejamento do Município pudesse ser sistematizado e referenciado a partir dessas 
unidades. 
Quanto aos instrumentos de Política Urbana estavam previstos: Operação Urbana, 
Operação Interligada, Urbanização Consorciada, Imposto Progressivo no Tempo e 
Parcelamento ou Edificação Compulsória. Foram ainda demarcadas as Zonas Especiais de 
Interesse Social – ZEIS. Estes instrumentos, inovadores para a época, foram definidos 
conceitualmente no PDDI, porém, sua regulamentação ficou prevista para uma fase 
posterior, após a regulamentação do Estatuto da Cidade. 
Para a implementação e gerenciamento do PDDI foram propostas a criação do 
Instituto de Planejamento Urbano, com uma estrutura mais ágil e flexível voltada à 
pesquisa e ao apoio das decisões, visando o desenvolvimento da urbanização com 
“qualidade”, e a criação do Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano – CMDU, 
com a finalidade de garantir a participação da comunidade na consecução dos objetivos 
estabelecidos no Plano Diretor. 
Observa-se que, durante o período em que vigorou o PDDI de 1995, foi aprovada 
uma lei de zoneamento, a LC 165/97, que ao longo dos anos foi submetida a uma série de 
alterações até a sua substituição pela LC 428/10. 
Como foi dito, os instrumentos de gestão urbanística só puderam ser 
regulamentados após a promulgação da Lei Federal n° 10.257/01, denominada Estatuto da 
Leitura técnica do Município para revisão do Plano Diretor 
 
Secretaria de Urbanismo e Sustentabilidade 16 
 
Cidade. Assim, a regulamentação de alguns instrumentos urbanísticos propostos acabou 
sendo feita no Plano Diretor posterior. 
Durante a vigência do PDDI-1995 o Município fez a adequação da estrutura 
administrativa para o melhor desenvolvimento das políticas públicas, tendo criado ao 
longo desse período a Secretaria de Desenvolvimento Econômico Ciência e Tecnologia 
(SDE) e a Secretaria Especial de Defesa do Cidadão (SEDEC). Foram ainda reestruturadas 
as áreas de Planejamento Territorial, Meio Ambiente, Obras e Habitação, resultando em 
quatro secretarias: Secretaria de Planejamento Urbano, Secretaria de Meio Ambiente, 
Secretaria de Obras e Secretaria de Habitação. 
 
4º PDDI - O Plano Diretor vigente 
O Quarto Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado – PDDI, desenvolvido sob a 
coordenação da Secretaria de Planejamento Urbano, foi aprovado em 17 de novembro de 
2006 através da Lei Complementar n° 306/06. 
Com relação ao Macrozoneamento Territorial do Município, conforme relatado 
anteriormente, o fato de ter havido pouca utilização das glebas em chácaras de recreio pelo 
mercado imobiliário para implantação de loteamentos, durante o período de vigência do 
PDDI-95, além das dificuldades de acessibilidade e as restrições da legislação ambiental 
vigente à época, que incidiam sobre a região Norte, aliadas à regulamentação da Resolução 
CONAMA Nº 303, de 20 de março de 2002, que dispunha sobre parâmetros, definições e 
limites de Áreas de Preservação Permanente, em especial de “topo de morro” e 
determinava severas restrições ambientais a utilização desses terrenos, foram fatores que 
contribuiram para a readequação no perímetro urbano por ocasião da revisão do Plano 
Diretor do Município. 
Desta forma, o PDDI-2006 alterou o Macrozoneamento Territorial, retraindo o 
perímetro urbano na região Norte e determinando uma nova configuração da zona 
urbana. 
O perímetro da zona urbana ao norte viria a sofrer uma nova retificação – uma 
segunda retração - pela Lei Complementar 428/10, a Lei de Parcelamento, Uso e 
Ocupação do Solo do Munícipio, instituída em 09 de agosto de 2010, que revogou a LC 
165/97. 
Amparado pelo Plano Diretor em vigor, a Lei Complementar 428/10 instituiu o 
Mapa 06 – ZEIS que contempla uma relação de núcleos populacionais situados na zona 
rural passíveis de serem regularizados por meio da criação de bolsões urbanos, dentre os 
Leitura técnica do Município para revisão do Plano Diretor 
 
