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Apostila de Questões de Concursos de JUIZ

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Questões de JUIZ
Atualidades do Mercado Financeiro
1) (TRF/3ª. REGIÃO/JUIZ SUBSTITUTO/TRF/2018) 
Sobre bitcoin, assinale a alternativa CORRETA: 
(A) É moeda eletrônica. 
(B) Não é regulada pelo Bacen (Banco Central do Brasil). 
(C) As empresas que negociam ou guardam as chamadas 
moedas virtuais em nome dos usuários, pessoas naturais ou 
jurídicas, são autorizadas a funcionar pelo Bacen. 
(D) É valor mobiliário. 
Resposta: B
Direito Administrativo
2) (FCC/2020/TJ-MS/JUIZ SUBSTITUTO)
No tocante aos chamados “tipos de licitação”, dispõe
a Lei Federal nº 8.666/1993 que
a) quando a concorrência for do tipo "melhor
técnica" ou "técnica e preço", o prazo mínimo
para recebimento das propostas será de 45 dias.
b) é vedada a adoção dos tipos "melhor
técnica" ou "técnica e preço" para licitações na
modalidade convite.
c) quando a tomada de preço for do
tipo "melhor técnica" ou "técnica e preço", o
prazo mínimo para recebimento das propostas será de
20 dias.
d) a adoção dos tipos "melhor técnica" ou
técnica e preço para licitações na modalidade pregão
é possível, porém limitada à fase de julgamento
e classificação das propostas, não se aplicando à
fase de lances.
e) para contratação de bens e serviços de
informática, a Administração Pública adotará obrigatoriamente
o tipo de licitação "melhor técnica", permitido o emprego de
outro tipo de licitação nos casos indicados em
decreto do Poder Executivo.
Questões de JUIZ
Resposta: A
3) (FCC/2020/TJ-MS/JUIZ SUBSTITUTO)
No tocante ao exercício do poder de autotutela
pela Administração Pública, é correto afirmar:
a) O exercício, pela Administração Pública, do poder
de anular seus próprios atos não está sujeito
a limites temporais, por força do princípio da
supremacia do interesse público.
b) Somente é admissível a cassação de ato
administrativo em razão de conduta do beneficiário que
tenha sido antecedente à outorga do ato.
c) É vedada a aplicação retroativa de nova
orientação geral, para invalidação de situações plenamente constituídas
com base em orientação geral vigente à época
do aperfeiçoamento do ato administrativo que as gerou.
d) É possível utilizar-se a revogação, ao invés
da anulação, de modo a atribuir efeito ex
nunc à revisão de ato administrativo, quando se
afigurar conveniente tal solução, à luz do princípio
da confiança legítima.
e) Não é possível convalidar ato administrativo cujos
efeitos já tenham se exaurido.
Resposta: C
4) (FCC/2020/TJ-MS/JUIZ SUBSTITUTO)
No tocante ao domínio público, considera-se
a) investidura: a alienação aos proprietários de imóveis
lindeiros de área remanescente ou resultante de obra
pública, sendo hipótese de dispensa de licitação, desde
que obedecidos os requisitos e limites estatuídos na
Lei nº 8.666/1993.
b) direito de extensão: a prerrogativa que a
Administração Pública possui de ampliar a desapropriação para
áreas contíguas que sejam necessárias ao melhor aproveitamento
Questões de JUIZ
da obra ou serviço que resultarão do ato
expropriatório.
c) terrenos de marinha: áreas que, banhadas pelas
correntes navegáveis, fora do alcance das marés, vão
até a distância de 15 metros para a
parte de terra, contados desde o ponto médio
das enchentes ordinárias.
d) faixa de segurança: a faixa interna de
150 km (cento e cinquenta quilômetros) de largura,
paralela à linha divisória terrestre do território nacional.
e) zona contígua brasileira: faixa que se estende
das doze às duzentas milhas marítimas, contadas a
partir das linhas de base que servem para
medir a largura do mar territorial.
Resposta: A
5) (FCC/2020/TJ-MS/JUIZ SUBSTITUTO)
Em conhecido acórdão proferido em regime de repercussão
geral, versando sobre a morte de detento em
presídio − Recurso Extraordinário nº 841.526 (Tema 592)
– o Supremo Tribunal Federal confirmou decisão do
Tribunal de Justiça do Rio Grande doSul, calcada
em doutrina que, no tocante ao regime de
responsabilização estatal em condutas omissivas, distingue-a
conforme anatureza da omissão. Segundo tal doutrina, em caso de
omissão específica, deve ser aplicado o regime de
responsabilização
a) integral; em caso de omissão genérica, aplica-se
o regime de responsabilização objetiva.
b) objetiva; em caso de omissão genérica, aplica-se
o regime de responsabilização subjetiva.
c) subjetiva; em caso de omissão genérica, aplica-se
o regime de responsabilização objetiva.
d) objetiva; em caso de omissão genérica, não
há possibilidade de responsabilização.
e) subjetiva apenas em relação ao agente, exonerado
o ente estatal de qualquer responsabilidade; em caso
Questões de JUIZ
de omissão genérica, aplica-se o regime de responsabilização
objetiva do ente estatal.
Resposta: B
6) (FCC/2020/TJ-MS/JUIZ SUBSTITUTO)
A propósito do procedimento da desapropriação, a redação
vigente do Decreto-lei nº 3.365/1941 estatui que
a) a desapropriação deverá se efetivar mediante acordo
ou judicialmente, dentro de 5 (cinco) anos, contados
da data da expedição do respectivo decreto e,
decorrido tal prazo, este caducará.
b) notificado administrativamente o expropriado, ele terá o
prazo de 15 (quinze) dias para aceitar ou
rejeitar a oferta de indenização, sendo que o
silêncio será considerado aceitação.
c) a alegação de urgência deve constar obrigatoriamente
do decreto de utilidade pública e obrigará o
expropriante a requerer a imissão provisória dentro do
prazo improrrogável de 120 (cento e vinte) dias
a contar de sua publicação.
d) uma vez notificado pelo expropriante, o particular
que não concordar com a indenização oferecida poderá
optar por resolver a questão por mediação ou
arbitragem.
e) a ação, quando a União for autora,
será proposta no Distrito Federal ou no foro
da Capital do Estado onde for domiciliado o
réu, perante o juízo privativo, se houver; se
for o Estado o autor, será proposta no
foro da Capital respectiva; sendo outro o autor,
no foro da situação dos bens.
Resposta: D
Questões de JUIZ
7) (FCC/2021/TJ-GO/JUIZ SUBSTITUTO)
No que se refere às disposições aplicáveis às
empresas públicas e às sociedades de economia mista,
segundo a Lei n°13.303 de 30 de junho
de 2016,
a) por explorar atividade econômica, a empresa pública
poderá lançar debêntures ou outros títulos ou valores
mobiliários, desde que conversíveis em ações.
b) o acionista controlador da empresa pública e
da sociedade de economia mista responderá pelos atos
praticados com abuso de poder, podendo a ação
ser proposta pelos demais sócios, desde que autorizados
pela assembleia geral de acionistas.
c) a empresa pública e a sociedade de
economia mista poderão celebrar convênio ou contrato de
patrocínio com pessoa física ou com pessoa jurídica
para promoção de atividades culturais, sociais, esportivas,
educacionais e de inovação tecnológica, desde que
comprovadamente vinculadas ao fortalecimento de sua marca.
d) a exploração de atividade econômica pelo Estado
será exercida por meio de empresa pública, de
autarquia, de sociedade de economia mista e de
suas subsidiárias.
e) empresa pública é a entidade dotada de
personalidade jurídica de direito público, com criação
autorizada por lei e com patrimônio próprio, cujo capital
social é integralmente detido pela União, pelos Estados,
pelo Distrito Federal ou pelos Municípios.
Resposta: C
8) (FCC/2021/TJ-GO/JUIZ SUBSTITUTO)
O direito administrativo contemporâneo é marcado pela tendência
de promover maior consensualidade nas relações administrativas. Os
métodos alternativos de resolução de conflitos, antes reservados
aos conflitos de natureza privada, passaram a compor
a caixa de ferramentas da Administração pública. É
certo, porém, que tais ferramentas devem ser devidamente
Questões de JUIZ
adaptadas ao uso no ambiente público, dada a
primazia dos interesses gerais da coletividade. A propósito
de tal tema, a legislação vigente estatui:
a) Os contratos administrativos são passíveis de extinção
por força de decisão arbitral, caso haja convenção
relativa à adoção desse meio de resolução de controvérsias.
b) Para que um litígio contratual envolvendo a
Administração pública seja objetode arbitragem, é obrigatório
que haja prévia cláusula compromissória entre as partes
da relação contratual.
c) A arbitragem envolvendo relações contratuais da Administração
pública não abrange questões relacionadas ao inadimplemento contratual
do contratado, aspecto atinente ao poder regulatório da
Administração e, portanto, indisponível.
d) Dada a indisponibilidade do interesse público, sentenças
arbitrais envolvendo a Administração pública somente são executáveis
após homologação judicial que ateste a validade da
convenção e a regularidade formal do procedimento arbitral.
e) Uma vez que haja processo arbitral ou judicial em curso, afasta-se
a hipótese de uso da mediação, quando a Administração pública for parte,
visto que se operou preclusão administrativa.
Resposta: A
9) (FCC/2021/TJ-GO/JUIZ SUBSTITUTO)
A Associação Goiana de Aeromodelismo, entidade privada sem fins
lucrativos, procura a Secretaria da Educação de Goiás, propondo
a realização de um projeto de oficinas de aeromodelismo
nas escolas estaduais, sendo que tal proposta se coaduna
com um dos objetivos de seu estatuto social, referente
à “promoção de ações educativas associadas ao aeromodelismo”.
Conforme o plano de trabalho proposto para o ajuste, voluntários
do quadro da entidade atuarão como instrutores de forma
gratuita, cabendo ao órgão estadual fornecer o material de
consumo e disponibilizar as instalações para desenvolvimento
da atividade. Diante de tais características e tendo em vista o
que dispõe a Lei n° 13.019, de 31 de julho de 2014, constata-se
que se pretende estabelecer um
Questões de JUIZ
a)termo de colaboração, visto que o fornecimento de materiais
pelo Estado pode ser considerado uma forma de repasse financeiro.
b)acordo de cooperação, visto que o ajuste não implica
transferência de recursos financeiros.
c)convênio, visto que houve a apresentação de plano de
trabalho pela entidade proponente.
d)termo de parceria, visto que a entidade, por suas
características, pode ser considerada uma OSCIP.
e)termo de fomento, haja vista que o projeto foi
proposto pela entidade civil.
