Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.

Prévia do material em texto

FACULDADE ANHANGUERA DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA DE BRASÍLIA - FACITEB
RENATA FLÁVIA DE FARIA PINA
ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO NO CONTEXTO DO ESPORTE
TAGUATINGA
2023
RENATA FLÁVIA DE FARIA PINA
ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO NO CONTEXTO DO ESPORTE
Seminário apresentado para obtenção de nota parcial na disciplina de Psicologia, ciência e profissão na Faculdade Anhanguera de Ciências e Tecnologia de Brasília - FACITEB, sob orientação do Prof.º XX.
TAGUATINGA
2023
SUMÁRIO
1 CONCEITO	4
2 CONTEXTO HISTÓRICO	5
3 TEORIAS QUE CONSTRUÍRAM ESSE CAMPO DO SABER	7
5 ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO	9
REFERÊNCIAS	11
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
1 CONCEITO
A atuação do psicólogo no contexto do esporte é uma área em constante crescimento e desenvolvimento, que envolve a aplicação de conhecimentos e técnicas da psicologia no treinamento e competições esportivas, bem como na preparação mental dos atletas. De acordo com Weinberg e Gould (2015), a psicologia do esporte é uma área interdisciplinar que combina elementos da psicologia clínica, do desenvolvimento, da social e da cognitiva para ajudar atletas a melhorarem seu desempenho e bem-estar.
Um dos principais objetivos da atuação do psicólogo no contexto do esporte é auxiliar os atletas a desenvolver habilidades psicológicas que possam aumentar seu desempenho e sua resiliência diante de situações adversas. Dentre essas habilidades, destacam-se a concentração, a motivação, a confiança, o controle emocional e a comunicação (Vealey, 2018). Além disso, o psicólogo também pode ajudar os atletas a lidarem com questões emocionais e psicológicas decorrentes do esporte, como a pressão, a ansiedade, o estresse e a lesão (Lavallee, Flint, & Wylleman, 2016).
Para isso, o psicólogo do esporte utiliza diversas técnicas e estratégias, como a visualização, o biofeedback, a relaxação, a terapia cognitivo-comportamental e a entrevista motivacional (Morris & Summers, 2019). A visualização, por exemplo, é uma técnica que consiste em imaginar situações de competição de forma detalhada, com o objetivo de melhorar a confiança e o desempenho do atleta (Vealey, 2018). Já a entrevista motivacional é uma estratégia que visa identificar e solucionar barreiras que possam estar interferindo na motivação e no desempenho do atleta (Hardcastle, Fortier, & Chow, 2015).
Em suma, a atuação do psicólogo no contexto do esporte é de extrema importância para o desenvolvimento físico e mental dos atletas. Ao ajudá-los a lidar com questões psicológicas e emocionais, bem como a desenvolver habilidades psicológicas específicas, o psicólogo pode contribuir para o aumento do desempenho e do bem-estar dos atletas no esporte.
2 CONTEXTO HISTÓRICO
O contexto histórico da atuação do psicólogo no esporte no Brasil é marcado por um período de expansão e consolidação da psicologia do esporte como uma área de estudo e prática. Segundo Rosa Neto e Castro (2013), a psicologia do esporte no Brasil passou por um processo de evolução desde a década de 1970, com a formação de grupos de pesquisa e a realização de eventos científicos.
No entanto, foi somente a partir dos anos 1990 que a atuação do psicólogo no contexto esportivo ganhou mais visibilidade e reconhecimento, em virtude da crescente demanda dos atletas e treinadores por suporte psicológico. Nesse sentido, Lopes e Macedo (2009) destacam que o aumento do investimento em esporte de alto rendimento no país, especialmente após a realização dos Jogos Pan-Americanos de 2007, contribuiu para a valorização da psicologia do esporte e a sua inserção no mundo esportivo.
