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Restauração, recuperação e reabilitação de áreas degradadas

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16/03/2023, 15:33 Restauração, recuperação e reabilitação de áreas degradadas
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/02780/index.html# 1/53
Restauração, recuperação e reabilitação de
áreas degradadas
Profª. Juliana da Silva Leal
Descrição
A construção de estudos de recuperação de áreas degradadas e planejamento ambiental.
Propósito
Entender sobre os processos de recuperação de áreas degradadas é imprescindível ao profissional da área
ambiental, pois, atualmente, são raros os ambientes que ainda se encontram inalterados.
Objetivos
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Módulo 1
Legislação sobre áreas degradadas
Reconhecer a legislação e os princípios relacionados à recuperação de áreas degradadas.
Módulo 2
O estudo para recuperação de áreas degradadas
Descrever as etapas de um estudo para a recuperação de áreas degradadas.
Módulo 3
O planejamento ambiental em áreas degradadas
Identificar as etapas de um estudo de planejamento ambiental.
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https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/02780/index.html# 3/53
1 - Legislação sobre Áreas Degradadas
Ao �nal deste módulo, você será capaz de reconhecer a legislação e os
princípios relacionados à recuperação de áreas degradadas.
Como sabemos, a nossa espécie tem alterado a Terra de diversas formas. Atualmente, os cientistas
já afirmaram que, praticamente, todos os ecossistemas do planeta foram alterados em algum grau
pelas atividades humanas. Em muitos casos, o grau de alteração sofrida pelo ecossistema é tão alto
que ele se torna incapaz de se recuperar naturalmente, tornando-se um ecossistema degradado.
Podemos, como veremos a seguir, observar várias formas de degradação ambiental, que abrangem
desde os solos até as águas.
Frente a esses problemas, como devemos proceder? Como a legislação brasileira pode guiar a nossa
tomada de decisão nesses casos? É possível fazer com que esse ecossistema retorne ao seu estado
natural? Essas são algumas questões que seremos capazes de responder ao final deste conteúdo.
Introdução
16/03/2023, 15:33 Restauração, recuperação e reabilitação de áreas degradadas
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/02780/index.html# 4/53
O que são áreas degradadas?
A degradação de uma área pode ocorrer tanto de forma natural quanto pela interferência humana, mas,
raramente, esse termo tem sido usado para relatar as alterações que ocorrem de maneira natural no
ambiente.
Por isso, neste módulo — bem como no contexto da legislação que será abordada aqui — uma área
degradada é aquela que sofre com os efeitos negativos das atividades ou intervenções humanas.
Grande área degradada pela mineração.
Além disso, as áreas degradadas diferem das áreas perturbadas ou alteradas quanto à sua capacidade de
regeneração: enquanto a área degradada não é capaz de retornar ao seu estado original, isto é, de se
regenerar naturalmente, as áreas perturbadas ou alteradas ainda possuem capacidade de se regenerar
naturalmente.
Algumas formas de degradação ambiental
Contaminação química
A utilização de produtos químicos, como remédios, pesticidas e metais pesados, pode alcançar a água, o
solo e o ar, comprometendo a qualidade desses ambientes bem como a nossa saúde.
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https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/02780/index.html# 5/53
Os produtos químicos podem envenenar diretamente os organismos, podem se acumular no ambiente físico
e, muitas vezes, serem passados ao longo da cadeia alimentar.
Um bom exemplo é o Lago Novosibirsk, na Rússia, que, apesar da aparente beleza, sofre contaminação
química e, ainda assim, os turistas se aventuram em suas águas para tirar fotos.
Lago Novosibirsk, Rússia: aparente beleza, porém contaminada por elementos químicos.
Alteração dos ciclos biogeoquímicos
Todos os elementos químicos que compõem os seres vivos são ciclados nos ecossistemas, nos chamados
ciclos biogeoquímicos.
As atividades humanas têm alterado os ciclos biogeoquímicos, principalmente, por meio de mudanças na
quantidade do elemento químico a ser ciclado. A adição excessiva de nutrientes nos solos, sob a forma de
fertilizante, o despejo de esgoto em ambientes aquáticos e a queima de combustíveis fósseis têm
aumentado (e muito!) a quantidade de nitrogênio disponível na superfície terrestre.
Riacho eutrofizado.
Em decorrência do enriquecimento em nutrientes, tem-se observado a poluição do ar e das águas
subterrâneas, a eutrofização dos ecossistemas aquáticos — acompanhada do esgotamento de oxigênio
nesses ambientes —, a perda de biodiversidade e qualidade das águas.
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Eutro�zação
Crescimento excessivo de algas e plantas aquáticas induzido pelo despejo excessivo de matéria orgânica e
nutrientes.
Degradação da água
A degradação da água está associada, principalmente:
• À contaminação e à poluição dos ecossistemas aquáticos;
• À transposição da água de bacias hidrográficas bem como à sua utilização para a irrigação, de modo a
causar o esgotamento das reservas hídricas superficiais e subterrâneas;
• À modificação do volume do fluxo nos rios e o tempo de residência da água nesses ambientes, gerada por
meio da construção de reservatórios e barragens.
Crianças brincando às margens de um lago poluído em Jaipur, na Índia.
Degradação do solo
Uma das grandes causas da degradação ambiental é o uso intensivo do solo, no qual se produz uma
enorme quantidade de um único cultivar, ou seja, as monoculturas. O uso intensivo do solo leva à
degradação de seu conteúdo de matéria orgânica, compactando-o, devido à utilização de maquinário
pesado.
Por sua vez, quando o solo se esgota em matéria orgânica, ele se torna menos permeável à água e ao ar e,
consequentemente, sua capacidade de suportar o estabelecimento de plantas e microrganismos fica
limitada.
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Uso intensivo do solo por grandes monoculturas na Argentina.
Além disso, a irrigação é um outro fator que, sabidamente, agrava a degradação ambiental.
A utilização da irrigação em latifúndios pode causar danos às bacias hidrográficas, promover o
escoamento dos fertilizantes utilizados no campo para os ambientes aquáticos em seu entorno,
poluindo rios e lagos, e a erosão do solo.
Uso de fertilizantes misturados à água.
Os fertilizantes, além de contribuírem para a degradação desses ambientes aquáticos, podem atuar
diretamente na degradação do solo. Apesar de proporcionar a fertilização do solo em curto prazo, o uso
intensivo e inadequado dos fertilizantes pode comprometer a fertilização do solo em longo prazo.
Outro fator extremamente relevante para a degradação dos solos é a remoção de sua cobertura vegetal, que
está comumente associada às atividades de mineração, à agricultura e ao processo de urbanização.
Mas como a irrigação pode agravar a degradação? 
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Com a remoção da vegetação nativa dos solos, as camadas superiores desse substrato são erodidas pela
ação do vento e da água, de modo que estas são perdidas, sendo transportadas para outros locais, em uma
taxa mais rápida do que aquela de renovação natural do solo.
Erosão do solo em monocultura de trigo, pelo escoamento da água da chuva sobre o solo exposto.
Histórico da degradação ambiental no Brasil
Infelizmente, a degradação ambiental de áreas do território brasileiro remonta a toda a história do nosso
país. Um estudo recente (PIPERNOet al., 2021), publicado em um grande periódico científico (PNAS),
mostrou que a população indígena, que vivia na Amazônia, utilizava a floresta de forma sustentável, sem
causar perdas de espécies ou distúrbios por milênios. Por outro lado, a nossa colonização parece ter
alterado bastante esse cenário.
Exploração de pau-brasil por colonizadores, usando indígenas escravizados.
Por termos sido uma colônia de exploração, o objetivo primário de Portugal era explorar os recursos naturais
que estavam disponíveis, iniciando o processo de degradação ambiental. Desde então, a economia do
nosso país se baseou em atividades estritamente associadas à degradação ambiental. Em ilustração do
período colonial, André Thevet, em 1575, retratou indígenas escravizados pelos colonizadores explorando o
pau-brasil (Caesalpinia echinata).
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Quando o ouro foi encontrado, passamos por outra grande fase de degradação ambiental. Nas
proximidades das áreas de garimpo, que ficavam em meio à mata, foram se desenvolvendo cidades.