Resposta: B
10) (FCC/2021/TJ-GO/JUIZ SUBSTITUTO)
A Lei de Licitações, Lei n° 14.133, de 1º de abril de 2021,
dispõe sobre a elaboração do projeto básico, que pode ser
sintetizado como sendo o conjunto de elementos necessários e
suficientes, com nível de precisão adequado para definir
e dimensionar a obra ou o serviço, ou o complexo de obras ou
de serviços objeto da licitação [...]” (art. 6° , XXV). 
O projeto básico
a) deve obrigatoriamente ser elaborado por comissão composta
por servidores efetivos ou empregados públicos do quadro
permanente da Administração pública.
b) é dispensável na licitação de obras e
serviços de engenharia quando for adotado o regime
de contratação integrada ou semi-integrada.
c) é elemento obrigatório e deve compor a
fase preparatória em todas as contratações de obras
e serviços de engenharia.
d) deve sempre conter orçamento detalhado do custo
global da obra, fundamentado em quantitativos de serviços
e fornecimentos propriamente avaliados.
e) deve ser elaborado com base nas indicações
de estudo técnico preliminar, documento que caracteriza o
interesse público envolvido e aponta a melhor solução
para sua satisfação.
Questões de JUIZ
Resposta: E
11) (FCC/2021/TJ-GO/JUIZ SUBSTITUTO)
Libório Kazantzakis acumulava duas posições na Administração pública,
obtidas pela via do concurso público: o emprego
público de químico em empresa estadual de saneamento
básico e o cargo efetivo de professor de
educação básica na rede de ensino do Estado
de Goiás. Todavia, estava afastado de ambas as
posições, pois fora nomeado para o cargo público
comissionado de Secretário Estadual de Meio Ambiente. Em
1° de abril, Libório completou setenta e cinco
anos de idade. Nesse caso, Libório
a) não sofrerá nenhuma alteração em sua situação,
visto que a aposentadoria compulsória é instituto que
depende de regulamentação por lei complementar, ainda não
editada.
b) será aposentado compulsoriamente em ambas as posições
alcançadas por concurso público, mas poderá manter-se no
cargo comissionado, para o qual não há limitação
temporal de exercício.
c) será aposentado compulsoriamente em ambas as posições
alcançadas por concurso público, devendo ser exonerado do
cargo público comissionado, dada a presunção absoluta de
sua incapacidade para o exercício de funções públicas.
d) será aposentado compulsoriamente no cargo efetivo de
professor, mas terá inalterada sua situação no emprego
público e no cargo público comissionado.
e) está em situação de tríplice acumulação, o
que é vedado pela Constituição Federal, devendo optar
por apenas um dos vínculos e exonerar-se dos
demais.
Resposta: D
12) (FGV/2021/TJ-PR/JUIZ SUBSTITUTO)
A Secretaria Estadual de Educação do Estado Alfa, em
Questões de JUIZ
junho de 2020, contratou, mediante dispensa de licitação,
a associação X de pessoas com deficiência física, sem fins
lucrativos e de comprovada idoneidade, para a prestação de
serviços de digitalização de livros constantes no acervo das
bibliotecas dos colégios estaduais. O contrato teve valor total
de duzentos mil reais e prazo de seis meses.
Findo o prazo do contrato, os agentes públicos competentes
atestaram que os serviços contratados foram regularmente
prestados exclusivamente por pessoas com deficiência.
Em janeiro de 2021, o eleitor José ajuizou ação popular,
visando à anulação do mencionado contrato, aduzindo que
consistiu em ato lesivo ao patrimônio público, eis que seria
necessária prévia licitação. Tendo por base a Lei nº 8.666/1993,
o juízo competente deve julgar:
a) procedente o pedido do autor popular, eis que,
diante do valor do contrato, havia necessidade de prévia
licitação, na modalidade tomada de preços;
b) procedente o pedido do autor popular, eis que,
diante do valor do contrato, havia necessidade de prévia
licitação, na modalidade convite ou pregão;
c) procedente o pedido do autor popular, eis que,
diante da natureza do contrato, havia necessidade de prévia
licitação, na modalidade concurso;
d) improcedente o pedido do autor popular, eis que
era cabível dispensa de licitação, desde que o preço
contratado estivesse compatível com o praticado no mercado;
e) improcedente o pedido do autor popular, eis que,
apesar de não ser cabível dispensa e sim inexigibilidade
de licitação, essa mera impropriedade não tem o condão
de anular o contrato, salvo se tiver havido prejuízo
em razão de preço acima do praticado no mercado.
Resposta: D
13) (FGV/2021/TJ-PR/JUIZ SUBSTITUTO)
João cumpria pena em regime fechado no sistema
penitenciário do Estado Alfa e conseguiu fugir, em
verdadeira fuga cinematográfica feita com helicóptero
Questões de JUIZ
blindado, que o resgatou quando tomava banho de sol. Seis
meses após sua fuga, João se associou a
outros criminosos e entrou na casa de Antônio,
cometendo crime de latrocínio e ceifando a vida
de sua nova vítima. Os filhos de Antônio
buscaram a Defensoria Pública e ajuizaram ação
indenizatóriaem face do Estado Alfa, com base em
sua responsabilidade civil objetiva, pleiteando reparação
por danos morais decorrentes da morte de seu pai.
Alegam os autores que ocorreu omissão do Estado Alfa
por não prover medidas eficazes de segurança carcerária.
Na hipótese narrada, de acordo com o entendimento
do Supremo Tribunal Federal e o Art. 37,
§ 6º, da Constituição da República de 1988,
a responsabilidade civil objetiva do Estado Alfa:
a) não está caracterizada, diante da excludente de
responsabilidade civil consistente em força maior que deu
causa ao ato ilícito de latrocínio praticado por
João;
b) não está caracterizada, diante da ausência de
nexo causal direto entre o momento da fuga
e a conduta praticada por João;
c) não está caracterizada, diante da ausência de
comprovação do elemento subjetivo do dolo ou culpa
do agente público diretor do sistema prisional;
d) está caracterizada, diante de sua omissão in
vigilando, que permitiu a fuga de João do
sistema carcerário, causa eficiente da morte da vítima
Antônio;
e) estácaracterizada, independentemente da demonstração
do dolo ou culpa por parte dos agentes públicos responsáveis
por prover a segurança do estabelecimento prisional.
Resposta: B
14) (FGV/2021/TJ-PR/JUIZ SUBSTITUTO)
A sociedade empresária Alfa é concessionária que presta o
serviço público municipal de transporte coletivo intramunicipal
Questões de JUIZ
de passageiros. No curso do contrato de concessão, o poder
concedente constatou que a concessionária circulava com ônibus
sem ar-condicionado, com pneus carecas e bancos rasgados,
não equipou seus coletivos com portas acessíveis a pessoas
com deficiência, além de inobservar as rotas e horários das
linhas de ônibus. A concessionária, assim, descumpriu cláusulas
contratuais e normas legais sobre o serviço prestado, não
cumpriu as penalidades impostas por infrações nos devidos
prazos e não atendeu à intimação do poder concedente no
sentido de regularizar a prestação do serviço. No caso em
tela, o poder concedente deve proceder à extinção do contrato
de concessão, mediante a:
a) anulação, cuja declaração por decreto do Prefeito a
ser publicado no diário oficial deverá ser precedida da
verificação da inadimplência da concessionária em processo
administrativo, assegurados o contraditório e a ampla defesa,
mediante indenização prévia;
b) encampação, cuja autorização decorre de lei específica, que
consiste na retomada do serviço pelo poder concedente durante
o prazo da concessão, por motivo de inexecução total
ou parcial do contrato, após prévio pagamento da indenização
para garantir a continuidade do serviço público;
c) encampação, que deve ser decretada no bojo de
processo judicial, assegurados o contraditório e a ampla
defesa, mediante indenização ulterior das parcelas dos
investimentos vinculados a bens reversíveis, ainda não
amortizados ou depreciados, para garantir a continuidade
do serviço público;
d) caducidade, que deve ser decretada no bojo de
processo judicial, assegurados o contraditório e a ampla
defesa, mediante indenização prévia das parcelas dos
investimentos vinculados a bens reversíveis, ainda não
amortizados ou depreciados, para garantir a continuidade
do serviço público;
e) caducidade, cuja declaração por decreto do Prefeito deverá
ser precedida da verificação da inadimplência da concessionária
em processo administrativo, assegurado o direito à ampla defesa,
independentemente de indenização prévia
Questões de JUIZ
Resposta: E
15) (FGV/2021/TJ-PR/JUIZ SUBSTITUTO)
Em sede de processo administrativo disciplinar (PAD) instaurado
após sindicância patrimonial em face de servidor público federal,
foi-lhe aplicada a penalidade de demissão do serviço público,
tendo em vista a constatação de variação patrimonial a descoberto.
Inconformado, o servidor demitido impetra mandado de segurança
visando a anular o ato demissório e argumenta, preliminarmente,
a nulidade do PAD por ter sido instaurado com base em denúncia
anônima; por não lhe ter sido assegurada defesa técnica; e por
ter havido a posterior alteração da capitulação legal. Além
disso, o impetrante também sustenta a inexistência de provas
inequívocas das irregularidades e a incongruência entre a
conduta apurada e a pena de demissão. Considerando a narrativa
fática hipotética acima, é correto afirmar que:
a)na via do mandado de segurança, admitem-se a discussão
e o exame a respeito da suficiência do conjunto
fático-probatório constante do PAD;
b)na via do mandado de segurança, não se admite
a valoração da congruência entre a conduta apurada e
a capitulação da pena de demissão aplicada no PAD;
c)no PAD, a alteração da capitulação legal imputada ao
indiciado enseja sua nulidade, com fundamento no princípio da
tipicidade fechada;
d)desde que devidamente motivada e com amparo em investigação
ou sindicância, admite-se a instauração de PAD com base
em denúncia anônima;
e)é nula a decisão adotada em PAD no qual
não tenha sido assegurada ao indiciado a defesa técnica
por advogado, conforme jurisprudência dos Tribunais Superiores.
