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Catalog curso-135720-aula-01-v2 1·························································································· curso-135720-aula-02-v3 35························································································ curso-135720-aula-03-v2 99························································································ Aula 01 Legislação Especial - parte II (itens 2 e 3) p/ TJ-RJ - Pós-Edital Autores: Herbert Almeida, Time Herbert Almeida Aula 01 18 de Março de 2020 1 33 Sumário 1 Estatuto dos servidores públicos do Rio de Janeiro .................................................................... 5 2 Questões Comentadas .............................................................................................................. 22 3 Lista de Questões ...................................................................................................................... 30 4 Gabarito ..................................................................................................................................... 32 5 Referências ................................................................................................................................. 33 APRESENTAÇÃO DO CURSO Olá concurseiros e concurseiras. É com muita satisfação que estamos lançando este livro digital de Legislação Especial (tópicos 2 e 3) para o concurso de Todos os Cargos do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro - TJ-RJ. Antes de mais nada, gostaria de me apresentar. Meu nome é Herbert Almeida, sou Auditor de Controle Externo do Tribunal de Contas do Estado do Espírito Santo aprovado em 1º lugar no concurso para o cargo. Além disso, obtive o 1º lugar no concurso de Analista Administrativo do TRT/23º Região/2011. Meu primeiro contato com a Administração Pública ocorreu através das Forças Armadas. Durante sete anos, fui militar do Exército Brasileiro, exercendo atividades de administração como Gestor Financeiro, Pregoeiro, responsável pela Conformidade de Registros de Gestão e Chefe de Seção. Sou professor de Direito Administrativo e Administração Pública aqui no Estratégia Concursos. Além disso, tenho quatro paixões na minha vida! Primeiramente, sou apaixonado pelo que eu faço. Amo dar aulas aqui no Estratégia Concursos e espero que essa paixão possa contribuir na sua busca pela aprovação. Minhas outras três paixões são a minha esposa, Aline, e meus filhotes, Pietro e Gael (que de tão especial foi presenteado com um cromossomosinho a mais). Agora, vamos falar do nosso curso! O curso é composto por teoria, exercícios e videoaulas. O conteúdo será completo tanto no livro digital como nas videoaulas. Assim, você poderá optar por estudar tanto pelo material escrito, como pelos vídeos ou ainda pelos dois. Além disso, abordaremos a teoria completa, mas de forma objetiva, motivo pelo qual você não precisará complementar os estudos por outras fontes. As nossas aulas terão o conteúdo suficiente para você fazer a prova, abrangendo a teoria, jurisprudência e questões. Herbert Almeida, Time Herbert Almeida Aula 01 Legislação Especial - parte II (itens 2 e 3) p/ TJ-RJ - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1423022 2 33 Observo ainda que o nosso curso contará com o apoio da Prof. Leticia Cabral, que nos auxiliará com as respostas no fórum de dúvidas. A Prof. Leticia é advogada e trabalha também como assessora de Procurador do Estado em Vitória-ES. Atualmente também é aluna do mestrado em Direito Processual na UFES (Universidade Federal do Espírito Santo). Com isso, daremos uma atenção mais completa e pontual ao nosso fórum. O conteúdo do nosso livro digital será distribuído em 03 aulas, conforme o seguinte cronograma: AULAS TÓPICOS ABORDADOS DATA Aula 1 2 Decreto-Lei nº 220/1975 e suas alterações (Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Poder Executivo do Estado do Rio de Janeiro). 3 Decreto nº 2.479/1979 e suas alterações (Regulamenta o Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Poder Executivo do Estado do Rio de Janeiro) – parte 1 18/03 Aula 2 2 Decreto-Lei nº 220/1975 e suas alterações (Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Poder Executivo do Estado do Rio de Janeiro). 3 Decreto nº 2.479/1979 e suas alterações (Regulamenta o Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Poder Executivo do Estado do Rio de Janeiro) – parte 2 28/03 Aula 3 2 Decreto-Lei nº 220/1975 e suas alterações (Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Poder Executivo do Estado do Rio de Janeiro). 3 Decreto nº 2.479/1979 e suas alterações (Regulamenta o Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Poder Executivo do Estado do Rio de Janeiro) – parte 3 08/04 Vamos fazer uma observação importante! Ao longo da aula, vamos utilizar questões de várias bancas de concurso, porém com assertivas adaptadas para verdadeiro ou falso. O motivo dessa adaptação é permitir a contextualização do conteúdo do capítulo recém estudado com o tema da questão. Já ao final da aula, teremos uma super bateria de questões atualizadíssimas da banca CEBRASPE e devidamente comentadas para você resolver. Por fim, se você quiser receber dicas diárias de Direito Administrativo, siga-me nas redes sociais (não esqueça de habilitar as notificações no Instagram e Youtube, assim você será informado sempre que eu postar uma novidade por lá): @profherbertalmeida /profherbertalmeida /profherbertalmeida Sem mais delongas, espero que gostem do material e vamos ao nosso curso. Herbert Almeida, Time Herbert Almeida Aula 01 Legislação Especial - parte II (itens 2 e 3) p/ TJ-RJ - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1423022 3 33 Observação importante: este curso é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98, que altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos autorais e dá outras providências. Grupos de rateio e pirataria são clandestinos, violam a lei e prejudicam os professores que elaboram os cursos. Valorize o trabalho de nossa equipe adquirindo os cursos honestamente através do site Estratégia Concursos ;-) Antes de iniciarmos o nosso curso, vamos a alguns AVISOS IMPORTANTES: 1) Com o objetivo de otimizar os seus estudos, você encontrará, em nossa plataforma (Área do aluno), alguns recursos que irão auxiliar bastante a sua aprendizagem, tais como “Resumos”, “Slides” e “Mapas Mentais” dos conteúdos mais importantes desse curso. Essas ferramentas de aprendizagem irão te auxiliar a perceber aqueles tópicos da matéria que você precisa dominar, que você não pode ir para a prova sem ler. 2) Em nossa Plataforma, procure pela Trilha Estratégica e Monitoria da sua respectiva área/concurso alvo. A Trilha Estratégica é elaborada pela nossa equipe do Coaching. Ela irá te indicar qual é exatamente o melhor caminho a ser seguido em seus estudos e vai te ajudar a responder as seguintes perguntas: - Qual a melhor ordem para estudar as aulas? Quais são os assuntos mais importantes? - Qual a melhor ordem de estudo das diferentes matérias? Por onde eu começo? - “Estou sem tempo e o concurso está próximo!” Posso estudar apenas algumas partes do curso? O que priorizar? - O que fazer a cada sessão de estudo? Quais assuntos revisar e quando devo revisá-los? - A quais questões deve ser dada prioridade? Quais simulados devo resolver? - Quais são os trechos mais importantes da legislação? 3) Procure, nas instruções iniciais da “Monitoria”, pelo Link da nossa “Comunidade de Alunos” no Telegram da sua área / concurso alvo. Essa comunidade é exclusiva para os nossos assinantes e será utilizada para orientá-los melhor sobre a utilização da nossa Trilha Estratégica. As melhores dúvidas apresentadas nas transmissões da “Monitoria” também serão respondidas na nossa Comunidade de Alunos do Telegram. Herbert Almeida, Time Herbert Almeida Aula 01 Legislação Especial - parte II (itens 2 e 3) p/ TJ-RJ - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br1423022 4 33 (*) O Telegram foi escolhido por ser a única plataforma que preserva a intimidade dos assinantes e que, além disso, tem recursos tecnológicos compatíveis com os objetivos da nossa Comunidade de Alunos. Herbert Almeida, Time Herbert Almeida Aula 01 Legislação Especial - parte II (itens 2 e 3) p/ TJ-RJ - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1423022 5 33 1 ESTATUTO DOS SERVIDORES PÚBLICOS DO RIO DE JANEIRO 1.1 Introdução O Regime Jurídico dos Servidores Públicos do Rio de Janeiro consta no Decreto-Lei Estadual 220, de 18 de julho de 1975 – DL 220/1975, sendo que o seu regulamento foi estabelecido pelo Decreto 2.479, de 08 de março de 1979. Cabe observar que o art. 1º do mencionado DL menciona que ele estabelece o regime jurídico dos funcionários públicos civis do Poder Executivo do Estado do Rio de Janeiro. Contudo, com a promulgação da Constituição Federal de 1988, passou a se exigir um regime jurídico único para cada ente da Federação. Por conseguinte, a Lei Estadual 1.698, de 23 de agosto de 1990, instituiu o regime jurídico único dos servidores da Administração Direta, das autarquias e fundações públicas do estado do Rio de Janeiro, incluídos aqueles vinculados aos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário. Segundo a mencionada Lei, o regime jurídico passou a ser estatutário, aplicando-se-lhes as normas contidas no DL 220/1975 e o seu respectivo regulamento, ou seja, o Decreto 2.479/1979. Assim, ao longo da aula, quando mencionarmos “Estatuto”, considere que se trata do DL 220/1975, e quando falarmos em “Regulamento do Estatuto”, ou simplesmente “Regulamento”, considere que se trata do Decreto 2.479/1979. Dessa forma, podemos observar que, por força da Lei Estadual 1.698/1990, o regime jurídico único dos servidores públicos civis da Administração Direta, das autarquias e fundações públicas do Rio de Janeiro consta no DL 220/1975 e no Decreto 2.479/1979, que é o seu regulamento. Cabe acrescentar ainda que a figura denominada “decreto-lei” não pode mais ser editada a partir promulgação da Constituição Federal de 1988. Entretanto, os “decretos-leis” que estavam em vigor continuam válidos, possuindo a mesma natureza do normativo necessário para dispor sobre a matéria, conforme dispuser a respectiva constituição ou lei orgânica do ente político com competência para legislar sobre a matéria. Nesse contexto, a Constituição Estadual do Estado do Rio de Janeiro estabeleceu, em seu art. 118, parágrafo único, VIII, que o Estatuto dos Servidores Públicos Civis é considerado como lei complementar. Assim, o Decreto-Lei 220/1975 possui natureza de lei complementar. Herbert Almeida, Time Herbert Almeida Aula 01 Legislação Especial - parte II (itens 2 e 3) p/ TJ-RJ - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1423022 6 33 Além disso, as regras do DL 220/1975 estão detalhadas no Decreto Estadual 2.479/19791, que é mais completo, dispondo inclusive sobre as formas de provimento, exercício, vacância e estabelecendo regras sobre o processo administrativo disciplinar. Dito isso, vamos iniciar a abordagem das regras constantes no DL 220/1975 e no Decreto 2.479/1979. 