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GESTÃO DE SALA DE 
AULA
PROF. JOAGDA REZENDE ABIB
“A Faculdade Católica Paulista tem por missão exercer uma ação integrada de suas atividades educacionais, visando à 
geração, sistematização e disseminação do conhecimento, 
para formar profissionais empreendedores que promovam 
a transformação e o desenvolvimento social, econômico e 
cultural da comunidade em que estão inseridos.
Missão da Faculdade Católica Paulista
 Av. Cristo Rei, 305 - Banzato, CEP 17515-200 Marília - São Paulo.
 www.uca.edu.br
Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida por qualquer meio ou forma 
sem autorização. Todos os gráficos, tabelas e elementos são creditados à autoria, 
salvo quando indicada a referência, sendo de inteira responsabilidade da autoria a 
emissão de conceitos.
Diretor Geral | Valdir Carrenho Junior
GESTÃO DE SALA DE AULA
PROF. JOAGDA REZENDE ABIB
SUMÁRIO
AULA 01
AULA 02
AULA 03
AULA 04
AULA 05
AULA 06
AULA 07
AULA 08
AULA 09
AULA 10
AULA 11
AULA 12
AULA 13
AULA 14
AULA 15
AULA 16
APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA 
O PROFESSOR FACILITADOR
AVALIAÇÕES
DISCIPLINA EM SALA DE AULA
RELAÇÃO PROFESSOR-ALUNO
ÉTICA EM SALA DE AULA
BULLYING EM SALA DE AULA
ATUANDO COM A DIVERSIDADE
POR QUE PLANEJAR?
METODOLOGIAS ATIVAS
SALA DE AULA INVERTIDA
PEER INSTRUCTION
APRENDIZAGEM BASEADA EM PROBLEMAS E 
APRENDIZAGEM BASEADA EM PROJETOS (PROBLEM 
BASED LEARNING E PROJECT BASED LEARNING)
GAMIFICAÇÃO E STORYTELLING
ESTUDO DE CASO E ENSINO HÍBRIDO
PLANOS DE AULA
05
09
12
15
19
23
26
30
34
38
42
45
47
51
54
58
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 4
GESTÃO DE SALA DE AULA
PROF. JOAGDA REZENDE ABIB
INTRODUÇÃO
A sala de aula, como qualquer outro ambiente de trabalho, necessita de gestão. Nesse 
ambiente, o papel de gestor cabe ao professor. Ele precisa, portanto, saber como desempenhá-
lo da melhor maneira possível, de modo a manter um ambiente organizado, harmonioso e que 
possibilite o bom andamento das aulas e uma aprendizagem de qualidade para seus alunos.
Para que isso ocorra, é necessário que a preocupação do professor vá além do conteúdo, 
pois, além de fazer com que seus alunos aprendam aquilo que é proposto, é preciso que ele 
tenha consciência de que é necessário também que ele exerça outras funções.
O professor precisa se atentar a questões de disciplina, ética, saber lidar com a diversidade 
em sala de aula e atuar diante de problemas que são comuns dentro do ambiente escolar.
Além disso, pensando na questão do processo de ensino-aprendizagem no cenário atual, 
precisamos ter em mente que o modelo tradicional de ensino, aquele em que o professor 
apenas expõe conteúdos para seus alunos, sendo o protagonista em sala de aula, precisa 
ser revisto. Não que o professor não possa mais expor conteúdos para seus alunos, mas 
é necessário conhecer novas metodologias e usá-las para um ensino melhor, que se torne 
mais prazeroso, interessante e desafiador para quem está aprendendo.
Existem, hoje, metodologias ativas, que colocam o aluno como protagonista de sua 
aprendizagem, e essas metodologias dão uma nova cara ao ensino, fazendo com que os 
alunos se sintam desafiados, motivados e mais interessados pelo conteúdo.
O professor precisa, portanto, se atentar a todas essas questões, desde o planejamento 
de sua aula até a maneira como lidar com situações de indisciplina, com o bullying, com a 
diversidade e como agir eticamente em sala de aula.
Veremos, pois, nesta disciplina, alguns desses pontos que são de extrema importância 
para que haja uma boa gestão de sala de aula.
Espero que o estudo seja proveitoso e que os ajude, quando estiverem em sala de aula, a 
lidar com seus alunos da melhor maneira possível e a realizar uma boa gestão. Procurarei 
oferecer a vocês bastantes exemplos das minhas vivências como professora.
Sejam bem-vindos à disciplina de Gestão de Sala de Aula!
Bons Estudos!!!
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AULA 1
APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA
Você, alguma vez, ao aprender algo novo, pensou que aquilo se relacionava a algo que 
você já sabia, mas nunca tinha entendido para que servia? Isso acontece conosco muitas 
vezes. Pensamos: “Ah, agora aquilo faz sentido!”. Pois é. Isso está relacionado à Aprendizagem 
Significativa, tema desta aula.
Em sua obra The Psychology of MeaninGful Verbal Learning, escrita em 1963, David Ausubel 
propôs a teoria da Aprendizagem Significativa. Trata-se de uma teoria que se baseia na 
relação estabelecida entre um novo conhecimento e os conhecimentos prévios do indivíduo, 
ou seja, a relação entre aquilo que se aprende com aquilo que já se sabe.
De acordo com Moreira (2012),
Aprendizagem significativa é aquela em que ideias expressas simbolicamente 
interagem de maneira substantiva e não-arbitrária com aquilo que o aprendiz 
já sabe. Substantiva quer dizer não-literal, não ao pé-da-letra, e não-arbitrária 
significa que a interação não é com qualquer idéia prévia, mas sim com algum 
conhecimento especificamente relevante já existente na estrutura cognitiva do 
sujeito que aprende (MOREIRA, 2012, p. 2).
 
Fonte: https://amenteemaravilhosa.com.br/aprendizagem-significativa/
https://amenteemaravilhosa.com.br/aprendizagem-significativa/
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A aquisição de novos conhecimentos se dá, portanto, segundo Ausubel, a partir da 
significação que podemos dar a um novo conhecimento, relacionando-o a conhecimentos 
que já adquirimos, o que ele chama de subsunçores.
Em termos simples, subsunçor é o nome que se dá a um conhecimento específico, 
existente na estrutura de conhecimentos do indivíduo, que permite dar significado 
a um novo conhecimento que lhe é apresentado ou por ele descoberto. Tanto 
por recepção como por descobrimento, a atribuição de significados a novos 
conhecimentos depende da existência de conhecimentos prévios especificamente 
relevantes e da interação com eles (MOREIRA, 2012, p. 2).
Quando relacionamos o novo àquilo que já sabemos, esses conhecimentos prévios passam 
a ter para nós outros significados e se tornam cognitivamente mais estáveis. É como se, 
muitas vezes, pudéssemos entender para que serve aquilo que aprendemos anteriormente. 
As coisas passam a fazer mais sentido para nós.
É importante reiterar que a aprendizagem significativa se caracteriza pela 
interação entre conhecimentos prévios e conhecimentos novos, e que essa 
interação é não-literal e não-arbitrária. Nesse processo, os novos conhecimentos 
adquirem significado para o sujeito e os conhecimentos prévios adquirem novos 
significados ou maior estabilidade cognitiva (MOREIRA, 2012, p. 2).
Vejamos um exemplo. Como professora de língua portuguesa, utilizarei uma situação da 
minha disciplina para tentar exemplificar a aprendizagem significativa. 
Nós, professores de português, ensinamos aos alunos as classes de palavras: substantivo, 
verbo, adjetivo, pronome, advérbio, etc. Quando ensinamos pronomes pessoais, explicamos 
que eles são utilizados para substituir ou retomar um nome. Com relação aos demonstrativos, 
dizemos que eles servem para orientar as coisas no espaço e que, textualmente, servem 
para fazer referências ao que foi mencionado anteriormente ou ao que será mencionado a 
seguir. Ensinamos que os advérbios de lugar são palavras que indicam o local onde a ação 
expressa pelo verbo ocorreu. Mais à frente, ao explicarmos o conceito de coesão textual 
dizemos que ela pode ser feita de várias formas e que uma delas é a coesão por referência, 
que consiste em retomar palavras que foram mencionadas anteriormente por meio do uso 
de pronomes pessoais, demonstrativos e advérbios de lugar. Nesse momento, o aluno liga 
essas informações ao seu conhecimento prévio sobre essas classes de palavras, entendendo 
melhor o seu funcionamento, ou seja, as coisas passam a fazer mais sentido para ele.
Existem duas formas de aprendizagem significativa: a superordenadae a subordinada. 
A aprendizagem significativa superordenada se dá quando aquilo que aprendemos é mais 
abrangente do que o conhecimento prévio a que se relaciona. A subordinada, mais comum, 
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acontece quando aprendemos coisas que se “encaixam” dentro de um conhecimento prévio 
de grande relevância.
Esta forma de aprendizagem significativa, na qual uma nova idéia, um 
novo conceito, uma nova proposição, mais abrangente, passa a subordinar 
conhecimentos prévios é chamada de aprendizagem significativa superordenada. 
Não é muito comum; a maneira mais típica de aprender significativamente 
é a aprendizagem significativa subordinada, na qual um novo conhecimento 
adquire significado na ancoragem interativa com algum conhecimento prévio 
especificamente relevante (MOREIRA, 2012, p. 3).
Segundo Moreira (2102), pode ser que um conhecimento prévio nunca venha a ser utilizado 
para a aquisição de novos conhecimentos e pode acontecer também de um conhecimento 
diminuir devido ao fato de não ser utilizado. O autor afirma que esse esquecimento é normal 
e que aquilo que se esqueceu pode ser reaprendido rapidamente, caso a aprendizagem tenha 
sido significativa.
Portanto, aprendizagem significativa não é, como se possa pensar, aquela que 
o indivíduo nunca esquece. A assimilação obliteradora é uma continuidade 
natural da aprendizagem significativa, porém não é um esquecimento total. 
É uma perda de discriminabilidade, de diferenciação de significados, não uma 
perda de significados. Se o esquecimento for total, como se o indivíduo nunca 
tivesse aprendido um certo conteúdo é provável que aprendizagem tenha sido 
mecânica, não significativa (MOREIRA, 2012, p. 4).
De acordo com Moreira (2012), existem duas condições para que a aprendizagem seja 
significativa. A primeira é que o material seja potencialmente significativo e a segunda é que 
o aprendiz deve querer aprender.
Por que o material não é significativo, mas potencialmente significativo? De acordo com 
Moreira (2012), não é possível que o material seja significativo, ele apenas pode levar o 
aluno a relacionar os novos conhecimentos a seus conhecimentos prévios, ou seja, ele tem 
potencial para fazer isso. No entanto, ele será significativo ou não à medida que o aluno 
tenha o conhecimento prévio para estabelecer relações e torná-lo significativo.
É importante enfatizar aqui que o material só pode ser potencialmente 
significativo, não significativo: não existe livro significativo, nem aula significativa, 
nem problema significativo, ..., pois o significado está nas pessoas, não nos 
materiais (MOREIRA, 2012, p. 8).
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A segunda condição é que o aluno esteja predisposto a fazer a relação entre os 
conhecimentos, o que, segundo Moreira, não tem a ver, necessariamente, com estar motivado 
ou com seu gosto pela matéria.
A segunda condição é talvez mais difícil de ser satisfeita do que a primeira: o 
aprendiz deve querer relacionar os novos conhecimentos, de forma não-arbitrária 
e não-literal, a seus conhecimentos prévios. É isso que significa predisposição 
para aprender. 
Não se trata exatamente de motivação, ou de gostar da matéria. Por alguma 
razão, o sujeito que aprende deve se predispor a relacionar (diferenciando e 
integrando) interativamente os novos conhecimentos a sua estrutura cognitiva 
prévia, modificando-a, enriquecendo-a, elaborando-a e dando significados a 
esses conhecimentos. Pode ser simplesmente porque ela ou ele sabe que 
sem compreensão não terá bons resultados nas avaliações. Aliás, muito da 
aprendizagem memorística sem significado (a chamada aprendizagem mecânica) 
que usualmente ocorre na escola resulta das avaliações e procedimentos de 
ensino que estimulam esse tipo de aprendizagem (MOREIRA, 2012, p. 8).
Como afirma Moreira (2012), a aprendizagem mecânica, que faz parte da nossa experiência 
como alunos, faz com que, muitas vezes, decoremos alguma coisa sem ao menos saber 
para que aquilo nos serve ou servirá. A Aprendizagem significativa se opõe a isso, fazendo 
com que, diante das condições necessárias que foram aqui mencionadas, o aluno relacione 
os novos conceitos àquilo que já sabe e que as coisas tomem sentido e sejam significativas 
para ele.
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AULA 2
O PROFESSOR FACILITADOR
Em nossas próximas aulas, falaremos sobre metodologias de ensino que se diferenciam 
do modelo tradicional, devido ao fato de colocarem o aluno no centro do processo de 
aprendizagem, atuando como protagonista, utilizando suas experiências, aprendendo no 
seu ritmo. Isso se distancia da imagem tradicional de que o professor deve ser o foco em 
sala de aula, explicando conteúdos e expondo teorias para os alunos.
Nesse novo modelo de ensino, surge, então, o conceito de professor facilitador que. como 
o próprio nome diz, tem como função facilitar o aprendizado do aluno e não ser totalmente 
responsável por ele. O professor passa a ocupar um papel diferente daquele imposto pelo 
modelo tradicional.
Nesta aula, falaremos, portanto, sobre o que é ser um professor facilitador e qual o seu 
papel.
Em sua vida escolar, você teve algum professor que sabia muito, mas não conseguia 
ensinar? Muitas vezes nos deparamos com professores que têm um conhecimento ímpar 
sobre a matéria que lecionam, mas não conseguem fazer com que seus alunos aprendam.
É muito comum encontrarmos pessoas extremamente preparadas, especialistas, mestres 
e até mesmo doutores que querem expor um determinado conteúdo de maneira muitas 
vezes extremamente complicada, tornando-o inacessível a seus alunos. Não adianta nada 
entrarmos em sala de aula e falarmos por horas seguidas, esperando que os alunos absorvam 
todo aquele conteúdo. 
Como professora de língua inglesa, posso narrar minhas experiências para ilustrar o que 
acabei de dizer. Ao ensinar a língua, não adianta querer utilizar com meus alunos conceitos 
gramaticais tais como Objeto Direto e Indireto, Orações Subordinadas, entre outros, pois, 
muitas vezes, os alunos não têm domínio sobre esse conteúdo em sua própria língua, a 
língua portuguesa. É necessário, portanto, buscar maneiras mais simples de explicar a 
eles, estabelecendo relações com coisas que eles saibam, facilitando o processo e não 
dificultando-o.
O professor facilitador deve lançar mão de meios que levem seus alunos a um aprendizado 
mais eficiente, mais prazeroso. Ele deve ser um mediador e não mais o centro das atenções.
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As aulas expositivas devem dar lugar a aulas em que os alunos participem ativamente, 
sendo protagonistas em seu processo de aprendizagem. Sabem aquelas aulas longas, em 
que o professor apresenta um número enorme de slides e fala sem parar, do início ao fim? 
Isso não é ser um professor facilitador. E aquele professor que enche a lousa de matéria e 
pede para que seus alunos copiem tudo, para que depois ele explique e passe exercícios? 
Ele também não é um professor facilitador. Existem ainda professores que, sabendo muito 
sobre o conteúdo, chegam em sala de aula, colocam uma frase na lousa e falam sem parar 
sobre conceitos e teorias, esperando que seus alunos consigam acompanhar e gravar todas 
aquelas informações. Isso, definitivamente, não é ser um professor facilitador.
Para facilitar o processo de aprendizagem do aluno, o professor não precisa ser um 
expert no conteúdo, mas saber como fazer com que o aluno o aprenda a aprender. O ideal, 
certamente, é que o professor apresente essas duas características: domínio do conteúdo 
e perfil facilitador. O ritmo da aula não deve ser imposto pelo professor. É necessário sentir 
o ritmo dos alunos e segui-lo.
O conceito de professor facilitador se baseia na teoria do construtivismo, segundo a qual 
o aluno deve construir seu próprioconhecimento com base em suas experiências. Sendo 
assim, o professor deve ser um coadjuvante no processo de aprendizagem do aluno, apenas 
direcionando-o e facilitando o processo de aprendizagem, como o próprio nome “professor 
facilitador” sugere.
 