Secretaria de Urbanismo e Sustentabilidade 17 
 
quais constam os loteamentos irregulares e ou clandestinos situados na área da retração 
perimétrica. 
Quanto às Áreas de Proteção Ambiental I, II, III, IV, as chamadas APAs de São 
Francisco Xavier, da Bacia Hidrográfica do Rio do Peixe, da Serra de Jambeiro e da 
Planície Aluvial dos Rios Paraíba do Sul e Jaguari foram mantidas integralmente. 
No PDDI de 2006 foi instituído o Plano de Estruturação Urbana - PEU, que teve 
como objetivo ordenar o desenvolvimento físico-territorial da cidade, estabelecendo um 
conjunto de diretrizes e projetos relativos às áreas de meio ambiente, transporte público, 
saneamento ambiental, estruturação viária, macrodrenagem urbana, sistema de áreas 
verdes e de lazer e o ordenamento do parcelamento, uso e ocupação do solo, incluindo os 
aspectos relativos aos instrumentos de política urbana. 
Devemos destacar, dentro do Plano de Estruturação Urbana, o estabelecimento de 
um sistema de macrodrenagem do Município que teve como objetivo garantir a 
permeabilidade do solo, a proteção dos fundos de vale dos córregos urbanos e um melhor 
controle do escoamento das águas pluviais. Nesse sentido, foi estabelecido, no Artigo 66, a 
Zona de Domínio de Curso D’água (ZDCA), as Áreas de Controle à Impermeabilização, e 
os Pontos de Retenção (piscinões), locais esses que poderiam estar associados ao sistema 
de lazer do Município. Desta forma, foram delimitadas, nos vazios urbanos, as áreas ainda 
passíveis de ocupação, as áreas de produção de água para recarga de aquíferos e as áreas 
de cabeceiras de drenagem que geram maior volume de contribuição para os córregos e 
proporcionam um maior comprometimento da infraestrutura existente. Foi ainda 
estabelecido que estas áreas deveriam receber parâmetros diferenciados de ocupação 
adequados às suas características geomorfológicas. 
Outro fator relevante apresentado pelo Plano de Estruturação Urbana no Artigo 68 
foi a definição de um conjunto de áreas destinadas à implantação de Parques Urbanos 
(Mapa 07 da LC 306/06). 
No período de vigência do atual PDDI de 2006 foram implantados o Parque 
Vicentina Aranha, inaugurado em 27 de julho de 2007, o Parque Linear Senhorinha, ao 
longo do Córrego Senhorinha, que teve a sua primeira fase implantada em 2007 e o 
Parque Alambari, implantado na região Leste em 2008. O Parque Boa Vista, referência em 
esportes radicais na região Norte, e o Parque Ribeirão Vermelho, dotado de quadras 
poliesportivase de tênis, pista de skate, playground, pista de caminhada, ciclovias e 
bosque com mata nativa, na região Oeste (Urbanova) encontram-se atualmente em fase de 
implantação. 
Leitura técnica do Município para revisão do Plano Diretor 
 
Secretaria de Urbanismo e Sustentabilidade 18 
 
O artigo 69 do PDDI de 2006 estabelece as seguintes diretrizes da política de uso e 
ocupação do solo: otimizar a infraestrutura existente, respeitando a topografia e a 
capacidade de suporte natural do solo, de forma a promover a renovação urbana de 
setores com infraestrutura subutilizada; disciplinar o adensamento nas áreas de 
infraestrutura deficitária e de maior concentração populacional com menor poder 
aquisitivo e altas taxas de desemprego; estabelecer parâmetros especiais de uso e 
ocupação do solo visando à proteção dos recursos naturais, em especial das áreas de 
recarga de aquíferos; proteger as orlas e contornos das várzeas e fundos de vale, 
objetivando a manutenção da paisagem natural; estabelecer parâmetros de ocupação 
para o parcelamento do solo, adequados às variações topográficas da cidade; garantir a 
utilização de parâmetros de uso e ocupação adequados à hierarquia viária do 
Município; promover a distribuição espacial das atividades urbanas de forma a evitar 
os conflitos de usos; promover a integração de usos, com a diversificação de atividades 
compatíveis, de modo a reduzir os deslocamentos da população e incentivar a 
distribuição da oferta de emprego e trabalho na cidade; promover uma maior 
diversificação de usos comerciais e de serviços nas áreas com população de menor poder 
aquisitivo e altas taxas de desemprego; e estimular a implantação de habitações e 
atividades econômicas de lazer e diversão no centro urbano, objetivando sua 
requalificação. 
No artigo 71 está prevista a adoção dos seguintes instrumentos de política urbana 
no Município, com base no Estatuto da Cidade: a Outorga Onerosa do Direito de 
Construir; a Transferência do Direito de Construir; o Direito de Preempção; as Zonas 
Especiais de Interesse Social – ZEIS; a Concessão de Incentivo para Implantação de 
Habitação de Interesse Social; as Operações Urbanas Consorciadas; o Estudo de 
Impacto de Vizinhança – EIV e o Fundo Municipal de Desenvolvimento Urbano. 
Os instrumentos Direito de Preempção, Operações Urbanas Consorciadas, Estudo 
de Impacto de Vizinhança – EIV e as Zonas Especiais de Interesse Social – ZEIS foram 
parcialmente regulamentados, posteriormente, através da LC 428, de 09 de agosto de 
2010 no seu Capítulo VIII – Da aplicação dos instrumentos da política de 
desenvolvimento urbano. Já está vencido, no entanto, o prazo de vigência (cinco anos no 
máximo) do instrumento Direito de Preempção, conforme estabelecido no parágrafo 
primeiro do Artigo 25 do Estatuto da Cidade. 
A última legislação de Parcelamento e Uso e Ocupação do Solo foi aprovada em 09 
de agosto de 2010, por meio da Lei Complementar 428/10 e encontra-se vigente. Ressalta-
se, entretanto, que esta lei passou por alterações através das leis complementares: LC 
474/12, LC 478/12, LC 479/12, LC 498/13, LC 518/13 e LC 520/13. Além disso, a LC 
Leitura técnica do Município para revisão do Plano Diretor 
 