1.2 Concurso De acordo com a Constituição Federal, a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, ressalvando-se apenas a nomeação para os cargos em comissão declarados em lei de livre nomeação e exoneração. No texto do Decreto 2.479/1979, o que vemos é um conteúdo mais esmiuçado. Assim, segundo a norma mencionada, no âmbito do Estado do Rio de Janeiro, o concurso de provas ou de provas e títulos para provimento de cargos por nomeação será sempre público, dele se dando prévia e ampla publicidade da abertura de inscrições, requisitos exigidos, programas, realização, critérios de julgamento e tudo quanto disser respeito ao interesse dos possíveis candidatos (art. 6º). Nessa linha, o Estatuto dispõe que a nomeação para cargo de provimento efetivo depende de prévia habilitação em concurso público (art. 2º do Decreto 220/1975 e art. 7º do Decreto 2.479/1979), que objetivará avaliar: a) conhecimento e qualificação profissionais, mediante provas ou provas e títulos; b) condições de sanidade físico-mental; e c) desempenho das atividades do cargo, inclusive condições psicológicas, mediante estágio experimental; O mencionado “estágio experimental”, previsto na letra “c” acima, não se aplica ao preenchimento de cargo de professor ou de cargos destinados ao pessoal de apoio ao magistério. Das instruções para o concurso constarão: a) o limite de idade dos candidatos, que poderá variar de 18 (dezoito) anos completos até 45 (quarenta e cinco) incompletos, dependendo da natureza do cargo a ser provido; b) o grau de instrução exigível, a ser comprovado mediante apresentação de documento hábil; 1 Por questões didáticas, vamos mencionar apenas “Decreto 2.479/1979” e “Decreto 220/1975”, motivo pelo qual o aluno deverá entender como implícito o “Estadual”. Herbert Almeida, Time Herbert Almeida Aula 01 Legislação Especial - parte II (itens 2 e 3) p/ TJ-RJ - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1423022 7 33 c) o número de vagas a ser preenchido, distribuído por especialização, quando for o caso; d) o prazo de validade das provas, de 2 (dois) anos no máximo, só prorrogável uma vez, por período não excedente a 12 (doze) meses, havendo motivos relevantes, a juízo do Secretário de Estado de Administração, contados da publicação da classificação geral; e) o prazo de duração do estágio experimental, que não será inferior a 6 (seis) nem superior a 12 (doze) meses. Alguns pontos merecem ser destacados. Os concursos públicos devem permitir a maior competição possível, exigindo-se como requisitos apenas aqueles essenciais para o desempenho das atribuições do cargo. Contudo, qualquer exigência diferenciada deverá ser feita em lei, não se podendo utilizar atos infralegais para criar condições para acesso aos cargos públicos. Por conseguinte, não se admite que atos administrativos venham a estabelecer restrições. Nesse sentido, a Súmula 14 do STF estabelece que “Não é admissível, por ato administrativo, restringir, em razão da idade, inscrição em concurso para cargo público”. Na mesma linha, a Súmula 686, também do STF, dispõe que “Só por lei se pode sujeitar a exame psicotécnico a habilitação de candidato a cargo público”. Por exemplo, se determinado cargo exigir que o candidato possua curso superior para a investidura, sem definir área de formação, não poderá o edital restringir o acesso somente aos formados em direito. Isso porque tal requisito deverá constar em lei. Também não pode, por exemplo, limitar a idade ou a altura simplesmente por regra no edital do concurso, uma vez que tal exigência deverá estar amparada em lei. Além disso, não basta existir previsão legal, deve também haver razoabilidade na exigência e compatibilidade com as atribuições do cargo. Em outras palavras, a limitação deve ser realmente necessária. Por esse motivo, o limite de idade de 45 anos previsto no art. 2º, §8º2, do Estatuto, e no art. 8º, I3, do Regulamento, não estão de acordo com o atual texto constitucional, pois apresentam uma limitação genérica, sem razoabilidade. Não estamos dizendo que determinados cargos não podem ter limite de idade, mas isso deve ser previsto em lei para cada situação especial, e não de forma genérica como no Estatuto. De qualquer forma, é importante saber o texto expresso, para eventuais questões literais. 2 Art. 2º. [...] § 8º - As atribuições inerentes ao cargo servirão de base para o estabelecimento dos requisitos a serem exigidos para inscrição no concurso, inclusive a limitação da idade, que não poderá ser inferior a 18 (dezoito) nem superior a 45 (quarenta e cinco) anos. 3 Art. 8º - Das instruções para o concursoconstarão: I – o limite de idade dos candidatos, que poderá variar de 18 (dezoito) anos completos até 45 (quarenta e cinco) incompletos, dependendo da natureza do cargo a ser provido; Herbert Almeida, Time Herbert Almeida Aula 01 Legislação Especial - parte II (itens 2 e 3) p/ TJ-RJ - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1423022 8 33 Além disso, o prazo de validade do concurso, de acordo com o Regulamento4, será fixado em dois anos, podendo ser prorrogado, uma vez, por período não excedente a doze meses. A redação do dispositivo, no entanto, está em contradição com o atual texto constitucional. O art. 37, III, da CF estabelece que o prazo de validade do concurso é de até dois anos, prorrogável uma única vez por igual período. O mesmo prazo consta no art. 77, IV, da Constituição Estadual do Rio de Janeiro. Prosseguindo, as instruções pertinentes à realização de concurso público serão aprovadas pelo Órgão Central do Sistema de Pessoal Civil do Estado. Outrossim, a legislação estabelece também os requisitos para inscrição em concurso: (a) nacionalidade brasileira; (b) pleno gozo dos direitos políticos; (c) quitação das obrigações militares. Observa-se, todavia, que apesar de a legislação expressar que é requisito para a inscrição, o STF e o STJ consideram que os requisitos para investidura em cargo público devem ser comprovados na posse, existindo apenas poucas exceções em que a comprovação deverá ocorrer no momento da inscrição. Infelizmente, esse tema já foi abordado em concurso do Rio de Janeiro, sendo considerado como correto o texto expresso do Estatuto, ou seja, de que a comprovação ocorre na inscrição. Assim, se o tema for exigido na prova, é fundamental ler o enunciado e verificar se o avaliador quer saber o tema conforme o Estatuto ou conforme a jurisprudência. Ademais, vimos acima que um dos requisitos para ingresso nos cargos públicos é ter nacionalidade brasileira. Entretanto, a Emenda Constitucional 19/1998 modificou a redação do inciso I do art. 37 da CF para permitir também o ingresso de estrangeiros, na forma da lei. Trata- se, portanto, de norma de eficácia limitada, uma vez que a lei deverá dispor sobre as situações em que o estrangeiro poderá ingressar. Encerradas as inscrições, regularmente processadas, para concurso destinado ao provimento de qualquer cargo, não serão abertas novas inscrições para a mesma categoria funcional antes da publicação da homologação do concurso. Para as vagas que ocorrerem após a publicação das instruções reguladoras do concurso, a critério da Administração, poderão ser designados para estágio os candidatos habilitados, desde que dentro do prazo de validade das provas. O candidato que conseguir a habilitação nas provas e no exame de sanidade físico-mental será submetido a estágio experimental – observando a ordem de classificação nas provas e o limite de vagas a serem preenchidas – mediante ato de designação do Secretário de Estado, titular de órgão integrante da Governadoria ou dirigente de autarquia. 