Fonte: https://sistemaggedeensino.medium.com/o-novo-papel-do-professor-na-educa%C3%A7%C3%A3o-moderna-a536a6a1e059
https://sistemaggedeensino.medium.com/o-novo-papel-do-professor-na-educa%C3%A7%C3%A3o-moderna-a536a6a1e059
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É importante que nós professores tenhamos consciência de que, ao ensinar, também 
aprendemos com nossos alunos. Ensinar é trocar experiências e saberes. Estou há onze 
anos em sala de aula e percebo o quanto aprendi desde que me tornei professora. Além 
disso, trazer as experiências dos alunos para a sala de aula pode ser muito produtivo. Às 
vezes, a aula toma rumos diferentes do que planejamos e isso pode ser muito bom.
As metodologias ativas têm esse papel, ou seja, colocam o aluno como protagonista e 
o professor apenas como um mediador, um facilitador do processo de aprendizagem do 
aluno. Estudaremos essas metodologias nas nossas próximas aulas.
Isto está na rede
Educação aberta: o que é ser um professor facilitador
Para especialista do MIT, docente não precisa ser “autoridade em um assunto”, mas 
pode criar a expertise da experiência
Leia mais em: https://novaescola.org.br/conteudo/9424/educacao-aberta-o-que-e-ser-
um-professor-facilitador
https://novaescola.org.br/conteudo/9424/educacao-aberta-o-que-e-ser-um-professor-facilitador
https://novaescola.org.br/conteudo/9424/educacao-aberta-o-que-e-ser-um-professor-facilitador
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AULA 3
AVALIAÇÕES
 
Nós, como alunos, passamos por muitas avaliações ao longo de nossa vida escolar e, 
com certeza, muitos de nós vivenciamos momentos difíceis, tensos e situações em que nos 
sentimos injustiçados.
 
Fonte: http://b.programasemente.com.br/xiii-deu-branco/
Muitas vezes, o aluno sabe muito sobre um determinado conteúdo e acaba por não se 
sair bem em uma prova, e isso pode acontecer por inúmeros fatores. O nervosismo pode 
atrapalhar, pois podemos esquecer muita coisa quando estamos sob pressão. Às vezes, 
sabemos muito sobre muita coisa, mas o que é perguntado na prova é exatamente aquilo 
que não sabíamos. Ocorre também de não estarmos em um bom dia e não termos um bom 
rendimento. Enfim, todas essas situações podem fazer com que um aluno que estudou e 
se esforçou não se saia bem em uma prova. 
O processo de avaliação deve, portanto, levar em conta não apenas as provas bimestrais. 
De acordo com as DCN’s, essa avaliação deve ser processual e formativa, ou seja, o aluno 
deve ser avaliado durante todo o processo de aprendizagem. Seu desempenho não pode 
ser medido apenas com questões propostas em uma avaliação ao final do bimestre. É 
necessário ainda que elas sejam qualitativas e não quantitativas, pois o que vale é a qualidade 
do processo avaliativo e não o número de questões ou o número de trabalhos e avaliações 
que foram aplicadas aos alunos.
http://b.programasemente.com.br/xiii-deu-branco/
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Fonte: https://petpedufba.wordpress.com/2015/11/09/avaliacao-da-aprendizagem/
Além disso, a avaliação deve servir como um norte para que o professor possa planejar 
suas próximas estratégias de ensino, suas ações pedagógicas e para que possa interferir e 
solucionar os problemas de aprendizagem que os alunos venham a apresentar. Conforme 
consta nas DCN’s,
A avaliação do aluno, a ser realizada pelo professor e pela escola, é 
redimensionadora da ação pedagógica e deve assumir um caráter processual, 
formativo e participativo, ser contínua, cumulativa e diagnóstica. 
A avaliação formativa, que ocorre durante todo o processo educacional, busca 
diagnosticar as potencialidades do aluno e detectar problemas de aprendizagem 
e de ensino. A intervenção imediata no sentido de sanar dificuldades que alguns 
estudantes evidenciem é uma garantia para o seu progresso nos estudos. 
Quanto mais se atrasa essa intervenção, mais complexo se torna o problema 
de aprendizagem e, consequentemente, mais difícil se torna saná-lo (BRASIL, 
2013, p. 123).
É preciso também que o professor tome cuidado com pré-julgamento que possa vir a 
fazer a respeito dos alunos. Muitas vezes, por não acreditar na capacidade do aluno em 
aprender, devido a fatores de ordem social, o professor acaba por “deixar esse aluno de 
lado”. Isso pode fazer com que o aluno, diante da falta de incentivo por parte do professor, 
https://petpedufba.wordpress.com/2015/11/09/avaliacao-da-aprendizagem/
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acabe por também não acreditar em seu potencial e se sentir desmotivado, o que impacta 
negativamente sua aprendizagem e seu rendimento.
Considerando que a avaliação implica sempre um julgamento de valor sobre o 
aproveitamento do aluno, cabe, contudo alertar que ela envolve frequentemente 
juízos prévios e não explicitados pelo professor acerca do que o aluno é capaz 
de aprender. Esses pré-julgamentos, muitas vezes baseados em características 
que não são de ordem cognitiva e sim social, conduzem o professor a não 
estimular devidamente certos alunos que, de antemão, ele acredita que não irão 
corresponder às expectativas de aprendizagem. O resultado é que, por falta de 
incentivo e atenção docente, tais alunos terminam por confirmar as previsões 
negativas sobre o seu desempenho (BRASIL, 2013, p. 123).
É importante ressaltar que o processo avaliativo não serve apenas para avaliar o aluno. 
Por meio dele, o professor pode jugar suas estratégias e abordagens, pois se em uma sala 
muitos alunos apresentarem problemas com relação à aprendizagem, isso pode significar 
que o professor deve repensar a forma como está ensinando seus alunos. 
Além disso, as avaliações possibilitam que os alunos tenham ideia de seu progresso e, 
também, de suas dificuldades.
Mas a avaliação não é apenas uma forma de julgamento sobre o processo de 
aprendizagem do aluno, pois também sinaliza problemas com os métodos, as 
estratégias e abordagens utilizados pelo professor. Diante de um grande número 
de problemas na aprendizagem de determinado assunto, o professor deve ser 
levado a pensar que houve falhas no processo de ensino que precisam ser 
reparadas (BRASIL, 2013, p. 123).
Uma outra função do processo avaliativo é poder colocar os pais a par do rendimento 
escolar de seus filhos.
É importante, portanto, que:
• A avaliação seja qualitativa, ou seja, que nós professores avaliemos se o aluno desenvolveu 
as competências e habilidades esperadas, sem nos importarmos com a quantidade de 
questões ou de avaliações;
• O professor deve avaliar para ensinar e não ensinar para avaliar, ou seja, com base nas 
avaliações, o professor deve planejar os próximos passos de seu trabalho, avaliando não só 
o rendimento e as dificuldades de seus alunos, mas também verificando se suas estratégias 
como professor estão tendo bons resultados;
• A avaliação deve ser focada no processo e não nos resultados.
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AULA 4
A DISCIPLINA EM SALA DE AULA
O ensino no dia-a-dia nas escolas acontece em um cenário um tanto incomum: uma 
pequena sala (para o que se necessita fazer nela), com mobília frequentemente 
inadequada e pouco espaço para se movimentar, um período de 50 minutos 
(ou menos) para desenvolver objetivos curriculares estabelecidos, e 25 a 30 
personalidades distintas e singulares, algumas das quais podendo nem querer 
estar lá. Por que não haveria alguns estresses e tensões naturais associadas 
ao papel diário do professor? (ROGERS, 2009, p.16).
Todo professor, seja ele velho ou novo, mais rígido ou mais flexível, sério ou brincalhão,certamente já teve, pelo menos uma vez em sua vida como docente, problemas relacionados 
à disciplina dos alunos, ou melhor, à falta de disciplina deles. Um dos grandes desafios do 
professor como gestor de uma sala de aula é, com certeza, manter a disciplina, ainda mais 
quando se trabalha com crianças ou com adolescentes.
 
Fonte: https://www.professorideal.com/indisciplina/alunos-brasileiros-lideram-o-ranking-de-indisciplina-na-sala-de-aula/
Mas como podemos manter uma sala disciplinada, especialmente quando essa sala 
está lotada. O que podemos fazer para manter a ordem, para fazer com que os alunos se 
comportem, fiquem quietos quando necessário, que realizem as atividades propostas?
É claro que planejar uma aula que chame a atenção dos alunos, que desperte neles o 
interesse é, sem sombra de dúvidas, uma arma poderosa. Os alunos tendem a ser mais 
https://www.professorideal.com/indisciplina/alunos-brasileiros-lideram-o-ranking-de-indisciplina-na-sala-de-aula/
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participativos e se comportarem melhor quando estão interessados em uma determinada 
atividade.
No entanto, nem sempre isso basta.
Já nos deparamos com notícias em jornais em que formas diversas de violência ocorrem 
em sala de aula, agressões entre alunos ou até mesmo alunos agredindo professores. É um 
desafio para o professor manter um ambiente disciplinado e, em um mundo que se torna 
cada vez mais violento, é também um desafio manter a violência fora da sala de aula, seja 
ela física ou verbal.
Importante ressaltar que não devemos levar em conta apenas o comportamento dos alunos, 
pois o comportamento do professor os influencia. Segundo Rogers (2009), professores e 
alunos influenciam o comportamento uns dos outros em seus relacionamentos.
Nesse cenário um tanto incomum no qual os alunos e os professores trazem 
agendas, sentimentos e necessidades pessoais e no qual certas obrigações 
e direitos devem ser equilibrados, tanto o professor quanto o aluno estão 
“ensinando” um ao outro por meio de seus comportamentos relacionais diários.
Não basta simplesmente detalhar a intervenção do aluno como uma questão 
discreta que diz respeito apenas ao aluno. Em qualquer escola, os mesmos 
alunos podem se comportar de maneira diferente, em diferentes cenários e com 
diferentes professores. O comportamento do professor e o comportamento do 
aluno têm um efeito recíproco um sobre o outro e sobre o sempre presente 
“público” de colega (ROGERS, 2009, p.16).
Rogers (2009) nos apresenta diferentes tipos de comportamento por parte do professor. 
Ele cita, por exemplo, uma gestão vigilante demais, um comportamento excessivamente 
vigilante ou ausência de vigilância, coisas que contribuem para a indisciplina dos alunos. 
Na gestão vigilante demais, Rogers (2009) cita o caso de um aluno que não estava 
realizando as atividades e, ao ser indagado pelo professor com relação ao fato de não 
estar fazendo nada, disse que não o fazia porque estava sem caneta. E a partir daí passa a 
haver um embate entre professor e aluno. O professor pede para que o aluno arrume uma 
caneta e ele sai da sala à procura de uma. O professor, então, vai atrás do aluno e diz que a 
caneta deveria ser arrumada em sala de aula. O aluno a pede a um colega e ironizando diz 
ao professor que seu colega não quer emprestar. E assim a situação vai tomando proporções 
enormes até que o aluno é mandado à diretoria. Nesse caso, o professor é extremamente 
rígido e acaba criando um embate direto com o aluno que o desafia, ironiza, e isso acaba 
fazendo com que algo simples se torne problemático.
Com relação ao comportamento extremamente vigilante, imaginemos que um aluno vai à 
escola sem o uniforme e o professor começa a dar muita atenção a esse fato, interrompe sua 
aula para chamar a atenção do aluno, diz a ele que não pode assistir à aula sem uniforme, 
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isso pode acabar tomando uma proporção muito grande. Não que o aluno não deva ser 
conscientizado sobre seu erro, mas isso pode ser feito de outra maneira, como veremos 
mais à frente.
Existe também a ausência de vigilância que, segundo Rogers (2009), ocorre quando o 
professor não se importa. Segundo o autor, os alunos devem saber quais professores são 
vigilantes e quais não são, e o professor deve se mostrar vigilante não de forma autoritária, 
mas indagando o aluno sobre o regulamento da escola. Ao fazer perguntas ao aluno sobre o 
regulamento, o professor deve esperar que ele responda e, caso isso não ocorra, o professor 
deve então respondê-las, conscientizando e mostrando ao aluno que aquilo que ele fez vai 
contra as regras de comportamento da escola. O autor afirma que é difícil fazer com que 
os alunos se tornem conscientes quando alguns professores ignoram algumas questões.
Nós professores sabemos como é difícil exigir do aluno um comportamento adequado 
quando muitos não se importam. Infelizmente, muitos professores acabam deixando as coisas 
acontecerem sem dar atenção a isso, com o pensamento de que não conseguirão mudar 
a situação ou fazer com que os alunos se comportem de maneira adequada. Isso dificulta 
o trabalho daqueles professores que querem manter uma sala disciplinada e harmoniosa, 
pois ao questionarmos ou repreendermos os alunos com relação a um mau comportamento, 
é muito comum sermos comparados àquele professor que não se importa: “Mas fulano 
não disse nada.” “Eu faço isso na aula do fulano e ele nunca disse nada.” Essas são frases 
muito comuns de serem ditas por alunos ao serem repreendidos ou questionados sobre um 
comportamento inadequado.
Para que haja uma vigilância tranquila por parte do professor, segundo Rogers (2009) é 
necessário evitar perguntar ao aluno: “Por que você fez isso?”. O que o professor deve fazer 
é perguntar: “Qual o regulamento da escola?” e, a partir daí, fazer com que o aluno reconheça 
e assuma seu erro.
Uma vigilância tranquila permite uma consistência funcional – nós nunca 
conseguiremos uma consistência perfeita com a liderança de professores, 
apenas uma consistência razoável e funcional (ROGERS, 2009, p.23).
Rogers (2009) pontua que precisamos ser profissionais reflexivos, abertos a aprender e 
refletir a respeito de nossas ações e a mudar quando julgarmos necessário e virmos que 
isso pode nos ajudar na gestão da sala de aula. O autor aponta ainda que existem dois 
comportamentos: o primário e o secundário. E, segundo ele, ao valorizar comportamentos 
secundários, o professor só causará mais problemas, o que é desnecessário. Muitas vezes, 
é preciso ignorar esses comportamentos. 
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Esses tipos de “comportamentos secundários” são muito mais irritantes para os 
professores do que os “comportamentos primários” que os originam: os suspiros, 
os movimentos com a cabeça, os olhos voltados ou o olhar para o teto, o sorrir 
ironicamente com as sobrancelhas e, é claro, coisas irritantes ditas por alguns 
alunos e que fazem perder tempo (ROGERS, 2009, p.27).
No entanto, quando se tratar de atitudes graves, alguma atitude deve, sim, ser tomada 
por parte do professor.
Se o “comportamento secundário” de um aluno for muito perturbador, ou rude, 
no tom e nos modos, ele precisará ser abordado, breve e firmemente, com um 
foco no comportamento inaceitável e um foco de volta para a tarefa ou um 
foco no comportamento esperado: “Não estou falando com você dessa forma, 
espero que você não fale comigo dessa forma”. Isso se aplica a um aluno cujo 
tom de voz é rude, convencido ou arrogante. Nesse ponto, também é prudente 
conceder um “tempo de compensação” à medida que o aluno se arrasta mal-
humorado de volta para seu assento (ROGERS, 2009, p. 32).
O professor deve manter a disciplina em sala de aula sem ser extremista, sem ser severo 
demais, rude demais ou, contrariamente a isso, ser flexível demais e nãose importar com 
comportamentos inadequados por parte dos alunos.
Além disso, é importante pontuar que por mais difícil que seja, não podemos deixar nosso 
estresse, nosso cansaço, nossos problemas, preocupações e, muitas vezes, insatisfações 
nos afetem em sala de aula. Quando não estamos em um bom dia, em uma boa semana, 
devemos ter o cuidado de não fazer com que isso nos torne intolerantes ao extremo com 
comportamentos de nossos alunos.
Precisamos também ter consciência de que não podemos querer obrigar nossos alunos 
a fazer nada. Não devemos forçá-los a nada. O ideal é que construamos boas relações, 
pautadas no respeito mútuo, fazendo com que os alunos saibam de seus direitos e deveres, 
sabendo corrigir na hora certa e da maneira certa, sem colocar o aluno em situações de 
constrangimento perante seus colegas.
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AULA 5
RELAÇÃO PROFESSOR-ALUNO
Ter uma boa relação com as pessoas é fundamental. Imagine você, em seu ambiente de 
trabalho, tendo problemas com vários de seus colegas. Muitos de nós já passamos por isso 
e sabemos que se trata de algo nada positivo. Um mau relacionamento com as pessoas que 
nos cercam prejudica nosso rendimento, nos deixa estressados e tensos. Não é nada fácil 
trabalhar com pessoas com as quais não simpatizamos e que não gostamos de ter por perto. 
E na sala de aula não é diferente. É preciso que professores e alunos tenham uma boa 
relação. Já parou para pensar que professores e alunos passam grande parte de seu tempo 
juntos em sala de aula? Imagine passarmos horas diariamente com pessoas de quem não 
gostamos, com as quais não temos um bom relacionamento. Não seria nada legal, concordam?
 