Secretaria de Urbanismo e Sustentabilidade 19 
 
428/10 sofreu, no início de 2014, uma Ação Direta de Inconstitucionalidade – ADIN, de 
número 0244366-29.2012.8.26.0000, proposta pelo Procurador Geral de Justiça do 
Estado de São Paulo, com decisão favorável do Tribunal de Justiça do Estado de São 
Paulo. Alguns artigos da LC 428/10 e o mapa que definia as zonas de usos de algumas 
localidades foram declarados inconstitucionais, deixando sem parâmetros essas áreas. A 
Lei Complementar 593 de 23 de junho de 2017 veio corrigir o vazio legislativo. 
No campo da estrutura administrativa da Prefeitura, uma grande transformação foi 
promovida no início de 2017 com o advento da Lei Complementar 9.495. Com o propósito 
de “modernizar e simplificar as atividades e rotinas da Prefeitura, desburocratizar a 
tramitação dos procedimentos administrativos e, principalmente, adequar a estrutura à 
realidade financeira do Município”2, a nova organização reduziu para treze o número de 
secretarias. 
É importante destacar ainda que, no período posterior à edição do Plano Diretor de 
2006, vários planos setoriais foram desenvolvidos para orientação das políticas públicas 
municipais (Quadro 1). 
 
2 2 Mensagem 44/ATL/2017 à Câmara para o Projeto de Lei que altera a Lei 3.939 de 21de março de 1991 
que “Dispõe sobre a Estrutura Administrativa da Prefeitura Municipal de São José dos Campos”. 
 
Leitura técnica do Município para revisão do Plano Diretor 
 
Secretaria de Urbanismo e Sustentabilidade 20 
 
 
Quadro 1 - Planos setoriais elaborados no período 2006-2016 
 
Leitura técnica do Município para revisão do Plano Diretor 
 
Secretaria de Urbanismo e Sustentabilidade 21 
 
2. ASPECTOS DEMOGRÁFICOS 
 
2.1. Crescimento populacional do Município 
 
O Município de São José dos Campos atingiu a população de 629.921 habitantes 
em 2010, segundo o Censo Demográfico realizado pelo IBGE naquele ano. No espaço de 
uma década – entre 2000 e 2010 – a cidade viveu um incremento populacional de cerca 
de noventa mil pessoas, crescendo a uma taxa anual de 1,57%.3 
Esta taxa bem reduzida, se comparada àquelas experimentadas entre os anos 60 e 
80, que se aproximavam dos 7%, segue a tendência geral do país de diminuição do ritmo 
de crescimento populacional. Porém, observando as taxas registradas pelo país, pela 
Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte (RMVPLN) e pelo Estado de São 
Paulo, verificamos para São José dos Campos uma taxa ainda ligeiramente superior. 
 
Figura 1 - Taxa de crescimento intercensitário 1960-2010 
 Fonte: IBGE e estimativas Secretaria de Planejamento Urbano - PMSJC e IPPLAN 
 
 
3 A população municipal estimada pelo IBGE para o ano de 2016 é de 695.992. 
Leitura técnica do Município para revisão do Plano Diretor 
 
Secretaria de Urbanismo e Sustentabilidade 22 
 
Tabela 1 - População e crescimento populacional entre 2000 e 2010 
 
População 
Taxa 
Geométrica 
Crescimento 
no Período 
 2000 2010 % % 
Brasil 169.799.170 190.732.694 1,17 12,3 
São Paulo 37.032.403 41.262.199 1,09 11,4 
RMVPLN 1.992.110 2.262.723 1,28 13,6 
São José dos Campos 539.313 629.921 1,57 16,8 
Fonte: IBGE e estimativas Secretaria de Planejamento Urbano - PMSJC 
 
No âmbito da Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte, o 
crescimento registrado por São José foi mediano: menor se comparado, por exemplo, ao 
crescimento populacional dos municípios que integram a sub-região do Litoral Norte, 
porém maior do que o observado nas cidades do Vale Histórico. 
 
Leitura técnica do Município para revisão do Plano Diretor 
 
Secretaria de Urbanismo e Sustentabilidade 23 
 
Tabela 2 - Cidades da Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte: população e crescimento 
populacional entre 2000 e 2010 
 