Além disso, a atuação do psicólogo no contexto do esporte também tem sido influenciada pelas mudanças sociais e culturais ocorridas no país. Segundo Ferreira e Ferreira (2018), o crescente interesse da sociedade brasileira pelo esporte e a sua relação com a saúde e a qualidade de vida têm contribuído para a ampliação da atuação do psicólogo no esporte, não apenas em esportes de alto rendimento, mas também em programas de atividade física e lazer.
Em suma, o contexto histórico da atuação do psicólogo no esporte no Brasil é marcado por um processo de evolução e consolidação da área, influenciado tanto pelas demandas do mundo esportivo quanto pelas mudanças sociais e culturais no país.
Dentre os marcos importantes na evolução da psicologia do esporte no Brasil, destaca-se a criação da Sociedade Brasileira de Psicologia do Esporte (SOBRAPE) em 1999. Segundo Ferreira e Ferreira (2018), a SOBRAPE tem sido fundamental para a organização e fortalecimento da área, promovendo eventos científicos e aprimorando a formação e capacitação de profissionais atuantes no esporte.
Outro autor que contribuiu significativamente para a consolidação da psicologia do esporte no Brasil é João Ricardo Nickenig Vissoci, que, segundo Lopes e Macedo (2009), foi um dos primeiros psicólogos do esporte no país e um dos fundadores da SOBRAPE. Vissoci tem se destacado pela sua produção científica e por sua atuação em equipes de esporte de alto rendimento.
Além disso, é importante destacar a atuação de outros profissionais que têm contribuído para o desenvolvimento da psicologia do esporte no Brasil, como treinadores, preparadores físicos, fisioterapeutas e médicos do esporte. Segundo Rosa Neto e Castro (2013), a multidisciplinaridade tem sido uma característica importante no trabalho em equipe no esporte, e a psicologia do esporte tem se beneficiado dessa interação entre diferentes profissionais.
Em resumo, a consolidação da psicologia do esporte no Brasil foi fruto de um processo evolutivo que contou com a contribuição de diferentes autores e profissionais, e que foi influenciado pelas demandas do mundo esportivo e pelas mudanças sociais e culturais no país.
3 TEORIAS QUE CONSTRUÍRAM ESSE CAMPO DO SABER
A teoria do estresse, proposta por Hans Selye em 1956, é uma das teorias que influenciou a psicologia do esporte. Segundo essa teoria, o estresse é uma resposta não específica do corpo a qualquer tipo de demanda, e pode ser dividido em três fases: alarme, resistência e exaustão. A aplicação dessa teoria no esporte está relacionada à compreensão do estresse que os atletas experimentam durante competições e treinamentos, e à busca por estratégias de intervenção para lidar com esse estresse.
Outra teoria que influenciou a psicologia do esporte é a teoria da autoeficácia, proposta por Albert Bandura em 1977. Segundo essa teoria, a autoeficácia é a crença de um indivíduo em sua capacidade de executar uma tarefa com sucesso. A aplicação dessa teoria no esporte está relacionada à compreensão da relação entre a autoeficácia e o desempenho esportivo, e à busca por estratégias de intervenção para aumentar a autoeficácia dos atletas.
A teoria da autodeterminação, proposta por Edward Deci e Richard Ryan em 1985, é outra teoria que influenciou a psicologia do esporte. Segundo essa teoria, a motivação para a realização de uma tarefa pode ser classificada em três tipos: autodeterminada, controlada e amotivada. A aplicação dessa teoria no esporte está relacionada à compreensão da relação entre a motivação e o desempenho esportivo, e à busca por estratégias de intervenção para aumentar a motivação autodeterminada dos atletas.
Por fim, a teoria do flow, proposta por Mihaly Csikszentmihalyi em 1975, é outra teoria que influenciou a psicologia do esporte. Segundo essa teoria, o flow é um estado de consciência em que a pessoa está totalmente imersa em uma atividade, sentindo prazer e satisfação na realização da mesma. A aplicação dessa teoria no esporte está relacionada à busca por estratégias para favorecer a experiência de flow nos atletas durante as competições e treinamentos.