Resposta: D
16) (FGV/2022/TJ-AP/JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO)
Maria foi aprovada em concurso público para o cargo efetivo
de analista processual do Estado Delta e classificada em quinto
Questões de JUIZ
lugar. O edital do concurso ofereceu apenas quatro vagas, não
obstante houvesse dez cargos efetivos vagos. O resultado final do
concurso foi regularmente homologado e, durante o seu prazo de
validade, que não foi prorrogado e acaba na próxima semana,
o Estado Delta convocou e nomeou os quatro primeiros classificados.
Maria logrou obter informações e documentos que comprovam, de forma
cabal, que o Estado Delta recentemente nomeou, sem prévio concurso
público, para cargo em comissão, três pessoas para exercerem exatamente
as mesmas funções afetas ao cargo de analista processual, de
necessidade permanente para o Estado, sendo que, para desempenho da
mesma função, há ainda servidores temporários com prorrogações sucessivas de
seus contratos de trabalho. Assim, Maria impetrou mandado de segurança,
pleiteando sua convocação, nomeação e posse. Consoante a atual jurisprudência
do Supremo Tribunal Federal, a ordem deve ser:
a) denegada, pois apenas convertem a mera expectativa de direito
em direito subjetivo à nomeação os candidatos aprovados dentro do
número de vagas oferecidas no edital do concurso público
b) denegada, pois apenas possuem direito subjetivo à nomeação os
candidatos aprovados dentro do número de vagas e os que
forem preteridos pela administração pública por burla à ordem de
classificação
c) denegada, pois apenas possuem direito subjetivo à nomeação os
candidatos aprovados dentro do número de vagas e aqueles que
forem preteridos na ordem de classificação, bem como se houver
abertura de novo concurso para o mesmo cargo, durante o
prazo de validade do certame anterior
d) concedida, pois Maria passou a ter direito subjetivo à
nomeação, na medida em que surgiram novas vagas durante o
prazo de validade do certame, o que gera automaticamente o
direito à nomeação dos candidatos aprovados fora das vagas previstas
no edital do concurso anterior;
e) concedida, pois Maria passou a ter direito subjetivo à
nomeação, na medida em que foi preterida de forma arbitrária
e imotivada por parte da administração pública, em comportamento expresso
que revela a inequívoca necessidade de sua nomeação.
Resposta: E
Questões de JUIZ
17) (FGV/2022/TJ-AP/JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO)
A sociedade empresária Alfa exercia a venda de produtos alimentícios
em uma mercearia, com licença municipal específica para tal atividade.
No entanto, os proprietários do comércio também desenvolviam comercialização de
fogos de artifício, de forma absolutamente clandestina, pois sem a
autorização do poder público. Durante as inspeções ordinárias, o poder
público nunca encontrou indícios de venda de fogos de artifício,
tampouco o fato foi alguma vez noticiado à municipalidade. Certo
dia, grande explosão e incêndio ocorreram no comércio, causados pelos
fogos de artifício, que atingiram a casa de João, morador
vizinho à mercearia, que sofreu danos morais e materiais. João
ajuizou ação indenizatória em face do Município, alegando que incide
sua responsabilidade objetiva por omissão. No caso em tela, valendo-se
da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, o magistrado deve julgar:
a) procedente o pedido, pois se aplica a teoria do
risco administrativo, de maneira que não é necessária a demonstração
do dolo ou culpa do Município, sendo devida a indenização
b) procedente o pedido, pois, diante da omissão específica do
Município, aplica-se a teoria do dano in re ipsa, devendo
o poder público arcar com a indenização, desde que exista
nexo causal entre o incêndio e os danos sofridos por
João
c) procedente o pedido, diante da falha da Administração Municipal
na fiscalização de atividade de risco, qual seja, o estabelecimento
destinado a comércio de fogos de artifício, incidindo a responsabilidade
civil objetiva
d) improcedente o pedido, pois, apesar de ser desnecessária a
demonstração de violação de um deverjurídico específico de agir
do Município, a responsabilidade civil originária é da sociedade empresária
Alfa, de maneira que o Município responde de forma subsidiária,
caso a responsável direta pelo dano seja insolvente
e) improcedente o pedido, pois, para que ficasse caracterizada a
responsabilidade civil do Município, seria necessária a violação de um
dever jurídico específico de agir, seja pela concessão de licença
para funcionamento sem as cautelas legais, seja pelo conhecimento do
poder público de eventuais irregularidades praticadas pelo particular, o que
não é o caso
Resposta: E
Questões de JUIZ
18) (FGV/2022/TJ-AP/JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO)
A sociedade de economia mista Beta do Município X recebeu
formalmente, por meio de lei específica, delegação do poder de
polícia do Município para prestar serviço de policiamento do trânsito
na cidade, inclusive para aplicar multa aos infratores. Sabe-se que
a entidade Beta é uma empresa estatal municipal de capital
majoritariamente público, que presta exclusivamente serviço público de atuação própria
do poder público e em regime não concorrencial. Por entender
que o Município X não poderia delegar o poder de
polícia a pessoa jurídica de direito privado, o Ministério Público
ajuizou ação civil pública pleiteando a declaração de nulidade da
delegação e das multas aplicadas, assim como a assunção imediata
do serviço pelo Município. No caso em tela, de acordo
com a atual jurisprudência do Supremo Tribunal Federal em tema
de repercussão geral, a pretensão ministerial:
a) não deve ser acolhida, pois é constitucional a delegação
do poder de polícia na forma realizada, inclusive no que
concerne à sanção de polícia;
b) não deve ser acolhida, pois é constitucional a delegação
do poder de polícia a qualquer pessoa jurídica de direito
privado, desde que cumprido o único requisito que é a
prévia autorização legal;
c) deve ser acolhida, pois é inconstitucional a delegação do
poder de polícia, em qualquer das fases de seu ciclo,
a pessoa jurídica de direito privado integrante da administração indireta;
d) deve ser acolhida parcialmente, pois é inconstitucional a delegação
do poder de polícia, nas fases de seu ciclo de
ordem de polícia e de sanção de polícia, a pessoa
jurídica de direito privado integrante da administração indireta
e) deve ser acolhida parcialmente, pois, apesar de ser constitucional
a delegação do poder de polícia para o serviço público
de fiscalização de trânsito, é inconstitucional tal delegação no que
concerne à aplicação de multa, que deve ser feita por
pessoa jurídica de direito público
Resposta: A
Questões de JUIZ
19) (FGV/2022/TJ-AP/JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO)
João, então prefeito do Município Alfa, em janeiro de 2012,
de forma culposa, permitiu a aquisição de bem por preço
superior ao de mercado, na medida em que firmou contrato
administrativo com a sociedade empresária Beta para compra de veículos
para a frota oficial do Município com sobrepreço de R$
100.000,00. O Ministério Público recebeu representação noticiando a ilegalidade em
junho de 2013, instaurou inquérito civil e somente concluiu a
investigação em setembro de 2021, confirmando que houve, de fato,
superfaturamento no valor indicado. João exerceu mandato eletivo como chefe
do Executivo municipal até 31/12/2012, haja vista que não foi
reeleito. No caso em tela, com base na jurisprudência do
Supremo Tribunal Federal, em setembro de 2021, a pretensão ministerial
de ressarcimento ao erário em face de João:
a) ainda não estava prescrita, pois o prazo começa a
contar a partir do término do mandato eletivo
b) ainda não estava prescrita, pois o ressarcimento ao erário
é imprescritível, em qualquer hipótese
c) já estava prescrita, pois se aplica o prazo de
três anos contados a partir do término do mandato eletivo
do agente público
d) já estava prescrita, pois não se trata de ato
de improbidade administrativa doloso, que ensejaria a imprescritibilidade do ressarcimento
ao erário
e) ainda não estava prescrita, pois o ressarcimento ao erário
é imprescritível, desde que o ato ilícito também configure ato
de improbidade, culposo ou doloso
Resposta: D
20) (FGV/2022/TJ-AP/JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO)
O Estado Alfa realizou o chamado, pela nova Lei de
Licitação (Lei nº 14.133/2021), procedimento de credenciamento, na medida em
que realizou um processo administrativo de chamamento público, convocando interessados
em prestar determinados serviços para que, preenchidos os requisitos necessários,
se credenciassem no órgão para executar o objeto quando convocados.
Cumpridas todas as formalidades legais, na presente hipótese, de acordo
com o citado diploma legal, em se tratando de caso
Questões de JUIZ
de objeto que deva ser contratado por meio de credenciamento,
a licitação é:
a) inexigível, por expressa previsão legal
b) dispensável, por expressa previsão legal;
c) obrigatória, na modalidade diálogo competitivo
d) obrigatória, na modalidade pregão
e) obrigatória, na modalidade leilão
Resposta: A
21) (FGV/2022/TJ-AP/JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO)
João é proprietário de imóvel rural que engloba grande área
na cidade Alfa, interior do Estado. O imóvel de João,
sem seu conhecimento, foi invadido por terceiras pessoas que passaram
a cultivar plantas psicotrópicas (maconha) de forma ilícita. O Município
Alfa ajuizou ação perante a Justiça Estadual visando à desapropriação
confisco do imóvel de João. No caso em tela, de
acordo com o entendimento do Supremo Tribunal Federal, a expropriação
prevista no Art. 243 da Constituição da República de 1988:
a) pode ser afastada, desde que o proprietário João comprove
que não incorreu em dolo ou culpa grave, pois possui
responsabilidade subjetiva, vedada a inversão do ônus da prova, mas
o Juízo deve extinguir o processo sem resolução do mérito
pela ilegitimidade ativa do Município Alfa, pois a ação deve
ser proposta pela União, na Justiça Federa
b) pode ser afastada, desde que o proprietário João comprove
que não incorreu em dolo ou culpa grave, pois possui
responsabilidade subjetiva, vedada a inversão do ônus da prova, mas
o Juízo deve extinguir o processo sem resolução do mérito
pela ilegitimidade ativa do Município Alfa, pois a ação deve
ser proposta pelo Estado
c) não pode ser afastada, pois João possui responsabilidade objetiva,
vedada a inversão do ônus da prova, e o Judiciário
deve julgar procedente o pedido de desapropriação confisco, de maneira
que o imóvel de João seja destinado à reforma agrária
e a programas de habitação popular, sem qualquer indenização ao
proprietário e sem prejuízo de outras sanções previstas em lei
Questões de JUIZ
d) pode ser afastada, desde que o proprietário João comprove
que não incorreu em culpa, ainda que in vigilando ou
in eligendo, pois possui responsabilidade subjetiva, com inversão do ônus
da prova, mas o Juízo deve extinguir o processo sem
resolução do mérito pela ilegitimidade ativa do Município Alfa, pois
a ação deve ser proposta pela União, na Justiça Federal;
e) não pode ser afastada, pois João possui responsabilidade objetiva,
admitida a inversão do ônus da prova, e o Judiciário
deve julgar procedente o pedido de desapropriação confisco, sendo que
todo e qualquer bem de valor econômico apreendido em decorrência
do tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins será confiscado
e reverterá a fundo especial com destinação específica, na forma
da lei.