Fonte: https://institutoinfantojuvenil.com.br/dois-principios-para-mudar-a-relacao-professor-aluno/
A relação professor-aluno é, portanto, de extrema importância para um bom desenvolvimento 
das atividades em sala de aula, tanto por parte do professor quanto por parte dos alunos.
Sabemos que é comum existirem conflitos entre professores e alunos e que isso pode 
prejudicar o bom andamento das aulas. É importante, portanto, que haja uma boa relação 
entre docentes e discentes.
https://institutoinfantojuvenil.com.br/dois-principios-para-mudar-a-relacao-professor-aluno/
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Uma das coisas mais importantes para que o professor construa uma boa relação com 
seus alunos é que ele se conscientize de que seu papel vai além da apresentação de conteúdo. 
O professor precisa ter em mente que ele contribui também para a formação social de 
seus alunos, pois a função da escola é formar bons cidadãos, conscientes e participativos 
socialmente.
Para que uma boa relação ocorra, o professor precisa estar aberto a ouvir seus alunos e a 
dialogar com eles, e os alunos precisam sentir que são ouvidos e que suas ideias e opiniões 
importam. É muito importante que haja essa interação entre professor e alunos, pois isso 
implicará resultados positivos no processo de ensino-aprendizagem.
É necessário que o professor não se coloque como soberano dentro da sala de aula. 
Ele tem que ser acessível. O distanciamento e autoritarismo afastam os alunos e fazem 
com que eles não se sintam motivados ou acolhidos, o que fará com que, muitas vezes, 
não se sintam à vontade ou se sintam desmotivados. Muitos alunos acabam por criar uma 
implicância com o professor nesses casos e começam então a surgir situações de embate 
entre professor e aluno.
Nós professores precisamos ter em mente que o aluno deve ser colocado como protagonista 
em seu processo de aprendizagem e que nós somos apenas facilitadores desse processo. 
É necessário que haja afetividade em nossa relação com nossos alunos, pois eles precisam 
perceber que nos importamos com eles, com seu desempenho, entendendo-os como seres 
humanos que, assim como nós, êem suas dificuldades, seus problemas, medos, desejos, 
entre outros sentimentos.
Muitas vezes, o professor, insatisfeito com algumas questões, sente-se desmotivado e 
acaba por importar-se pouco ou simplesmente não se importar com seus alunos. Infelizmente, 
sabemos que muitos professores sequer se preocupam com um bom planejamento de aula 
e que não enxergam seus alunos humanamente. Para ele, basta chegar em sala apresentar 
o conteúdo e esperar que o salário chegue no final do mês.
Por isso é que se diz que para ser professor é preciso ter vocação, pois apesar de todos 
os desafios que enfrentamos, devemos sempre, acima de tudo, nos preocupar com nossos 
alunos, com sua aprendizagem e com seu desenvolvimento, desenvolvendo uma relação de 
afetividade com eles. No entanto, é importante que essa relação seja pautada no respeito e 
que os alunos saibam que existe um limite entre o afeto e a permissividade. 
Sendo assim, a escola precisa criar um ambiente mais estimulante e afetivo que 
possibilite a esse adolescente enxergar-se nesse processo. Por esse motivo, a 
mediação do professor é uma contribuição que irá ajudar o aluno do segundo 
segmento do Ensino Fundamental a dar sentido ao seu existir e ao seu pensar. 
É importante que se ressalte que, quando se fala em proporcionar uma relação 
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professor-aluno baseada no afeto, de forma alguma, confunde-se aqui afeto 
com permissividade. Pelo contrário, a ação do professor deve impor limites 
e possibilidades aos alunos, fazendo com que estes percebam o professor 
como alguém que, além de lhe transmitir conhecimentos e preocupar-se com 
a apropriação dos mesmos, compromete-se com a ação que realiza, percebendo 
o aluno como um ser importante, dotado de ideias, sentimentos, emoções e 
expressões (LOPES, 2009, p. 7).
Algo que digo por experiência é que devemos criar boas relações com nossos alunos sem, 
no entanto, deixar que eles pensem que são nossos amigos e que, por isso, podem fazer o 
que bem entenderem em sala de aula. É necessário impor alguns limites e deixar claro que 
eles não podem nos tratar da mesma maneira como muitas vezes tratam seus colegas. As 
relações devem ser sempre baseadas no respeito, e eles devem sempre se lembrar de que, 
acima de tudo, somos seus professores e que estamos ali única e exclusivamente para lhes 
fazer o bem por meio do ensino.
 
Fonte: https://www.neipies.com/o-valor-afetivo-da-relacao-professor-aluno-no-aprendizado/
Não podemos, portanto, ir nem tanto ao mar nem tanto a terra. Não se pode ser permissivo 
nem autoritário demais. Precisamos mostrar aos nossos alunos que nos importamos com 
eles e que nosso papel é ajudá-los, ensiná-los e contribuirmos com seu futuro.
É muito importante também que o professor se atente aos alunos que apresentam 
comportamento violento, pois muitas vezes isso ocorre devido às experiências desse aluno, 
a situações de violência pelas quais ele passou, o que muitas vezes acontece dentro da 
própria casa. O professor, nesse caso, não deve puní-lo, mas procurar entender, orientar e 
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dialogar com ele para que esse comportamento deixe de ocorrer. O afeto é, muitas vezes, a 
solução. Se punirmos a violência com austeridade, provavelmente não conseguiremos fazer 
com que esse aluno tenha uma mudança de comportamento.
Entende-se que cada ser humano, ao longo de sua existência, constrói um 
modo de relacionar-se com o outro, baseado em suas vivências e experiências. 
Dessa forma, o comportamento diante do outro depende da natureza biológica, 
bem como da cultura que o constituiu enquanto sujeito. Nessa perspectiva, 
é de fundamental importância entender que a sala de aula é um espaço de 
convivências e relações heterogêneas em ideias, crenças e valores (LOPES, 
2009, p. 6).
O professor precisa, portanto, estar consciente dessa heterogeneidadee saber lidar com ela 
da melhor maneira, lembrando sempre que uma relação de afeto entre professor e aluno irá 
contribuir para que as coisas caminhem bem, tanto para o professor quanto para os alunos, 
pois os alunos se sentirão mais motivados e, consequentemente, serão mais participativos 
e terão maior interesse pelas aulas.
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AULA 6
ÉTICA EM SALA DE AULA
ética
é·ti·ca
sf
FILOS
1 Ramo da filosofia que tem por objetivo refletir sobre a essência dos princípios, valores 
e problemas fundamentais da moral, tais como a finalidade e o sentido da vida humana, a 
natureza do bem e do mal, os fundamentos da obrigação e do dever, tendo como base as 
normas consideradas universalmente válidas e que norteiam o comportamento humano.
2 POR EXT Conjunto de princípios, valores e normas morais e de conduta de um indivíduo 
ou de grupo social ou de uma sociedade: Parece que não há mais ética na política.
Disponível em: https://michaelis.uol.com.br/moderno-portugues/busca/portugues-
brasileiro/etica/
 
Fonte: https://canaldoensino.com.br/blog/como-ensinar-etica-na-sala-de-aula
Assim como em qualquer ambiente de trabalho, a ética em sala de aula é de extrema 
importância, é algo indispensável. Como podemos notar por meio da leitura da definição da 
palavra do dicionário, trata-se de princípios e valores que direcionam nosso comportamento.
https://michaelis.uol.com.br/moderno-portugues/busca/portugues-brasileiro/etica/
https://michaelis.uol.com.br/moderno-portugues/busca/portugues-brasileiro/etica/
https://canaldoensino.com.br/blog/como-ensinar-etica-na-sala-de-aula
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Em sala de aula, devemos ser éticos, não nos limitando a expor conteúdos, mas nos 
importando com nossos alunos dentro de um contexto maior. A escola tem o papel de formar 
cidadãos éticos que tenham consciência de seus direitos e deveres perante a sociedade, 
exercendo um papel muito importante na vida desses alunos e em seu convívio social.
Dentro de todas as relações se faz necessário o respeito e a igualdade entre os 
sujeitos, princípios esses éticos, incluindo-se assim a relação professor-aluno, 
porém será que esses princípios estão realmente sendo cumpridos? Quando 
o professor traz para sua sala de aula metodologias e discursos autoritaristas, 
conceitos e valores prontos, está desrespeitando o educando, retirando dele 
a liberdade de seus pensamentos reflexivos. Afinal os valores e as reflexões 
mudam de indivíduo para indivíduo, não havendo espaço para teorias acabadas 
(FREITAS; SILVA, 2016, p. 95).
Precisamos abrir nossos horizontes, tendo em mente que nossa função vai além do 
ensino de conteúdos, pois cabe a nós contribuirmos para que nossos alunos se tronem 
bons cidadãos. Nosso papel vai além da sala de aula.
É necessário que ajamos de maneira ética, respeitando e ouvindo nossos alunos e 
suas opiniões, cumprindo com nosso papel e buscando oferecer um ensino de qualidade, 
respeitando a diversidade entre os alunos. Não podemos impor nossos valores e opiniões; 
é necessário que estejamos abertos a ouvir e entender o que nossos alunos pensam e o 
que eles têm a dizer.
A ética visa ao interesse coletivo, devendo, portanto, existir em sala de aula para que ela se 
torne um ambiente saudável e harmonioso. É necessário que ela esteja presente no trabalho 
do professor e, também, no dos alunos, que devem ser instruídos a respeito de ações que 
vão contra a ética e que não devem ser praticadas em sala de aula.
No entanto é conveniente que o professor não use do seu poder, autoridade e de 
sua competência para disseminar seus próprios valores e princípios, vinculados 
a seus conceitos sobre ética e moral, colocando-os como verdadeiros. Pelo 
contrário é necessário que esses não reduzam os conhecimentos a si próprios, 
sejam pessoais e/ou intelectuais, mas façam com que esses se alarguem e 
desta forma produzam-se novos conhecimentos com seus alunos, a partir das 
reflexões dentro da sala de aula (FREITAS; SILVA, 2016, p. 96).
Importante ressaltar que o professor deve ser justo nos processos avaliativos e em suas 
punições para com os alunos. Tudo isso deve ser feito com base em princípios éticos. O 
aluno deve ser orientado e “punido” com relação a atitudes que não sejam éticas, e professor 
deve levá-lo a refletir sobre sua conduta e instruí-lo para que esse tipo de situação não volte 
a acontecer.
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Fonte: http://www.sosprofessor.com.br/blog/a-indisciplina-cidadania-moral-e-a-etica/
De acordo com as DCN’s do Ensino Fundamental, os princípios norteadores das políticas 
educativas e ações pedagógicas são os princípios éticos, políticos e estéticos.
Éticos: de justiça, solidariedade, liberdade e autonomia; de respeito à dignidade 
da pessoa humana e de compromisso com a promoção do bem de todos, 
contribuindo para combater e eliminar quaisquer manifestações de preconceito 
e discriminação. 
Políticos: de reconhecimento dos direitos e deveres de cidadania, de respeito ao 
bem comum e à preservação do regime democrático e dos recursos ambientais; 
de busca da equidade no 108 acesso à educação, à saúde, ao trabalho, aos bens 
culturais e outros benefícios; de exigência de diversidade de tratamento para 
assegurar a igualdade de direitos entre os alunos que apresentam diferentes 
necessidades; de redução da pobreza e das desigualdades sociais e regionais. 
Estéticos: de cultivo da sensibilidade juntamente com o da racionalidade; de 
enriquecimento das formas de expressão e do exercício da criatividade; de 
valorização das diferentes manifestações culturais, especialmente as da cultura 
brasileira; de construção de identidades plurais e solidárias (BRASIL, 2013, p. 
107-108).
Nossas ações em sala de aula devem, portanto, ter como base o respeito mútuo, impedindo 
que ocorram situações de preconceito, racismo ou discriminação.
http://www.sosprofessor.com.br/blog/a-indisciplina-cidadania-moral-e-a-etica/
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AULA 7
BULLYING EM SALA DE AULA
bullying
['b℧ljΙŋ]
sm
Ato agressivo sistemático, envolvendo ameaça, intimidação ou coesão, praticado contra 
alguém, por um indivíduo ou um grupo de pessoas. Ocorre geralmente em escolas, porém 
pode ser praticado em qualquer outro local. Trata-se de ação verbal que pode, em situações 
extremas, evoluir para agressão física.
 