Além disso, as minas construídas para explorar esse minério formavam buracos no solo que, quando a
produção cessava, logo eram abandonados. Mais tarde, a agricultura baseada em monoculturas se
fortaleceu, fazendo com que o solo fosse explorado ao seu máximo.
Já no momento da primeira industrialização brasileira, o meio ambiente era tido como um obstáculo ao
desenvolvimento econômico do país, pensando-se na industrialização a qualquer custo.
Contudo, começou-se a notar, no Brasil, que a primeira industrialização, promovida pelos governos de
Getúlio Vargas e Juscelino Kubitschek, não gerou os retornos econômicos esperados. Por outro lado, os
danos ambientais dessa industrialização foram observados.
Comentário
O fato é que a política ambiental executada em um país é reflexo da sua visão sobre a utilização dos
recursos naturais e sobre a relação de custo-benefício entre o ganho econômico e o desenvolvimento de
atividades potencialmente danosas ao meio ambiente e, infelizmente, as sociedades menos favorecidas
tendem a negligenciar os problemas ambientais em prol do acesso aos bens materiais — e foi assim que
chegamos até aqui.
Estima-se que, em 2012, cerca de 140 milhões de hectares eram considerados áreas
degradadas no Brasil, distribuídas por todos os biomas e regiões do país.
Para você ter ideia do que isso representa, essa área é equivalente a mais do dobro de toda a França. Caso
fôssemos capazes de recuperar toda essa enorme área degradada, não seria mais preciso derrubar
florestas para o desenvolvimento de quaisquer atividades agropecuárias.
Área degradada por erosão no município de Piracicaba, São Paulo.
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Legislação e a necessidade de recuperar
áreas degradadas
Qual a diferença entre uma reserva legal e
uma área de preservação permanente?
Neste vídeo, a especialista comenta sobre a diferença conceitual entre as reservas legais e áreas de
preservação permanente, apresentando as características de cada uma delas.
No Brasil, as primeiras leis que abordam a obrigatoriedade de se recuperar as áreas degradadas são
relativamente recentes, remontando aos anos de 1980. Mas, apesar desse relativo atraso, temos avançado
de forma consistente, lançando novos aparatos para assegurar a obrigação legal de se recuperar áreas
degradadas.

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Atenção!
É importante que, antes de atuar diretamente na recuperação de áreas degradadas, o profissional reconheça
a legislação ambiental aplicada a essa área do conhecimento, pois há normas para a apresentação de
projetos, bem como critérios mínimos que devem ser atendidos por eles.
Conheceremos, resumidamente, a seguir, as principais leis e resoluções que tratam das questões
ambientais:
Lei Federal nº 6.938, de 31 de agosto de 1981
Esta é a lei que institui a Política Nacional de Meio Ambiente (PNMA), a primeira que, de fato,
iniciou a organização da política de meio ambiente e da estrutura do governo (em níveis
federal, estadual e municipal) para executá-la. A partir da PNMA, o Decreto nº 88.351, de 1 de
junho de 1986, criou o Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) e o Sistema Nacional
do Meio Ambiente (SISNAMA) e definiu a degradação ambiental como “a alteração adversa
das características do meio ambiente” (BRASIL, 1981).
Lei Federal nº 7.347, de 24 de julho de 1985
Esta lei representou um marco da participação popular em ações do meio ambiente, prevendo
a ação civil pública. Além disso, foram criados instrumentos para a proteção jurídica do meio
ambiente e para viabilizar a recuperação de áreas degradadas. Para a recuperação de áreas
degradadas, foi criado um fundo para a contratação de empresas para executar tal propósito.
Resolução CONAMA nº 1, de 23 de janeiro de 1986
Esta resolução estabelece que, para a instalação de certos empreendimentos, deve-se exigir a
realização prévia de um estudo de impacto ambiental (EIA) e o relatório de impacto ambiental
(RIMA), nos quais deve-se realizar um diagnóstico dos potenciais impactos do
empreendimento bem como o planejamento de ações para minimizá-los.
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Artigo 225 da Constituição Federal de 1988
De acordo com este artigo, a exploração do meio ambiente deve ser feita de forma a
assegurar a sua preservação e passa a considerar a Mata Atlântica como um patrimônio
nacional. Os instrumentos que já existiam são consolidados e, com a Carta, são criados
institutos voltados para a proteção do meio ambiente. Ainda, no parágrafo terceiro deste
artigo, destaca-se a necessidade de reparação dos danos ambientais.
Decreto-Lei nº 97.632, de 10 de abril de 1989
No contexto do nosso estudo, esta é uma das leis mais relevantes. Neste Decreto-Lei, a Lei nº
6.938/1981 é regulamentada, de modo que passa a ser obrigatória a recuperação de áreas
degradadas no Relatório de Impacto Ambiental. Ainda, é instituído o Plano de Recuperação de
Áreas Degradadas (PRAD). Declara-se que o PRAD deve ser empregado como uma prevenção
ou correção para as áreas degradadas, sendo obrigatoriamente elaborado por atividades
mineradoras. É importante destacar que nenhum estado possui uma legislação dedicada
exclusivamente à recuperação de áreas degradadas, que deveria complementar a legislação
federal. Tendo isso em vista, uma alternativa viável seria a ampliação da obrigatoriedade do
PRAD para outras atividades potencialmente degradadoras, não só a mineradora.
Lei Federal nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998
Esta lei compreende a Lei dos Crimes Ambientais. Nela, são apresentadas, principalmente,
sanções penais e administrativas para condutas e atividades danosas ao meio ambiente. Em
seu artigo 23 II, é apresentada a obrigação do infrator em recompor o ambiente degradado. A
partir desta lei, também foi criado o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), um acordo que
permite, por exemplo, a conversão de até 90% dos valores de multas ambientais aplicadas em
ações de recuperação de áreas degradadas.
Decreto nº 3.420, de 20 de abril de 2000
E t d t i tit i i ã d P N i l d Fl t bj ti ili
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Este decreto institui a criação do Programa Nacional de Florestas, que objetiva conciliar o uso
e a conservação de florestas brasileiras. Nesse programa é incentivada a “recomposição e
restauração de florestas de preservação permanente, de reservalegal e áreas alteradas”.
Resolução CONAMA nº 387, de 27 de dezembro de 2006
Esta lei aborda a obrigatoriedade do licenciamento dos assentamentos rurais. São previstas
ações para a recuperação de áreas degradadas, programando-se a recuperação de áreas de
reserva legal e de preservação permanente, por meio da elaboração do Plano de Recuperação
do Assentamento.
Lei Federal nº 11.428, de 22 de dezembro de 2006
Esta lei foca a utilização e a proteção da vegetação nativa da Mata Atlântica, sendo conhecida
como Lei Federal da Mata Atlântica. Nela, determina-se que, no caso de supressão de
vegetação secundária em estágio avançado e médio de regeneração, a recuperação deve se
dar em área equivalente à área do empreendimento, com as mesmas características
ecológicas — até mesmo quanto à localização que, preferencialmente, deve ser na mesma
microbacia ou bacia hidrográfica e, sempre que possível, na mesma microbacia hidrográfica.
Decreto nº 6.660, de 21 de novembro de 2008
Este decreto regulamenta os dispositivos da Lei Federal da Mata Atlântica e admite que seja
feito o plantio ou reflorestamento (seja com finalidade econômica ou para a recuperação
ambiental), com espécies nativas, sem a autorização do órgão ambiental competente. No que
tange à recuperação ambiental, o decreto prevê que esse plantio ou reflorestamento seja feito
por um profissional devidamente capacitado e aprovado pelo órgão ambiental competente,
seguindo-se as diretrizes do projeto técnico, cuja metodologia deve garantir o
restabelecimento da diversidade da flora de forma compatível com o seu estado de
regeneração.
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O Novo Código Florestal - Lei Federal nº 12.651, de 25
de maio de 2012
Nesta lei são previstas tanto a recomposição das áreas de reserva legal como a recuperação de áreas de
preservação permanente que não possuem as suas respectivas vegetações originais — e, portanto, seriam
caracterizadas como áreas degradadas.
O artigo primeiro do código florestal estabelece que a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios,
juntamente com a sociedade civil, têm responsabilidade na criação de políticas para a preservação e a
restauração da vegetação nativa bem como de funções ecológicas e sociais, sejam estas localizadas nas
áreas urbanas ou rurais. Essa responsabilidade ainda se estende à inovação para uso sustentável,
recuperação, criação e mobilização de incentivos jurídicos e econômicos para subsidiar a preservação e a
recuperação da vegetação nativa.
