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A IMPORTÂNCIA DA PRESERVAÇÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS Alciele Pereira Alves Girlene Lopes Galvão Pereira Maria Andreia Alves Feitoza Maria das Graças Beserra da Silva RESUMO: A crescente demanda atual por água tem gerado um grande debate sobre o uso indevido da água. O aumento desordenado tanto nas áreas urbanas quanto nas rurais agrava o uso indevido desse bem precioso. Com esse aumento desenfreado causando a degradação, poluição ou até mesmo o desaparecimento de muitas nascentes, iniciou-se uma revolução na proteção e preservação desse recurso vital para a sobrevivência biológica. O principal objetivo deste trabalho é uma revisão bibliográfica para conscientizar sobre a importância da preservação dos recursos hídricos e demonstrar a relevância da água em nossas vidas, discutir, danos causados aos recursos hídricos, formas de poluição e uso desenfreado dos recursos hídricos. A metodologia usada para fundamentar esse estudo começou com um levantamento bibliográfico de material disponibilizado no AVA (Ambiente Virtual de Aprendizagem) da NEAD ( Nucleo de Educação a Distância), da UPE ( Universidade de Pernambuco), fazendo uso de autores como Tundisi (2003), Zampieron e Vieira (2007), Ribeiro (2018), Silva (2003). Desse modo, o estudo trás reflexões sobre os recursos hidricos no planeta. PALAVRAS-CHAVE: Recursos hídricos. Desenfreado. Degradação. 2 1 INTRODUÇÃO A água é um recurso natural essencial à sobrevivência da vida. A água é o elemento de ligação de todos os subsistemas ambientais. Qualquer degradação no ambiente causará desequilíbrios nos cursos d’água, trazendo consequências na disponibilidade e demanda, no equilíbrio dos ecossistemas, na manutenção da produção e na saúde da população. Os recursos hídricos são um recurso natural considerado uma fonte de valor econômico e necessário para a sobrevivência e desenvolvimento das criaturas existentes, Devido à abundância da natureza, a escassez de água potável era considerada impossível no mundo. A água tem sido alvo de grandes discussões em todo o mundo. A demanda por esse recurso natural tem aumentado gradativamente, enquanto a sua disponibilidade diminui, em razão da significativa ação humana responsável pelo acelerado processo de deterioração de suas características químicas, físicas e biológicas que resultou na atual crise mundial, em que parte da água doce do planeta apresenta algum tipo de contaminação, o que a torna imprópria ao consumo humano e até mesmo, doenças características pelo mau uso dessa. O fato da água ser um recuso natural renovável, nos últimos anos este recurso vem sendo considerado limitado, chamando atenção dos ordenamentos jurídicos para adequar e harmonizar nações econômicas e preservacionistas Esperamos que a nossa pesquisa possa contribuir com tal fator preocupante que é os recursos hidricos. Visto que problemas como a escassez e o uso indiscriminado da água estão sendo considerados como as questões mais graves do século XXI. É preciso que tomemos partido nesta luta contra os impactos ambientais, e para isso é importante sabermos alguns conceitos relacionados ao assunto. O uso da água reforça o quão essencial é o seu uso à vida, constituindo-se elemento necessário para quase todas as atividades humanas, além do que é um componente da paisagem e do meio ambiente. Trata-se, portanto, de um bem precioso, de valor inestimável, que deve ser conservado e protegido. 