Fonte: IBGE e estimativas Secretaria de Planejamento Urbano - PMSJC 
Taxa geométrica de 
crescimento anual
2000 - 2010
2000 2010 %
01. Aparecida 34.904 35.007 0,03
02. Arapeí 2.618 2.493 -0,49
03. Areias 3.600 3.696 0,26
04. Bananal 9.713 10.223 0,51
05. Caçapava 76.130 84.752 1,08
06. Cachoeira Paulista 27.205 30.091 1,01
07. Campos do Jordão 44.252 47.789 0,77
08. Canas 3.614 4.385 1,95
09. Caraguatatuba 78.921 100.840 2,48
10. Cruzeiro 73.492 77.039 0,47
11. Cunha 23.090 21.866 -0,5412. Guaratinguetá 104.219 112.072 0,73
13. Igaratá 8.292 8.831 0,63
14. Ilhabela 20.836 28.196 3,07
15. Jacareí 191.291 211.214 1
16. Jambeiro 3.992 5.349 2,97
17. Lagoinha 4.957 4.841 -0,24
18. Lavrinhas 6.008 6.590 0,93
19. Lorena 77.990 82.537 0,57
20. Monteiro Lobato 3.615 4.120 1,32
21. Natividade da Serra 6.952 6.678 -0,4
22. Paraibuna 17.009 17.388 0,22
23. Pindamonhagaba 126.026 146.995 1,55
24. Piquete 15.200 14.107 -0,74
25. Potim 13.605 19.397 3,61
26. Queluz 9.112 11.309 2,18
27. Redenção da Serra 4.047 3.873 -0,44
28. Roseira 8.577 9.599 1,13
29. Santa Branca 13.010 13.763 0,56
30. Santo Antonio do Pinhal 6.328 6.486 0,25
31. São Bento do Sapucaí 10.355 10.468 0,11
32. São José do Barreiro 4.143 4.077 -0,16
33. São José dos Campos 539.313 629.921 1,57
34. São Luís do Paraitinga 10.429 10.397 -0,03
35. São Sebastião 58.038 73.942 2,45
36. Silveiras 5.378 5.792 0,74
37. Taubaté 244.165 278.686 1,33
38. Tremembé 34.823 40.984 1,64
39. Ubatuba 66.861 78.801 1,66
Total 1.992.110 2.262.723 1,28
MUNICÍPIOS
População
Leitura técnica do Município para revisão do Plano Diretor 
 
Secretaria de Urbanismo e Sustentabilidade 24 
 
2.2. Migração 
 
O Censo de 2010 indicou que 45% da população residente em São José dos Campos 
– cerca de 285 mil pessoas – é composta por moradores não naturais do Município. 
O levantamento censitário apontou ainda que cerca de 93 mil pessoas estão há 
menos de dez anos no Município, sendo que 10% delas têm menos de um ano de 
residência; dado que revela a permanência da atratividade migratória da cidade nos anos 
mais recentes. 
Embora mantenha um saldo migratório anual positivo (diferença entre os que vêm 
residir na cidade e os que saem daqui), a maior parte do crescimento populacional recente 
de São José dos Campos é devido ao seu crescimento vegetativo (diferença entre 
nascimentos e óbitos). 
Esta é uma situação bem diferente de décadas passadas quando a participação dos 
componentes do crescimento – vegetativo e migratório – era bem equilibrada4. Com 
ligeira diminuição da participação da migração, o quadro permanece estável nas duas 
últimas décadas, como podemos verificar através da Tabela 3. 
 
Tabela 3 - São José dos Campos: participação relativa dos componentes do crescimento populacional 
Período 1991 - 2000 Período 2000 - 2010 
Crescimento 
vegetativo 
Migração Crescimento 
vegetativo 
Migração 
68,5% 31,5% 69,7% 30,3% 
Fonte: NEPO/UNICAMP - Emplasa 
 
Outro indicador que informa sobre o peso da migração na composição 
populacional é a taxa anual de migração, que consiste no quociente entre o saldo 
migratório do período e a população no meio do período, calculada por cada mil 
habitantes. No caso de São José dos Campos, em 2010, a cada mil residentes, entre quatro 
e cinco eram imigrantes. Ao contextualizarmos esse indicador para os municípios 
integrantes da RMVPLN constatamos a força da dinâmica migratória nas cidades 
litorâneas. Essas viveram um período de grande crescimento econômico e expansão 
urbana nas duas últimas décadas em consequência dos investimentos ligados à exploração 
 
4 Em 1990, estima-se que o saldo migratório participasse com 49,9% do aumento populacional e o 
crescimento vegetativo com 50,1%. 
Leitura técnica do Município para revisão do Plano Diretor 
 
Secretaria de Urbanismo e Sustentabilidade 25 
 
de petróleo e gás, expansão do porto de São Sebastião e incremento do turismo. Já entre 
os municípios que compõem a sub-região de São José dos Campos, à exceção de Jambeiro, 
as taxas anuais de migração são bem menores. 
 
Tabela 4 - Cidades da Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte: taxas anuais de migração em 
2000 e 2010 
Município 
Taxa anual de 
migração em 
2000 (por 1.000 
habitantes) 
Taxa anual de 
migração em 
2010 (por 1.000 
habitantes) 
São José dos Campos 7,11 4,79 
Caraguatatuba 28,45 14,32 
São Sebastião 41,28 10,4 
Ilhabela 31,06 15,56 
Ubatuba 20,04 4,31 
Jambeiro 12,11 21,48 
Caçapava 1,93 1,38 
Igaratá 14,04 -4,15 
Jacareí 3,28 0,09 
Paraibuna 1,82 -5,43 
Santa Branca 13,16 -2,36 
Monteiro Lobato -2,58 6,55 
Fonte: SEADE – Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados 
 
Quanto à origem dos não naturais do Município, verifica-se, a partir do Censo de 
2010, que eles procediam principalmente do próprio Estado de São Paulo, de Minas 
Gerais, do Paraná e do Rio de Janeiro. Os estados da região Nordeste contribuíam com 
18,18%, destacando-se as participações da Bahia e de Pernambuco. 
 