Resposta: D
22) (FGV/2022/TJ-MG/JUIZ)
Com relação à requisição administrativa de leitos, medicamentos e insumos,
feita pelo Poder Público, em razão de pandemia por COVID-19,
assinale a afirmativa correta
a)Constitui limitação constitucional à propriedade privada, através de ato de
império do Poder Público, bastando a demonstração da necessidade e
do perigo público iminente.
b)Na requisição administrativa será garantida a indenização prévia do dano
ao particular.
c)Além do aspecto legal, o Poder Judiciário pode acrescentar outras
medidas políticas que entende cabíveis, a serem adotadas na requisição,
além daquelas estabelecidas pelo Executivo.
d)Não cabeao Poder Judiciário a fixação do valor da
indenização, que deve ser estabelecida posteriormente ao ato de intervenção
na propriedade privada.
Resposta: A
Questões de JUIZ
23) (FGV/2022/TJ-MG/JUIZ)
Acerca do provimento de cargo efetivo, assinale a afirmativa correta.
a)A remoção de servidor público para cargo diverso, também efetivo,
configura provimento do novo cargo
b)A reestruturação de cargos, com extinção do cargo ocupado, acarreta
o provimento automático do novo cargo, ainda que com atribuições
diversas
c)A permanência no cargo efetivo por nomeação pode acarretar a
efetividade, por decurso do tempo
d)Se dá por concurso público de provas ou de provas
e títulos, obedecida a ordem de classificação do certame
Resposta: D
24) (FGV/2022/TJ-MG/JUIZ)
As ações coletivas são a cada dia mais utilizadas no
Judiciário, pois ampliam o acesso do cidadão à Justiça, diminuem
o número de processos e simplificam a execução do julgado.
A esse respeito, analise as afirmativas a seguir. I. O
mandado de segurança coletivo só pode ser impetrado por partido
político com representação no Congresso Nacional ou organização sindical, entidade
de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há
mais de um ano, em defesa dos interesses de seus
membros ou associados, independentemente de suas finalidades estatutárias. II. Na
ação civil pública relativa a uso de medicamentos, ajuizada pelo
Ministério Público em defesa de interesse homogêneo indisponível, a procedência
do pedido alcança todos os titulares dos direitos reconhecidos e
permite a execução nos próprios autos. III. Na ação popular
multitudinária, além do cidadão, em dia com suas obrigações eleitorais,
se ocorrer lesão ao erário público, também o Ministério Público
poderá ingressar com a ação. Está correto o que se
afirma em
a) I, somente
b) I e II, somente
c) I, II e III
d) II e III, somente.
Questões de JUIZ
Resposta: D
25) (FGV/2022/TJ-MG/JUIZ)
Com relação à requisição administrativa de leitos, medicamentos e insumos,
feita pelo Poder Público, em razão de pandemia por COVID-19,
assinale a afirmativa correta.
a)Constitui limitação constitucional à propriedade privada, através de ato de
império do Poder Público, bastando a demonstração da necessidade e
do perigo público iminente
b)Na requisição administrativa será garantida a indenização prévia do dano
ao particular
c)Além do aspecto legal, o Poder Judiciário pode acrescentar outras
medidas políticas que entende cabíveis, a serem adotadas na requisição,
além daquelas estabelecidas pelo Executivo
d)Não cabe ao Poder Judiciário a fixação do valor da
indenização, que deve ser estabelecida posteriormente ao ato de intervenção
na propriedade privada
Resposta: A
26) (FGV/2022/TJ-MG/JUIZ)
Sobre a remuneração do servidor público, analise as afirmativas a
seguir. I. As gratificações recebidas pelo servidor público, ainda que
a título transitório, se incorporam à remuneração e não podem
ser suprimidas, pois fazem parte da remuneração. II. As modificações
do regime jurídico alteram a remuneração do servidor público, mas
o valor recebido deve ser mantido, em razão do princípio
da irredutibilidade da remuneração. III. Os subsídios dos agentes políticos
são pagos de uma só vez, não se admitindo o
pagamento do 13º (décimo terceiro) salário. IV. Somente poderá ser
fixada ou alterada por lei específica, observada a iniciativa privativa.
Está correto o que se afirma em
a)I, II e III, somente.
b)I e II, somente.
c)I, II, III e IV.
d)II e IV, somente.
Questões de JUIZ
Resposta: D
27) (FGV/2022/TJ-MG/JUIZ)
Analise as afirmativas a seguir. I. O conjunto dos bens
móveis e imóveis existentes no país e cuja conservação seja
de interesse público, por sua vinculação a fatos memoráveis da
História do Brasil constitui patrimônio histórico. II. As coisas tombadas
não poderão sair do país, exceto em caso de intercâmbio
cultural. III. O tombamento de bens pertencentes aos Municípios se
fará de ofício, mas deverá ser notificada a entidade a
quem pertencer. Está correto o que se afirma em
a) I, somente
b) I e II, somente
c) I, II e III.
d) II e III, somente.
Resposta: C
28) (FGV/TRIB.JUSTIÇA AMAPÁ-AP/JUIZ SUBSTITUTO/2022)
João, então prefeito do Município Alfa, em janeiro de 2012, de
forma culposa, permitiu a aquisição de bem por preço superior
ao de mercado, na medida em que firmou contrato
administrativo com a sociedade empresária Beta para compra de
veículos para a frota oficial do Município com sobrepreço de
R$ 100.000,00. O Ministério Público recebeu representação
noticiando a ilegalidade em junho de 2013, instaurou inquérito
civil e somente concluiu a investigação em setembro de 2021,
confirmando que houve, de fato, superfaturamento no valor
indicado. João exerceu mandato eletivo como chefe do Executivo
municipal até 31/12/2012, haja vista que não foi reeleito.
No caso em tela, com base na jurisprudência do Supremo
Tribunal Federal, em setembro de 2021, a pretensão ministerial
de ressarcimento ao erário em face de João:
(A) ainda não estava prescrita, pois o prazo começa a contar a
partir do término do mandato eletivo;
(B) ainda não estava prescrita, pois o ressarcimento ao erário é
Questões de JUIZ
imprescritível, em qualquer hipótese;
(C) já estava prescrita, pois se aplica o prazo de três anos
contados a partir do término do mandato eletivo do agente
público;
(D) já estava prescrita, pois não se trata de ato de improbidade
administrativa doloso, que ensejaria a imprescritibilidade do
ressarcimento ao erário;
(E) ainda não estava prescrita, pois o ressarcimento ao erário é
imprescritível, desde que o ato ilícito também configure ato
de improbidade, culposo ou doloso.
Resposta: D
29) (FGV/TRIB.JUSTIÇA AMAPÁ-AP/JUIZ SUBSTITUTO/2022)
O Estado Alfa celebrou com uma organização da sociedade civil
(OSC) uma espécie de parceria, mediante transferência voluntária
de recursos para consecução de plano de trabalho proposto pelo
poder público estadual, em regime de mútua cooperação, para a
consecução de finalidades de interesse público e recíproco
propostas pela Administração Pública, consistentes na promoção
e divulgação do “Programa à Vítima e Testemunha Ameaçadas no
Estado Alfa”, garantindo, na forma da lei, às vítimas e às
testemunhas, alimentação, saúde, moradia, educação e lazer, de
maneira a promover a reinserção social dos sujeitos em proteção
em um novo território fora do local de risco.
De acordo com a Lei nº 13.019/2014, no caso em tela, o
instrumento adequado utilizado foi o:
(A) contrato de gestão, e o serviço firmado foi delegado à OSC,
contratada mediante licitação;
(B) termo de colaboração, e a OSC foi selecionada por meio de
chamamento público;
(C) termo de parceria, e a OSC foi selecionada mediante
inexigibilidade de licitação;
(D) termo de fomento, e a OSC foi selecionada mediante
contratação direta;
(E) acordo de cooperação, e deve haver prestação de contas
sobre os recursos financeiros transferidos ao Tribunal de
Contas.
Questões de JUIZ
Resposta: B
30) (FGV/TRIB.JUSTIÇA AMAPÁ-AP/JUIZ SUBSTITUTO/2022)
O Estado Gama, por meio de emenda constitucional, acresceu à
sua Constituição Estadual norma instituindo o teto remuneratório
dos servidores públicos estaduais limitado ao valor do subsídio
mensal dos ministros do Supremo Tribunal Federal.