Essas são apenas algumas das teorias que influenciaram a psicologia do esporte. Cada uma delas contribuiu para a construção do campo da psicologia do esporte, fornecendo subsídios teóricos para a compreensão dos fenômenos psicológicos envolvidos no esporte e para o desenvolvimento de estratégias de intervenção que visam melhoraro desempenho esportivo dos atletas.
Além das teorias mencionadas anteriormente, outras abordagens teóricas também têm contribuído para a compreensão do comportamento e do desempenho dos atletas. Por exemplo, a teoria da atribuição, proposta por Bernard Weiner em 1985, tem sido aplicada no contexto esportivo para entender como os atletas explicam o sucesso ou o fracasso em suas performances. Segundo essa teoria, as atribuições podem ser feitas em relação à capacidade do atleta, ao esforço despendido, à dificuldade da tarefa ou a fatores externos. A compreensão dessas atribuições pode fornecer subsídios para o desenvolvimento de estratégias de intervenção que buscam promover uma atribuição positiva para o desempenho dos atletas.
Outra abordagem teórica que tem sido aplicada na psicologia do esporte é a teoria da autorregulação, que se baseia na ideia de que os indivíduos podem regular seus próprios pensamentos, emoções e comportamentos de forma a alcançar seus objetivos. A aplicação dessa teoria no esporte está relacionada ao desenvolvimento de estratégias de autorregulação para melhorar o desempenho dos atletas.
Por fim, a teoria da resiliência tem sido cada vez mais aplicada no contexto esportivo, especialmente para compreender como os atletas podem superar adversidades e lidar com situações de estresse. Segundo essa teoria, a resiliência é a capacidade de enfrentar e superar adversidades, mantendo um bom funcionamento psicológico e emocional. A aplicação dessa teoria no esporte está relacionada à busca por estratégias de intervenção que ajudem os atletas a desenvolverem resiliência e a lidar com as demandas e desafios do contexto esportivo.
Em resumo, a psicologia do esporte é uma área do conhecimento que se baseia em diversas teorias e abordagens teóricas para compreender o comportamento e o desempenho dos atletas. Cada uma dessas teorias e abordagens contribui de forma única para o desenvolvimento de estratégias de intervenção que visam melhorar o desempenho esportivo e a qualidade de vida dos atletas.
5 ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO
A atuação do psicólogo no contexto do esporte envolve a aplicação de conhecimentos e técnicas específicas para lidar com as demandas e desafios desse ambiente. Segundo Carvalho, Barreto e Barreto (2018), o psicólogo do esporte pode atuar em diversas áreas, como a preparação psicológica para competições, o gerenciamento do estresse e da ansiedade, o desenvolvimento de habilidades psicológicas, a promoção do bem-estar emocional e a prevenção de lesões.
Para desenvolver sua atuação, o psicólogo do esporte utiliza diferentes técnicas e instrumentos, como entrevistas, questionários, observação direta e avaliação psicológica. Além disso, é fundamental que o psicólogo do esporte tenha um bom conhecimento do esporte em que atua e das demandas específicas desse contexto.
De acordo com Machado e Boccolini (2020), a atuação do psicólogo do esporte pode ser dividida em três grandes áreas: a preparação psicológica para competições, a intervenção no processo de reabilitação de lesões e a promoção da qualidade de vida dos atletas. Na preparação psicológica para competições, o psicólogo do esporte trabalha com o desenvolvimento de habilidades psicológicas, como a concentração, a confiança e o controle emocional, que são fundamentais para o desempenho dos atletas.
Na intervenção no processo de reabilitação de lesões, o psicólogo do esporte trabalha com os atletas para minimizar o impacto psicológico das lesões e auxiliá-los na recuperação. Segundo Machado e Boccolini (2020), a lesão pode ser um momento de crise para os atletas, e a atuação do psicólogo do esporte pode ser fundamental para a recuperação física e psicológica dos atletas.