Especificamente sobre a recomposição das áreas das reservas legais, o artigo 17 do novo Código Florestal
declara que esta deve ter ocorrido em 2 anos contados a partir da publicação da lei, mas o prazo para
concluí-la deve ser aquele estabelecido no Programa de Regularização Ambiental (PRA). No artigo 66,
parágrafo segundo, afirma-se ainda que a recomposição da área de reserva legal deverá ser concluída em
20 anos, e a velocidade em que deve acontecer deve ser de, no mínimo, um décimo da área recomposta a
cada 2 anos. No caso da recomposição abordada no novo Código Florestal, ela se refere à recomposição da
mata nativa, que pode se dar de três formas:

Regeneração natural das espécies nativas.
Instrução normativa nº 4, de 13 de abril de 2011
Esta instrução normativa orienta a elaboração do projeto de recuperação de área degradada
(PRAD) ou alterada para apresentação aos órgãos federais. Para este fim, são apresentados,
em seus anexos, os Termos de Referência, nos quais são apresentados dois tipos de PRAD: o
PRAD e o PRAD simplificado — que devem ser aplicados conforme a situação especificada na
instrução normativa.
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
Plantio de espécies nativas.

Plantio de espécies nativas simultâneo à condução da regeneração natural de espécies nativas.
Um exemplo é a recuperação natural de uma área da Serra da Cantareira, em São Paulo, após
desmatamento, como pode ser visto nas imagens.
Parque Estadual da Cantareira em 2007, no início da regeneração florestal.
O mesmo local em 2010, após o fim do processo de regeneração.

16/03/2023, 15:33 Restauração, recuperação e reabilitação de áreas degradadas
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A fim de incentivar a recuperação de áreas degradadas pelos seus proprietários, no capítulo X do novo
Código Florestal, estabelece-se um programa de apoio e incentivo à preservação e recuperação do meio
ambiente, com a disponibilização de linhas de financiamento para que tais objetivos sejam alcançados, a
isenção de impostos, a utilização de fundos públicos e apoio técnico.
Tais medidas são de extrema importância para a conservação dos biomas brasileiros — especialmente, para
a Mata Atlântica. Atualmente, a Mata Atlântica tem apenas 12,4% de sua área original e mais de 70% dessas
áreas remanescentes se encontram em propriedades particulares. Por isso, a criação de mecanismos que
incentivem a recuperação de áreas degradadas é fundamental para mantermos a viabilidade desse bioma e
das espécies que ele abriga.
Redução na área do bioma Mata Atlântica desde 1500 até 2019.
Recuperar, reabilitar ou restaurar?
Se lermos, na íntegra, a legislação pertinente à recuperação de áreas degradadas — e inclusive em outras
literaturas da área —, veremos que as palavras “recuperação”, “reabilitação” e “restauração”, muitas vezes,
são utilizadas como sinônimos e, em outros momentos, com significados diferentes.
Para exemplificar, no artigo 3 do Decreto-Lei 97.632/1989, é mencionado que o objetivo da recuperação é o
“retorno do sítio degradado a uma forma de utilização, de acordo com um plano preestabelecido para o uso
do solo, visando à obtenção de uma estabilidade do meio ambiente”. No entanto, a Instrução Normativa nº
4, de 13 de abril de 2011, define recuperação como a “restituição de um ecossistema ou de uma população
silvestre degradada a uma condição não degradada, que pode ser diferente de sua condição original”.
Mas, afinal, qual é o termo correto a ser usado?
Recuperação
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Deve ser entendida como a reparação dos recursos ambientais de forma suficiente para que a composição
de espécies e a sua frequência nas comunidades sejam restabelecidas, como na condição original do local.
Reabilitação
É o retorno da área degradada a um estado biológico adequado que não está, necessariamente, associado
ao estado original da área, mas não pode ser um estado relacionado ao uso da área para fins econômicos.
Restauração
Seria um processo mais complexo, que visa, necessariamente, ao retorno da área a seu estado original,
antes da degradação.
Com o “retorno da área ao seu estado original”, entende-se que vários aspectos daquele ambiente voltarão a
ser como eram, desde a topografia, a flora, a fauna, o solo, as interações ecológicas etc. Quanto à pergunta
que fizemos no título deste tópico (recuperar, reabilitar ou restaurar?), a resposta dependerá do objetivo do
projeto a ser executado, pois cada um desses conceitos está associado a um processo diferente.
Dica
No que tange à legislação brasileira, de forma geral, o foco é a recuperação — mas há especialistas que
recomendam: sempre que possível, deve-se preferir restaurar uma área do que recuperar.
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Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
As áreas degradadas são definidas como
A
aquelas que sofrem com os efeitos negativos das atividades ou intervenções humanase são incapazes de retornar ao seu estado original.
B aquelas que não sofreram perturbações em sua integridade física, química ou biológica.
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Parabéns! A alternativa A está correta.
Uma área degradada é aquela que sofre com os efeitos negativos das atividades ou intervenções
humanas. Uma área degradada difere da perturbada ou alterada quanto à sua capacidade de
regeneração: enquanto a área degradada não é capaz de retornar ao seu estado original, isto é, de se
regenerar naturalmente, as áreas perturbadas ainda possuem capacidade de se regenerar
naturalmente.
Questão 2
A Lei Federal nº 12.651/2012, conhecida como novo Código Florestal, institui três formas de
recomposição da mata nativa. Qual(is) seria(m) a(s) forma(s) mais adequada(s) à recomposição de
uma área totalmente degradada?
C
aquelas que sofrem com os efeitos negativos de fenômenos naturais ou das atividades/
intervenções humanas.
D
aquelas que sofrem com os efeitos negativos das atividades ou intervenções humanas
e são capazes de retornar ao seu estado original.
E
aquelas que não sofreram perturbações em sua integridade física, química ou biológica
e são incapazes de retornar ao seu estado original.
A Regeneração natural das espécies nativas.
B Plantio de espécies nativas.
C
Plantio de espécies exóticas simultâneo à condução da regeneração natural de espécies
nativas.
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Parabéns! A alternativa B está correta.
As três formas de recomposição da mata nativa instituídas pelo novo Código Florestal são a
regeneração natural das espécies nativas; o plantio de espécies nativas; e o plantio de espécies nativas
simultâneo à condução da regeneração natural de espécies nativas. Contudo, pela definição de áreas
degradadas, sabe-se que estas têm suas capacidades de se regenerarem naturalmente comprometidas
(em maior ou menor grau). Portanto, a regeneração natural pode não ser uma alternativa aplicável às
áreas altamente degradadas — a menos que alguns fatores de degradação ambiental sejam eliminados
ou minimizados. Além disso, como o objetivo é a recomposição de mata nativa, o plantio de espécies
exóticas não constitui uma alternativa.
2 - O Estudo Para Recuperação de Áreas
Degradadas
D Plantio de espécies nativas e exóticas.
E
Plantio de espécies nativas simultâneo à condução da regeneração natural de espécies
nativas.
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Ao �nal deste módulo, você será capaz de descrever as etapas de um
estudo para a recuperação de áreas degradadas.
Etapas da recuperação de áreas degradadas
O Plano de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD) é um documento no qual é apresentado um conjunto
de medidas capazes de restabelecer novo equilíbrio (como um solo apto para uso futuro ou uma paisagem
esteticamente harmoniosa) em áreas degradadas. Esse documento é solicitado pelos órgãos ambientais
competentes tanto no processo de licenciamento de empreendimentos, ou atividades com potencial de
degradação, ou modificação do meio ambiente, ou quando um empreendimento é punido por ter causado
algum tipo de degradação ambiental.
As etapas da recuperação das áreas degradadas devem ser apresentadas no PRAD, baseando-se no
levantamento de informações e na realização de estudos na área a ser recuperada. Seguindo-se essas
etapas corretamente, tem-se a avaliação adequada da área degradada (ou alterada) — o que, por sua vez,
reflete-se na escolha mais apropriada para a recuperação da área em questão. A seguir, vamos aprender
quais são essas etapas e compreender como devem ser executadas.
