Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
LOGÍSTICA REVERSA E SUSTENTABILIDADE S E T O R D E M A R K E T I N G G R U P O S E R E D U C A C I O N A L P r o f . D r a . A n d r e s s a R i b e i r o A P R E S E N T A Ç Ã O : D A T A POLÍTICA NACIONAL DOS RESÍDUOS SÓLIDOS (PNRS) Resíduos sólidos: são material, substância, objeto ou bem descartado resultante de atividades humanas em sociedade, cuja destinação final se procede, se propõe proceder ou se está obrigado a proceder, nos estados sólido ou semissólido, bem como gases contidos em recipientes e líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou em corpos d’água, ou exijam para isso soluções técnica ou economicamente inviáveis em face da melhor tecnologia disponível. (Brasil, 2010) Rejeitos: resíduos sólidos que, depois de esgotadas todas as possibilidades de tratamento e recuperação por processos tecnológicos disponíveis e economicamente viáveis, não apresentem outra possibilidade que não a disposição final ambientalmente adequada. (Brasil, 2010) D A T A Classificação dos Resíduos Sólidos D A T A POLÍTICA NACIONAL DOS RESÍDUOS SÓLIDOS (PNRS) Nos centros urbanos, os resíduos sólidos podem ser coletados de duas formas. Indiferenciada – quando não ocorre nenhum tipo de seleção durante a coleta. Seletiva – quando os resíduos são recolhidos e separados de acordo com o tipo e a destinação. D A T A A Logística Reversa na Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) ▪A PNRS é considerada um marco regulatório para o gerenciamento correto de resíduos sólidos no brasil, por dar direcionamento a todos os materiais que podem ser reciclados e àqueles que não podem mais ser reaproveitados. ▪Este gerenciamento incentiva o descarte correto de forma compartilhada. D A T A A Logística Reversa na Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) A PNRS integra o poder público, a iniciativa privada e a sociedade civil e possui alguns objetivos que merecem ser destacados. • Proteção da saúde pública e da qualidade ambiental. • Não geração, redução, reutilização, reciclagem e tratamento dos resíduos sólidos, bem como disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos. • Estímulo à adoção de padrões sustentáveis de produção e consumo de bens e serviços. • Adoção, desenvolvimento e aprimoramento de tecnologias limpas como forma de minimizar impactos ambientais. • Redução do volume e da periculosidade dos resíduos perigosos. • Incentivo à indústria da reciclagem, tendo em vista fomentar o uso de matérias-primas e insumos derivados de materiais recicláveis e reciclados. • Gestão integrada de resíduos sólidos. • Capacitação técnica continuada na área de resíduos sólidos. • Integração dos catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis nas ações que envolvam a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos. • Incentivo ao desenvolvimento de sistemas de gestão ambiental e empresarial, voltados para a melhoria dos processos produtivos e ao reaproveitamento dos resíduos sólidos, incluídos a recuperação e o aproveitamento energético. • Estímulo à rotulagem ambiental e ao consumo sustentável. D A T A A Logística Reversa na Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) A PNRS em seu Art. 6º (BRASIL, 2010) coloca os seguintes princípios: • A prevenção e a precaução. • O poluidor-pagador e o protetor-recebedor. • A visão sistêmica, na gestão dos resíduos sólidos, que considere as variáveis ambiental, social, cultural, econômica, tecnológica e de saúde pública. • O desenvolvimento sustentável. • A ecoeficiência, mediante a compatibilização entre o fornecimento, a preços competitivos, de bens e serviços qualificados que satisfaçam as necessidades humanas e tragam qualidade de vida e a redução do impacto ambiental e do consumo de recursos naturais a um nível, no mínimo, equivalente à capacidade de sustentação estimada do planeta. D A T A A Logística Reversa na Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) A PNRS em seu Art. 6º (BRASIL, 2010) coloca os seguintes princípios: • A cooperação entre as diferentes esferas do poder público, o setor empresarial e demais segmentos da sociedade. • A responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos. • O reconhecimento