Leitura técnica do Município para revisão do Plano Diretor 
 
Secretaria de Urbanismo e Sustentabilidade 26 
 
Tabela 5 - População não natural de São José dos Campos segundo local de origem 
 
Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2010 
 
 
 
 
 
Lugar de nascimento População residente
População residente 
(percentual)
Região Norte 2019 0,71
Rondônia 306 0,11
Acre 83 0,03
Amazonas 361 0,1
Rora ima 45 0,01
Pará 1092 0,32
Amapá 18 0,01
Tocantins 115 0,04
Região Nordeste 51673 18,18
Maranhão 3274 1,15
Piauí 8407 2,96
Ceará 5017 1,76
Rio Grande do Norte 2613 0,92
Para íba 4956 1,74
Pernambuco 10626 3,74
Alagoas 3243 1,14
Sergipe 1272 0,45
Bahia 12265 4,31
Região Sul 21275 7,48
Paraná 17300 6,09
Santa Catarina 1503 0,53
Rio Grande do Sul 2472 0,87
Região Centro-oeste 3406 1,2
Mato Grosso do Sul 1179 0,41
Mato Grosso 570 0,2
Goiás 865 0,3
Distri to Federa l 792 0,28
Região Sudeste 197485 69,46
Minas Gera is 62049 21,83
Espíri to Santo 1351 0,48
Rio de Janeiro 13514 4,75
São Paulo (exceto SJC) 120570 42,41
País estrangeiro 3893 1,37
Não especificado 4549 1,6
Leitura técnica do Município para revisão do Plano Diretor 
 
Secretaria de Urbanismo e Sustentabilidade 27 
 
2.3. População e crescimento populacional nas macrozonas e regiões 
 
Considerando-se a divisão em macrozonas estabelecida pela LC 428/10, a taxa de 
crescimento populacional na área rural – verificada principalmente na porção norte – foi 
superior ao da área urbana. O incremento populacional absoluto constatado no rural ao 
final da década foi, porém, inferior a três mil pessoas. 
 
Tabela 6 - População e crescimento populacional das macrozonas entre 2000 e 2010 
Macrozona 
População 
Taxa geométrica 
de crescimento 
2000 2010 % 
Urbana 527.076 614.746 1,55 
Rural norte 11.242 14.172 2,34 
Rural sul 995 1.003 0,08 
Total rural 12.237 15.175 2,18 
Fonte: IBGE e estimativas Secretaria de Planejamento Urbano - PMSJC e IPPLAN 
 
Crescimento populacional nos distritos, nas regiões urbanas e nos setores 
socioeconômicos5 
O aumento populacional verificado no último período intercensitário, quando 
distribuído entre os distritos que compõem administrativamente o Município, aponta São 
Francisco Xavier como o distrito com a maior taxa de crescimento, sendo que, no Censo de 
2010, cerca de 35% da população computada no distrito residia em seu perímetro urbano6. 
 
 
 
 
 
 
5 Como já foi indicado, os setores socioeconômicos são agrupamentos de bairros que compõem uma divisão 
territorial da área urbana do município estabelecida pelo Plano Diretor (LC 306) e cujos limites foram 
redefinidos através da LC 428/10. 
6 Considerando-se os limites definidos na LC 428/10. 
Leitura técnica do Município para revisão do Plano Diretor 
 
Secretaria de Urbanismo e Sustentabilidade 28 
 
Tabela 7 - População e taxas de crescimento do Municípioe distritos 
Município e distritos 
População 
Taxa geométrica 
de crescimento 
geométrico 
2000 - 2010 2000 2010 % 
São José dos Campos 539.313 629.921 1,57 
 São José dos Campos 468.325 542.404 1,48 
 Eugênio de Melo 68.121 83.665 2,08 
 São Francisco Xavier 2.867 3.852 3,00 
Fonte: IBGE e estimativas Secretaria de Planejamento Urbano - PMSJC e IPPLAN 
 
Observando-se as unidades territoriais formadas pelas regiões urbanas, as taxas de 
crescimento registradas variam entre 0,20%, na região Centro e 4,99%, na região Oeste, 
como podemos constatar através do gráfico abaixo. 
 
Figura 2 - Taxa de crescimento geométrico das Regiões Urbanas entre 2000 e 2010 (%) 
Fonte: IBGE e estimativas Secretaria de Planejamento Urbano - PMSJC e IPPLAN 
A Figura 3 revela o peso populacional da região Sul e do Setor socioeconômico 1, no 
limite Norte do perímetro urbano. Aponta também os contrastes na ocupação da Leste e 
indica os setores de menor população, vários deles localizados em áreas de APA. 
Leitura técnica do Município para revisão do Plano Diretor 
 
Secretaria de Urbanismo e Sustentabilidade 29 
 
 
Figura 3 - População por setores socioeconômicos 
Fonte: IBGE e Secretaria de Planejamento Urbano - PMSJC 
 