Processo de replantio em área degradada.
Diagnóstico para a recuperação de áreas degradadas
A etapa do diagnóstico compreende o conhecimento do histórico das perturbações sofridas pela área
degradada a ser estudada bem como o seu atual estado de degradação, a fim de ajudar no delineamento
das estratégias que serão utilizadas para recuperá-la — e, por isso, deve ser a primeira etapa da recuperação
de áreas degradadas. Para tal, o profissional pode se utilizar de diversas ferramentas, como levantamentos
históricos e bibliográficos, entrevistas com vizinhos e visitas à localidade e às áreas do entorno. A seguir,
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vamos conhecer as principais formas de diagnóstico, dos meios abiótico e biótico, para a recuperação das
áreas degradadas.
Diagnóstico do meio abiótico
Clima
O diagnóstico dos aspectos climáticos se refere a informações sobre o regime das chuvas, por exemplo, o
volume das chuvas e suas respectivas distribuições ao longo do ano; a ocorrência de déficit hídrico, isto é,
quando o volume de precipitação é menor do que aquele perdido pela evapotranspiração das plantas; as
temperaturas mínimas e máximas e a umidade relativa do ar.
Atualmente, é possível acessar os dados registrados por diferentes estações meteorológicas distribuídas
por todo Brasil, facilitando a aquisição dessas informações.
O clima influencia uma série de processos ecológicos, como o estabelecimento de espécies de
plantas em uma área ou o volume de água que corre em um rio. Sendo assim, o conhecimento sobre
as características climáticas de uma área pode ser fundamental, por exemplo, para a determinação
das espécies utilizadas em um reflorestamento ou de alternativas para se recuperar o fluxo d’água de
um riacho.
Sem as informações sobre as características climáticas, poderíamos escolher espécies vegetais que
não tolerariam a aridez de uma área em reflorestamento ou focaríamos estratégias para estimular a
entrada de água na sub-bacia de um riacho em local onde quase não chove, em vez de focar
alternativas que evitem a sua saída.
Mas por que esse tipo de informação é relevante? 
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Solo
O diagnóstico dos solos deve ser feito com a delimitação dos diferentes tipos de solo encontrados na área
degradada em estudo e com a sua amostragem para caracterização de parâmetros físico-químicos, como
os teores de nutrientes, acidez e capacidade de água disponível. Para a delimitação dos tipos de solo na
área, é necessária uma referência cartográfica, que pode ser uma fotografia aérea da área ou uma planta da
propriedade, na qual as áreas ocupadas pelos diferentes tipos de solo serão demarcadas.
Exemplos de tipos de solos que podem ser encontrados em uma área.
As informações geradas por essas técnicas de diagnósticos do estado de degradação dos solos
subsidiarão possíveis ações de recuperação relacionadas à seleção de espécies vegetais adequadas para
plantio no solo estudado, à necessidade de adubação, à calagem (correção do pH do solo), à aração etc.
Relevo
Área degradada em uma pedreira abandonada, observando-se a modificação do relevo.
O diagnóstico do relevo é imprescindível quando a recuperação das áreas degradadas envolve a contenção
de encostas, cujos processos requerem o conhecimento prévio sobre o relevo e as características do solo.
Dependendo do tamanho da área a ser recuperada, pode ser necessária a confecção de uma planta
planialtimétrica, descrevendo as áreas de declividade e inclinação do terreno com precisão.
Recursos hídricos
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O diagnóstico dos recursos hídricos necessita da avaliação da ocorrência de erosão e assoreamento na
área,dos usos da água desse ecossistema, das características da bacia hidrográfica bem como do seu grau
de conservação e das características da mata ciliar.
Por exemplo, nas proximidades da cidade de Uruguaiana, no Rio Grande do Sul, a degradação da mata ciliar
do rio Uruguai é perceptível.
Degradação da mata ciliar do rio Uruguai, em Uruguaiana, RS.
Fatores limitantes
O fator limitante é aquele cujo excesso ou cuja falta afeta o desempenho de indivíduos de uma espécie, seja
ela vegetal ou animal. No caso da vegetação, sabe-se que os seus fatores limitantes podem ser a
disponibilidade de água, luz solar, nutrientes no solo (principalmente, nitrogênio, fósforo e potássio) e a
temperatura do ambiente. Em um país tropical como o nosso, costuma haver um bom volume de chuvas ao
longo do ano e altas temperaturas e, por isso, estes não costumam ser fatores limitantes — mesmo em
áreas degradadas.
Qual o principal fator limitante para o desenvolvimento da vegetação?
Solo degradado em Santa Rosa da Serra, MG.
Na realidade das áreas degradadas brasileiras, a maior parte dos fatores limitantes para o desenvolvimento
da vegetação nativa costuma ser produto da degradação dos solos, como ausência de matéria orgânica e
alterações em suas propriedades físicas, químicas e biológicas.
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Ainda, devemos considerar que os solos tropicais tendem a possuir baixos teores de nitrogênio e fósforo —
que, por sua vez, podem representar fatores limitantes ao desenvolvimento da vegetação.
De qualquer modo, sejam os fatores limitantes gerados pela degradação do solo ou aqueles naturais, como
a disponibilidade de nitrogênio e fósforo, o fato é que, para a recuperação de áreas nessas condições, é
necessária a intervenção humana para corrigi-las.
Diagnóstico do meio biótico
Estudos �orísticos e �tossociológicos
Primeiramente, vamos iniciar este tópico definindo os estudos florísticos e fitossociológicos.
Ambas as formas de estudar a flora podem ser chamadas de inventário florístico ou fitossociológico, mas
há algumas diferenças entre elas.
Estudos �orísticos
Objetivam somente a produção de uma lista de espécies da flora presentes na área de estudo.
Estudos �tossociológicos
Avaliam a comunidade vegetal da área de estudo e todos os fenômenos e processos que a ela se
relacionam, como as características do solo e a disponibilidade hídrica.
Os estudos florísticos e fitossociológicos são utilizados nos trabalhos de recuperação ou restauração que
objetivam recompor a flora de uma área o mais próximo possível do estado original, pois seus resultados
fornecem o embasamento necessário para tal.
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Biólogo especialista em botânica fazendo anotações sobre uma espécie vegetal coletada.
No entanto, como a abundância e a composição de espécies de uma comunidade vegetal variam com o seu
estado sucessional, é importante que esses estudos sejam realizados em vários estágios sucessionais da
mata nativa presente em áreas preservadas, na vizinhança da área degradada.
Dessa forma, é possível que o profissional trace “um caminho a ser percorrido” ao longo do processo de
recomposição, prevendo quais espécies devem estar presentes em um devido estágio sucessional.
Contudo, há alguns desafios a serem encontrados: será que na vizinhança da área degradada haverá áreas
preservadas que possam servir como referência para o seu estado original? E se não houver?
Se não houver áreas preservadas na vizinhança da área degradada, é preciso recorrer a estudos pretéritos,
que foram conduzidos naquela localidade. Nesse sentido, é importante que seja estimulada a realização de
estudos de ciência de base — aquela que foca responder questões úteis para o avanço da ciência, sem uma
aplicação prática evidente —, como aqueles que objetivam determinar a composição florística e
fitossociológica de determinado local.
Levantamentos faunísticos
Os levantamentos faunísticos devem seguir o mesmo princípio dos estudos florísticos e fitossociológicos,
isto é, tentar remontar a comunidade animal que estaria presente na área degradada, considerando aquelas
que são comumente associadas a cada estágio sucessional da vegetação nativa.
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Ave (Pycnonotus finlaysoni) se alimentando de semente.
A relação entre a recomposição da vegetação e da fauna é muito estreita, afinal, há animais que atuam
como polinizadores e dispersores de sementes, enquanto as plantas lhes fornecem alimento. Portanto, a
recuperação ou restauração da vegetação envolve a recuperação ou restauração da fauna, e vice-versa.
Você conhece o projeto REFAUNA?
Neste vídeo, a especialista apresentará o projeto REFAUNA, que visa restaurar as interações ecológicas, em
remanescentes de Mata Atlântica, a partir da reintrodução de espécies de animais.
Planejamento da recuperação de áreas degradadas
Uma vez realizado o diagnóstico da área degradada, tem-se a dimensão dos problemas socioeconômicos e
ambientais que estarão envolvidos no processo de recuperação da área degradada, embasando os
próximos passos a serem tomados.