4 Decreto 2.479/1979, art. 8º, IV. Herbert Almeida, Time Herbert Almeida Aula 01 Legislação Especial - parte II (itens 2 e 3) p/ TJ-RJ - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1423022 9 33 Cabe frisar, que durante o período de estágio experimental, o estagiário perceberá a retribuição correspondente a 80% (oitenta por cento) do vencimento do cargo, assegurada a diferença se nomeado afinal (art. 10). Além disso, se o candidato designado para estágio experimental for ocupante, em caráter efetivo, de cargo ou emprego em órgão da Administração Estadual Direta ou Autárquica, deverá ser afastado de seu cargo com a perda do vencimento ou salário, das vantagens e do auxílio- moradia, ressalvado o adicional por tempo de serviço. Contudo, isso não se aplicará se o cargo efetivo for acumulável com o do objeto do concurso. Em qualquer situação, este afastamento não alterará a filiação ao sistema previdenciário do estagiário, nem a base de contribuição. Por outro lado, com base no art. 11 do Decreto 2.479/1979, se o candidato não for aprovado no estágio experimental, a autoridade competente fará publicar a sua imediata dispensa, e ele será considerado inabilitado no concurso e retornará automaticamente ao cargo ou emprego de que se tenha afastado, se for o caso. Expirado o prazo de duração do estágio experimental, a autoridade que tiver designado o estagiário comunicará ao órgão promotor do concurso, e encaminhará nos 15 dias anteriores ao término do estágio, relatório circunstanciado sobre o desempenho das atividades exercidas no cargo, inclusive suas condições psicológicas, idoneidade moral, assiduidade, disciplina e eficiência, concluindo pela aprovação ou não do candidato. Se houver motivo que justifique, tal relatório poderá ser encaminhado antes desse prazo. Finalmente, quando todos os resultados da avaliação dos estagiários forem entregues ao órgão promotor do concurso, será publicada no órgão oficial a classificação final do concurso, que será homologado por ato do Secretário de Estado de Administração. A data da publicação do ato de nomeação será considerada, para todos os efeitos, o início do exercício do cargo, salvo para a percepção da diferença de retribuição de quando o servidor era estagiário, e para aquisição de estabilidade, quando se computará o período do estágio experimental. Por fim, o art. 3º do Decreto 220/1975 dispõe que o servidor nomeado em decorrência de concurso público adquirirá a estabilidade após dois anos de efetivo exercício. Tal regra está desatualizada, uma vez que o atual texto constitucional exige três anos de efetivo exercício como critério para a aquisição de estabilidade. Portanto, o servidor necessita de três anos de efetivo exercício para ser considerado estável. Herbert Almeida, Time Herbert Almeida Aula 01 Legislação Especial - parte II (itens 2 e 3) p/ TJ-RJ - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1423022 ==15b6ae== 10 33 1.2.1 Posse e exercício A Estatuto do Rio de Janeiro dá um sentido bem diverso para a posse do que consta na legislação aplicável aos servidores federais. Nesta última, a posse é a aceitação formal das atribuições do cargo, constituindo um procedimento prévio ao exercício. No Estatuto estadual, por outro lado, tanto a posse quanto o exercício são formas de investidura no cargo, sendo a posse aplicável ao provimento de cargo em comissão, enquanto o exercício é a forma de investidura de cargo efetivo. Nesse contexto, o Estatuto dispõe que a investidura dos cargos de provimento em comissão do grupo I dar-se-á com a posse, enquanto a investidura dos cargos de provimento efetivo e em comissão do grupo II ocorre com o exercício (Decreto 2.479/1979, art. 14, caput). Nos casos de nomeação, reintegração e aproveitamento5 o exercício se iniciará no prazo de 30 (trinta) dias, contado da publicação do ato de provimento. Esse é o mesmo prazo para a posse. Porém, por meio de requerimento do interessado e ocorrendo motivo relevante, o prazo para investidura (exercício ou posse) poderá ser prorrogado ou revalidado, a critério da Administração, em até 60 dias, contados do término do prazo inicial. Assim, a posse ou o exercício, excepcionalmente, poderá ocorrer em até 90 dias, incluindo as eventuais prorrogações. Caso o servidor não tome posse ou não entre em exercício no prazo, o ato de provimento será tornado sem efeito (Decreto 2.479/1979, art. 14, §2º). Em continuação, o Decreto 2.479/1979 detalha como requisitos para a posse (além dos mencionados anteriormente)6: 5 O DL 220/1975, art. 8º, também inclui a transferência como forma de investidura por exercício no prazo de 30 dias, porém tal forma de provimento, como já abordamos, é considerada inconstitucional. 6 Requisitos para a inscrição em concurso público, pág. 7. Investidura Posse Cargo em comissão Exercício Cargo efetivo Herbert Almeida, Time Herbert Almeida Aula 01Legislação Especial - parte II (itens 2 e 3) p/ TJ-RJ - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1423022 11 33 a) habilitação em exame de sanidade físico-mental realizado exclusivamente por órgão oficial do Estado; b) declaração de bens; c) bom procedimento, comprovado por atestado de antecedentes expedido por órgão de identificação do Estado do domicílio do candidato à investidura ou mediante informação, em processo, ratificada pelo Secretário de Estado de Segurança Pública; d) declaração sobre se detém outro cargo, função ou emprego, na Administração Direta ou Indireta de qualquer esfera de Poder Público, ou se percebe proventos de inatividade; e) às condições especiais previstas em lei ou regulamento para determinados cargos. Para o servidor efetivo que for provido em cargo em comissão, serão exigidos apenas (a) a declaração de bens e (b) a declaração sobre outro cargo, função ou emprego. Além disso, nos casos de reintegração e aproveitamento, não serão exigidos os requisitos para inscrição em concurso, bem como o requisito de bom procedimento, mencionado acima. Frisamos, porém, que o texto do DL 220/1975 destaca ainda (a) a habilitação em concurso público, (b) a prestação de fiança, quando a natureza da função o exigir, e (c) a inscrição no Cadastro de Pessoa Física (CPF). Nessa linha, a posse dar-se-á por meio da assinatura do termo de posse, nos termos do art. 16 do Decreto 2.479/1979, vejamos: Art. 16 – Da posse se lavrará termo do qual constará compromisso de fiel cumprimento dos deveres da função pública, e se consignará a apresentação de declaração de bens do empossado, incluídos os do seu cônjuge, se for o caso. Parágrafo único – Os termos de Posse e as correspondentes declarações de bens serão arquivados nas Secretarias de lotação do servidor. Acrescenta-se, por fim, que são competentes para dar posse: a) o Governador, aos Secretários de Estado e demais autoridades que lhe sejam diretamente subordinadas; b) os Secretários de Estados, aos ocupantes de cargo em comissão no âmbito das respectivas Secretarias, inclusive aos dirigentes de autarquias a estas vinculadas; c) o Chefe do Gabinete Militar, o Procurador-Geral do Estado e o Procurador-Geral da Justiça, aos ocupantes de cargo em comissão no âmbito dos respectivos órgãos; d) os dirigentes de autarquias, aos ocupantes de cargo em comissão das respectivas entidades. Herbert Almeida, Time Herbert Almeida Aula 01 Legislação Especial - parte II (itens 2 e 3) p/ TJ-RJ - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1423022 12 33 O mencionado Decreto, no entanto, foi elaborado com foco no Poder Executivo. Obviamente que os demais Poderes possuem as próprias autoridades para realizar a sua nomeação e dar posse (Presidente do TJ e da Assembleia, por exemplo). Por outro lado, a competência para dar exercício é do Secretário de Estado de Administração, quando se tratar de investidura em cargos de provimento efetivo, podendo ser delegada, fazendo-se as mesmas ressalvas para os cargos dos demais Poderes, que possuirão autoridades próprias com essas competências. 1.2.2 Cargos em comissão O cargo em comissão se destina a atender a encargos de direção e de chefia, consulta ou assessoramento superiores, e é provido mediante livre escolha do Governador, podendo esta recair em funcionário, em servidor regido pela legislação trabalhista ou em pessoa estranha ao serviço público. Em todas as situações, a pessoa designada deverá reunir todos os requisitos necessários e possuir a habilitação profissional para a respectiva investidura (Decreto 2.479/1979, art. 22). É fundamental entender que os cargos em comissão são aqueles que podem ser livremente nomeados ou exonerados pelo Governador. Basta que a pessoa preencha os requisitos de habilitação do cargo, como, por exemplo, ser formado em direito para exercer um cargo de Procurador. No mais, o Governador poderá nomear qualquer pessoa, a seu gosto. Seque é preciso motivar a escolha de uma ou outra pessoa. Com efeito, a nomeação para ocupar cargo em comissão independe da realização de concurso público. A investidura, nessa situação, ocorrerá com a posse, da qual se lavrará termo incluindo o compromisso de fiel cumprimento dos deveres da função pública (DL 220/1975, art. 10). Ficará a cargo dos órgãos, em seus respectivos regimentos, a definição da competência e das atribuições dos cargos em comissão e de seus titulares. Em continuação, o art. 23 do Decreto 2.479/1979 ressalta que, recaindo a nomeação em funcionário do Estado, este optará pelo vencimento do cargo em comissão ou pela percepção do vencimento e vantagens do seu cargo efetivo acrescida de uma gratificação correspondente a 70% (setenta por cento) do valor fixado para o cargo em comissão. No entanto, caso o funcionário opte pelo cargo em comissão, ele não será prejudicado em seu tempo de serviço, pois o adicional devido a ele será calculado sobre o valor do cargo em que ocupa em caráter efetivo. O servidor contratado, que aceitar nomeação para cargo em comissão da estrutura da Administração Direta ou das autarquias, terá suspenso seu contrato de trabalho, enquanto durar o exercício do cargo em comissão, ressalvados os casos de acumulação legal. No momento em Herbert Almeida, Time Herbert Almeida Aula 01 Legislação Especial - parte II (itens 2 e 3) p/ TJ-RJ - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1423022 13 33 que ocorrer a exoneração desse cargo em comissão, o servidor será revertido imediatamente ao exercício do contrato. Ambas as situações, o afastamento em virtude da condição temporária do exercício do cargo em comissão e o retorno à situação primitiva, serão obrigatoriamente anotados na carteira profissional, bem como nos registros relativos ao servidor. Prosseguindo, somente após ter sido colocado à disposição do Poder Executivo do Estado, para o fim determinado, poderá o ato de nomeação recair em funcionário de outro Poder ou de outra esfera de Governo. Nesse caso, desde que o funcionário tenha sido colocado à disposição sem ônus para a esfera do poder a que pertence, receberá, pelo exercício do cargo em comissão, o vencimento para este fixado; caso contrário, poderá optar pelo vencimento do cargo em comissão ou pelo valor fixado para o cargo efetivo, com suas vantagens e a gratificação de 70% do valor concedido ao cargo em comissão. Finalmente, se o designado para o cargo em comissão for servidor inativo, ele fará jus ao recebimento integral do vencimento do cargo comissionado, juntamente com o provento adquirido em sua aposentadoria. 