Fonte: https://revistacrescer.globo.com/Educacao-Comportamento/noticia/2020/10/bullying-apos-filha-de-12-anos-se-suicidar-mae-faz-desabafo-por-mais-dificil-que-seja-ouvir-e-
dizer-ela-nao-esta-mais-sofrendo-e-nao-esta-mais-com-medo.html
Esse caso aconteceu em Northumberland, um condado inglês. Após receber vários insultos 
que ocorreram presencialmente, antes da pandemia, e on-line, após o início da quarentena, 
a menina tentou por mais de uma vez cometer suicídio e acabou tirando a própria vida. 
Segundo relatos da mãe, a menina chegou a ser chamada de “lésbica emo”. 
https://revistacrescer.globo.com/Educacao-Comportamento/noticia/2020/10/bullying-apos-filha-de-12-anos-se-suicidar-mae-faz-desabafo-por-mais-dificil-que-seja-ouvir-e-dizer-ela-nao-esta-mais-sofrendo-e-nao-esta-mais-com-medo.html
https://revistacrescer.globo.com/Educacao-Comportamento/noticia/2020/10/bullying-apos-filha-de-12-anos-se-suicidar-mae-faz-desabafo-por-mais-dificil-que-seja-ouvir-e-dizer-ela-nao-esta-mais-sofrendo-e-nao-esta-mais-com-medo.html
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Diante de uma história como essa, podemos ver a gravidade da prática do bullying, e um 
dos principais lugares onde isso ocorre é a sala de aula, pois se trata de um local em que 
a diversidade se faz presente. Alunos de diferentes culturas, raças, religiões convivem entre 
si e isso faz com que suas diferenças venhamà tona.
É por isso que os professores precisam estar preparados para lidar com essa diversidade 
e ensinar os alunos a lidar com ela da melhor maneira possível, conscientizando-os de que 
as diferenças existem e que devemos respeitá-las.
A escola deve proporcionar meios que facilitem o bem-estar dos estudantes, e, na 
sala de aula, essa função é desempenhada pelo professor, corroborando assim 
o processo de ensino/aprendizagem. O professor assume um papel relevante 
na prevenção e combate de atitudes discriminatórias pois, suas ações podem 
ou não ocasionar situações propícias a essa prática; sua postura foi analisada 
de forma que possamos chegar a uma conclusão imediata acerca do tema 
(MEOTTI; PERÍCOLI, 2013, p. 68).
O termo bullying tem origem na língua inglesa, a partir da palavra bully, significa “valentão”. 
Tornou-se popular por meio do professor Dan Olweus, um psicólogo da Universidade de 
Bergen, na Noruega, pois ele foi o primeiro pesquisador a criar critérios que tornassem 
possível a identificação da prática do bullying.
Até onde podem ir as brincadeiras? Qual o limite entre uma simples brincadeira e uma 
atitude que possa ferir o outro? Devemos ter em mente que uma brincadeira não deve 
machucar a pessoa com quem ela é feita. A partir do momento em que a pessoa se sente 
ferida, física ou psicologicamente, temos a prática do bullying.
 
Fonte: https://saude.abril.com.br/bem-estar/os-8-tipos-de-bullying/
https://saude.abril.com.br/bem-estar/os-8-tipos-de-bullying/
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Na escola, como dito anteriormente, o convívio entre várias pessoas diferentes umas das 
outras acaba, muitas vezes, por gerar situações em que os alunos sofrem agressões, sejam 
elas físicas, verbais ou psicológicas. Esse é, portanto, um local onde a prática do bullying 
tem grandes chances de ocorrer. E realmente ocorre! Estudos mostram que 50% dos casos 
de bullying acontecem em sala de aula.
Com a crescente incidência dessa prática em sala de aula e dos casos resultantes 
em homicídio, é inegável a preocupação do futuro profissional da educação com 
tal problema. Constatamos que na formação dos professores há uma lacuna, 
quando se trata desse problema, e é imprescindível que os professores estejam 
aptos a lidar com uma situação que os números mostram não ser corriqueira. 
Conhecer esse fenômeno social e como ele se manifesta é uma das formas 
de prevenir e combater a prática do bullying. (MEOTTI; PERÍCOLI, 2013, p. 68)
O bullying pode ocorrer devido a características físicas ou traços de personalidade das 
pessoas. Sua gravidade deve ser levada em conta, pois sabemos que essa prática chega a 
resultar em suicídios e homicídios. Tendo isso em vista, como o professor deve agir para 
evitar que o bullying aconteça em sala de aula?
Primeiramente, o professor precisa conscientizar seus alunos a respeito das diferenças e 
orientá-los a não realizar brincadeiras que possam magoar seus colegas. É preciso ensiná-
los a se colocar no lugar do outro, lembrando-os de que não devemos fazer com o outro o 
que não queremos que façam conosco. Diante da ocorrência do bullying, o professor deve 
“punir” o autor ou os autores, pois o bullying é, na maioria das vezes, uma prática coletiva. 
De acordo com Meotti & Perícoli (2013),
Sua postura pode muitas vezes sentenciar o indivíduo e suas atitudes; assim, 
para uma melhor conduta e um melhor aprendizado é necessário que haja 
no ambiente escolar uma perspectiva de igualdade entre seus membros. É 
importante que a diversidade seja trabalhada, de forma positiva, em sala de aula, 
fazendo com que o aluno reflita sobre o problema, evitando que as diferenças 
possam gerar conflitos e, posteriormente, sejam potencializados em forma de 
agressão (MEOTTI; PERÍCOLI, 2013, p. 75).
É necessário que o professor entenda o que é o bullying e saiba identificar as situações 
em que ele ocorre para que possa agir de modo a tentar evitar sua prática em sala de aula. 
É importante ter consciência de que existem vários tipos de agressão: física, psicológica, 
material, sexual e virtual, pois saber identificá-las também é uma maneira de lutar contra o 
bullying no ambiente escolar.
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O professor deve, portanto, trabalhar a questão da diversidade em sala de aula, mostrando 
aos alunos que todos devem ser respeitados independentemente das diferenças e divergências. 
Esse é um fator crucial no combate à prática do bullying em sala de aula.
Isto está na rede
Os 8 tipos de bullying
A agressão tem várias formas e nem sempre é evidente. Conheça as diferentes versões 
do bullying e os efeitos na vítima e, também, no autor.
Por Karolina Bergamo Atualizado em 13 abr 2018, 19h05 - Publicado em: 7 abr 2018, 
10h15
Leia mais em: https://saude.abril.com.br/bem-estar/os-8-tipos-de-bullying/
https://saude.abril.com.br/bem-estar/os-8-tipos-de-bullying/
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AULA 8
ATUANDO COM A DIVERSIDADE
“A única arma para melhorar o planeta é a Educação com ética. Ninguém nasce odiando outra 
pessoa pela cor da pele, por sua origem, ou ainda por sua religião. Para odiar, as pessoas precisam 
aprender, e se podem aprender a odiar, podem ser ensinadas a amar.” (Nelson Mandela)
 
Fonte: https://bomdia.lu/lembram-se-como-comecou-o-metoo/racismo-2/
O preconceito, o racismo e a discriminação são grandes problemas em nossa sociedade. 
Quantas cenas lamentáveis presenciamos ou vemos em jornais, na internet? Pessoas são 
diminuídas, menosprezadas, agredidas física e verbalmente devido à sua raça, crença, 
orientação sexual etc. Trata-se de algo inaceitável e que não deveria existir! Afinal, somos 
todos iguais, independentemente das diferenças, e precisamos ter consciência disso.
Discriminação, preconceito e racismo são muitas vezes tratados como se fossem a mesma 
coisa, mas não são. Apesar de se tratar de três comportamentos repudiáveis, estamos diante 
de coisas distintas. Vejamos, portanto, a definição de cada uma dessas palavras no dicionário.
https://bomdia.lu/lembram-se-como-comecou-o-metoo/racismo-2/
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discriminação
dis·cri·mi·na·ção
sf
1 Capacidade de discriminar ou distinguir; discernimento.
2 Ato de segregar ou de não aceitar uma pessoa ou um grupo pessoas por conta da cor 
da pele, do sexo, da idade, credo religioso, trabalho, convicção política etc.
3 JUR Ato contrário ao princípio de igualdade.
Disponível em: https://michaelis.uol.com.br/moderno-portugues/busca/portugues-
brasileiro/discrimina%C3%A7%C3%A3o/
preconceito
pre·con·cei·to
sm
1 Conceito ou opinião formados antes de ter os conhecimentos necessários sobre um 
determinado assunto.
2 Opinião ou sentimento desfavorável, concebido antecipadamente ou independente de 
experiência ou razão; prevenção: “– Mas você está muito enganada, mana. É preconceito 
supor-se que todo o homem que toca violão é um desclassificado. A modinha é a mais 
genuína expressão da poesia nacional e o violão é o instrumento que ela pede” (LB2).
3 Superstição que obriga a certos atos ou impede que eles sejam praticados.
4 SOCIOL Atitude emocionalmente condicionada, baseada em crença, opinião ou 
generalização, determinando simpatia ou antipatia para com indivíduos ou grupos: “– O 
mundo é cheio de preconceitos! Qual é a vergonha de ser árabe? Só porque a raça é diferente, 
e qual é o mal disso? E ainda por cima é católico. Maria José ficou vencida, entregou os 
pontos: – Lá isso, se é católico…” (RQ).
Disponível em: https://michaelis.uol.com.br/moderno-portugues/busca/portugues-
brasileiro/preconceito/
racismo
ra·cis·mo
sm
1 Teoria ou crença que estabelece uma hierarquia entre as raças (etnias).
2 Doutrina que fundamenta o direito de uma raça, vista como pura e superior, de dominar 
outras.
https://michaelis.uol.com.br/moderno-portugues/busca/portugues-brasileiro/discrimina%C3%A7%C3%A3o/https://michaelis.uol.com.br/moderno-portugues/busca/portugues-brasileiro/discrimina%C3%A7%C3%A3o/
https://michaelis.uol.com.br/moderno-portugues/busca/portugues-brasileiro/preconceito/
https://michaelis.uol.com.br/moderno-portugues/busca/portugues-brasileiro/preconceito/
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3 Preconceito exagerado contra pessoas pertencentes a uma raça (etnia) diferente, 
geralmente considerada inferior.
4 Atitude hostil em relação a certas categorias de indivíduos.
Disponível em: https://michaelis.uol.com.br/moderno-portugues/busca/portugues-
brasileiro/racismo/
Como podemos ver, a discriminação acontece quando não aceitamos a pessoa por ela 
ser diferente com relação à raça, cor, religião etc. O preconceito está ligado a julgamentos 
prévios que fazemos das pessoas com base nessas características, ou seja, por a pessoa 
ser de uma determinada raça, diferente da nossa, a julgamos sem sequer conhecê-la. E o 
racismo se refere ao fato de acharmos que uma raça é superior ou inferior às outras devido 
a suas características.
Nosso papel como professores é formar bons cidadãos, pessoas éticas, seres humanos 
que tenham sensibilidade e que convivam bem em sociedade. Uma de nossas ações deve 
ser, portanto, ensinar nossos alunos a tratar as pessoas igualmente, independentemente de 
raça, cor, etnia, religião, orientação sexual, alguma deficiência, etc. E isso deve começar pelo 
exemplo. Somos modelos para nossos alunos, formadores de opinião, e tratar todos com 
igualdade é o primeiro passo para que os ensinemos a fazer o mesmo.
Em sala de aula, existem múltiplas identidades, pois cada ser humano é único. É necessário, 
portanto, que haja respeito a essa diversidade, que pode ser subjetiva, cultural, relacionada à 
forma de pensar e agir, etc. Nós professores precisamos respeitar essas diferenças e fazer 
com que nossos alunos aprendam a respeitá-las também.
Existem algumas ações que podem ser feitas em sala de aula para que possamos trabalhar 
as questões de preconceito, racismo e discriminação. Uma delas é trabalhar a autoestima 
dos alunos que, muitas vezes, se consideram inferiores devido ao fato de serem diferentes 
da maioria. Os alunos pretos, por exemplo, podem ter esse sentimento de inferioridade, e 
uma maneira de trabalhar sua autoestima é mostrar que existem pessoas importantíssimas 
na história do mundo que são pretas como eles, deixando claro que o fato de terem a cor da 
pele diferente da maioria, não os torna menos capazes ou inferiores em nenhum aspecto. 
Outra coisa importante de se fazer em sala de aula é estimular o trabalho em equipe, fazendo 
com que os alunos se misturem, criem relações com seus colegas e criem interdependência 
positiva. Podemos tratar a questão da diversidade por meio de dinâmicas que abordem esse 
tema, trazendo para a sala de aula notícias de jornais e filmes que tratem dessa temática, 
e ouvindo nossos alunos com relação a situações-problema relacionadas a isso, ou seja, 
problemas que eles tenham enfrentado ou presenciado.
https://michaelis.uol.com.br/moderno-portugues/busca/portugues-brasileiro/racismo/
https://michaelis.uol.com.br/moderno-portugues/busca/portugues-brasileiro/racismo/
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Devemos, pois, como professores, impedir que situações de discriminação, preconceito, 
racismo e desrespeito à diversidade aconteçam dentro da nossa sala de aula e instruir os 
alunos para que também não o façam fora dela. Por meio do exemplo, da conscientização, 
fazendo com que os alunos entendam que ninguém é melhor ou pior que ninguém por sua 
raça, por sua cor ou por qualquer outra característica, estamos formando cidadãos de bem 
que podem ajudar na construção de um futuro melhor em nosso país e no mundo.
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AULA 9
POR QUE PLANEJAR?
Uma das coisas mais importantes para a gestão de uma sala de aula é o planejamento. 
Imagine um professor que chega em sala de aula sem ter planejado sua aula, sem ter traçado 
os objetivos, sem saber como conduzirá aquela aula e que recursos didáticos irá utilizar. O 
resultado certamente será um fracasso!
 