Tendo em mente que o processo de recuperação ambiental de uma área é complexo, demorado e oneroso, o
profissional precisa confeccionar um roteiro para que a solução mais rápida e eficiente seja alcançada e,
para isso, é necessário um planejamento, que fornecerá a perspectiva, em longo prazo, do problema em
estudo. Esse procedimento é fundamental para o gerenciamento dos recursos financeiros disponíveis à
execução do projeto de recuperação e das atividades propostas para efetivá-lo.

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O planejamento é uma etapa fundamental para a efetiva recuperação das áreas degradadas.
Por mais que existam metodologias para a recuperação de áreas degradadas — como aquelas que
aprenderemos na próxima seção —, cada caso possui as suas especificidades e, por isso, o profissional
deve se dedicar a buscar a melhor alternativa para cada um deles — e não seguir uma “receita de bolo”, cujo
caminho para alcançar o objetivo desejado é sempre o mesmo. Por esse motivo, aqui vamos focar os
procedimentos básicos necessários ao planejamento para a recuperação de áreas degradadas.
Para a elaboração do planejamento, deve-se apresentar, inicialmente, quais são os processos de degradação
diagnosticados na área, pois para cada processo de degradação, será necessária a apresentação de uma
metodologia de recuperação.
Exemplo
As metodologias de recuperação podem envolver a correção da fertilidade do solo, a realização de obras de
engenharia para a contenção de deslizamentos de encostas, o reflorestamento etc.
Metodologias de recuperação de áreas degradadas
Uma metodologia extremamente importante para a recuperação de áreas degradadas é aquela relacionada
à recuperação da vegetação nativa e, por isso, este será o nosso enfoque. Para a recuperação da vegetação
nativa, há algumas metodologias, baseadas em princípios de restauração ecológica, que podem ser
utilizadas em diferentes áreas degradadas.
Antes de estudar as metodologias em si, precisamos recapitular um processo ecológico fundamental, que
permeia os princípios de vários métodos e técnicas de recuperação florestal em áreas degradadas: a
sucessão ecológica.
A sucessão ecológica é a mudança que ocorre na estrutura das comunidades ao longo do tempo, de forma
direcional e previsível. Essa mudança é extremamente estudada em comunidades vegetais e, de maneira
geral, inicia-se com as plantas pioneiras, capazes decrescerem rapidamente e se estabelecerem em solo
pobre em nutrientes e de tolerarem uma grande incidência luminosa.
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Conforme essas plantas cumprem os seus ciclos de vida, isto é, morrem, a matéria orgânica que as formam
passa a se acumular no solo, decompondo-se. Com a decomposição desse material, são adicionados ao
solo nutrientes, enriquecendo-o. Ao mesmo tempo, a matéria orgânica morta sobre o solo evita a
evaporação de água, fazendo com que este retenha uma maior umidade.
Todo esse processo faz com que as espécies pioneiras preparem o ambiente para que outras espécies,
mais exigentes, chamadas de espécies tardias e espécies de clímax, possam se estabelecer.
Ilustração da sucessão ecológica.
Apesar das variações metodológicas que veremos a seguir, de maneira geral, quanto mais degradada é uma
área, maior a densidade de espécies pioneiras que deve ser utilizada na metodologia. No entanto, é
importante considerar que ambientes diferentes podem ter diferentes espécies pioneiras — por exemplo,
uma espécie pioneira de um brejo pode não ser a mesma de uma floresta tropical — e estas diferenças
devem ser consideradas durante a escolha das espécies. A seguir, vamos conhecer essas metodologias
que, em alguns casos, pode-se fazer a combinação de algumas delas para melhor atender ao objetivo da
recuperação.
A regeneração natural é uma metodologia que se baseia, como o próprio nome diz, em favorecer a
recuperação natural de uma área após o distúrbio que a degradou, podendo ser eficaz dependendo
do potencial de regeneração da área. Essa metodologia costuma ser bem-sucedida quando aplicada
a áreas recém-desmatadas, pois ainda há, por exemplo, chances de haver sementes e mudas viáveis
disponíveis no solo.
Quando o desmatamento já ocorreu há um tempo considerável, é necessário que se avalie alguns
aspectos da área antes de considerar a sua utilização, por exemplo, a proximidade de fragmentos
florestais — na presença de fragmentos na vizinhança, a chegada de sementes à área degradada é
Regeneração natural 
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facilitada. A grande vantagem dessa metodologia é o seu menor custo de implantação em relação
aos demais.
O plantio de mudas se baseia na aceleração do processo da sucessão ecológica e costuma ser a
metodologia mais utilizada para a recuperação da vegetação nativa — principalmente na Mata
Atlântica, onde as chuvas são regulares. Dependendo do grau de degradação da área a ser
recuperada, devem ser plantadas espécies herbáceas, arbustivas e/ou arbóreas.
Um ponto a ser considerado na utilização dessa metodologia é a presença de viveiros de mudas nas
proximidades, pois, caso não haja, pode-se considerar a coleta de mudas em remanescentes
florestais próximos para serem plantadas na área a ser recuperada.
Plantio de mudas para a recuperação de mata ciliar.
O diferencial dessa metodologia é o controle da densidade de árvores que o profissional pode ter. Em
função disso, é possível que, logo de início, o plantio da área degradada seja feito com
características similares às da área de referência, no que tange à densidade e à composição de
espécies.
Um plantio composto por 100% de espécies pioneiras é um bom método a ser utilizado quando a
área a ser recuperada é vizinha ou está localizada bem próxima de algum fragmento florestal em
bom estado de conservação. Devido à proximidade entre essas localidades, a dispersão das
espécies do fragmento faz com que, naturalmente, novas espécies se estabeleçam na área em
recuperação. Além dessa situação, o plantio de espécies pioneiras também pode ser importante
quando a área a ser recuperada é tão degradada que a sua regeneração natural é inviabilizada. As
Plantio de mudas 
Plantio de espécies pioneiras 
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grandes vantagens dessa metodologia são os baixos custos de plantio e manutenção e a rápida
revegetação da área em recuperação ou restauração.
Muitas vezes, o acesso às áreas a serem recuperadas é bem difícil e, consequentemente, o
transporte de mudas até essas localidades é um grande desafio. Nesses casos, a indução da chuva
de semente pode ser uma boa alternativa. Essa metodologia consiste no sobrevoo da área a ser
recuperada, durante o qual as sementes são jogadas no solo.
O papel do pesquisador neste momento é ser um “equivalente ecológico” do vento, dos pássaros e
dos morcegos, que realizam a dispersão natural das sementes pelo meio aéreo. No caso da
recuperação de uma área muito degradada, as sementes dispersas podem ser de espécies pioneiras.
Os dificultadores da aplicação dessa metodologia são a disponibilidade de sementes na região onde
a recuperação ou restauração acontecerão e os recursos financeiros para a utilização de um veículo
aéreo.
Nessa metodologia, inicia-se o plantio somente com espécies pioneiras e, depois, quando essas
espécies gerarem condições de sombra e enriquecimento do solo suficientes, são semeadas
espécies características de estágios sucessionais mais avançados, como as espécies tardias e de
clímax.
Para a germinação das sementes das espécies de estágios sucessionais mais avançados, costuma
ser necessário uma boa umidade e, por isso, a aplicação dessa metodologia deve ser priorizada em
áreas onde as chuvas são abundantes e bem distribuídas ao longo do ano.
Essa metodologia se baseia na propagação de espécies arbustivas e florestais por meio de estacas
(o que costumamos observar quando se faz uma muda a partir do galho de uma planta). No entanto,
nem todas as espécies se propagam dessa forma e, além disso, durante a fase em que o plantio é
feito, é necessária uma chuva constante até que a estaca “pegue”, isto é, estabeleça-se no solo. Para
Chuva de sementes ou semeadura aérea 
Plantio inicial de mudas e posterior semeio 
Plantio de estacas diretamente no campo 
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driblar algumas dessas limitações, pode-se utilizar hormônios aceleradores de enraizamento, ou gel
ou solução hidratante no local do plantio.