1.3 Provimento O provimento é o ato pelo qual se efetua o preenchimento do cargo público, com a designação de seu titular. De acordo com o art. 2º do Decreto 2.479/1979, os cargos públicos serão providos por: I – nomeação; II – reintegração; IV – aproveitamento; V – readaptação; VI – outras formas determinadas em lei. Na redação original, constava ainda a transferência. Entretanto, tal forma de provimento não foi recepcionada pela CF/88. Nessa linha, podemos mencionar o conteúdo da Súmula 685 do STF, que estabelece que “É inconstitucional toda modalidade de provimento que propicie ao servidor investir-se, sem prévia aprovação em concurso público destinado ao seu provimento, em cargo que não integra a carreira na qual anteriormente investido”. Herbert Almeida, Time Herbert Almeida Aula 01 Legislação Especial - parte II (itens 2 e 3) p/ TJ-RJ - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1423022 14 33 Assim, a “transferência” é forma de provimento considerada inconstitucional pelo STF, uma vez que permite o ingresso em carreira diversa daquela para a qual o servidor público ingressou por concurso7. Na legislação federal (Lei 8.112/1990), constam também a promoção, a reversão e a recondução, mas tais formas de provimento não se apresentam expressamente no Estatuto dos Servidores do Rio do Janeiro. Porém,cumpre observar que mesmo não constando expressamente como “forma de provimento”, os três instrumentos apresentam compatibilidade com o regime jurídico dos servidores da União. A recondução, por exemplo, mesmo não constando expressamente no art. 2º do Decreto 2.479/1979, encontra suporte no art. 5º, §4º, do DL 220/1975 e também no art. 41, §2º, da Constituição da República. Portanto, mesmo não recebendo a designação expressa de “forma de provimento”, vamos abordar, em nossa aula, os conceitos de promoção, reversão e recondução, pelos seguintes motivos: (a) constam na legislação federal (mesmo não sendo esta aplicável ao Rio de Janeiro); (b) são amplamente abordadas na doutrina; (c) possuem compatibilidade com a legislação estadual; (d) o inc. VI do art. 2º do Decreto 2.479/1979 determina que são formas de provimento “outras formas determinadas em lei”. Em resumo, para não ser repetitivo, mas ao mesmo tempo não deixar dúvida sobre o assunto. A promoção, a reversão e a recondução não são, pelo texto do Decreto 2.479/1979, formas de provimento. Contudo, são instrumentos que possuem suporte na legislação estadual, ainda que recebam uma nomenclatura diferente. Após essas considerações, vamos analisar propriamente o assunto. Segundo a doutrina, existem duas formas de provimento: a) inicial ou originário; b) derivado. O provimento originário é o que se faz através da nomeação, constituindo o preenchimento inicial do cargo sem que haja qualquer vínculo anterior com a administração. Quando se tratar de provimento em cargos efetivos, o provimento originário dependerá de prévia aprovação em concurso público. Todas as demais formas de provimento (reintegração; aproveitamento; readaptação; e outras formas determinadas em lei) constituem sempre uma alteração na situação do servidor provido, 7 ADI 231/RJ. Herbert Almeida, Time Herbert Almeida Aula 01 Legislação Especial - parte II (itens 2 e 3) p/ TJ-RJ - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1423022 15 33 sendo, portanto, formas de provimento derivado. Para uma melhor compreensão sobre o tema, vamos verificar os conceitos de cada uma das formas de provimento. 1.3.1 Nomeação A nomeação é a forma originária de provimento no cargo público. Segundo o Decreto 2.479/1979, a nomeação em caráter efetivo obedecerá à ordem rigorosa de classificação dos candidatos habilitados em concurso, podendo ser feita: a) em caráter efetivo, quando se tratar de cargo de classe singular ou de cargo de classe inicial de série de classes; b) em comissão, quando se tratar de cargo que, em virtude de lei, assim deva ser provido. Portanto, a primeira investidura em cargo de provimento efetivo dependerá de prévia habilitação em concurso público, obedecida a ordem de classificação. Importante notar que a jurisprudência vem assegurando o direito à nomeação, no prazo de validade do concurso, aos candidatos aprovados dentro do limite das vagas existentes à época do edital. 1.3.2 Reintegração A reintegração consta no artigo 41, §2º, da CF: § 2º Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de serviço. O Decreto 2.479/1979, por sua vez, dispõe o seguinte: Art. 40 – A reintegração, que decorrerá de decisão administrativa ou judicial, é o reingresso do funcionário exonerado ex officio ou demitido do serviço público estadual, com ressarcimento do vencimento e vantagens e reconhecimento dos direitos ligados ao cargo. Parágrafo único – A decisão administrativa que determinar a reintegração será sempre proferida em pedido de reconsideração, recurso hierárquico ou revisão de processo. Art. 41 – A reintegração será feita no cargo anteriormente ocupado; se alterado, no resultante da alteração; se extinto, noutro de vencimento equivalente, observada a habilitação profissional. Herbert Almeida, Time Herbert Almeida Aula 01 Legislação Especial - parte II (itens 2 e 3) p/ TJ-RJ - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1423022 16 33 Parágrafo único – Não ocorrendo qualquer das hipóteses previstas nesse artigo, o funcionário será reintegrado no cargo extinto, que será restabelecido, como excedente. Art. 42 – A reintegração ocorrerá sempre no sistema de classificação a que pertencia o funcionário. Art. 43 – Reintegrado o funcionário, quem lhe houver ocupado o lugar, se não estável, será exonerado de plano; ou, se exercia outro cargo e este estiver vago, a ele ou a outro vago da mesma classe será reconduzido, em qualquer das hipóteses sem direito à indenização. Parágrafo único – Se estável, o funcionário que houver ocupado o lugar do reintegrado será obrigatoriamente provido em igual cargo, ainda que necessária a sua criação, como excedente ou não. Art. 44 – O funcionário reintegrado será submetido à inspeção médica e aposentado se julgado incapaz. A reintegração ocorre quando um servidor tem sua demissão invalidada por processo administrativo ou judicial. Nesse caso, o servidor deve retornar ao cargo de origem, recebendo ressarcimento de todas as vantagens a que teria jus durante o período de desligamento. A reintegração dar-se-á no cargo anteriormente ocupado, no que resultou de sua alteração ou, se extinto, em cargo equivalente, para cujo provimento seja exigida a mesma habilitação profissional, e tenha vencimento equivalente. 1.3.3 Aproveitamento O aproveitamento encontra previsão no art. 41, §3º, da CF. Consiste no retorno à atividade de servidor, posto em disponibilidade (somente servidor estável), em cargo de atribuições e vencimentos compatíveis com o anteriormente ocupado. Acrescenta-se que a disponibilidade ocorre quando for extinto o cargo ocupado por servidor efetivo e declarada sua desnecessidade, devendo ocorrer com proventos proporcionais ao tempo de serviço. Todavia, restabelecido o cargo, ainda que modificada sua denominação, poderá nele ser aproveitado o funcionário posto em disponibilidade quando da sua extinção – após devida prova de sanidade físico-mental, verificada em inspeção médica. Outrossim, nos casos em que houver mais de um concorrente à mesma vaga, terá preferência o de maior tempo de disponibilidade. Se ainda assim houver empate, passará a ter preferência o servidor de maior tempo de serviço público estadual (Decreto 2.479/1979, art. 47). Herbert Almeida, Time Herbert Almeida Aula 01 Legislação Especial - parte II (itens 2 e 3) p/ TJ-RJ - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1423022 17 33 Por fim, o Decreto estabelece que será tornado sem efeito o aproveitamento e cassada a disponibilidade se o funcionário não tomar posse no prazo legal, salvo por motivo de doença comprovada em inspeção médica. Provada a incapacidade definitiva em inspeção médica, será decretada a aposentadoria. 1.3.4 Readaptação A readaptação é a investidura do servidor em outro cargo mais compatível por motivo de saúde ou incapacidade física. Assim, a readaptação decorre de algum problema de saúde ou capacidade, que acaba exigindo que o servidor ocupe outro cargo compatível com sua nova situação. Nesse contexto, a readaptação se fará por (Decreto 2.479/1979, art. 50): I – redução ou cometimento de encargos diversos daqueles que o funcionário estiver exercendo, respeitadas as atribuições da série de classes a que pertencer, ou do cargo de classe singular de que for ocupante; II – provimento em outro cargo. Ademais, a readaptação dependerá sempre de prévia inspeção realizada por junta médica do órgão oficial competente e, no caso do item II do quadro acima, não acarretará descenso nem elevação de vencimento. Destaca-se que a competência no processamento da readaptação segue a ordem abaixo (Decreto 2.479/1979, art. 51): a) quando provisória, mediante ato do Secretáriode Estado de Administração, pela redução ou atribuição de novos encargos ao funcionário, na mesma ou em outra unidade administrativa, consideradas a hierarquia e as funções do seu cargo; b) quando definitiva, por ato do Governador, para cargo vago, observados os requisitos de habilitação fixados para a classe respectiva. ****** Abordamos o que estava expresso na norma. Nos próximos três tópicos, vamos abordar a reversão, a recondução e a promoção, que não constam como forma de provimento no Decreto 2.479/1979. 