3 2 A ÁGUA NO PLANETA Nosso planeta tem 70% de sua superfície e se distribui pelas calotas polares, rios, mares, lagos, aquíferos e atmosfera. No entanto, 97,5% deste volume é formado de água salgada sendo imprópria para ser consumida a menos que passe por um processo de dessalinização, tratamento considerado de alto custo. Nas regiões polares ou subterrâneas (aquíferos) é encontrada 2,493%, sendo pouco viável o aproveitamento. Em rios, lagos e pântanos (água doce) estão disponíveis 0,007% sendo considerada para o consumo humano (FERREIRA, SILVA e PINHEIRO, 2008, p. 30-31). Nosso planeta não teria se transformado em ambiente apropriado para a vida sem a água. Desde a sua origem, os elementos hidrogênio e oxigênio se combinaram para dar origem ao elemento-chave da existência da vida. O Brasil é um país privilegiado no que diz respeito à quantidade de água. As três bacias hidrográficas com maior volume de água doce do mundo pertencem ao Brasil. São elas: Amazonas, São Francisco e Paraná. Aproximadamente 60% da Bacia Amazônica é de domínio brasileiro e nela escoam um quinto do volume de água doce do planeta. De acordo com Tundisi (2003), o planeta Terra é o único planeta do sistema solar que apresenta água nos três estados fundamentais (sólido, líquido e gasoso), destacando que as mudanças entre os mesmos são de fundamental importância para o ciclo hidrológico, além de influir sobre os processos biogeoquímicos nos ecossistemas terrestres e aquáticos. Tundisi também expana que (2003), a sociedade sempre dependeu dos recursos hídricos para o desenvolvimento econômico. Para ele, a água funciona como um fator desenvolvimentista, podendo o seu uso estar relacionado com a economia (regional, nacional e internacional) e mais comumente, no uso doméstico, industrial, agrícola, recreação, estética, preservação da flora e fauna, geração de energia elétrica, transporte e na diluição e afastamento de despejos. "A água doce disponível no planeta não se apresenta distribuída uniformemente, variando segundo a presença de ecossistemas nas diferentes regiões. A água doce pode ser encontrada em geleiras, neves eternas, águas subterrâneas, solos, rios e lagos. Os países que mais concentram água doce no mundo são Rússia, Brasil, 4 Canadá, Estados Unidos, Índia, Colômbia, República Democrática do Congo e China, correspondendo a aproximadamente 60% da água doce existente no planeta." 2.1 A SIGNIFICÂNCIA DA ÁGUA A água, um líquido essencial para a sobrevivência humana e um dos elementos mais comuns na Terra, é um dos melhores tópicos para usar como tópico generativo no ensino de química. Principalmente porque, embora a água potável seja um recurso abundante no planeta, ela não é tão abundante quanto você imagina. Assim, seu uso, desperdício e análise qualitativa são excelentes recursos a serem utilizados no processo de ensino de conhecimentos químicos. Sem dúvida, a água é a substância mais importante da vida, essencial para a sobrevivência das plantas, dos animais e de todos os seres vivos. É por sua importância que é dever da sociedade, da escola e do Estado cuidar de sua poluição, desperdício e qualidade. A água é essencial para os seres vivos porque é uma necessidade humana básica. Em um clima moderado, uma pessoa precisa de pelo menos 2,5 litros de água por dia. Em um clima desértico, ele pode sobreviver sem água por vários dias, desde que permaneça imperturbável. Justamente por isso é importante economizar água potável, que já é tão escassa e mal distribuída. O ser humano utiliza a água para uma série de atividades, como construção e manufatura. Além disso, depende desse recurso para beber, cultivar e lavar alimentos para consumo. Segundo Zampieron e Vieira (2007) a água tem diversos usos, como para beber, tomar banho, lavar roupas e utensílios e alimentação dos humanos e animais, além de ser utilizada nas indústrias e plantações. Uma vez que a poluição e contaminação presentes na água podem ser prejudiciais não somente ao homem, mas também aos animais e ao meio ambiente. Tundisi (2006) apresenta que qualquer forma de vida depende da água para a sua sobrevivência ou para seu desenvolvimento. A água é o que nutre as colheitas e florestas, mantém a biodiversidade e os ciclos no planeta e produz paisagem de grande variedade e beleza, onde não existe água não existe vida, portanto, a água doce é essencialpara a sustentação da vida, suportando o desenvolvimento e as atividades econômicas. 