Essa metodologia consiste em misturar sementes de espécies arbóreas e arbustivas nativas com,
muitas vezes, sementes agrícolas, para posterior plantio na área a ser recuperada ou restaurada. A
mistura das sementes visa estimular a diversidade da área, enriquecer e proteger o solo e estimular o
processo natural da sucessão ecológica, sem que a intervenção humana seja necessária.
A hidrossemeadura consiste na utilização de uma bomba d’água que, por meio de um jato, lança uma
mistura de água, sementes, fertilizantes e outras substâncias para facilitar o estabelecimento das
sementes.
O plantio adensado ou adensamento é extremamente relevante para a recuperação de áreas
degradadas que são dominadas por plantas invasoras, como gramíneas que competem com mudas
plantadas. Essa metodologia consiste no plantio de uma grande densidade de mudas de espécies
pioneiras e não pioneiras na área em recuperação, permitindo um rápido recobrimento do solo pela
vegetação nativa e, por isso, controlando a abundância das espécies invasoras.
As plantas leguminosas são capazes de fixar o nitrogênio atmosférico no solo e, por isso, o plantio
de mudas dessa família pode ser uma excelente alternativa nas áreas degradadas cujo solo foi
fortemente alterado ou teve as suas camadas superficiais removidas. Com o plantio das
leguminosas arbóreas e arbustivas, o solo, antes degradado, passa a ter um maior teor de matéria
orgânica e nutrientes.
Muvuca 
Hidrossemeadura 
Plantioadensado ou adensamento 
Plantio de leguminosas 
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Espécie de leguminosa (Canavalia brasiliensis) utilizada na recuperação de áreas
Monitoramento da recuperação de áreas degradadas
Uma vez determinadas as metodologias a serem implementadas, devem ser apresentados os seus custos
financeiros, o cronograma para as suas respectivas execuções, bem como o estabelecimento de um
sistema para monitorá-las e avaliá-las. O monitoramento da recuperação de áreas degradadas consiste no
acompanhamento contínuo do desempenho da estratégia de recuperação sugerida pela equipe técnica.
Assim, é possível que os profissionais verifiquem se, de fato, as medidas utilizadas foram aquelas mais
acertadas para alcançar os objetivos previamente estabelecidos para a recuperação da área degradada — e
caso não sejam, traçar alternativas viáveis para prosseguir com o projeto de recuperação. A questão é:
como saber se as medidas de recuperação adotadas estão sendo adequadas?
Como você deve se lembrar, na etapa do diagnóstico, nós comentamos sobre a utilização de áreas
preservadas, situadas no entorno das áreas degradadas, como referência do estado original da área de
estudo, isto é, antes de sua degradação.
No monitoramento, os profissionais verificarão se a trajetória que está sendo percorrida pela área degradada
está a conduzindo (ou não) para um estado mais similar à área de referência e o quanto esse estado difere
das condições originais da área degradada. Para que essa verificação seja feita, são utilizadas variáveis
físico-químicas e biológicas.
Variáveis físico-químicas
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No ambiente terrestre, costuma-se verificar variáveis físico-químicas relativas ao solo, como estrutura,
densidade, capacidade de retenção de água e profundidade média do sistema radicular das espécies de
maior presença, pH em água, teores de carbono orgânico total e de P e K disponíveis, entre outras.
Já no ambiente aquático, podem ser medidos a concentração de oxigênio dissolvido, a turbidez da água, as
concentrações de nitrito e fosfato e o pH. No entanto, essas análises representam somente algumas
daquelas mais utilizadas nos monitoramentos, de modo que outras análises específicas podem ser
utilizadas.
Coleta de amostras de solo para determinação de variáveis físico-químicas.
Determinação de variáveis físico-químicas da água com auxílio de uma sonda.
Variáveis biológicas
Na vegetação, é importante avaliar parâmetros que estejam diretamente relacionados ao seu
desenvolvimento, podendo-se medir a evolução da sucessão ecológica, avaliando, por exemplo, quais
espécies estão presentes, a densidade e a riqueza de plantas, o total de biomassa acima do solo e a altura e
o diâmetro das espécies.
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Determinação das espécies presentes em uma área degradada em processo de recuperação.
Já em relação aos animais (terrestres ou aquáticos), pode-se avaliar a composição de espécies e suas
respectivas abundâncias ou densidades bem como verificar a presença de grupos bioindicadores.
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Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
A primeira etapa para a recuperação de áreas degradadas se chama
Parabéns! A alternativa B está correta.
A planejamento.
B diagnóstico.
C PRAD.
D monitoramento.
E aplicação de metodologias.
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A etapa do diagnóstico compreende o conhecimento do histórico das perturbações sofridas pela área
degradada a ser estudada bem como o seu atual estado de degradação, a fim de ajudar no
delineamento das estratégias que serão utilizadas para recuperá-la — e, por isso, deve ser a primeira
etapa da recuperação de áreas degradadas.
Questão 2
Muitas das metodologias relacionadas à recuperação florestal das áreas degradadas se baseiam em
um processo ecológico chamado
Parabéns! A alternativa E está correta.
A sucessão ecológica é a mudança da estrutura das comunidades ao longo do passar do tempo, que
ocorre de forma direcional e previsível. No geral, a sucessão ecológica inicia-se com as plantas
pioneiras, que têm taxa de crescimento rápido e são capazes de ocupar solos pobres em nutrientes e
de tolerar grande incidência solar. À medida que as pioneiras morrem, sua matéria orgânica passa a se
acumular no solo, enriquecendo o solo de nutrientes e aumentando sua capacidade de retenção de
umidade. Assim, as espécies pioneiras preparam o ambiente para que as próximas espécies possam se
estabelecer, espécies que são mais exigentes em termos de características ambientais, chamadas
espécies tardias e espécies clímax. Dentre as metodologias relacionadas à recuperação florestal das
A introdução de espécies exóticas.
B desmatamento.
C extinção de espécies.
D invasão biológica.
E sucessão ecológica.
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áreas degradadas que estudamos, várias delas se baseiam nesse processo ecológico, tais como a
regeneração natural, os plantios de plantas pioneiras e de mudas e posterior semeio.
3 - O Planejamento Ambiental em Áreas
Degradadas
Ao �nal deste módulo, você será capaz de identi�car as etapas de um
estudo de planejamento ambiental.
O que é o planejamento ambiental?
O planejamento costuma estar presente no nosso cotidiano, afinal, conciliar os estudos com os cuidados
com a casa, com os filhos e com o trabalho não é uma tarefa fácil, não é mesmo?! Com base nessas
experiências, podemos, intuitivamente, definir o planejamento como uma ordenação ou sistematização
prévia de ações ou tarefas para que determinado objetivo seja alcançado.
Assim como há o planejamento pessoal, referente às atividades do nosso dia a dia e aos nossos objetivos
pessoais, há também o planejamento urbano, o ambiental, o territorial... Enfim, há várias formas de
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planejamento. Geralmente, os diferentes tipos de planejamento são caracterizados por um processo
metódico, no qual são analisadas informações, tomadas decisões e ações e, inclusive, gerados conflitos de
interesses.
Quando saímos da esfera pessoal e passamos a incluir instituições públicas e/ou privadas no processo de
planejamento, devemos ter em mente que ele deve conduzir para a melhor execução possível das tarefas
previstas e, consequentemente, para que todos os objetivos traçados inicialmente sejam atingidos. Para que
isso seja possível, devemos pensar no planejamento como uma contínua organização e avaliação de tarefas
e informações, visando a um objetivo específico — ou, em outras palavras, um plano de ação.
Mas, afinal, o que o planejamento ambiental tem de especial?
O objetivo do planejamento ambiental é, de fato, planejar o ambiente que nos cerca, tentando prever as
consequências das decisões tomadas hoje e aprimorar as ações que não tiveram os resultados desejados.
O planejamento ambiental é fundamental para o planejamento de cidades e de regiões como um todo, pois
sem ele a população humana (inclusive a fauna e a flora) estariam à mercê dos riscos ambientais mais
diversos.
O planejamento ambiental representa uma forma de contribuição para a conservaçãoambiental, buscando alternativas para a exploração de recursos naturais, por exemplo.
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No entanto, devemos ressaltar que o planejamento ambiental não compreende somente os aspectos
relacionados à natureza. O planejamento ambiental é centrado na integração e interação dos diferentes
componentes do ambiente e, por isso, envolve também os seus componentes culturais, políticos e
socioeconômicos. Portanto, realizar um planejamento ambiental é muito mais do que planejar ações
relativas ao meio natural.