A Figura 4 apresenta as taxas de crescimento populacional registradas pelos 
setores socioeconômicos entre 2000 e 2010, destacando o crescimento experimentado nas 
áreas do Urbanova, do Aquárius, do Jaguari e do Serrote. 
Em algumas áreas ocorreram taxas negativas de crescimento populacional – como 
no Centro, no Jardim Paulista, na Vila Industrial e na Vila São Bento -, fato que pode estar 
relacionado, em alguns casos, a mudanças para usos não residenciais das edificações, e em 
outros a transformações nos arranjos familiares em função do envelhecimento 
populacional do setor. Em outras áreas, houve remoção de população, como no setor 2A 
(APA de Santana). 
Leitura técnica do Município para revisão do Plano Diretor 
 
Secretaria de Urbanismo e Sustentabilidade 30 
 
 
Figura 4 - Taxa de crescimento demográfico por setores socioeconômicos 
Fonte: IBGE e Secretaria de Planejamento Urbano - PMSJC 
 
As principais características do crescimento populacional ocorrido nas regiões são 
destacadas a seguir. 
 
Região Centro 
 
No período 2000-2010, a região Centro apresentou a menor taxa de crescimento 
populacional dentre as regiões urbanas (0,20%), passando de uma população de 70.701 
para 72.115 pessoas. 
A região Centro ocupa uma porção de 18,68km2 da área urbana e abrange quatro 
setores socioeconômicos– os setores 3 (Centro), 4 (Jardim Paulista), 20 (Vila Adyanna) e 
26 (Jardim Esplanada) – sendo que apenas este último registrou um crescimento superior 
ao da média da cidade entre os dois últimos censos. 
 
Leitura técnica do Município para revisão do Plano Diretor 
 
Secretaria de Urbanismo e Sustentabilidade 31 
 
Região Leste 
 
No período entre 2000 e 2010 a região Leste apresentou uma taxa de crescimento 
populacional (1,68%), ligeiramente acima da média da cidade. Em termos absolutos, este 
crescimento representou, no entanto, um importante acréscimo de população: mais 
24.716 pessoas passaram a residir na região onde, no Censo de 2010, foram contabilizadas 
160.990 pessoas. 
A região Leste ocupa 134,69 km2 da área urbana e é formada por nove setores 
socioeconômicos bastante heterogêneos sob o ponto de vista do comportamento de suas 
taxas de crescimento populacional. Dois setores – 5 (Vila Industrial) e 5A (APA Martins 
Guimarães) registraram crescimento negativo. No setor 8 (Vista Verde) praticamente não 
houve crescimento. Nos demais setores, 6 (Eugênio de Melo), 6A (APA Eugênio de Melo), 
7 (Pararangaba/Campos de São José), 27 (Novo Horizonte) e 30 (Capão Grosso) ocorreu 
crescimento populacional ligeiramente acima da média municipal. O destaque, porém, 
ficou para o setor 31 (Serrote), localização dos bairros regulares Jardim Helena e Jardim 
Mariana II e dos clandestinos Santa Secília I e II, onde a taxa de crescimento foi de 
10,27%, a população passou de 1.619 para 4.303 pessoas e o número de domicílios 
praticamente triplicou. 
 
Região Sudeste 
 
No período entre 2000 e 2010 a região Sudeste apresentou uma taxa de 
crescimento populacional (1,67%), ligeiramente acima da média da cidade. Em termos 
absolutos este crescimento representou um acréscimo de 7.008 pessoas. No Censo de 
2010, foram contabilizadas 45.800 pessoas residindo na região. O número de domicílios 
ocupados passou de 9.586 para 12.680 entre os dois últimos censos. 
A região Sudeste ocupa 35,66 km2 da área urbana e é formada por 3 setores 
socioeconômicos: 9 (Jardim da Granja), 10 (CTA) e 29 (Putim), sendo que este último 
concentrou o crescimento populacional ocorrido, que foi expressivo principalmente na 
área dos loteamentos Jardim Santa Luzia, Jardim Santa Rosa e Jardim Santa Júlia. 
 
Região Sul 
No período entre 2000 e 2010 a região Sul apresentou uma taxa de crescimento 
(1,56%) semelhante à média da cidade. Em termos absolutos, este crescimento 
Leitura técnica do Município para revisão do Plano Diretor 
 
Secretaria de Urbanismo e Sustentabilidade 32 
 
representou, entretanto, a incorporação de um importante contingente populacional: mais 
33.511 pessoas passaram a residir na região onde, no Censo de 2010, foram contabilizadas 
233.536 pessoas. Se fosse um Município, a região sul seria o terceiro Município da região 
Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte, atrás apenas de São José dos Campos e 
de Taubaté em tamanho de população. 
A região Sul ocupa 56,51 km2 da área urbana e é formada por sete setores 
socioeconômicos. Apenas um deles, o setor 28 (Vila São Bento) não apresentou taxa 
positiva de crescimento. Os setores 11 (Torrão de Ouro), 12 (Campo dos Alemães) e 15 
(Jardim Oriente/ Morumbi) foram os que mais cresceram. Os demais setores, 13 (Bosque 
dos Eucaliptos) 14 (Jardim Satélite) e 16 (Parque Industrial), não apresentaram taxas 
elevadas de crescimento, mas como são setores de grande população, mesmo as taxas 
reduzidas significaram acréscimos populacionais importantes. 
 