Fonte: https://professoremsala.com.br/plano-de-aula-vantagens-e-beneficios-para-o-professor/
Vamos pensar na construção de uma casa sem uma planta, sem que se tenha planejado 
quantos cômodos essa casa terá, qual será a distribuição e o tamanho desses cômodos, 
quanto poderá ser investido em sua construção. Isso, com certeza, não dará muito certo! 
Podemos afirmar que não haverá uma boa divisão dos cômodos, um bom aproveitamento 
dos espaços, há grande possibilidade de o dinheiro acabar durante sua construção devido 
à ausência de um planejamento financeiro, ou seja, o resultado não seria nada bom.
https://professoremsala.com.br/plano-de-aula-vantagens-e-beneficios-para-o-professor/
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Fonte: https://panseraobras.com.br/dicas-de-construcao/tamanho-dos-comodos-da-casa/
Muitas coisas nesta vida requerem planejamento. É necessário que saibamos de onde 
queremos partir e onde queremos chegar e devemos, é claro, estar preparados para 
imprevistos. Quando fazemos uma viagem de férias, por exemplo, na maioria das vezes 
definimos nosso destino, reservamos um local para ficar, planejamos nossos gastos, quanto 
de dinheiro poderemos gastar naquela viagem, quanto tempo levaremos para chegar até o 
local, quantos dias ficaremos lá etc. Acontecem, muitas vezes, alguns desvios de planos no 
meio do caminho. A viagem pode durar mais que o previsto devido a um problema no carro 
ou à necessidade de fazermos diversas paradas para banheiro e alimentação, por exemplo. 
Pode ocorrer também de anteciparmos ou de adiarmos a volta, enfim, durante o processo, 
pode ser que haja mudança de planos. No entanto, quando temos algo planejado, as chances 
de obtermos sucesso são bem maiores do que quando o fazemos sem planejar.
E isso acontece em sala de aula. Uma aula bem planejada tem grandes chances de ser 
sucesso. Pode, sim, acontecer de ocorrerem imprevistos, e o professor deve estar preparado 
para isso, pois os alunos podem reagir de forma diferente do que esperamos e isso faz com 
que precisemos ter sempre cartas na manga. No entanto, a ausência de planejamento é 
praticamente uma garantia de que a aula não dará certo.
O planejamento é importante em quase tudo nesta vida e uma aula bem planejada permitirá 
que o professor chegue onde quer chegar, ou seja, que alcance os objetivos de sua aula. 
Entrar em sala devaula sem ter pelo menos objetivos traçados tem tudo para dar errado. E 
vai dar!
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Mas como planejar uma aula?
• Primeiramente, devemos levar em conta nosso público-alvo. Para quem será dada aquela 
aula? Crianças, adolescentes ou adultos? Qual o perfil desse meu público?
• Feito isso, devemos decidir qual o tema da aula e, a partir daí, traçar nossos objetivos, 
gerais e específicos: o que queremos com essa aula? Quais as habilidades e competências 
que deverão ser desenvolvidas pelos alunos? Importante ressaltar a diferença entre objetivos 
gerais e específicos. O objetivo geral resume a ideia central da aula. Os objetivos específicos 
mostram detalhadamente o que queremos conseguir com aquela aula, quais os resultados 
que pretendemos obter.
• Tendo os objetivos traçados, devemos escolher qual ou quais metodologias iremos 
utilizar, ou seja, como vamos fazer isso? Como essa aula será realizada? Serão utilizadas 
metodologias ativas? Quais?
• É necessário, também, que escolhamos os recursos didáticos que iremos utilizar, 
lembrando que devemos planejar uma aula com base nos recursos de que dispomos. Se 
sabemos, por exemplo, que a escolaestá com todos os aparelhos de data show quebrados, 
não podemos planejar uma aula em que o utilizaremos como recurso didático.
• Por fim, devemos planejar como avaliaremos esse aluno.
Vejamos, então, de maneira resumida, como deve ser um plano de aula:
Plano de Aula
Tema O assunto da aula
Objetivo Geral A ideia central da aula. 
Objetivos Específicos O que queremos especificamente com esta aula? Quais habilidades 
e competências queremos que nossos alunos desenvolvam?
Metodologia Como farei isso? Como darei esta aula?
Recursos Didáticos Quais recursos utilizarei? (lousa, giz, data show, computador, cartões 
coloridos, jogos etc.)
Avaliação Como avaliarei o meu aluno durante a aula, lembrando que a 
avaliação deve ser processual, ou seja, focada no processo e não 
em um resultado a ser apresentado no final da aula.
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O objetivo desta aula foi, portanto, falar sobre a importância do planejamento de aula e 
mostrar, também, como planejar os itens necessários para a elaboração de um bom plano 
de aula. O bom planejamento faz com que a aula seja mais eficiente, que seja mais fácil 
atingir os objetivos, daí a importância de termos objetivos definidos e sabermos o caminho 
que iremos percorrer para alcançá-los.
Além disso, uma aula bem planejada faz com que consigamos manter os alunos ocupados, 
o que nos auxilia a manter a disciplina em sala de aula, pois quando eles se sentem motivados 
e interessados, haverá menos chances de que desviem sua atenção, seu foco, que fiquem 
com conversas paralelas ou que pratiquem ações que possam prejudicar o andamento da 
aula.
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AULA 10
METODOLOGIAS ATIVAS
Diferentemente da educação do passado, a escola de hoje precisa articular 
diversos saberes e práticas metodológicas de ensino para garantir a aprendizagem 
de seus estudantes. Além de expandir o potencial criativo de crianças e jovens, 
as instituições de ensino do século XXI têm a tarefa de abrir suas portas e 
estabelecer parcerias e vínculos com as famílias e comunidades onde estão 
inseridas. Ou seja, a criança que entra na escola hoje não pode encontrar a 
mesma estrutura pedagógica de quando estudaram seus avós (BACICH; MORAN, 
2018, p. 220).
O modelo tradicional de ensino é pautado, como sabemos, na transmissão de conhecimento, 
em situações nas quais os professores são o centro e têm papel ativo no processo de ensino 
e aprendizagem, enquanto os alunos têm papel passivo na maior parte da aula.
No entanto, aprendemos melhor quando vivenciamos experiências, quando somos 
colocados em situações que nos levam a buscar o conhecimento de maneira ativa, quando 
nos sentimos desafiados, quando precisamos solucionar um problema.
O que constatamos, cada vez mais, é que a aprendizagem por meio da transmissão 
é importante, mas a aprendizagem por questionamento e experimentação é 
mais relevante para uma compreensão mais ampla e profunda. Nos últimos 
anos, tem havido uma ênfase em combinar metodologias ativas em contextos 
híbridos, que unam as vantagens das metodologias indutivas e das metodologias 
dedutivas. Os modelos híbridos procuram equilibrar a experimentação com a 
dedução, invertendo a ordem tradicional: experimentamos, entendemos a teoria 
e voltamos para a realidade (indução-dedução, com apoio docente) (BACICH; 
MORAN, 2018, p. 2).
Como afirmam Bacich & Moran (2018), vemos que o ensino hoje já não segue, portanto, 
a mesma ordem do ensino tradicional. Colocar os alunos em situações em que eles possam 
experimentar, na prática, como determinada coisa funciona e, assim, levá-los a entender a 
teoria se torna muito mais significativo do que apenas expor conteúdos.
Essa mudança no jeito de ensinar muito tem a ver com o perfil do aluno na atualidade, pois 
se trata de uma geração que conta com muita informação à mão a qualquer momento; basta 
acessar a internet que conseguimos, por meio de sites de pesquisa, encontrar informações 
sobre qualquer assunto.
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No entanto, esse acesso fácil e rápido não garante o aprendizado e, além disso, nem tudo 
o que encontramos na internet é correto ou de qualidade. O professor não deixa, portanto, de 
ter sua função, pois exerce o papel de um curador digital, selecionando conteúdos, orientando 
alunos. 
Mas, apesar de ser imprescindível, o professor já não deve ser mais o protagonista 
no processo de ensino aprendizagem. O aluno deve assumir esse papel, desenvolvendo 
competências e habilidades, aprendendo no seu ritmo e da maneira que lhe é mais eficiente.
Metodologias ativas são estratégias de ensino centradas na participação efetiva 
dos estudantes na construção do processo de aprendizagem, de forma flexível, 
interligada e híbrida. As metodologias ativas, num mundo conectado e digital, 
expressam-se por meio de modelos de ensino híbridos, com muitas possíveis 
combinações. A junção de metodologias ativas com modelos flexíveis e híbridos 
traz contribuições importantes para o desenho de soluções atuais para os 
aprendizes de hoje (BACICH; MORAN, 2018, p. 4).
William Glasser, um psiquiatra norte-americano, criou uma pirâmide, conhecida como 
a Pirâmide de Glasser, que ilustra o que é mais e o que é menos eficiente no processo de 
aprendizagem. Nela, podemos ver por que o modelo tradicional não é tão eficaz, já que 
práticas como ler, escutar e ver ocupam o topo da pirâmide, sendo responsáveis pelas 
menores porcentagens no processo de aprendizagem.
Na base da pirâmide encontram-se práticas que se resumem em transmitir o conhecimento 
ao outro, discutir, exemplificar, o que nos leva a entender que quando ensinamos aprendemos 
muito mais. Além disso, atividades como escrita, interpretação, demonstração, debates e 
conversas ocupam lugares na pirâmide com alto percentual de eficiência no processo de 
aprendizagem. Fica claro, portanto, que o modelo tradicional, no qual, na maior parte do 
tempo, o professor apenas expõe conteúdos faz com que os alunos desenvolvam muito a 
prática de ler, ver e escutar, coisas que não são tão eficientes como aquelas que os colocam 
em um papel mais ativo.
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Fonte: https://crieatividade.org/piramide-aprendizagem
Como é possível perceber ao analisarmos a pirâmide, quanto mais ativo for o papel do 
aluno, mais ele aprenderá, o que o coloca no papel de protagonista de sua aprendizagem. 
Importante ressaltar que o método tradicional de ensino tem, sim, uma parte prática. 
Porém, essa prática geralmente é realizada após o ensino da teoria, por meio de atividades 
e exercícios de fixação. As metodologias ativas, como já dito anteriormente, invertem esse 
processo fazendo com que a aprendizagem seja mais eficiente.
10.1 Aprendizagem Personalizada
Sabemos que cada aluno “funciona” de um jeito. Cada aluno tem seu próprio ritmo. Uns são 
melhores em uma disciplina, outros, em outra. Uns se dão bem com as ciências humanas, 
outros, com as exatas. As pessoas são únicas e esse caráter individual influencia muito no 
aprender, pois cada um aprende melhor de um jeito.
Pensando nisso, muitas escolas hoje em dia contam com a aprendizagem personalizada, 
visando exatamente esse caráter único e individual de cada aluno. Um exemplo disso é o 
Projeto de Vida.
As instituições mais inovadoras desenham uma política clara de personalização 
da aprendizagem em torno do projeto de vida do aluno. A personalização 
encontra seu sentido mais profundo quando cada estudante se conhece melhor 
e amplia a percepção do seu potencial em todas as dimensões. O projeto de 
vida é um componente curricular transversal importante, que visa a promover a 
convergência, de um lado, entre os interesses e paixões de cada aluno e, de outro, 
entre seus talentos, história e contexto. Estimula-se a busca de trilhasde vida 
com significado útil pessoal e socialmente e, como consequência, pretende-se 
https://crieatividade.org/piramide-aprendizagem
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ampliar a motivação profunda para aprender e evoluir em todas as dimensões. 
São trilhas pessoais de vida porque elas se refazem, redefinem, modificam com 
o tempo. Não são roteiros fechados, mas abertos, adaptados às necessidades 
de cada um. São projetos porque estão em construção e têm dinâmicas que 
ajudam a rever o passado, a situar-se no presente e a projetar algumas dimensões 
do futuro. Os projetos de vida olham para o passado (história) de cada aluno, 
para o seu contexto atual e para as suas expectativas futuras. Isso pode ser 
trabalhado com a metodologia de design, focando a empatia, a criação de 
ambientes afetivos e de confiança, nos quais cada aluno pode expressar-se e 
contar seu percurso, suas dificuldades, seus medos, suas expectativas e ser 
orientado para encontrar uma vida com significado e desenhar seu projeto de 
futuro (BACICH; MORAN, 2018, p. 6).
Concluímos, portanto, que para ensinar na atualidade é necessário muito mais do que 
chegar em sala de aula e, com slides ou escrevendo na lousa, transmitir ao aluno um conteúdo, 
pedindo para que, em seguida, ele realize exercícios para colocar em prática o que “aprendeu”. 
Devemos, como professores, lançar mão de metodologias ativas e planejar nossas aulas de 
modo a tornar o aprender prazeroso, desafiador e interessante para nosso aluno.
Veremos, nas próximas aulas, algumas dessas metodologias para entender como elas 
funcionam, quais suas vantagens e para que possamos utilizá-las, visando, cada vez mais, 
a uma educação de qualidade, focada no aluno, e que seja capaz de fazê-lo querer aprender 
sempre mais.
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AULA 11
SALA DE AULA INVERTIDA 
(FLIPPED CLASSROOM)
Hoje, depois que os estudantes desenvolvem o domínio básico de leitura e 
escrita nos primeiros anos do ensino fundamental, podemos inverter o processo: 
as informações básicas sobre um tema ou problema podem ser pesquisadas 
pelo aluno para iniciar-se no assunto, partindo dos conhecimentos prévios e 
ampliando-os com referências dadas pelo professor (curadoria) e com as que 
o aluno descobre nas inúmeras oportunidades informativas de que dispõe. O 
aluno então pode compartilhar sua compreensão desse tema com os colegas e 
o professor, em níveis de interação e ampliação progressivos, com participações 
em dinâmicas grupais, projetos, discussões e sínteses, em momentos posteriores 
que podem ser híbridos, presenciais e on-line, combinados (BACICH; MORAN, 
2018, p. 12).
Vamos imaginar uma sala de aula tradicional. Você se lembra de como foram suas 
experiências no ensino fundamental e no ensino médio?
O modelo tradicional de ensino conta com um professor que é o centro da aula o tempo 
todo, com suas aulas expositivas, explanação de conteúdo, transferência de conceitos e 
conhecimentos para o aluno, que tem um papel passivo na aprendizagem.
As metodologias ativas, como vimos na aula anterior, visam a uma participação ativa do 
aluno, que deixa de assumir aquele papel passivo proposto pelo modelo tradicional.
Uma das Metodologias Ativas é a chamada Sala de Aula Invertida, no inglês, Flipped 
Classroom. Mas o que é uma Sala de Aula Invertida e como isso funciona?
 