do resíduo sólido reutilizável e reciclável como um bem econômico e de valor social, gerador de trabalho e renda e promotor de cidadania. • O respeito às diversidades locais e regionais. • O direito da sociedade à informação e ao controle social. • A razoabilidade e a proporcionalidade. D A T A A Logística Reversa na Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) D A T A A Logística Reversa na Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) A disposição final é uma das alternativas de destinação final ambientalmente adequada previstas na Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), desde que observadas as normas operacionais específicas de modo a evitar danos ou riscos à saúde pública e à segurança e a minimizar os impactos ambientais adversos. No Brasil, a maior parte dos RSU coletados segue para disposição em aterros sanitários, tendo registrado um aumento de 10 milhões de toneladas em uma década, passando de 33 milhões de toneladas por ano para 43 milhões de toneladas. Por outro lado, a quantidade de resíduos que segue para unidades inadequadas (lixões e aterros controlados) também cresceu, passando de 25 milhões de toneladas por ano para pouco mais 29 milhões de toneladas por ano. D A T A Logística reversa A PNRS passou a atribuir aos fabricantes, importadores, comerciantes, distribuidores, entre outros, a responsabilidade compartilhada pela geração de resíduos. E, ainda, define responsabilidade compartilhada como sendo o: Conjunto de atribuições individualizadas e encadeadas dos fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes, dos consumidores e dos titulares dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo dos resíduos sólidos, para minimizar o volume de resíduos sólidos e rejeitos gerados, bem como para reduzir os impactos causados à saúde humana e à qualidade ambiental decorrentes do ciclo de vida dos produtos, nos termos desta Lei (BRASIL, 2010). D A T A Logística reversa O termo LR, na PNRS, é definido como um: Instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada (PNRS, Lei nº 12.305/10). D A T A Logística reversa Segundo o MMA (2021), existem alguns sistemas de Logística Reversa implantados no Brasil em alguns dos principais setores, a saber: • agrotóxicos, seus resíduos e embalagens; • baterias de chumbo ácido; • eletroeletrônicos e seus componentes; • embalagens de aço; • embalagens de óleos lubrificantes; • embalagens em geral; • lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio; • medicamentos; • óleos lubrificantes usados ou contaminados; • pilhas e Baterias; • pneus inservíveis D A T A Sistema de Logística Reversa (SLR) Lembre-se de que as atividades realizadas pela LR variam de acordo com o tipo de material e, também, por qual motivo este material entrou no sistema, podendo ser divididas e dois grandes grupos: • produtos; • embalagens. Sendo assim, a LR abrange a responsabilidade em promover o retorno dos produtos e embalagens pós-consumo, de maneira a direcioná-las para diversos destinos diferentes. D A T A Sistema de Logística Reversa (SLR) D A T A Motivações para Implantação da LR ▪É importante destacarmos que as empresas adotam a logística reversa por motivos específicos, dentre eles, podemos citar as questões ambientais, a redução de custo e a concorrência (diferenciação do produto). ▪A vigência da legislação vem tornando as empresas cada vez mais responsáveis pelo ciclo de vida dos seus produtos e dando consciência de que o seu descarte está causando prejuízosao meio ambiente. D A T A Sociedade Responsável e a Importância dos Canais de Comunicação ▪Atenção a participação da população e a criação de canais de comunicação, de maneira que os sistemas de logística reversa — SLR possam operar de forma eficiente durante todo o processo logístico. ▪O consumidor precisa ser responsável por realizar a separação dos produtos pós-consumo e destiná-los corretamente, pois só a adesão popular fará com que o sistema tenha quantidade suficiente de material para gerar economia de escala. D A T A Sociedade Responsável e a Importância dos Canais de Comunicação ▪A participação do consumidor precisa ser estimulada, seja pela facilidade do descarte ou pela confiança no endereçamento final