Região Oeste 
A região Oeste foi a área da cidade que registrou a maior taxa de crescimento 
populacional(4,99%) no período entre 2000 e 2010. O número de domicílios ocupados 
quase dobrou, e mais de 15.000 pessoas passaram a residir na região, onde, no último 
Censo, foram contadas 41.163 pessoas. 
A região Oeste ocupa 44,01 km2 da área urbana e é formada por quatro setores 
socioeconômicos. O importante crescimento populacional ocorrido nesta região 
concentrou-se nos setores 18 (Urbanova) e 19 (Jardim Aquárius), uma vez que o no setor 
17 (Jardim das Indústrias) foi registrada uma taxa positiva, porém abaixo da média da 
cidade, e no setor 17 A (APA Limoeiro) ocorreu diminuição populacional. 
 
Região Norte 
No período entre 2000 e 2010 a região Norte apresentou uma taxa de crescimento 
de 0,81%, inferior, portanto, à média da cidade. Em termos absolutos, este crescimento 
representou a incorporação de 4.643 habitantes na região onde, no Censo de 2010, foi 
registrada uma população de 59.800 pessoas. 
A região Norte ocupa 63,73 km2 da área urbana e é formada por sete setores 
socioeconômicos. As áreas mais consolidadas da região – os setores 1 (Alto da Ponte) e 2 
(Santana) - assinalaram baixas taxas de crescimento. Os espaços em expansão 
localizaram-se nos setores 1A (APA Jaguari) e 25 (Vargem Grande), enquanto que os 
Leitura técnica do Município para revisão do Plano Diretor 
 
Secretaria de Urbanismo e Sustentabilidade 33 
 
demais setores – 2A (APA Santana,25 A (APA Vargem Grande) e 32 (Buquirinha) 
indicaram diminuições populacionais. 
Ainda na região Norte, o setor socioeconômico 21, que corresponde à área urbana do 
distrito de São Francisco Xavier, exibiu forte crescimento populacional e praticamente 
dobrou o número de domicílios ocupados. 
 
2.4. Densidade populacional 
 
Com uma densidade média de 57,3 habitantes por hectare, a população joseense se 
distribui de forma bastante irregular pelo território. 
 O eixo centro-sul concentra um número maior de áreas de ocupação contínua com 
as densidades mais elevadas, como podemos visualizar através da Figura 5. 
 
Figura 5 - Densidades em São José dos Campos 
Fonte: IBGE e Secretaria de Planejamento Urbano - PMSJC 
 
A região Leste, a segunda em tamanho populacional, embora conte com áreas 
muito densas margeando a Dutra – as maiores densidades localizam-se justamente ali, 
Leitura técnica do Município para revisão do Plano Diretor 
 
Secretaria de Urbanismo e Sustentabilidade 34 
 
nos conjuntos habitacionais da Vila Industrial –, também apresenta vazios e os espaços 
com as mais baixas densidades nos limites com Caçapava. 
Na região Sudeste, as maiores concentrações populacionais estão situadas no setor 
do Conjunto Habitacional da Polícia Militar, no Jardim São Judas Tadeu e no Conjunto 
Habitacional São Judas, assim como no Jardim Uirá. Contudo, também integram a região 
áreas pouco adensadas próximas à Rodovia Carvalho Pinto. 
As maiores densidades da região Norte localizam-se nas vilas Dirce, Rossi e 
Zizinha. Já as áreas da Vargem Grande e de Jaguariúna são bastante rarefeitas quanto à 
ocupação. 
A região Oeste se caracteriza pelas baixas densidades de suas áreas onde há 
predominância de ocupação horizontal, como é o caso da Urbanova. 
A Tabela 8 indica as densidades dos subsetores socioeconômicos – a menor 
unidade de agrupamento dos setores censitários e a que mais se aproxima do nível dos 
bairros e loteamentos. Através dela, podemos verificar que os maiores adensamentos 
localizam-se em conjuntos habitacionais e bairros de menor renda. 
Deve-se destacar, no entanto, que o subsetor correspondente ao Parque 
Residencial Aquarius não aparece entre os mais adensados em função dos seus 
loteamentos fechados horizontais. Considerada apenas a área verticalizada, o loteamento 
apresenta a densidade de 194,26 habitantes por hectare, a quinta maior densidade 
populacional registrada e a maior em bairros de alta renda. 
 
Leitura técnica do Município para revisão do Plano Diretor 
 
Secretaria de Urbanismo e Sustentabilidade 35 
 
Tabela 8 - Maiores densidades populacionais (habitantes por hectare) nos subsetores 
socioeconômicos (bairros) 
 