Breve histórico do planejamento ambiental no Brasil
Em 1960, os debates sobre a degradação ambiental se iniciaram, motivados pelas várias evidências,
principalmente, dos efeitos negativos do processo de industrialização sobre diferentes aspectos do meio
ambiente.
A pressão social foi uma das grandes motivadoras das políticas mundiais em relação ao meio ambiente.
Já em 1970, esses debates foram intensificados, culminando com a realização de conferências dedicadas a
discuti-los. Os movimentos ambientalistas mundiais, da década de 1970, motivaram avanços na área
ambiental, como a criação da Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA).
A PNMA foi um marco para o planejamento ambiental no Brasil e foi a primeira vez em que ela foi proposta,
sob a forma de orientação de ordenamento territorial. Contudo, os pesquisadores ressaltam que não é
possível estabelecer uma data exata de quando o planejamento ambiental surgiu no nosso país, tendo em
vista que isso se deu como um processo ao longo do tempo.
Ao final do século XX, os pesquisadores afirmam que houve a consolidação do planejamento ambiental,
basicamente, devido ao crescente cenário de competição por terras, à exploração dos recursos naturais e às
ameaças à biodiversidade. Nessas circunstâncias, fez-se necessário um planejamento ambiental mais
integrado, que abrangesse os diferentes impactos negativos, gerados pelas atividades humanas, sobre os
diversos componentes do meio ambiente.
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Principais instrumentos do planejamento ambiental no
Brasil
Zoneamento Ambiental
O Zoneamento Ambiental, também chamado de Zoneamento Ecológico-Econômico, foi instituído pela
PNMA, visando conciliar o desenvolvimento socioeconômico com a conservação do meio ambiente.
No Zoneamento Ambiental, são delimitadas zonas ambientais às quais são atribuídos usos e atividades
compatíveis com as suas características, objetivando sempre o menor grau de impacto ambiental possível.
Sendo assim, o Zoneamento Ambiental é considerado um instrumento do planejamento e ordenamento
territorial.
Mapa do Zoneamento Ambiental dos Estados da Amazônia Legal.
Plano de Manejo
O Plano de Manejo é um estudo técnico que informa os objetivos gerais de uma Unidade de Conservação,
estabelecendo o seu zoneamento bem como as condições e as restrições para o uso da área e o manejo de
seus recursos naturais. Sendo assim, o Plano de Manejo é o principal instrumento de planejamento da
Unidade de Conservação, visando à sustentabilidade dessa área em longo prazo.
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Zoneamento Ambiental em Unidades de
Conservação
Neste vídeo, a especialista apresentará as zonas de uma Unidade de Conservação, definidas em seu
Zoneamento Ambiental, que são apresentadas no Plano de Manejo.
Plano Diretor
O Plano Diretor é um estudo relacionado ao desenvolvimento de um município, objetivando a garantia do
uso sustentável dos recursos naturais aliada à existência de uma cidade que fornece aos seus moradores
condições dignas para viverem, com acesso à moradia, ao saneamento ambiental, à infraestrutura urbana,
ao transporte, aos serviços públicos, ao trabalho e ao lazer.
Estudo de Impacto Ambiental
O estudo de impacto ambiental é um relatório técnico que foca o planejamento das atividades humanas,
pois descreve os potenciais danos ambientais que podem ocorrer, por exemplo, frente à instalação de um
empreendimento ou de uma atividade, e quais são as medidas alternativas que podem ser adotadas para
que esses danos sejam evitados ou minimizados.
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Plano de Recursos Hídricos
O plano de recursos hídricos é um documento que avalia as demandas, a disponibilidade e os usos desses
recursos, objetivando maximizar, em longo prazo, os seus benefícios socioeconômicos. Para isso, o plano
de recursos hídricos atua no gerenciamento da água e da bacia hidrográfica que promove o abastecimento
da população. A escala de realização do plano de recursos hídricos pode variar, podendo ser de abrangência
nacional, estadual, municipal e de bacias hidrográficas — apesar de a escala de bacia hidrográfica ser
fortemente aconselhada.
Comentário
Em muitos trabalhos técnicos, e até mesmo na literatura, é muito comum encontramos as palavras
planejamento ambiental e gestão ambiental como se fossem sinônimos. Contudo, os especialistas no
assunto apontam que cada uma delas remete a diferentes momentos no tempo. Enquanto o planejamento
se refere ao futuro, a gestão remete ao presente.
Etapas para a implementação do
planejamento ambiental
Há procedimentos mínimos que são recomendados para a execução do planejamento ambiental. Esses
procedimentos devem ser seguidos como etapas necessárias à boa prática do planejamento ambiental. A
seguir, vamos conhecer quais etapas compreendem o processo do planejamento ambiental.
Objetivos e metas
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O estabelecimento dos objetivos e metas do planejamento ambiental constitui uma etapa central de seu
desenvolvimento, capaz de influenciar todas as etapas seguintes.
Os objetivos, como consideramos no nosso dia a dia, são onde queremos estar no futuro e, sendo assim,
são o que se pretende no planejamento ambiental. Uma vez estabelecido “aonde se quer chegar”, é
importante considerarmos quais podem ser as situações ideais que devem ocorrer ao longo do processo e,
nesse caso, têm-se as metas. As metas são condições ou situações ideais a serem buscadas para que o
objetivo do planejamento ambiental seja atingido.
Levantamento de informações e diagnóstico
O diagnóstico é a etapa responsável por caracterizar e interpretar o ambiente a ser planejado. Para tal, é
preciso que tenhamos em mãos informações suficientes e, portanto, essa etapa está totalmente atrelada ao
levantamento de informações ou à obtenção de dados. No levantamento de informações ou obtenção de
dados, podem ser utilizados dados primários ou secundários.
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Dados primários
São aqueles levantados de uma fonte original, por exemplo, dados referentes aos parâmetros físico-
químicos do solo de uma região, medidos com a finalidade de ser utilizados na etapa do diagnóstico do
planejamento ambiental.
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Dados secundários
São aqueles que não são originais, coletados por terceiros e disponibilizados por meio de relatórios, artigos
científicos e reportagens, por exemplo.
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Um ponto extremamente importante que devemos destacar é que o profissional envolvido na execução de
um planejamento ambiental deve estar atento à relevância das informações levantadas.
Quando muitas informações com baixa ou nenhuma relevância são levantadas e consideradas importantes
para a etapa do diagnóstico, corre-se o risco de seperder muito tempo e recursos financeiros nesse
processo — o que pode gerar atrasos na execução do planejamento ambiental.
Dica
Delimitar os tipos de informações que devem ser levantados com base nos objetivos do planejamento. Visto
que, no caso da coleta de dados primários, os gastos de tempo e dinheiro se tornam ainda mais
pronunciados, pois, muitas vezes, são necessários mais dias em campo para coletar todas as informações
julgadas necessárias, e, ainda, algumas amostras requerem o processamento em laboratório — o que
costuma ter um custo mais elevado e requerer tempo.
Por meio da avaliação das informações levantadas, é possível identificar as condições atuais do ambiente e
quais seriam as situações ideais e desejáveis para ele. Nesse processo, pode-se compreender, por exemplo,
o histórico do uso do solo na área de estudo, a existência de conflitos de terra, o grau de degradação
ambiental etc. O papel do diagnóstico é justamente subsidiar, com base nos seus resultados, um
planejamento ambiental com soluções para problemas diagnosticados, que estejam relacionados aos
objetivos previamente estabelecidos.
O diagnóstico gerado pode ser apresentado de muitas formas, como mapas, gráficos, tabelas ou como um
texto descritivo e analítico.
Gráfico para ilustrar o clima diagnosticado em determinado local
Prognóstico
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Uma vez levantadas as informações sobre o passado e o presente, deve-se olhar para o futuro, verificando
possíveis tendências, cenários e alternativas futuros — isto é, esse é o momento em que o profissional
envolvido no processo do planejamento ambiental deve se perguntar: Considerando todas essas
informações e problemas identificados, o que podemos fazer para solucioná-los ou quais alternativas
devemos propor para que o objetivo seja alcançado?