do produto pós- consumo por parte das empresas. ▪Além disso, é de extrema importância se preocupar com o tamanho dos resíduos descartados: equipamentos de tamanhos diferentes precisam de sistemas diferenciados de descarte. D A T A As questões ambientais ligadas às operações logísticas ▪O objetivo da LR, nesse sentido, é agregar valor às operações, de modo a ser um diferencial competitivo entre as concorrentes, para que se tenha um melhor aproveitamento dos materiais que são descartados, fazendo com que eles voltem à utilização. ▪A LR tem sua importância dimensionada pelos custos logísticos, comerciais e econômicos totais e pelas questões ambientais agregadas, fazendo com que as empresas invistam na diferenciação dos seus serviços. Valores ligados à responsabilidade socioambiental têm sido considerados diferenciais competitivos, fazendo com que o departamento logístico invista em projetos estratégicos alinhados à empresa, em busca de suprir esta necessidade. D A T A As questões ambientais ligadas às operações logísticas ▪Acredita-se ainda que, a LR deixou de ser apenas um diferencial de mercado para se tornar uma necessidade nas empresas. ▪Cada vez mais as empresas devem estar atentas para este novo fenômeno e implantar em sua cadeia logística o processo reverso, não somente para satisfazer a questão ecológica, mas por sobrevivência no mercado competitivo. D A T A Dificuldades na Disseminação da Logística Reversa A LR não é uma vertente do mercado, ela precisa estar inserida na natureza da empresa e não basta desenvolver uma equipe de logística e ter boas ideias para adotar a LR. Em meio a algumas dificuldades de adoção, podemos citar pelo menos duas mais significativas: • Impossibilidade de algumas organizações em atingir escala, isto é, de alcançar um volume que torne economicamente viável a implementação do fluxo reverso; • Desconhecimento, quanto à importância da adoção de práticas de logística reversa para a sustentabilidade ambiental do planeta, tanto por parte de alguns gestores quanto de uma parcela da sociedade. D A T A Dificuldades na Disseminação da Logística Reversa Governo O Governo passa a ter um papel de suma importância no que se refere à adoção de práticas sustentáveis, seja por meio da adoção de instrumentos econômicos ou por meio da regulação formal. O comando destinado ao Estado compreende o estabelecimento de regulamentações governamentais relacionadas ao uso dos recursos ambientais, entre elas o cumprimento da legislação e a aplicação de sanções aos eventuais infratores. D A T A Dificuldades na Disseminação da Logística Reversa Sociedade Os consumidores têm condenado práticas e abolido a compra de produtos de empresas irresponsáveis ambientalmente, o que força o mercado a se adaptar ou perder consumidores. Por outro lado, alguns investidores buscam a aproximação com empresas adeptas aos princípios da responsabilidade socioambiental. D A T A Dificuldades na Disseminação da Logística Reversa Organizações A responsabilidade ambiental alinhada à logística reversa funciona como um fator de diferenciação competitiva, porque dá às organizações participantes o status de empresas cidadãs ou “verdes”. Estas são empresas com maiores percepções e sensibilidades quanto à importância em conciliar suas atividades operacionais à sustentabilidade do meio ambiente, de modo a incluir a gestão ambiental em suas estratégias empresariais. D A T A Os canais de distribuição reversos LR de pós-venda – é aquela que controla o fluxo logístico correspondente aos bens de pós-venda. Produtos sem uso ou com pouco uso quando são devolvidos entram nesta categoria. Podem-se incluir: produtos com falhas no funcionamento, erros nos pedidos, defeitos, fora de validade, liquidação de vendas, entre outros. Assim, são produtos que podem ter valor comercial agregado e podem ser enviados à reciclagem ou reaproveitados. D A T A Os canais de distribuição reversos LR de pós-consumo – é aquela que controla o fluxo físico correspondente aos bens de pós-consumo, ou seja, produtos que são descartados pelo consumidor. Ainda possuem vida útil e possibilidades de reutilização. Quando um produto é desmontado e seus componentes ainda podem ser aproveitados ou remanufaturados, são