De acordo com a Constituição da República de 1988 e a
jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, a mencionada
norma é:
(A) inconstitucional, pois a Constituição da República de 1988
dispõe que é facultado aos Estados fixar, em seu âmbito,
mediante emenda às respectivas Constituições estaduais, o
teto remuneratório dos servidores públicos estaduais do
Judiciário, adotando, como limite único, o valor do subsídio
mensal dos desembargadores dos respectivos Tribunais de
Justiça, limitado a 95% do subsídio mensal dos ministros do
Supremo Tribunal Federal;
(B) inconstitucional, pois a Constituição da República de 1988
dispõe que é facultado aos Estados fixar, em seu âmbito,
mediante emenda às respectivas Constituições estaduais, o
teto remuneratóriodos servidores públicos estaduais, exceto
no que se refere aos subsídios dos deputados estaduais,
adotando, como limite único, o valor do subsídio mensal dos
desembargadores dos respectivos Tribunais de Justiça,
limitado a 90,25% do subsídio mensal dos ministros do
Supremo Tribunal Federal;
(C) inconstitucional, pois a Constituição da República de 1988
dispõe que é obrigatório aos Estados fixar, em seu âmbito,
mediante emenda às respectivas Constituições estaduais, o
teto remuneratório dos servidores públicos estaduais, exceto
no que se refere aos subsídios dos magistrados, adotando,
como limite único, o valor do subsídio mensal dos
desembargadores dos respectivos Tribunais de Justiça,
limitado a 90,25% do subsídio mensal do governador do
Estado;
(D) constitucional, pois reproduziu o texto da Constituição da
República de 1988 que estabelece como limite para o teto da
remuneração dos ocupantes de cargos, funções e empregos
públicos da administração direta e indireta de qualquer dos
Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, o subsídio mensal, em espécie, dos ministros do
Questões de JUIZ
Supremo Tribunal Federal;
(E) constitucional, pois reproduziu o texto da Constituição da
República de 1988 que estabelece como limite para o teto da
remuneração dos ocupantes de cargos, funções e empregos
públicos da administração direta, autárquica e fundacional,
dos membros de qualquer dos Poderes da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, o subsídio
mensal, em espécie, dos ministros do Supremo Tribunal
Federal.
Resposta: B
31) (FGV/TRIB.JUSTIÇA AMAPÁ-AP/JUIZ SUBSTITUTO/2022)
A sociedade empresária Alfa exercia a venda de produtos
alimentícios em uma mercearia, com licença municipal específica
para tal atividade. No entanto, os proprietários do comércio
também desenvolviam comercialização de fogos de artifício, de
forma absolutamente clandestina, pois sem a autorização do
poder público. Durante as inspeções ordinárias, o poder público
nunca encontrou indícios de venda de fogos de artifício,
tampouco o fato foi alguma vez noticiado à municipalidade. Certo
dia, grande explosão e incêndio ocorreram no comércio,
causados pelos fogos de artifício, que atingiram a casa de João,
morador vizinho à mercearia, que sofreu danos morais e
materiais. João ajuizou ação indenizatória em face do Município,
alegando que incide sua responsabilidade objetiva por omissão.
No caso em tela, valendo-se da jurisprudência do Supremo
Tribunal Federal, o magistrado deve julgar:
(A) procedente o pedido, pois se aplica a teoria do risco
administrativo, de maneira que não é necessária a
demonstração do dolo ou culpa do Município, sendo devida a
indenização;
(B) procedente o pedido, pois, diante da omissão específica do
Município, aplica-se a teoria do dano in re ipsa, devendo o
poder público arcar com a indenização, desde que exista nexo
causal entre o incêndio e os danos sofridos por João;
(C) procedente o pedido, diante da falha da Administração
Municipal na fiscalização de atividade de risco, qual seja, o
Questões de JUIZ
estabelecimento destinado a comércio de fogos de artifício,
incidindo a responsabilidade civil objetiva;
(D) improcedente o pedido, pois, apesar de ser desnecessária a
demonstração de violação de um dever jurídico específico de
agir do Município, a responsabilidade civil originária é da
sociedade empresária Alfa, de maneira que o Município
responde de forma subsidiária, caso a responsável direta pelo
dano seja insolvente;
(E) improcedente o pedido, pois, para que ficasse caracterizada a
responsabilidade civil do Município, seria necessária a
violação de um dever jurídico específico de agir, seja pela
concessão de licença para funcionamento sem as cautelas
legais, seja pelo conhecimento do poder público de eventuais
irregularidades praticadas pelo particular, o que não é o caso.
Resposta: E
32) (FGV/TRIB.JUSTIÇA AMAPÁ-AP/JUIZ SUBSTITUTO/2022)
O Município Beta, após revisão de seu plano diretor com a oitiva
da sociedade civil, por meio de diversas audiências públicas,
concluiu que necessitava de áreas para a execução de programas
e projetos habitacionais de interesse social. Dessa forma, foi
editada lei municipal, baseada no citado plano diretor,
delimitando as áreas em que incidirá direito de preempção, com
prazo de vigência de quatro anos. O direito de preempção
conferiu ao poder público municipal preferência para aquisição
de imóvel urbano objeto de alienação onerosa entre particulares,
naquela área especificada. Por entender que a citada lei
municipal é inconstitucional por violar seu direito de
propriedade, João alienou a Maria seu imóvel urbano incluído na
área prevista na lei, sem oportunizar ao município o direito de
preferência. O Município Beta ajuizou ação pleiteando a
invalidação do negócio jurídico celebrado entre João e Maria,
requerendo que lhe sejam assegurados os direitos previstos no
Estatuto da Cidade.
No caso em tela, o magistrado deve observar que a Lei nº
10.257/2001 dispõe que a alienação do imóvel de João a Maria é:
(A) válida e eficaz, haja vista que a lei municipal é materialmente
Questões de JUIZ
inconstitucional por violar o direito de propriedade de João,
na medida em que não especificou os proprietários de
imóveis que serão desapropriados;
(B) válida e eficaz, haja vista que a lei municipal é formalmente
inconstitucional por violar o direito de propriedade de João,
visto que é competência legislativa dos Estados editar normas
dispondo sobre esse tipo de limitação administrativa;
(C) nula de pleno direito, e o Município poderá adquirir o imóvel
pelo seu valor venal previsto na base de cálculo do IPTU ou
pelo valor da transação, se este for inferior àquele, pois o
direito de preempção é uma espécie de limitação
administrativa;
(D) válida e ineficaz, haja vista que o Município deverá
comprovar, durante a fase de instrução probatória, a
utilidade pública, a necessidade pública ou o interesse social
para exercer seu direito de preferência, por meio da
desapropriação;
(E) nula de pleno direito, e o Município poderá adquirir o imóvel
pelo seu valor venal, a ser definido por perícia de avaliação
judicial, assegurados o contraditório e a ampla defesa, pois o
direito de preempção é uma espécie de desapropriação
especial urbana.
Resposta: C
33) (FGV/TRIB.JUSTIÇA AMAPÁ-AP/JUIZ SUBSTITUTO/2022)
O Estado Alfa realizou o chamado, pela nova Lei de Licitação (Lei
nº 14.133/2021), procedimento de credenciamento, na medida
em que realizou um processo administrativo de chamamento
público, convocando interessados em prestar determinados
serviços para que, preenchidos os requisitos necessários, se
credenciassem no órgão para executar o objeto quando
convocados.
Cumpridas todas as formalidades legais, na presente hipótese, de
acordo com o citado diploma legal, em se tratando de caso de
objeto que deva ser contratado por meio de credenciamento, a
licitação é:
(A) inexigível, por expressa previsão legal;
Questões de JUIZ
(B) dispensável, por expressa previsão legal;
(C) obrigatória, na modalidade diálogo competitivo;
(D) obrigatória, na modalidade pregão;
(E) obrigatória, na modalidade leilão.
Resposta: A
34) (FGV/TRIB.JUSTIÇA AMAPÁ-AP/JUIZ SUBSTITUTO/2022)
Maria foi aprovada em concurso público para o cargo efetivo de
analista processual do Estado Delta e classificada em quinto
lugar. O edital do concurso ofereceu apenas quatro vagas, não
obstante houvesse dez cargos efetivos vagos. O resultado final do
concurso foi regularmente homologado e, durante o seu prazo de
validade, que não foi prorrogado e acaba na próxima semana, o
Estado Delta convocou e nomeou os quatro primeiros
classificados. Maria logrou obter informações e documentos que
comprovam, de forma cabal, que o Estado Delta recentemente
nomeou, sem prévio concurso público, para cargo em comissão,
três pessoas para exercerem exatamente as mesmas funções
afetas ao cargo de analista processual, de necessidade
permanente para o Estado, sendo que, para desempenho da
mesma função, há ainda servidorestemporários com
prorrogações sucessivas de seus contratos de trabalho. Assim,
Maria impetrou mandado de segurança, pleiteando sua
convocação, nomeação e posse.
Consoante a atual jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, a
ordem deve ser:
(A) denegada, pois apenas convertem a mera expectativa de
direito em direito subjetivo à nomeação os candidatos
aprovados dentro do número de vagas oferecidas no edital
do concurso público;
(B) denegada, pois apenas possuem direito subjetivo à nomeação
os candidatos aprovados dentro do número de vagas e os que
forem preteridos pela administração pública por burla à
ordem de classificação;
(C) denegada, pois apenas possuem direito subjetivo à nomeação
os candidatos aprovados dentro do número de vagas e
aqueles que forem preteridos na ordem de classificação, bem
Questões de JUIZ
como se houver abertura de novo concurso para o mesmo
cargo, durante o prazo de validade do certame anterior;
(D) concedida, pois Maria passou a ter direito subjetivo à
nomeação, na medida em que surgiram novas vagas durante
o prazo de validade do certame, o que gera automaticamente
o direito à nomeação dos candidatos aprovados fora das
vagas previstas no edital do concurso anterior;
(E) concedida, pois Maria passou a ter direito subjetivo à
nomeação, na medida em que foi preterida de forma
arbitrária e imotivada por parte da administração pública, em
comportamento expresso que revela a inequívoca
necessidade de sua nomeação.
Resposta: E
35) (FGV/TRIB.JUSTIÇA AMAPÁ-AP/JUIZ SUBSTITUTO/2022)
A sociedade de economia mista Beta do Município X recebeu
formalmente, por meio de lei específica, delegação do poder de
polícia do Município para prestar serviço de policiamento do
trânsito na cidade, inclusive para aplicar multa aos infratores.
Sabe-se que a entidade Beta é uma empresa estatal municipal de
capital majoritariamente público, que presta exclusivamente
serviço público de atuação própria do poder público e em regime
não concorrencial. Por entender que o Município X não poderia
delegar o poder de polícia a pessoa jurídica de direito privado, o
Ministério Público ajuizou ação civil pública pleiteando a
declaração de nulidade da delegação e das multas aplicadas,
assim como a assunção imediata do serviço pelo Município.