Portanto, o prognóstico consiste na etapa em que devemos pensar nas soluções e nos possíveis rumos a
serem tomados para que se chegue ao objetivo previamente determinado.
Decisões e diretrizes
A tomada de decisão e a formulação de diretrizes constituem a etapa na qual, dentre as alternativas
propostas no prognóstico, as melhores delas são escolhidas. Dentre os critérios considerados na avaliação
das alternativas propostas, é fundamental que o profissional envolvido no planejamento ambiental verifique
se elas realmente são capazes de conduzir aos objetivos previamente determinados.
Somente com a escolha das melhores alternativas para serem seguidas é que são
elaboradas as estratégias e diretrizes para que o plano seja implantado.
O ambiente está em constante mudança e, por isso, o planejamento ambiental não pode ser feito a partir de
uma perspectiva estática do ambiente. A forma como a sociedade ou um empreendimento se utiliza dos
recursos naturais, as relações sociais, o desenvolvimento humano e várias outras características ou
componentes do ambiente podem mudar ao longo tempo. Por isso, o profissional atuante no planejamento
ambiental deve estar ciente de que mudanças nos objetivos do plano bem como alternativas para alcançá-
los são possíveis. Portanto, o planejamento ambiental deve ser um processo contínuo, sendo
constantemente reavaliado.
Implantação e monitoramento
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Essa é a etapa em que se coloca em prática o que foi verificado nas etapas anteriores. Nesse momento,
todas as etapas devem ser apresentadas sob a forma de documentos, registrando todo o processo do
planejamento ambiental para que, caso necessário, seja possível provar e justificar as decisões tomadas
com base nas evidências e informações levantadas. Simultaneamente à implantação do plano, deve-se
conduzir um monitoramento ambiental.
O monitoramento ambiental consiste no acompanhamento contínuo das variáveis ambientais, que podem
ser biológicas, físico-químicas e socioeconômicas — já que estamos utilizando uma abordagem holística
para o estudo do ambiente. Com o monitoramento ambiental, ocorre a coleta de dados que, como vimos, é
fundamental à etapa de levantamento de informações e diagnóstico.
Sendo assim, o monitoramento ambiental permite que o planejamento ambiental seja um processo
permanente, pois constantemente é preciso retornar à etapa de levantamento de informações e diagnóstico
— ou até mesmo aos objetivos e às metas, caso, por exemplo, os anseios da sociedade mudem — para
avaliar se as decisões e diretrizes determinadas ainda são pertinentes àquele ambiente.
A determinação de quais variáveis devem ser monitoradas está estritamente relacionada aos objetivos do
planejamento ambiental e, aqui, serão chamados de indicadores ambientais. Os indicadores ambientais são
variáveis ambientais que podem descrever o estado ou a resposta do ambiente frente à ocorrência de um
fenômeno. Os indicadores podem ser medidos em campo, no laboratório ou no escritório — afinal, o local
onde eles serão medidos dependerá da identidade do indicador.
Exemplo
Após o desastre ambiental que ocorreu na cidade de Brumadinho (MG), os pesquisadores observaram que a
turbidez da água do rio onde a lama estava presente era extremamente alta em relação aos locais que não
foram atingidos pelo rompimento da barragem. Então, a turbidez da água do rio representa um indicador da
presença da lama e, consequentemente, do impacto ambiental naquela região.
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Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
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Questão 1
O planejamento ambiental se desenvolve no Brasil em função da(o)
Parabéns! A alternativa D está correta.
O final do século XX foi marcado pela crescente competição por terras; exploração desenfreada dos
recursos naturais; e ameaças severas à biodiversidade. Com base nesse cenário, fez-se necessário um
planejamento ambiental consolidado e integrado, abrangendo os diferentes impactos destrutivos
consequentes das ações humanas sobre os diversos componentes do meio ambiente.
Questão 2
Podemos considerar como principal característica do processo do planejamento ambiental a seguinte
alternativa:
A implantação de uma política baseada no desenvolvimento sustentável.
B exploração consciente dos recursos naturais.
C preservação dos recursos naturais e da biodiversidade.
D exploração dos recursos naturais e ameaças à biodiversidade.
E desenvolvimento econômico centrado na preservação ambiental.
A Replicável
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Parabéns! A alternativa B está correta.
Os ambientes naturais estão em constante mudança. As diferentes formas de utilização dos recursos
naturais, pela sociedade ou pelos empreendimentos, as relações sociais, o desenvolvimento humano e
outras características e componentes do ambiente são passíveis de mudanças ao longo tempo. Daí a
necessidade de o planejamento ambiental ser feito a partir de uma perspectiva dinâmica, e não
estática, do ambiente. Portanto, o planejamento ambiental deve ser um processo contínuo e
constantemente reavaliado. O profissional responsável por um planejamento ambiental deve considerar
as mudanças e alternativas pelas quais os objetivos dos planos costumam passar.
Considerações �nais
Neste tema, vimos que a degradação ambiental tem sido um problema enfrentado por diversos
ecossistemas ao redor do mundo e que, infelizmente, tem estado presente na história do nosso país desde
o período colonial. Por outro lado, aprendemosque esse problema tem solução, pois podemos recorrer a
técnicas específicas para solucioná-lo, fazendo com que os ecossistemas se regenerem em maior ou menor
grau.
Além das metodologias de recuperação, conhecemos mecanismos legais para evitar ou solucionar casos de
degradação ambiental e de outros tipos de impactos ambientais. Dentre esses mecanismos, podemos citar
B Contínuo
C Imutável
D Temporário
E Predeterminado
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os instrumentos do planejamento ambiental, que visam contribuir para a conservação do meio ambiente.
Podcast
No que consiste a Década da Restauração de Ecossistemas, anunciada pela ONU para o período de 2021 a
2030, bem como seus princípios e ações promovidas? Com a palavra, a especialista.
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Referências
ALMEIDA, D. S. Recuperação ambiental da mata atlântica. 3. ed. Ilhéus: Editus, 2016.
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cidades sustentáveis. Revista de Gestão Ambiental e Sustentabilidade: GeAS, v. 7, n. 3, p. 469-488, 2018.
BOAVENTURA, K. J. et al. Recuperação de áreas degradadas no Brasil: conceito, história e perspectivas.
Tecnia, v. 4, n. 1, p. 124-145, 2019.
BRANQUINHO, P. M. F. Estudo de impacto ambiental como instrumento de proteção do meio ambiente.
Âmbito jurídico, XIV, n. 92, 2011.
BRASIL. Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981. Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus
fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências. Brasília, 1981.
BRASIL. Decreto nº 97.632, de 10 de abril de 1989. Dispõe sobre a regulamentação do Artigo 2°, inciso VIII,
da Lei n° 6.938, de 31 de agosto de 1981, e dá outras providências. Brasília, 1989.
16/03/2023, 15:33 Restauração, recuperação e reabilitação de áreas degradadas
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BRASIL. Decreto nº 3.420, de 20 de abril de 2000. Dispõe sobre a criação do Programa Nacional de
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IBAMA. Instrução Normativa 4, de 13 de abril de 2011. DOU, 2011.
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REBOITA, M. S., KRUCHE, N. Normais Climatológicas Provisórias de 1991 a 2010 para Rio Grande, RS.
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SANTOS, M. R. R.; RANIERI, V. E. L. Critérios para análise do zoneamento ambiental como instrumento de
planejamento e ordenamento territorial. Ambiente & Sociedade, v. 16, n. 4, p. 43-60, 2013.
SOS MATA ATLÂNTICA. Aqui tem mata? 2. ed. 2021.
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Para saber mais sobre o conteúdo abordado neste conteúdo, assista aos vídeos:
Live ILPS - Áreas de prioridade global para restauração de ecossistemas, do Instituto Luisa Pinho Sartori,
onde é apresentada uma conversa com um especialista em restauração ambiental.
Modos de restaurar as florestas, do canal do YouTube da Pesquisa Fapesp, no qual os cientistas falam
sobre uma metodologia bem-sucedida na restauração de floresta tropical que se baseia na diversidade
das espécies nativas.
Processo de elaboração do plano de manejo - Curso EAD em Plano de Manejo ICMBio, do canal de Felipe
Cruz Mendonça no Youtube, que fala sobre o processo de elaboração do Plano de Manejo de uma Unidade
de Conservação.
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