5 2.2 Uso Consciente da água A Constituição Federal de 1988, em seu artigo 225, determina que “todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente harmonioso, bem de uso comum do povo e crucial à sadia qualidade de vida”. Por ser a água um dos elementos do meio ambiente, depreende-se que ela é bem de uso comum do povo. Assim também, o Código Civil Brasileiro, Lei n. 10.406, de 10 de janeiro de 2002, em seu artigo 99, reza: “São bens públicos os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças”. E, por ser a água conceituada como “bem de uso comum do povo”, é valor que deve ser respeitado e preservado por todos (Machado, 2004), não podendo ser utilizado de forma descontrolada. No Brasil, apesar da abundância dos recursos hídricos, o acesso não chega na mesma qualidade e quantidade para todos. Apesar da situação de tranquilidade do Brasil frente outros países, ainda é necessário planejamento e manejo integrado dos recursos hídricos. Tanto para atender 100% da população brasileira quanto para garantir o acesso ao longo dos anos com o crescimento populacional. Para que a escassez da água não nos atinja num futuro próximo, precisamos tomar hoje algumas atitudes. Evitar o desperdício é uma delas. Segundo dados do Banco Mundial, as guerras no futuro serão por causa da água e não por causa de petróleo ou política. E alternativas para aumentar a disponibilização de água em todo o Planeta já estão em estudo, com o descongelamento das geleiras e a dessalinização da água do mar. Enquanto isso não acontece, temos que fazer a nossa parte. O ser humano depende da água para sobreviver, no entanto, suas ações contribuem para a potencial escassez desse recurso. Questões como a falta de tratamento do esgoto doméstico, despejo de resíduos hospitalares, agrícolas e industriais nos rios estão tornando um grande volume de água imprópria para o consumo humano. Ribeiro (2018) defende a ideia de que o uso racional e consciente da água objetiva o controle seguro, em seus aspectos quantitativo e qualitativo, para a promoção e garantia do direito igualitário do seu uso, bem como cumprimento dos princípios ambientais que envolvem o seu uso, exploração, conservação e preservação. 6 A Agência Nacional de Água (2015) procura mostrar que a compreensão da crise hídrica que atualmente se apresenta, a valorização do recurso hídrico como bem público finito e a conscientização da necessidade de um uso mais racional e sustentável da água são essenciais para que se tenha maior garantia da oferta hídrica para os usos múltiplos. Afirma também que aprimorar técnicas de reuso da água, reduzir o desperdício pelos diferentes setores usuários (na irrigação, na indús- tria, na distribuição e no consumo residencial, por exemplo), além de implementar ações de conservação de mananciais são medidas, entre outras, que devem ser priorizadas e fomentadas. (ANA, 2015, p.5) 2.3 O PAPEL DA ESCOLA NA CONCIENTIZAÇÃO DOS RECURSOS HIDRICOS A conscientização se faz necessária em todos os níveis e setores da sociedade. Nos grandes centros urbanos os cidadãos sequer compreendem a importância da preservação dos recursos hídricos, o que se observa a partir de atitudes de descaso que terminam contribuindo para a poluição e esgotamento dos corpos hídricos. No atual contexto em que a algumas cidades vivem uma crise de abastecimento de água, a educação ambiental se torna um instrumento fundamental na perspectiva de conscientizar e criar uma mentalidade que permita a abolição da cultura do desperdício de água. O combate ao desperdício pode ser incorporado na escola e daí transcender para outros locais onde esses cidadãos em formação atuam (família, trabalho, comunidade). Como enfatiza Silva (2003), não basta apenas falar, assim, nas escolas, é necessário que o professor não somente fale sobre os problemas ambientais, mas motive seu aluno a refletir a respeito dos assuntos e suas possibilidades de solução. Há necessidade da preservação do meio ambiente e dos recursos hídricos, e para que isso acontecer, o primeiro passo é a educação, educar as crianças para que a conscientização se multiplique a partir das gerações atuais, até as futuras, tendo em vista também, o trabalho dentro e fora da escola. O ensino deve ser acompanhado de ações mobilizadoras que possibilita aos 7 alunos um