1.3.5 Reversão A reversão é o retorno à atividade do servidor aposentado por invalidez, quando insubsistentes os motivos determinantes da aposentadoria, dependendo sempre da existência de vaga. Em Herbert Almeida, Time Herbert Almeida Aula 01 Legislação Especial - parte II (itens 2 e 3) p/ TJ-RJ - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1423022 18 33 nenhum caso poderá reverter à atividade o aposentado que, em inspeção médica, não comprovar a capacidade para o exercício do cargo. Embora juridicamente compatível com o ordenamento jurídico do Rio de Janeiro, a reversão não consta expressamente como forma de provimento. 1.3.6 Recondução De acordo com a Lei 8.112/1990, a recondução é o retorno do servidor estável ao cargo anteriormente ocupado e decorrerá de (art. 29): (a) inabilitação em estágio probatório relativo a outro cargo; (b) reintegração do anterior ocupante. Ou seja, a recondução aplica-se exclusivamente ao servidor estável, podendo ocorrer em duas situações. Portanto, existem duas hipóteses, na legislação federal, para a recondução. No Estatuto dos servidores do Rio de Janeiro também podemos deduzir essas hipóteses. O parágrafo único do art. 3º do DL 220/1975 estabelece que o funcionário que se desvincular de um cargo público do Estado do Rio de Janeiro ou de suas autarquias para investir-se em outro conservará a estabilidade já adquirida. Portanto, podemos perceber que se ele não for habilitado em estágio probatório no novo cargo, sendo que persiste sua estabilidade, obviamente que ele deverá ser reconduzido ao cargo anterior. Como exemplo, imagine que João, servidor estável na Administração Direta, tenha obtido aprovação para o concurso do TJ/RJ. Porém, João não obteve desempenho suficiente e acabou reprovado no estágio probatório. Nessa situação, ele será reconduzido ao cargo anterior. Cabe destacar, ainda, que o STF entende que o servidor estável em um cargo e que depois tomou posse em outro, tem assegurada a recondução caso desista do outro cargo durante o período de estágio probatório. Em síntese, na primeira hipótese o servidor estável tem direito ao retorno ao cargo anterior caso seja inabilitado ou desista do estágio probatório. A segunda situação decorre da reintegração de outro servidor, possuindo respaldo no §4º, art. 5º, do DL 220/1975, nos seguintes termos: § 4º - Reintegrado o funcionário, aquele que não ocuparia cargo de igual classe se não tivesse ocorrido o ato de demissão objeto da medida será exonerado ou reconduzido ao cargo anterior, sem direito a qualquer ressarcimento, se não estável; caso contrário, será ele provido em vaga existente ou permanecerá como excedente até a ocorrência da vaga. Herbert Almeida, Time Herbert Almeida Aula 01 Legislação Especial - parte II (itens 2 e 3) p/ TJ-RJ - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1423022 19 33 Como exemplo, imagine que Pedro tenha sido demitido e posteriormente o seu cargo foi ocupado por Joaquim, que era servidor estável de outro órgão. Porém, Pedro teve a demissão invalidada por decisão judicial. Nessa situação, Joaquim será reconduzido ao cargo anterior. 1.3.7 Promoção A promoção é mencionada no art. 84 do DL 220/1975, mas não apresenta a definição nessa legislação. Basicamente, a promoção ocorre dentro de cargos organizados em carreira, em que o servidor vai progredindo de uma referência a outra na carreira. Portanto, essa hipótese não consta como forma de provimento, mas é mencionada na legislação. ******* 1.4 Vacância Terminada a parte sobre provimento, vamos para a vacância, que corresponde às hipóteses em que o servidor desocupa o seu cargo, tornando-o passível de preenchimento por outra pessoa. As formas de vacância estão previstas no art. 53 do Decreto 2.479/1979: I – exoneração; II – demissão; III – transferência; IV – aposentadoria; V – falecimento; Formas de provimento Originário Nomeação Derivado Readaptação Aproveitamento Reintegração Herbert Almeida, Time Herbert Almeida Aula 01 Legislação Especial - parte II (itens 2 e 3) p/ TJ-RJ - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1423022 20 33 VI – perda do cargo; VII – determinação em lei; VIII – dispensa; IX – destituição de função. A transferência, conforme já discutimos, é uma forma de provimento inconstitucional. Por conseguinte, também não ocorrerá a vacância por transferência. A exoneração é o desfazimento da relação jurídica que une o funcionário ao Estado ou a suas entidades autárquicas, operando os seus efeitos a partir da publicação do respectivo ato no órgão de imprensa oficial, salvo disposição expressa quanto à sua eficácia no passado. Em termos mais simples, a exoneração é o rompimento de vínculo entre o servidor e a Administração Pública. Conforme dispõe o DL 220/1975, art. 16, que a exoneração ou a dispensa podem ocorrer das seguintes formas: a) a pedido; b) de ofício (ex officio), nos seguintes casos: ® de exercício de cargo em comissão ou função gratificada, salvo se a pedido, aceito pela Administração; ® de abandono de cargo, quando, extinta a punibilidade administrativa por prescrição, o funcionário não houver requerido exoneração; ® no caso de reintegração de outro servidor, não sendo estável aquele que estava ocupando o cargo. Cabe frisar que no caso de pedido, havendo a desistência do pedido de exoneração ou ainda não acolhido, a autoridade competente da Secretaria de Estado, Autarquia ou Fundação poderá deferi-la, se for julgada de seu interesse a permanência do servidor no respectivo quadro funcional (Decreto 2.479/1979, art. 54, §2º). Além disso, em todos os casos, como forma de evitar que o servidor fuja de determinada responsabilização, o art. 76 do DL 220/1975 estabelece que o funcionário só poderá ser exonerado a pedido após a conclusão do inquérito administrativo a que responder e do qual não resultar pena de demissão. O funcionário perderá o cargo: (a) em virtude de sentença judicial ou mediante processo administrativo disciplinar em que se lhe tenha assegurado ampla defesa; (b) quando, por ser desnecessário, for extinto, ficando o seu ocupante, se estável, em disponibilidade; (c) nos demais casos especificados em lei (Decreto 2.479/1979, art. 55). Herbert Almeida, Time Herbert Almeida Aula 01 Legislação Especial - parte II (itens 2 e 3) p/ TJ-RJ - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1423022 21 33 Finalmente, a destituição de função e a demissão são penas disciplinares, constantes no art. 46 do DL 220/1975. 1.5 Remoção A remoção não é forma de provimento nem de vacância, constituindo apenas situações de movimentação de pessoal ou de cargos, conforme o caso. A remoção é o deslocamento do funcionário de sua lotação para a de outra Secretaria de Estado ou órgão diretamente subordinado ao Governador, podendo ocorrer a pedido ou ex officio. Assim, a remoção é o deslocamento do servidor para exercer suas atividades em outra unidade do mesmo quadro de pessoal. Portanto, o servidor permanece no mesmo cargo, sem realizar qualquer modificação do seu vínculo com a Administração (Decreto 2.479/1979, art. 56). A remoção só poderá dar-se para lotação em que houver claro, ou seja, em que existir vaga. Além disso, o funcionário removido, quando em férias, não as interromperá. O art. 57 do Decreto 2.479/1979 estabelece hipótese de remoção por permuta, ou seja, quando um servidor é removidoem “troca” de outro. Assim, a remoção por permuta será processada a pedido escrito de ambos os interessados. Cabe ao Secretário de Estado de Administração expedir os atos de remoção, após audiência dos titulares dos órgãos interessados. Quando se tratar de provimento de cargo em comissão, a remoção decorrerá da publicação do respectivo ato de nomeação (Decreto 2.479/1979, art. 56). 1.6 Substituição Os cargos em comissão ou funções gratificadas poderão ser exercidos, eventualmente, em substituição, nos casos de impedimento legal e afastamento de seus titulares (Decreto 2.479/1979, art. 35). Assim, a substituição é o instrumento utilizado quando houver afastamento ou impedimento regulamentar do titular do cargo, devendo ocorrer automaticamente ou por meio de designação, independentemente de posse. Nessa linha, a substituição automática é a estabelecida em lei, regulamento ou regimento, e será processada independentemente de ato. Quando depender de ato e se a substituição for indispensável, o substituto será designado pela autoridade imediatamente superior àquela substituída. A substituição somente será exercida por funcionário estadual que seja ocupante de cargo em comissão ou função de confiança de remuneração e/ou simbologia igual ou superior àquela Herbert Almeida, Time Herbert Almeida Aula 01 Legislação Especial - parte II (itens 2 e 3) p/ TJ-RJ - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1423022 22 33 atribuída ao cargo/função objeto da substituição (Decreto 2.479/1979, art. 35, §4º). Essa regra só não enquadra os servidores em substituição automática, pois nesse caso o substituto faz jus somente à diferença de remuneração, se existente, desde que a substituição seja superior a 30 dias. Ademais, a substituição não poderá recair em servidor contratado ou em pessoa estranha ao serviço público estadual (Decreto 2.479/1979, art. 36). Fechando o nosso assunto, na ocorrência de vacância de cargo em comissão ou de funções gratificadas, e até o seu provimento, poderão ser designados funcionários do Estado para responder pelo seu expediente (Decreto 2.479/1979, art. 37). Vamos às questões? 