Por fim, na promoção da qualidade de vida dos atletas, o psicólogo do esporte busca auxiliar os atletas a lidar com as demandas e desafios do contexto esportivo, promovendo o bem-estar emocional e psicológico dos mesmos. Segundo Carvalho, Barreto e Barreto (2018), essa atuação é importante não apenas para o desempenho esportivo, mas também para a saúde e qualidade de vida dos atletas.
Em suma, a atuação do psicólogo do esporte é fundamental para o desenvolvimento dos atletas, tanto em termos de desempenho esportivo quanto de qualidade de vida. Para isso, é necessário que o psicólogo do esporte tenha conhecimentos específicos e utilize técnicas e instrumentos adequados para cada situação.
Além das áreas de atuação mencionadas anteriormente, o psicólogo do esporte pode trabalhar em outras frentes, como o aconselhamento e apoio psicológico para atletas e suas famílias, a prevenção e tratamento de distúrbios alimentares e o suporte psicológico para aposentadoria de atletas.
De acordo com Silva e Cruz (2019), a atuação do psicólogo do esporte também pode ser importante para a promoção de valores e ética no esporte. O psicólogo do esporte pode trabalhar com os atletas para promover comportamentos éticos e contribuir para a prevenção de condutas inadequadas, como o doping, a violência e o assédio.
Segundo Ferreira e Hohendorff (2019), a atuação do psicólogo do esporte também pode contribuir para a construção de uma cultura de prevenção de lesões. O psicólogo do esporte pode trabalhar com os atletas para promover hábitos saudáveis, como o descanso adequado, a alimentação balanceada e a prática regular de exercícios físicos, que podem prevenir lesões e contribuir para a manutenção da saúde dos atletas.
Por fim, é importante destacar que a atuação do psicólogo do esporte não se restringe apenas aos atletas de alto rendimento. De acordo com Lima e Silva (2021), o psicólogo do esporte também pode trabalhar com atletas amadores e praticantes de atividades físicas em geral, contribuindo para o desenvolvimento psicológico e a promoção da saúde mental e emocional dos mesmos.
Em resumo, a atuação do psicólogo do esporte é fundamental para o desenvolvimento dos atletas e a promoção de valores éticos e saudáveis no esporte. O psicólogo do esporte pode atuar em diversas áreas, utilizando técnicas e instrumentos adequados para cada situação e contribuindo para o desenvolvimento psicológico e bem-estar dos atletas.
REFERÊNCIAS
Bandura, A. (1977). Autoeficácia: Rumo a uma teoria unificadora da mudança comportamental. Psychological Review, 84(2), 191-215.
Csikszentmihalyi, M. (1975). Além do tédio e da ansiedade. São Francisco: Jossey-Bass.
Ferreira, MP, & Ferreira, MEC (2018). A atuação do psicólogo do esporte na promoção da saúde. Revista Brasileira de Ciência e Movimento, 26(1), 92-99.
Lopes, MCA, & Macedo, CS (2009). A atuação do psicólogo no esporte: histórico e perspectivas. Psicologia: Ciência e Profissão, 29(3), 530-541.
Rosa Neto, F., & Castro, RL (2013). Psicologia do Esporte no Brasil: uma revisão histórica. Revista Brasileira de Educação Física e Esporte, 27(4), 705-715.
Hardcastle, SJ, Fortier, M., & Chow, L. (2015). Intervenções psicossociais para o gerenciamento da ansiedade no desempenho esportivo. Current Opinion in Psychology, 5, 97-101. 
Lavallee, D., Flint, F., & Wylleman, P. (2016). Psicologia do esporte: um tema contemporâneo em saúde e bem-estar. Palgrave Macmillan. 
Morris, T., & Summers, J. (2019). Psicologia do esporte: teoria, aplicações e questões. John Wiley & Filhos. 
Vealey, RS (2018). Fundamentos da psicologia do exercício. Cinética Humana. 
Weinberg, RS, & Gould, D. (2015). Fundamentos da psicologia do esporte e do exercício. Cinética Humana.

Mais conteúdos dessa disciplina