saber prático de acordo com o que está sendo trabalhado em sala de aula, com isso a ressignificação do que a criança possui em mente faz toda a diferença, pois o que ela já sabe assumirá novo posicionamento diante do que ela vivencia e produz na escola, com isso a intensificação da prática como recurso principal na didática do professor, propiciará momentos únicos na vida de seus alunos. Braga et al. (2003) ressalta que é necessário educar para o ambiente, e somente a partir de ações locais, da sensibilização e da conscientização dos indivíduos como cidadãos participantes no processo de construção de uma nova sociedade é que podemos modificar o destino dos problemas globais que assolam o planeta, e a água é uma questão primordial. A educação ambiental ainda é pouco trabalhada no contexto escolar, no entanto, é um tema inovador, e prazeroso, visto que dá para trabalhar de uma forma diferenciada, principalmente com a temática água, concretizando o que é estudado na teoria, os educandos tem a oportunidade de analisar como pensam e como agem em relação à problemática. Por essas razões, vê-se a importância de incluir Meio Ambiente nos currículos escolares como tema transversal, permeando toda prática educacional. É fundamental, na sua abordagem, considerar os aspectos físicos e biológicos e, principalmente, os modos de interação do ser humano com a natureza, por meio de suas relações sociais, do trabalho, da ciência, da arte e da tecnologia. (PCN 1997) 8 3 CONSIDERAÇÕES FINAIS A água é um tema amplo e pode ser tratado a partir de diferentes enfoques. E Utilizar a água de forma racional não é apenas uma questão de economia, mas de preservação da sustentabilidade da oferta de água, redução do volume de água a ser captada, diminuição do volume de esgotos, enfim, garantia de fornecimento ininterrupto de água a todos. Fica evidente que a escassez de água é uma das maiores ameaças à sobrevivência humana atualmente as gerações presentes e futuras devido a vários fatores, como atividades humano impacto significativo nos recursos naturais com o crescimento populacional e o crescimento urbano aumentando gradativamente o consumo e, portanto, a perda de água, causando escassez de água. Portanto, está nas mãos de cada ser humano a responsabilidade de cuidar do Meio ambiente e, sobretudo dos recursos hídricos para assim garanti-la de forma eficiente para esta e as futuras gerações. 9 4 REFERÊNCIAS BRAGA, A. R. et al. Educação ambiental para gestão de recursos hídricos. Livro de Orientação ao Educador. Americana: Consórcio PCJ, 2003. 251p., il. BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. 33. ed. São Paulo: Saraiva, 2004. BRASIL. Lei n. 9.433, de 08 de janeiro de 1997. Institui a Política Nacional de Recursos Hídricos, cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos, regulamenta o inciso XIX do art. 21 da Constituição Federal, e altera o art. 1º da Lei nº 8.001, de 13 de março de 1990, que modificou a Lei nº 7.990, de 28 de dezembro de 1989. Disponível em: . Acesso em 03 jun. 2005. ______. Parâmetros Curriculares Nacionais - Meio Ambiente. Brasília: MEC/SEF, 1997. RIBEIRO, W. A. O direito à água e saúde pública. Revista de Direito Sanitário, v. 18, n. 3, p. 94-103, 2018. SILVA, G. M. D. D. Alfabetização/Conscientização:duas ações possíveis em um processo dialógico. Pedagogia: a Revista do Curso, São Miguel do Oeste, ano 2, n. 3, jan./jun. 2003. TUNDISI, F. G. Recursos hídricos: o futuro dos recursos. Multiciência, v.1, out., 2003. VELLOSO, A. L.; SAMPAIO, E. V. S. B.; PAREYN, F. G. C. Ecorregiões propostas para o bioma caatinga. Recife: Associação Plantas do Nordeste (APNE); Instituto de Conservação Ambiental The Natury Conservancy do Brasil, 2002. _________, J. G. Novas perspectivas para a gestão de recursos hídricos. Revista USP,nº. 70, p.24-35, ago. 2006. Disponível em:. Acesso em: 23 mar. 2023. ZAMPIERON, S. L. M.; VIEIRA, J. L. de. A Poluição da água. Disponível em: http://educar.sc.usp.br/biologia/textos/m_a_txt5.html. Acesso em: 03 abr. 2023.
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