Fonte: http://educadorespelomundo.com.br/o-que-e-sala-de-aula-invertida/
http://educadorespelomundo.com.br/o-que-e-sala-de-aula-invertida/
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Essa metodologia conta com três estágios:
• Pré-aula
• Aula
• Pós-aula
Na Sala de Aula Invertida o aluno deve estudar o tema previamente. O professor indicará 
materiais para que o aluno estude o tema da aula e venha para ela preparado para responder 
a um questionário. O aluno pode, também, pesquisar materiais sobre aquele assunto utilizando 
a tecnologia como sua aliada, já que hoje a internet é de fácil acesso para grande parte da 
população. Além disso, os alunos gostam de utilizar a internet, as diferentes tecnologias, o 
que pode fazer com que o aprendizado se torne mais prazeroso para ele.
Importante ressaltar que nesse método o professor não é mais o foco, o centro das 
atenções. O foco está no aluno, e o professor, durante a aula, terá o papel de tirar as dúvidas 
que surgirem, podendo também aprofundar o tema estudado.
Mas quais são as vantagens de utilizarmos a Sala de Aula Invertida no ensino?
O aluno, ao estudar o tema antes da aula, pode fazê-lo seguindo seu próprio ritmo. Sabemos 
que cada um aprende melhor de uma determinada maneira e que o ritmo de aprendizagem 
varia de um aluno para outro. Quando estuda o conteúdo sozinho em sua casa, antes da 
aula, ele o fará da maneira que for mais eficiente para ele, seguindo seus estudos em um 
ritmo no qual se sinta confortável.
O professor, por sua vez, não terá que fazer a exposição do conteúdo, o que resultará em 
um tempo maior para aprofundar o tema estudado e, também, para a realização de atividades 
práticas com os alunos em sala de aula. Além disso, devido ao fato de terem estudado o 
tema previamente, os alunos estarão preparados para debater e discutir o tema estudado.
Vejamos um exemplo de aula baseado na estratégia da Sala de Aula Invertida:
Imagine que você dará aos seus alunos uma aula sobre tipos e gêneros textuais. Você 
poderá indicar material para que seus alunos estudem esse tema antes da aula ou pedir para 
que eles pesquisem sobre esse assunto. No dia da aula, deve ser proposta uma discussão 
acerca dos tipos e gêneros textuais. 
• Quais são as tipologias textuais existentes? 
• Quais as principais características de cada uma das tipologias?
• Vocês seriam capazes de citar gêneros pertencentes a cada uma das tipologias?
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Após esse questionamento e uma discussão entre professor e alunos, seria possível 
apresentar textos de diferentes gêneros e pedir para que os alunos os identificassem e os 
encaixassem dentro da tipologia a que pertencem, realizando, desse modo, uma atividade 
prática relacionada ao tema da aula.
Feito isso, o professor poderia pedir ao aluno que escolhesse um gênero e, levando em 
conta as suas características, já estudadas previamente, produzisse um texto pertencente 
àquele gênero, o que talvez não fosse possível se o professor tivesse que explicar todo o 
conteúdo em sala de aula em vez de ter pedido para que os alunos o estudassem previamente.
Desse modo, o tempo de explicação sobre o que é gênero, o que é tipologia e, também, 
sobre as características de cada tipo de texto seria poupado e daria espaço para que os 
alunos praticassem a identificação dos gêneros, das tipologias e de suas características e, 
também, para que pudessem produzir um texto.
 