Fonte: IBGE e Secretaria de Planejamento Urbano - PMSJC e IPPLAN 
 
2.5. Estrutura etária e diferenciais intraurbanos 
 
O declínio nos níveis de mortalidade e fecundidade são mudanças que tiveram 
importante impacto sobre a distribuição por idade da população brasileira nas últimas 
décadas e São José dos Campos não foge à regra. 
Em consequência, se no passado a estrutura etária apresentava a forma de uma 
pirâmide clássica – cuja base extensa indicava o predomínio das faixas mais jovens, e o 
ápice estreito, com pequena participação da população idosa –, hoje, com o progressivo 
envelhecimento populacional que a exemplo do país o Município experimenta, estamos 
nos aproximando de uma inversão da figura piramidal. 
Subsetor Região Bairros Densidade
5.11 Leste Conj. Integração 436,6
5.8 Leste Conj. Hab. Intervale 293,8
13.5 Sul Conj. Res . Primavera 208,3
5.7 Leste Conj. Res . Parque das Américas 201
29.7 Sudeste Conj. Hab. Pol ícia Mi l i tar 187,1
1.8 Norte Vi la Dirce 185,5
20.7 Centro Vi la Icara í; Vi la Jaci 182,9
12.4 Sul Conj. Hab. Elmano F. Veloso 168
3A.3 Centro Favela Vi la Nova Esperança 162,8
2.8 Norte Fav.Vi la Rhodia 158
2.7 Norte Vi la Ross i . Vi la Zizinha 147,8
6.3 Leste Jardim Itapuã 139,9
12.7 Sul Jardim Cruzeiro do Sul 136
12.3 Sul Conj. Hab. Dom Pedro I 133,5
12.1 Sul Campo dos Alemães; Parque dos Ipês ; Res . Al tos do Bosque 128,5
5.5 Leste Jardim Valpara íba 127
15.8 Sul Cidade Morumbi; Conj. Res . Morumbi 119,2
20.1 Centro
Vi la Nove de Julho; Vi la Igualdade; Vi la Higienópol is ; Vi la 
Paulo Setubal
118,2
29.6 Sudeste Jardim São Judas Tadeu; Conjunto São Judas Tadeu 117,2
13.4 Sul Jardim Del Rey; Jardim Portugal 111,5
4.4 Centro Vi la São Pedro 110,4
15.5 Sul Jardim do Céu; Jardim Rosário 109,6
15.4 Sul Jardim Oriental 108,6
9.3 Sudeste Jardim Uirá 108,4
5.3 Leste Jardim Ismênia; Jardim Maracanã; Jardim Ol ímpia 105
1.6 Norte
Vi la Santarém. Vi la Sinhá. Jardim Guimarães . Vi la Lei la . Vi la 
Monte Alegre. Vi la Lei la II(088)
103,6
12.2 Sul Conj. Hab. Dom Pedro II; Conj. Res . Papa João Paulo II 103,1
Leitura técnica do Município para revisão do Plano Diretor 
 
Secretaria de Urbanismo e Sustentabilidade 36 
 
. 
Figura 6 - Pirâmides etárias de São José dos Campos: 2000 – 2010 
Fonte: IBGE e Secretaria de Planejamento Urbano - PMSJC 
Como efeito do processo de envelhecimento populacional, uma “agenda 
demográfica” nova irá se impor sobre a oferta de serviços públicos: “haverá forte demanda 
de serviços ao idoso, acompanhada de menor pressão para as demandas relacionadas à 
infância e à adolescência, o que mudará o foco das políticas de saúde, educação e 
seguridade social. Assim, com o atual porcentual de recursos voltados à educação, torna-se 
mais próxima da realidade a atenção escolar em período integral e de melhor qualidade 
para crianças e adolescentes. Paralelamente, iniciativas voltadas à população com mais de 
60 anos serão cada vez mais importantes no âmbito das políticas públicas”7. 
Internamente ao Município, no entanto, perfis etários mais ou menos envelhecidos 
se distribuem pelas regiões da cidade compondo variações espaciais muitas vezes bem 
acentuadas. 
As faixas etárias indicadas nas pirâmides podem ser agrupadas em segmentos 
maiores, compondo grupos de idade que podem ser focos de políticas públicas específicas: 
as crianças, os jovens, os adultos e os idosos. 
 
 
7 SEADE, A agenda demográfica e de políticas públicas do estado de São Paulo. 
Leitura técnica do Município para revisão do Plano Diretor 
 
Secretaria de Urbanismo e Sustentabilidade 37 
 
Tabela 9 - Participação relativa dos grupos etários segundo as regiões 
 
Fonte: IBGE - Censo de 2010 
 
Enquanto os maiores percentuais de crianças estão localizados na região Sudeste e 
na região de São Francisco Xavier8, a região Centro se destaca pela elevada participação 
percentual da população idosa e a presença de um segmento maior de população adulta é 
marcante na região Oeste. Já a faixa etária correspondente à população jovem aparece em 
proporção maior nas regiões Leste e Sul. 
Não se deve perder de vista, no entanto, que as regiões de grande população, como 
a Sul e a Leste, acabam reunindo os maiores volumes populacionais absolutos em todas as 
faixas etárias. Dessa forma, torna-se mais interessante, na perspectiva do planejador que 
precisa avaliar demandas, examinar as concentrações internas a cada região, focando as 
estruturas etárias dos setores socioeconômicos que compõem a divisão territorial da 
cidade. 
Sob a perspectiva dos volumes populacionais, identificamos que nos setores 
socioeconômicos 12 (Campo dos Alemães) e 15 (Jardim Oriente/Morumbi) estão as 
maiores quantidades de crianças. 
 Os jovens concentram-se principalmente nos setores 12, 13 (Bosque dos 
Eucaliptos) e 15 da região Sul, no setor 1

Continue navegando