2 QUESTÕES COMENTADAS 1. (FGV – TCE BA/2013) Servidor público estável, demitido ilegalmente, obteve, por meio de sentença judicial, a invalidação do seu respectivo ato demissório, razão pela qual será reintegrado ao seu cargo de origem. o eventual ocupante de sua vaga, se servidor público estável, será a) aposentado, com proventos integrais. b) posto em disponibilidade, com remuneração integral, até seu adequado aproveitamento em outro cargo. c) reconduzido ao cargo de origem, sem direito à indenização. d) exonerado, sem direito à indenização, mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa. e) aposentado, com proventos proporcionais. Comentário: se ocorrer a invalidação por sentença judicial da demissão do servidor estável, será ele reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de serviço (art. 41, §2º, da CF). Dessarte, correta a alternativa C. Herbert Almeida, Time Herbert Almeida Aula 01 Legislação Especial - parte II (itens 2 e 3) p/ TJ-RJ - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1423022 23 33 Gabarito: alternativa C. 2. (FCC – TJ-RJ/2012) Marilene, ocupante de cargo em órgão da Administração Estadual direta em caráter efetivo, prestou, para cargo divergente daquele que ocupa, concurso público no qual foi habilitada nas provas e no exame de sanidade físico-mental e, então, designada para o estágio experimental. De acordo com o Decreto no 2.479/79, Marilene, em regra, a) não ficará afastada de seu cargo anteriormente ocupado até a sua aprovação no estágio experimental e consequente nomeação no concurso, e continuará recebendo o vencimento e as vantagens, com a perda do auxílio moradia e do adicional por tempo de serviço. b) ficará afastada de seu cargo anteriormente ocupado, mas continuará recebendo o vencimento, as vantagens, o auxílio-moradia e o adicional por tempo de serviço. c) não ficará afastada de seu cargo anteriormente ocupado até a sua aprovação no estágio experimental e consequente nomeação no concurso, e continuará recebendo o vencimento, as vantagens, o auxílio-moradia e o adicional por tempo de serviço. d) ficará afastada de seu cargo anteriormente ocupado com a perda do vencimento, das vantagens e do auxílio-moradia, ressalvado o adicional por tempo de serviço. e) ficará afastada de seu cargo anteriormente ocupado com a perda das vantagens, do auxílio- moradia e do adicional por tempo de serviço, mas continuará recebendo o vencimento. Comentário: é sempre importante a leitura dos dispositivos “secos” da legislação. Assim, vejamos o que consta nos arts. 9º e 10 do Decreto 2.479/79: Art. 9º - O candidato habilitado nas provas e no exame de sanidade físico-mental será submetido a estágio experimental, mediante ato de designação do Secretário de Estado, titular de órgão integrante da Governadoria ou dirigente de autarquia. Parágrafo único – O ato de designação indicará expressamente o prazo do estágio, conforme o fixado pelas respectivas instruções reguladoras do concurso. Art. 10 – A designação prevista no artigo anterior observará a ordem de classificação nas provas e o limite de vagas a serem preenchidas, percebendo o estagiário retribuição correspondente a 80% (oitenta por cento) do vencimento do cargo, assegurada a diferença se nomeado afinal. § 1º - O candidato que, ao ser designado para estágio experimental, for ocupante, em caráter efetivo, de cargo ou emprego em órgão da Administração Estadual Direta ou Autárquica, ficará dele afastado com a perda do vencimento ou salário, das vantagens e do auxílio-moradia, ressalvado o adicional por tempo de serviço. Herbert Almeida, Time Herbert Almeida Aula 01 Legislação Especial - parte II (itens 2 e 3) p/ TJ-RJ - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1423022 24 33 § 2º - Este afastamento não alterará a filiação ao sistema previdenciário do estagiário, nem a base de contribuição. § 3º - Não se exigirá o afastamento referido no § 1º, se o cargo efetivo for acumulável com o do objeto do concurso. Portanto, o candidato que prestar concurso público e for habilitado nas provas e no exame de sanidade físico-mental será submetido a estágio experimental. Caso o candidato designado já seja servidor público ocupante de cargo efetivo na Administração Estadual direta ou autárquica, ficará dele afastado com a perda do vencimento, das vantagens e do auxílio-moradia, ressalvado o adicional por tempo de serviço. Assim, o gabarito é a opção D. Todas as demais opções, de alguma forma, negam o que consta na letra D. Gabarito: alternativa D. 3. (CEPERJ – Rioprevidencia/2014) Sílvio foi aprovado em concurso para provimento de cargo efetivo no Estado do Rio de Janeiro. Ao verificar os documentos necessários para a investidura no cargo, tomou conhecimento da necessidade de apresentar, consoante o Estatuto dos Servidores Públicos do Estado do Rio de Janeiro: a) a declaração de bens b) a carteira de habilitação c) o atestado policial d) a certidão de inexistência de dívidas e) a inscrição na Previdência Social Comentário: o Estatuto dos Servidores Públicos do Estado do Rio de Janeiro (Decreto-Lei 220/1975) apresenta o seguinte sobre os requisitos essenciais para investidura no cargo: Art. 8º - A investidura em cargo de provimento efetivo ocorrerá com o exercício, que, nos casos de nomeação, reintegração, transferência e aproveitamento, se iniciará no prazo de 30 (trinta) dias, contado da publicação do ato de provimento. § 1º - São requisitos essenciais para essa investidura, verificada a subsistência dos previstos no § 10 do art. 2º, os seguintes: 1) habilitação em exame de sanidadee capacidade física realizada exclusivamente por órgão oficial do Estado; 2) declaração de bens; 3) habilitação em concurso público; Herbert Almeida, Time Herbert Almeida Aula 01 Legislação Especial - parte II (itens 2 e 3) p/ TJ-RJ - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1423022 25 33 4) bons antecedentes; 5) prestação de fiança, quando a natureza da função o exigir; 6) declaração sobre se detém outro cargo, função ou emprego, ou se percebe proventos de inatividade; e 7) inscrição no Cadastro de Pessoa Física (CPF). § 2º - A prova dos requisitos a que se referem os itens 1 e 3 do § 10 do art.2º e 3 e 4 do parágrafo anterior não será exigida nos casos de reintegração e aproveitamento. § 3º - A critério da administração, ocorrendo motivo relevante, o prazo para o exercício poderá ser prorrogado. § 4º - Será tornada sem efeito a nomeação se o exercício não se verificar no prazo estabelecido. Dessa forma, o nosso gabarito é a opção A. Os demais requisitos não estão previstos no Estatuto. Claro que é possível, em decorrência das atribuições de cada cargo, que sejam exigidos, por lei, outros requisitos. Por exemplo, poderia uma lei exigir a carteira de habilitação para dirigir para ocupar o cargo de policial. Contudo, o enunciado foi claro ao solicitar os requisitos previstos no Estatuto. Assim, somente a opção A possui previsão no Decreto-Lei 220/1975. Gabarito: alternativa A. 4. (Cespe – TJ-RJ/2008) Com relação às disposições do Estatuto dos Servidores Civis do Estado do Rio de Janeiro, assinale a opção correta. a) A avaliação psicológica é etapa obrigatória de todo concurso público para provimento de cargo público. b) Cargo comissionado só poderá ser provido por servidor ocupante de cargo efetivo. c) Considera-se em efetivo exercício o servidor afastado por motivo de recolhimento à prisão, se for absolvido ao final do processo. d) Somente o governador poderá autorizar licença de servidor para a realização de curso no exterior. e) A quitação das obrigações militares não é condição necessária para a inscrição em concurso público, mas é para o exercício do cargo. Comentário: a repetição é sempre fundamental para a memorização do conteúdo. Assim, vamos transcrever a redação do art. 11 do Estatuto dos Servidores: Herbert Almeida, Time Herbert Almeida Aula 01 Legislação Especial - parte II (itens 2 e 3) p/ TJ-RJ - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1423022 26 33 Art. 11 - Considerar-se-á em efetivo exercício o funcionário afastado por motivo de: I - férias; II - casamento e luto, até 8 (oito) dias; III - desempenho de cargo ou função de confiança na administração pública federal, estadual ou municipal; IV - o estágio experimental; V - licença-prêmio, licença à gestante, acidente em serviço ou doença profissional; VI - licença para tratamento de saúde; VII - doença de notificação compulsória; VIII - missão oficial; IX - estudo no exterior ou em qualquer parte do território nacional desde que de interesse para a Administração e não ultrapasse o prazo de 12 (doze) meses; X - prestação de prova ou exame em concurso público. (Nova redação dada pela Lei Complementar nº 110/2005). XI - recolhimento à prisão, se absolvido afinal; XII - suspensão preventiva, se inocentado afinal; XIII - convocação para serviço militar, júri e outros serviços obrigatórios por lei; e XIV - trânsito para ter exercício em nova sede. Dessa forma, se o servidor for afastado em decorrência de recolhimento à prisão, mas ao final do processo for absolvido, o período em que esteve na prisão será considerado como de efetivo exercício do cargo (letra C). Vamos analisar as demais opções: a) essa opção é bastante interessante! Vamos analisar o conteúdo do art. 2º do Estatuto dos Servidores do Rio de Janeiro: Art. 2º - A nomeação para cargo de provimento efetivo depende de prévia habilitação em concurso público. Herbert Almeida, Time Herbert