No caso em tela, de acordo com a atual jurisprudência do
Supremo Tribunal Federal em tema de repercussão geral, a
pretensão ministerial:
(A) não deve ser acolhida, pois é constitucional a delegação do
poder de polícia na forma realizada, inclusive no que
concerne à sanção de polícia;
(B) não deve ser acolhida, pois é constitucional a delegação do
poder de polícia a qualquer pessoa jurídica de direito privado,
desde que cumprido o único requisito que é a prévia
autorização legal;
Questões de JUIZ
(C) deve ser acolhida, pois é inconstitucional a delegação do
poder de polícia, em qualquer das fases de seu ciclo, a pessoa
jurídica de direito privado integrante da administração
indireta;
(D) deve ser acolhida parcialmente, pois é inconstitucional a
delegação do poder de polícia, nas fases de seu ciclo de
ordem de polícia e de sanção de polícia, a pessoa jurídica de
direito privado integrante da administração indireta;
(E) deve ser acolhida parcialmente, pois, apesar de ser
constitucional a delegação do poder de polícia para o serviço
público de fiscalização de trânsito, é inconstitucional tal
delegação no que concerne à aplicação de multa, que deve
ser feita por pessoa jurídica de direito público.
Resposta: A
36) (FGV/TRIB.JUSTIÇA AMAPÁ-AP/JUIZ SUBSTITUTO/2022)
João é proprietário de imóvel rural que engloba grande área na
cidade Alfa, interior do Estado. O imóvel de João, sem seu
conhecimento, foi invadido por terceiras pessoas que passaram a
cultivar plantas psicotrópicas (maconha) de forma ilícita. O
Município Alfa ajuizou ação perante a Justiça Estadual visando à
desapropriação confisco do imóvel de João.
No caso em tela, de acordo com o entendimento do Supremo
Tribunal Federal, a expropriação prevista no Art. 243 da
Constituição da República de 1988:
(A) pode ser afastada, desde que o proprietário João comprove
que não incorreu em dolo ou culpa grave, pois possui
responsabilidade subjetiva, vedada a inversão do ônus da
prova, mas o Juízo deve extinguir o processo sem resolução
do mérito pela ilegitimidade ativa do Município Alfa, pois a
ação deve ser proposta pela União, na Justiça Federal;
(B) pode ser afastada, desde que o proprietário João comprove
que não incorreu em dolo ou culpa grave, pois possui
responsabilidade subjetiva, vedada a inversão do ônus da
prova, mas o Juízo deve extinguir o processo sem resolução
do mérito pela ilegitimidade ativa do Município Alfa, pois a
ação deve ser proposta pelo Estado;
Questões de JUIZ
(C) não pode ser afastada, pois João possui responsabilidade
objetiva, vedada a inversão do ônus da prova, e o Judiciário
deve julgar procedente o pedido de desapropriação confisco,
de maneira que o imóvel de João seja destinado à reforma
agrária e a programas de habitação popular, sem qualquer
indenização ao proprietário e sem prejuízo de outras sanções
previstas em lei;
(D) pode ser afastada, desde que o proprietário João comprove
que não incorreu em culpa, ainda que in vigilando ou in
eligendo, pois possui responsabilidade subjetiva, com
inversão do ônus da prova, mas o Juízo deve extinguir o
processo sem resolução do mérito pela ilegitimidade ativa do
Município Alfa, pois a ação deve ser proposta pela União, na
Justiça Federal;
(E) não pode ser afastada, pois João possui responsabilidade
objetiva, admitida a inversão do ônus da prova, e o Judiciário
deve julgar procedente o pedido de desapropriação confisco,
sendo que todo e qualquer bem de valor econômico
apreendido em decorrência do tráfico ilícito de
entorpecentes e drogas afins será confiscado e reverterá a
fundo especial com destinação específica, na forma da lei.
Resposta: D
Direito Ambiental
37) (CESPE/2019/TJ-BA/JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO)
Em 2006, um imóvel rural localizado no bioma
caatinga e fora da Amazônia Legal foi completamente
desmatado por seu proprietário, que, em decorrência disso,
foi autuado, no mesmo ano, pelo órgão ambiental
federal competente e penalizado com multa. Nessa situação
hipotética, para eximir-se do pagamento da multa, basta
ao proprietário
a) aderir ao Programa de Regularização Ambiental e
assinar termo de compromisso de reparação integral do dano.
b) inscrever o imóvel no Cadastro Ambiental Rural,
aderir ao Programa de Regularização Ambiental e adquirir
Questões de JUIZ
cotas de reserva ambiental para reparar 80% do dano.
c) inscrever o imóvel no Cadastro Ambiental Rural,
aderir ao Programa de Regularização Ambiental, assinar termo
de compromisso e reparar 50% do dano.
d) inscrever o imóvel no Cadastro Ambiental Rural,
aderir ao Programa de Regularização Ambiental, assinar termo
de compromisso e reparar integralmente o dano.
e) inscrever o imóvel no Cadastro Ambiental Rural,
adquirir cotas de reserva ambiental e se comprometer
a recuperar 50% da área degradada.
Resposta: D
38) (CESPE/2019/TJ-BA/JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO)
O MP de determinado estado da Federação propôs
ação civil pública consistente em pedido liminar para
obstar a construção de empreendimento às margens de
um rio desse estado. No local escolhido, uma
área de preservação permanente, a empresa empreendedora desmatou
irregularmente 200 ha para instalar o empreendimento. A
liminar incluiu, ainda, pedido para que a empresa
fosse obrigada a iniciar imediatamente replantio na área
desmatada. Nessa situação hipotética, a ação civil pública
proposta deverá discutir
a) apenas a responsabilidade civil da empresa.
b) as responsabilidades civil e criminal da empresa.
c) as responsabilidades civil e administrativa da empresa.
d) apenas a responsabilidade administrativa da empresa.
e) as responsabilidades civil, administrativa e criminal da
empresa.
Resposta: A
Questões de JUIZ
39) (CESPE/2019/TJ-BA/JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO)
Considerando que um cidadão brasileiro pretenda instalarum
criadouro de pássaros silvestres típicos da região em
que ele habita e que essas aves não
correm o risco de extinção, assinale a opção
correta, acerca da aprovação de funcionamento dessa atividade.
a) A competência para aprovar o funcionamento dessa
atividade é federal, pois se trata de criadouro
de pássaros silvestres.
b) A competência para aprovar o funcionamento dessa
atividade é estadual, pois se trata de criadouro
de pássaros pertencentesà fauna silvestre.
c) A competência para aprovar o funcionamento dessa
atividade é municipal, uma vez que a fauna
em referência é típica da região do município
em que o criadouro será instalado.
d) A solicitação de autorização de funcionamento do
criadouro pode ser feita a órgão federal ou
estadual, pois se trata de competência concorrente.
e) A aprovação para o exercício da atividade
de criação de pássaros silvestres em território nacional,
por cidadão brasileiro, é desnecessária.
Resposta: B
40) (CESPE/2019/TJ-PA/JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO)
Com base na jurisprudência do STJ, é correto
afirmar que, em matéria de proteção ambiental em
que se verifiquem omissão no cumprimento de fiscalizar,
por falta de recursos, e, em consequência, o
agravamento do dano causado, o Estado
a) poderá ser civilmente responsabilizado, em razão da
sua omissão no dever de fiscalizar.
b) não poderá ser responsabilizado, pois quem deve
ser responsabilizado pelo dano é quem o causou.
c) poderá ser criminalmente responsabilizado, em razão da
sua omissão no dever de fiscalizar.
Questões de JUIZ
d) poderá ser administrativamente responsabilizado, em razão da
sua omissão
e) não poderá ser responsabilizado, pois ao caso
se aplica o princípio da reserva do possível.
Resposta: A
41) (CESPE/2019/TJ-PA/JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO)
No caso de uma empresa que pretenda iniciar
atividade de mineração no estado do Pará, o
EIA exigido para licenciar essa atividade deverá ser
custeado
a) pelo órgão licenciador, o que envolve trabalhos
e inspeções de campo, análises de laboratório e
estudos técnicos e científicos.
b) pela empresa, competindo ao órgão licenciador a
elaboração do RIMA.
c) pela empresa, competindo ao órgão licenciador a
elaboração desse estudo.
d) pela empresa, assim como lhe compete a
elaboração desse estudo e do RIMA.
e) pelo órgão licenciador, assim como lhe compete
a elaboração do RIMA, mas, ao término do
processo, ele será ressarcido pela empresa.
Resposta: D
42) (CESPE/2019/TJ-PA/JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO)
Associação civil de defesa do meio ambiente fundada
em 2015 propôs uma ação civil pública contra
determinada indústria de produção de vinagre que causara
grave degradação ambiental. Na ação, solicita-se a condenação
da obrigação de fazer, materializada na limpeza do
rio, cumulada com a de reparar os danos
Questões de JUIZ
causados ao rio, em razão da morte de
duas toneladas de peixes. Nessa situação hipotética, segundo
a jurisprudência do STJ, a associação civil de
defesa do meio ambiente
a) não detém legitimidade para propor a ação
civil pública, visto que essa competência é privativa
do Ministério Público.
b) deveria ter proposto uma ação popular, em
vez de uma ação civil pública para pleitear
essa demanda.
c) deveria ter pleiteado alternativamente a condenação da
obrigação de fazer ou a reparação dos danos
causados ao rio.
d) deveria ter pleiteado, em primeiro lugar, a
condenação da obrigação de fazer e, subsidiariamente, a
de reparar os danos causados ao rio.
e) pleiteou corretamente, cumulativa e simultaneamente, a obrigação
de fazer e a de reparar os danos
causados ao rio.
Resposta: E
43) (CESPE/2019/TJ-PA/JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO)
O CONAMA faz parte do SISNAMA. Considerando-se a
composição do SISNAMA e as suas atribuições, é
correto afirmar que o CONAMA
a) tem como finalidade deliberar, no âmbito de
sua competência, sobre normas e padrões compatíveis com
o meio ambiente ecologicamente equilibrado e essencial à
sadia qualidade de vida.
b) tem a função de assessorar o presidente
da República na formulação da política nacional e
nas diretrizes governamentais para o meio ambiente e
os recursos ambientais.
c) tem a finalidade de planejar, coordenar, supervisionar
e controlar, como órgão federal, a política nacional
e as diretrizes governamentais fixadas para o meio
Questões de JUIZ
ambiente.
d) é órgão federal que detém a responsabilidade
de fazer executar a política e as diretrizes
governamentais fixadas para o meio ambiente.
e) é órgão interestadual que detém a responsabilidade
de executar programas e projetos e controlar e
fiscalizar atividades capazes de provocar degradação ambiental.