Fonte: http://site.guaranisport.com.br/como-funciona-a-sala-de-aula-invertida/
Como mostra a figura, no ensino tradicional o professor explica o conteúdo em sala, 
utilizando-se de uma aula teórica, e as atividades, muitas vezes, ficam como tarefa para 
casa. Na Sala de Aula Invertida, como o próprio nome sugere, a situação é exatamente o 
contrário. O aluno vem para a aula com o tema já estudado e o professor tem tempo para 
desenvolver atividades diversas em que o conteúdo estudado seja utilizado.
Trata-se de uma maneira de fazer com que o aluno desenvolva uma maior responsabilidade, 
pois terá que estudar o conteúdo para que consiga participar da aula, além das outras 
vantagens que já foram mencionadas anteriormente.
http://site.guaranisport.com.br/como-funciona-a-sala-de-aula-invertida/
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AULA 12
PEER INSTRUCTION
Nesta aula, falaremos sobre outra metodologia ativa: A Peer Instruction.
O nome em inglês, Peer Instruction significa,em português, Instrução por Pares. Vejamos, 
portanto, em que consiste essa metodologia, como ela funciona e quais são as suas vantagens.
Como o próprio nome sugere, não se trata de uma metodologia em que o aluno trabalha 
sozinho. Mas, embora seja denominada instrução por pares, os alunos não precisam 
necessariamente trabalhar em duplas. Trabalhar em grupos um pouco maiores pode ser 
ainda mais produtivo e interessante.
 Fonte: https://pontodidatica.com.br/peer-instruction-pi/
Criada por Eric Mazur, no final dos anos 90, a Peer Instruction é uma metodologia que 
substitui a aula expositiva. Diferentemente do modelo tradicional de ensino, em que o conteúdo 
é exposto pelo professor, essa metodologia de ensino, assim como a sala de aula invertida, 
tem como foco o aluno, que se torna o centro da aula e tem papel ativo em seu aprendizado.
A Peer Instruction funciona muito bem juntamente com a Sala de Aula Invertida. Essas 
duas metodologias podem ser fortes aliadas, pois o estudo prévio do assunto da aula é 
extremamente válido para o seu desenvolvimento.
A Peer Instruction funciona da seguinte maneira:
https://pontodidatica.com.br/peer-instruction-pi/
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• Os alunos estudam o tema previamente ou é feita uma apresentação oral por parte do 
professor. Como dito anteriormente, a Sala de Aula Invertida funciona muito bem juntamente 
com a Peer Instruction. Geralmente, em vez de fazer uma apresentação oral sobre o conteúdo, 
o professor pede para que o aluno estude esse conteúdo previamente em sua casa, utilizando 
materiais sugeridos por ele ou até mesmo pesquisando por conta própria. 
• Tendo o aluno estudado o conteúdo em casa, ou tendo sido feita a apresentação oral por 
parte do professor (menos comum), em sala de aula, o professor propõe um questionário a 
respeito do tema que foi estudado e os alunos respondem, individualmente, a esse questionário;
O questionário pode ser feito por meio do uso de tecnologias. Os alunos podem, por 
exemplo, responder às questões propostas utilizando seus telefones celulares, o que pode 
tornar a aula mais atraente para eles. Mas isso não é uma obrigatoriedade, pois o professor 
pode se utilizar de meios tradicionais para desenvolver o questionário a respeito do tema da 
aula. Podem ser utilizados cartões com cores distintas, plaquinhas, os alunos podem levantar 
as mãos para a alternativa que julgam correta. O importante é que cada aluno responda, 
individualmente, a cada uma das questões.
• Após responderem ao questionário, o professor deverá levar em conta a porcentagem de 
acertos da sala. Se a porcentagem for superior a 70%, o professor passará para o próximo 
tópico da aula. Se a porcentagem ficar entre 35 e 70%, o professor fará o que será descrito 
no próximo tópico.
• Caso o número de acertos tenha ficado entre 35 e 70%, que é o que se espera, o professor 
separará os alunos em pares ou grupos e eles deverão discutir o assunto e as questões 
propostas.
• Feito isso, os alunos responderão novamente às questões, após discutirem-nas com 
seus colegas.
• Finalmente, o professor explica a resposta das questões e pode iniciar um novo tópico 
ou propor novos questionamentos.
• Caso o número de acertos fique abaixo de 35%, é necessário que os alunos estudem 
mais sobre o tema ou que o professor faça uma exposição sobre o conteúdo.
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Fonte: https://www.wooclap.com/en/blog/brain-education/flip-your-classroom-in-4-steps-with-eric-mazur/
Essa metodologia desenvolve a autonomia dos alunos que, caso seja utilizada a metodologia 
da Sala de Aula Invertida estudarão o conteúdo sozinhos em casa e, além disso, a distribuição 
em pares para discussão do assunto coloca o professor como coadjuvante, fazendo com 
que os alunos assumam o papel principal em seu processo de aprendizagem.
A interação entre os alunos é outra coisa extremamente importante. Na Peer Instruction, 
eles estão juntos buscando um mesmo objetivo, e isso fortalece e incentiva o trabalho em 
equipe. Outra vantagem de utilizarmos essa metodologia é que a tecnologia pode ser inserida 
na aula, sendo uma grande aliada, tornando-a mais atrativa para os alunos.
O professor, por sua vez, ao receber os resultados dos testes realizados pelos alunos 
instantaneamente fica a par das dificuldades deles e pode trabalhar de maneira mais 
direcionada. Importante ressaltar que, nessa metodologia, o professor passa a ser um tutor, 
tendo o papel de direcionar o aprendizado.
Vejamos como poderíamos desenvolver uma aula com a Peer Instruction, utilizando o 
mesmo tema da aula anterior: Gêneros e Tipos Textuais.
O professor poderia disponibilizar ou indicar para os alunos materiais físicos ou virtuais 
para que eles estudassem o conteúdo da aula (Sala de Aula Invertida).
https://www.wooclap.com/en/blog/brain-education/flip-your-classroom-in-4-steps-with-eric-mazur/
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Em sala de aula, o professor faria uma breve discussão sobre o tema, em que os alunos 
poderiam falar sobre o que estudaram, o que aprenderam e o professor poderia tirar dúvidas 
ou se aprofundar um pouco no assunto.
Feito isso o professor disponibilizaria para os alunos uma questão, ou um questionário 
com mais de uma questão, sobre gêneros e tipos textuais.
Vejamos um exemplo de questão:
Qual dos gêneros a seguir não pertence à tipologia narrativa?
a) Crônica
b) Fábula
c) Conto
d) Artigo de Opinião
Os alunos então responderiam a essa questão que poderia ser feita por meio virtual 
ou utilizando, como dissemos anteriormente, cartões coloridos, plaquinhas e, até mesmo, 
levantando as mãos.
Feito isso, o professor veria qual foi o percentual de acertos. Se o percentual fosse entre 
35 e 70%, que é o esperado, ele então separaria a turma em pares ou grupos para que eles 
pudessem discutir as respostas. 
Logo em seguida, eles responderiam novamente à mesma questão e, sabendo do percentual 
de acertos dessa segunda resposta, o professor apresentaria a resposta correta e explicaria 
para os alunos por que as outras estavam incorretas.
Trata-se, portanto, de uma metodologia centrada no aluno colocando-o como foco da 
aula, durante a qual o professor será um facilitador, um mediador no processo de ensino-
aprendizagem.
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AULA 13
APRENDIZAGEM BASEADA EM 
PROBLEMAS E APRENDIZAGEM 
BASEADA E PROJETOS (PROBLEM 
BASED LEARNING E PROJECT 
BASED LEARNING)
A Aprendizagem Baseada em Problemas e a Aprendizagem Baseada em Projetos são duas 
metodologias ativas que têm caráter cooperativo e interativo, pois visam ao trabalho em grupo. 
Essa prática é de extrema importância, pois faz com que os alunos criem interdependência 
positiva, ou seja, dependam uns dos outros positivemente, já que o trabalho em equipe 
é necessário para que a tarefa seja realizada. Essas metodologias apresentam desafios 
que levam os alunos a buscarem soluções, desenvolvendo as competências e habilides 
necessárias.
Isso envolve pesquisar, avaliar situações e pontos de vista diferentes, fazer 
escolhas, assumir riscos, aprender pela descoberta e caminhar do simples para o 
complexo. Os desafios bem planejados contribuem para mobilizar as competências 
desejadas, sejam intelectuais, emocionais, pessoais ou comunicacionais. Nas 
etapas de formação, os alunos precisam do acompanhamento de profissionais 
experientes para ajudá-los a tornar conscientes alguns processos, a estabelecer 
conexões não percebidas, a superar etapas mais rapidamente, a confrontar 
novas possibilidades (BACICH; MORAN, 2018, p. 15).
Veremos, a seguir, essas duas metodologias, suas características e as vantagens de 
utilizá-las com nossos alunos.
13.1 Aprendizagem Baseada em Problemas
A aprendizagem baseada em problemas (PBL, do inglês problem-based learning,ou ABProb, como é conhecida atualmente no Brasil) surgiu na década de 1960 
na McMaster University, no Canadá, e na Maastricht University, na Holanda, 
inicialmente aplicada em escolas de medicina. A ABProb/PBL tem sido utilizada 
em várias outras áreas do conhecimento, como administração, arquitetura, 
engenharias e computação, também com um foco mais específico que é a 
aprendizagem baseada em projetos (ABP ou PBL). O foco na aprendizagem 
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baseada em problemas é a pesquisa de diversas causas possíveis para um 
problema (p. ex., a inflamação de um joelho), enquanto na aprendizagem baseada 
em projetos procura-se uma solução específica (construir uma ponte). Na prática, 
há grande inter-relação e, por isso, é frequente o usodas siglas como sinônimos 
(BACICH; MORAN, 2018, p. 5).
Quando estamos diante de um problema, nós, seres humanos, tendemos a querer resolvê-lo.
Na metodologia denominada Problem Based Learning, em português, Aprendizagem Baseada 
em Problemas, como o próprio nome sugere, a aprendizagem se dá por meio da resolução 
de um problema proposto aos alunos. Mas como isso funciona?
Essa metodologia alia a teoria e a prática e promove um maior engajamento dos alunos, pois 
eles precisam adquirir determinados conhecimentos de modo que sejam capazes de resolver 
o problema que lhes foi proposto. Dessa maneira, o aluno tem autonomia e é protagonista 
no processo de aprendizagem.
A Apendizagem Baseada em Probelmas não consiste no ensino de uma matéria apenas, 
mas na integração de várias disciplinas. Como vantagens podemos citar o fato de que ela 
estimula o trabalho em equipe, já que os alunos trabalham em grupos e incentiva a pesquisa, 
pois os alunos terão que buscar o conteúdo necessário para a resolução do problema.
Nessa metodologia, busca-se, portanto, a solução para um problema, a resposta para 
uma pergunta proposta pelo professor.
A sala deve ser dividida em grupos de 8 a 10 alunos e o grupo terá um tutor (o professor). 
Um dos alunos deverá ser o coordenador do grupo e outro, o secretário. O aluno coordenador 
fica responsável pelo grupo e deve assegurar que todas as tarefas sejam realizadas dentro 
do tempo além de, em seu papel de líder do grupo, estimular as discussões acerca do 
assunto estudado.
Fonte: https://pontodidatica.com.br/aprendizagem-baseada-em-problemas/
https://pontodidatica.com.br/aprendizagem-baseada-em-problemas/
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Existem, nessa metodologia, três etapas:
• Diagnóstico do problema.
• Resolução do problema.
• Apresentação da solução.
O professor apresenta aos alunos um problema que terá que ser solucionado por eles e, 
após encontrarem uma solução, ela deve ser apresentada para a sala.
O desenvolvimento dessa metodologia se dá em sete passos:
• Primeiramente, ao receberem o problema, que deve ser escrito pelo professor, buscando 
contar uma história para apresentá-lo, os alunos devem ler o problema e identificar as palavras 
que não conhecem para que seja possível uma boa interpretação.
• Feito isso, os alunos devem identificar o problema, ou os problemas que precisarão 
resolver.
• Em seguida, eles devem tentar explicar esses problemas, por que eles existem, a partir 
do levantamento de hipóteses.
• Logo após levantarem as hipóteses, elas devem ser resumidas.
• O próximo passo é formular os objetivos, decidir o que querem fazer, o que precisa ser 
feito.
• Após essa etapa, os alunos devem estudar temas relacionados a esses objetivos e é 
aí que entra a importância da pesquisa. Os alunos irão pesquisar o material que julgarem 
necessário para que possam alcançar os objetivos propostos por eles mesmos.
• Finalmente deve ser feita a discussão do problema e a a resolução do caso.
13.2 Aprendizagem Baseada em Projetos
É uma metodologia de aprendizagem em que os alunos se envolvem com tarefas 
e desafios para resolver um problema ou desenvolver um projeto que tenha 
ligação com a sua vida fora da sala de aula. No processo, eles lidam com 
questões interdisciplinares, tomam decisões e agem sozinhos e em equipe. Por 
meio dos projetos, são trabalhadas também suas habilidades de pensamento 
crítico e criativo e a percepção de que existem várias maneiras de se realizar 
uma tarefa, competências tidas como necessárias para o século XXI. Os alunos 
são avaliados de acordo com o desempenho durante as atividades e na entrega 
dos projetos (BACICH; MORAN, 2018, p. 16).
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A aprendizagem Baseada em Projetos tem como objetivo uma vivência prática dos 
conteúdos, o que faz com que as aulas se tornem mais atrativas, capazes de envolver os 
alunos. Assim como a Aprendizagem Baseada em Problemas, essa metodologia une teoria 
e prática.
A partir de um problema ou desafio, os alunos, divididos em grupos, buscarão soluções para 
a resolução de uma questão e haverá uma projeção, um processo pelo qual eles passarão e 
que resultará na criação de um produto. Enquanto na Aprendizagem Baseada em Problemas, 
os alunos não criam um produto e a situação criada não precisa ser necessariamente do 
mundo real, a Aprendizagem Baseada em Projetos é baseada no dia a dia, o que leva os 
alunos a trabalharem em situações da vida real e, ao final do processo, um produto criado 
por eles deve ser apresentado.
Importante ressaltar que, para o professor, o importante é o processo durante o qual o 
projeto será realizado e o produto será criado. O produto final, em si, não tem tanta importância 
para a avaliação por parte do professor. No entanto, o que muitas vezes motiva os alunos 
é a criação desse produto. O professor pode e deve, portanto, valorizá-lo, mas não basear 
sua avaliação nesse resultado final.
Fonte: https://blog.jovensgenios.com/aprendizado-baseado-em-projetos/
Os alunos recebem, portanto, um problema, tentam encontrar sua causa, elaborando as 
hipóteses, buscam a resolução para esse problema e executam um plano que terá como 
resultado um produto.
https://blog.jovensgenios.com/aprendizado-baseado-em-projetos/
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Como podemos perceber, essas duas metodologias são desafiadoras, pois colocam os 
alunos diante de problemas que devem ser solucionados. Além disso, são cooperativas e 
interativas, pois o trabalho deve ser realizado em grupo e é necessário que haja uma boa 
interação entre seus membros para que haja sucesso. São metodologias que podem tornar 
o processo de ensino-aprendizagem mais prazeroso e atrativo para nossos alunos.
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AULA 14
GAMIFICAÇÃO E STORYTELLING
Desde sempre, uma das formas mais eficientes de aprendizagem é a que acontece 
por meio de histórias contadas (narrativas) e histórias em ação (histórias vividas 
e compartilhadas).
Contar, criar e compartilhar histórias é hoje muito fácil. Podemos fazer isso a 
partir de livros, da internet, de qualquer dispositivo móvel. Crianças e jovens 
conseguem e gostam de produzir vídeos e animações e postá-los imediatamente 
na rede. Existem aplicativos fáceis de edição nos smartphones. As narrativas são 
elementos poderosos de motivação e produção de conhecimento. É importante 
utilizar narrativas, histórias, simulações, imersões e contos de fantasia sempre 
que possível, com ou sem recursos tecnológicos (p. ex., tribunal de júri) (BACICH; 
MORAN, 2018, p. 15).
Nesta aula, continuaremos a falar sobre metodologias ativas e sua importância para o 
ensino no cenário atual.
Sabemos que o perfil de alunos mudou muito. Antigamente, não tínhamos acesso a tanta 
tecnologia. Hoje em dia, a maioria de nossos alunos possui celular, tablet, computador, entre 
outros dispositivos eletrônicos. Isso tem feito com que eles não se interessem mais por um 
modelo tradicional de ensino. Ouviro professor falar ou mexer apenas com livros não é mais 
algo atrativo para eles. Tem se tornado cada vez mais difícil manter a atenção dos alunos e 
despertar neles o interesse pela aula nos utilizando apenas de metodologias tradicionais de 
ensino. Daí a importância, como já temos falado nas últimas aulas, de utilizarmos metodologias 
ativas de aprendizagem.
Todos nós gostamos de jogos, sejam eles digitais ou analógicos. Quem nunca gostou de 
um bom jogo de tabuleiro ou então de um jogo de videogame?
Devido ao interesse que nós seres humanos temos por jogos, uma maneira de tornarmos 
nossa aula interessante e atrativa para os alunos é a gamificação, metodologia sobre a qual 
falaremos a seguir.
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Fonte: https://www.inglesnuecru.com/duolingo-vale-a-pena/
Você provavelmente já utilizou ou pelo menos ouviu falar desse aplicativo que tem sido 
muito utilizado por quem quer aprender uma língua estrangeira. O Duolingo é um aplicativo 
extremamente utilizado e que atrai o gosto e a atenção de muita gente por aí. Mas por quê? 
Qual o segredo do sucesso do Duolingo?
Diferentemente de outros aplicativos e dos livros, o Duolingo é um jogo com fases para 
passar, vidas que você perde ou ganha, conforme seus acertos e, erros e cheio de desafios. 
Isso faz com que o processo de aprendizagem se torne mais divertido, atrai a atenção, faz 
com que a gente queira vencer os desafios e estimula nosso lado competitivo.
Todos nós, seres humanos, somos competitivos, uns mais e outros menos. Mas quando 
entramos em uma competição, com certeza queremos ganhar. O uso de jogos para o ensino 
faz com que os alunos fiquem mais engajados, estimula a competição, a socialização, torna 
o aluno protagonista da aula, tirando o foco do professor, torna os conteúdos mais acessíveis 
e desenvolve competências socioemocionais.
Minha experiência em sala de aula tem me mostrado, cada vez mais, que os games 
funcionam muito bem, sejam eles digitais ou não.
Uma ferramenta que gosto muito de utilizar é o Kahoot, pois por meio dele posso elaborar 
quizzes que atraem a atenção dos alunos e faz com que eles queiram participar da aula, 
devido ao desejo de estar no pódio ao final do game. Isso gera uma competição saudável 
entre os alunos. É importante trabalhar com o esquema de recompensa. O aluno se sente 
ainda mais motivado ao saber que, caso vença, ou esteja no pódio entre os três primeiros 
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colocados, ganhará algum prêmio. Por vezes os recompenso com balas, chocolates, etc. 
Mas o que eles realmente gostam é quando a recompensa são alguns décimos na prova 
ou na média final
O Kahoot é gratuito. Existem versões pagas com mais recursos, mas a versão não paga 
já oferece boas opções para a criação de jogos. Após criarmos os quizzes, os alunos se 
conectam por meio de um pin e cada um joga com seu celular.
As perguntas aparecem na tela do professor da seguinte maneira:
 
Essa tela deve ser projetada com o uso de um data show para que todos os alunos 
possam ver a pergunta e as respostas, pois na tela do celular dos participantes aparecem 
apenas as cores:
 
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O pódio:
 
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Quando fazemos atividade em forma de game, a participação dos alunos é muito mais 
efetiva. É uma forma de tornar a aula divertida, interessante e produtiva.
Uma coisa muito importante com relação aos jogos é oferecer feedback instantâneo 
aos alunos, dizendo a eles onde e por que erraram. Com o Kahoot, a cada pergunta eu faço 
comentários. O aplicativo disponibiliza a resposta correta ao fim de cada rodada e mostra 
os primeiros classificados e sua pontuação. Nesse momento, eu explico a questão e digo 
por que aquela resposta é a correta e não as outras.
 