Almeida Aula 01 Legislação Especial - parte II (itens 2 e 3) p/ TJ-RJ - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1423022 27 33 § 1º - O concurso objetivará avaliar: 1) conhecimento e qualificação profissionais, mediante provas ou provas e títulos; 2) condições de sanidade físico-mental; e 3) desempenho das atividades do cargo, inclusive condições psicológicas, mediante estágio experimental, ressalvado o disposto no § 11 deste artigo. O §11 mencionado ao final do item “3” dispõe que “A norma contida no item 3 do § 1º deste artigo não se aplica ao candidato habilitado nas provas para o preenchimento de cargo de professor ou de cargos destinados ao pessoal de apoio ao magistério”. Portanto, não existe estágio experimental e, por conseguinte, a avaliação das condições psicológicas para o preenchimento de cargo de professor ou de cargos destinados ao pessoal de apoio ao magistério. Por isso, a questão já estaria errada. Ademais, a avaliação psicológica não é uma etapa em si no concurso público. A etapa é o estágio experimental, que tem por objetivo avaliar o desempenho das atividades do cargo, inclusive as condições psicológicas – ERRADA; b) cargo comissionado é de livre nomeação e exoneração. Logo, pode ser provido livremente, seja a pessoa ocupante de cargo efetivo ou não – ERRADA; d) o Estatuto não possui previsão de “licença de servidor para a realização de curso no exterior”. Assim, a questão já estaria errada. No Regulamento, porém, encontramos como uma das situações consideradas como de efetivo exercício o “estudo no exterior ou em qualquer parte do território nacional, desde que de interesse para a Administração e não ultrapasse o prazo de 12 (doze) meses” (Decreto 2.479/1979, art. 79, XIII). Dessa forma, podemos dizer que existe a possibilidade de realizar estudo no exterior, mas não sabemos se isso é um “afastamento” ou uma “licença”. Em complemento, o Regulamento dispõe que “O afastamento para o exterior, exceto em gozo de férias ou licenças, dependerá de prévia autorização do Governador”. Assim, a questão não teria lógica, pois não sabemos se é um “afastamento” ou uma “licença”. De qualquer forma, o enunciado foi claro em exigir o conteúdo de acordo com o “Estatuto dos Servidores Civis do Estado do Rio de Janeiro”. Nesse caso, o art. 12 dispõe que “o afastamento para o exterior, exceto em gozo de férias ou licença, dependerá, salvo delegação de competência, de prévia autorização do Governador do Estado”. Assim, mesmo que fosse um afastamento para realização de curso, seria possível a realização de delegação, o que novamente torna a questão incorreta – ERRADA; e) o art. 2º, §10, do Estatuto apresenta entre as condições para inscrição no concurso a “quitação das obrigações militares”. Ressalvamos que, nesse caso, foi considerada a redação expressa do Herbert Almeida, Time Herbert Almeida Aula 01 Legislação Especial - parte II (itens 2 e 3) p/ TJ-RJ - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1423022 28 33 Estatuto. Entretanto, a jurisprudência de nossos tribunais é consolidada no sentido que a comprovação dos requisitos para o cargo deve ser feita no momento da posse – ERRADA. Gabarito: alternativa C. 5. (NCE – MPE-RJ/2007) Se, no curso do exercício do cargo público, o servidor for acometido de problema de saúde que diminua sua capacidade laborativa: a) será necessariamente aposentado por invalidez; b) passará a receber auxílio-acidente; c) poderá ter suas funções e vencimentos reduzidos; d) poderá ser provido em outro cargo com manutenção da remuneração; e) poderá ser posto em disponibilidade. Comentário: a readaptação consta nos arts. 49 a 51 do Regulamento do Estatuto, vejamos: Art. 49 – O funcionário estável poderá ser readaptado ex officio ou a pedido em função mais compatível, por motivo de saúde ou incapacidade física. Art. 50 – A readaptação de que trata o artigo anterior se fará por: I – redução ou cometimento de encargos diversos daquelesque o funcionário estiver exercendo, respeitadas as atribuições da série de classes a que pertencer, ou do cargo de classe singular de que for ocupante; II – provimento em outro cargo. § 1º - A readaptação dependerá sempre de prévia inspeção realizada por junta médica do órgão oficial competente. § 2º - A readaptação referida no inciso II deste artigo não acarretará descenso nem elevação de vencimento. Art. 51 – A readaptação será processada: I – quando provisória, mediante ato do Secretário de Estado de Administração, pela redução ou atribuição de novos encargos ao funcionário, na mesma ou em outra unidade administrativa, consideradas a hierarquia e as funções do seu cargo; II – quando definitiva, por ato do Governador, para cargo vago, observados os requisitos de habilitação fixados para a classe respectiva. Herbert Almeida, Time Herbert Almeida Aula 01 Legislação Especial - parte II (itens 2 e 3) p/ TJ-RJ - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1423022 29 33 Assim, uma das alternativas para o servidor que sofrer redução de sua capacidade laborativa em decorrência de problema de saúde é o provimento em outro cargo, situação a remuneração será mantida (letra D). Vejamos as outras alternativas: a) a aposentadoria por invalidez é medida mais extrema, quando não é possível realizar a readaptação (art. 217) – ERRADA; b) não existe “auxílio-acidente” – ERRADA; c) no caso de readaptação, a remuneração será a mesma – ERRADA; e) não existe previsão de colocar o servidor que teve a capacidade laborativa reduzida em disponibilidade – ERRADA. Gabarito: alternativa D. 6. (NCE/MPE-RJ/2007) De acordo com o que dispõe o Decreto estadual 2.479/79, é correto afirmar que: a) reintegração é o retorno ao serviço público do servidor aposentado; b) transferência é a mudança de um servidor de uma cidade para outra para exercer a mesma função; c) aproveitamento é o retorno ao serviço público do funcionário colocado em disponibilidade; d) readaptação é a utilização do servidor em função mais compatível com seu grau de qualificação profissional; e) nomeação é o ato que dá posse ao servidor. Comentário: de acordo com o art. 45 do Regulamento, o aproveitamento é o retorno ao serviço público estadual do funcionário colocado em disponibilidade. Dessa forma, o nosso gabarito é a letra C. Vamos analisar as outras opções: a) a reintegração é o retorno do servidor que teve invalidada a sua demissão – ERRADA; b) transferência é uma forma de provimento considerada inconstitucional, consistindo no “ato de provimento do funcionário em outro cargo de denominação diversa e de retribuição equivalente”. Dessa forma, a transferência permitia que um servidor fosse aprovado em um cargo e, mediante ato administrativo, fosse “transferido” para outro. Desde a Constituição Federal de 1988, não mais se admite esse tipo de provimento – ERRADA; Herbert Almeida, Time Herbert Almeida Aula 01 Legislação Especial - parte II (itens 2 e 3) p/ TJ-RJ - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1423022 30 33 d) a readaptação ocorre quando o servidor sofre uma limitação em decorrência de sua saúde ou incapacidade física. Não se trata de incompatibilidade com a “qualificação profissional” – ERRADA; e) a nomeação é o ato administrativo que convoca a pessoa para tomar posse ou iniciar o exercício do cargo, ou seja, não é o ato pelo qual se dá a posse – ERRADA. Gabarito: alternativa C. Concluímos por hoje. Em nosso próximo encontro, vamos continuar o estudo do Estatuto do Rio de Janeiro. Espero por vocês! Bons estudos. HERBERT ALMEIDA. http://www.estrategiaconcursos.com.br/cursosPorProfessor/herbert-almeida-3314/ @profherbertalmeida /profherbertalmeida /profherbertalmeida 3 LISTA DE QUESTÕES 1. (FGV – TCE BA/2013) Servidor público estável, demitido ilegalmente, obteve, por meio de sentença judicial, a invalidação do seu respectivo ato demissório, razão pela qual será reintegrado ao seu cargo de origem. o eventual ocupante de sua vaga, se servidor público estável, será a) aposentado, com proventos integrais. b) posto em disponibilidade, com remuneração integral, até seu adequado aproveitamento em outro cargo. c) reconduzido ao cargo de origem, sem direito à indenização. d) exonerado, sem direito à indenização, mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa. e) aposentado, com proventos proporcionais. Herbert Almeida, Time Herbert Almeida Aula 01 Legislação Especial - parte II (itens 2 e 3) p/ TJ-RJ - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1423022 31 33 2. (FCC – TJ-RJ/2012) Marilene, ocupante de cargo em órgão da Administração Estadual direta em caráter efetivo, prestou, para cargo divergente daquele que ocupa, concurso público no qual foi habilitada nas provas e no exame de sanidade físico-mental e, então, designada para o estágio experimental. De acordo com o Decreto no 2.479/79, Marilene, em regra, a) não ficará afastada de seu cargo anteriormente ocupado até a sua aprovação no estágio experimental e consequente nomeação no concurso, e continuará recebendo o vencimento e as vantagens, com a perda do auxílio moradia e do adicional por tempo de serviço. b) ficará afastada de seu cargo anteriormente ocupado, mas continuará recebendo o vencimento, as vantagens, o auxílio-moradia e o adicional por tempo de serviço. c) não ficará afastada de seu cargo anteriormente ocupado até a sua aprovação no estágio experimental e consequente nomeação no concurso, e continuará recebendo o vencimento, as vantagens, o auxílio-moradia e o adicional por tempo de serviço. d) ficará afastada de seu cargo anteriormente ocupado com a perda do vencimento, das vantagens e do auxílio-moradia, ressalvado o adicional por tempo de serviço. e) ficará afastada de seu cargo anteriormente ocupado com a perda das vantagens, do auxílio- moradia e do adicional por tempo de serviço, mas continuará recebendo o vencimento. 