Resposta: A
44) (CESPE/2019/TJ-PA/JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO)
A respeito da responsabilização por danos ambientais, assinale
a opção correta.
a) O IBAMA tem competência para propor denúncia
criminal na justiça federal para a responsabilização ambiental
criminal.
b) Órgão estadual de meio ambiente tem competência
para propor ação civil pública na justiça federal
para a responsabilização ambiental administrativa.
c) O Ministério Público Federal tem competência para
lavrar auto de infração, com vistas à responsabilização
ambiental administrativa, e para apreender produtos e instrumentos
usados em infração ambiental.
d) Órgão estadual de meio ambiente tem competência
para lavrar auto de infração, com vistas à
responsabilização ambiental administrativa, e para apreender produtos e
instrumentos usados em infração ambiental.
e) O Ministério Público estadual tem competência para
propor denúncia criminal na justiça federal para a
responsabilização ambiental administrativa.
Resposta: D
Questões de JUIZ
45) (CESPE/2019/TJ-PR/JUIZ SUBSTITUTO)
Conforme a Lei n.º 9.985/2000, que instituiu o
Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza
(SNUC), os requisitos necessários à criação de uma
unidade de conservação, exceto no caso de estação
ecológica ou reserva biológica, são
a) a publicação de lei autorizadora, a realização
de estudos técnicos para identificação da localização, da
dimensão e dos limites adequados da unidade, e
a elaboração de licenciamento ambiental.
b) a edição de ato autorizador do Poder
Executivo e a realização de estudos técnicos e
de consulta pública para a identificação da localização,
da dimensão e dos limites adequados da unidade.
c) a edição de ato autorizador do Poder
Executivo, a elaboração de licenciamento ambiental, a realização
de consulta pública e a verificação da existência
de população tradicional residente no local.
d) a publicação de lei autorizadora, a elaboração
de licenciamento ambiental, a identificação da dimensão e
dos limites da unidade e a verificação da
existência de população tradicional residente no local.
Resposta: B
46) (CESPE/2019/TJ-PR/JUIZ SUBSTITUTO)
Em uma área completamente preservada, com biomaintacto, localizada
em sua integralidade no bioma cerrado, existe uma
propriedade particular de 100 ha, dos quais 40
ha constituem reserva legal com a devida averbação
na matrícula do imóvel e como registro no
cadastro ambiental rural (CAR).Nessa situação, o limite máximo
de hectares que o proprietário poderá destinar para
fins de instituição de servidão ambiental corresponde a
a) 5 ha.
b) 25 ha.
c) 45 ha.
Questões de JUIZ
d) 65 ha
Resposta: D
47) (CESPE/2019/TJ-PR/JUIZ SUBSTITUTO)
Dentro de um parque municipal que consiste em
unidade de conservação criada por decreto municipal, o
IBAMA constatou a existência de habitações particulares licenciadas
pelo estado no qual o município se encontra
inserido. Tanto o IBAMA quanto a secretaria de
meio ambiente do município lavraram seus respectivos autos
de infração. Nessa situação hipotética, no que se
refere à competência para a autuação,
a)o auto de infração do IBAMA deve prevalecer
sobre o municipal.
b)o auto de infração do município deve prevalecer
sobre o do IBAMA.
c)nenhum dos autos de infração é válido.
d)ambos os autos de infração são válidos e
exigíveis
Resposta: B
48) (CESPE/2019/TJ-PR/JUIZ SUBSTITUTO)
A polícia ambiental apreendeu, na casa de João,
quinzeespécimes de aves silvestres da fauna brasileira
que estavam em cativeiro. Em seu depoimento, João
alegou que caçou os animais e que os
venderia na feira livre da cidade, para comprar
alimentos para a sua família. Considerando essa situação
hipotética, assinale a opção correta a respeito da
responsabilização penal de João.
a) João poderá ser condenado à pena de
Questões de JUIZ
detenção de seis meses a um ano e
multa, pelo fato de manter em cativeiro espécimes
da fauna silvestre, sem a devida autorização ou
licença ambiental.
b) João poderá ser condenado à pena de
reclusão de um a três anos e multa, uma vez que
mantinha em cativeiro espécimes da fauna silvestre,
sem a devida autorização ou licença ambiental.
c) João não poderá ser penalizado: a situação
caracteriza uma excludente de ilicitude.
d) O tipo penal pertinente à conduta de
João não admite hipótese de aumento da pena
Resposta: A
49) (FCC/2020/TJ-MS/JUIZ SUBSTITUTO)
Em mandado de segurança impetrado contra ato de
fiscal ambiental que apreendeu animal silvestre
(papagaio-verdadeiro) adquirido irregularmente,
o impetrante confessa a origem ilícita da
ave, mas alega que a adquiriu para sua
filha pequena há01 (um) ano, sendo a ave
um verdadeiro membro da família. Alega, por fim,
que a menina sente muita falta do papagaio.
Aordem deverá ser
a) negada, diante da origem ilícita do animal
silvestre.
b) concedida, tendo em vista a adaptabilidade do
animal ao convívio humano.
c) concedida em parte para permitir visitas da
família ao cativeiro do animal.
d) concedida em parte para permitir a permanência
do animal com a família por mais 02
(dois) anos.
e) negada com fundamento no princípio da pessoalidade
da sanção.
Questões de JUIZ
Resposta: A
50) (FCC/2020/TJ-MS/JUIZ SUBSTITUTO)
Em ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público,
pretende-se a declaração de nulidade de processo de
licitação para a concessão da área de uso
público de um parque estadual. A ação será
a) julgada procedente, tendo em vista a impossibilidade
de concessão de unidade de conservação da natureza.
b) extinta, sem resolução de mérito, por falta
de interesse de agir diante da ausência do
início efetivo do período de concessão de uso
do bem público.
c) julgada parcialmente procedente para condicionar o processo
licitatório à concessão integral da unidade de conservação.
d) extinta, sem resolução de mérito, por ilegitimidade
de parte no polo ativo.
e) julgada improcedente pela ausência de ilegalidade no
modelo proposto.
Resposta: E
51) (FCC/2020/TJ-MS/JUIZ SUBSTITUTO)
O Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE) de determinado estado da
federação foi produzido pela área técnica da Secretaria
do Meio Ambiente e por renomados professores da
respectiva universidade estadual, sendo, portanto,
a) inválido, diante da ausência de ampla participação
democrática.
b) válido pela qualificada discussão presente na sua
elaboração.
c) válido como fundamento para a elaboração de
planos diretores municipais.
d) válido como fundamento para compensação de reserva
legal.
e) inválido, diante da ausência de participação de
Questões de JUIZ
uma universidade federal presente no território do estado.
Resposta: A
52) (FCC/2020/TJ-MS/JUIZ SUBSTITUTO)
A utilização da Área de Uso Restrito da
planície inundável do Pantanal NÃO poderá comprometer as
funções ambientais do território,
a) que tem por finalidade principal garantir a
geração de energia hidráulica.
b) sendo admitida a presença extensiva do gado,
caracterizada como de baixo impacto, em pastagens nativas
nas áreas de preservação permanente dos rios, corixos
e baías.
c) e deverá respeitar as limitações estabelecidas no
Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE) Pantanal − Planície Litorânea.
d) e deverá respeitar as limitações estabelecidas no
Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE) realizado pelo MERCOSUL.
e) estando, ainda, condicionada à prévia autorização do
Conselho Estadual do Meio Ambiente.
Resposta: B
53) (FCC/2020/TJ-MS/JUIZ SUBSTITUTO)
A audiência pública no processo de licenciamento ambiental
a) é obrigatória, independentemente do grau de impacto
do empreendimento ou da atividade licenciada.
b) deve ser realizada no início do processo
de licenciamento ambiental para colheita de críticas e
sugestões e, ao final do processo, para a
respectiva devolutiva.
c) será realizada na sede do órgão ambiental
responsável pelo licenciamento ambiental.
Questões de JUIZ
d) não obriga o órgão responsável pelo licenciamento
ambiental a acolher as contribuições dela decorrentes, desde
que apresente justificativa.
e) ocorre em momento anterior à elaboração do EIA-RIMA.
Resposta: D
54) (FCC/2020/TJ-MS/JUIZ SUBSTITUTO)
O Ministério Público ajuizou uma ação civil pública
visando à declaração de nulidade de licenciamento ambiental
conduzido por estudo ambiental diverso do Estudo de
Impacto Ambiental e Respectivo Relatório (EIA-RIMA). O Magistrado
deverá
a) julgar, de forma antecipada, a ação procedente,
uma vez que o EIA-RIMA é obrigatório no
licenciamento ambiental.
b) julgar, de forma antecipada, a ação improcedente,
diante da presunção de legalidade do ato administrativo.
c) determinar a produção de prova pericial para
aferir a necessidade de elaboração do EIA-RIMA no
licenciamento ambiental.
d) determinar a produção de prova testemunhal para
aferir a necessidade de elaboração do EIA-RIMA.
e) extinguir o processo, sem resolução de mérito,
por verificar a ausência de interesse processual.
Resposta: C
55) (FCC/2020/TJ-MS/JUIZ SUBSTITUTO)
O Conselho Estadual do Meio Ambiente (CONSEMA) deliberou
que os licenciamentos ambientais conduzidos por Estudo de
Impacto Ambiental e Respectivo Relatório (EIA-RIMA)
serão estaduais e os demais, salvo aqueles de competência da
União (Lei Complementar Federal nº 140, de 08
Questões de JUIZ
de dezembro de 2011), serão municipais. A presente
deliberação
a) é nula, pois o Conselho Estadual do
Meio Ambiente não possui atribuição legal para fixar
regras de competência para o licenciamento ambiental.
b) é válida, pois compete ao Conselho Estadual
do Meio Ambiente definir quais licenciamentos ambientais serão
conduzidos pelo Município.
c) depende de regulamentação dos Conselhos Municipais de
Meio Ambiente para entrar em vigor.
d) é nula, pois o critério selecionado está
em desacordo com a normativa que rege o tema.
e) depende de ratificação do Conselho Nacional do
Meio Ambiente (CONAMA) para entrar em vigor.