A gamificação é, portanto, uma metodologia que funciona muito bem e que pode ser uma 
importante aliada na hora de planejarmos nossas aulas, tornando-as muito mais interessantes 
e desafiadoras para nossos alunos, conseguindo fazer com que eles participem e deixando 
o conteúdo mais leve e mais acessível para eles.
14.1 Storytelling (Contação de Histórias)
Storytelling (Story = história / Tell = Contar) é a contação de histórias, uma metodologia 
que pode ser muito atraente para nossos alunos.
Todos nós gostamos de ouvir boas histórias. Crescemos ouvindo nossos pais, tios, avós 
contarem histórias para nós. Quando estamos lendo um bom livro, ele nos prende a atenção 
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e, muitas vezes, não conseguimos parar de ler, por se tratar de uma história envolvente que 
nos faz querer saber o seu desfecho.
O mesmo acontece com filmes. Alguns deles fazem com que não consigamos desgrudar 
os olhos da tela para que não percamos nenhum detalhe e possamos chegar ao fim da 
história, aproveitando cada minuto de seu desenrolar.
É fato, portanto, que as boas histórias são capazes de nos envolver, de prender nossa 
atenção, de fazer com que queiramos ouvi-la até o final.
E por que não utilizar isso em sala de aula?
É aí que entra a Contação de Histórias, uma metodologia que nos permite ensinar conteúdos 
por meio de uma narrativa.
Mas, antes de qualquer outra coisa, o que uma narrativa deve ter?
Uma narrativa deve ter personagens, deve ter uma história, um clímax, que é o ponto 
máximo da história, deve se passar em um determinado local (ou mais de um) e em um 
determinado tempo.
Podemos transformar conteúdos de aula em histórias e, por meio delas, ensiná-los aos 
nossos alunos. Mas quais as vantagens de ensinar utilizando a Contação de Histórias?
Além de tornar os conteúdos mais atraentes podemos também torná-los mais leves e mais 
acessíveis. A contação de histórias também permite que o aluno interaja com o professor.
É necessário, no entanto, que se tenham alguns cuidados ao utilizar essa metodologia:
• É necessário que a história seja boa, que seja envolvente, capaz de prender a atenção 
dos alunos do início ao fim.
• É preciso conhecer seu público e adequar sua história a ele. Não podemos contar uma 
história muito infantil se estivermos ensinando adultos e vice-versa.
• É muito importante saber contar a história com o ritmo certo, a entonação certa, fazendo 
pausas quando necessário etc.
A contação de história pode e deve ser aliada a recursos audiovisuais, o que pode tornar 
a aula ainda muito mais interessante. 
Vimos, portanto, nesta aula, que essas duas metodologias (a Gamificação e a Storytelling) 
são baseadas em coisas de que nós seres humanos gostamos, coisas que nos atraem, que 
nos interessam e, no caso dos jogos, nos desafiam. É por isso que o ensino feito com base 
nessas metodologias tende a funcionar muito bem, já que desperta nos alunos o interesse 
não apenas pelo conteúdo, mas pela forma como ele é ensinado.
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AULA 15
ESTUDO DE CASO E ENSINO 
HÍBRIDO
Nesta aula, falaremos sobre o Estudo de Caso e veremos como e por que o Ensino Híbrido 
pode ser um excelente aliado no ensino.
15.1 Estudo de Caso
O Estudo de Caso se baseia em situações da vida real e tem como objetivo a resolução 
de um problema, assim como a Aprendizagem Baseada em Problemas.
Essa metodologia se assemelha à Aprendizagem Baseada em Problemas e à Aprendizagem 
Baseada em Projetos pelo fato de fortalecer e incentivar o trabalho em equipe. Trata-se 
de uma abordagem ativa e colaborativa, pois o aluno assume o papel de protagonista no 
processo de aprendizagem e o trabalho é realizado em grupos.
E como essa metodologia funciona?
Por meio de um caso que deve ser estudado e resolvido pelos alunos são desenvolvidas 
as competências e habilidadesque se esperam. O caso deve vir acompanhado de perguntas 
que os alunos tentarão responder. Trata-se, portanto, de um estudo guiado.
Fonte: https://www.idealmarketing.com.br/blog/estudo-de-caso/
https://www.idealmarketing.com.br/blog/estudo-de-caso/
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A partir do caso e das questões propostas, os alunos devem decidir o que é necessário 
aprender para resolvê-lo e, assim, partirem em busca de materiais nos quais possam se 
apoiar para adquirir os saberes necessários para a resolução daquele caso.
Os resultados devem ser discutidos com a sala e com o professor.
O caso deve conter uma história, ser baseado em contextos da vida real e deve levar em 
conta quais as competências e habilidades que devem ser desenvolvidas pelos alunos. Não 
deve apresentar uma solução óbvia e pode, muitas vezes, ter mais de uma solução.
O material de apoio é sugerido pelo professor e os alunos devem buscar as respostas para 
as questões que lhes foram propostas. O professor guia o estudo, direcionando os alunos e 
até mesmo preparando novas questões, caso julgue necessário. É importante ressaltar que 
o professor pode guiar as discussões, mas como um coadjuvante, pois os alunos devem 
estar no “controle”. As opiniões e argumentações dos alunos devem ser levadas em conta. 
O papel do professor é atuar como um mediador e não como protagonista.
Por possuírem características muito parecidas, muitas vezes as pessoas têm dificuldade 
em diferenciar o Estudo de Caso da Aprendizagem Baseada em Problemas. Vejamos, portanto, 
algumas diferenças entre essas duas metodologias.
Enquanto o Estudo de Caso aborda apenas um conteúdo de uma disciplina, a Aprendizagem 
Baseada em Problema promove a integração de várias disciplinas. No Estudo de Caso, os 
alunos devem ter um preparo prévio, o que não é necessário na Aprendizagem Baseada em 
Problemas, além disso, as discussões no Estudo de Caso são guiadas pelo professor, o que 
não acontece na Aprendizagem Baseada em Problemas.
15.2 Ensino Híbrido
O Ensino Híbrido é a junção do ensino presencial e de práticas on-line que podem ser 
desenvolvidas em sala de aula ou em casa. Essa proposta de ensino se torna interessante 
pelo fato de trazer a tecnologia para o aprendizado dos alunos, tornando esse processo 
mais prazeroso e atraente.
Essa prática acontece em metodologias que abordamos até aqui. A Sala de Aula Invertida 
e a Peer Instruction, por exemplo, podem contar com o Ensino Híbrido, pois no momento do 
estudo autônomo, que deve ser feito pelos alunos em casa, antes da aula, eles podem fazer 
uso da tecnologia para realizarem pesquisas e estudarem o assunto proposto.
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Fonte: https://minhabiblioteca.com.br/tendencia-na-educacao-como-aplicar-o-ensino-hibrido/
Ambientes Virtuais de Aprendizagem (os AVAs) são de grande ajuda e podem proporcionar 
boas experiências para os alunos. Nesses ambientes, o professor pode disponibilizar 
conteúdos, criar questionários, disponibilizar links, tudo para que o aluno tenha autonomia 
e possa estudar além da sala de aula. Esses ambientes também possibilitam que os alunos 
postem suas atividades e que sejam realizados fóruns de discussões. Todos esses recursos 
se tornam um algo a mais no processo de ensino-aprendizagem e trazem para a realidade 
do aluno a tecnologia, da qual os alunos são cada vez mais adeptos.
Importante ressaltar que, para a utilização do Ensino Híbrido, o professor deve planejar suas 
aulas. Não basta que a escola ofereça computadores aos alunos ou que o professor peça 
para o aluno fazer pesquisas na internet. Tudo deve ser muito bem pensado, as atividades 
precisam estar conectadas entre si para que os alunos percebam que são significativas e 
que se sintam motivados e desafiados para a sua realização.
O avanço da tecnologia não nos permite mais utilizar apenas o modelo tradicional de 
ensino. Se o fizermos, a chance de não termos a adesão, atenção e comprometimento dos 
alunos em nossas aulas é muito grande.
Nossas aulas têm que ser planejadas visando ao nosso público que, hoje, são crianças e 
adolescentes conectados, que entendem muito de tecnologia, gostam muito de utilizá-la e nós, 
como professores, precisamos usar isso a nosso favor. É claro que existem coisas que são 
insubstituíveis. Usar a tecnologia em sala de aula ou fora dela não significa ensinar apenas 
utilizando-a. É preciso saber mesclar, balancear. Cabe ao professor sentir as necessidades e 
preferências de seus alunos e tentar tornar suas aulas cada vez mais interessantes para eles.
https://minhabiblioteca.com.br/tendencia-na-educacao-como-aplicar-o-ensino-hibrido/
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AULA 16
PLANOS DE AULA
Nesta aula, apresentarei a vocês duas propostas de planos de aula, utilizando as metodologias 
ativas. Essas aulas visam a uma participação efetiva e ativa dos alunos, colocando-os no 
centro do processo de aprendizagem.
Tema PRESENT CONTINUOUS
Objetivo Geral Apresentar aos alunos o PRESENT CONTINUOUS, de modo que eles 
conheçam a estrutura desse tempo verbal e que saibam quando e 
como utilizá-lo corretamente.
Objetivos Específicos Fazer com que os alunos conheçam e sejam capazes e usar o 
tempo verbal PRESENT CONTINUOUS.
Fazer com que eles entendam a função desse tempo verbal: quando 
devem usá-lo e para quê?
Fazer com que os alunos sejam capazes de utilizar esse tempo 
verbal para descrever diversas situações.
Metodologia Sala de Aula Invertida.
Peer Instruction.
Gamificação.
Recursos Didáticos Lousa.
Plaquinhas para que os alunos respondam a um questionário.
Data show.
Kahoot.
Avaliação Os alunos serão avaliados durante todo o processo, desde sua 
dedicação na pesquisa sobre o tema, a discussão em sala de aula, 
as discussões em pares ou grupos, a participação e os acertos e 
erros durante os games.
Essa aula se dará da seguinte maneira:
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• Primeiramente, pedirei aos alunos para que pesquisem em casa, em livros ou na internet, 
o PRESENT CONTINUOUS: como ele é formado e em que situações ele é utilizado.
• Na aula seguinte, farei perguntas aos alunos, relacionadas ao present continuous, da 
seguinte maneira: apresentarei imagens e perguntarei o que está acontecendo. Oferecerei 
a eles algumas opções de respostas (a, b e c) e, utilizando plaquinhas, eles responderão.
• Respondidas as questões, eu verei qual foi o percentual de acertos da sala e o esperado 
é que fique entre 35 e 70%
• Feito isso, colocarei os alunos para trabalhar em pares ou grupos, para discutirem qual 
seria a resposta correta, tentando convencer uns aos outros sobre qual seria a alternativa 
correta.
• Após essa etapa farei as perguntas novamente e eles as responderão.
• Depois disso, discutiremos juntos as características desse tempo verbal e eu aprofundarei 
o assunto e tirarei as dúvidas que os alunos tiverem, caso haja alguma.
• Partirei então para a prática com jogos. O primeiro jogo proposto será Imagem e Ação, 
ou seja, um jogo de mímica. Os alunos serão divididos em grupos e cada grupo escolhe 
um participante para fazer a mímica, sendo que os outros precisam acertar o que ele está 
fazendo e dizer corretamente a frase em inglês para que marquem ponto.
• O segundo jogo será feito com o Kahoot. Por meio do uso dessa ferramenta, elaborarei 
um quiz, em que oferecerei imagens para que os alunos escolham a resposta que mostra 
corretamente o que está acontecendo. Além disso, farei questões em que apenas uma frase 
está estruturalmente correta, para que eles pratiquem a estrutura do tempo verbal estudado.
Tema Gênero Textual: Anúncio Publicitário
Objetivo Geral Fazer com que os alunos conheçam o gênero anúncio publicitário, 
suas características e especificidades.
Objetivos Específicos Apresentar aos alunos o gênero textualAnúncio Publicitário;
Fazer com que os alunos conheçam suas principais características;
Fazer com que os alunos conheçam quais podem ser as intenções 
de um texto do gênero Anúncio Publicitário;
Fazer com que os alunos sejam capazes de produzir um Anúncio 
Publicitário.
Metodologia Aprendizagem Baseada em Projetos (adaptada);
Sala de aula invertida.
Recursos Didáticos Data Show;
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Avaliação Os alunos serão avaliados durante todo o processo, desde a pesquisa 
sobre o gênero textual Anúncio Publicitário até o resultado que 
apresentarão, que será um anúncio. Eles serão avaliados em seu 
trabalho em equipe, na proatividade, enfim, em todos os aspectos 
que devem ser levados em conta para sua avaliação, sendo que ela 
não se dará apenas com base no resultado apresentado por eles.
Primeiramente, quero deixar claro por que coloquei como metodologia a aprendizagem 
baseada em projetos adaptada. Como já vimos em uma de nossas aulas, a aprendizagem 
baseada em projetos consiste em apresentar aos alunos um problema que deverá ser resolvido 
por eles e, ao final, eles deverão apresentar um produto.
O que farei nessa aula é basicamente isso. No entanto, a aula vai se diferenciar um pouco 
pelo fato de que não se tratará de algo extenso, não haverá perguntas para direcionar o 
estudo. No entanto, os alunos terão que, com base em um problema, apresentar um produto, 
que é o anúncio publicitário. Peguei, portanto, a essência dessa metodologia, mas ela será 
utilizada por mim de maneira mais simples e mais rápida.
A proposta para essa aula é, pois, a seguinte:
• Apresentar os alunos o seguinte problema: há, na cidade, uma nova lanchonete, que teve 
sua inauguração há algumas semanas, mas está com uma clientela muito baixa. Fazendo 
uma pesquisa, os donos descobriram que muitas pessoas ainda nem sabem da existência da 
lanchonete e, por isso, decidiram investir em propaganda. Devido a isso, eles estão aceitando 
propostas de anúncios publicitários. Eles avaliarão todas as propostas e escolherão aquela 
que for mais atrativa para o público.
• Dado esse problema, os alunos terão que ler e aprender sobre as características de um 
anúncio publicitário. É aí que entra a metodologia da sala de aula invertida, pois eles terão 
que ler e pesquisar sobre isso em casa.
• Feita a pesquisa e a leitura teremos um momento em sala de aula para discutir as 
características do gênero anúncio publicitário e eu apresentarei, então, aos alunos alguns 
anúncios famosos e, juntos, identificaremos as características do gênero nesses textos.
• Após esses passos, os alunos, em grupos, criarão para a lanchonete um anúncio 
publicitário.
O objetivo desta aula foi mostrar a vocês como podemos planejar uma aula, utilizando as 
metodologias ativas. Espero que as duas propostas apresentadas os ajudem a vislumbrar 
possibilidades de trabalhar o conteúdo com seus alunos.
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CONCLUSÃO
Ao longo desta disciplina pudemos ver que o papel do professor em sala de aula vai além 
do ensino de conteúdo. É necessário que ele seja um bom gestor, atuando em sala de aula 
de modo a manter um ambiente em que haja organização, respeito e harmonia e para que 
o processo de ensino-aprendizagem possa ocorrer da melhor maneira possível. 
Como vimos no decorrer das aulas, saber lidar com a diversidade, atuar de maneira ética, 
saber avaliar, ter uma boa relação com os alunos, saber planejar bem uma aula e utilizar 
metodologias que tornem o ensino mais atrativo e prazeroso são atribuições do professor 
como gestor de sua sala de aula.
Espero que com as aulas e os exemplos oferecidos, tenha sido possível aprender um 
pouco sobre a gestão e que isso os ajude em sua vida profissional.
Sucesso a vocês!!!
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ELEMENTOS COMPLEMENTARES
LIVRO
 
Título: Gestão de relacionamento e comportamento 
em sala de aula
Autor: Bill Rogers
Sinopse: Bill Rogers oferece aos professores um amplo 
repertório de habilidades em gestão de relacionamento. 
Fornece uma orientação clara para colocar a integridade 
profissional e o conhecimento emocional em prática. 
Ele não esconde as realidades que ocorrem dentro das 
escolas e das salas de aula e consegue encontrar um 
equilíbrio entre reconhecer as dificuldades e demandas 
sobre os professores, enquanto apoia os alunos a 
responder às suas necessidades, competências e ao seu direito de ter interações respeitosas. 
Ele faz isso com clareza, vitalidade e humor.
Disponível em: https://www.americanas.com.br/produto/6845261#info-section
https://www.americanas.com.br/produto/6845261#info-section
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FILME
Título: ELEFANTE
Sinopse: Um dia aparentemente comum na vida de 
um grupo de adolescentes, todos estudantes de uma 
escola secundária de Portland, no estado de Oregon, 
interior dos Estados Unidos. Enquanto a maior parte 
está engajada em atividades cotidianas, dois alunos 
esperam, em casa, a chegada de uma metralhadora 
semi-automática, com altíssima precisão e poder de 
fogo. Munidos de um arsenal de outras armas que 
vinham colecionando, os dois partem para a escola, 
onde serão protagonistas de uma grande tragédia.
Disponível em: https://www.adorocinema.com/filmes/
filme-52588/
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FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 69
GESTÃO DE SALA DE AULA
PROF. JOAGDA REZENDE ABIB
REFERÊNCIAS
BACICH, L.; MORAN, J. (org) Metodologias ativas para uma educação inovadora: 
uma abordagem teórico-prática. Porto Alegre: Penso, 2018.
BRASIL. Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educação Básica. Ministério 
da Educação. Secretaria de Educação Básica. Diretoria de Currículos e Educação 
Integral. Brasília: MEC, SEB, DICEI, 2013. 
FREITAS, D. F.; SILVA, F. D. E. A relação professor-aluno e a questão da ética. In: Revista 
de Pesquisa Interdisciplinar. v.1. Ed Especial. Set/Dez 2016.
MOREIRA, M. A. O que é afinal aprendizagem significativa? Revista cultural La Laguna 
Espanha, 2012. Disponível em: http://moreira.if.ufrgs.br/oqueeafinal.pdf. Acesso em: 
01 de abr. de 2021.
ROGGERS, B. Gestão de relacionamento e comportamento em sala de aula. 2 ed. 
Porto Alegre: Artmed, 2009.
LOPES, R.C. S. A relação professor aluno e o processo ensino aprendizagem 
Disponível em: http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/1534-8.
pdf Acesso em: 28 de mar. de 2021.

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