3. (CEPERJ – Rioprevidencia/2014) Sílvio foi aprovado em concurso para provimento de cargo efetivo no Estado do Rio de Janeiro. Ao verificar os documentos necessários para a investidura no cargo, tomou conhecimento da necessidade de apresentar, consoante o Estatuto dos Servidores Públicos do Estado do Rio de Janeiro: a) a declaração de bens b) a carteira de habilitação c) o atestado policial d) a certidão de inexistência de dívidas e) a inscrição na Previdência Social 4. (Cespe – TJ-RJ/2008) Com relação às disposições do Estatuto dos Servidores Civis do Estado do Rio de Janeiro, assinale a opção correta. a) A avaliação psicológica é etapa obrigatória de todo concurso público para provimento de cargo público. b) Cargo comissionado só poderá ser provido por servidor ocupante de cargo efetivo. c) Considera-se em efetivo exercício o servidor afastado por motivo de recolhimento à prisão, se for absolvido ao final do processo. d) Somente o governador poderá autorizar licença de servidor para a realização de curso no exterior. Herbert Almeida, Time Herbert Almeida Aula 01 Legislação Especial - parte II (itens 2 e 3) p/ TJ-RJ - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1423022 32 33 e) A quitação das obrigações militares não é condição necessária para a inscrição em concurso público, mas é para o exercício do cargo. 5. (NCE – MPE-RJ/2007) Se, no curso do exercício do cargo público, o servidor for acometido de problema de saúde que diminua sua capacidade laborativa: a) será necessariamente aposentado por invalidez; b) passará a receber auxílio-acidente; c) poderá ter suas funções e vencimentos reduzidos; d) poderá ser provido em outro cargo com manutenção da remuneração; e) poderá ser posto em disponibilidade. 6. (NCE/MPE-RJ/2007) De acordo com o que dispõe o Decreto estadual 2.479/79, é correto afirmar que: a) reintegração é o retorno ao serviço público do servidor aposentado; b) transferênciaé a mudança de um servidor de uma cidade para outra para exercer a mesma função; c) aproveitamento é o retorno ao serviço público do funcionário colocado em disponibilidade; d) readaptação é a utilização do servidor em função mais compatível com seu grau de qualificação profissional; e) nomeação é o ato que dá posse ao servidor. 4 GABARITO 1. C 2. D 3. A 4. C 5. D 6. C Herbert Almeida, Time Herbert Almeida Aula 01 Legislação Especial - parte II (itens 2 e 3) p/ TJ-RJ - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1423022 33 33 5 REFERÊNCIAS ALEXANDRINO, Marcelo; PAULO, Vicente. Direito administrativo descomplicado. 19ª Ed. Rio de Janeiro: Método, 2011. ARAGÃO, Alexandre Santos de. Curso de Direito Administrativo. Rio de Janeiro: Forense, 2012. BANDEIRA DE MELLO, Celso Antônio. Curso de Direito Administrativo. 31ª Ed. São Paulo: Malheiros, 2014. BARCHET, Gustavo. Direito Administrativo: teoria e questões. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008. CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de direito administrativo. 27ª Edição. São Paulo: Atlas, 2014. DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 27ª Edição. São Paulo: Atlas, 2014. JUSTEN FILHO, Marçal. Curso de direito administrativo. 10ª ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2014. MEIRELLES, H.L.; ALEIXO, D.B.; BURLE FILHO, J.E. Direito administrativo brasileiro. 39ª Ed. São Paulo: Malheiros Editores, 2013. Herbert Almeida, Time Herbert Almeida Aula 01 Legislação Especial - parte II (itens 2 e 3) p/ TJ-RJ - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1423022 Aula 02 Legislação Especial - parte II (itens 2 e 3) p/ TJ-RJ - Pós-Edital Autores: Herbert Almeida, Time Herbert Almeida Aula 02 28 de Março de 2020 1 63 Sumário 1 Estatuto dos servidores públicos do Rio de Janeiro .................................................................... 2 Questões para fixação .................................................................................................................. 46 Questões comentadas na aula ...................................................................................................... 57 Gabarito ........................................................................................................................................ 62 Referências .................................................................................................................................... 62 Olá pessoal, tudo bem? A aula de hoje se destina a cobrir o seguinte item: “2 Decreto-Lei nº 220/1975 e suas alterações (Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Poder Executivo do Estado do Rio de Janeiro). 3 Decreto nº 2.479/1979 e suas alterações (Regulamenta o Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Poder Executivo do Estado do Rio de Janeiro) – parte 2”. Aos estudos, aproveitem! Herbert Almeida, Time Herbert Almeida Aula 02 Legislação Especial - parte II (itens 2 e 3) p/ TJ-RJ - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1423022 2 63 1 ESTATUTO DOS SERVIDORES PÚBLICOS DO RIO DE JANEIRO 1.1 Tempo de serviço As disposições sobre a contagem de tempo de serviço constam nos artigos 67 a 82. O início, a interrupção e o reinício do exercício serão registrados no assentamento individual do servidor. Dessa forma, ao entrar em exercício, o servidor apresentará ao órgão competente os elementos necessários ao seu assentamento individual. Conforme conversamos em nossa última aula, o funcionário terá o prazo de 30 dias para entrar em exercício. Contudo, alguns detalhes ainda podem ser vistos. Assim, cabe indicar que a transferência, a promoção e a readaptação por motivo de saúde não interrompem o exercício, que é contado na nova classe a partir da validade do ato (Decreto 2.479/1979, art. 69). O funcionário terá exercício na unidade administrativa para a qual for designado. No entanto, o art. 70, menciona que ao funcionário removido para outra unidade administrativa será concedido o prazo de cinco dias – prorrogáveis por no máximo mais cinco, mediante solicitação do interessado e a juízo da autoridade competente para dar-lhe exercício –, contados da data da publicação do respectivo ato, para reiniciar suas atividades. Caso esse funcionário esteja em férias ou gozando de licença ou afastamento, o prazo passará a contar a partir do término do impedimento. Esse prazo será considerado como período de trânsito, computável como de efetivo exercício para todos os efeitos. Com efeito, o afastamento do funcionário de sua unidade administrativa, quando para desempenho de função de confiança no Estado, dar-se-á somente com ônus para a unidade requisitante (Decreto 2.479/1979, art. 73) Nessa linha, o funcionário será afastado do exercício de seu cargo: a) enquanto durar o mandato legislativo ou executivo, federal ou estadual; b) enquanto durar o mandato de Prefeito ou VicePrefeito; c) enquanto durar o mandato de Vereador, se não existir compatibilidade de horário entre o seu exercício e o da função pública; Herbert Almeida, Time Herbert Almeida Aula 02 Legislação Especial - parte II (itens 2 e 3) p/ TJ-RJ - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1423022 3 63 d) durante o lapso de tempo que mediar entre o registro da candidatura eleitoral e o dia seguinte ao da eleição. O afastamento se estende para o servidor preso preventivamente, pronunciado, denunciado por crise funcional ou condenado por crime inafiançável em processo no qual não haja pronúncia. Nesse caso, o afastamento ocorrerá até decisão transitada em julgado (Decreto 2.479/1979, art. 75). Ademais, será afastado (a) o servidor condenado por sentença definitiva à pena que não determine demissão, e (b) o funcionário suspenso disciplinar ou preventivamente, ou preso administrativamente1. 1.1.1 Apuração Consoante o art. 76, a apuração do tempo de serviço será feita em dias, que serão convertidos em anos, considerado o ano como de trezentos e sessenta e cinco dias. A contagem dos dias será válida mediante apresentação de documentação, que poderá ser feita através de (Decreto 2.479/1979, art. 78): 1. certidão de tempo de serviço, extraída de folha de pagamento; 2. certidão de frequência, extraída de folha de pagamento; 3. justificação judicial, prévia e obrigatoriamente ouvida a Procuradoria-Geral do Estado A ordem expressa acima é que deverá ser obedecida no momento da comprovação da contagem de horas. Portanto, somente será admitido o documento posterior quando acompanhado de certidão negativa, fornecida pelo órgão competente para a expedição do elemento anterior. Na sequência, o art. 79 apresenta os afastamentos considerados de efetivo exercício do cargo, ao passo que o art. 80 apresenta as situações em que o período será contado apenas para efeitos de aposentadoria e disponibilidade. Nesse contexto, dispõe o art. 79 que além das ausências ao serviço previstas no art. 225 (as concessões), são considerados como de efetivo exercício os afastamentos em virtude de: a) férias; b) casamento e luto, até 8 (oito) dias; 1 A prisão administrativa não é mais admitida desde a Constituição Federal de 1988, nos termos do art. 5º, LXI, da CF/88: “LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime propriamente militar, definidos em lei;”. Herbert Almeida, Time Herbert Almeida Aula 02 Legislação Especial - parte II (itens 2 e 3) p/ TJ-RJ - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1423022 4 63 c) exercício de outro cargo ou função de governo ou de direção, de provimento em comissão ou em substituição, no serviço público do Estado do Rio de Janeiro, inclusive respectivas autarquias, empresas públicas e sociedades de economia mista, ou serviço prestado à Presidência da República em virtude
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