Resposta: D
56) (FCC/2021/TJ-GO/JUIZ SUBSTITUTO)
José Bento, que cursou até a terceira série
do ensino fundamental, foi denunciado por adentrar, sem
autorização, um Refúgio da Vida Silvestre portando um
facão. Confessou que sabia da ilegalidade da conduta,
mas sua intenção era colher sementes para confecção
de artesanato. A ação penal deverá ser julgada
a) procedente com circunstância atenuante.
b) procedente com aplicação do perdão judicial.
c) improcedente pela atipicidade formal do fato.
d) improcedente pela ausência de dolo.
e) procedente com aplicação da pena dentro do
balizamento trazido pelo tipo penal, sem circunstâncias
agravantes ou atenuantes.
Resposta: A
Questões de JUIZ
57) (FCC/2021/TJ-GO/JUIZ SUBSTITUTO)
O Ministério Público Estadual ajuizou uma ação civil
pública em face dos atuais proprietários da Fazenda
São Pedro requerendo a instituição da Reserva Legal.
Em contestação, os réus alegaram que a supressão
da vegetação nativa respeitou os percentuais de Reserva
Legal previstos pela legislação vigente à época do
fato. A narrativa trazida pela defesa restou comprovada
por prova documental e pericial. A Fazenda não
está inscrita no Cadastro Ambiental Rural (CAR). A
ação deverá ser julgada
a) improcedente por se tratar de obrigação dos
proprietários que realizaram a supressão da vegetação nativa.
b) procedente, diante da ausência de inscrição da
Fazenda São Pedro no Cadastro Ambiental Rural (CAR).
c) improcedente, uma vez que a supressão da
vegetação nativa respeitou a legislação vigente à época
do fato.
d) procedente, uma vez que toda propriedade rural
deve possuir uma Reserva Legalem percentual fixado
pelo atual Código Florestal.
e) procedente, visto que a supressão foi realizada
pelos antigos proprietários, cabendo aos novos proprietários instituir
uma Reserva Legal nos moldes estabelecidos pelo atual
Código Florestal.
Resposta: C
58) (FCC/2021/TJ-GO/JUIZ SUBSTITUTO)
O proprietário da Fazenda Santa Teresa, cuja área
corresponde a três módulos fiscais, foi autuado pelo
plantio de soja em área de preservação permanente
localizada ao longo de um curso d’água que
corta o imóvel rural. Em defesa, alegou e
provou que o plantio ocorreu em data anterior
a 22 de julho de 2008. A Fazenda
não está inscrita no Cadastro Ambiental Rural (CAR).
O auto de infração ambiental foi mantido. O
Questões de JUIZ
proprietário ajuizou uma ação buscando a anulação do
ato administrativo, que deverá ser julgada
a) parcialmente procedente para determinar a continuidade da
atividade agrícola com a recuperação de uma faixa
de quinze metros ao longo do curso d’água.
b) extinta, sem resolução de mérito, diante da
presunção de veracidade dos atos administrativos.
c) parcialmente procedente para manter a continuidade da
atividade agrícola, mas sem possibilidade de alternância de
cultura.
d) procedente por se tratar da continuidade de
atividade agrícola em área consolidada.
e) improcedente pela impossibilidade de adesão ao Programa
de Regularização Ambiental (PRA).
Resposta: E
59) (FCC/2021/TJ-GO/JUIZ SUBSTITUTO)
Diante de uma crise hídrica, o setor energético
propõe uma gestão mais austera de seus reservatórios
de água para garantir o abastecimento de energia
elétrica. Nesse cenário,
a) o uso do reservatório será compartilhado, de
forma equânime e exclusiva, entre a produção energética
e o consumo humano.
b) deve ser garantido o uso múltiplo e
igualitário dos reservatórios sem que haja qualquer grau
de prioridade.
c) deve ser assegurado o uso prioritário dos
recursos hídricos para o consumo humano e para
a dessedentação de animais.
d) é obrigação do Poder Público buscar alternativas
para o consumo humano diante da prioridade do
setor energético no uso de seus reservatórios de
água.
e) a prioridade de uso dos reservatórios de
água será do setor energético, que deverá, diante
Questões de JUIZ
da ausência de alternativa viável, ceder até dez
por cento do reservatório para consumo exclusivo humano.
Resposta: C
60) (FCC/2021/TJ-GO/JUIZ SUBSTITUTO)
Na gestão da fauna silvestre, compete aos estados
a) exercer, de forma consorciada, o controle ambiental
da pesca em âmbito regional.
b) controlar a apanha de espécimes, ovos e
larvas destinadas à implantação de criadouros e à
pesquisa científica.
c) elaborar lista de espécies existentes em cada
município para fins comerciais.
d) aprovar a liberação de exemplares de espécie
exótica em ecossistemas naturais frágeis ou protegidos.
e) proteger a fauna migratória.
Resposta: B
61) (FGV/2022/TJ-AP/JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO)
Tendo em vista a grande especulação imobiliária do
Município X, o prefeito decide reduzir a área
de determinada Unidade de Conservação, para permitir a
construção de novas unidades imobiliárias. Sobre o caso,
é correto afirmar que o prefeito:
a) não pode mudar as dimensões da Unidade
de Conservação por decreto, o que apenas pode
ser feito por lei específica
b) pode reduzir as dimensões da Unidade de
Conservação caso ela tenha sido criada por decreto
do chefe do Poder Executivo municipal
c) apenas pode alterar as dimensões da Unidade
Questões de JUIZ
de Conservação caso ela tenha sido criada após
05 de outubro de 1988;
d) pode reduzir as dimensões da Unidade de
Conservação caso não haja derrubada de vegetação nativa
e não atinja área de proteção integral
e) não pode alterar a área da Unidade
de Conservação, o que depende de estudo prévio
de impacto ambiental e de licenciamento ambiental
Resposta: A
62) (FGV/2022/TJ-AP/JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO)
A sociedade Alfa Ltda., após obter licença ambiental
para construção de estacionamento em área inserida em
Estação Ecológica, é processada em ação civil pública,
em razão do dano ambiental causado. O autor
da ação comprova erro na concessão da licença,
tendo em vista que é vedada a construção
dentro da referida Unidade de Conservação. Em defesa,
a sociedade Alfa Ltda. alega que realizou a
construção amparada em licença ambiental presumidamente
válida. Sobre o caso, é correto afirmar que a ação
deve ser:
a) rejeitada e a licença ambiental mantida, em
respeito ao princípio da segurança jurídica e da
proteção da confiança;
b) rejeitada e a licença ambiental mantida, com
a imputação de responsabilidade integral à autoridade que
concedeu a licença indevidamente
c) acolhida em parte, para que a licença
seja concedida, mas limitada temporalmente, até que o
réu possa ser ressarcido dos investimentos efetivamente realizados
d) acolhida para a anulação da licença ambiental,
mas não para a reparação da lesão ambiental,
tendo em vista que o dano foi causado
por fato de terceiro, no caso, a concessão
da licença de forma errada;
e) acolhida, tendo em vista que os danos
Questões de JUIZ
ambientais são regidos pelo modelo da responsabilidade objetiva
e pela teoria do risco integral
Resposta: E
63) (FGV/2022/TJ-MG/JUIZ)
Quanto à área de Reserva Legal, assinale a
afirmativa correta
a) Durante o prazo de vigência da servidão
ambiental, é permitida a alteração da destinação da
área, nos casos de retificação dos limites do imóvel
b) A servidão ambiental será sempre onerosa e
temporária, com prazo máximo de 10 (dez) anos
c) A restrição ao uso ou à exploração da vegetação da
área sob servidão ambiental deve ser, no mínimo, a
mesma estabelecida para a Reserva Legal
d) É vedado ao detentor da servidão ambiental aliená-la,
podendo, apenas, cedê-la, parcialmente, por prazo determinado,
em favor de entidade pública, com fins especificamente
previstos em contrato
Resposta: C
64) (FGV/2022/TJ-MG/JUIZ)
O direito ao contraditório e à ampla defesa
é consagrado no inciso LV, do Art. 5º da Constituição
Federal. Em relação ao processo administrativo,
assinale a afirmativa correta
a) A área de Reserva Legal deverá ser
registrada no órgão ambiental competente por meio de
inscrição no Cadastro Ambiental Rural – CAR, assim
como eventual alteração de sua destinação, nos casos
de transmissão ou de desmembramento e, em se
Questões de JUIZ
tratando de posse do imóvel rural, a área
de Reserva Legal será assegurada por meio de
contrato firmado entre o possuidor e o órgão
ambiental competente, ficando o possuidor dispensado das obrigações
assumidas, em caso de transferência da posse
b) No parcelamento de imóveis rurais, a área
de Reserva Legal poderá ser agrupada em regime
de condomínio entre os adquirentes
c) A inserção do imóvel rural em perímetro
urbano definido mediante lei municipal desobriga o proprietário
da manutenção da área de Reserva Legal
d) O manejo florestal sustentável da vegetação da
Reserva Legal com propósito comercial estará dispensado da
autorização do órgão competente, desde que previamente comprovado
que será assegurada a manutenção da diversidade das
espécies.
Resposta: B
65) (FGV/TRIB.JUSTIÇA AMAPÁ-AP/JUIZ SUBSTITUTO/2022)
Com o objetivo de incentivar o desenvolvimento econômico
estadual, o governador do Estado X propõe projeto de lei de
regulamentação de atividade garimpeira e de exploração mineral,
simplificando o licenciamento ambiental, tornando-o de fase
única.
Sobre o caso, é correto afirmar que a lei é inconstitucional:
(A) por vício de iniciativa, tendo em vista que a iniciativa de lei de
licenciamento ambiental é de competência exclusiva da
Câmara dos Deputados;
(B) por vício de competência, tendo em vista que compete
privativamente à União legislar sobre jazidas, minas, outros
recursos minerais e metalurgia;
(C) tendo em vista que atividade garimpeira e de exploração
mineral exige licença prévia, licença de fixação, licença de
instalação, licença de operação e licença de controle
ambiental;
(D) tendo em vista que novas atividades garimpeiras e de
exploração mineral são vedadas no

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