enquadrados nesta categoria. Por exemplo: resíduos industriais que voltam ao ciclo produtivo. No caso de não haver reaproveitamento, esses produtos serão destinados para lixões ou serão incinerados. D A T A Os canais de distribuição reversos LR de embalagem - este tipo de logística pode estar incluído em pós-venda e pós-consumo. Assim, podemos notar que existe uma tendência mundial de reaproveitamento das embalagens retornáveis ou de múltiplas viagens devido à grande quantidade de resíduos gerados despejados no meio ambiente. D A T A Os canais de distribuição reversos LR de embalagem - este tipo de logística pode estar incluído em pós-venda e pós-consumo. Assim, podemos notar que existe uma tendência mundial de reaproveitamento das embalagens retornáveis ou de múltiplas viagens devido à grande quantidade de resíduos gerados despejados no meio ambiente. D A T A Os canais de distribuição reversos Os canais de distribuição reverso nada mais são do que o caminho percorrido pela logística reversa que tem seu início no consumidor final e termina no fornecedor (local de origem da matéria-prima). Em um conceito mais amplo, a LR pode ser dividida em cinco canais de distribuição de pós-venda e pós-consumo em que os resíduos seguem para diversos caminhos: • disposição final; • retornos comerciais; • retornos de garantia; • sucatas de produção e/ou rejeitados; • embalagens. D A T A Os canais de distribuição reversos Canais de distribuição de pós-consumo: constituído por diferentes modalidades de retorno ao ciclo de produção/geração de matéria- prima de uma parcela de bens/produtos através do reuso, desmanche e reciclagem. Esses canais estão configurados segundo as fases de comercialização em que os bens de pós-consumo são disponibilizados, assim são considerados o bem/produto como um todo ou suas partes, peças ou materiais constituintes (PEREIRA et al., 2012). Reuso Desmanche Desmanche D A T A Os canais de distribuição reversos Canais de distribuição pós-venda: constituído de bens/produtos que retornam por diferentes modalidades por terem pouca ou nenhuma utilização e retornam à origem. São razões para esse retorno: • validade expirada; • erro de pedido; • defeito/falha; • avaria de transporte; • problemas de estoque; • políticas de marketing; • garantias. D A T A Os canais de distribuição reversos D A T A Os canais de distribuição reversos • Canais de distribuição reversos de ciclo aberto são formados pelas diversas etapas de retorno de materiais constituintes de produtos de pós-consumo como metais, plásticos, vidro e papéis que são reintegrados ao ciclo produtivo para substituir matérias-primas na fabricação de diversos tipos de produtos. Exemplo: o ferro e o aço extraídos de automóveis irão ser reintegrados como matéria-prima secundária na fabricação de chapas de aço. • Canais de distribuição reversos de ciclo fechado são constituídos pelas etapas de retorno de materiais constituintes dos produtos de pós-consumo, em que são extraídos seletivamentepara a fabricação de um produto similar ao de origem. Exemplo: baterias descartadas em que são extraídos o plástico e o chumbo para composição de novas baterias. D A T A Sistemas de coleta de bens • Coleta domiciliar: é a coleta porta a porta que ocorre sob a administração municipal; • Aterros sanitários: ambiente adequado para acomodação de rejeitos onde são utilizadas técnicas de engenharia sanitária para acomodação e recobrimento do material descartado que fica disposto em camadas sob um piso impermeabilizado, que visa a não contaminação do solo e o tratamento de líquidos decorrentes da decomposição de materiais; • Coleta seletiva domiciliar: tipo de coleta que contém prévia seleção do material descartado ou realizada para o respectivo material descartado; • Coleta informal: constitui na coleta manual realizada por catadores, carroceiros e/ou garrafeiros. Gratidão! @prof.ead.andressa MODELO DE ENTRADA Slide 1 Slide 2 Slide 3 Slide 4 Slide 5 Slide 6 Slide 7 Slide 8 Slide 9 Slide 10 Slide 11 Slide 12 Slide 13 Slide 14 Slide 15 Slide 16 Slide 17 Slide 18 Slide 19 Slide 20 Slide 21 Slide 22 Slide 23 Slide 24 Slide 25 Slide 26 Slide 27 Slide 28 Slide 29 Slide 30 Slide 31 Slide 32 Slide 33 Slide 34 Slide 35
Compartilhar